Buscar

Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica - Aula 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E 
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 
ELÉTRICA 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rafael Zamodzki 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, deseja-se que o aluno conheça as redes de distribuição 
primária e secundária. 
A partir desses conhecimentos, será possível entender quais são os tipos 
de postes utilizados nas redes de distribuição, como são constituídas as redes 
primárias e secundárias de distribuição, como se divide a carga nos 
transformadores instalados ao longo da rede, como se dá a instalação da 
iluminação pública no posteamento e como são montadas as redes primárias e 
secundárias nas estruturas da rede. 
TEMA 1 – POSTEAMENTOS UTILIZADOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO 
As redes de energia elétrica são necessárias para a transmissão e a 
distribuição da energia elétrica gerada nas usinas. Para que o transporte de 
energia seja realizado de forma segura e robusta, é necessário contar com um 
conjunto de estruturas (isoladores, cabos, torres, postes, transformadores etc.) 
que viabilizem o processo. 
O sistema de distribuição está particularmente inserido na estrutura das 
cidades e na área residencial rural, pois é por meio dele que a energia chega ao 
consumidor final, seja em caráter residencial, comercial ou industrial. 
A tensão presente nos sistemas de distribuição pode ser baixa, média ou 
alta, dependendo do tipo de instalação que irá alimentar e do ponto do sistema 
em que está sendo realizada a análise. Tensões de 69 kV e 138 kV são 
considerados níveis de subtransmissão. Redes de distribuição com tensões de 
44 kV, 34,5 kV, 13,8 kV e 2,3 kV são chamadas de redes primárias de 
distribuição. Já as redes com baixa tensão (abaixo de 1 kV) são chamadas de 
redes secundárias de distribuição. 
Normalmente, a divisão do cabeamento nas redes de distribuição se dá 
da maneira mostrada na Figura 1. Os três cabos localizados na parte superior 
do poste correspondem às três fases da rede primária. Os quatro cabos fixados 
mais abaixo no poste correspondem às três fases e ao neutro da rede secundária 
de distribuição. 
 
 
 
3 
 
Figura 1 – Exemplo de configuração de rede de distribuição 
 
Crédito: Noemie Coudray/Shutterstock. 
Além da classificação em primárias e secundárias, as redes de 
distribuição também podem ser classificadas como aérea convencional, aérea 
compacta, aérea isolada e subterrânea. 
• Aérea convencional: neste tipo de rede, utiliza-se condutores nus, ou seja, 
esses condutores não apresentam cobertura externa. Este tipo de rede 
tem maior propensão a apresentar de defeitos, justamente pelo fato de os 
cabos não terem cobertura. É a configuração apresentada na Figura 1. 
• Aérea compacta: recebe este nome porque a área que os condutores 
ocupam é menor em comparação à rede aérea convencional. Além disso, 
os condutores são cobertos com uma camada de proteção. Na Figura 2, 
é possível ver a disposição dos cabos na rede compacta. Os cabos na 
parte superior do poste são cobertos e apresentam uma configuração 
geométrica diferente da configuração de aérea convencional. 
Na Figura 3, pode ser visto em detalhe o espaçador utilizado na rede 
compacta, para garantir a distância entre os cabos e a geometria da rede. 
 
 
 
 
 
 
4 
Figura 2 – Exemplo de rede aérea compacta 
 
Crédito: LEY.corner/Shutterstock. 
Figura 3 – Detalhe do espaçador utilizado em rede compacta 
 
Crédito: khak/Shutterstock. 
• Aérea isolada: para este tipo de rede, são utilizados cabos isolados. A 
isolação é suficiente para que seja possível trançar os cabos. Apresenta 
custo mais elevado em comparação a outras configurações aéreas. 
• Subterrânea: tem um custo mais elevado de implantação, porém, 
apresenta vantagens com relação à questão estética e também à 
confiabilidade. Os cabos utilizados são isolados e estão menos expostos 
a intempéries. Por isso, são mais confiáveis do que as aéreas. 
Para que as redes aéreas de distribuição sejam concebidas, é necessário 
contar com estruturas capazes de sustentar os cabos condutores utilizados para 
o transporte da energia. As estruturas utilizadas para esse fim são os postes. 
 
