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Princípios Fundamentais da Constituição Brasileira

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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
ÍNDICE
Princípios Fundamentais ...................................................................................................................................2
Fundamentos da República Federativa do Brasil ..........................................................................................................2
eduardo892@live.com
Texto tecleado
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Princípios Fundamentais
Os princípios constitucionais formam as bases em que está assentada a Constituição Federal bem 
como o próprio Estado Brasileiro. Ao iniciar o estudo dos Princípios fundamentais, gostaria de te 
informar que quando este tema é cobrado em prova, costuma-se trabalhar questões que explorem o 
conteúdo previsto nos artigos 1º ao 4º do texto constitucional.
Logicamente que nestes artigos não estão elencados todos os princípios constitucionais, mas 
apenas os que estruturam a formação do Estado brasileiro e sua organização. Por isso, os princípios 
previstos nos artigos iniciais da Constituição são conhecidos como Princípios Fundamentais.
Fundamentos da República Federativa do Brasil
Dentre os Princípios Constitucionais mais importantes destacam-se os Fundamentos da Repú-
blica Federativa do Brasil, os quais estão elencados no artigo 1º da Constituição Federal.
 → Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municí-
pios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamen-
tos:
I – a soberania;
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Façamos uma analise de cada um destes fundamentos para sua melhor compreensão.
A Soberania é um fundamento que possui estreita relação com o Poder do Estado. É a capacidade 
que o Estado tem de impor sua vontade. Este princípio possui uma dupla acepção: soberania interna 
e externa. A Soberania interna é a capacidade de impor o poder estatal no âmbito interno, perante 
os administrados sem se sujeitar a qualquer outro poder. A Soberania Externa é percebida pelo reco-
nhecimento dos outros Estados soberanos de que o Estado Brasileiro possui sua própria autonomia 
no âmbito internacional.
A Cidadania como princípio revela a condição jurídica de quem é titular de Direitos Políticos. 
Ela permite ao indivíduo que possui vínculo jurídico com o estado participar de suas decisões e 
escolher seus representantes. O exercício da cidadania guarda estreita relação com a Democracia, 
pois esta autoriza a participação popular na formação da vontade estatal.
A dignidade da pessoa humana é considerada o princípio com maior hierarquia axiológica da 
Constituição. Sua importância se traduz na medida em que deve ser assegurada, primordialmente 
pelo Estado, mas também deve ser observada nas relações particulares. Como fundamento, embasa 
toda a gama de direitos fundamentais os quais estão ligados em sua origem a este princípio. A dig-
nidade da pessoa humana representa o núcleo mínimo de direitos e garantias os quais devem ser 
assegurados aos seres humanos.
O valor social do trabalho e da livre iniciativa revela a adoção de uma economia capitalista 
ao mesmo tempo em que elege o trabalho como elemento responsável pela valorização social. Ao 
mesmo tempo em que a Constituição garante uma liberdade econômica, protege o trabalho como 
elemento relacionado à dignidade do indivíduo como membro da sociedade.
O Pluralismo Político, ao contrário do que parece, não está relacionado apenas com a pluralidade 
de partidos políticos, devendo ser entendido sob um sentido mais amplo, pois, revela uma sociedade 
em que pluralidade de idéias se torna um ideal a ser preservado. Liberdades como de expressão, reli-
giosa ou política estão entre as formas de manifestação deste principio.
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Geralmente quando este tema é cobrado em prova, costuma ser questionado apenas o texto cons-
titucional. Sugiro a memorização destes fundamentos a qual poderá ser facilitada com a seguinte 
seqüência de iniciais: SO CI DI VA PLU.
TÓPICO ESQUEMATIZADO
 → Outro grupo de Princípios Constitucionais que costuma ser cobrado em prova é o dos Objetivos 
da República Federativa do Brasil, o qual está previsto no artigo 3º da Constituição Federal:
 → Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação.
Os objetivos são verdadeiras metas a serem perseguidas pelo Estado com o fim de garantir os 
ditames constitucionais. Muito cuidado com estes dispositivos, pois eles costumam ser cobrados em 
prova fazendo-se alterações dos termos constitucionais. Costumo orientar os alunos a memoriza-
rem as iniciais das primeiras palavras como forma de facilitar a memorização do artigo: CON GA 
ER PRO.
Outra característica que distingue os fundamentos dos objetivos é o fato de os fundamentos 
serem nominados com substantivos enquanto que os objetivos se iniciam com verbos. Esta diferença 
pode te ajudar a perceber qual a resposta correta numa prova.
TÓPICO ESQUEMATIZADO
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 → E por fim, temos os Princípios que regem as relações internacionais os quais estão previstos no 
artigo 4º da CF:
 → Art. 4º A República federativa do brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e 
cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações.
Estes princípios revelam características muito interessantes do Brasil, ressaltando sua soberania 
e independência em relação aos outros Estados do mundo.
A independência nacional destaca, no âmbito da soberania externa, a relação do país com os 
demais estados, uma relação de igualdade, sem estar subjugado a outro Estado.
