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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO DO TRABALHO, PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL DO TRABALHO
Isabel Cristina dos Santos Nunes
O DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO: APLICAÇÃO DA LEI Nº 13.467/2017 - REFORMA TRABALHISTA
Santa Cruz do Sul
2017
Isabel Cristina dos Santos Nunes
O DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO: APLICAÇÃO DA LEI Nº 13.467/2017 - REFORMA TRABALHISTA
Trabalho de Conclusão de Curso, monografia, apresentado ao Curso de Pós-Graduação lato sensu em Direito do Trabalho, Previdenciário e Processual do Trabalho, modalidade EaD, da Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós-Graduado em Direito do Trabalho, Previdenciário e Processual do Trabalho.
Prof. (Esp.,Ms. Ou Dr.) ................
 Orientador
Santa Cruz do Sul
2017
TERMO DE ENCAMINHAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA A BANCA
Com o objetivo de atender às disposições que organizam e regem o Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Pós-Graduação em Direito do Trabalho, Previdenciário e Processual do Trabalho, modalidade EaD, da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC – considero o TCC, monografia, da acadêmica Isabel Cristina dos Santos Nunes adequado para ser inserido na pauta de apresentações dos Trabalhos de Conclusão de Curso do ano de 2018.
Santa Cruz do Sul, outubro de 2017.
________________________________
Professor (Esp., Ms., ou Dr.) ...........
Orientador
 Ao meu esposo e filhos, pelo apoio, e por saber esperar e serem companheiros de todas as horas.
“Onde não houver respeito pela vida e pela integridade física e moral do ser humano, onde as condições mínimas para uma existência digna não forem asseguradas, onde não houver limitação de poder, enfim, onde a liberdade e a autonomia, a igualdade e os direitos fundamentais não forem reconhecidos e minimamente assegurados, não haverá espaço para dignidade humana e a pessoa não passará de mero objeto de arbítrio e injustiças.” (Ingo Sarlet – Juiz e Jurista brasileiro).
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares e amigos pelo incentivo, aos professores e colegas do Curso de PG em Direito do Trabalho, Previdenciário e Processual do Trabalho, modalidade EaD, pelos ensinamentos e amizade. Ao professor orientador, xxxxxxxxxxxx, pelo encorajamento e sabedoria transmitida na realização deste Trabalho de Conclusão de Curso.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso, monografia, trata do tema “dano moral e a aplicação da lei 13.467/2017”. Pretende-se, à luz da literatura recente e relevante a propósito da situação em tela, apresentar os principais aspectos teóricos que envolvem a questão do dano moral trabalhista face aos novos artigos incluídos na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, pela Lei 13.467 de 2017, inclusive a aplicação da nova lei para a dosimetria e tarifação do dano, calcado nos limites legais impostos. Para tanto, utiliza-se como metodologia de pesquisa bibliográfica, leitura, fichamento e comparação de doutrinas dos principais autores do Direito que tratam desse problema. Partindo-se do pressuposto de que o presente trabalho de conclusão de curso apresenta a definição de dano moral, bem como, de maneira específica, o dano moral trabalhista e o bem jurídico tutelado – os direitos de personalidade do trabalhador-, o que é objeto no estudo. Aponta-se o processo de reparação judicial do dano e suas diversas concepções, notadamente a utilizada pelo nosso ordenamento jurídico na busca da plena reparação dos danos causados, bem como as diversas formas existentes na doutrina para quantificar a indenização e seus critérios de dosagem da quantia pecuniária, na busca da compensação suficiente à vítima do dano moral, hoje denominado extrapatrimonial, decorrente das relações de trabalho e como será aplicada a nova regra vigente e se os dispositivos que preveem a tarifação do dano serão mantidos ou não diante da aparente afronta à Constituição Federal.
Palavras-chave: Dano Moral Trabalhista, Reparação, Dosimetria, Tarifamento.
SUMMARY
The present Course Conclusion Paper, monograph, deals with the theme "moral damage and the application of law 13.467 / 2017". It is intended, in the light of the recent and relevant literature on the situation on the screen, to present the main theoretical aspects that involve the issue of labor moral damages in relation to the new articles included in the CLT - Consolidation of Labor Laws, by Law 13467 of 2017, including the application of the new law for dosimetry and damage pricing, based on the legal limits imposed. To do so, it is used as methodology of bibliographic research, reading, filing and comparison of doctrines of the main authors of the Law that deal with this problem. Assuming that the present work of completion of the course presents the definition of moral damage, as well as, specifically, the labor moral damage and the protected legal right - the worker's personality rights -, which is object in the study. It is pointed out the process of judicial reparation of the damage and its diverse conceptions, notably that used by our legal order in the search of full reparation of the damages caused, as well as the diverse forms in the doctrine to quantify the indemnification and its criteria of dosage of the amount pecuniary damage in the search for sufficient compensation to the victim of the moral damages, now known as off-balance, arising from labor relations and how the new rule in force will be applied and whether the provisions that provide for the payment of damages will be maintained or not in the face of the apparent affront to the Constitution Federal.
Keywords: Labor Moral Damage, Repair, Dosimetry, Pricing.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
2 CONCEITO DE DANO .......................................................................................... 12
2.1 Espécies de Dano ............................................................................................. 13
2.1.1 Dano material ................................................................................................. 13
2.1.2 Dano moral ou assédio moral ...................................................................... 13
2.1.3 Dano estético ................................................................................................. 15
3 O DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO ......................................... 17
3.1 Fases em que se verifica o dano moral trabalhista ...................................... 19
3.1.1 Fase Pré Contratual ...................................................................................... 19
3.1.2 Fase de Execução do Contrato de Trabalho .............................................. 19
3.1.2.1 Ociosidade de empregado portador de estabilidade ............................. 20
3.1.2.2 Rebaixamento funcional ........................................................................... 20
3.1.2.3 Assédio sexual .......................................................................................... 20
3.1.2.4 Monitoramento de e-mails ........................................................................ 21
3.1.2.5 Revistas pessoais ..................................................................................... 21
3.1.2.6 Aplicação de penalidades disciplinares .................................................. 21
3.2 Outras hipóteses de Dano Moral no curso da relação de emprego ........... 22
3.2.1 Lesões acidentárias ..................................................................................... 22
3.2.2 Ofensas físicas, morais e revista em pertences não íntimos .................. 24
3.2.3 Limitação ao uso de banheiros no ambiente laborativo .......................... 24
3.2.4 Câmeras televisivas de segurança em banheiros ..................................... 24
3.2.5 Quebra de sigilo bancário de empregado de Banco ................................. 24
3.3 Fase pós contrato de trabalho........................................................................ 25
4 A REPARAÇÃO DO DANO MORAL E APLICAÇÃO DA LEI Nº 13.467/2017 - REFORMA TRABALHISTA .................................................................................... 26
5 TARIFAMENTO DO DANO MORAL .................................................................... 33
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 41
1 INTRODUÇÃO
O dano moral na Justiça do Trabalho sempre foi objeto de controvérsias, especialmente sobre o valor a ser pago à pessoa lesada. Alguns países reconhecem o dano moral, de longa data, nos processos trabalhistas. No Brasil, a jurisprudência já vem fixando indenizações para dano moral causado no ambiente de trabalho, com fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana.
Com a publicação da Lei n. 13.467, de 13 de julho de 2017, foram inseridos na Consolidação das Leis do Trabalho os artigos 223-A até 223-G, em um capítulo especifico, limitando a interpretação do julgador quanto às possibilidades de indenização. 
Os limites para indenizações recebidas por dano extrapatrimonial na Justiça do Trabalho terão um valor máximo de 50 vezes o salário da vítima. 
Serão abordadas as diversas formas utilizadas para se quantificar o dano moral e as divergências – tanto doutrinárias como jurisprudenciais – que existem sobre quais dispositivos legais devem ser usados para melhor verificação da extensão do dano e de sua reparação/compensação, cuja aplicação busca a maneira que mais se aproxime da plena reparação do ato ilícito praticado.
De início, no primeiro capítulo, apresenta descrição e definição do dano moral em si, com breve histórico e seus conceitos gerais do direito civil.
