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Tarifação de Energia Elétrica - Critérios

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Projeto Educar
Tarifação de Energia Elétrica
Profº Anderson Jucá
Estrutura do Setor Elétrico Brasileiro
Classificação dos consumidores:
	Segundo a tensão de atendimento
	- Modalidades Tarifárias
	- Composição das tarifas
	Quanto ao ambiente de contratação: Regulada e Livre
	- Exemplo
SUMÁRIO
Leis nº 10.847 e 10.848 (15 março 2004) e Decreto nº5.163 (30 julho 2004) 
CNPE
MME
CMSE
EPE
ANEEL
ONS
CCEE
Empresa de Pesquisa Energética
Agência Nacional de Energia Elétrica
Operador Nacional do Sistema
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
Políticas 
Regulação e Fiscalização
Mercado
Conselho Nacional de Política Energética
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
ESTRUTURA DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO (a partir de 2004)
CNPE- Conselho Nacional de Política Energética
É um órgão de assessoramento à Presidência da República para formulação de políticas e diretrizes de energia;
MME- Ministério de Minas e Energia
Órgão do governo federal responsável por conduzir as políticas energéticas do país. Formula e implementa políticas de acordo com as diretrizes definidas pelo CNPE;
CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
É um órgão sob coordenação direta do Ministério de Minas e Energia (MME) e tem com função acompanhar e avaliar a continuidade e segurança do suprimento de energia; 
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
Vinculada ao MME para prestar serviços em estudos e pesquisas para subsidiar o planejamento do Setor Energético;
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
Regula e fiscaliza a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica;
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico
Opera, supervisiona e controla a geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). (Operação do sistema no ambiente físico);
CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
Responsável pelo equilíbrio operacional do mercado de comercialização de energia. (Operação do sistema no ambiente financeiro).
	Balanço de Energia Diário
25/10/2017
	Valores - MWmed
6
Estrutura tarifária 
É um conjunto de tarifas e regras aplicadas ao faturamento do mercado de distribuição de energia
CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES 
Grupos tarifários segundo a tensão de atendimento
Segundo a tensão de atendimento, os consumidores são divididos em:
Grupo A
Grupo B
Consumidores atendidos em tensão igual ou superior a 2,3 kV ou a partir de sistema subterrâneo de distribuição;
Consumidores atendidos em tensão inferior a 2,3 kV.
Subdivisão segundo a tensão de fornecimento
Subgrupos
Subdivisão de acordo com a atividade do consumidor
Subgrupos
Grupo B
B2
Rural
B3
Demais classes
B4
Iluminação Pública
B1
Residencial
Grupo A
A4
Menor 2,3 kV em rede subterrânea
A3a
30 kV a 44 kV
A3
69 kV
A2
88kV a 138 kV
A1
Tensão >= 230 kV
A4
2,3 a 25 kV
Determinados Subgrupos possuem ainda uma divisão por Subclasse que produz diferenças tarifárias.
CLASSE E SUBCLASSE DO GRUPO B:
Subgrupo B1
Subgrupo B2
Subgrupo B4
Subclasse
CONSUMO: Quantidade de potência elétrica [Wh] consumida em um intervalo de tempo.
DEMANDA : (capacidade) É a média das potências elétricas [W] solicitadas ao Sistema Elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo.
Grupo A
TARIFAÇÃO
Tarifa Consumo energia elétrica (R$/MWh)
Tarifa 
Demanda de potência
(R$/kW)
TARIFA BINÔMIA
Dentro da tarifa binômia o grupo A pode se enquadrar em dois tipos de modalidades tarifárias:
Horo-sazonal Azul
Horo-sazonal Verde
Convencional
OBS: A tarifa Convencional para o grupo A (Convencional Binômia) foi extinta em 2015 a partir do 4º ciclo de Revisões Tarifárias. 
A Convencional Monômia (grupo B), que será abordada à frente, se manteve.
É um dos mecanismos de correção das tarifas que ocorre em média a cada quatro anos
As horas do dia são os Postos Tarifários:
O início do horário de ponta é adotado pela distribuidora, segundo as características do sistema elétrico ( geralmente das 18 às 21 horas).
Este sistema é aplicado por todas as concessionárias que estão ligadas ao Sistema Interligado Nacional- SIN
O Estado de Roraima é o único Estado que não faz parte do SIN;
O Estado do Amazonas passou a fazer parte em 1º maio de 2015.