A prevalência dos direitos humanos vai ao encontro do fundamento da dignidade da pessoa 
humana, característica muito importante que se revela por meio do grande rol de direitos egarantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal.
O Brasil defende a autodeterminação dos povos. Por este princípio, respeitam-se as decisões e 
escolhas de cada povo. Entende-se que cada povo é capaz de escolher o seu próprio caminho político 
e de resolver suas crises internas sem necessidade de intervenção externa de outros países. Este prin-
cípio se completa ao da não-intervenção no mesmo sentido de preservação e respeito à soberania 
dos demais Estados.
Estes princípios se completam uns aos outros juntamente com o da igualdade entre os estados 
onde cada país é reconhecido como titular de soberania na mesma proporção que os demais, sem 
hierarquia entre eles.
Com uma ampla gama de garantias constitucionais, não poderia ficar de lado a defesa da paz 
como princípio fundamental ao mesmo tempo em que funciona como bandeira defendida pelo 
Brasil em suas relações internacionais. No mesmo sentido, a solução pacífica dos conflitos revela o 
lado conciliador do governo brasileiro que por vezes intermedia relações conturbadas entre outros 
chefes de estado.
O repúdio ao terrorismo e ao racismo são princípios decorrentes da dignidade da pessoa 
humana os quais são inaceitáveis em sociedades modernas e repudiadas pelo Brasil.
O Estado Brasileiro tem se destacado na cooperação entre os povos para o progresso da huma-
nidade, envolvendo-se em pesquisas científicas para cura de doenças bem como na defesa e preser-
vação do meio-ambiente dentre outros.
A concessão de asilo político como princípio constitucional fundamenta a decisão brasileira 
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de amparar estrangeiros que estejam sendo perseguidos em seus países por questões políticas ou de 
opinião.
Como último destaque dos princípios que regem as relações internacionais, um mandamento 
para que a República Federativa do Brasil busque a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
Veja que o texto constitucional mencionou América Latina, não América do Sul. Parece não haver 
muita diferença, mas este tema já foi cobrado em prova e a troca dos termos considerada errada. 
Inclusive foi perguntado uma vez em prova se esta comunidade não seria o MERCOSUL, o que logi-
camente foi considerado errado pela banca.
Para facilitar a memorização destes princípios também temos um macete: A IN DE NÃO CON 
PRE I RE CO S.
EXERCÍCIOS
01. Julgue o item a seguir, a respeito da teoria dos princípios fundamentais na Constituição Federal 
de 1988 (CF).
O pluralismo político traduz a liberdade de convicção filosófica e política, assegurando aos indi-
víduos, além do engajamento pluripartidário, o direito de manifestação de forma apartidária.
A respeito dos princípios fundamentais previstos na CF, julgue o item a seguir.
02. Ao implementar ações que visem reduzir as desigualdades sociais e regionais e garantir o de-
senvolvimento nacional, os governos põem em prática objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil
Certo ( ) Errado ( )
03. De acordo com o art. 4º da Constituição Federal brasileira, é pricípio que rege o Brasil nas 
relações internacionais: “
a) O da democracia.
b) O da concessão de asilo político.
c) O pluralismo político.
d) A cidadania
e) O da integridade nacional.
GABARITO
01 – CERTO
02 – CERTO
03 – B
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ÍNDICE
Princípios Fundamentais �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Federação ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Tripartição dos poderes ������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
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Texto tecleado
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Princípios Fundamentais
São estes princípios estruturantes que iniciaremos com 
você. Para começar, gostaria de te apresentar dois princípios 
fundamentais essenciais a este estudo: Princípio Federativo e o 
Princípio da Tripartição dos Poderes.
Federação
Esta é a Forma de Estado adotada no Brasil. A forma 
de Estado reflete o modo de exercício do poder político em 
função do território. É uma forma composta ou complexa visto 
que prevalece a pluralidade de poderes políticos internos. Está 
baseada na descentralização política do Estado cuja representa-
ção se dá por meio de quatro entes federativos:
 ˃ União
 ˃ Estados 
 ˃ Distrito Federal
 ˃ Municípios
Cada ente federativo possui sua própria autonomia 
política o que não pode ser confundido com o atributo da 
soberania, este pertencente ao Estado Federal. A autonomia 
de cada ente confere-lhe a capacidade política de, inclusive 
criar sua própria Constituição. Apesar de cada ente federativo 
possuir esta independência, não se pode esquecer que a existên-
cia do pacto federativo pressupõe a existência de uma Cons-
tituição Federal e da impossibilidade de separação (Princípio 
da Indissolubilidade do vínculo federativo). Havendo quebra 
do pacto federativo, a Constituição Federal prevê como instru-
mento de manutenção da forma de estado a chamada Interven-
ção Federal a qual será estudada em momento oportuno.
Não existe hierarquia entre os entes federativos. O que 
os distinguem uns dos outros é a competência que cada um 
recebeu da Constituição Federal. Deve-se ressaltar que, os 
Estados e o Distrito Federal possuem direito de participação 
na formação da vontade nacional ao possuírem representan-
tes no Senado Federal. Caracteriza-se ainda, pela existência de 
um guardião da Constituição Federal, o Supremo Tribunal 
Federal.
