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APS - PROCESSO PENAL - SORRENTINO - PRINCÍPIOS - FMU-6 SEMESTRE

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JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 PRINCÍPIOS 
QUE NORTEIAM O PROCESSO PENAL 
 
 
Nome: José Weliton Pessoa Setubal 
RA: 1780488 
Turma: 003206C02 
APS – Processo Penal – Professor Eduardo Sorrentino. 
 
 
1 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1- AMPLA DEFESA 
2 - RHC 108.070, rel. min. Rosa Weber, j. 4-9-2012, 1ª T, DJE de 5-10-2012 
3 - A essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de 
defesa. O julgamento in absentia fere esse direito básico e constitui uma fonte 
potencial de erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça 
a sua versão. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre somente quando o 
acusado não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo 
esta então realizada por edital, fictamente, e não PRINCÍPIOS PENAIS E 
PROCESSUAIS PENAIS SUMÁRIO 11 quando o acusado, citado pessoalmente, 
escolhe tornar-se revel. O art. 420 do CPP, com a redação determinada pela Lei 
11.689/2008, não viola a ampla defesa; pois, ainda que procedida a intimação ficta 
por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi 
precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na fase 
inicial do processo. A norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo sobre 
os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes pretéritos. O 
art. 420 do CPP, com a redação determinada pela Lei 11.689/2008, como norma 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a 
ampla defesa. 
 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO 
 O julgado acima tratou do princípio constitucional da ampla defesa. No qual o 
acusado impetrou um recurso ordinário em habeas corpus interposto por José Júlio 
de Carvalho contra acórdão denegatório do Superior Tribunal de Justiça, proferido no 
HC 171.818/RJ, de relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. 
Conforme consta dos autos, o recorrente foi denunciado, em conjunto com o 
coacusado, pela suposta execução dos crimes de homicídio qualificado e de lesão 
corporal que foram cometidos contra as vítimas Floriano Marques de Rodrigues e 
Maria de Jesus Gonçalves Marques Rodrigues, respectivamente, ocorreu a 
decretação da prisão preventiva do Recorrente. 
O recorrente foi citado pessoalmente e interrogado. Após, foi concedida a 
liberdade provisória. 
Entretanto, com a introdução da pronúncia, o Recorrente não foi localizado para 
intimação pessoal da decisão e, em razão da legislação vigente à época, a diligência 
permaneceu sobrestado. Decretada, contudo, a prisão preventiva do recorrente. 
Com a introdução da Lei nº 11.689, de 2008, que deu nova redação ao art. 420 
do CPP, o processo retomou o seu curso e o recorrente foi intimado por edital da 
decisão de pronúncia, sendo esse o objeto do recurso ordinário. 
O tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao Recurso 
em Sentido Estrito interposto pelo Recorrente e, na mesma oportunidade, afirmou a 
extinção de sua punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal no que se 
relaciona ao delito tipificado no art.129 do CP. 
Logo em seguida, a defesa impetrou habeas corpus ao STJ, que denegou a 
ordem, o presente recurso ordinário em habeas corpus. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A defesa busca a nulidade da intimação da pronúncia por edital, argumentando-
se ser inválido aplicar o regramento da Lei nº 11.689/2008 aos processos por crimes 
cometidos anteriores ao advento da leia, por se tratar de norma processual com efeitos 
penais, não houve pedido de liminar. 
 
 
A exímia doutrinadora Doró expõe a respeito do respectivo princípio: 
“Essa ampla defesa compreende conhecer o completo teor 
da acusação, rebatê-la, acompanhar toda e qualquer produção 
de prova, contestando-a se necessário, ser defendido por 
advogado e recorrer de decisão que lhe seja desfavorável.” 
Foi decidido que o art.420 do CPP, não viola a ampla defesa, porque, ainda que 
procedida à intimação ficta do parágrafo por não ser o acusado encontrado para 
ciência pessoal da pronúncia, a ato foi precedido por anterior citação pessoal após o 
recebimento da denúncia, ainda na fase inicial do processo. 
O presente recurso ordinário em habeas corpus foi negado o provimento, pois 
não foi violado o princípio da ampla defesa. 
 