 
5 
 
1.1 Poste circular 
Para que os cabos e demais componentes das redes de distribuição 
aéreas sejam sustentados e fixados, é necessário que existam estruturas 
capazes de realizar tal função. Tais estruturas são os postes, na maior parte das 
vezes fabricados em concreto armado, e algumas vezes em madeira. 
A NBR 8451 (dividida em várias partes) traz aspectos relacionados aos 
tipos de postes de concreto armado utilizados nas redes de distribuição, como 
geometria do poste, padronização dos postes para redes de distribuição, ensaios 
que devem ser realizados pelos fabricantes etc. (ABNT, 2012a; 2012b; 2013a; 
2013b). 
Quanto à simbologia, cada concessionária utiliza um padrão para os 
projetos em sua área de concessão. Na Figura 4, vemos alguns modelos de 
símbolos utilizados pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) para 
representar os postes circulares nos projetos de rede. 
Figura 4 – Exemplo de simbologia de postes com seção circular utilizada pela 
Copel 
 
Fonte: Copel, 2003. 
Na Figura 5, apresentamos uma vista geral do poste de seção circular, 
retirada da NBR 8451-2:2013 (ABNT, 2013a). 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Figura 5 – Poste de seção circular 
 
Fonte: ABNT, 2013a. 
1.2 Poste quadrado 
Os postes de seção quadrada também são utilizados em redes de 
distribuição. A simbologia utilizada pela Copel para representação deste tipo de 
poste é apresentada na Figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Figura 6 – Simbologia utilizada pela Copel para representação do poste com 
seção quadrada 
 
Fonte: Copel, 2003. 
1.3 Poste duplo T 
O terceiro tipo de poste utilizado em redes de distribuição é o poste duplo 
T. Alguns exemplos de símbolos utilizados pela Copel para este tipo de poste 
são apresentados na Figura 7. 
Figura 7 – Exemplo de simbologia utilizada pela Copel para o poste com seção 
duplo T 
 
Fonte: Copel, 2003. 
Este poste leva o nome de duplo T, porque a vista da sua base realmente 
se assemelha com duas letras T conectadas, como pode ser visto no detalhe C 
da Figura 8. Na mesma figura, é possível ver o detalhamento do poste duplo T 
apresentado pela NBR 8451-2:2013 (ABNT, 2013a). 
 
 
8 
 
Figura 8 – Poste de seção duplo T 
 
Fonte: ABNT, 2013a. 
 
 
 
 
9 
TEMA 2 – REDE PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO 
Segundo Bovolato (2004), pode-se definir rede primária de distribuição 
como “conjunto de alimentadores urbanos de distribuição e seus ramais que 
alimentam os transformadores de distribuição e os pontos de entrega na mesma 
tensão”. Assim, entende-se que os alimentadores que saem da subestação com 
direção aos centros de consumo, e que alimentam os transformadores de 
distribuição, ou diretamente uma indústria, são definidos como rede primária de 
distribuição. 
Recomenda-se os seguintes números de alimentadores para as cargas 
especificadas, por localidade (Bovolato, 2004): 
• Até 1000 kVA: 1 alimentador 
• De 1000 kVA a 3000 kVA: 2 alimentadores 
• De 3000 kVA a 6000 kVA: 3 alimentadores 
• De 6000 kVA a 10000 kVA: 4 alimentadores 
No traçado de alimentadores, deve-se obedecer o máximo possível 
alguns critérios (Bovolato, 2004): 
• aproveitamento máximo do sistema existente; 
• posicionamento o mais próximo possível das cargas (otimização de 
tensão); 
• evitar mudanças constantes de direção, perseguindo pequenas 
concentrações de carga; 
• desenvolvimento dos alimentadores coerentes com o sentido de 
desenvolvimento da cidade; 
• as ruas e avenidas escolhidas para o seu trajeto deverão estar bem 
definidas, e o traçado já aprovado pela prefeitura; 
• os ramais primários que derivam do alimentador devem ser, de forma 
geral, paralelos; 
• obedecer a seqüência das fases desde a subestação; 
• quando não for possível obedecer a seqüênciade fase, por mudança de 
lado do posteamento, é preciso afixar placa indicativa em pontos 
estratégicos. 
 
