Buscar

PRISÕES - PROCESSO PENAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL PENAL I
PRISÕES
Podem ser de natureza cautelar (antes da sentença, como forma de prevenir algum risco ao bom andamento/resultado final do processo) OU de natureza definitiva (decorrente de uma sentença transitada em julgado)
A prisão cautelar é uma espécie de medida cautelar de natureza pessoal (que por sua vez, também possui outra espécie: medidas cautelares diversas de prisão)
PARA FICAR MAIS CLARO:
MEDIDAS CAUTELARES DE NATUREZA PESSOAL SE DIVIDEM EM: 
I) PRISÕES CAUTELARES; E 
II) MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DE PRISÃO.
As medidas cautelares DIVERSAS da prisão estão previstas no art. 319 CPP:
CPP: Art. 319.  São medidas cautelares diversas da prisão:  
            
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;            
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;          
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;    
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;        
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;           
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;            
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;         
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;              
IX - monitoração eletrônica.  
Agora, nós vamos estudar apenas as PRISÕES CAUTELARES:
Seus pressupostos (equivalem ao periculum in mora e fumus boni iuris) são:
Fumus comissi delicti: prova de materialidade e indícios de autoria
Periculum libertatis: perigo gerado pela permanência do agente em liberdade
Espécies de prisões cautelares:
- Prisão temporária
- Prisão preventiva
- Prisão em flagrante
PRISÃO TEMPORÁRIA – LEI N. 7.960/89 – somente possível durante o inquérito policial, diante de situações específicas. Depois da denuncia se pedi prisão preventiva. 
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; (hoje, em caso de dúvida acerca da identidade do agente, também é possível a prisão PREVENTIVA – CPP: Art. 313, § 1º  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.)
Resumo: A prisão cautelar possui 3 espécies: prisão temporária; prisão preventiva e prisão em flagrante. No caso da prisão temporária, é possível a sua decretação para: a) fins de investigação policial (IP); b) em caso de o agente não possuir residência fixa; e c) para o esclarecimento da identidade do agente (neste caso, também é possível a decretação de prisão preventiva)
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: (Rol TAXATIVO) MAS também cabe para crimes hediondos e equiparados (TTT: Tráfico de drogas; Tortura; Terrorismo)
a) homicídio doloso;
b) seqüestro ou cárcere privado;
c) roubo;
d) extorsão;
e) extorsão mediante seqüestro;
f) estupro e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) (Hoje atentado violento ao pudor foi unificado com o crime de estupro – CP: art. 213)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (OBS: o rapto violento foi revogado, mas a conduta típica “migrou” (não houve abolitio criminis)para outro tipo penal: CP: art. 148, § 1º, V – sequestro ou cárcere privado para fins libidinosos)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; (HOJE: Associação criminosa)
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)
(LEMBRAR: CRIMES HEDIONDOS – Lei n. 8.072/90 e equiparados TTT)
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público (ELA NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO E SÓ CABE DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL), e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA:
Regra: 5 dias + 5 dias (art.2º, Lei n. 7.960/89)
Crimes hediondos ou equiparados: 30 dias + 30 dias (art. 2º, § 4º da Lei n. 8.072/90)
Lei n. 8.072/90 – Crimes hediondos:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo (...)
§ 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.     
Prisão Temporária - Lei 7.960/89 Art. 2º (...)
§ 4º-A  O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) – no próprio mandado de prisão já terá indicação da data que o sujeito será posto em liberdade. 
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária.
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
Logo, na Penitenciária/CDP, deve-se dividir os presos em (Art. 84): presos provisórios e presos definitivos (c/ sentença condenatória TJ). Os presos provisórios, por sua vez, se dividem em 3 grupos: a) hediondos e equiparados; b) crimes com violência ou grave ameaça; c) demais crimes.
Portanto, no caso de presos definitivos, haverá a separação em 4 grupos: a) hediondos e equiparados; b) reincidentes crimes com violência ou grave ameaça; c) primários crimes com violência ou grave ameaça e d) demais crimes
PRISÃOPREVENTIVA
CPP: DA PRISÃO PREVENTIVA – cabe tanto na fase de inquérito policial quanto no processo penal (diferença da temporária). 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
JUIZ NÃO PODE MAIS DE OFÍCIO!
