Buscar

Aplicações do sensoriamento remoto na análise ambiental

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
IFCE CAMPUS FORTALEZA
SANEAMENTO AMBIENTAL
RAQUEL GABRIELLY HENRIQUE DA SILVA
APLICAÇÕES DO SENSORIAMENTO REMOTO COM FERRAMENTA DE ANÁLISE AMBIENTAL
FORTALEZA
2020
1. APRESENTAÇÃO
O Sensoriamento Remoto (SR) nos permite uma análise de dados referentes a um alvo sem contato direto com esse, por meio de recursos ópticos-eletrônicos. As ferramentas que empregam o Sensoriamento Remoto facilitam o levantamento de dados em áreas de difícil acesso, e colaboram com o acompanhamento dos processos dinâmicos da natureza.
Existe uma série de vantagens que tornam essa técnica de extrema importância principalmente no contexto atual da sociedade, pois esta pode evidenciar dados geográficos e históricos relativos à espaços naturais e sociais. Além disso, atualmente temos a discussão da preservação do meio ambiente como pauta mundial em diversos eventos educacionais e políticos no entorno do globo, e o Sensoriamento Remoto é muito utilizado no monitoramento e análise dos recursos naturais.
Através de softwares dedicados exclusivamente para tratamento de imagens, pode-se gerar imagens com diferentes composições de cores, ampliações de partes das imagens e classificações temáticas dos objetos nelas identificados, obtendo-se assim produtos como mapas temáticos que são usados para estudos de geologia, vegetação, uso do solo, relevo, agricultura, rede de drenagem, inundações, entre outros
2. OBJETIVO
Os recursos naturais e o meio ambiente da Terra estão em mudanças contínuas em resposta à evolução natural e às atividades humanas. Para compreender o complexo relacionamento dos fenômenos que causam estas mudanças é necessário fazer observações com uma grandes temporais e espaciais. A observação da Terra por meio de satélites é a maneira mais efetiva e econômica de coletar os dados necessários para monitorar e modelar estes fenômenos, especialmente em países de grande extensão territorial, como o Brasil.
Desse modo, a aplicação do sensoriamento remoto na área de análise ambiental é imprescindível, a coleta de dados sobre possíveis problemáticas do âmbito ecossistêmico, as quais todos devem inteira-se como: avanço do desmatamento em zonas de proteção ambiental, níveis hidrológicos de reservatórios, avanço da urbanização em áreas costeiras ou ribeirinhas, índices de relevos que em detrimento da ações intempéricas ou atividades antrópicas. Portanto o acesso a essas pesquisas contribuirá para futuros programas e projetos, a fim de mitigar danos a esfera socioambiental.
3. DESENVOLVIMENTO
Segundo Florenzano (2007) as imagens de satélites permitem uma visão sistêmica, de conjunto, contribuindo nas decisões acerca da gestão de áreas da superfície terrestre, sua transformação e uso e ocupação do espaço. As imagens de satélite são utilizadas para diversas finalidades e tem auxiliado em pesquisas científicas e no monitoramento de fenômenos naturais. De acordo com Ferreira et al., (2000), dentre as possibilidades de utilização das imagens de satélite para fins ambientais, destacam-se a detecção e monitoramento de focos de incêndio e áreas de queimadas (Fig 1), monitoramento do desmatamento e inundações e deslizamentos de terra.
Vários estudos têm demonstrado que a detecção de áreas degradadas em ambientes naturais ou protegidos do semiárido está essencialmente relacionada às atividades antrópicas. Estas se desenvolvem, na maior parte das vezes, por meio de manejos não sustentáveis, ocasionando diversas modificações nos alvos naturais sobre a superfície terrestre. 
Fig 1- Focos de queimadas registrados pelo Inpe, com dados gerados no dia 22/08/2019
Fonte: Reprodução/Inpe
3.1 Aplicações do Sensoriamento Remoto 
Utilizando técnicas de PDI (Processamento Digital de Imagens), é possível monitorar as ações antrópicas nas paisagens, identificando distintos graus de degradação do meio ambiente e permitindo, assim, uma quantificação de áreas atingidas pelo problema.