 
 
10 
TEMA 3 – REDE SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO 
A rede secundária de distribuição é definida como a porção da rede que 
deriva dos transformadores de distribuição (aqueles localizados nos postes), ou 
seja, após os níveis de tensão primária serem rebaixados. Esses níveis de 
tensão alimentam os consumidores finais de forma monofásica, bifásica ou 
trifásica, dependendo da carga do estabelecimento. 
Deve-se observar, na concepção da rede secundária, alguns itens 
essenciais (Bovolato, 2004): 
• largura do passeio; 
• sacadas ou marquises de casas e prédios, garagens, portas de lojas, 
anúncios luminosos, janelas (estudar as dimensões livres para não 
interferir com a rede); 
• galerias de águas pluviais, redes de água, gás, e esgotos subterrâneos 
que interfiram no projeto (manter contatos com a prefeitura quando 
impossível observar); 
• obstáculos existentes, árvores no eixo da rede, buracos causados por 
erosões e elevações ou abaixamento no terreno que influenciem na 
locação e/ou número de postes; 
• existência de rede telefônica e suas caixas muflas, assinalando pontos de 
interferência com a mesma; 
• existência de praças ou logradouros públicos, para evitar a localização de 
postes nas mesmas; 
• pontos de tomada de ramal de serviço primário (se há necessidade de 
alteração na entrada do consumidor ou na localização do poste); 
• existência de muflas, primárias e secundárias; 
• transferência do consumidor de alta tensão para baixa tensão. Neste caso 
verificar: 
o carga instalada; 
o existência de máquina de solda; 
o programa de aumento de carga do consumidor. 
• locação provável do transformador. Neste caso, verificar: 
o facilidade de instalação e retirada; 
o operação de chave fusível; 
 
 
11 
o local seguro e livre de qualquer interferência. 
• o melhor lado para localização do posteamento, considerando os futuros 
projetos que possam vir a ocorrer na área; 
• existência de postos de gasolina que interfiram na localização dos postes 
(contudo, somente essa interferência não justifica a alteração do projeto); 
• travessias a serem projetadas: analisar cuidadosamente os detalhes 
construtivos; 
• contatos com órgãos públicos sobre melhoramentos futuros no local. 
TEMA 4 – DIVISÃO DE CIRCUITOS: TRANSFORMADORES E ILUMINAÇÃO 
PÚBLICA 
Ao longo da rede de distribuição, estão localizadas as cargas que 
precisam ser alimentadas pela rede. Assim, é necessário calcular a potência total 
das cargas que serão alimentadas por um determinado transformador, para que 
ele não seja sub nem sobredimensionado. Geralmente, estabelece-se uma folga 
na capacidade do transformador, prevendo futuras expansões do sistema. 
Além disso, os equipamentos utilizados para a iluminação pública 
precisam ser alimentados pela rede de distribuição, constituindo, assim, mais 
uma categoria de cargas instaladas ao longo do sistema. Nas próximas seções, 
vamos estabelecer critérios para o cálculo da demanda dos transformadores da 
rede de distribuição. Também vamos tratar de aspectos relacionados ao 
funcionamento do sistema de iluminação pública. 
4.1 Determinação da demanda dos transformadores 
Os transformadores utilizados em redes de distribuição apresentam 
valores de potência nominal padronizados: 15, 30, 45, 75 e 112,5 kVA. Os 
transformadores instalados na tensão de 13,8 kV pertencem à classe de 15 kV 
e rebaixam a tensão para os níveis de distribuição secundária (Bovolato, 2004). 
Deve-se procurar locar os transformadores de modo que o comprimento 
dos circuitos secundários não exceda 400 metros (Bovolato, 2004). 
Para determinar a demanda dos transformadores, deve-se considerar a 
demanda diversificada e a demanda de motores ao longo do trecho alimentado 
pelo transformador. 
 
 
12 
A demanda diversificada é calculada tomando como base o número de 
consumidores atendidos por um determinado transformador. Utiliza-se a Tabela 
1 para este cálculo. 
Tabela 1 – Demanda diversificada em kVA 
Nº de consumidores no 
circuito 
Classe de consumidores 
Tipo C (baixa) Tipo B (média) Tipo A (alta) 
1 a 5 0,300 0,600 3,000 
6 a 10 0,235 0,435 1,600 
11 a 15 0,225 0,370 1,160 
16 a 20 0,215 0,345 0,940 
21 a 25 0,210 0,330 0,870 
26 a 30 0,205 0,320 0,720 
31 a 40 0,205 0,315 0,640 
41 ou + 0,200 0,300 0,600 
Fonte: Bovolato, 2004. 
A demanda de motores, por sua vez, é determinada de acordo com a 
potência instalada e com a quantidade de motores utilizados. Para este cálculo, 
utilizamos as Tabelas 2 e 3. 
Tabela 2 – Demanda diversificada para motores 
Nº de 
consumidores 
Fator de redução 
para a 
demanda 
1 1 
2 0,92 
3 0,86 
4 0,82 
5 0,79 
6 0,77 
7 0,75 
8 0,74 
9 0,73 
10 0,72 
11 0,72 
12 0,72 
13 0,72 
14 0,71 
15 0,71 
16 0,71 
17 0,71 
18 0,71 
19 0,71 
20 0,7 
 
 
13 
21 0,7 
22 ou mais 0,7 
Fonte: Bovolato, 2004. 
 