Portanto, a prisão preventiva:
·	NÃO pode ser decretada de ofício (novidade pacote Anticrime)
·	Pode ocorrer tanto no inquérito policial como ao longo do processo; - diferente da prisão temporária que só pode ocorrer durante o inquérito policial, não é possível durante o processo 
Lembrete: a prisão temporária somente é possível em sede de inquérito policial, ao passo que a prisão preventiva é possível tanto durante o IP, como no curso da ação penal.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, (garantia) da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria (fumus comissi delicti) e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado (periculum in libertatis). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
RESUMINDO: Para decretar a prisão preventiva (CPP: art. 312 – “CONTEXTO”) Será DECRETADA com o fim de (é a finalidade que enseja, que autoriza a prisão preventiva):
· Como garantia da ordem pública
· Como garantia da ordem econômica
· Conveniência da instrução penal
· Assegurar a aplicação da lei penal
· Em caso de descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão
CPP: Art. 313 – “CASO CONCRETO/CONDIÇÃO DO AGENTE” – Pode-se decretar a prisão preventiva nestes casos (nestas situações):
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:       	
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;   
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (NÃO SER REINCIDENTE)
Aqui, ao tratar dos 5 anos, está falando do “período depurador”:
Código Penal: Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;
REINCIDÊNCIA
Crime no Brasil ou exterior + 
novo crime = Reincidência
contravenção penal = Reincidência
REINCIDÊNCIA
Contravenção Penal no Brasil + :
1. novo crime = NÃO GERA REINCIDÊNCIA
0. nova contravenção penal = Reincidência
Contravenção penal no EXTERIOR + nova contravenção penal no Brasil = NÃO GERA REINCIDÊNCIA
Resumo: Há reincidência entre um crime anterior e novo crime; bem como há reincidência entre uma contravenção penal anterior e uma contravenção penal subsequente. MAS ATENÇÃO: NÃO GERA REINCIDÊNCIA, uma contravenção penal no EXTERIOR e nova contravenção penal no Brasil OU uma contravenção penal anterior no Brasil e um novo crime
CPP: Art. 313.  (Cont.)
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (OBS: note que é CRIME. STJ entendeu que CONTRAVENÇÃO envolver violência doméstica/familiar NÃO cabe prisão preventiva)
IV - (revogado).   	
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.    (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 314.  A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.  (São as causas excludentes da antijuridicidade)
RESUMINDO: A prisão preventiva será decretada (tem por finalidade): a GARANTIA da ordem pública e da ordem econômica; a conveniência da instrução penal; para assegurar a aplicação da lei penal; em caso de descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão, NOS SEGUINTES CASOS:  crimes dolosos  com pena máxima acima de 4 anos; reincidentes em crimes dolosos; violência doméstica-familiar contra mulher, idoso, criança/adolescente e pessoa com deficiência; enfermo (só crime, contravenção, não) e quando houver dúvida sobre a identidade civil do suposto infrator.
Art. 316 (...) Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
OUTRO PONTO IMPORTANTE É SABER QUANDO É POSSÍVEL SUBSTITUIR A PRISÃO PREVENTIVA PELA PRISÃO DOMICILIAR. HOUVE UMA AMPLIAÇÃO DESTAS HIPÓTESES EM 2018, APÓS O HC COLETIVO JULGADO PELO STF (HC 143641)
O STF concedeu ordem de habeas corpus para determinar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar – sem prejuízo da aplicação concomitante de medida cautelar diversa de prisão - de todas as mulheres presas, gestantes, puérperas ou mães de crianças com até 12 anos sob sua guarda ou pessoa com deficiência, listadas no processo pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e outras autoridades estaduais, enquanto perdurar tal condição, excetuados os casos de crimes praticados por elas mediante violência ou grave ameaça, contra seus descendentes ou, ainda, em situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelo juízes que denegarem o benefício.
Primeiro: o que é prisão domiciliar?
Art. 317.  A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 318.  Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:      	
I - maior de 80 (oitenta) anos;  	
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;           
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;             
IV - gestante;        	
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;        	
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.            
Parágrafo único.  Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.        	
Art. 318-A.  A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) -ainda que não descendente
Art. 318-B.  A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).Não confundir com o REGIME ABERTO EM RESIDÊNCIA, previsto na Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/84) (REGIME DOMICILIAR, MAS TAMBÉM É CHAMADA DE “PRISÃO DOMICILIAR”): AQUI JÁ HOUVE O TRÂNSITO EM JULGADO!!!