Em vigor desde janeiro/2015
		
		- Boas condições de geração – reservatórios em nível normal
		 Não há acréscimo na conta de energia
		- Nível dos reservatórios em queda – ligamento de termelétricas
		 Acréscimo de R$ 2,00 para cada 100 kWh consumidos 
		- Nível dos reservatórios em situação ruim – ligamento de mais termelétricas
		 Patamar 1: Acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos
		 Patamar 2: Acréscimo de R$ 5,00 para cada 100 kWh consumidos
Os valor das Bandeiras são revisadas a cada ano pela ANEEL;
A cada mês a ANEEL divulga a cor da Bandeira Tarifária com base em informações da ONS
Sistema tarifário que sinaliza aos consumidores, faturados pela distribuidora por meio da Tarifa de Energia (TE), os custos atuais da geração de energia elétrica.
BANDEIRAS TARIFÁRIAS
 Os critérios de elegibilidade para a Horo-sazonal Azul e Verde são:
	Grupo A- Subgrupos	Tensão (kV)	Demanda Contratada	
			Igual ou maior a 300 kW	Menor que 300 kW
	 A1	>= 230	Tarifa azul obrigatória	Tarifa azul obrigatória
	A2	88 a 138		
	A3	69		
	A3a	30 a 44	Tarifa horo-sazonal obrigatória (Azul ou Verde)	Opções: Tarifa Convencional, Horo-sazonal Azul ou Verde
	A4	2,3 a 25		
	AS	< 2,3		
 Os critérios de elegibilidade para a Horo-sazonal Azul e Verde são:
	Grupo A- Subgrupos	Tensão (kV)	Demanda Contratada	
			Igual ou maior a 300 kW	Menor que 300 kW
	 A1	>= 230	Tarifa azul obrigatória	Tarifa azul obrigatória
	A2	88 a 138		
	A3	69		
	A3a	30 a 44	Tarifa horo-sazonal obrigatória (Azul ou Verde)	Opções: Tarifa Convencional, Horo-sazonal Azul ou Verde
	A4	2,3 a 25		
	AS	< 2,3		
	TARIFA AZUL OBRIGATÓRIA
	TARIFA AZUL OU VERDE
Grupo B
Dentro deste modelo de tarifação o Grupo B poderá se enquadrar em dois tipos:
Tarifa Convencional
Tarifa Branca
Tarifa Convencional
Caracterizada por tarifas de consumo de energia elétrica independentemente das horas de utilização do dia
Tarifação Monômia:
Tarifa única aplicável ao consumo de energia (R$/kWh)
TARIFA BRANCA
Entrará em vigor a partir de janeiro de 2018 e funcionará em conjunto com o sistema de bandeiras tarifárias.
Resolução Normativa nº 414, de 9 setembro 2010
Os Postos Tarifários do Grupo B são:
O início do horário de ponta é adotado pela distribuidora, segundo as características do sistema elétrico ( geralmente das 18 às 21 horas).
Quem poderá optar pela Tarifa Branca:
Os consumidores do Grupo B, com exceção para o subgrupo B4 e para a subclasse Baixa Renda do subgrupo B1.
A escolha pela Tarifa Branca será opcional para o consumidor.
Haverá um cronograma a ser seguido conforme abaixo:
1º janeiro 2018
Novas ligações
1º janeiro 2019
Unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 250 kWh
1º janeiro 2020
Para todas as unidades consumidoras	
Unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 500 kWh
Grupo A e B
COMPOSIÇÃO DAS TARIFAS
Energia
Para a composição da tarifa, deve-se considerar :
Os centros produtores de energia elétrica encontram-se em diferentes distâncias do local de consumo. A energia elétrica tem que ser produzida (hidrelétricas, termelétricas e fontes alternativas), transportada (linhas de transmissão e distribuição) e adequada para níveis de tensão compatíveis com o uso (subestações e transformadores); tudo isso gera custos os quais devem ser cobertos pela conta de energia.
Assim, inclui-se o ressarcimento de três custos distintos:
Geração de energia
Transporte de energia (transmissão e distribuição)
Encargos e Tributos
A energia consumida é uma mercadoria comercializadapela concessionária de energia elétrica, a qual deve ser quantificada pelo medidor de energia do consumidor.
Desta forma, os custos de energia e o uso da rede de distribuição aparecem na conta de energia na forma de:
Tarifa de Energia (TE): é a energia propriamente dita (custo da geração de energia);
Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD): considera-se o caminho percorrido pela energia/transporte (custos da rede de distribuição e a remuneração da distribuidora).