Como última observação, não menos importante, a Forma 
Federativa de Estado também é uma cláusula pétrea. 
Tripartição dos poderes
Este princípio, também chamado de Princípio da Separa-
ção dos Poderes originou-se, historicamente, numa tentativa 
de limitar os poderes do Estado. Alguns filósofos perceberam 
que se o Poder do Estado estivesse dividido entre três entidades 
diferentes, seria possível que a sociedade exercesse um maior 
controle de sua utilização.
Foi aí que surgiu a idéia de se dividir o Poder do Estado em 
três poderes, cada qual, responsável pelo desenvolvimento de 
uma função principal do Estado:
 ˃ Poder Executivo – função principal (típica) de adminis-
trar o Estado;
 ˃ Poder Legislativo – função principal (típica) de legislar e 
fiscalizar as contas públicas;
 ˃ Poder Judiciário – função principal (típica) jurisdicio-
nal.
Além da sua própria função, a Constituição criou uma 
sistemática que permite a cada um dos poderes o exercício 
da função do outro poder. A isso nós chamaremos de função 
atípica:
 ˃ Poder Executivo – função atípica de legislar e julgar; 
 ˃ Poder Legislativo – função atípica de administrar e 
julgar;
 ˃ Poder Judiciário – função atípica de administrar e 
legislar.
Desta forma, pode-se dizer que além da própria função, 
cada poder exercerá de forma acessória a função do outro 
poder.
Uma pergunta sempre surge na cabeça dos estudantes e 
poderá aparecer emsua prova: qual dos três poderes é mais im-
portante?
A única resposta possível é a inexistência de poder mais im-
portante. Cada poder possui sua própria função de forma que 
não se pode afirmar que exista hierarquia entre os poderes do 
estado. 
Eles são independentes e harmônicos entre si e para se 
garantir esta harmonia, a doutrina norte-americana desen-
volveu um sistema que garante a igualdade entre os poderes: 
Sistema de Freios e Contrapesos (checks and balances). 
O sistema de freios e contrapesos adotado pela nossa Cons-
tituição revela-se nas inúmeras medidas previstas no texto 
constitucional que condicionam a competência de um poder à 
apreciação de outro poder de forma a garantir o equilíbrio entre 
os três poderes. Abaixo listo alguns exemplos desta medida:
 ˃ A necessidade de sanção do Chefe do Poder Executivo 
para que um Projeto de Lei aprovado pelo Poder Legis-
lativo possa entrar em vigor;
 ˃ O processo do Chefe do Poder Executivo por crime 
de responsabilidade a ser realizado no Senado Federal, 
cuja sessão de julgamento é presidida pelo Presidente do 
STF;
 ˃ A necessidade de apreciação pelo Poder Legislativo das 
Medidas Provisórias editadas pelo Chefe do Poder Exe-
cutivo;
 ˃ A nomeação dos ministros do STF que é feita pelo Pre-
sidente da República depois de aprovado pelo Senado 
Federal.
Veja que em todas as hipóteses acima apresentadas se faz 
necessária a participação de mais de um Poder para a consecu-
ção de um ato administrativo. Isto cria uma verdadeira relação 
de interdependência entre os poderes, o que garante o equilí-
brio entre eles.
Por último, não esqueça que a separação dos poderes é 
uma das cláusulas pétreas por força do artigo 60, § 4º, III 
da Constituição Federal. Significa dizer que a separação dos 
poderes não pode ser abolida do texto constitucional por meio 
de emenda: 
Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir:
III - a separação dos Poderes;
EXERCÍCIOS
01. Acerca dos princípios fundamentais, julgue o item a 
seguir:
O Brasil elegeu a República como forma de Estado. 
Certo ( ) Errado ( )
02. Acerca dos princípios fundamentais, julgue o item a 
seguir:
Em que pese a Federação Brasileira ser composta pela 
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União, estados-membros, Distrito Federal e municípios, é 
admitida a secessão deles. 
Certo ( ) Errado ( )
03. Acerca dos princípios fundamentais, julgue o item a 
seguir:
Com a promulgação da Emenda Constitucional n.º 
73/2013, são considerados Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o 
Tribunal de Contas.
Certo ( ) Errado ( )
04. No que se refere aos princípios fundamentais da Consti-
tuição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte.
De acordo com o princípio federativo, os interesses dos 
entes federados não podem ser sobrepostos aos interesses da 
Federação, visto que o federalismo é baseado na relação de hie-
rarquia entre o poder central, representado pela União, e as en-
tidades que formam a Federação, representadas pelos estados e 
municípios.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - ERRADO
02 - ERRADO
03 - ERRADO
04 - ERRADO
Anotações:
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ÍNDICE
Princípios Constitucionais �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Democracia�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Presidencialismo �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
eduardo892@live.com
Texto tecleado
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Princípios Constitucionais
Democracia
Este princípio é o Regime de Governo (ou regime 
político) adotado no Brasil. Caracteriza-se pela existência do 
Estado Democrático de Direito e pela preservação da dignida-
de da pessoa humana.