LEP: Art. 117 (já teve o trânsito julgado). Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular (“Prisão domiciliar”) quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
Jurisprudência:
“O cumprimento de sanção em regime domiciliar pressupõe situação excepcional. Nos termos do artigo 117 da Lei de Execução Penal, o beneficiário de regime aberto (a pessoa já tem que estar em regime aberto para se beneficiar) poderá ficar em residência particular quando maior de 70 anos, acometido de doença grave, com filho menor ou deficiente físico ou mental, ou gestante. Não cabe o implemento da providência, tendo em vista encontrar-se a paciente no fechado. O disposto no artigo 318 do Código de Processo Penal tem aplicação em casos de prisão preventiva, sendo inadequado quando se trata de execução de título condenatório alcançado pela preclusão maior” (já houve o trânsito em julgado). STF (HC 177.164 – 2020) – presa que estiver recolhida por prisão preventiva tem direito a regime domiciliar, agora caso ela esteja cumprindo pena em regime fechado ou semiaberto não terá esse benefício. 
Resumo: A gestante, se já tiver pena definitiva (ou seja, com o TJ), para ter direito ao REGIME DOMICILIAR, deve estar em REGIME ABERTO. Já no caso de prisão preventiva (ANTES do TJ), a gestante terá direito à prisão domiciliar. 
O fato de o acusado descumprir acordo de delação premiada, por si só, não autoriza a prisão preventiva (precisa haver demonstração dos requisitos previstos em lei) STF: HC 138207
PRISÃO EM FLAGRANTE
“O termo flagrante provém do latim flagrare, que significa queimar, arder. É o crime que ainda queima, isto é, que está sendo cometido ou acabou de sê-lo” (Fernando Capez, Curso de processo penal, 25 ed., p. 323)
A prisão em flagrante possui 4 etapas (não é pacífico):
1ª Etapa: CAPTURA
2ª Etapa: CONDUÇÃO À DELEGACIA
3ª Etapa: LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
4ª Etapa: RECOLHIMENTO AO CÁRCERE
CPP: Art. 301.  Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
CPP:
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
Art. 303.  Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
CLASSIFICAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE:
CPP: Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
 I - está cometendo a infração penal E II - acaba de cometê-la (flagrante PERFEITO, PRÓPRIO ou REAL) AQUI AGENTE ESTÁ NO LOCAL DO CRIME
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante IMPERFEITO, IMPRÓPRIO ou QUASE-FLAGRANTE) A PERSEGUIÇÃO NÃO TEM PRAZO PARA ENCERRAR (PODE LEVAR DIAS), DESDE QUE ININTERRUPTA
CPP: Art. 290 (...)
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
 IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante PRESUMIDO ou FICTO)
Resumo: Classificação da prisão em flagrante: 1) Flagrante próprio, real ou perfeito (o agente está no local do crime; "está fazendo" ou acaba de fazê-lo, encontra-se nos incisos I e II; 2) Flagrante impróprio, imperfeito ou quase- flagrante (o agente é perseguido logo após, em situação que faça presumir ser o autor da infração penal - inciso III) e 3) Flagrante ficto ou presumido (o agente é encontrado logo depois, com instrumentos e objetos do crime - Inciso IV)
Diferença entre FLAGRANTE IMPRÓPRIO e FLAGRANTE PRESUMIDO/FICTO:
Flagrante impróprio (também chamado de “quase-flagrante”): Há PERSEGUIÇÃO + LOGO APÓS + ENCONTRADO EM SITUAÇÃO que faça presumir (“estar no encalço”)
Flagrante presumido/ficto: NÃO há perseguição. O agente é ENCONTRADO + LOGO DEPOIS + COM Instrumentos, armas, objetos, papeis que façam presumir 
Encontrado logo DEPOIS com instrumentos (os instrumentos devem se relacionar ao crime E DEVE HAVER UMA RELAÇÃO CAUSAL entre o encontro do infrator e a diligência policial. NÃO PODE SER UM “ENCONTRO CASUAL”. A abordagem policial deve ter relação com a investigação do crime – ex. chamado da vítima) “REGRA DAS 24 HORAS” – jurisprudência, não é escrita da legislação. 
FLAGRANTE PREPARADO: é NULO
Ocorre quando o policial induz alguém a praticar o delito e, ao mesmo tempo, toma a providência para impedir a sua ocorrência.