Em seguida, haverá uma apresentação de forma específica sobre conceitos do dano moral trabalhista, as partes que o integram, onde ele ocorre, a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar e a classificação do bem jurídico tutelado, que são os direitos de personalidade do empregado.
No terceiro capítulo disserta-se sobre as formas de reparação do dano moral trabalhista, a interpretação de várias correntes doutrinárias sobre a existência ou extensão do dano moral trabalhista e a adotada pelo nosso ordenamento jurídico, com o objetivo de verificar a que melhor atinge a finalidade reparadora do dano moral.
Por fim, no quarto capítulo, retorna-se para a questão polêmica quanto a tarifação e a quantificação do dano moral trabalhista, as diferentes correntes doutrinárias utilizadas para se aferir o valor da indenização, como também os critérios que o magistrado deve observar para realizar a dosimetria, a fim de alcançar a compensação pecuniária suficiente a reparar o dano sofrido pelo empregado.
Atualmente a sociedade civil presencia avanços do instituto do dano moral ou dano extrapatrimonial no Direto do Trabalho no Brasil, tanto na doutrina, como na jurisprudência, com o alargamento dos casos de incidência privilegiando a dignidade da pessoa humana, que constitui o fundamento de validade do Estado Democrático de Direito, a novel Lei n. 13.467/2017, denominada Reforma Trabalhista, veio apresentar um novo regramento, nesta temática,  a partir do art. 223-A.
Em primeiro plano, o legislador brasileiro passou a adotar a expressão dano extrapatrimonial em substituição a dano moral, da mesma forma que este instituto é denominado em Portugal, na Itália e Alemanha, especialmente por ser de mais amplo espectro, abrangendo inclusive o dano estético.
O objetivo de colaborar com debate acadêmico, doutrinário e jurisprudencial quanto à determinação do quantum satisfatório do dano moral individual, agora denominado de dano extrapatrimonial, pelo seu caráter subjetivo que conduz a maior dificuldade.
Porém, quando ocorre um vilipêndio a esta especial natureza do ser humano, que deveria ser indevassável, por ato ilícito ou abusivo por outrem e a devida reparação se faz necessária, havendo a movimentação da máquina judiciária neste sentido, não será permitido ao julgador deixar de se pronunciar a respeito na fixação da justa reparação.
Portanto, é neste sentido que, em nome dos princípios mais elevados emanados da Constituição Federal de 1988, entre eles a isonomia, a segurança jurídica, bem como a previsibilidade das decisões judiciais, de modo a se evitar decisões colidentes, conflitantes ou contraditórias, considera-se de bom alvitre estabelecer critérios, de modo a parametrizar os valores das reparações por dano extrapatrimonial, mas sempre deixando ao livre arbítrio do magistrado, para que, dentro de seu juízo de ponderação, fixe a justa indenização ao caso concreto que se lhe apresente.
2 CONCEITO DE DANO
A palavra dano provém do latim “damnu”, que significa prejuízo, tendo sido adotado como conceito jurídico o estrago ou prejuízo de uma pessoa física ou jurídica causado por outra pessoa física ou jurídica, atingindo-lhe seu patrimônio, sua moral (cabível somente à pessoa física) ou sua imagem.
Pode-se citar o direito à vida, à integridade física, ao corpo e às partes separadas deste, ao cadáver, à imagem e à voz. 
Os direitos psíquicos são direitos à liberdade, à intimidade, a honra, à integridade psíquica e ao segredo. 
Por fim, os direitos morais dizem respeito ao direito à identidade, direito à honra, direito ao respeito, à dignidade (FREITAS, 2012).
Para a caracterização do dano existem certos requisitos que, uma vez comprovado, ensejará a responsabilidade do ofensor em reparar o prejuízo suportado pelo lesionado (FREITAS, 2012)
É cediço que a honra, dignidade, intimidade, vida privada de um ser humano não tem preço, que só as coisas têm preços, como já dizia Kant, pois a pessoa é um ser único, insubstituível, feito à imagem e semelhança de Deus, daí sua dupla natureza jurídica, uma material e outra imaterial ou extrapatrimonial. (SANTOS, 2016)
A Constituição Federal de 1988 traz garantias sobre os direitos humanos fundamentais, quanto ao respeito à dignidade humana e a sua intimidade, expressamente no art. 5º, incisos, III, V e X, além do art. 6º no que se refere o direito à saúde (mental).
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
(...)
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento “desumano ou degradante;
(...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Assim, verifica-se que a maioria dos doutrinadores, ao tratarem sobre o tema, definem dano como sendo um prejuízo patrimonial ou extrapatrimonial sofrido por alguém causado por ato de outrem em razão de uma ação ou omissão.
2.1 Espécies de Dano
Quanto às espécies de dano, os mesmos podem ser do tipo moral, ou seja, aquele causado à integridade física, à honra, à imagem de uma pessoa física, ou material, que é aquele que atinge os bens de uma pessoa física ou jurídica.
2.1.1 Dano material 
O dano material é aquele que atinge diretamente o patrimônio da pessoa física ou jurídica, podendo-se afirmar que existem atos lesivos que, afetando o indivíduo direta ou indiretamente, sua reputação ou vida profissional, geram reflexos sobre o patrimônio econômico.
CASSAR (2017) ensina que tudo pode ser mensurado no dano patrimonial e pode atingir o patrimônio presente (dano emergente) e/ou o futuro (lucro cessante).
Para a reparação do dano material mostra-se imprescindível demonstrar-se o nexo de causalidade entre a conduta indevida do ofensor e o efetivo prejuízo patrimonial que foi efetivamente suportado pelo ofendido.
2.1.2Dano moral ou assédio moral
Diante de diversos conceitos doutrinários, pode-se dizer que dano moral ou assédio moral é toda conduta que atinge direta ou indiretamente a dignidade ou a integridade física ou psíquica de um indivíduo, constituído por um conjunto de ações ou omissões onde um ou mais sujeitos assediadores criam um ambiente hostil e intimidatório em relação a um ou mais assediados, afetando gravemente sua dignidade pessoal e causando danos à saúde dos afetados com vistas a obter distintos fins de tipo persecutório.
Para MACHADO (2017) o dano moral que enseja uma ação judicial, certamente está ligado à ideia de uma indenização, termo que foi consagrado pela doutrina e pela jurisprudência. 
É importante frisar que o instituto do dano moral não é trabalhista, sendo assim, não existe dano moral só trabalhista, bem como dano moral só civil, penal e administrativo, o que se vincula ao instituto do direito aplicado é a reparação, ou seja, a reparação é que será penal administrativa ou civil, se está se falando de um dano moral que ocorreu dentro da relação de trabalho, então a reparação pelo dano causado será trabalhista e a competência para processar e julgar será da Justiça do Trabalho. 
O dano moral caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde (mental ou física), à sua imagem.
A oportunidade da reparação do prejuízo por dano moral é gerada na hipótese de o indivíduo entender que foi lesado a sua privacidade, pelo fato de suas informações ou acontecimentos terem sido tornadas públicas por conta de terceiros.
O Código Civil (CC) em seu art. 932, inciso III, dispõe que o empregador também é responsável pela reparação civil, por seus empregados, quando no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele.
A referida lei infraconstitucional prevê também no art. 927 que aquele que comete ato ilícito (conforme art. 186 e 187 do CC) ficará obrigado a repará-lo, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A Constituição da República trouxe tratamento específico para a reparação por danos extrapatrimoniais, prevista no art. 5º, incisos V e X, sendo tais normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata. Não há previsão de qualquer teto específico e quantificado para a indenização. Pelo contrário, a Constituição assegura a reparação conforme ou proporcional à lesão sofrida. E não faz qualquer distinção entre empregados e não empregados – pois todos são detentores de igual dignidade.
Ressalta-se que o princípio da proporcionalidade tem dupla vertente. Se por um lado contém a proibição do excesso (valores abusivos de indenização, enriquecimento indevido de uma parte, banalização de pedidos), por outro visa à proibição da proteção insuficiente. 
Assim, é indubitável que havendo tarifação da indenização, certamente ocorrerão casos em que a proteção máxima conferida pela lei será insuficiente para reparar todo o dano sofrido, ferindo, então, a própria principiologia constitucional. 