O SR pode ser utilizado na análise e monitoramento de áreas de risco, possibilitando o controle de furacões, erosões e inundações por meio de imagens de satélite e técnicas de geoprocessamento, assim como também pode-se realizar o monitoramento meteorológico da terra e acompanhar os eventos naturais. Por meio de imagens aéreas também é possível avaliar os impactos dos desastres naturais e permitir estratégias para prevenção, combate e também no resgate. Por exemplo, drones com câmeras multiespectrais podem identificar pontos de calor em zonas de desmoronamento e indicar onde existem sobreviventes.
Além disso, o monitoramento da circulação do ar no oceano, medição da temperatura das águas e altura das ondas, assim como de eventos extremos. Os dados obtidos por meio do SR auxiliam a gestão dos recursos marítimos, ademais muitas ferramentas do Sensoriamento Remoto são utilizadas para acompanhar e identificar o comportamento de animais aquáticos.
Considerando o quão relevante o tema de preservação ambiental (Fig 2) se tornou nos últimos anos, principalmente no meio político mundial, temos o Sensoriamento Remoto como uma ferramenta fundamental para a tomada de decisões do manejo e gestão dos recursos naturais.
Fig 2- 30 anos de desmatamento da Amazônia
Fonte:https://www.nexojornal.com.br/grafico/2019/08/15/30-anos-de-desmatamento-da-Amaz%C3%B4nia-em-mapas-e-gr%C3%A1ficos. Acesso em: 07 de agosto 2020.
No Brasil, por exemplo possui um Sistema de Monitoramento de Áreas Florestais que são baseados em SR, utilizando informações coletadas via Satélite. É possível analisar e monitorar os recursos hídricos, calcular/estimar parâmetros físicos e químicos do solo e água, determinar as características climáticas de uma região, identificar pontos críticos de áreas antropizadas, determinar o relevo da região, observar o comportamento da fauna de uma região de interesse, entre muitas outras aplicações.
Outrossim outra aplicação do Sensoriamento Remoto está na gestão e licenciamento ambiental, regularização fundiária, gerenciamento ambiental de obras, inspeção de obras, locação de obras, monitoramento e manutenção de energias renováveis, georreferenciamento, levantamentos topográficos, medição de profundidades em recursos hídricos, medição de ângulos e distâncias, desenvolvimento de carros autônomos, cálculo de volumes, inventário florestal, monitoramento de uso e ocupação do solo, entre muitas outras são as aplicações diretas da técnica do Sensoriamento Remoto em engenharias.
4. CONCLUSÃO
O sensoriamento remoto ocupa espaço ímpar nesse cenário, ao possibilitar um amplo aparato de atuação no que diz respeito ao monitoramento ambiental, a qual não poderá eximir seu fundamental papel para obtenção de dados precisos e consistentes a fim de propagar matérias norteadoras no âmbito acadêmico e cientifico, as informações fornecidas através das ferramentas geotecnologias contribuem, através das técnicas computacionais, para a análise da representação geográfica e permitem, por parte dos órgãos responsáveis, a inspeção das condições ambientais de cada área.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
SENSORIAMENTO REMOTO ENG. AMBIENTAL http://docs.fct.unesp.br/docentes/carto/enner/EngAmbiental/SR_Aula_1.1%20(Introdu%E7%E3o%20ao%20SR).pdf. Acesso em: 07 de agosto 2020
BEZERRA, H.S.; SANO E.E.; FERREIRA, L.G. Desempenho do satélite sino-brasileiro de recursos terrestres CBERS-2 no mapeamento da cobertura da terra no Distrito Federal, Brasil. Revista Brasileira de Geofísica, n. 25, v. 2, p. 171 – 185, 2007.
FERREIRA, N.C.; FERREIRA, M.E. Sensoriamento remoto da vegetação: Evolução e estado da arte. Acta Scientiarum, 2008 (no prelo)
AMAZÔNIA, FOGO E O SENSORIAMENTO REMOTO https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/blog/cassio-barbosa/post/2019/08/30/amazonia-fogo-e-o-sensoriamento-remoto-feito-pelo-inpe.ghtml. Acesso em: 07 de agosto 2020

Continue navegando