STF (Súmula 145): “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”
Tem que ter uma intervenção do agente provocador (que pode ou não se policial) e o suposto infrator (que neste caso, é vítima de um flagrante preparado). Se a polícia está fazendo uma “campana” e apenas verifica a ocorrência do crime, sem interferir em sua prática ou instigar o crime, o flagrante é LÍCITO! (É CORRETO) – ESTAREMOS DIANTE DE UM FLAGRANTE ESPERADO (aguarda-se a realização de um crime que foi avisado, por exemplo, por meio de denúncia anônima)
STJ Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto.
MAS CUIDADO: policial à paisana solicita/compra drogas a um suposto traficante. Isto seria flagrante preparado? R: jurisprudência mais antiga, sim. No entanto, atualmente, tem-se entendido que não, pois o art. 33 da Lei n. 11.343/06 diz:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...)
Portanto, ter em depósito ou guardar/trazer consigo já é crime e o agente já o estava realizando. A venda foi um outro “verbo do tipo misto alternativo”, mas o crime já havia ocorrido antes da solicitação do policial.
FLAGRANTE DIFERIDO/RETARDADO (POSTERGADO): É VÁLIDO! 
Lei n. 11.343/06 – Lei de Drogas
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes;
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.
Resumo: NA LEI DE DROGAS, para realizar o flagrante POSTERGADO (deixar de prender o agente, para que assim, seja possível obter mais informações sobre os criminosos e seu modo de agir -ex. identificar a liderança), é necessária autorização PRÉVIA do Juiz. JÁ pela lei de combate às organizações criminosas, NÃO há necessidade de autorização prévia do Juiz, mas mera COMUNICAÇÃO prévia do delegado para o magistrado.
Lei n. 12.850/2013 (Lei de combate ao crime organizado)
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
FINALMENTE, O FLAGRANTE FORJADO TAMBÉM É NULO (QUANDO O AGENTE É INOCENTE E TERCEIRO (POLÍCIA OU OUTRO DESAFETO) “PLANTAM” ALGO ILÍCITO DE FORMA A TORNAR A SITUAÇÃO UM CRIME. EX. Terceiro “planta” grande quantidade de droga no agente, para o prender em flagrante por tráfico,
LOGO: FLAGRANTE PREPARADO E FORJADO NÃO PODEM MAS FLAGRANTE ESPERADO E POSTERGADO (DIFERIDO/RETARDADO) PODEM.
Resumo: (prisão em flagrante): FLAGRANTE PRÓPRIO, IMPRÓPRIO (QUASE-FLAGRANTE), FICTO OU PRESUMIDO - todos estes PODEM, são válidos! FLAGRANTE ESPERADO (quando a polícia toma conhecimento de que acontecerá um crime, vai até o local e faz uma "campana"), é válido! FLAGRANTE POSTERGADO, DIFERIDO OU RETARDADO: é válido desde que, atendidos os requisitos da Lei de Drogas ou da Lei de combate às organizações criminosas. MAS O FLAGRANTE FORJADO E O FLAGRANTE PREPARADO SÃO PROIBIDOS!!!!
QUEM “NÃO PODE SER PRESO EM FLAGRANTE” 
(será capturado e conduzido à delegacia, mas não haverá auto de prisão em flagrante e recolhimento ao cárcere)
 MAS CUIDADO, POIS NÃO SE LAVRA O FLAGRANTE E RECOLHE AO CÁRCERE (“Não é preso em flagrante”):
1) Menor de 18 anos (ato infracional) – são apreendidos (não são presos)
Se menor de 12 anos: Conselho Tutelar
ECA: Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;
II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da materialidade e autoria da infração.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante do Ministério Público, juntamente com cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência.
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade de atendimento, que fará a apresentação ao representante do Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas.
2)  Presidente da República
CF: Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. (...)
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
3) Quem se apresenta espontaneamente do infrator
Antes de 2011, o art. 317 do CPP tinha a seguinte redação:
Art. 317. A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá a decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. (Mas a Lei n. 12.403/2011 revogou este dispositivo. – ver 28)
4) Quem pratica infração de menor potencial ofensivo e se compromete a comparecer em Juízo
Lei n. 9.099/95:Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.    
5) Juízes e Membros do MP: NÃO SÃO PRESOS EM FLAGRANTE, EXCETO EM CASO DE CRIME INAFIANÇÁVEL
LC 35/79, Art. 33 - São prerrogativas do magistrado: (...)