Tanto é que o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF n.º 130, entendeu, em prol da liberdade de imprensa, pela não recepção dos artigos da Lei n.º 5.250/1967 (Lei de Imprensa) que dispunham sobre a tarifação da indenização por danos morais, por completa incompatibilidade com o texto constitucional. Inconstitucionalidade absurda que a “Reforma “Trabalhista” ressuscitou no cenário jurídico pátrio.
O dano moral – por alguns denominado dano extrapatrimonial ou imaterial – é, segundo Savatier, na obra de Cavalieri Filho, “todo sofrimento humano que não resulta de uma perda pecuniária (CAVALIERI FILHO, 2004, p. 95)”. Contudo há de se ressaltar que nem toda tristeza ou contrariedade cotidiana pode ser caracterizada como dano moral propriamente dito. É preciso discernir, utilizando-se dos meios adequados como doutrina, jurisprudência e, acima de tudo, bom senso, para se verificar o que é uma lesão que causou dano moral e o que não passa de mero dissabor ou frustração inerente à vida de qualquer ser humano.
CARRION ensina que dano moral é o que “atinge os direitos da personalidade, sem valor econômico, tal como a dor mental psíquica ou física”. (CARRION, 2004, p. 359)“. Já CASSAR define que dano moral “é o resultado de uma ação, omissão ou decorrente de uma atividade de risco que causa lesão ou magoa bens ou direitos da pessoa, ligados à esfera jurídica do sujeito de direito (pessoa física, pessoa jurídica, coletividade etc.). É o que atinge o patrimônio ideal da pessoa ou do sujeito de direito” (CASSAR, 2014, p. 949).
Ronaldo Alves de Andrade define que “é moral todo o dano financeiramente imensurável. Assim, essa classe de dano o bem jurídico atingido deita reflexo no direito imaterial da pessoa” (ANDRADE, 2011, p. 08).
Assim, o dano moral é baseado em uma lesão, de algo que não é patrimonial, ou seja, extrapatrimonial. Tal extrapatrimonialidade é caracterizada pelos direitos de personalidade, quais sejam o direito à vida, à honra, à imagem, integridade física, liberdade sexual, não discriminação, etc. protegidos pela Constituição Federal.
2.1.3 Dano estético
Considerado pela jurisprudência brasileira como um dano autônomo de caráter extrapatrimonial, o dano estético se difere do dano moral, pois enquanto o dano moral pode ser causado tanto à pessoa física quanto à pessoa jurídica, o dano estético só pode ser causado à pessoa física, única que possui integridade física, corpo.
O dano estético resulta da lesão da integralidade física, especialmente quanto ao direito à imagem ou aparência externa, o qual é direito da personalidade (GARCIA, 2017).
LOPEZ (2004, p. 55) conceitua o dano estético como sendo qualquer modificação duradoura ou permanente na aparência externa de uma pessoa, modificação esta que lhe acarreta um “enfeamento” ou “deformidade”, decorrente de cicatrizes, mutilações ou sequelas, ainda que mínimas, e lhe causa humilhações e desgostos, dando origem, portanto, a uma dor moral.
3 O DANO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Após a vigência da Emenda Constitucional EC 45/2004, o art. 114 da Constituição Federal, ampliou à competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações de indenização por danos morais decorrentes da relação de trabalho. Assim, qualquer conflito de relação direta com o contrato de trabalho trata-se de dano patrimonial ou extrapatrimonial, como o moral, terá como juízo competente a Justiça do Trabalho.
O dano moral trabalhista foi recepcionado inicialmente pelo artigo 114, da Constituição Federal de 1988, somente após a publicação da Emenda Constitucional 45/2004, com a inclusão do inciso VI. Antes disso a competência para processar e julgar ações de reparação de danos no âmbito trabalhista era da justiça comum.
Art. 114 – Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
Para se verificar a competência, é preciso verificar se o fato em questão deriva ou não da relação de trabalho, pois, se não tiver relação, a competência será da Justiça Comum. O dano moral trabalhista deve surgir do contrato de trabalho, que é formado por empregador e empregado.
O que justifica essa competência é o fato da Justiça do Trabalho ser uma justiça especializada, com conhecimento mais adequado para dirimir os conflitos ocorridos na vigência do contrato de trabalho e, por conta disso, também dos atos de ofensa aos direitos de personalidade do ser humano, que no caso é o empregado, a parte que é presumida como hipossuficiente.
Para Alexandre Agra Belmonte “são danos morais trabalhistas as ofensas aos atributos físicos, valorativos e psíquicos ou intelectuais extrapatrimoniais decorrentes da relação de trabalho (BELMONTE, 2014, p.78)”. Que pode ter como vítima o empregado e, em hipóteses muito menosfrequentes, o empregador. 
Contudo, no presente trabalho nos fixamos somente na figura do empregado como vítima do dano.
Vemos dessa definição que estão presentes os elementos do dano moral (lesão aos direitos de personalidade, ou seja, a extrapatrimonialidade da pessoa). A relação de trabalho é o elemento que atrai a competência trabalhista. E completa dizendo que tais danos devem ser suscetíveis de gerar padecimentos sentimentais ou ainda como decorrência do uso não autorizado da imagem ou da violação do bom nome da pessoa jurídica e, finalmente, os causados aos valores culturais de certa comunidade.
A título de classificação do dano moral trabalhista, temos a divisão feita por BELMONTE (2014), a qual separa os atributos valorativos da personalidade em quatro partes, para melhor elucidação do tema. Assim, os direitos de personalidade do trabalhador são formados pelos:
a) Atinentes à integridade moral: Honra e imagem do empregado.
b) Atinentes à integridade física: Vida, subsistência, integridade física, saúde e segurança do empregado. Também comporta a liberdade pessoal do obreiro, o qual comporta as situações de trabalho em condição análoga a de escravo ou o “truck system”.
c) Atinentes à integridade intelectual ou psíquica: Intimidade, vida privada, igualdade, não discriminação, liberdade sexual, de crença e de expressão.
d) Atinentes à integridade cultural coletiva: Direitos difusos ou coletivos lato sensu de uma determinada comunidade, como pode ocorrer em casos de racismo.
Essas violações de direitos de personalidade ocorrem nas relações de trabalho toda vez que o empregado é atingido na sua moral, físico, intelecto ou de forma coletiva, em situações cotidianas das relações trabalhistas, como exemplifica Maurício Godinho Delgado: “procedimentos discriminatórios, falsas acusações de cometimento de crime, tratamento disciplinas vexatório ou degradante, etc (DELGADO, 2012, p.620)”.
O princípio da proteção norteia a legislação trabalhista no sentido de tutelar a vida e a saúde física e mental do empregado. Por causa disso que existem em nosso ordenamento jurídico conteúdos de natureza cogente, que impedem o exercício da livre iniciativa das partes em contratar (empregador e empregado). A título de exemplo temos o direito a férias, jornada máxima de trabalho, salário-mínimo, etc.
Essas normas trabalhistas tem a fundamental função de proteger os direitos de personalidade do empregado (atributos físicos, valorativos e intelectuais) e, por óbvio, uma vez descumpridos, ensejam reparação. É o que a seguir será tratado.
3.1 Fases em que se verifica o dano moral trabalhista
O dano moral nas relações individuais de trabalho podem ocorre na fase pré contratual; durante a execução do contrato individual de trabalho; e/ou, na fase pós contrato de trabalho.
3.1.1 Fase Pré Contratual
Na fase que antecede ao contrato de trabalho (fase pré contratual), o empregador buscará o maior número de informações possíveis sobre o candidato a um posto de trabalho na empresa. Todavia, o empregador não pode ultrapassar certos limites, sob pena de violação da lei e/ou intimidação do trabalhador.
É na fase preliminar do contrato de trabalho que o candidato ao emprego será passível de sofrer discriminação, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, exame grafológico e questionamentos acerca da vida pessoal e de opiniões pessoais, no processo seletivo ou durante as negociações sobre as condições contratuais.