A democracia significa o governo do povo, pelo povo e 
para o povo. É a chamada soberania popular. Sua fundamenta-
ção constitucional encontra-se no artigo 1º da CF:
Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, 
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição.
Aqui, nós temos o arcabouço essencial do regime de 
governo. O povo dá origem ao poder estatal fundamentando 
a soberania popular.
Este princípio é considerado princípio sensível e poderá ser 
exercido de forma direta e indireta. Por este motivo, a demo-
cracia brasileira é conhecida como semi-direta ou participativa. 
Sua forma indireta se constitui na escolha de um represen-
tante por meio de eleições.
Já sua forma direta pode ser exercida por meio de plebis-
cito (consulta popular realizada ANTES da decisão governa-
mental), referendo (consulta popular realizada DEPOIS da 
decisão governamental) e iniciativa popular (por meio da 
qual um projeto de lei pode ser proposto pelos CIDADÃOS, 
respeitado os requisitos: 1% do eleitorado nacional, dividido 
em pelo menos 5 estados da federação sendo que em cada um 
deve haver pelo menos três décimos por cento dos eleitores). 
Outra forma de participação indireta está descrita no artigo 5º, 
é a Ação Popular.
República
O princípio Republicano representa a Forma de Governo 
adotada no Brasil. A forma de governo reflete o modo de aqui-
sição e exercício do poder político além de medir a relação exis-
tente entre o governante e o governado.
A melhor forma de entender este instituto é conhecendo 
suas características. A primeira característica decorre da análise 
etimológica da palavra rés pública. Este termo que dá origem 
ao princípio ora estudado significa coisa pública, ou seja, 
num Estado republicano o governante cuida da coisa pública, 
governa para o povo.
Numa república o governante é escolhido pelo povo. Esta 
é a chamada Eletividade. O poder político é adquirido pelas 
eleições cuja vontade popular se concretiza nas urnas. Em uma 
monarquia o poder é adquirido de forma hereditária, ou seja, 
ele passa de pai para filho.
Outra característica importante é a Temporariedade. 
Este atributo revela o caráter temporário do exercício do poder 
político. Por causa deste princípio, em nosso Estado, o gover-
nante permanece no poder por tempo certo, ou melhor, per-
manece por quatro anos no poder sendo permitido apenas uma 
reeleição. Na monarquia o poder é vitalício.
Em um Estado Republicano o governante pode ser res-
ponsabilizado por seus atos. 
E por fim, em uma república o governante deve respeitar a 
Igualdade Formal no tratamento dos governados.
Muito cuidado com este tema em prova. As bancas 
adoram dizer que o princípio republicano é uma cláusula 
pétrea, contudo, este princípio não se encontra listado no 
rol das cláusulas pétreas do artigo 60, § 4º da Constituição 
Federal. Contudo, segundo o STF esse princípio é considerado 
cláusula pétrea implícita.
Além disso, a Constituição o considerou como princípio 
sensível. Princípios sensíveis são aqueles que se tocados, ense-
jarão a chamada Intervenção Federal, conforme previsto no 
artigo 34, VII, a da Constituição:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no 
Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios consti-
tucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime demo-
crático;
Presidencialismo
O Presidencialismo é o Sistema de Governo adotado 
no Brasil. O sistema de governo rege a relação entre o Poder 
Executivo e o Legislativo medindo o grau de dependência 
entre eles. No Presidencialismo prevalece a separação entre os 
Poderes Executivo e Legislativo os quais são independentes e 
harmônicos entre si. 
A Constituição declara que o Poder Executivo da União é 
exercido pelo Presidente da República auxiliado por seus Mi-
nistros de Estado:
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da 
República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
O Presidencialismo possui uma característica muito im-
portante para sua prova, que é a concentração das funções exe-
cutivas em uma só pessoa, no Presidente, o qual é eleito pelo 
povo, e exerce ao mesmo tempo três funções: Chefe de Estado, 
Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública.
A função de Chefe de Estado diz respeito a todas as atribui-
ções do Presidente nas relações externas do País. Como Chefe 
de Governo o Presidente possui inúmeras atribuições internas, 
no que tange a governabilidade do país. Já como Chefe da Ad-
ministração Pública o Presidente exercerá as funções relaciona-
das com a chefia da Administração Pública Federal.
Tópico Esquematizado
EXERCÍCIOS
01. Todo o poder emana do povo, que o exerce unicamente 
por meio de representantes eleitos.
Certo ( ) Errado ( )
02. A respeito dos princípios fundamentais da CF, julgue o 
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não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
item seguinte.
A igualdade perante a lei, a periodicidade dos mandatos 
políticos e a responsabilidade dos mandatários são característi-
cas do princípio republicano.
Certo ( ) Errado ( )
03. A respeito dos princípios fundamentais da CF, julgue o 
item seguinte.
