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EBRADI - Pós-Graduação - Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 3 - Tema 4

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EBRADI - Pós-Graduação - Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 3 - Tema 4
Leia o seguinte texto e responda:
Trinta e seis pessoas foram presas durante a Operação Carne Fraca deflagrada pela Polícia
Federal (PF) na sexta-feira (17). De acordo com a PF, até esta noite de sábado (18), duas ainda
estão foragidas (...).
Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão das contas
bancárias das 46 pessoas investigadas, e o Banco Central informou o bloqueio de pouco mais
R$ 2 milhões. Não significa necessariamente que cada um dos investigados tenha R$ 1 bilhão.
Este é um teto estipulado pela Justiça.
Segundo a Polícia Federal, fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) recebiam propina para liberar licenças sem realizar a fiscalização adequada nos
frigoríficos. A investigação indica que eram usados produtos químicos para maquiar carne
vencida, e água era injetada nos produtos para aumentar o peso. (...)
(Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2017/03/policia-federal-prende-36-
pessoasdurante-operacao-carne-fraca.html )
Levando-se em conta que onze das pessoas detidas foram presas temporariamente,
perguntase: qual(is) crime(s), entre aqueles arrolados no inciso III do artigo 1º da Lei
7.960/89, justificou(aram) a decretação da medida?
"Conforme a decisão judicial prolatada no caso concreto:
“A medida cautelar de Prisão Temporária está regulamentada na Lei nº 7.960/89, sendo
cabível quando satisfeitos os requisitos previstos no artigo 1º desta Lei, quais sejam: I quando
imprescindível para as investigações do inquérito policial; II quando o indiciado não tiver
residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; III
 quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal,
de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: (...) l) quadrilha ou bando (art.
288), todos do Código Penal.
(...)
Não há necessidade, entretanto, de observância cumulativa dos incisos I e III com o inciso II,
da Lei 7.960/89, dado que este está incluído no primeiro. Além disso, a exigência da presença
do inciso II esvaziaria o disposto nos demais, não havendo lógica caso se exigisse a incidência
das três hipóteses concomitantemente.
(...)
DO EXPOSTO, conforme razões supracitadas, com fundamento no disposto no artigo 1º,
incisos I e III, alínea "l", da Lei nº 7.690/89, DECRETO A PRISÃO TEMPORÁRIA, pelo
prazo de 05 (cinco) dias de: (...)”. PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA Nº
5002951¬83.2017.4.04.7000/PR
(Disponível em: ).
Verifica-se, portanto, que o fundamento utilizado pelo Magistrado está na alínea “l” do inciso
III do artigo 1º da Lei da Prisão Temporária, qual seja, crime de quadrilha ou bando,
atualmente denominado de associação criminosa (art. 288 do Código Penal)."
De acordo com a Lei n.º 7.960/89, que trata sobre a prisão temporária, assinale a alternativa
incorreta:
Fundamentação: uma vez oferecida a denúncia não mais subsiste o decreto de prisão
temporária, que visa a resguardar, tão somente, a integridade das investigações.
•Caberá prisão temporária quando imprescindível para as investigações do inquérito policial quando o
crime investigado for contra o sistema financeiro.
•A prisão temporária pode ocorrer durante o inquérito policial.
•Caberá prisão temporária durante o curso da ação penal.(correta)
•Caberá prisão temporária quando houver fundado receio de autoria no crime de genocídio durante o
inquérito policial.
•Caberá prisão temporária quando houver fundado receio de participação do indiciado no crime de
estupro.
]
Leia o seguinte texto e responda:
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na tarde da última segunda-feira, o clínico-geral Luís
Lombroso, 62 anos. Contra ele havia um mandado de prisão temporária por suspeita de
praticar estupro contra três pacientes. O médico, que atendia em um dos ambulatórios gerais
do Município, foi preso no seu consultório particular.
Segundo o Delegado de Polícia, além das três mulheres que denunciaram os supostos abusos
sofridos, o investigado já havia sido alvo de um boletim de ocorrência em 2013 e de um
indiciamento em 2014, sendo todos os fatos relacionados a abusos sexuais supostamente
praticados contra pacientes mulheres.
Conforme o mandado judicial, houve a decretação da prisão temporária do investigado pelo
prazo de 15 (quinze dias).
Posteriormente, a autoridade policial postulou a prorrogação da medida, alegando que se
tratava de caso de extrema e comprovada necessidade, mas não consignou no pedido qualquer
prazo. O Magistrado competente, acolhendo a representação policial, exarou novo mandado
de prisão temporária, fixando, desta vez, o prazo de 40 (quarenta) dias para a segregação
temporária do investigado.
Pergunta-se: agiu corretamente o Magistrado?
O juiz, ao decretar a prisão temporária, pode fixar um prazo abaixo do previsto em lei. No
caso prático apresentado, como o estupro (delito imputado ao investigado) é crime hediondo, o
prazo de prisão temporária é aquele fixado no art. 2º, § 4º, da Lei n.º 8.072/90: 30 dias.
Portanto, não há irregularidade na decretação, inicialmente, do prazo de 15 dias.