Tabela 3 – Fator de simultaneidade 
Potência 
em CV 
Equivalência 
em kVA 
Demanda Individual (kVA) - Número de 
motores 
1 2 3 a 5 Mais de 5 
1/6 0,5 0,45 0,39 0,34 0,3 
1/4 0,7 0,55 0,48 0,45 0,42 
0,27 0,77 0,69 0,6 0,52 0,46 
0,45 1 0,89 0,77 0,67 0,6 
1/2 1,14 1,01 0,88 0,77 0,67 
0,7 1,3 1,15 1 0,87 0,77 
3/4 1,4 1,24 1,07 0,94 0,83 
1 1,7 1,43 1,29 1,13 0,89 
1,1 1,9 1,67 1,44 1,25 1,11 
1,5 2,4 2,02 1,8 1,57 1,39 
2 3,1 2,6 2,3 2 1,78 
2,5 3,8 3,21 2,88 2,44 2,16 
3 4,5 3,78 3,34 2,89 2,56 
3,5 5,1 4,3 3,77 3,24 2,91 
4 5,8 4,65 3,95 3,71 3,31 
4,5 6,3 5 4,3 4 3,6 
5 6,8 5,35 4,65 4,14 3,54 
5,5 7,4 5,7 4,96 4,36 3,85 
6 8 6,05 5,38 4,71 4,16 
6,5 8,6 6,45 5,75 5,1 4,5 
7 9,2 6,9 6,2 5,54 4,8 
7,5 9,8 7,35 6,6 5,8 5,1 
8 10,4 7,8 6,9 6,15 5,4 
8,5 11 8,25 7,4 6,5 5,73 
9 11,6 8,7 7,7 6,9 6,1 
9,5 12,2 9,15 8 7,2 6,3 
10 12,8 9,6 8,3 7,4 6,55 
10,5 13,4 9,1 8,6 7,5 6,8 
11 14 9,4 8,9 7,85 7 
11,5 14,6 9,8 9,1 8,2 7,3 
12 15,2 10,2 9,5 8,5 7,6 
12,5 15,7 10,5 9,75 8,8 7,85 
13 16,3 10,9 10 9,2 8,2 
13,5 16,9 11,3 10,3 9,5 8,5 
14 17,5 11,9 10,8 9,8 8,75 
14,5 18,1 12,3 11,2 10,2 9 
15 18,7 12,7 11,4 10,5 9,3 
 
 
14 
20 24,6 16,4 14,8 13,6 12,3 
25 30 20,3 18,2 16,8 15,2 
30 36 24,8 21,8 19,9 18 
40 46 30,6 27,6 25,4 23 
50 60 40 36 33,1 30 
Fonte: Bovolato, 2004. 
4.2 Iluminação pública 
Segundo a Copel (1998), pode-se classificar iluminação pública como “o 
fornecimento de energia elétrica para iluminação de ruas, praças, avenidas, 
jardins, vias, estradas e outros logradouros de domínio público, de uso comum 
e livre acesso, de responsabilidade de pessoa jurídica de direito público”. 
Para o projeto da iluminação pública, utiliza-se, além das normas das 
concessionárias, a NBR 5101:2018, que trata especificamente dos níveis de 
iluminação, de acordo com o tipo da via para a qual o sistema está sendo 
projetado. 
Pode-se conceituar e definir os tipos de vias de acordo com o exposto a 
seguir (Copel, 1998): COPEL. NTC 841050 
• Classe A – Vias Rurais (Estradas): corresponde a locais que requerem a 
uma iluminação específica. É subdividida nos seguintes tipos: 
o Subclasse A1 – Vias Arteriais: são vias exclusivas para tráfego 
motorizado, que se caracterizam por grande volume e pouco 
acesso de tráfego, várias pistas, cruzamentos em dois planos, 
escoamento contínuo, elevada velocidade de operação e 
estacionamento proibido na pista. Geralmente, não existe 
ofuscamento pelo tráfego oposto, nem construções ao lado da via. 
O sistema arterial serve mais especificamente a grandes geradores 
de tráfego e viagens de longas distâncias; ocasionalmente, pode 
servir de tráfego local. 
o Subclasse A2 – Vias Coletoras: são vias exclusivas para tráfego 
motorizado, que se caracterizam por um volume de tráfego inferior 
e por um acesso de tráfego superior ao das vias arteriais. 
o Subclasse A3 – Vias Locais: são vias que permitem acesso às 
propriedades rurais,com grande acesso e pequeno volume de 
tráfego. 
 