O princípio democrático é pertinente aos regimes po-
líticos, evidenciado pela titularidade do poder estatal pelos 
cidadãos e exercido por meio da representação política, com o 
fim de atender interesses populares.
Certo ( ) Errado ( )
04. Em relação aos princípios fundamentais, julgue o item 
a seguir.
Uma vez que o Brasil adotou o sistema presidencialista, as 
funções de chefe de Estado e de chefe de governo acumulam-se 
na figura do presidente da República, competindo-lhe, priva-
tivamente, expedir decretos e regulamentos para fiel execução 
da lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - ERRADO
02 - CERTO
03 - CERTO
04 - CERTO
Anotações:
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Organização do Estado ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Princípio Federativo������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Criação de novos Estados, Territórios e Municípios ������������������������������������������������������������������������������������2
Vedações Constitucionais ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
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Organização do Estado
Princípio Federativo
Para que possamos compreender a Organização do Estado 
Brasileiro, faz-se necessário, primeiramente, entendermos 
como se deu esta formação.
A Forma de Estado adotada no Brasil é a FEDERATI-
VA. Quando afirmamos que o nosso Estado é uma Federação, 
queremos dizer como se dá o exercício do poder político em 
função do território. Num Estado Federal existe pluralidade 
de poderes políticos internos os quais se organizam de forma 
descentralizada. No Brasil, são quatro estes poderes políticos, 
também chamados de entes federativos:
 ˃ União
 ˃ Estados 
 ˃ Distrito Federal
 ˃ Municípios
Esta organização é baseada na autonomia política de cada 
ente federativo. Cuidado com este tema em prova, pois, as 
bancas gostam de trocar autonomia por soberania. Cada ente 
possui sua própria autonomia enquanto que o Estado Federal 
possui a soberania. A autonomia de cada ente federativo se dá 
no âmbito político, financeiro, orçamentário, administrativo e 
qualquer outra área permitida pela Constituição Federal:
Art. 18. A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Cons-
tituição.
Como forma de visualizarmos a auto-organização dos 
entes federativos é possível verificar a existência dos poderes 
em cada um deles. No âmbito da união temos a presidência da 
república (poder executivo), o Congresso Nacional (poder le-
gislativo) e os vários órgãos do poder judiciário. No âmbito dos 
estados temos os governadores (poder executivo), as Assem-
bleias Legislativas (poder legislativo) e os Tribunais de Justiça 
(poder judiciário). Por fim, no que tange aos municípios temos 
o prefeito (poder executivo) e as câmaras de vereadores (poder 
legislativo). Notem que os municípios não possuem poder ju-
diciário próprio.
Aqui cabe uma ressalva sobre o Distrito Federal, esse ente 
federativo possui um governador (poder executivo ), uma 
Câmara Legislativa (poder legislativo) e um Tribunal de Justiça 
do Distrito Federal (TJDF). Porém o TJDF, bem como o Mi-
nistério Público, é organizado e mantido pela União.
Outras ressalvas importante nesse ponto são as caracterís-
ticas do Distrito Federal. O DF não é município nem estado, 
ele é o ente federativo Distrito Federal e não pode ser dividido 
em municípios. Assim sendo, o DF é governado por um gover-
nador e é dividido em regiões administrativas, uma delas sendo 
Brasília, a capital federal (definição jurídica da CF).
Deve-se destacar, inclusive, que o pacto federativo sobrevi-
ve em torno da Constituição Federal que impede sua dissolu-
ção sob pena de se decretar Intervenção Federal:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para:
 I - manter a integridade nacional; 
A proibição de secessão que impede a separação de um ente 
federativo, também é conhecida como Princípio da Indissolu-
bilidade.
Outro ponto muito cobrado em prova diz respeito à ine-
xistência de hierarquia entre os entes federativos. O que dis-
tingue um ente federativo do outro não é a superioridade, mas 
a distribuição de competências feita pela própria Constituição 
Federal. Não se deve esquecer também que as Unidades da Fe-
deração possuem representação junto ao Poder Legislativo da 
União, mais precisamente, no Senado Federal. 
 → Emrazão desta organização completamente diferencia-
da, a doutrina classifica a federação brasileira de várias 
formas:
 ˃ Centrífuga – esta característica reflete a formação da fe-
deração brasileira. É a formação “de dentro para fora”. 
O movimento é de centrifugadora. A força de criação 
do estado federal brasileiro surgiu a partir de um Estado 
Unitário para a criação de um estado federado, ou seja, 
o poder centralizado que se torna descentralizado. O 
poder político era concentrado nas mãos de um só ente 
e depois passa a fazer parte de vários entes federativos;
 ˃ Por desagregação – ocorre quando um estado unitário 
resolve se descentralizar politicamente desagregando o 
poder central em favor de vários entes titulares de poder 
político.