 
 
ENCARGOS
São contribuições definidas em leis e aprovadas pelo Congresso Nacional. 
Os valores são estabelecidos pela ANEEL por meio de Resoluções ou Despachos e recolhidos pelas concessionárias por meio das tarifas de fornecimento de energia elétrica para fins específicos
ESS - Encargos de Serviços do Sistema
Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
Prover recursos para o funcionamento da ANEEL
Subsidiar a manutenção da confiabilidade e estabilidade do SIN
Subsidiar as fontes alternativas de energia. Os consumidores da subclasse residencial Baixa Renda ficam são isentos
P&D/EE - Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética
Promover pesquisas relacionadas à eletricidade e ao uso sustentável dos recursos naturais
TFSEE-Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica
TRIBUTOS
Visam assegurar recursos para o Governo desenvolver suas atividades e financiar programas sociais de uso comum. Estão presentes tributos federais, estaduais e municipais. Tais tributos também são aplicados às bandeiras.
A concessionária apenas arrecada e repassa à União, aos Estados e aos Municípios
Federal
Estadual
ICMS- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (alíquotas variáveis para cada Estado)
Municipal
CIP- Contribuição para custeio do serviço de Iluminação Pública
COFINS- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
PIS- Programa de Integração Social;
Na formulação matemática para o pagamento de tributos, o cálculo do PIS, COFINS e ICMS é feito no chamado “cálculo por dentro”, o que significa dizer que os valores desses tributos integram a própria base de cálculo sobre a qual incidem suas respectivas alíquotas.
No valor da Tarifa de Energia (TE) que aparece na conta de energia elétrica já está incluído o valor correspondente à Bandeira Tarifária vigente para o mês.
Exemplo - Grupo B - Conta de energia elétrica- Consumidor Residencial
33650
33222
428 kWh
-
=
+
Tarifa = [0,17265 + (0,23024+0)] 
Bandeira verde
Energia
Exemplo- Grupo A
Energia
O valor final da Energia Elétrica pode ser assim representado:
Parcela A e B: Classificação dos custos da distribuidora para fins de cálculos tarifários
Valor final da Energia Elétrica
ICMS e PIS/COFINS	Compra de energia	,Transmissão de Energia e Encargos Setoriais	Distribuição de energia	Tributos:	Parcela A:	Parcela B:	0.29499999999999998	0.53500000000000003	0.17	
Contribuição das variáveis Energia, Transmissão e Distribuição
Composição Tarifária do Brasil
Compra de Energia	Encargos e Tributos	Distribuição	Transmissão	0.39700000000000002	0.42099999999999999	0.156	2.7E-2	
[NOME DA CATEGORIA]; [VALOR]
[NOME DA CATEGORIA]; [VALOR]
Tributos	Encargos	0.27200000000000002	0.14899999999999999	
Quanto ao ambiente de contratação: Regulada e Livre
CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES 
ESTRUTURA DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 
CNPE
MME
CMSE
EPE
ANEEL
ONS
CCEE
Conselho Nacional de Política Energética
Ministério de Minas e Energia
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
Empresa de Pesquisa Energética
Agência Nacional de Energia Elétrica
Operador Nacional do Sistema
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
ONS
CCEE
Operador Nacional do Sistema
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
O ONS coordena as usinas de geração de energia que estão unidas pelo Sistema Interligado Nacional, seguindo regras de otimização da operação a fim de se obter o menor custo e as melhores condições de segurança para todo o Sistema.
OPERAÇÃO FÍSICA DO SISTEMA 
Despacho das usinas
A CCEE (Associação civil de direito privado sem fins lucrativos) é a responsável pela gestão e operação das transações comerciais no setor elétrico.
Promove os leilões (sob delegação da ANEEL) de compra e venda de energia entre geradores e distribuidoras no ambiente regulado e os contratos no mercado livre.