 
15 
• Classe B – Vias de Ligação: são ligações de centros urbanos e 
suburbanos, não pertencendo ao grupo anterior. Geralmente, só têm 
importância para o tráfego local. 
• Classe C – Vias Urbanas: são aquelas caracterizadas pela existência de 
construções às suas margens e a presença de tráfego motorizado e de 
pedestres em maior ou menor escala. Apesar de apresentarem outros 
aspectos, além da intensidade de tráfego, com a devida influência nas 
características de iluminação, tal intensidade é o fator preponderante, e 
servirá como base dessa classificação. 
o Subclasse C1 – Vias Principais: são consideradas vias principais 
as avenidas e ruas asfaltadas ou calçadas, onde há predominância 
de construções comerciais, assim como trânsito de pedestres e de 
veículos. 
o Subclasse C2 – Vias Normais: são consideradas vias normais as 
avenidas e ruas asfaltadas ou calçadas, onde há predominância de 
construções residenciais, trânsito de veículos (não muito intenso) 
e de pedestres. 
o Subclasse C3 – Vias Secundárias: são consideradas vias 
secundárias as avenidas e ruas com ou sem calçamento ou 
revestimento asfáltico, onde há construções, e o trânsito de 
veículos e de pedestres não é intenso. 
o Subclasse C4 – Vias Irregulares: são passagens criadas pelos 
moradores, de largura, piso, declive e arruamento variáveis, que 
dão acesso a pedestres e, em raros casos a veículos, com traçado 
irregular, na maioria dos casos determinado pelos usuários do local 
ou pelas próprias construções, tais como vias de favelas. 
• Classe D – Vias Especiais: são considerados os acessos e/ou vias 
exclusivas de pedestres a jardins, parques, praças e calçadões. 
Para cada um destes tipos de vias, as normas estabelecem os aspectos 
necessários para proporcionar segurança de tráfegos a pedestres e a veículos 
(Bovolato, 2004): 
• iluminância média e tipo/potência da lâmpada; 
• fator de uniformidade de iluminância média; 
• ofuscamento; 
 
 
16 
• fonte de luz, luminária e suporte; 
• alimentação de energia elétrica; 
• altura do ponto de luz; 
• distância entre pontos de luz. 
TEMA 5 – MONTAGEM DE REDES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DE 
DISTRIBUIÇÃO 
Neste tema, vamos apresentar algumas configurações de montagem de 
redes de distribuição de aéreas primárias e secundárias. Tais montagens são 
baseadas nas normas da Energisa (2002; 2013), que trazem de forma clara 
imagens desses tipos de montagem. Inicia-se com as configurações de 
montagem para redes primárias: 
• Conexão fonte-carga com isoladores de pino (Figura 9). 
Figura 9 – Conexão fonte-carga com isolador de pino 
 
Fonte: Energisa, 2013. 
• Conexão com isolador de suspensão (Figura 10). 
 
 
 
 
17 
Figura 10 – Conexão fonte-carga com isolador de disco 
 
Fonte: Energisa, 2013. 
• Conexão com isolador de ancoragem e by-pass com isolador de pino 
(Figura 11). 
Figura 11 – Conexão com isolador de ancoragem e by-pass com isolador de pino 
 
Fonte: Energisa, 2013. 
• Derivação passando de isolador de ancoragem para isolador de pino 
(Figura 12). 
 
 
18 
Figura 12 – Derivação passando de isolador de ancoragem para isolador de pino 
 
Fonte: Energisa, 2013. 
• Conexão com chave fusível (Figura 13). 
Figura 13 – Conexão com chave fusível 
 
Fonte: Energisa, 2013. 
As configurações para montagem de redes secundárias apresentadas a 
seguir são realizadas com cabos multiplexados isolados e por isso podem ser 
trançados ao longo da rede. 
• Conexão do cabo multiplexado com cabo nu (Figura 14). 
 