3.1.2 Fase de Execução do Contrato de Trabalho
Nesta fase, a ofensa aos atributos valorativos das partes do contrato de trabalho ocorre com maior frequência ou reiteração; em regra, devido o estado de subordinação do empregado às ordens e orientações do empregador, detentor dos poderes diretivo e disciplinar.
Para LOBREGAT(2001) as principais hipóteses de assédio moral ao empregado são: ociosidade de empregado portador de estabilidade; rebaixamento funcional; assédio sexual; monitoramento de e-mails; revistas pessoais; aplicação de penalidades disciplinares.
3.1.2.1 Ociosidade de empregado portador de estabilidade
Nesta hipótese poderá o empregado pleitear a devida indenização por danos morais quando o empregador quer lhe dispensar, no entanto devido ao fato de ser portador de estabilidade ainda que provisória não pode ser dispensado. Nessa hipótese o empregador não dá tarefas ao obreiro, deixando-o ocioso, o que seria humilhante para o empregado, que seria alvo de comentários de todos os companheiros.
3.1.2.2 Rebaixamento funcional
Pode ocorrer ao empregado pleitear a devida indenização por danos morais quando o empregador lhe colocar em outra função que lhe cause desconforto ou que o ridicularize perante os demais funcionários da empresa.
3.1.2.3 Assédio sexual
É possível ao empregado pleitear a devida indenização por danos morais quando o empregador lhe causar constrangimento por intimidação, por chantagem, etc. As principais causas que possam caracterizar o assédio sexual são: o abuso verbal ou comentários de conotação sexual sobre a aparência do empregado; frases ofensivas ou de duplo sentido e alusões grosseiras, humilhantes ou embaraçosas; perguntas indiscretas sobre a vida privada do empregado; afastar o empregado do seu local de trabalho, a fim de que o assediante possa com ele conversar em local privado e de forma íntima; insinuações sexuais inconvenientes e ofensivas; solicitação de relacionamento íntimo, ainda que não implique em conjunção carnal, ou de outro tipo de conduta de natureza sexual,mediante a promessa de benefícios ou recompensas; exigências de favores sexuais sob ameaças explícitas ou implícitas concernentes ao emprego; exibição de materiais pornográficos (como revistas, fotografias ou qualquer outro objeto), assim como afixar nas paredes do local de trabalho imagens de tal natureza; toques, carícias ou beliscões deliberados e ofensivos; e prática de qualquer exercício de violência física ou verbal.
3.1.2.4 Monitoramento de e-mails
É considerada uma das hipóteses mais polêmicas quando se trata de ofensa à moral do obreiro. LOBREGAT (2001) faz menção a alguns autores que defendem que a correspondência eletrônica, e-mail, está protegida pelo mesmo sigilo destinado às cartas fechadas, como preceitua o artigo 5º, inciso XII, quando dispõe que “é inviolável o sigilo das correspondências e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
Por outro lado, LOBREGAT (2001) menciona alguns autores que defendem a tese de que o empregador pode fiscalizar o conteúdo das mensagens e sites visitados pelo empregado, desde que adote uma política interna de concessão de equipamentos e comunicação eletrônica, com expressa anuência dos empregados ou como parte integrante do contrato de trabalho firmado com eles, pois o empregador, zelando pelo sucesso de seu negócio, poderá evitar que empregados percam tempo e a ociosidade com a navegação em sites de bate papo, sites de jogos, páginas com conteúdos eróticos, recebimento de mensagens contendo piadas, correntes e anexos que nada têm a ver com o trabalho.
3.1.2.5 Revistas pessoais
A violação à moral ocorrerá quando o empregador, ou quem estiver sob suas ordens, efetuar a revista mediante tratamento desrespeitoso, de forma vexatória, na frente de todos e acompanhada (ou não) de gracejos e/ou ameaças.
3.1.2.6 Aplicação de penalidades disciplinares
Por fim, LOBREGAT (2001), nos mostra que nesta hipótese o empregador goza da prerrogativa do poder de direção, ao qual se vincula o dever de regular prestação do trabalho do empregado, em consonância com as ordens e diretrizes que lhe forem passadas = dever de obediência, e ocorrerá a violação à moral quando ficar caracterizado que houve abuso de direito por parte de seu superior hierárquico.
3.2 Outras hipóteses de dano moral no curso da relação de emprego
Além das hipóteses acimacitadas por LOBREGAT (2001), podemos dizer que há outras situações que podem causar ofensa à moral do empregado durante a vigência do contrato de trabalho.
DELGADO, que em sua obra nos ensina que pode ocorrer o dano nas seguintes situações: dano moral à imagem; lesões acidentárias; ofensas físicas; ofensas morais; revistas em pertences obreiro, embora não íntimas; limitação ao uso de banheiros no ambiente laborativo; divulgação de nomes e dados contratuais de empregados, especialmente salários; câmaras televisivas de segurança em banheiros; dinâmica de metas de desempenho e respectivas cobranças; uso de técnicas motivacionais abusivas e desrespeitosas; controle de correspondências no ambiente laborativo; quebra desigilo bancário de empregado de Banco; condições degradantes no ambiente de trabalho; atrasos reiterados de salários; exercício de função perigosa, não integrante do contrato; discriminação no ambiente laborativo; acusação não comprovada de ato ilícito.
3.2.1 Lesões acidentárias
Delgado (2012), classifica como sendo as deteriorações físico mentais do indivíduo em decorrência do ambiente laborativo ou da forma ou postura durante o cumprimento da prestação de serviços (doenças ocupacionais, regra geral) ou da prática de certo ofício profissional específico impregnado de agentes agressores ao organismo humano (doenças profissionais especificamente), ou, ainda, por acidente do trabalho.
Também pode causar dano moral ao trabalhador quando lhe causar, segundo a gravidade, substanciais dores físicas e psicológicas, com intensidade imediata ou até mesmo permanente.
A melhor definição para lesões acidentárias está descrita na Lei nº 8.213/91, em seu artigo 19:
Art. 19 - Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Outros tipos de lesões acidentárias são as doenças ocupacionais, que encontram melhor definição também na lei previdenciária, no artigo 20 e incisos:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Por fim, como lesões acidentárias há ainda o acidente de trajeto – também conhecido com acidente “in itineri” e que está conceituado no artigo 21, inciso IV, alínea "d" da Lei 8.213/91:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
Esses tipos de lesões podem causar ao trabalhador perdas patrimoniais, como gastos implementados para recuperação ou produzir restrição relevante para exercer atividades profissionais e do dia-a-dia, ou até mesmo, inviabilização da atividade laborativa do empregado.
3.2.2 Ofensas físicas, morais e revista em pertences não íntimos
Delgado (2012), conceitua ofensas físicas como sendo aquelas que podem ocorrer no ambiente laborativo, ou até mesmo fora dele, mas com repercussões contratuais, citando o caput do artigo 5º, da CF, que abrange em seu interior a inviolabilidade física.
O mesmo autor, ressalta que as ofensas morais são aquelas que também podem ocorrer no ambiente laborativo, ou até mesmo fora dele, mas com repercussões contratuais, citando os incisos V e X, do artigo 5º, da CF.
E as ofensas com revistas são aquelas que são realizadas em bolsas e sacolas por exemplo. Diferente das revistas intimas, este tipo de revista é motivo de bastante discussão se viola o princípio da dignidade humana.
3.2.3 Limitação ao uso de banheiros no ambiente laborativo
A jurisprudência tem considerada abusiva a conduta do empregador em limitar o tempo do uso de banheiros no ambiente laborativo, por afrontar o direito à privacidade do empregado (art. 5, X, da CF/88) e, em certa medida, o próprio princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88), (DELGADO, 2012).
3.2.4 Câmeras televisivas de segurança em banheiros
A utilização de câmaras televisivas de segurança em banheiros é uma afronta aos princípios e regras constitucionais de tutela à privacidade e à intimidade das pessoas que trabalham no respectivo ambiente empresarial, ensejando a indenização pertinente (art. 5º, V e X, da CF/88). Menciona o autor que a jurisprudência também tem considerada abusiva a inserção dessas câmeras em refeitórios.