5 - CONCLUSÃO 
 O princípio da ampla defesa possui como base fundamental legal o art. 5º inciso 
LV da Constituição Federal de 1988, no qual adjudica ao acusado, para possa-se se 
defender, sem alguma obstrução de seus direitos constitucionais. 
Tal princípio mencionado anteriormente é de extrema importância pois é através 
deste que o Estado faculta ao acusado a possibilidade de efetuar a sua defesa contra 
a imputação que lhe foi acusado, a ampla defesa abrange a autodefesa que poderá 
ser realizada por exemplo em interrogatório e até mesmo a defesa técnica, no qual o 
acusado é representado por um defensor, que pode ser constituído, público, dativo ou 
ad hoc. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A decisão proferida a respeito do julgado RHC 108.070, rel. min. Rosa Weber, j. 
4-9-2012, 1ª T, DJE de 5-10-2012, foi de improvidente o recurso, a respeito da decisão 
sou favorável da decisão proferida pela a ministra Rosa Weber, visto que o acusado 
foi devidamente citado anteriormente para responder à ação penal, sendo lhe 
garantidos todos os direitos inerentes para o cumprimento do devido processo legal, 
o acusado foi interrogado em juízo, posteriormente o acusado se tornou fugitivo, não 
sendo possível a ocorrência de novas intimações pessoais, se aplicando neste caso 
a intimação da decisão de pronúncia por edital, conforme disposto no Art.420, 
parágrafo único, não ferindo o princípio da ampla defesa.. 
_______________________________________________________________ 
2 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
1-CONTRADITÓRIO 
2 - HC 94.387, rel. min. Ricardo Lewandowski, J. 18-11-2008, 1º T, DJE de 6-2-
2009. 
3 - EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. SÚMULA 691 DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUPERAÇÃO. POSSIBILIDADE. FLAGRANTE 
ILEGALIDADE. CARACTERIZAÇÃO. ACESSO DOS ACUSADOS A 
PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO SIGILOSO. POSSIBILIDADE SOB PENA DE 
OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA. 
PRERROGATIVA PROFISSIONAL DOS ADVOGADOS. ART. 7 , XIV, DA LEI 
8.906/94. ORDEM CONCEDIDA. 
I- O acesso aos autos de ações penais ou inquéritos policiais, ainda que 
classificados como sigilosos, por meio de seus defensores, configura 
direito dos investigadores. 
II- A oponibilidade do sigilo ao defensor constituído tornaria sem efeito a 
garantia do indiciado, abrigada art.5º, LXIII, da Constituição Federal, que 
lhe assegura a assistência técnica do advogado. 
III- Ademais, o art.7º, XIV, do Estatuto da OAB estabelece que o advogado 
tem, dentre outros, o direito de “examinar em qualquer repartição policial, 
mesmo sem procuração, autos em flagrante e de inquérito, findos ou em 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e 
tomar apontamentos”. 
IV- Caracterizada, no caso, a flagrante ilegalidade, que autoriza a superação 
da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal. 
V- Ordem concedida. 
 
 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO 
O exímio Ministro Ricardo Lewandowski, descreveu no relatório, tratar-se de 
embargos de declaração apostos pelo Ministério Público Federal contra o acórdão. 
O embargante sustenta, em suma, que a concessão da ordem, sem ressalva na 
parte dispositiva da decisão embargada, pode levar o Juízo de primeira Instância ao 
engano de autorizar o acesso a todos os atos do procedimento investigatório. 
A 1º Turma do STF concedeu Habeas Corpus para permitir ao advogado dos 
sócios L.C.A.J. e J.P.S.J. acessoaos autos de uma investigação em curso contra os 
empresários, por supostos crimes tributários. 
No recurso ao Supremo, o advogado sustenta que “constringir o acesso às 
informações prestadas em procedimento investigatório, bem como a retirada arbitrária 
de bens de pessoas sem lhes dar ciência da razão de assim proceder, é antagônico 
às garantias fundamentais que se conquistou com a nossa Carta Magna de 1988”. No 
Habeas o defensor pede a concessão da ordem para ter acesso aos autos da 
investigação. 
O ministro Ricardo Lewandowski, em seu voto relatou ser direito do advogado, 
devidamente constituído, acessar às informações de seu cliente, desde que 
formalmente documentadas nos autos, conforme disposto no Estatuto da Advocacia 
(Lei 8.906/94, artigo 7º, XIV). 
Os ministros concederam à ordem, para o advogado acessar os elementos do 
processo que digam respeito a seu cliente. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
O princípio do contraditória é essencial para o cumprimento do processo penal 
conforme expõe Lopes Junior: 
“O contraditório pode ser inicialmente tratado como um 
método de confrontação da prova e comprovação da verdade, 
fundando-se não mais sobre um juízo potestativo, mas sobre o 
conflito, disciplinado e ritualizado, entre partes contrapostas: a 
acusação (expressão do interesse punitivo do Estado) e a 
defesa (expressão do interesse do acusado [e da sociedade] em 
ficar livre de acusações infundadas e imune a penas arbitrárias 
e desproporcionadas).” 
 (LOPES JUNIOR, 2006, p. 229) 
 