 ˃ Tricotômica – federação constituída em três níveis: 
federal, estadual e municipal. O Distrito Federal não é 
considerado nesta classificação haja vista possuir com-
petência hibrida, agindo tanto como um Estado quanto 
como Município;
Mais uma característica que não pode ser ignorada em 
prova: a Forma Federativa de Estado é uma cláusula pétrea 
conforme dispõe o artigo 60, § 4º, I:
Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
Criação de novos Estados, Territórios e 
Municípios
Um tema que não cai muito em prova.... DESPEN-
CAAAAA, é a possibilidade de criação de novos Estados e Ter-
ritórios. Segundo o artigo 18, § 3º:
Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Assim, temos que, para a criação de Territórios e Estados, 
os requisitos são: primeiramente realiza-se um Plebiscito 
(consulta popular), com a população diretamente relacionada 
caso o povo aprove a criação o Congresso Nacional deve votar 
uma LEI COMPLEMENTAR FEDERAL.
A Constituição prevê ainda a oitiva das Assembleias Legis-
lativas envolvidas na modificação:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presi-
dente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 
49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da 
União, especialmente sobre:
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas 
de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias 
Legislativas;
Analisaremos a seguir as regras de criação:
Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
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subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante apro-
vação da população diretamente interessada, através de plebisci-
to, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramen-
to de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municí-
pios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Mu-
nicipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
A Constituição permite que sejam criados novos municí-
pios conforme as regras estabelecidas no artigo 18, § 4º:
Art. 18, § 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmem-
bramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do 
período determinado por Lei Complementar Federal, e depen-
derão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabili-
dade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Perceba que as regras são um pouco diferentes das neces-
sárias para a criação de Estados. Primeira coisa que deve ser 
lembrada é que a criação será por Lei Ordinária Estadual desde 
que haja autorização emanada de Lei Complementar Federal. 
As populações diretamente envolvidas na modificação devem 
ser consultadas por meio de plebiscito. E por último, não se 
pode esquecer a exigência de Estudo de Viabilidade Munici-
pal. Para sua prova, memorize estas condições.
Um fato curioso é que apesar de não existir ainda uma 
Lei Complementar Federal autorizando o período de criação 
de Municípios, vários Municípios foram criados na vigência 
Constituição Federal o que obrigou o Congresso Nacional a 
aprovar a Emenda Constitucional nº 57/2008 que acrescentou 
o artigo 96 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias (ADCT) convalidando a criação dos Municípios até 31 de 
dezembro de 2006:
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incor-
poração e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido 
publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua 
criação.
Vedações Constitucionais 
A Constituição Federal fez questão de estabelecer algumas 
vedações expressas aos entes federativos, as quais estão previs-
tas no artigo 19: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, 
na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
A primeira vedação decorre da laicidade do Estado brasilei-
ro, ou seja, não possuímos religião oficial no Brasil em razão da 
situação de separação entre Estado e Igreja. A segunda vedação 
decorre da presunção de veracidade dos documentos públicos. 
E por último, contemplando o principio da isonomia, o qual 
será tratado em momento oportuno, fica vedado estabelecer 
distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Muni-
cípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Perceba que as regras são um pouco diferentes das neces-
sárias para a criação de Estados. Primeira coisa que deve ser 
lembrada é que a criação será por Lei Ordinária Estadual desde 
que haja autorização emanada de Lei Complementar Federal. 
As populações diretamente envolvidas na modificação devem 
ser consultadas por meio de plebiscito. E por último, não se 
pode esquecer a exigência de Estudo de Viabilidade Munici-
pal. Para sua prova, memorize estas condições.
EXERCÍCIOS
01. Julgue o item a seguir, relativo ao Estado Federal brasi-
leiro.
A ordem constitucional brasileira não admite o chamado 
direito de secessão, que possibilita que os estados, o Distrito 
Federal e os municípios se separem do Estado Federal, prete-
rindo suas respectivas autonomias, para formar centros inde-
pendentes de poder. 
Certo ( ) Errado ( )
02. A respeito da organização políti-
co-administrativa do Estado, julgue 
o item subsequente.
Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou 
desmembrar- se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
estados ou territórios federais, mediante aprovação da popu-
lação diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando 
dispensada a atuação do Congresso Nacional. 
Certo ( ) Errado ( )
03. Com relação à organização político-administrativa do 
Estado brasileiro, julgue o próximo item.
Recusar fé aos documentos públicos inclui-se entre as 
vedações constitucionais de natureza federativa. 
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03- CERTO
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ÍNDICE
Competências dos Entes Federativos ................................................................................................................2
eduardo892@live.com
Texto tecleado
www.cartaaoleitor.com: PF452DH565
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Competências dos Entes Federativos
Como nós já estudamos, entre os entes federativos não existe hierarquia. Mas o que diferencia 
um ente federativo do outro? A diferença está na distribuição das competências pela Constituição. 
Cada ente federativo possui sua parcela de responsabilidades estabelecidas dentro da Constituição 
Federal.
Para a fixação destas competências, a Constituição fez uso do princípio da predominância de 
interesse. Este princípio define a abrangência das competências de cada ente com base na predomi-
nância de interesse. Para a União, em regra, foram previstas competências de interesse geral, de toda 
a coletividade. Para os Estados, a Constituição reservou competências de interesse regional. Aos 
Municípios competências de interesse local. E por fim, ao Distrito Federal, foram reservadas compe-
tências de interesse local e regional, razão pela qual a doutrina chama de competência hibrida.
