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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS Disciplina: CCA 008 – Fisiologia Vegetal Professores: Elvis Lima Vieira e Clóvis Pereira Peixoto Estudo Dirigido 02 1. Qual a importância do processo fotossintético? Esta propriedade que é atribuída apenas aos seres autotróficos (vegetais), capazes de capturar, transformar e armazenar a energia radiante eletromagnética gerada pelo sol, em compostos orgânicos com ligações químicas ricas em energia. 2. Esquematize a etapa fotoquímica da fotossíntese abordando: local, compostos, produtos e funções? Respondido na folha. Ocorre nas membranas dos tilacóides e se caracterizam basicamente pela produção de um forte agente redutor, o NADPH+, e as reações de fosforilação do ADP, com o propósito de gerar ATP, moléculas essas, essências a serem utilizadas no processo de carboxilação e redução do CO2. Nesta etapa há também a coloboração da água como fornecedora de eletros e liberação de O2. 3. Esquematize a etapa bioquímica da fotossíntese abordando: local, compostos, produtos e funções? Respondido na folha. 4. O que você entende por Efeito de Emerson (red drop). Qual foi a importância desta hipótese? Fotossistemas I e II. A existência dos fotossistemas foi descoberta em 1957: o fisiologista Ralph Emerson notou que, na extremidade vermelha do espectro de absorção do cloroplasto, não só a absorção como também a eficiência quântica da luz absorvida caía. Assim, luz com l > 680 nm parecia pouco eficiente fotossinteticamente. No entanto, Emerson também observou que a incidência simultânea de luz com dois comprimentos de onda distintos era mais eficiente que a soma da incidência isolada de cada comprimento de onda, mesmo quando um dos comprimentos incidentes ficava na região de l > 680 nm. Emerson concluiu que a fotossíntese envolvia a cooperação de dois conjuntos diferentes de pigmentos, cada um dos quais possuindo um espectro de absorção 5. Quais são as etapas e funções do Cilco de Calvin. Faça esquema demonstrativo. O ciclo de Calvin, ou fixação de carbono, conseqüente produção de compostos orgânicos (açucares, proteínas e lipídeos), requer energia que é fornecida pela etapa fotoquímica na forma de ATP E NADPH. Ocorre na matriz do cloroplasto, ou seja, no estroma. As fases que consistem esse processo: fase carboxilação, redução, regeneração e síntese de produtos. Esquema na folha. 6. Faça esquemas detalhados da fixação de carbono em plantas C3, C4 e CAM. Na folha. 7. Comentar sobre a exportação de fotoassimilados (amido e sacarose) gerados no Ciclo de Calvin. Os produtos das reações fotossintéticas, especificamente do Ciclo de Calvin, podem ser armazenadas como Amido no cloroplasto ou exportadas para o citosol onde serão convertidos em Sacarose. A sacarose produzida no citosol poder ser armazenada no vacúolo, transportada via floema para drenos fisiológicos e utilizada na respiração celular. 8. O que é fotorrespiração? Qual sua provável causa? Quais suas conseqüências em termos de produtividade das plantas C3 e C4? O termo fotorrespiração significa que os tecidos fotossintéticos liberam CO2 com maior intensidade na luz do que no escuro, considerando que o processo de respiração ocorre tanto no período iluminado como no escuro. O fenômeno se interpreta como uma inibição da fotossíntese pelo O2. Esta inibição, denominada “Efeito Warburg” pode ser removida pelo aumento de CO2, sugerindo a existência de um processo competitivo com a fotossíntese. A principal causa da existência da FR é a dupla função da enzima Rubisco, podendo a mesma atuar na carboxilação e na oxigenação da RUDP, dependendo do substrato disponível (CO2 ou O2). Toda vez que ocorre oxigenação da Rubisco ocorrerá FR. Nas plantas C4 ocorre a FR mas níveis baixíssimos, enquanto nas C3 ocorre com níveis satisfatórios. A taxa de fotossíntese liquida é representada pela seguinte equação Fl= Fb - (R+FR), podemos concluir então que a fotossíntese nas C4 hipoteticamente é mais eficiente, pois a presença FR é baixa. 