5- CONCLUSÃO 
A decisão a respeito do Habeas Corpus 94.387, foi favorável visto que foi violado 
um dos princípios norteadores do processo penal, o contraditório. 
Assim o acusado possui como direto de respostas contra a acusação que lhe foi 
auferida, podendo-se utilizar de todos os meios jurídicos legais para efetuar sua 
defesa. 
No caso apresentado houve como sustentação do advogado do acusado teve o 
acesso a informação constringido , ocorrendo violação ao contraditório visto que sem 
a obtenção das informações de suma importância ao caso, o advogado não poderia 
apresentar uma defesa condizente e fundamentada, a decisão proferida pela a 1º 
Turma do Supremo Tribunal Federal foi excepcional, visto que houve de fato uma 
afronta ao principio ao negar acessa as informações mesmo que sigilosas pela a parte 
dos procuradores do acusado. 
_______________________________________________________________ 
3 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 - PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
 
2 - AP 676, rel. min. Rosa Weber, j. 17-10-2017, 1ª T, DJE de 6-2-2018. 
3 - EMENTA PENAL. PROCESSUAL PENAL. OPERAÇÃO SANGUESSUGA. 
DEPUTADO FEDERAL. QUADRILHA, CORRUPÇÃO PASSIVA E CRIME 
LICITATÓRIO DO ART. 90 DA LEI 8.666/93. COLABORAÇÃO PREMIADA. 
AUSÊNCIA DE CORROBORAÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE PROVA ACIMA DE DÚVIDA 
RAZOÁVEL. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. ABSOLVIÇÃO. 
1. A colaboração premiada é meio de obtenção de prova (artigo 3º da Lei 
12.850/2013). Não se placita, antes ou depois da Lei 12.850/2013, condenação 
fundada exclusivamente nas declarações do agente colaborador. 
2. A presunção de inocência, princípio cardeal no processo criminal, é tanto uma 
regra de prova como um escudo contra a punição prematura. Como regra de prova, a 
formulação mais precisa é o standard anglo saxônico no sentido de que a 
responsabilidade criminal deve ser provada acima de qualquer dúvida razoável (proof 
beyond a reasonable doubt), o qual foi consagrado no art. 66, item 3, do Estatuto de 
Roma do Tribunal Penal Internacional. 
 2.1. Na espécie, ausente prova para além de dúvida razoável da participação 
do acusado, Deputado Federal, nos crimes licitatórios praticados com verbas 
decorrentes de emendas orçamentárias de sua autoria, do recebimento de vantagem 
indevida em decorrência das emendas orçamentárias, ou de associação perene a 
grupo dedicado à prática de crimes contra a administração pública, particularmente 
no que diz quanto à aquisição superfaturada de ambulâncias com recursos federais. 
3. Ação penal julgada improcedente. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
A presente ação penal contra o Deputado Federal Benjamin Gomes Maranhão 
Neto pela prática dos crimes tipificado nos artigos 288 (quadrilha) e 317, § 1º 
(corrupção passiva), do CP e no art. 90 da Lei 8.666/93 (fraude à licitação). 
O caso faz parte da Operação Sanguessuga. A denúncia, promovida 
originalmente pelo Ministério Público Federal do Estado do Mato grosso, informou em 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
síntese, que o acusado integrou esquema criminoso voltado à aquisição de 
ambulâncias com valores superfaturados fornecidos pelo grupo Planan, em troca de 
vantagem financeira, o direcionamento de emendas orçamentárias que viabilizariam 
licitações fraudadas junto a Municípios integrantes de sua base eleitoral no Estado da 
Paraíba. 
O recebimento da denúncia ocorreu através doo Juízo da 2º Vara federal da 
seção Judiciária do Mato Grosso em 07/12/2009. Em 01/06/2011, o réu comunicou ao 
juízo “a quo” sua condição de Deputado Federal e a competência foi declinada ao 
STF, em 24/01/2012, em 11/04/2012, os autos foram distribuídos a relatoria da 
Ministra Rosa Weber, estando pendente a citação, defesa e instrução do feito. 
Após a oitiva do Procurador-Geral da República foi reconhecido válido os atos 
processuais praticados na origem, com exceção da quebra de sigilo bancário, porque 
deferida em 11/04/2011, data em que já foi restabelecido o mandato de Deputado 
Federal do acusado. Foi determinado nova quebra de sigilo bancário do acusado, 
sendo em seguida citado para apresentar defesa. 
Em segui da relatora decidiu pelo prosseguimento do feito, com a rejeição das 
postulações da defesa no que pretendiam desconstituir o recebimento da denuncia no 
primeiro grau de jurisdição. 
Foram colhidos os depoimentos das testemunhas arroladas pela a acusação, em 
seguida, foram expedidas novas Cartas de ordem, no qual foram colhido o depoimento 
das testemunhas de defesa, por fim foi interrogado o acusado no dia 29/06/2016. 
Na fase de diligencias complementares o Procurador-Geral da República e a 
defesa nada requereram. 
Nas alegações finais o Procurador-Geral da República manifestou a respeito da 
materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva e a fraude à licitação, e não 
configuração do delito de associação criminosa, comprovada a apresentação de 
emendas orçamentárias para a aquisição de unidades móveis de saúde por via de 
Munícipios do Estado da Paraíba, com como o recebimento de vantagens indevidas 
pelo acusado no valor de 40 mil reais, dos quais 25 mil reais teriam sido pagos em 
espécie, e absolvição quanto ao delito de quadrilha. O acusado Benjamin Gomes 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
Maranhão Neto apresentou defesa a respeito das alegações apresentas pela a 
Procuradoria Geral da República. 
A presente ementa trata-se do principio da presunção de inocência que esta 
legalmente disposto no art.5º,inc. LVII da Constituição Federal de 1988, referindo-se 
como garantia processual atribuída ao acusado. 
A respeito do princípio da presunção de inocência o notável doutrinador Renato 
Brasileiro, expõe: 
"Não havendo certeza, mas dúvida sobre os fatos em 
discussão em juízo, inegavelmente é preferível a absolvição de 
um culpado à condenação de um inocente, pois, em juízo de 
ponderação, o primeiro erro acaba sendo menos grave que o 
segundo." 
Este caso trata-se de ação penal contra o Deputado Federal Benjamim Gomes 
Maranhão Neto pela prática de quadrilha e corrupção passiva. 
A ação penal foi julgada improcedente, visto que houve ausência de prova além 
da dúvida razoável da participação do acusado, com isto deve prevalecer o principio 
da presunção de inocência. 
 