 → As competências são classificadas em dois tipos:
 ˃ Competências Materiais ou Administrativas
 ˃ Competências Legislativas
As competências materiais ou administrativas são aquelas que prevêem ações a serem desempe-
nhadas pelos entes federativos.
As competências legislativas estão relacionadas com a capacidade que um ente federativo possui 
de cria leis, inovar o ordenamento jurídico.
Primeiramente, vamos analisar as competências administrativas de todos os entes federativos. 
Comecemos pela União.
A União possui duas formas de competências materiais: Exclusiva e Comum. As competências 
exclusivas estão previstas no artigo 21 da Constituição Federal:
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, espe-
cialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomu-
nicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regula-
dor e outros aspectos institucionais; 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
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c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, 
ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito 
Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito 
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio; 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito 
nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e 
televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as 
secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de 
direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal 
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de 
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e 
mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a 
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisóto-
pos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma as-
sociativa.
Essas competências são exclusivas, pois a União exclui a possibilidade de outro ente federativo 
realizá-la. Por isso dizemos que são indelegáveis. Só a União pode fazer.
A outra competência material da União é a comum. Ela é comum a todos os entes federativos, 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Veja o que diz o artigo 23:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guardada Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os 
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monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor his-
tórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em 
âmbito nacional. 
Agora, vejamos as competências materiais dos Estados. A primeira nós já falamos, é a competên-
cia comum prevista no artigo 23 analisada anteriormente.
Os Estados também possuem a chamada competência residual, reservada ou remanescente. Está 
prevista no artigo 25, § 1º onde prevê que estão reservadas aos estados as competências que não lhe 
sejam vedadas pela Constituição. Isto significa dizer que os Estados poderão fazer tudo àquilo que 
não for competência da União ou do Município:
Art. 25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constitui-
ção.
Em relação às competências administrativas dos Municípios a Constituição previu duas espécies: 
Comum e Exclusiva. A competência comum está prevista no artigo 23 e já foi vista anteriormente. A 
competência exclusiva está no artigo 30, III a IX da Constituição:
Art. 30. Compete aos Municípios:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo 
da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação 
infantil e de ensino fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à 
saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle 
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fisca-
lizadora federal e estadual.
E por fim, no âmbito das competências administrativas, temos as competências do Distrito 
Federal que são chamadas de híbridas. O DF pode fazer tudo o que for de competência dos Estados 
ou dos Municípios.
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Vejamos agora as competências legislativas de cada ente federativo. Primeiramente, no que diz 
respeito às competências legislativas da União, estas podem ser Privativas ou Concorrentes.
As competências privativas da União estão previstas no artigo 22 da Constituição Federal e 
possui como característica principal a possibilidade de delegação mediante Lei Complementar aos 
Estados: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos 
Territórios, bem como organização administrativa destes; 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das 
polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obede-
cido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos 
do art. 173, § 1°, III; 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo.
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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As competências concorrentes, previstas no artigo 24 da Constituição, podem ser exercidas de 
forma concorrentes pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal. Atenção: Município não possui 
competência concorrente!!! Vejamos o que diz o citado artigo:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento; 
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII -responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artís-
tico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar 
dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe 
for contrário.
No âmbito das competências concorrentes, algumas regras são fundamentais para a sua prova. 
Aqui a participação da União é no sentido de fixar normas gerais ficando os Estados com a compe-
tência de suplementar a legislação federal. Caso a União não legisle sobre determinada matéria de 
competência concorrente, nasce para o Estado o direito de legislar de forma plena sobre a matéria. 
Contudo, resolvendo a União legislar sobre matéria já regulada pelo Estado, a lei estadual ficará com 
sua eficácia suspensa pela lei federal nos pontos discordantes. Cuidado com este último ponto. Não 
ocorre revogação da lei estadual pela lei federal haja vista não existir hierarquia entre leis de entes 
federativos distintos. O que ocorre, como bem explicitou a Constituição Federal, é a suspensão da 
eficácia.
Quanto às competências dos Estados, podemos encontrar as seguintes espécies: residual, por de-
legação da União, concorrente suplementar e expressa.
A competência residual dos Estados é também chamada de competência remanescente ou re-
servada. Está prevista no artigo 25, § 1º onde se prevê que aos Estados serão reservadas todas as 
competências que não sejam previstas a União ou aos Municípios. Lembre-se que este dispositivo 
fundamenta tanto as competências materiais quanto as legislativas:
Art. 25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constitui-
ção.
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Outra competência dos Estados é a por delegação da União que decorre da possibilidade de serem 
delegadas as competências privativas da União mediante Lei Complementar. Encontra-se prevista 
no artigo 22, Parágrafo Único:
Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões especí-
ficas das matérias relacionadas neste artigo.
Temos ainda as competências concorrentes suplementares previstas no artigo 24, § 2º da CF. 