3.2.5 Quebra de sigilo bancário de empregado de Banco
Com relação a esta hipótese, Delgado (2012) fala que a simples circunstância de a consolidação das Leis do Trabalho tipificar como justa causa do empregado bancário “a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis” (art. 508, Consolidação das Leis do Trabalho) não implicaria permissão tácita para o exame informal, pelas instituições financeiras, das contas correntes e de investimentos de seus trabalhadores. O descumprimento dessa conduta omissiva obrigatória fixada por lei provocaria, desse modo, a incidência do art. 5º, X, da Constituição e do art. 186 do Código Civil.
3.3 Fase pós contrato de trabalho
Superadas a fase pré contratual, bem como a fase de execução do contrato individual de trabalho, após a rescisão do vinculo empregatício também poderá ocorrer ofensa à moral do empregado, na chamada fase pós contratual.
Nessa fase as ofensas morais são mais remotas, mas que ocorrem com certa frequência. As hipóteses mais prováveis praticadas pelo empregador são: informações desabonadoras ou inverídicas; anotação do motivo da despedida na CTPS; comunicação de abandono de emprego em órgão de imprensa; cumprimento de aviso prévio em casa; despedimento sem justa causa.
4 A REPARAÇÃO DO DANO MORAL E APLICAÇÃO DA LEI Nº 13.467/2017 - REFORMA TRABALHISTA
Para a garantia de direitos individuais, tais como a igualdade e liberdade, meios jurídicos devem ser tomados para que os mesmos sejam protegidos, em face do mandamento constitucional da dignidade da pessoa humana, no inciso III do parágrafo 1º da Constituição da República Federativa do Brasil.
Os direitos de personalidade necessitam da proteção jurídica contra os danos que eventualmente possam ocorrer. Trata-se da tutela dos direitos extrapatrimoniais, que tem a finalidade de combater a humilhação, o vexame, ou qualquer atitude que atinja a moral, integridade física, saúde, intimidade, vida privada, crença ou reputação da pessoa, as quais causem dor, revolta, mágoa ou qualquer ofensa moral, física ou psíquica ao ser humano.
Todavia, em acontecendo tais práticas ilegais, deverá haver a justa reparação, em face dos inúmeros prejuízos que referidas condutas causam às pessoas, pois, se nos danos patrimoniais deve existir a reparação, da mesma forma nos extrapatrimoniais se faz necessária igual reparação.
Contudo, o ato de reparar o dano moral ou extrapatrimonial possui muita divergência no direito, surgindo diferentes pensamentos a respeito de como considerar o ato ilícito ou como praticar a reparabilidade.
Sobre as diferentes concepções de dano moral, BELMONTE (2014) elenca quatro correntes no direito, quais sejam a negativista, positivista, limitativa e afirmativa.
Para os negativistas a atribuição devalor pecuniário à dor, honra ou outro direito de personalidade seria imoral, visto que os mesmos não possuem valor pecuniário. Ademais, impossível seria mensurar o dano alegado, sendo a reparação mero arbítrio do juiz. E complementa Belmonte:
Para os negativistas, tendo a prestação contida na obrigação conteúdo econômico e não sendo o componente puramente moral estimável em dinheiro, não se pode cogitar de reparação pela simples inexistência de obrigação jurídica.
Objetou-se no sentido de que a patrimonialidade da prestação não se confunde com o interesse do credor, que pode ser econômico ou moral, não constituindo reparação de danos morais uma fixação de preço para a dor e sim uma compensação do lesado (BELMONTE, 2014).
Belmonte (2014, p. 66) complementa que para os positivistas, alguns impõe limitações para a reparação do dano moral e outros nem restrições fazem.
Na corrente limitativa se encontram filiados dois grandes juristas brasileiros: Orlando Gomes e Agostinho Alvim, os quais entendem que “a compensação ocorre somente quando o dano repercute no patrimônio do lesado ou quando o legislador expressamente e somente nas hipóteses previstas, fixa uma indenização (BELMONTE, 2014)”.
Por fim, temos a corrente afirmativa, que segundo BELMONTE a qual entende que a fixação do valor compensatório independe de haver uma repercussão no patrimônio do lesado. Nos dizeres de BITTAR, ao menos propiciam a ele “lenitivos, confortos, prazeres, e outras sensações, ou sentimentos aliviadores, que através da moeda, se podem obter, como os experimentados em viagens, terapia, leitura, e outras tantas (BELMONTE, 2014)”.
Nossa ordem constitucional vigente adota a tese da plena reparação do dano moral, não levando em conta se houve ou não alguma diminuição no patrimônio da pessoa lesada. O art. 5º, incisos V e X da CRFB não faz menção a necessidade de abalo patrimonial ou econômico para a pessoa ter direito à reparação, somente faz referência à violação, chancelando a corrente afirmativa antes exposta.
Com isso, José Luiz Gavião de Almeida leciona:
A reparação dos danos morais não busca reconduzir as partes à situação anterior ao dano, meta impossível. A sentença visa a deixar claro que a honra, o bom nome e a reputação da vítima restaram lesionados pela atitude inconsequente do causador do dano. Busca resgatar o bom conceito de que valia o ofendido no seio da sociedade. O que interessa de fato, é que a sentença venha declarar a idoneidade do lesado; proporcionar um reconforto à vítima, e, ainda, punir aquele que agiu, negligente, expondo o lesado a toda sorte de dissabores (1°TaCivil-Ap.n°825.862-2, 2001, p. 193).
Recentemente com a vigência da Lei 13.467 de 2017, algumas reformas foram realizadas no texto legislativo laboral a Consolidação das Leis do Trabalho, e a ênfase foi a inclusão dos novos dispositivos legais, como segue:
CASSAR (2017, p. 894) ensina que desde a Constituição Federal de 1988, o dano moral ou extrapatrimonial, não está só atrelado apenas a dor, tristeza e sofrimento humano. E assim, abandona-se a ideia de que só sofre dano moral a pessoa física, e passa a atingir a coletividade ou a pessoa jurídica, como dispõe o “Art. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos deste Título.”
O legislador inicia o regramento do instituto do dano não patrimonial, ou moral, limitando as hipóteses de incidência apenas às elencadas neste título, o que não se coaduna com a própria realidade dos fatos, haja vista a dinâmica da sociedade moderna. A rigor, a norma acima se apresenta como numerus clausus, e não numerus apertus, como deveria ser.
SANTOS (2016), enfatiza que na sociedade reurbanizada, globalizada, consumerista, politizada e altamente cibernética em que vivemos, não há possibilidade de estancar ou de represar a ocorrência de um instituto tão amplo como o dano não patrimonial.
Portanto, entendemos que uma legislação, por mais avançada e moderna que seja, não tem o condão de albergar todos os casos de incidência na contemporaneidade, como se extrai do dispositivo legal acima mencionado.
Além disso, em sua evolução, a sublimidade e nobreza do instituto do dano extrapatrimonial, longe de levar à sua banalização, como muitos já quiseram fazer crer, cada nova hipótese de ocorrência ou novidade jurídica o enobrece, pois é produto do desenvolvimento do próprio espírito humano. Isto provém exatamente do fato de que o dano moral segue a mesma trajetória do ser humano, pois um é corolário do outro.
Ora, não há como limitar ou restringir a aplicação deste instituto do dano extrapatrimonial a apenas aos casos especificados neste estreito limite legal, como dispõe a reforma trabalhista.
O artigo 223-B: “Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.” É um artigo que além de trazer um conceito de dano moral limita sua ocorrência apenas aos titulares do direito material à reparação, o que refoge à realidade dos fatos. Muitas vezes os titulares do dano não patrimonial ultrapassam a pessoa do trabalhador, para atingir seus familiares mais próximos, situação que não se confunde com o dano indireto ou por ricochete.
Aplicando-se o dispositivo em um pequeno núcleo familiar, constituído pelo trabalhador empregado, esposa e filhos, que vivem em situação de plena felicidade, saúde e estabilidade, partilhando tudo o que a natureza lhes pode proporcionar. A partir de uma doença profissional desencadeada no emprego ou um acidente de trabalho, por negligência do empregador, pode provocar uma completa desestruturação deste núcleo familiar.