COMERCIALIZAÇÃO
OPERAÇÃO FINANCEIRA- CONTRATAÇÃO
A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, dispõe sobre a comercialização de energia elétrica mediante contratação regulada ou livre
A CCEE é a responsável pela operação do mercado de energia que é dividida em dois ambientes:
Ambiente de Contratação Regulada (ACR) 
Ambiente de Contratação Livre (ACL)
No Ambiente de Contratação Regulada (ACR)
O consumidor é denominado Cativo
Tem uma fatura única que reúne a energia adquirida e o serviço de distribuição (fio)- (regulada pela ANEEL)
Geradores
Transmissoras
Distribuidora
Consumidor
Cativo
No ambiente de Contratação Livre (ACL)
O consumidor é denominado Livre
Tem uma fatura referente ao serviço de distribuição da concessionária local (fio)- (regulada)
Tem uma ou mais faturas referentes à compra de energia
Geradores
Transmissora
Distribuidora
Consumidor
Livre
Comercializadores
Energia
 (ACR)
 
(ACL)
Nos dois ambientes, os consumidores continuam atrelados à concessionária local para o uso da rede (custos com transporte e conexão) que são regulados
A diferença está na forma como podem comprar energia:
Geradores
Concessionárias de Distribuição
Adquirem energia através de leilão público
Consumidor Cativo
Só podem obter energia da distribuidora
Consumidor Livre
Produtores independentes de energia
Geradores
Comercializadores
REQUISITOS PARA PARTICIPAR DO AMBIENTE DE CONTRATAÇÃO LIVRE
Consumidores com demanda menor que 0,5 MW podem reunir suas demandas na forma de comunhão de fato ou de direito da seguinte forma:
Unidades consumidoras de mesmo CNPJ (de direito) porém em locais distintos: podem somar as demandas para atingir os 0,5 MW contanto que tenham individualmente demanda mínima de 30 kW;
Condomínio de empresas: não é necessário ter o mesmo CNPJ, mas devem estar na mesma área (de fato) e ter um único ponto de alimentação (não é preciso a demanda individual mínima, mas precisa ser criado um consórcio para ser agente da CCEE.
Lei nº 9.074 de 7 julho de 1995
ACL
Consumidor Livre
Demanda ≥ 3 MW e tensão ≥ 69 kV se conectado antes de 7 de julho de 1995
Demanda ≥ 3 MW em qualquer tensão se conectado depois de 7 de julho de 1995
Consumidor Livre Especial
Demanda ≥ 0,5 MW e tensão mínima de 2,3 kV
TIPOS DE ENERGIA DENTRO DO ACL
Tipos de energia dentro do ACL
Convencional
Cogeração (produção combinada de energia térmica e elétrica através de resíduos industriais ou biomassa)
 <=30MW
Hidrelétricas e termelétricas (gás natural, carvão, óleo, nuclear) de grande porte
Convencional Especial
Convencional
Incentivada Especial
Incentivada de Cogeração Qualificada
Incentivada
PCH’s (capacidade de 3 a 30 MW e área do reservatório
 < 3 km2)
CGH’s (potência instalada de até 1 MW)
Solar
Biomassa
Eólica
Potência instalada <= 30 MW 
Hidrelétrica com potência >1MW e <50 MW
sem característica de PCH
Biomassa
Eólica
Potência instalada >30 MW e
 <=50 MW
Solar
A Energia Incentivada
Lembrando:
Apesar de mais cara, faz jus a um desconto nas tarifas TUSD (Tarifa do uso dos sistemas de distribuição) e TUST(Tarifa do uso dos sistemas de transmissão) incidentes na produção e no consumo da energia comercializada que varia de 50% a 100% 
(LEI nº 9.427,DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996)
Energia Incentivada
Incentivada Especial
Incentivada de Cogeração qualificada
Quais tipos de energia os consumidores livres e especiais podem comprar
Livres
Qualquer uma das energias mencionadas
Especiais
Convencional Especial
IncentivadaEspecial
MERCADO DE LONGO PRAZO E CURTO PRAZO 
MERCADO DE LONGO PRAZO
É importante para os consumidores do mercado livre terem contratos de longo prazo, pois isso assegura a obtenção de energia a preços previamente definidos e que não vão estar sujeitos a variações repentinas
A quantidade de energia que é contratada é denominada megawatt médio
Em um determinado período
Uma usina produziu em média 1 MW
 1ano
 1mês
 1dia
Para converter 1 MW médio em determinado período para MWh:
Por exemplo, em 1 mês:
O consumidor pode contratar 1MW médio por mês durante um ano. Sua despesa de energia está fixada. Estes contratos pode ser flexíveis (conter uma tolerância) e sazonais (montantes menores para determinados meses)
E se ele consumir mais ou menos energia num determinado mês?