Estas suplementam a competência legislativa da União no âmbito das competências concorrentes 
permitindo, inclusive, que os Estados legislem de forma plena quando não existir lei federa sobre o 
assunto:
Art. 24, § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suple-
mentar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, 
para atender a suas peculiaridades.
E por último, temos as competências expressas dos Estados, as quais podem ser encontradas nos 
artigos 18, § 4º e 25, §§ 2º e 3º da Constituição Federal:
Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Art. 25, § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canali-
zado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações 
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organi-
zação, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Para os Municípios a constituição previu dois tipos de competência legislativa: exclusiva e suple-
mentar.
A legislativa exclusiva dos Municípios está prevista no artigo 30, I o qual prevê que o Municípios 
possuem competência para legislar sobre assuntos de interesse local:
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
A competência legislativa suplementar está prevista no artigo 30, II, o qual permite aos Municí-
pios legislar de forma suplementar a Legislação Federal e Estadual:
Art. 30. Compete aos Municípios:
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Por fim nós temos a competência legislativa do Distrito Federal que, conforme já dito, é híbrida, per-
mitindo ao DF legislar sobre as matérias de competência dos Estados e dos Municípios. Apesar desta com-
petência ampla, a Constituição resolveu estabelecer algumas limitações a sua autonomia legislativa ex-
cluindo algumas matérias de sua competência. Segundo o artigo 21, XIII e XIV da CF, o Distrito Federal 
não possui competência para organizar e legislar sobre alguns dos seus órgãos: Poder Judiciário, Ministé-
rio Público, Defensoria Pública, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Civil.
Art. 21. Compete à União:*
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito 
Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito 
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio; 
Diante deste estudo, algumas conclusões são muito úteis para prova:
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Não confunda as competências Exclusivas com as Privativas da União. Competência Exclusiva é 
administrativa e indelegável. Competência privativa é legislativa e delegável;
Não confunda as competências Comuns com as Concorrentes. Competência comum é comum a 
todos os entes e é administrativa. Competência concorrente é só para União, Estados e o DF além de 
ser legislativa. Município tem competência comum, mas não tem concorrente;
Casadinhas que mais caem em prova: As bancas gostam de confundir as competências Concor-
rentes com as Privativas bem como as Competências Exclusivas com as Comuns. Tenha cuidado!
As questões de prova acerca deste tema dependem de uma grande capacidade de memorização 
por parte do aluno. Minha sugestão é: estude as competências dos entes federativos na semana da 
prova de forma que a informação fique na sua memória recente e possa ser resgatada com mais faci-
lidade no momento da prova.
TÓPICO ESQUEMATIZADO
Competências 
Administrativas
(Materiais)
Competências 
Legislativas
UNIÃO
Exclusiva (art. 21)
Comum (art. 23)
Privativa (art. 22)
Concorrente (art. 24)
ESTADOS
Comum (art. 23)
Residual, reserva-
da, remanescente 
(art. 25, §1º)
Concorrente suple-
mentar (art. 24)
Residual, reservada, 
remanescente (art. 
25, § 1º)
Por delegaçãoda 
União (art. 22, § U)
Expressos (art. 25, § 
2º e 3º)
MUNICÍ-
PIOS
Comum (art. 23)
Exclusiva (art. 30, 
III-IX)
Exclusiva (art. 30, I)
Suplementar ao 
Estado (art. 30, II)
DISTRITO 
FEDERAL
Competência 
hibrida (Estados e 
Municípios)
Competência hibrida 
(Estados e Municí-
pios)
EXERCÍCIOS
01. Compete privativamente à União legislar sobre
a) Juntas comerciais.
b) Custas dos serviços forenses
c) Serviço postal.
d) Direito tributário.
e) Produção e consumo.
02. A respeito da organização político-administrativa do Estado, julgue o item a seguir.
Cabe à União a organização e a manutenção do Poder Judiciário e do Ministério Público do 
Distrito Federal.
Certo ( ) Errado ( )
03. A respeito do Ministério Público e da defensoria pública, julgue o item seguinte.
Organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal são competências da União. 
Certo ( ) Errado ( )
04. De acordo com a Carta Magna, no âmbito da competência legislativa concorrente, a compe-
tência da União limitar-se- á a estabelecer normas gerais. Inexistindo lei federal sobre normas 
gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiarida-
des. Nesse contexto, é correto afirmar que a superveniência de lei federal sobre normas gerais*
a) Revogará, na íntegra, a lei estadual.
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b) Revogará a lei estadual apenas no que não lhe for contrário.
c) Suspenderá, na íntegra, a eficácia da lei estadual.
d) Suspenderá a eficácia da lei estadual apenas no que lhe for contrário.
e) Manterá a eficácia da lei estadual, ainda que esta contrarie dispositivos da lei federal, tendo 
em vista a independência entre os entes federativos.
GABARITO
01 - C
02 - C
03 - E
04 - D
eduardo892@live.com
Texto tecleado
www.cartaaoleitor.com: PF452DH565

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