5 - CONCLUSÃO: 
O princípio da presunção de inocência, foi esplendidamente utilizadoneste caso 
e a decisão foi julgada corretamente, visto que houve dúvida razoável da participação 
do acusado e ausência de prova. 
Com isto de acordo com a constituição ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado da sentença penal condenatória, com isto o Estado deve 
comprovar a culpabilidade do indivíduo, sendo o acusado presumidamente inocente. 
_______________________________________________________________ 
4 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 - PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
2 - HC 109.541, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-11-2012, 1ª T, DJE de 14-12-2012. 
3 - EMENTA Habeas corpus. Penal. Roubo duplamente qualificado (CP, art. 157, 
§ 2º, I e II). Fixação da pena. Dosimetria. Conduta social voltada à pratica delitiva. 
Elemento equivocadamente qualificado pelas instâncias ordinárias como concernente 
à personalidade dos agentes. Alegação de reformatio in pejus, com suplementação 
na fundamentação empreendida pelo Superior Tribunal de Justiça. Não ocorrência. 
Reincidência. Não consideração na avaliação dos antecedentes na primeira fase de 
dosimetria da pena. Bis in idem não verificado. Ordem denegada . 
1. Não houve a alegada reformatio in pejus por parte do Superior Tribunal de 
Justiça, mas apenas a correta qualificação de elemento equivocadamente 
considerado na fixação da pena-base pelas instâncias ordinárias como resultante de 
deformação da personalidade do agente, quando isso se inseria na avaliação de sua 
conduta social. 
2. O fato de haver o juízo de primeiro grau afirmado não haver elementos que 
permitissem a avaliação da conduta social dos pacientes, aquilatando-os sob prisma 
diverso, não impede que se reconheça o equívoco dessa mensuração, classificando-
se corretamente aquele elemento dentre as circunstâncias judiciais do art. 59 do 
Código Penal, sem que isso implique suplementação da fundamentação adotada, 
como quer fazer crer a impetrante. 
 3. Quanto ao reconhecimento da reincidência, o Juízo de piso, ao referir-se aos 
antecedentes, foi enfático ao destacar que faria a consideração desse fato como 
agravante (no caso, a reincidência – CP, art. 61, I), não fazendo, portanto, a esse 
título, qualquer exasperação da reprimenda na primeira fase de dosimetria da pena, 
razão pela qual não incidiu, na hipótese, em proclamado bis in idem . 
4. Ordem denegada 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
 O julgado acima tratou do princípio non reformatio in pejus. Tal princípio consiste 
em caso de recurso exclusivo da defesa ou de habeas corpus impetrado em favor do 
acusado, não será cabível que a decisão seja alterada de forma que prejudique o réu, 
até mesmo para corrigir erro material ou nulidade absoluta. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A respeito do princípio, expõe Júlio Fabbrini Mirabete: 
 