 
 
 
19 
Figura 14 – Conexão do cabo multiplexado com cabo nu 
 
Fonte: Energisa, 2002. 
• Conexão passante utilizando isolador de roldana (Figura 15). 
Figura 15 – Conexão passante utilizando isolador de roldana 
 
 
Fonte: Energisa, 2002. 
• Conexão passante com derivação (Figura 16). 
 
 
 
 
20 
Figura 16 – Conexão passante com derivação 
 
Fonte: Energisa, 2002. 
• Conexão com ancoragem simples (Figura 17). 
Figura 17 – Conexão com ancoragem simples 
 
Fonte: Energisa, 2002. 
• Conexão passante com transformador (Figura 18). 
 
 
21 
Figura 18 – Conexão passante com transformador 
 
 
Fonte: Energisa, 2002. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, nosso objetivo era levar o aluno a um entendimento maior a 
respeito dos conceitos relacionados às redes de distribuição primária e 
secundária, e a respeito da montagem prática desses sistemas. 
No primeiro tema, apresentamos os tipos de postes mais utilizados nos 
sistemas de distribuição: o poste com seção circular, o poste quadrado e o poste 
duplo T. Trabalhamos com desenhos esquemáticos dos tipos de postes e 
também, com a simbologia utilizada na norma de uma concessionária para 
representá-los. 
No segundo tema, tratamos a respeito das redes primárias de distribuição. 
Abordamos aspectos essenciais que devem ser levados em consideração no 
momento da concepção da rede primária. 
No terceiro tema, apresentamos aspectos relevantes relacionados às 
redes secundárias de distribuição. Da mesma forma que para as redes primárias, 
 
 
22 
apresentamos alguns aspectos mandatórios para que a rede secundária seja 
concebida. 
Em seguida, no quarto tema, trabalhamos a forma de divisão dos circuitos 
em um transformador de distribuição, e como a diversidade das cargas deve ser 
levada em consideração no momento de definir qual a potência nominal do 
equipamento que será instalado. Abordamos ainda aspectos relacionados à 
iluminação pública, considerando os diferentes tipos de vias que existem nas 
áreas urbanas ou rurais. 
Por fim, no quinto tema, apresentamos os principais tipos de montagem 
das redes de distribuição primárias e secundárias, considerando as estruturas 
presentes nesses tipos de rede, como isoladores, cruzetas, cabos nus e 
isolados, transformadores etc. 
 
 
 
 
23 
 
REFERÊNCIAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8451-1 – Postes de 
concreto armado e protendido para redes de distribuição e de transmissão de 
energia elétrica. Parte 1: Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2012a. 
_____. NBR 8451-2 – Postes de concreto armado e protendido para redes de 
distribuição e de transmissão de energia elétrica. Parte 2: Padronização de 
postes para redes de distribuição de energia elétrica. Rio de Janeiro: ABNT, 
2013a. 
_____. NBR 8451-5 – Postes de concreto armado e protendido para redes de 
distribuição e de transmissão de energia elétrica. Parte 5: Postes de concreto 
para entrada de serviço até 1 kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2012b. 
_____. NBR 8451-6 – Postes de concreto armado e protendido para redes de 
distribuição e de transmissão de energia elétrica. Parte 6: Postes de concreto 
armado e protendido para linhas de transmissão e subestações de energia 
elétrica – Requisitos, padronização e ensaios. Rio de Janeiro: ABNT, 2013b. 
BOVOLATO, M C. Planejamento e projetos de sistemas de distribuição de 
energia elétrica. Ilha Solteira, São Paulo, 2004. Apostila do Departamento de 
Engenharia Elétrica, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 
COPEL – Companhia Paranaense de Energia. NTC 841005 – Desenho de redes 
de distribuição. 2 ed. Curitiba, 2003. 
_____. NTC 841050 – Projeto de iluminação pública. 3. ed. Curitiba, 1998. 
ENERGISA. NTD-12 – Montagem de redes aéreas secundárias isoladas com 
cabos multiplexados. Brasil, 2002. 
_____. NTD-16 – Montagem de redes de distribuição aérea urbana trifásica 13,8 
e 34,5 kV. Brasil, 2013.

Continue navegando