MERCADO DE CURTO PRAZO
Se em determinado mês o consumidor ultrapassar ou não atingir a quantidade de energia contratada ele poderá comprar (o que excedeu) ou vender (o que não consumiu) ao mercado de curto prazo
A CCEE compara o que foi gerado ( que pode ter sido inferior ou superior ao previsto no contrato) com o que foi consumido (que pode ter sido acima ou abaixo do contratado)
Essas diferenças serão liquidadas através de uma tarifa denominada Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) ou preço da energia no mercado de curto prazo, também chamado de preço “spot”
Baseado em fatores tais como:
Nível dos reservatórios
Disponibilidade das termelétricas
Previsão de carga
Modelos Computacionais: Newave e Decomp
Ponto ótimo de geração de 
energia
PRECIFICAÇÃO DA TARIFA PLD 
CUSTOS MARGINAIS DE OPERAÇÃO (CMO)
(Que corresponde ao custo em se produzir um MWh adicional ao sistema elétrico)
PLD
despacho
despacho
NEWAVE
Neste modelo são realizados estudos de longo e médio prazo - para horizontes de até 5 anos à frente
Um dos principais resultados obtidos são as funções de custo futuro que servirão de base para o modelo Decomp
DECOMP
Neste modelo são realizados estudos de curto prazo – horizontes de até 12 meses com base nas informações obtidas no Newave
Energia
PLD
Baseado no CMO
Norte
Nordeste
Sul
Sudeste/Centro-Oeste
Por submercado
Semanalmente
É determinado
Válido para cada período de apuração e para cada submercado (limites ajustados anualmente pela ANEEL)
máximo
mínimo
É limitado
por um preço
Leve
Médio
Pesado
Por patamar de carga
Horários do dia com menores consumos de energia
Horários em que o consumo de energia é mediano
Horários do dia em que o consumo de energia é maior
Mensalmente pelo ONS
Para estabelecer os valores anuais de teto e piso do PLD, a ANEEL se baseia:
Teto: nos custos variáveis de operação dos empreendimentos termelétricos disponíveis para despacho centralizado;
Piso: nos custos de operação e manutenção das usinas hidrelétricas, bem como nos custos referentes à compensação financeira.
PLD- 3ª E 4ª SEMANA DO MÊS DE JANEIRO
Mapa Brasileiro - Submercados
	Norte	
	Pesada	129,52
	Média	129,52
	Leve	126,70
	Nordeste	
	Pesada	139,88
	Média	139,88
	Leve	126,70
	Sudeste/Centro-Oeste	
	Pesada	129,52
	Média	129,52
	Leve	126,70
	Sul	
	Pesada	129,52
	Média	129,52
	Leve	126,70
3ª Semana – R$/MWh
	Norte	
	Pesada	131,27
	Média	131,27
	Leve	127,50
	Nordeste	
	Pesada	139,88
	Média	139,88
	Leve	137,29
	Sudeste/Centro-Oeste	
	Pesada	131,27
	Média	131,27
	Leve	127,50
	Sul	
	Pesada	131,27
	Média	131,27
	Leve	127,50
4ª Semana – R$/MWh
PLD- ano 2017 – R$/MWh
Teto - 533,82
Piso – 33,68
PLD- 3ª E 4ª SEMANA DO MÊS DE MAIO
Mapa Brasileiro - Submercados
	Norte	
	Pesada	145,62
	Média	145,62
	Leve	145,62
	Nordeste	
	Pesada	480,67
	Média	480,67
	Leve	451,60
	Sudeste/Centro-Oeste	
	Pesada	480,67
	Média	480,67
	Leve	451,60
	Sul	
	Pesada	480,67
	Média	480,67
	Leve	451,60
3ª Semana – R$/MWh
	Norte	
	Pesada	478,11
	Média	478,11
	Leve	458,98
	Nordeste	
	Pesada	478,11
	Média	478,11
	Leve	458,98
	Sudeste/Centro-Oeste	
	Pesada	478,11
	Média	478,11
	Leve	458,98
	Sul	
	Pesada	478,11
	Média	478,11
	Leve	458,98
4ª Semana – R$/MWh
PLD- ano 2017 – R$/MWh
Teto - 533,82
Piso – 33,68
PLD- 4ª SEMANA DO MÊS
 DE OUTUBRO DE 2017
GRÁFICO: EVOLUÇÃO DO PLD NO SUBMERCADO SUDESTE/CENTRO-OESTE
A unidade consumidora deve fazer um comunicado formal à distribuidora local explicitando seu interesse em migrar total ou parcialmente para o ACL. 
Em geral, não havendo prazo pré-determinado no contrato, o início da entrega de energia na modalidade livre se dará um ano após sua manifestação de vontade, prazo que pode ser reduzido mediante decisão da concessionária.