Ocorre que o Magistrado, quando da renovação do mandado de prisão temporária, fixou o
novo prazo em 40 dias. Embora não exista unanimidade, parcela da doutrina defende a
possibilidade de o juiz fixar a prisão abaixo do prazo máximo e, na sua renovação, decretá-la
acima do limite legal, desde que respeitado o limite global (30 dias + 30 dias = 60 dias, em se
tratando de crime hediondo).
Nesse sentido: LOPES JR., Aury. O Novo Regime Jurídico da Prisão Processual, Liberdade
Provisória e Medidas Cautelares Diversas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 143.
Conforme entendimento doutrinário majoritário, admite-se a prisão temporária na seguinte
hipótese:
Fundamentação: O fundamento está no art. 1º da Lei 7.960/89.
•Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial ou houver fundadas razões, de
acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos
crimes listados na Lei n° 7.960 (Lei de Prisão Temporária).
•Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial e o indicado não tiver residência
fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
•Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial e houver fundadas razões, de
acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos
crimes listados na Lei n° 7.960 (Lei de Prisão Temporária). (correta)
•Para garantir a ordem pública, a ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria.
•Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial ou o indicado não tiver residência
fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
Leia o seguinte texto e responda:
A prisão de um homem de 26 anos, suspeito de terrorismo, nesta quinta-feira (21) assustou
moradores de Morro Redondo, no Sul do Rio Grande do Sul. A ação da Polícia Federal
ocorreu na localidade de Açoita Cavalo, na área rural do município de pouco mais de 6,2 mil
habitantes.
Um homem de 64 anos diz ter sido acordado por volta das 5h com a movimentação na
estrada. Ele não quis se identificar, mas conta que, durante a ação da Polícia Federal, vizinhos
chegaram a ser interrogados, mas foram liberados. "Não imagina isso (envolvimento do
homem com terrorismo)."
O suspeito, segundo o vizinho, morava há cerca de 20 dias na localidade com a esposa, o filho
e seu pai. E diariamente ele ia para Pelotas, a cerca de 38 quilômetros da cidade. "Ele (o
homem preso) estava estudando em Pelotas. O pai dele o levava todo o dia."A reportagem da
RBS TV chegou a ir na residência da família, mas não foi recebida.
A operação contra o terrorismo da Polícia Federal foi deflagrada na manhã desta quinta-feira
(21) a duas semanas da Olimpíada do Rio de Janeiro. Dez pessoas foram presas em 10 estados,
sendo que uma das prisões ocorreu no Rio Grande do Sul.
Não foram dados mais detalhes sobre os motivos da prisão ou sobre o translado do suspeito
para Brasília.
Batizada de "Hashtag", a operação investiga a possível participação de brasileiros em uma
organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no país.
Conforme o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o grupo era organizado de forma
amadora.
(...)
"A partir do momento que passaram para atos preparatórios, a partir do momento que
saíram simplesmente, daquilo que é quase uma apologia ao terrorismo, para atos
preparatórios, foi feita prontamente a ação do governo federal, realizando, em 10 estados, 10
prisões desses supostos terroristas que se comunicavam via internet, via grupos, Whatsapp e
Telegram”, complementou o ministro.
(Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/07/nao-imaginava-diz-vizinho-
desuspeito-
preso-por-terrorismo-no-rs.html )
Pergunta-se: levando-se em conta as informações acima e de acordo com o procedimento
correto previsto em lei, qual o prazo para a duração da prisão temporária no caso concreto
apresentado?"
Como os investigados foram presos temporariamente por suspeita de envolvimento em atos
terroristas (art. 1º, III, alínea “p”, da Lei n.º 7.960/89), e sendo o terrorismo crime equiparado a
hediondo, a prisão temporária deverá ser decretada por até 30 dias, conforme previsão do art. 2º, §
4º, da Lei n.º 8.072/90, podendo ser prorrogada por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
Registre-se, por fim, que a Lei Antiterrorismo (Lei n.º 13.260/16) prevê expressamente a punição de
atos preparatórios no seu artigo 5º.
Considere a seguinte situação hipotética: Alberto e Afonso foram indiciados em inquérito
policial por terem, respectivamente, praticado crimes dolosos contra a vida. A Autoridade
Policial decidiu capitular o crime imputado a Alberto no art. 121, “caput”, do Código Penal,
enquanto que a capitulação do delito imputado a Afonso ocorreu nas sanções do art. 121, § 2º,
inc. I, do Código Penal. Diante disso, pode-se afirmar que, no curso dos inquéritos a que estão
respondendo Alberto e Afonso:
Fundamentação: O fundamento está no art. 2º, § 5º, da Lei n.º 7.960/89.
• O juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro.
• Alberto e Afonso podem ficar presos temporariamente, desde que presentes os requisitos legais, sendo igual o limite de prazo para a 
decretação da prisão temporária de ambos.
• O juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Afonso, mas não a de Alberto.
• O juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer dos indiciados ou mesmo de ambos, independentemente de ouvir o 
Ministério Público, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial.
• Se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois de expedido o mandado judicial.
( Correta)

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