“Embora a apelação permita o reexame da matéria 
decidida na sentença, o efeito devolutivo não é pleno, ou seja, 
não pode resultar do julgamento decisão desfavorável à parte 
que interpôs o recurso. Bem se expressa Helio Tornaghi: ‘Em 
rigor de lógica, deveria poder o juízo ad quem proferir decisão 
que reputasse justa, fosse qual fosse’. Mas o tribunal fica preso 
ao que lhe foi pedido, não se permitindo a decisão ultra ou extra 
petitum.” 
 
Foi impetrado Habeas Corpus, sem o pedido de liminar, pela a Defensoria 
Pública em favor de Rômulo da Silva Roiz e Nathanael Santos da Silva. 
A defesa como autoridade coatora a Quinta Turma do STJ, no qual rejeitou os 
embargos de declaração no agravo regimental no REsp nº1.203.750/AC interposto 
àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. 
No dia 10/08/2011, não ocorrendo o pedido de liminar para ser apreciado e 
estando os autos devidamente instruídos com as peças necessárias à perfeita 
compreensão da controvérsia, dispensei as informações da autoridade coatora. 
O ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral 
da República Dr. Maria José Gisi, opinou a respeito sobre a denegação da ordem. 
 A primeira turma do STF julgou o seguinte Habeas Corpus denegando a ordem, 
visto que o juízo de primeiro grau decidiu que não haveria elementos que permitissem 
a avaliação da conduta social dos acusados o que foi equivocamente adotado, 
entretanto foi corregida pelo STJ, não ocorrendo de forma alguma uma violação ao 
princípio. 
 
 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
5 - CONCLUSÃO 
O princípio non reformatio in pejus é essencial, pois através deste que o acusado 
poderá apresentar defesa ou impetrar habeas corpus, sem correr o risco de ser 
prejudicado com o aumento da pena, não podendo a alteração prejudicar o réu. 
Com isto, existe a vedação da reforma da decisão para pior, conforme previsto 
no art. 617 do CPP, que dispõe: 
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto 
nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a 
pena, quando somente o réu houver apelado da sentença. 
Diante do exposto o juiz não poderá agir de forma ex officio. Portanto, se não 
houver acusação, não poderá haver uma reformulação da pena que prejudique mais 
ainda o acusado. 
Se somente o réu houver recorrido, não havendo qualquer recurso por parte do 
Ministério Público, o Tribunal não poderá agravar a situação da pena do réu. 
A decisão a respeito do habeas corpus 109.541, foi corretíssima visto que não 
houve ferimento ao principio por parte do STJ, entretanto a correta qualificação do 
elemento erroneamente considerada na fixação da pena-base pelas instâncias 
ordinárias. 
 _______________________________________________________________ 
5– APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1- PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO 
 