Durante o período compreendido entre a comunicação e a efetiva migração para o ACL, o consumidor caso não seja agente (gerador, distribuidor ou comercializador) da CCEE deve proceder com sua adesão como consumidor livre ou ser representado por um comercializador varejista
Caso o consumidor deseje voltar para o ACR, este deve comunicar a distribuidora local com 5 anos de antecedência, prazo que pode ser reduzido a critério da distribuidora.
MIGRAÇÃO DE UNIDADE CONSUMIDORA PARA O ACL
Um estudo foi realizado para um determinada empresa, cuja conta de energia foi apresentada nos slides 32 e 33.
Com base no histórico do consumo dos 11 meses da empresa, o estudo tinha por objetivo verificar se a empresa obteria vantagens em migrar de seu atual contrato no mercado cativo para o mercado livre.
Grupo A4 – tensão de atendimento em 13,8 kV
As tarifas obtidas foram inseridas sem o acréscimo de tributos
Demanda contratada: 2 MW no mercado livre se enquadra como Consumidor Especial
EXEMPLO 
Histórico da conta de energia – Empresa em estudo
Gráfico do consumo de energia
Se em dezembro de 2014 a empresa quisesse estar no mercado livre, esta teria firmado contrato um ano antes, em média, em novembro de 2013.
Assim, fez-se uma previsão do Custo de Energia Incentivada a 50% - Longo Prazo
Portanto, o valor da energia incentivada (50%) a ser utilizada nos cálculos será R$150,23
Energia
Estimativa da conta de energia como cliente livre especial
Os valores da TUSD foram obtidos na RESOLUÇÃO HOMOLOGATÓRIA Nº 1.882, DE 14 DE ABRIL DE 2015 da concessionária (como o estudo aborda os período de dez/14 a out/2015 utilizou-se valores válidos para o período de 22/abr/2015 a 21/abr/2016)
Porém ao se tornar consumidor no mercado cativo, este contratará no mercado de longo prazo uma quantidade fixa de energia.
Para efeito de comparação, baseado na média de consumo total do cliente que foi de 542.285 kWh supôs-se a contratação de dois valores.
As Tabelas a seguir apresentam o custo final para a contratação de 550.000 kWh e a contratação de 600.000 kWh
Como para os dois casos, há meses em que o consumo ultrapassa esses valores, faz-se necessário a compra de energia no mercado de curto prazo (inclusão da PLD)
Energia
Para este caso, o limite de consumo contratado foi ultrapassado nos meses de dezembro/2014, junho a setembro/2015
Energia
Para este caso, o limite de consumo contratado foi ultrapassado nos meses de julho e setembro/2015
Energia
Os resultados apresentam uma redução no custo final da conta de energia (sem tributos) de:
CASO GERAL:
CONTRATAÇÃO DE 550.000 kWh
CONTRATAÇÃO DE 600.000 kWh
Nesta primeira análise houve redução no valor da conta de energia caso o cliente se tornasse um consumidor do mercado livre
Como o valor do PLD varia semanalmente, não é possível determinar com exatidão qual situação de compra de energia se mostra mais prudente (contrato de 550.000 kWh ou 600.000 kWh
Um estudo mais detalhado se faz necessário, pois no mercado livre há riscos 
Volatilidade do Preço da Liquidação das Diferenças
Várias atividades (pagamentos, garantias, contratos) na CCEE têm prazo
Contudo são riscos gerenciáveis
Gestão eficiente
Mas também oportunidades
Aproveitar-se de oportunidades conjunturais
Preços, prazos e flexibilidade adaptados a sua curva de carga
Redução de consumo voluntário em épocas de alto preço
Riscos
OportunidadesUso de fontes renováveis, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa
Obrigado!