Neste caso, entendemos que o titular do direito à reparação pelo dano não patrimonial sofrido não é apenas o trabalhador, mas também o cônjuge e membros da família, pois todos, sem exceção, foram atingidos pelo núcleo do instituto, ou seja, pela dor e angústia espiritual, já que juntos compartilhavam dos momentos de felicidade.
Como muitas vezes não será mais possível o retorno à situação anterior (status quo ante bellum), de forma equivalente à situação de não ocorrência do dano, ou o mais próximo possível dela, não restará outra opção a não ser o pagamento da indenização ou reparação à vítima e familiares próximos, conforme recomenda o princípio do restitutio in integrum.
ZOETTE (2017) ensina que para aprofundar ainda mais a análise deste caso hipotético, imaginemos que o trabalhador, em decorrência da doença profissional ou do acidente ficou impotente sexualmente. Daí, configurada a culpa da empresa, teremos uma hipótese de dano sexual em face da privação da esposa a uma vida sexual normal, que ostentava anteriormente ao evento danoso, fato que, por se constituir em um direito da personalidade levará à extensão da reparação à pessoa da esposa. Nesse sentido é o que prevê o art. 223-C – “A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física.”
Assim, podemos perceber que vários direitos da personalidade que encarnam a configuração do dano extrapatrimonial não foram compreendidos neste artigo, entre os quais o direito à vida privada, à vida familiar sã, plena e feliz, à beleza, a qualidade de vida, etc, o que exigirá do magistrado, no caso concreto, à devida subsunção do fato real à norma legal.
De outro lado, o art. 223-D da CLT, expressamente autoriza a reparação por dano extrapatrimonial decorrente da imagem, da marca, do nome, do segredo empresarial e do sigilo de correspondência, tudo da pessoa jurídica. Assim como a honra, a imagem, intimidade, liberdade de ação, autoestima, sexualidade e saúde, lazer e integridade física da pessoa física (art. 223-C).
Com a vigência do art. 223-D da CLT, há reconhecimento de que a pessoa jurídica também pode ser afetada pelo dano extrapatrimonial, porém, de forma tão somente objetiva,já que por se constituir uma abstração, a empresa não possui espírito (Zoette, 2017).
Como o núcleo basilar da responsabilidade subjetiva repousa na existência de dor, humilhação e angústia, a empresa ou pessoa jurídica não poderá ser acometida nesta vertente da responsabilidade civil.
Com efeito, o acolhimento da admissibilidade do dano não patrimonial em relação à pessoa jurídica veio acolher o disposto na Súmula n. 227 do Superior Tribunal de Justiça, “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.
Obviamente tal especificidade de dano moral só recairá sobre a pessoa do empregado ou de terceiro, que por ação ou omissão, culpa (negligência, imprudência ou imperícia) ou dolo, cometer ato ilícito e lesar a imagem ou reputação da empresa ou empregador no mercado em que opera.
Se houver a judicialização da demanda empresarial, o Judiciário poderá condenar o ofensor a uma sanção pecuniária, por meio de pagamento de indenização, ou ainda em uma obrigação de fazer (retratação pública, publicação de anúncio em jornais ou revistas, ou prestação de serviços à comunidade). 
O art. 223-E – “São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão”, contempla a possibilidade de responsabilidade solidária ou subsidiária, com base no princípio da razoabilidade e proporcionalidade, de forma que o partilhamento da indenização seja feita de forma equitativa entre os co-responsáveis pela lesão.
Ao acrescentar o art. 223-F o legislador demonstra ter acolhido na esfera trabalhista a possibilidade de cumulação de indenizações morais e materiais, possibilidade que já era concedida em decisões judiciais reiteradas, bem como está prevista na Súmula 37 do STJ.
O novo artigo 223-F assim dispõe:
Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.
§ 1º. Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.
§ 2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.
Dessa forma, ainda poderá ocorrer a cumulação de danos patrimoniais (danos emergentes e lucros cessantes), com os danos extrapatrimoniais, decorrentes da indenização por dano moral ou dano estético, decorrentes do mesmo evento lesivo e ultrapassado o filtro do nexo causal entre o dano e a lesão.
Já o parágrafo 2º do presente artigo é até mesmo redundante, na medida em que os magistrados, no caso concreto, atuam neste sentido, ou seja, não há interferência da avaliação dos danos patrimoniais com os danos morais, pois possuem natureza jurídica diversa, o que, por si só, enseja a cumulação dos respectivos pedidos.
O artigo 223-G traz uma lista exemplificativa para que os aplicadores do direito, especialmente os magistrados possam fixar o quantum satis da indenização, combinado com os termos do art. 944 do Código Civil Brasileiro:
Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:
I. a natureza do bem jurídico tutelado;
II. a intensidade do sofrimento ou da humilhação;
III. a possibilidade de superação física ou psicológica;
IV. os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;
V. a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;
VI. as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;
VII. o grau de dolo ou culpa;
VIII. a ocorrência de retratação espontânea;
IX. o esforço efetivo para minimizar a ofensa;
X. o perdão, tácito ou expresso;
XI. a situação social e econômica das partes envolvidas;
XII. o grau de publicidade da ofensa.
§ 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:
I. ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;
II. ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;
III. ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;
IV. ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.
§ 2º. Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1º deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor.
§ 3º. Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.
O arbitramento da indenização por dano moral deve considerar a gravidade do dano e a dimensão dos prejuízos sofridos, a capacidade patrimonial dos ofensores, o princípio da razoabilidade e o caráter pedagógico da medida (arts. 5º, V e X da CF/88 e arts. 12, 186, 187 e 944, do Código Civil Brasileiro).
Sem dúvida que a reparação pecuniária do dano moral deverá ser pautada pela doutrina e jurisprudência, devendo o magistrado, diante do caso concreto, considerar, em linhas objetivas, todos os detalhes e aspectos, às vezes colocando-se no lugar do lesante e do lesado, para fazer a subsunção do caso concreto à norma legal, em busca de uma indenização que se afigure mais justa.
Embora o Superior Tribunal de Justiça, pela Súmula nº 281 tenha fixado o entendimento no sentido de que: “A indenização por dano moral não está sujeita a tarifação prevista na Lei de Imprensa“, verifica-se que o estabelecimento de critérios objetivos, como consta na vigência da Lei n. 13.467/2017, promoverá uma parametrização do valor da reparação aos magistrados e aplicadores do direito, bem como uma maior previsibilidade e segurança jurídica aos atores sociais.
É necessária uma reflexão no sentido de se estabelecer parâmetros de fixação do valor da reparação, em uma escala de valores, mas sempre deixando uma janela aberta ao magistrado, para em seu juízo de ponderação e convencimento, possa fixar a justa indenização em cada caso concreto que se lhe fosse apresentado.
Sendo assim, podemos verificar como se dá essa plena reparação através da quantificação da indenização e as diferentes correntes que têm a finalidade de aferir esse valor.
5 TARIFAMENTO DO DANO MORAL
Por serem polêmicas algumas decisões judiciais que apresentam tabelamento de dano moral, são reformadas, para majorar indenizações, ou realizar adequações à realidade no caso concreto, e assim, no âmbito do contrato individual de trabalho, o legislador não tarifou a indenização, deixando de criar um critério rígido na hipótese da ocorrência do fato, o que reflete igualmente nas relações entre empregado e empregador.
Ora, como já estabelece o artigo 944 do Código Civil que "a indenização mede-se pela extensão do dano", o que significa que cabe ao juiz, uma vez convencido da ocorrência do dano moral, fixar seu valor, caso a caso.
Assim, demonstrando a prova dos autos a prática de ato ilícito, causando dano ao patrimônio imaterial de seu empregado, em razão de ofensa à sua honra, à sua intimidade, à sua imagem ou à sua vida privada (CF, artigo 5º, X), deverá a sentença reconhecer a procedência do pedido e, ato contínuo, fixar o valor da indenização devida.
Existem diversos pontos da reforma trabalhista neste particular que serão alvo de debates importantes, mas certamente um dos mais polêmicos é a tarifação da indenização por dano extrapatrimonial, disciplinada nos parágrafos que acompanham o art. 223-G, inseridos na CLT.
