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Web 7 Direito Tributário 
 
R: Sim, o Governador pode questionar a constitucionalidade da emenda constitucional. No 
Direito Tributário, a função da Emenda Constitucional é apenas delimitar a competência 
tributária, para que os entes tributáveis realizem a criação ou majoração desses tributos. Ou 
seja, não pode instituir novo imposto. 
A instituição do tributo em si deve ser feita por meio de lei, pois a função da Constituição é 
estabelecer as competências. 
 
Objetiva: Alternativa B 
 
Doutrina: 
Luiz Flávio Gomes 
As fontes do Direito Tributário são de onde emanam as normas que regerão este ramo do 
direito como um todo. Podem ser divididas em fontes primárias e secundárias. São fontes 
primárias a Constituição Federal, as emendas à Constituição, Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções. São fontes 
secundárias os Decretos e Regulamentos, Instruções Ministeriais, Circulares, Ordens de serviço 
e outros da mesma natureza e Normas complementares dispostas no artigo 100 do Código 
Tributário Nacional, a saber, Tratados e Convenções Internacionais. 
 
Jurisprudência: 
TRIBUTÁRIO. PIS. NÃO-CUMULATIVIDADE. ISONOMIA. ARTIGO 246 DA CF/88. MEDIDA 
PROVISÓRIA E MATÉRIA TRIBUTÁRIA. CONVALIDAÇÃO. ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. 
EFICÁCIA. 1. As modificações empreendidas pela Lei nº 10.637/02 atingem a todos 
contribuintes integrantes do mesmo segmento empresarial das impetrantes, inexistindo, por 
conseguinte, malferimento ao preceito isonômico. 2. O Supremo Tribunal Federal já assentou 
que é necessário lei complementar somente para a criação de outras fontes para a seguridade 
social, nos termos do parágrafo 4º do art. 195 da Constituição Federal. No tocante àquelas 
explicitadas nos incisos do art. 195, será suficiente a lei ordinária. 3. A Lei Complementar nº 
7/70 reveste-se de caráter materialmente ordinário, não se incluindo na previsão abstrata do 
art. 195, § 6º, da Constituição Federal. Precedentes do STF. 4. Somente ocorre afronta ao 
disposto no artigo 246 da CF/88 quando há adoção de medida provisória na regulamentação 
de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por emenda promulgada a contar 
de 1995, o que inocorreu na espécie. 5. O Plenário deste Tribunal, na Argüição de 
Inconstitucionalidade na Apelação em Mandado de Segurança nº 1999.04.01.080274-1 (Rel. 
para o acórdão a Des. Federal Virgínia Scheibe, j. 29.03.2000, DJ 31.05.2000), considerou que o 
texto constitucional deixou a cargo do legislador ordinário a providência de conceituar 
"faturamento", não tendo havido, pela lei apontada, a criação de nova fonte de custeio, mas 
somente o alargamento do campo de abrangência do conceito, sem extravasar o permissivo 
constitucional. 6. As medidas provisórias constituem a via adequada para a instituição de 
tributos porque possuem força de lei, conforme reiterados precedentes do STF e a nova 
redação do artigo 62 da CF/88, oriunda da EC 32/2001. 7. O art. 68 da Lei n.º 10.637/02 ao 
prever a produção dos efeitos em relação ao art. 3º, a partir de 1º de dezembro de 2002, 
desrespeitou o prazo da anterioridade nonagesimal, ao arrepio do art. 195, § 6º, da 
Constituição Federal, contendo eiva de inconstitucionalide. De outro lado, com a edição do art. 
25 da Lei 10.684/03, voltou-se à redação original da MP 66/02, com efeitos a partir de 
01.02.2003. Delimitados os períodos de início dos efeitos determinados na MP 66/02, Lei 
10.637/02 e Lei 10.684/03, impende notar que há um interregno (01 de dezembro a 31 de 
janeiro) em que o art. 3º da Lei 10.637/02, produziu efeitos, sem observar o princípio da 
anterioridade nonagesimal, exigindo a contribuição ao PIS de forma mais gravosa. Assim, 
forçoso concluir que a cobrança de valores a título de contribuição ao PIS de acordo com o art. 
3º da Lei n.º 10.637/02, no período anterior ao advento da Lei 10.684/03 (com efeitos a partir 
de 01.02.2003), é indevida. Posição adotada pela Corte especial no julgamento da Arguição de 
Inconstitucionalidade nº 2003.72.01.001184-1/SC. 
(TRF-4 - AC: 3175 SC 2003.72.01.003175-0, Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de 
Julgamento: 10/08/2010, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: D.E. 18/08/2010)

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