Mês/Ano
Demanda 
Registrada 
[kW]
Demanda 
Contratada 
[kW]
Tarifa 
Demanda 
[R$/kW]
Custo 
Demanda 
D [R$]
Consumo 
Ponta 
[kWh]
Tarifa 
Ponta 
[R$/kWh]
Custo na 
Ponta C1 
[R$]
Consumo 
Fora de 
Ponta [kWh]
Tarifa Fora 
Ponta 
[R$/kWh]
Custo Fora 
Ponta C2 
[R$]
Total Custo 
do consumo 
(C1 + C2) 
[R$]
Total do 
valor pago 
(D+C1+C2) 
[R$]
out/151.6362.0009,1918.380,0015.0601,0508415.825,65505.8460,28782145.592,60161.418,25179.798,25
set/151.5792.0009,1918.380,0059.2881,0508462.302,20543.9750,28782156.566,88218.869,09237.249,09
ago/151.5832.0009,1918.380,0081.2961,0608486.242,05517.5990,29782154.151,33240.393,38258.773,38
jul/151.6362.0009,1918.380,0085.7431,0608490.959,60555.1620,29782165.338,35256.297,95274.677,95
jun/151.5962.0009,1918.380,0063.8921,0608467.779,19502.8560,29782149.760,57217.539,76235.919,76
mai/151.4212.0009,1918.380,0027.8191,0608429.511,51436.0550,29782129.865,90159.377,41177.757,41
abr/151.3682.0009,1918.380,0045.6141,0608448.389,16477.1440,29782142.103,03190.492,18208.872,18
mar/151.3812.0005,5611.120,0059.4490,7832046.560,46441.2480,26280115.959,97162.520,43173.640,43
fev/151.3782.0005,2710.540,0040.2990,7002128.217,76412.2120,2100486.581,01114.798,77125.338,77
jan/151.3642.0005,2710.540,0057.2410,7002140.080,72440.9910,2100492.625,75132.706,47143.246,47
dez/141.4312.0005,2710.540,0086.6930,6702158.102,52509.6530,1800491.757,93149.860,44160.400,44
TOTAL171.400,00573.970,811.430.303,322.004.274,132.175.674,13
Média1.488,4556.581,27485.703,73182.206,74197.788,56
CLIENTE CATIVO
Período
Índice 
[R$/MWh]
Variação 
Anual 
[%]
Índice 2013 
[R$/MWh]
5-nov-14198,7233,29149,09
12-nov-14200,4433,99149,59
19-nov-14199,9232,51150,87
26-nov-14201,7233,25151,38
Média200,2033,26150,23
Previsão do Custo da Energia 
Mês/Ano
Demanda 
Contratada 
[kW]
Tarifa 
Demanda 
[R$/kW]
Custo Total 
Demanda 
[R$]
Consumo 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Fora de 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Total 
[kWh]
Preço da 
Energia 
[R$/kWh]
Total 
Custo do 
consumo 
de 
energia 
[R$]
TUSD 
Ponta 
com 
desconto 
50% 
[R$/kWh]
TUSD 
Fora 
Ponta 
com 
desconto 
50%
Total 
TUSD 
Ponta 
[R$/kWh]
Total 
TUSD 
Fora de 
Ponta 
[R$/kWh]
Total do 
valor a pagar
[R$]
out/152.0009,1918.380,0015.060505.846520.9060,1502378.255,710,32990,01494.968,677.559,87109.164,25
set/152.0009,1918.380,0059.288543.975603.2630,1502390.628,200,32990,014919.560,598.129,71136.698,50
ago/152.0009,1918.380,0081.296517.599598.8950,1502389.972,000,32990,014926.821,587.735,52142.909,10
jul/152.0009,1918.380,0085.743555.162640.9050,1502396.283,160,32990,014928.288,768.296,90151.248,81
jun/152.0009,1918.380,0063.892502.856566.7480,1502385.142,550,32990,014921.079,577.515,18132.117,30
mai/152.0009,1918.380,0027.819436.055463.8740,1502369.687,790,32990,01499.178,186.516,84103.762,82
abr/152.0009,1918.380,0045.614477.144522.7580,1502378.533,930,32990,014915.049,207.130,92119.094,05
mar/152.0005,5611.120,0059.449441.248500.6970,1502375.219,710,32990,014919.613,716.594,45112.547,87
fev/152.0005,2710.540,0040.299412.212452.5110,1502367.980,730,32990,014913.295,656.160,5197.976,88
jan/152.0005,2710.540,0057.241440.991498.2320,1502374.849,390,32990,014918.885,246.590,61110.865,24
dez/142.0005,2710.540,0086.693509.653596.3460,1502389.589,060,32990,014928.602,197.616,76136.348,01
Total1.352.732,84
Média542.28581.467,48
122.975,71
CLIENTE LIVRE ESPECIAL
Mês/Ano
Custo 
Total 
Demanda 
[R$]
Consumo 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Fora de 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Total 