9. Quais fatores afetam a fotorrespiração? Explique-os. a. Luz - a intensidade luminosa aumenta a taxa de FR, principalmente nas plantas C3. Este fato concorre com a fotossíntese líquida; b. Temperatura – altas temperaturas aumentam as taxas de FR, pois ocorre redução da solubilidade dos gases, sendo que o CO2 é mais afetado que o O2, também se verifica efeito no comportamento da Rubisco, aumentando sua afinidade em relação ao O2. c. Oxigênio- concentrações maiores que 2% de oxigênio aumentam as taxas de FR. d. Gás carbônico – maiores concentrações de CO2 menor a taxa de FR 10. Justifique a existência do processo fotorrespiratório em plantas. Possíveis funções da fotorrespiração: a. O ácido P – é uma perda de carbono, mas o ciclo do Glicolato recupera ¾ do carbono ciclado, com um PGA e gerando um CO2. b. Pode servir para síntese de aminoácido a partir da transaminação de glicina e Serina. c. Em condições de CO2 (baixando) e O2 (subindo) atmosféricos, a atividade oxigenase da Rubisco é responsável pela recuperação de parte do carbono aprisionado pelo processo fotossitético. d. Evita a fotoinibição em plantas C3, pois utiliza a energia luminosa quando produzida em excesso. e. Serve para reciclagem de gases. f. A FR aumenta o ponto de compensação de CO2 das plantas C3. 11. Explique como e por que ocorre a fotorrespiração em plantas C3 e CAM? 12. Explique por que a fotorrespiração é considerada não significativa em plantas C4. 13. O que é ponto de compensação de CO2 e de luz? A planta atinge o ponto de compensação de CO2, quando em determinada concentração de CO2 atmosférico (ponto de compensação de CO2) ou intensidade luminosa (ponto de compensação de luz) a quantidade de CO2 liberado pela respiração e fotorrespiração se iguala a quantidade de volume de CO2, assimilado pela fotossíntese bruta. 14. Faça gráficos apresentando o ponto de compensação de CO2 em plantas C3 e C4. Tecer comentários sobre os efeitos na produtividade vegetal. Na folha. 15. Comentar todos os fatores que afetam o processo fotossintético. Faça gráficos. 1.Luz – é um fator primordial para o processo fotossintético, pois dela depende a conversão da energia luminosa química. A luz deve ser analisada segundo três aspectos: a intensidade, a qualidade espectral da luz e a duração do período luminoso. 2.Concentração CO2 – é o principal elemento necessário na carboxilação, podendo seu aumento incrementar a fotossíntese e reduzir a FR. 3.Temperatura – influência diretamente as reações bioquímicas, valores entre 30 e 40 °C proporcionam um ótimo rendimento. Uma temperatura considerada ótima é aquele que proporciona a realização da fotossíntese por um maior período de tempo. Quanto mais alta a temperatura mais rápido se inicia o declínio da fotossíntese devido a inativação das enzimas. 4.Água – A falta de água causa a redução da capacidade difusa dos estômatos e conseqüente queda na taxa fotossintética, ocorre também o decréscimo no grau de hidratação dos cloroplastos. A deficiência de água aumenta a possibilidade de ocorrência da fotoinibição. 5.Oxigênio- a concentração normal de O2 próximos aos órgãos fotossintetizantes é de 21%, e isso deixa a fotossíntese lenta, pois o oxigênio leva a enzima Rubisco oxigenar a RUDP, causando a FR, que reduz drasticamente a incorporação de CO2. 6.Fatores internos da própria planta – tais como: teor de clorofila, idade da folha, hidratação do protoplasma, estrutura e arquitetura foliar, propriedades óticas d folha e organização espacial das folhas. 7.Fertilidade do solo – deficiência de alguns nutrientes podem afetar as taxas fotossintéticas, a exemplo , N, P, Mg e Cl. 8.Fungicidas e herbicidas – a aplicação destes químicos podem ocasionar o entupimento dos poros estomáticos, e levar a uma menor taxa de difusão do CO2. CARACTERÍSTICA C3 C4 CAM ANATOMIA FOLIAR Mesófilo foliar, com ausência de Bainha vascular; com cloroplasto. Mesófilo foliar, com Bainha Vascular, com cloroplasto. Mesófilo foliar, ausência de BV, célulascom grandes vacúolos. Primeiro produto estável da fotossíntese Ácido c3 PGA ÁCIDO C4 – malato ou aspartato PGA à luz Malato no escuro Localização da enzima de carboxilação Rubisco – cloroplasto MF PECcase – citoplasma MF Rubisco, cloroplasto BV Rubisco e PEPcase MF Substratos da carboxilação CO2 HCO3 CO2 –luz HCO2- escuro Temperatura ótima para fotossíntese 20-35°C 30-40°C 30-45°C Abertura estomática na presença da luz Grande Pequena a média Pequena ou nula Ponto de compensação de CO2 ALTO BAIXO A luz alto, e no escuro baixo Redistribuição dos produtos fotoassimilados Lenta MF Rápida BV Variável 16. Explique 8 diferenças clássicas entre as plantas C3, C4 e CAM. Tabela acima. 