  II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do Órgão Especial competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado
LC 75/93 - Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
 II - processuais:
 d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
6) Deputados Estaduais e Federais, além de Senadores (Salvo por crime inafiançável)
CF: Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (...)
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Art. 27 (...)
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
7) Diplomatas estrangeiros e chefes de Estado estrangeiro
 CPP: Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
DECRETO Nº 56.435, DE 8 DE JUNHO DE 1965. (Promulga a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.)
Art. 29: A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. O Estado acreditado trata-lo-á com o devido respeito e adotará todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade.
8) Pessoa flagrada na posse de entorpecente para uso próprio
Lei n. 11.343/06 – Lei de Drogas
Art. 48 (...) § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo serãotomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, vedada a detenção do agente.
Observação importante sobre o uso de algemas (já que estamos estudando o tema “prisão”):
STF: SÚMULA VINCULANTE 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE O PROCEDIMENTO DO APF (auto de prisão em flagrante):
CPP: Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá está o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
Sequência de oitiva: 1) Condutor; 2)Testemunhas; 3)Vítima; 4) INTERROGATÓRIO do acusado
Art. 304 (...)
§ 2o  A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
Art. 304 (...)
§ 1o  Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
 Art. 305.  Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.           (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.            (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas
Resumo: deve-se comunicar IMEDIATAMENTE a prisão em flagrante para o JUIZ, O MP, A FAMÍLIA DO PRESO OU PESSOA QUE ELE INDICAR; e, SERÁ ENVIADO em 24 HORAS para o JUIZ, o AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE (no mesmo prazo, será enviado o APF para a Defensoria Pública, caso o preso não tenha indicado advogado particular E, também, dentro das 24 horas, entregue a NOTA DE CULPA ao preso)
Art. 304 (...)
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste.           (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005)
Assinatura de testemunhas no APF: se não há testemunhas da infração, O AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE será assinado por 2 testemunhas. E, se o acusado, após o seu interrogatório, se recusar a assinar o auto de prisão em flagrante, 2 testemunhas deverão assinar.
§ 4o  Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.     
QUESTÃO
1 (CESPE) Marcela e Pablo se conheceram em uma festa e após conversarem, Pablo a chamou para ir à casa dele. Ao chegarem à casa, Marcela, aproveitando-se da ida de Pablo ao banheiro, trancou-o lá dentro e foi embora levando consigo a carteira, o telefone celular e um computador de Pablo. Ao ouvi-lo gritar, sua vizinha entrou em contato com policiais do posto da PRF que fica próximo a sua residência, os quais se dirigiram ao local. Ao chegarem, os policiais encontraram o documento de identidade de Marcela e o documento de seu veículo. Irradiados os dados do veículo, Marcela foi abordada enquanto dirigia em uma rodovia federal, tendo sido encontrados em sua posse os itens subtraídos de Pablo. Marcela foi presa em flagrante por policiais rodoviários federais na mesma noite do acontecimento.
Com base na situação hipotética precedente, julgue o item.
Como Marcela já havia saído da vigilância da vítima, a prisão dela foi ilegal, pois, no momento em que foi abordada, não estava em situação de flagrância.
(    ) Verdadeiro   ( X ) Falso
2 (CESPE) De acordo com o Código de Processo Penal, é cabível ao juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar a
A- Pessoa de setenta e cinco anos de idade condenada pela prática do crime de estelionato.
B- Gestante condenada pelo crime de furto qualificado, desde que já tenha ultrapassado o sétimo mês de gravidez.
C- Mulher que, condenada pelo crime de roubo, tenha filho de um ano de idade.
D- Homem que, condenado pelo crime de corrupção passiva, seja o único responsável pelos cuidados do seu filho de dez anos de idade.
E- Mulher que tenha praticado o crime de abandono de incapaz contra seu filho de cinco anos de idade.
3 (UEG) Impor-se-á prisão em flagrante:
A- a Deputado Federal flagrado na prática de crime de estelionato.
B- à pessoa que for flagrada transportando, para consumo pessoal, drogas, em desacordo com determinação legal.
C- à pessoa que, flagrada na prática de crime de menor potencial ofensivo, tiver termo circunstanciado de ocorrência lavrado e assumir compromisso de comparecer ao juizado especial criminal.
D- à pessoa flagrada na prática de crime de furto simples de coisa avaliada em R$ 50,00 (cinquenta reais).
E- ao condutor de veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor, que prestar à vítima pronto e integral socorro.

Outros materiais