2 - HC 98.885, rel. min. Marco Aurélio, j. 13-9-2011, 1ª T, DJE de 4-10-2011. 
3 - Prisão preventiva. Excesso de prazo. Não serve ao afastamento do excesso 
de prazo a articulação de encontrar-se o paciente sob custódia do Estado ante 
processo diverso do que deu origem à impetração. Tem-se círculo vicioso impróprio 
à atuação judicante no que se argumenta com fato estranho ao submetido a exame. 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O julgado acima tratou do princípio da razoável duração do processo que é 
consagrado tanto na Constituição e também no Pacto de São José da Costa Rica, no 
qual se baseia em uma garantia da celeridade processual, e, com isto evitando atrasos 
nas resoluções das lides. 
J. J. Gomes Canotilho, a respeito deste princípio, já teve a oportunidade de 
observar que: 
 "... a existência de processos céleres, expeditos e eficazes 
(...) é condição indispensável de uma proteção jurídica 
adequada". 
Os impetrantes informaram que os acusados se encontram presos 
preventivamente desde abril de 2002, por causa da decisão proferida no Processo-
CRIME Nº 101/02, em curso no Juízo da Primeira Vara Judicial da Comarca de 
Itapecerica da Serra/SP. Sendo acusados de homicídio triplamente qualificado, sendo 
a vítima o Prefeito de Santo André Celso Daniel. Não ocorrendo o acolhimento do 
pedido de revogação da prisão preventiva. 
No habeas impetrado no Tribunal a ordem foi indeferida, os impetrantes, alegam 
evidente constrangimento ilegal em decorrência do excesso de prazo de custódia, 
pedem a concessão de liminar para expedir o alvará de soltura. 
Foi concedido a ordem para se tornar definitiva a liminar, afastando a prisão 
preventiva formalizada contra os impetrantes no Processo-Crime nº 101/02, em curso 
na Primeira Vara judicial da Comarca de Itapecerica da Serra-São Paulo. 
 
5- CONCLUSÃO: 
Fica nítido que a demora no processo criminal se revela um enorme problema 
ao acusado, carregando o demérito de culpado enquanto não terminar a persecução 
penal. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A decisão foi acertada visto que concedeu para tornaa definitiva a liminar, 
afastando a prisão preventiva formalizada contra os pacientes no Processo-Crime nº 
101/02, em curso na 1º Vara Judicial da Comarca de Itapecerica da Serra. 
Pois é evidente um afronta ao princípio constitucional o que havia até então 
ocorrido, a demora em si era injustificável, pois José Edilson da Silva e Marcos 
Roberto Bispo dos Santos estavam sob custódia do Estado, sem culpa formada, há 
sete anos, dez meses e vinte e sete dias e Elcyd Oliveira Brito, há sete anos, nove 
meses e vinte e deis dias, com isto os pacientes encontravam-se presos 
preventivamente por pelo menos um sexto do período máximo de pena que seria de 
trinta anos. 
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6 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 -PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
 
2 - HC 148.984 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 9-3-2018, 2ª T, DJE de 
20-3-2018. 
 