17. O que é produtividade vegetal? Como expressá-la É o incremento em biomassa, que é a matéria seca contida em um órgão, organismo ou população. A produtividade primária bruta, também chamadA de assimilação total pode ser expressada pela equação FB= FL + (R+FR). 18. O que é IAF? É o Índice de área foliar. Funciona como indicador da superfície disponível para absorção de luz, e representa a capacidade da planta aproveitar o espaço disponível. 19. Qual a importância do IAF para a produtividade vegetal? Apresente gráficos. A fotossíntese depende diretamente do índice de área foliar, pois ele que indicará o espaço disponível para assimilação. O IAF é ótimo para produção quando a radiação fotossinteticamente ativa é absorvida. 20. Como melhorar ou aumentar a produtividade vegetal? Explique. O aumento da interceptação e melhoria da distribuição da radiação fotossintéticamente ativa RAF no dossel da planta, através da manipulação da arquitetura foliar; aumento da eficiência de conversão da RAF em matéria seca através da manipulação das taxas fotossintéticas bruta, respiração e fotorrespiração. 21. Estabeleça, separadamente, condições ambientais (O2, CO2, temperatura ambiente, umidade relativa do ar, potencial de água no solo e intensidade de luz) para que plantas C3, C4 e CAM, separadamente (03 ambientes distintos) possam alcançar a taxa fotossintética máxima. Explique cada ambiente idealizado. Plantas C3 - O2 abaixo do ponto depressivo de 21%; CO2 concentração entre 50-150ppm ,uma temperatura entre 20-35°C com intensidade luz entre 50-150Wm¹ mmol quanta m-² s-¹. Plantas C4 -Concentração de 0-10ppm de CO2 na atm, temperatura ótima entre 30-45°C, intensidade luminosa alta cerca de +500Wm¹, os 21% do O2 na atm não te efeito depressivo na fotossíntese. Plantas CAM – Concentração de 21% de O2 causa efeito depressivo no processo fotossintético, logo é favorável concentrações >21% O2. Concentrações de CO2 na luz é entre 0-200 mmol e no escuro <5 mmol, sua intensidade luminosa pode variar, entre 50 Wm¹ a >2000Wm¹. 22. Faça um pequeno texto( 20 a 30 linhas) com o seguinte título: A PRODUTIVIDADE VEGETAL DEPENDE DE FATORES AMBIENTAIS, FISIOLÓGICOS E DO MANEJO CULTURAL. Produtividade vegetal se diz respeito ao desenvolvimento em biomassa de matéria seca de um órgão. A fisiologia da planta é um fator determinante para sua produtividade, não que seja um limitante, mas conhecer sua fisiologia é essencial para a escolha do manejo adequado. Podemos classificar as plantas como C3, C4 e CAM. As C3 e C4 diferem-se anatomicamente, as plantas C4 separam de forma espacial a fotossíntese, já as plantas CAM se apresentam igualmente às plantas C3, porém dividem a fotossíntese de forma temporal. De fato, o que está em questão é que cada tipo planta, com suas respectivas rotas fotossintéticas, apresentam condições ambientais e manejo diferente, para que possa atender suas especificidades e aumentar o máximo sua produtividade. Os fatores ambientais, tais como luz, fotoperíodo, temperatura do ar e solo e água influenciam na regulação hormonal que atua diretamente sobre a estrutura da copa e a eficiência fotossintética, que são resultantes do desenvolvimento vegetal e biogênese do cloroplasto, respectivamente. Todos estes fatores resultam na fotossíntese bruta. Porém é a fotossíntese líquida, expressa pela equação FL= FB – (R+FT), que por fim, afeta a produtividade. Os valores da fotossíntese liquida portanto é decisiva para um bom rendimento, logo o ambiente e o manejo atribuído a planta deve amenizar os fatores de redução dessa variável. Para que a planta otimize sua produção e aumente sua fotossíntese líquida o manejo cultural é de suma importância. O manejo cultural vai desde a poda ao fornecimento de água para a produção. Destaco a água, os nutrientes e a arquitetura do dossel como fatores que podem ser manejados e são determinantes para um melhor desempenho fotossintético e produtivo. A água participa diretamente do crescimento das plantas de diversas formas, por exemplo: é o principal constituinte do protoplasma, participa de numerosas reações químicas e etc, a taxa fotossintética declina em frente a um déficit hídrico. O fornecimento de nutrientes é essencial, pois desempenham funções: estruturais, constituem enzimas, ativador enzimático e entre outros. Podemos citar também o aumento da interceptação e melhoria da distribuição da radiação