[kWh]
Saldo do 
Consumo
[kWh]
Preço da 
Energia 
[R$/kWh]
Total 
Custo do 
consumo 
de 
energia 
[R$]
TUSD 
Ponta 
com 
desconto 
50% 
[R$/kWh]
TUSD 
Fora 
Ponta 
com 
desconto 
50%
Total 
TUSD 
Ponta 
[R$/kWh]
Total 
TUSD 
Fora de 
Ponta 
[R$/kWh]
Valor 
PLD no 
mês
[R$/kWh]
Custo 
PLD no 
mês
[R$/kWh]
Total do 
valor a pagar
[R$]
out/1518.380,0015.060505.846520.90629.0940,1502382.626,500,32990,01494.968,677.559,870,00000,00113.535,04
set/1518.380,0059.288543.975603.263-53.2630,1502382.626,500,32990,014919.560,598.129,710,199910.646,74139.343,54
ago/1518.380,0081.296517.599598.895-48.8950,1502382.626,500,32990,014926.821,587.735,520,12956.332,88141.896,48
jul/1518.380,0085.743555.162640.905-90.9050,1502382.626,500,32990,014928.288,768.296,900,378034.363,00171.955,15
jun/1518.380,0063.892502.856566.748-16.7480,1502382.626,500,32990,014921.079,577.515,180,38236.403,26136.004,51
mai/1518.380,0027.819436.055463.87486.1260,1502382.626,500,32990,01499.178,186.516,840,00000,00116.701,53
abr/1518.380,0045.614477.144522.75827.2420,1502382.626,500,32990,014915.049,207.130,920,00000,00123.186,62
mar/1511.120,0059.449441.248500.69749.3030,1502382.626,500,32990,014919.613,716.594,450,00000,00119.954,66
fev/1510.540,0040.299412.212452.51197.4890,1502382.626,500,32990,014913.295,656.160,510,00000,00112.622,66
jan/1510.540,0057.241440.991498.23251.7680,1502382.626,500,32990,014918.885,246.590,610,00000,00118.642,35
dez/1410.540,0086.693509.653596.346-46.3460,1502382.626,500,32990,014928.602,197.616,760,676231.340,09160.725,54
TOTAL1.454.568,08
MÉDIA
132.233,46
CLIENTE LIVRE ESPECIAL - ENERGIA CONTRATADA DE
 550.000 kWh/mês
Mês/
Ano
Custo 
Total 
Demanda 
[R$]
Consumo 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Fora de 
Ponta 
[kWh]
Consumo 
Total 
[kWh]
Saldo do 
Consumo
[kWh]
Preço da 
Energia 
[R$/kWh]
Total 
Custo do 
consumo 
de 
energia 
[R$]
TUSD 
Ponta 
com 
desconto 
50% 
[R$/kWh]
TUSD 
Fora 
Ponta 
com 
desconto 
50%
Total 
TUSD 
Ponta 
[R$/kWh]
Total 
TUSD 
Fora de 
Ponta 
[R$/kWh]
Valor 
PLD no 
mês
[R$/kWh]
Custo 
PLD no 
mês
[R$/kWh]
Total do 
valor a pagar
[R$]
out/1518.380,0015.060505.846520.90679.0940,1502390.138,000,32990,01494.968,677.559,870,00000,00121.046,54
set/1518.380,0059.288543.975603.263-3.2630,1502390.138,000,32990,014919.560,598.129,710,1999652,24136.860,54
ago/1518.380,0081.296517.599598.8951.1050,1502390.138,000,32990,014926.821,587.735,520,00000,00143.075,10
jul/1518.380,0085.743555.162640.905-40.9050,1502390.138,000,32990,014928.288,768.296,900,378015.462,50160.566,15
jun/1518.380,0063.892502.856566.74833.2520,1502390.138,000,32990,014921.079,577.515,180,00000,00137.112,75
mai/1518.380,0027.819436.055463.874136.1260,1502390.138,000,32990,01499.178,186.516,840,00000,00124.213,03
abr/1518.380,0045.614477.144522.75877.2420,1502390.138,000,32990,014915.049,207.130,920,00000,00130.698,12
mar/1511.120,0059.449441.248500.69799.3030,1502390.138,000,32990,014919.613,716.594,450,00000,00127.466,16
fev/1510.540,0040.299412.212452.511147.4890,1502390.138,000,32990,014913.295,656.160,510,00000,00120.134,16
jan/1510.540,0057.241440.991498.232101.7680,1502390.138,000,32990,014918.885,246.590,610,00000,00126.153,85
dez/1410.540,0086.693509.653596.3463.6540,1502390.138,000,32990,014928.602,197.616,760,00000,00136.896,95
TOTAL1.464.223,34
MÉDIA
133.111,21
CLIENTE LIVRE ESPECIAL - ENERGIA CONTRATADA DE 
600.000 kWh/mês

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