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Corrente e Resistência Cap. 26 Copyright © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26-1 Corrente Elétrica Como a Fig. (a) no faz lembrar, qualquer circuito condutor isolado—não importando se tem um excesso de carga — está no mesmo potencial. Nenhum campo elétrico pode existir dentro ou ao longo de sua superfície. Se inserirmos uma bateria no circuito, como na Fig. (b), o circuito não está mais no mesmo único potencial. Campos elétricos agem no interior do material componente do circuito, exercendo forças nas cargas internas, causando seu movimento e estabelecendo uma corrente. (O diagrama assume o mov. de cargas positivas como horário.) Fig. (c) mostra uma seção de um condutor, parte de um circuito no qual uma corrente foi estabelecida. Se a carga dq passa através de um plano hipotético (como aa’) num tempo dt, então a corrente i através daquele plano é definida como: (c) © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Bateria A corrente é a mesma em qualquer seção reta. (definição de corrente) 26-1 Corrente Elétrica Figura (a) mostra um condutor com corrente i0 se dividindo numa junção em dois ramos. Porque a carga é conservada, os módulos das correntes nestes ramos se adicionam para manter o módulo da corrente no condutor original, de modos que Figura (b) sugere, dobrando ou reorientando os fios no espaço não altera a validade da equação acima. As setas das Correntes mostram apenas uma direção (ou sentido) de fluxo ao longo do condutor, não uma direção no espaço Answer: 8A with arrow pointing right © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. A corrente que chega na junção deve ser igual à corrente que sai (carga é conservada). A seta da corrente é desenhada no sentido em que portadores de carga positivos se moveriam, mesmo que os portadores sejam negativos e se movam no sentido oposto. A figura mostra parte de um circuito. Quais são o valor absoluto e o sentido da corrente i no fio da extremidade inferior direita? 26-2 Densidade de Corrente Corrente i (uma grandeza escalar) está relacionada à densidade de corrente J (uma grandeza vetorial) por onde dA é um vetor perpendicular ao elemento de área superficial dA e a integral é tomada sobre qualquer superfície cortando o condutor. A densidade de corrente J tem o mesmo sentido que a velocidade das cargas se movendo se estas são positivas e o sentido oposto se são negativas. Linhas representando a densidade de corrente no fluxo de cargas através de um condutor com uma constrição. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26-2 Densidade de Corrente Corrente é dita ser devido à cargas positivas são impulsionadas pelo campo elétrico. Na figura, portadores de cargas positivas movem-se com velocidade vd no sentido o do campo elétrico aplicado E que aqui está aplicado para a esquerda. Por convenção, a direção da densidade de corrente J e o sentido da flecha da corrente são desenhados na mesma direção, como a velocidade vd. A velocidade vd (veloc. de deriva) está relacionada à densidade de corrente por Aqui o produto ne, cuja unidade SI é o coulomb por metro cúbico (C/m3), é a densidade dos portadores de carga. Elétrons de condução estão na realidade se movendo para a direita, mas a corrente convencional i é dita se mover para a esquerda. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26-3 Resistência e Resistividade Se aplicarmos a mesma diferença de potencial entre os terminais de bastões similares de cobre e vidro, resultam em correntes muito diferentes. A característica do condutor que entra aqui é sua resistência elétrica. A resistência R de um condutor é definida como onde V é a diferença de potencial ao longo do condutor e i é a corrente no condutor. Ao invés da resistência R de um objeto, podemos lidar com a resistividade ρ do material: A resistividade reciproca é a condutividade σ do material: Resistores © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. (definição de R) (definição de r) (definição de s) 26-3 Resistência e Resistividade A resistência R de um fio condutor de comprimento L e seção reta uniforme é Aqui A é a área da seção reta. Uma diferença de potencial V é aplicada entre os terminais de um fio de comprimento L e seção reta A, estabelecendo uma corrente i. A resistividade ρ para a maioria dos materiais muda com a temperatura. Para a maioria dos materiais, incluindo metais, a relação entre ρ e a temperatura T é dada aproximadamente pela equação Aqui T0 é a temperatura de referência, ρ0 é a resistividade em T0, e α é o coeficiente de temperatura da resistividade para o material. A resistividade do cobre como uma função da temperatura. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. A resistência é uma propriedade de um componente; a resistividade é uma propriedade de um material. A corrente está relacionada à diferença de potencial Temperatura (K) T em p er at u ra a m b . R es is ti v id ad e 26-4 Lei de Ohm Figura (a) mostra como distinguir entre dispositivos. Uma diferença de potencial V é aplicada no dispositivo sendo testado, e a corrente resultante i tpassando pelo dispositivo é medida como V é alterada em módulo e polaridade. Figura (b) é um gráfico de i versus V para um dispositivo. Este gráfico é uma linha reta passando pela origem, então a razão i/V (a qual é a inclinação da reta) é a mesma para todos os valores de V. Isto significa que a resitência R = V/i do dispositivo independe do módulo e polaridade da diferença de potencial aplicada V. Figura (c) é um gráfico de outro dispositivo condutor. A corrente pode existir neste dispositivo somente quando a polaridade de V é positiva e a diferença de potencial aplicada é maior que 1,5 V. Quando a corrente existe, a relação entre i e V não é linear; depende do valor da diferença de potencial aplicada V. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. C o rr en te ( m A ) C o rr en te ( m A ) Diferença de potencial (V) Diferença de potencial (V) 26-4 Lei de Ohm Answer: Device 2 does not follow ohm’s law. I ~ V ou I = V/R © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Um componente obedece à lei de Ohm se a corrente que o atravessa varia linearmente com a diferença de potencial aplicada ao componente para qualquer valor da diferença de potencial. Um material obedece à lei de Ohm se a resistividade do material, dentro de certos limites, não depende do módulo nem do sentido do campo elétrico aplicado. Um componente obedece à lei de Ohm se, dentro de certos limites, a resistência do componente não depende do valor absoluto nem da polaridade da diferença de potencial aplicada. C o rr en te ( m A ) Diferença de potencial (V) Diferença de potencial (V) 26-4 Lei de Ohm Uma Visão Microscópica Assumir que os elétrons de condução num metal estão livres para se mover como moléculas num gás leva uma expressão para a resistividade de um metal: Aqui n é o número de elétrons livres por unidade de volume e τ é o tempo médio entre colisões de um elétron com os átomos do metal. Metais obedecem a lei de Ohm porque o tempo médio livre τ é aproximadamente independente do módulo E de qualquer campo elétrico aplicado num metal. As linhas cinzas mostram um elétron movendo-se de A até B, colidindo 6 vezes no caminho. As linhas verdes mostram qual pode ser o caminho do elétron na presença de um campo elétrico aplicado E. Note o deslocamento na direção de -E. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26-5 Potência, Semicondutores, Supercondutores A Figura mostra um circuito consistindo de uma bateria B que é conectada por fios, que assumimos ter resistência desprezível, a um dispositivo condutor não especificado. O dispositivo pode ser um resistor, uma bateria recarregável, um motor, ou algum outro dispositivo elétrico.A bateria mantém uma diferença de potencial com módulo V em seus terminais e então (por causa dos fios) nos terminais do dispositivo não especificado, com o potencial maior no terminal (a) do dispositivo se comparado ao terminal (b). A potência P, ou taxa de transferência de energia, num dispositivo elétrico submetido a uma dif. de pot. V é Se o dispositivo é um resistor, a potência pode ser escrita como ou, © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. (taxa de transf. de energia elétrica) (dissipação resistiva) (dissipação resistiva) A bateria à esquerda fornece energia para os elétrons condutores que formam a corrente. 26-5 Potência, Semicondutores, Supercondutores Semicondutores são materiais que têm poucos elétrons de condução, mas podem se tornar condutores quando são dopados com outros átomos que contribuem com portadores de carga. Em um semicondutor, n (número de elétrons livres) é pequeno (ao contrário de um com- dutor) mas aumenta muito rapidamente com a temperatura uma vez que a agitação térmica aumentada disponibiliza mais portadores de carga. Isto causa um decrés- cimo de resistividade com o aumento da temperatura, como indicado pelo coefi- ciente de temperatura da resistividade negativo para o Si na Tabela 26-2. Supercondutores são materiais que perdem qualquer resistência elétrica abaixo de certa temperatura crítica. A maioria destes materiais requerem temperaturas muito baixas, mas alguns tornam-se supercondutores a temperaturas tão altas como a temperatura ambiente. A resistência do mercúrio cai a zero para uma temperatura de aprox. 4 K. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Temperatura (K) R es is tê n ci a (W ) 26 Sumário Corrente • A corrente elétrica i em um condutor é definida por Densidade de Corrente • Corrente está relacionada à densidade de corrente por Eq. 26-1 Eq. 26-4 Resistência de um Condutor • Resistência R de um condutor é definida por • Similarmente a resistividade e condutividade de um material por • Resistência de um fio condutor de comprimento L e seção reta uniforme A Eq. 26-8 Eq. 26-7 Eq. 26-10&12 Variação de ρ com Temperatura • A resistividade da maioria dos materiais muda com a temperatura e é dada por Eq. 26-16 Eq. 26-17 Velocidade de Deriva dos Portadores de Cargas • Veloc. de deriva dos portadores em um campo elétrico aplicado está relacionada à densidade de corrente © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26 Sumário Lei de Ohm • Um dado dispositivo (condutor, resistor, ou qualquer outro dispositivo elétrico) obedece a lei de Ohm se sua resistência R (definida como V/i) é independente da diferença de potencial aplicada V. Potência • A potência P, ou taxa de transferência de energia, em um dispositivo elétrico submetido a uma diferença de potencial V é • Se o dispositivo é um resistor, podemos escrever Eq. 26-26 Eq. 26-22 Eq. 26-27&28 Resistividade de um Metal • Assumindo que os elétrons condutores num metal estão livres para se mover como moléculas de um gás, é possível derivar uma expressão para a resistividade de um metal: © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. 26 Exercícios © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Halliday 10ª. Edição Cap. 26: Problemas 3; 7; 13; 14; 22; 31; 39; 49; 53; 63 26 Problema 26-3 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Uma correia com 50 cm de largura está se movendo a 30 m/s entre uma fonte de cargas e uma esfera. A correia transporta as cargas para a esfera a uma taxa que corresponde a 100 μA. Determine a densidade superficial de cargas da correia. 26 Problema 26-7 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. O fusível de um circuito elétrico é um fio projetado para fundir, abrindo o circuito, se a corrente ultrapassar certo valor. Suponha que o material a ser usado em um fusível funde quando a densidade de corrente ultrapassa 440 A/cm2. Que diâmetro de fio cilíndrico deve ser usado para fazer um fusível que limite a corrente a 0,50 A? 26 Problema 26-13 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Quanto tempo os elétrons levam para ir da bateria de um carro até o motor de arranque? Suponha que a corrente é 300 A e que o fio de cobre que liga a bateria ao motor de arranque tem 0,85 m de comprimento e uma seção reta de 0,21 cm2. O número de portadores de carga por unidade de volume é 8,49 × 1028 m−3. 26 Problema 26-14 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Um ser humano pode morrer se uma corrente elétrica da ordem de 50 mA passar perto do coração. Um eletricista trabalhando com as mãos suadas, o que reduz consideravelmente a resistência da pele, segura dois fios desencapados, um em cada mão. Se a resistência do corpo do eletricista é 2000 Ω, qual é a menor diferença de potencial entre os fios capaz de produzir um choque mortal? 26 Problema 26-22 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Empinando uma pipa durante uma tempestade. A história de que Benjamin Franklin empinou uma pipa durante uma tempestade é apenas uma lenda; ele não era tolo nem tinha tendências suicidas. Suponha que a linha de uma pipa tem 2,00 mm de raio, cobre uma distância de 0,800 km na vertical e está coberta por uma camada de água de 0,500 mm de espessura, com uma resistividade de 150 Ω · m. Se a diferença de potencial entre as extremidades da linha é 160 MV (a diferença de potencial típica de um relâmpago), qual é a corrente na camada de água? O perigo não está nessa corrente, mas na possibilidade de que a pessoa que segura a linha seja atingida por um relâmpago, que pode produzir uma corrente de até 500.000 A (mais do que suficiente para matar). 26 Problema 26-31 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Um cabo elétrico é formado por 125 fios com uma resistência de 2,65 μΩ cada um. A mesma diferença de potencial é aplicada às extremidades de todos os fios, o que produz uma corrente total de 0,750 A. (a) Qual é a corrente em cada fio? (b) Qual é a diferença de potencial aplicada? (c) Qual é a resistência do cabo? 26 Problema 26-39 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Uma máquina de cachorro-quente funciona aplicando uma diferença de potencial de 120 V às extremidades de uma salsicha e cozinhando-a com a energia térmica produzida. A corrente é 10,0 A e a energia necessária para cozinhar uma salsicha é 60,0 kJ. Se a potência dissipada não varia, quanto tempo é necessário para cozinhar três salsichas simultaneamente? 26 Problema 26-49 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Uma lâmpada de 100 W é ligada a uma tomada de parede de 120 V. (a) Quanto custa deixar a lâmpada ligada continuamente durante um mês de 31 dias? Suponha que o preço da energia elétrica é R$0,06/kW·h. (b) Qual é a resistência da lâmpada? (c) Qual é a corrente na lâmpada? 26 Problema 26-53 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Uma diferença de potencial de 120 V é aplicada a um aquecedor de ambiente de 500 W. (a) Qual é a resistência do elemento de aquecimento? (b) Qual é a corrente no elemento de aquecimento? 26 Problema 26-63 © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Um elemento de aquecimento de 2,0 kW de uma secadora de roupas tem 80 cm de comprimento. Se 10 cm do elemento forem removidos, qual será a potência dissipada pelo novo elemento para uma diferença de potencial de 120 V?