fotossinteticamente ativa no dossel da planta, através da arquitetura foliar e manipulação da fotossíntese bruta, respiração e fotossíntese para aumento da eficiência de conversão em RAF. 23. Defina e exemplifique FONTE e DRENO fisiológicos. Fonte é aquele que exporta fotoassimilados, dreno é que importa, em questõ de trasnporte. Em função de morfologia, as folhas maduras fisiologicamente funcionam como fonte e os demais órgãos considerados como dreno. Quanto ao metabolismo as fontes fisiológicas produzem assimilados, pela fotossíntese ou por mobilização de reservas armazenadas. Enquanto os drenos utilizam os fotassimilados na respiração e no crescimento. 24. Como ocorre o carregamento de sacarose no floema. Explique. A triose fosfato produzida no estroma dos cloroplastos devem ir para o citoplasma para se converterem em sacarose. A sacarose deve migrar das células do mesófilo para viznhança dos tubos crivados nas nervuras principais das folhas até entrar no complexo células companheiras – tubo crivado. O carregamento de sacarose no floema é feito contra o gradiente de difusão ou potencial químico de sacarose, pois no interior há maior concentração de sacarose que nas células mais próximas. A sacarose é enviada para células companheiras das células do mesófilo, via simplasto, para vegetais com muito plasmodesmatas, a exemplo as plantas C4. 25. Como ocorre o descarregamento de sacarose no dreno. Explique as diferentes possibilidades. Ocorre em várias etapas o descarregamento, mas podemos dividir em: a. Descarregamento do soluto vindo do TC b. Transporte a curta distância depois do descarregamento até as células do dreno. c. Armazenamento e metabolismo do açúcar no dreno. A sacarose quando transportada para o dreno pode ter destinos (diferentes possibilidades): I. A sacarose é descarregada diretamente nas células do dreno, via plasmodesmatas, hidrolizada no citoplasma pela invertase neutra em glicose e frutose. II. A sacarose é descarregada no apoplasto do dreno, sendo transportada diretamente para o citoplasma do dreno. No citoplasma a sacarose é resintetizada podendo ser acumulada no vacúolo. III. A sacarose é descarregada no apoplasto do dreno, sendo transportada diretamente para o citoplasma do dreno, onde é hidrolizada a hexoses, pela invertase neutra, podendo ser consumida por respiração celular. IV. A sacarose é descarregada por um dos últimos três mecanismo e então as hexoses são incorporadas em amido. Ex: reserva em grãos, raízes e tubérculos. 26. Explique e justifique a hipótese do Fluxo de Pressão de Münch na translocação de solutos orgânicos O fluxo de pressão é gerado pelo gradiente de pressão hidrostática entre a fonte e o dreno. O gradiente de pressão, por sua vez é gerado pelas alterações no potencial hídrico devido aos processos de carregamento e descarregamento. Na fonte, o carregamento de solutos abaixa o potencial osmótico e , consequentementeo pontencial água do TC. O abaixamento do potencial água provoca a entrada de água vinda do xilema, aumentando assim a pressão hidrostática do TC nessa região. No dreno o descarrregamento de solutos aumenta o potencial água do TC, fazendo com que a água saia para as células adjacentes. O carregamento ativo do floema com sacarose reduz o potencial osmótico e o potencial água do elemento crivado na fonte, e aumenta a pressão osmótica, o que provoca a entrada de água no xilema e aumento da pressão hidrostática. A água livre tende a passar para o xilema diminuindo a pressão hidrostática do dreno. O fluxo de massa de água se movimenta no floema obedecendo um gradiente de pressão hidrostática. 27. Comentar a assimilação e a partição de fotoassimilados em plantas. O floema promove a distribuição de nutrientes nas dive rsas partes da planta. Levando-se em conta que somente algumas partes da planta fazem fotossíntese, o transporte no floema é essencial para que todos os órgãos vegetais sejam supridos. A partição de nutrientes feita atra vés do floema segue um critério relativamente simples: ela é feita sempre no sentido da fonte para o dreno, sendo que os drenos mais fortes recebem mais nutrientes. Os principais fatores que definem a força do dreno são: proximidade, desenvolvimento e conexão vascular direta preferencial. OBS: Entregar no dia prova manuscrito (utilizar caneta azul ou preta)
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