Com a inclusão do art. 223-G o tarifamento do dano é expresso nos seus parágrafos que orienta os julgadores a realizar uma dosimetria, senão vejamos:
§ 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação: 
I - ofensa de natureza leve, até três vezeso último salário contratual do ofendido; 
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido; 
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido; 
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido. 
§ 2o Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor. 
§ 3o Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.
Qual o critério que deverá o juiz adotar? Um valor de indenização fixo para cada tipo de violação, ou podem duas situações de violação de mesma natureza virem a ensejar indenizações de valores diferentes?
Barba (2017), ressalta que a nova legislação pressupõe o raciocínio jurídico do magistrado o leva a um enquadramento mental, geral e abstrato de uma determinada lesão num quadro predeterminado de gravidade da ofensa, para, com base nesse enquadramento, chegar a um determinado horizonte de valores, quando, na verdade, com base na aferição de elementos – tais como aqueles consignados nos incisos do caput – o magistrado já valora o dano a ser reparado e lhe atribui uma importância pecuniária, se for o caso. 
Na prática, portanto, o que ocorrerá é que o valor fixado pelo magistrado é que acabará definindo o enquadramento da lesão de acordo com seu suposto grau de ofensa, e não o contrário. Na prática, assim, o único limitador efetivo que a lei impõe é o valor máximo a ser indenizado, de 50 vezes o último salário contratual do ofendido, que pode ser dobrado em caso de reincidência entre as mesmas partes.
Assim, a reforma trabalhista uma vez mais, realiza tentativa de tarifação que já fora inserida anteriormente, por exemplo, na lei 5250/67 (lei de imprensa), a respeito da qual já havia a Súmula 281, do STJ, expressamente assinalando que "a indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa" e houve pronunciamento expresso do STF, através da ADPF 130/09, no sentido desta lei não ter sido recepcionada pela Constituição Federal de 1988, e não por critérios puramente formais, mas inclusive materiais, entre eles, a questão relativa à tarifação por danos morais, que era prevista nos artigos 51 e 52 da lei em exame.
Entretanto, antes da ADPF 130/09, o STF já possuía diversos precedentes indicando que a tarifação da reparação por danos morais prevista na Lei de Imprensa não fora recepcionada pela Constituição Federal. É exemplificativo nesse sentido a seguinte ementa da lavra do Ministro Carlos Velloso:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. CIVIL. DANO MORAL: OFENSA PRATICADA PELA IMPRENSA. INDENIZAÇÃO: TARIFAÇÃO. Lei 5.250/67 - Lei de Imprensa, art. 52: NÃO-RECEPÇÃO PELA CF/88, artigo 5º, incisos V e X. RE INTERPOSTO COM FUNDAMENTO NAS ALÍNEAS a e b. I. 
- O acórdão recorrido decidiu que o art. 52 da Lei 5.250, de 1967 - Lei de Imprensa - não foi recebido pela CF/88. RE interposto com base nas alíneas a e b (CF, art. 102, III, a e b). Não-conhecimento do RE com base na alínea b, por isso que o acórdão não declarou a inconstitucionalidade do art. 52 da Lei 5.250/67. É que não há falar em inconstitucionalidade superveniente. Tem-se, em tal caso, a aplicação da conhecida doutrina de Kelsen: as normas infraconstitucionais anteriores à Constituição, com esta incompatíveis, não são por ela recebidas. Noutras palavras, ocorre derrogação, pela Constituição nova, de normas infraconstitucionais com esta incompatíveis. II. - A Constituição de 1988 emprestou à reparação decorrente do dano moral tratamento especial - C.F., art. 5º, V e X - desejando que a indenização decorrente desse dano fosse a mais ampla. Posta a questão nesses termos, não seria possível sujeitá-la aos limites estreitos da lei de imprensa. Se o fizéssemos, estaríamos interpretando a Constituição no rumo da lei ordinária, quando é de sabença comum que as leis devem ser interpretadas no rumo da Constituição. III. - Não-recepção, pela CF/88, do art. 52 da Lei 5.250/67 - Lei de Imprensa. IV. - Precedentes do STF relativamente ao art. 56 da Lei 5.250/67: RE 348.827/RJ e 420.784/SP, Velloso, 2ª Turma, 1º.6.2004. V. - RE conhecido - alínea a -, mas improvido. RE - alínea b - não conhecido. (STF RE 396386 – Publicado em 13/08/2004 – 2ª Turma).
Assim, pelo entendimento do STF, qualquer tentativa de tarifação ou restrição à reparação por danos morais, prevista em lei ordinária, padeceria de inconstitucionalidade, por ofender o disposto no art. 5º, V e X, sendo bastante contundente a observação contida na ementa no sentido de que “estaríamos interpretando a Constituição no rumo da lei ordinária, quando é de sabença comum que as leis devem ser interpretadas no rumo da Constituição. 
Significativas também as palavras do Ministro Ricardo Lewandowski, ao acompanhar o voto do Ministro Celso de Mello, relator da ADPF 130/09:
O princípio da proporcionalidade, tal como explicitado no referido dispositivo constitucional, somente pode materializar-se em face de um caso concreto. Quer dizer, não enseja uma disciplina legal apriorística, que leve em conta modelos abstratos de conduta, visto que o universo da comunicação social constitui uma realidade dinâmica e multifacetada, em constante evolução. 
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Já, a indenização por dano moral - depois de uma certa perplexidade inicial por parte dos magistrados - vem sendo normalmente fixada pelos juízes e tribunais, sem quaisquer exageros, aliás, com muita parcimônia, tendo em vista os princípios da equidade e da razoabilidade, além de outros critérios como o da gravidade e a extensão do dano; a reincidência do ofensor; a posição profissional e social do ofendido; e a condição financeira do ofendido e do ofensor. Tais decisões, de resto, podem ser sempre submetidas ao crivo do sistema recursal. Esta Suprema Corte, no tocante à indenização por dano moral, de longa data, cristalizou jurisprudência no sentido de que o art. 52 e 56 da Lei de Imprensa não foram recepcionados pela Constituição, com o que afastou a possibilidade do estabelecimento de qualquer tarifação, confirmando, nesse aspecto, a Súmula 281 do Superior Tribunal de Justiça.
Em seu estudo Barba (2017) esclarece que: 
A iniciativa da reforma, quanto a este tema, não ataca rigorosamente nenhum dos elementos que levaram o STF a declarar que a Lei de Imprensa não fora recepcionada pela Constituição Federal, e nenhum dos fundamentos específicos que já haviam sido aventados naquela oportunidade a respeito da inviabilidade da legislação ordinária estabelecer qualquer tarifação relativamente à indenização por danos morais. Nesse cenário, a não ser que o STF de forma surpreendente venha a afrontar a ratio decidendi de diversos de seus precedentes a respeito dessa temática, a tendência natural é que se declare a inconstitucionalidade dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 223-G introduzidos à CLT pela lei 13467/17. 
É indubitável que a condenação no pagamento de indenização por dano moral tem mais de uma finalidade, pois além de constituir uma reparação ao ofendido, que teve lesado seu patrimônio, cumpre a função de penalidade imposta ao agressor, mas, além disso, tem a função pedagógica de inibir o agressor de reincidir na falta, obrigando-o a rever e alterar a estrutura do setor de recursos humanos que possibilitou a prática do ato faltoso, quando for esse o caminho empresarial a seguir.
Diante disso há justificativa para a decisão do legislador de não tarifar a indenização por dano, pois cada caso requer um tratamento específico, examinando-se a situação financeira de agressor e ofendido, bem como a maior ou menor gravidade da falta praticada e as circunstâncias em que ocorreu. É desse conjunto de elementos que o juiz haverá de extrair o valor para a indenização a ser paga.
E para que a condenação no pagamento de indenização por dano moral alcance seu triplo objetivo de reparação, punição e função pedagógica, será preciso que a sentença arbitre o valor a serpago de forma que esse não seja um meio de locupletamento indevido pelo empregado, ao mesmo tempo em que consistia num importe considerável para empresa, sob pena desta nem sequer tomar conhecimento da punição por seus dirigentes principais.