3 - Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS . COMPETÊNCIA 
TERRITORIAL. DIVERGÊNCIA QUANTO AO LOCAL DE CONSUMAÇÃO DO 
CRIME MAIS GRAVE. INCIDÊNCIA DA REGRA DO ART. 70, § 3º, DO CPP. 
PREVENÇÃO DE UMA DAS COMARCAS POSSIVELMENTE COMPETENTES. 
VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. NÃO OCORRÊNCIA. INVIBILIDADE 
DE REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO NA VIA DO HABEAS 
CORPUS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
I – O art. 70 do Código de Processo Penal, que considera como local do crime 
aquele em que o delito se consumou, permite o abrandamento da norma, ao enunciar 
que a competência será, de regra, a do local em que a infração se consumar, tendo-
se em conta os fins pretendidos pelo processo penal, em especial a busca da verdade 
real. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
II – No caso, o Tribunal de Justiça de origem decidiu que, à luz do que contido 
nos autos, “o suposto delito foi cometido na divisa de Sergipe e Bahia, ficando incerta 
a competência com base no lugar da infração, razão pela qual se aplicam as regras 
de competência da prevenção, do art. 70, § 3º, do CPP”. 
III – A prorrogação da competência em favor de uma das comarcas 
possivelmente competentes não importa em violação do princípio do juiz natural. 
IV – Para se chegar à conclusão diversa da que chegaram as instâncias 
antecedentes, como pretende a defesa, haveria a necessidade de reexame do 
contexto fático-probatório, o que é inviável na via do habeas corpus. 
V – Agravo regimental a que se nega provimento. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O julgado acima tratou do princípio do Juiz Natural, principio este que possui 
fundamento constitucional no art. 5º, inciso LIII da CF/88, no qual garante que 
determinado processo será julgado por órgão judiciário que seja previamente 
estabelecido e imparcial, esta competência poderá advir em razão do material e 
territorialidade. 
Nesse sentido, Scarance Fernandes expõe: 
 “A proibição de tribunais de exceção não significa 
impedimento à criação de justiça especializada ou de vara 
especializada, pois não há, nestas hipóteses, criação de órgãos 
para julgar, de maneira excepcional, determinadas pessoas ou 
matérias, mas simples atribuição a órgãos inseridos na estrutura 
judiciária fixada na Constituição de competência para o 
julgamento de matérias específicas, com o objetivo de melhor 
atuar a norma substancial. Inclui-se na proibição de tribunais de 
exceção a vedação de foro privilegiado, posto que, neste caso, 
a definição de competência é feita por “razões personalíssimas, 
como raça, religião, riqueza etc.” 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
Versa-se sobre Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado contra 
acordão da Quinta Turma do STJ que negou Agravo Regimental no RHC 72.302/SE, 
de relatoria do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca. 
O paciente foi denunciado, com outra pessoa, no Juízo de Direito da Comarca 
de Poço Verde/SE, por supostamente ter praticado os seguintes crimes: roubo 
majorado, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido em concurso material. 
A defesa ofertou defesa alegando a incompetência do juízo processante, 
entretanto não foi acolhida pelo o juiz de primeiro grau, em seguida opuseram 
embargos de declaração, porém foi julgado intempestivo. Na audiência de 
interrogatório, o requerimento foi reiterado pela defesa, contudo foi mais uma vez 
indeferido. 
A defesa continuou insistindo na tese de incompetência do juízo, com isto 
impetrou Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe – TJSE, que 
denegou a ordem, desta decisão a defesa opôs embargos de declarações, no qual foi 
rejeitado. 
Em seguida, a defesa interpôs RHC no STJ, no qual o ministro Relator negou 
seguimento do recurso. Contra essa decisão interpôs agravo regimental, mas a Quinta 
Turma do STJ negou o provimento ao apelo. 
O agravo regimental foi negado, pois devido o entendimento do STF não houve 
prejuízo ao paciente, pois deve-se ser seguido a regra que consta no art. 70, § 3º do 
CPP, com isto não existe nenhuma violação do juiz natural a respeito da comarca 
competente neste caso, 
 
5 - CONCLUSÃO : 
O princípio do Juiz natural é de suma importância visto que através dele é 
vedado os tribunais de exceções, este princípio é essencial para se manter um 
julgamento imparcial e especializado a respeito do determinado caso. 
O principio do juiz natural pode ser dividido em duas faces: uma primeira 
relacionada ao órgão jurisdicional (proibição dos tribunais de exceção e competência), 
e uma segunda, relacionada à própria pessoa do juiz (imparcialidade). 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A decisão do STF a respeito do agravo regimental foi corretíssima, visto que 
seguiu o principio do juiz natural e não causou qualquer prejuízo as partes. 
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7 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 -PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
2 - HC 92.626, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 25-3-2008, 1ª T, DJE de 2-5-
2008. 
3 - EMENTA: HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. CONCURSO DE 
AGENTES. FIGURA PENAL APENADA COM SANÇÃO AUTÔNAMA. APLICAÇÃO 
ANALÓGICA DA MAJORANTE DO CRIME DE ROUBO. IMPOSSIBILIDADE. 
REINCIDÊNCIA. CAUSA OBRIGATÓRIA DE AUMENTO DE PENA. ORDEM 
DENEGADA. 
I - Não pode o julgador, por analogia, estabelecer sanção sem previsão legal, 
ainda que para 
beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador deveria ter disciplinado a 
situação de outra 
forma. 
II -Em face do que dispõe o § 4º do art. 155 do CP, não se mostra possível 
aplicar a 
majorante do crime de roubo ao furto qualificado. 
III- O aumento da pena em função da reincidência encontra-se expressamente 
prevista no art. 61, I , do CP, não constituindo bis in idem. 
IV – Ordem denegada. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O julgado acima versou sobre o principio da legalidade, que de forma resumida 
este principio visa vedar o legislador de criar leis penais que incidam sobre fatos 
anteriores a sua vigência, podendo tipificar uma conduta como crime ou aplicando 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
pena aos agentes, este principio possui como fundamentação legal o art.1º do Código 
Penal e no art.5º, inc. XXXIX da CF/88. 
Corrobora com Greco, Alexandre Rezende da Silva: 
 