Com efeito, supondo duas situações que configurem o mesmo tipo de fato que venha a ser considerado ofensa moral, dando ensejo a pagamento de indenização, caso tenham ocorrido em dois estabelecimentos comerciais de porte bem distinto, não obstante a situação financeira dos empregados seja semelhante, visível é a diferença de porte financeiro de ambos os agressores.
Nesse caso, para que se alcance a finalidade da condenação, as sentenças deverão fixar valores diversos. Se fosse fixado um mesmo valor para ambos os exemplos, caso o valor pudesse ser suportado pela pequena empresa, em relação à outra não surtiria qualquer efeito, sendo o problema resolvido possivelmente na alçada do próprio chefe ou superior agressor, que não divulgaria o ato ilícito, como reincidência, certamente.
Já se o valor fixado fosse considerável, para levar ao conhecimento da direção da grande empresa a prática ilícita, esse mesmo valor não seria suportado pela pequena empresa, ocasionando até seu fechamento, o que seria desproporcional diante do fato em questão.
Eis aí um aspecto importante a considerar nesse tema, justificando as polêmicas ocorridas, mas, em nossa opinião, revelando o acerto do legislador civil ao não optar pelo tarifamento da indenização devida em caso de dano civil.
A indenização por dano moral é um tema bastante polêmico que revela conteúdo de interesse público, na medida em que encontra ressonância no princípio da dignidade da pessoa humana, sob a perspectiva de uma sociedade que se pretende livre, justa e solidária (Constituição Federal, arts. 1º, III, e 3º, I). 
A dosimetria do quantum indenizatório guarda relação direta com a existência e a extensão do dano sofrido, o grau de culpa e a perspectiva econômica do autor e da vítima, razão pela qual a atuação dolosa do agente reclama reparação econômica mais severa, ao passo que a imprudência ou negligência clamam por reprimenda mais branda. 
Assim, à luz do sistema aberto, cabe ao julgador, atento aos parâmetros relevantes para aferição do valor da indenização por dano moral, fixar o quantum indenizatório com prudência, bom senso e razoabilidade, sob pena de afronta ao princípio da restauração justa e proporcional.
MARCO ANTONIO DOS SANTOS, Juiz do Trabalho da 21ª Vara do Trabalho de São Paulo, nos autos do processo nº 01340.2005.021.02.00-0, em uma de suas sábias decisões, nos dá uma verdadeira lição acerca de dano moral na esfera trabalhista ao preconizar que o trabalhador é peça essencial da reclamada, mas não nos moldes de máquinas e computadores que ao apresentarem defeitos são simplesmente trocados ou descartados, mas peças fundamentais no sentido lato, recebendo a proteção da Lei Maior quanto à preservação da dignidade da pessoa humana e sua inviolabilidade.
O trabalho possui um caráter social também prestigiado pela Lei Fundamental, posto que permite a distribuição de rendas e sociabilização dos indivíduos, pois do contrário retroagiríamos aos tempos da revolução industrial nos seus primórdios, onde havia a obtenção de lucro a qualquer custo, inclusive mediante a precariedade da saúde do trabalhador.
Por fim, a Lei Maior estabelece que a ordem econômica tenha como mote o desenvolvimento social através do valor social do trabalho e da livre iniciativa, mas sempre respeitando a dignidade da pessoa humana.
Diante do exposto acima, podemos resumir os fatores a serem considerados no arbitramento da indenização do dano moral: a) O nível econômico e a condição particular e social do ofendido; b) O porte econômico do ofensor; c) As condições em que se deu a ofensa; d) O grau de culpa ou dolo do ofensor.
Assim, por exemplo, tem o primeiro deles importância para que a indenização por dano moral não se constitua em instrumento de ganância ou mero capricho, enriquecendo o ofendido de maneira desmedida. Mas, de outro lado, o segundo fator (porte econômico do ofensor), se não observado, poderá levar a um julgado insignificante para o culpado, não se constituindo, via de conseqüência, em reprimenda capaz de desestimular a reiteração da prática moralmente danosa.
Posto isso, é indubitável que a ilicitude do ato praticado pelo empregador em face de seu empregado encontra vasto amparo na atual legislação e, por conta disso, a obrigação de reparar o dano causado. Esta reparação possuirá caráter punitiva, compensatória ou exemplar.
6 CONCLUSÃO
Uma análise reparativa para o dano moral no âmbito trabalhista, entre empregado e empregador, mostrou que atualmente a sociedade civil presencia avanços do instituto do dano moral ou dano extrapatrimonial no Direto do Trabalho no Brasil, tanto na doutrina, como na jurisprudência, com o alargamento dos casos de incidência privilegiando a dignidade da pessoa humana, que constitui o fundamento de validade do Estado Democrático de Direito, a novel Lei n. 13.467/2017, denominada Reforma Trabalhista, veio apresentar um novo regramento, nesta temática,  a partir do art. 223-A.
Em primeiro plano, o legislador brasileiro passou a adotar a expressão dano extrapatrimonial em substituição a dano moral, da mesma forma que este instituto é denominado em Portugal, na Itália e Alemanha, especialmente por ser de mais amplo espectro, abrangendo inclusive o dano estético.
A Constituição Federal de 1988 traz garantias sobre os direitos humanos fundamentais, quanto ao respeito à dignidade humana e a sua intimidade, expressamente no art. 5º, incisos, III, V e X, além do art. 6º no que se refere o direito à saúde (mental).
Ora, como já estabelece o artigo 944 do Código Civil que "a indenização mede-se pela extensão do dano", o que significa que cabe ao juiz, uma vez convencido da ocorrência do dano moral, fixar seu valor, caso a caso.
Assim, demonstrando a prova dos autos a prática de ato ilícito, causando dano ao patrimônio imaterial de seu empregado, em razão de ofensa à sua honra, à sua intimidade, à sua imagem ou à sua vida privada (CF, artigo 5º, X), deverá a sentença reconhecer a procedência do pedido e, ato contínuo, fixar o valor da indenização devida.
Na prática, portanto, o que ocorrerá é que o valor fixado pelo magistrado é que acabará definindo o enquadramento da lesão de acordo com seu suposto grau de ofensa, e não o contrário. Na prática, assim, o único limitador efetivo que a lei impõe é o valor máximo a ser indenizado, de 50 vezes o último salário contratual do ofendido, que pode ser dobrado em caso de reincidência entre as mesmas partes.
O trabalho possui um caráter social também prestigiado pela Lei Fundamental, posto que permite a distribuição de rendas e sociabilização dos indivíduos, pois do contrário retroagiríamos aos tempos da revolução industrial nos seus primórdios, onde havia a obtenção de lucro a qualquer custo, inclusive mediante a precariedade da saúde do trabalhador.
O arbitramento da indenização por dano moral deve considerar a gravidade do dano e a dimensão dos prejuízos sofridos, a capacidade patrimonial dos ofensores, o princípio da razoabilidade e o caráter pedagógico da medida (arts. 5º, V e X da CF/88 e arts. 12, 186, 187 e 944, do Código Civil Brasileiro).
Sem dúvida que a reparação pecuniária do dano moral deverá ser pautada pela força criativa da doutrina e da jurisprudência, devendo o magistrado, diante do caso concreto, considerar, em linhas objetivas, todos os detalhes e aspectos, às vezes colocando-se no lugar do lesante e do lesado, para fazer a subsunção do caso concreto à norma legal, postando-se muitas vezes como se psicólogo fosse, para fixar a indenização que se afigure mais justa no caso concreto.
A aplicação da reforma, quanto a este tema, não ataca rigorosamente nenhum dos elementos que levaram o STF a declarar que a Lei de Imprensa não fora recepcionada pela Constituição Federal, e nenhum dos fundamentos específicos que já haviam sido aventadosnaquela oportunidade a respeito da inviabilidade da legislação ordinária estabelecer qualquer tarifação relativamente à indenização por danos morais. Nesse cenário, a não ser que o STF de forma surpreendente venha a afrontar a ratio decidendi de diversos de seus precedentes a respeito dessa temática, a tendência natural é que se declare a inconstitucionalidade dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 223-G introduzidos à CLT pela lei 13467/17, pois determina tarifamento de indenizações que nunca antes foram delimitadas por lei.
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