“As garantias que este princípio propicia ao cidadão 
também são uma forma de segurança. Com a atividade estatal 
limitada aos mandames legais e com o aumento crescente, 
absurdo até, da interferência do Estado na sociedade civil, a 
previsibilidade de suas atitudes são da maior importância. Se o 
cidadão não tiver um mínimo desta previsibilidade relativamente 
ao Estado, estará vivendo uma situação absurda, em que um 
gigante pode invadir seu quintal a qualquer momento com a 
força de um elefante e a astúcia de uma raposa, vale dizer, 
viverá uma situação de angústia.” 
A respeito do julgado tratou de habeas corpus, com pedido de limar, impetrado 
por Tatiana Siqueira Lemos, Defensoria Públicada União, em favor de Jorge Alberto 
de Montigny, contra decisão do STJ( RE 956.876/RS). 
A impetrante informa que o paciente foi condenado a dois anos e dez meses de 
reclusão, em regime inicial semi-aberto , pela prática de furto qualificado ( art. 155, 
parag.4º, III e IV, do CP, na forma tentada ( art.14,II, do CP). Ocorreu a alteração a 
reprimenda foi substituída pela prestação de serviços à comunidade e ao pagamento 
de quinze dias-multa no menor valor previsto. 
Ministério Público interpôs recurso de apelação pugnado pelo cumprimento da 
pena em regime fechado, pois o paciente é reincidente, com isto a defesa apelou. 
 O tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou provimento ao recurso 
ministerial e acolheu o da defesa para afastar o aumento relativo à reincidência e a 
qualificadora do emprego de chave falsa, mantendo a do concurso de agentes, neste 
mesmo sentido aplicou a majorante prevista no parágrafo segundo do art. 157 à pena 
cominada ao delito de furto simples, reduzindo a pena corporal. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A impetrante inconformada com a decisão, moveu o recurso especial a fim de 
que fosse o paciente condenado e apenado por furto qualificado e considerada 
também a sua reincidência. 
O Resp foi provido pelo STJ, que determinou ao TJ/RS que realizasse novo 
cálculo da pena. 
A impetrante a concessão de liminar para que seja suspensa a execução da 
pena até o julgamento do presente, no mérito pleiteia a cassação do acórdão do STJ 
para que prevaleça a decisão originalmente prolatada pelo Tribunal de Justiça do Rio 
Grande do Sul. 
Foi deferido o pedido de liminar para evitar eventual execução provisória da 
pena, o Ministério Publicou opinou pela denegação da ordem, a ordem foi denegada 
pelo o STF. 
 
5 - CONCLUSÃO: 
O julgado acima foi correto, visto que o julgador não pode mesmo por analogia 
em benefício do réu, aplicar sanção que não possui previsão legal, com a justificativa 
que o legislador deveria ter versado a respeito da situação de outra forma. 
O princípio da legalidade é de suma importância já que garante que um agente 
não seja punido por uma pena ou tipo penal que não esteja previamente descrito em 
lei, com isto o principio da legalidade garante ao indivíduo que exclusivamente seja 
processado e punido se houver lei penal anterior definindo estipulando a conduta 
como crime, cominando-lhe pena. 
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8 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 -PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA 
 
2 - HC 97.509, rel. min. Ayres Britto, j. 12-5-2009, 1ª T, DJE de 25-9-2009 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
 
3 - EMENTA: HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA DA PENA. ARTIGO 59 DO 
CÓDIGO PENAL. NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO. PENA-BASE FIXADA 
ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO VÁLIDA. ORDEM 
CONCEDIDA. 
1.A dosimetria da pena exige do julgador uma cuidadosa ponderação dos efeitos 
ético-sociais da sanção penal e das garantias constitucionais, especialmente as 
garantias da individualização do castigo e da motivação das decisões judiciais. 
2.No caso, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás redimensionou a pena 
imposta ao paciente, reduzindo-a para um patamar pouco acima do limite mínimo 
(quatro anos e oito meses de reclusão). O que fez em atenção à primariedade e aos 
bons antecedentes do paciente, à falta de restrições, à sua conduta social, bem como 
às consequências do delito. 
3.Os fundamentos lançados pelo juízo processante da causa para justificar a 
fixação da pena em patamar superior ao mínimo legal (culpabilidade, motivos e 
circunstâncias do crime) – afinal mantidos pelo TJGO e pelo STJ -- não atendem à 
garantia constitucional da individualização da pena, descrita no inciso XLVI do art. 5º 
da CF/1988. Fundamentos esses que se amoldam muito mais aos elementos 
constitutivos do tipo incriminador em causa do que propriamente às circunstâncias 
judiciais do art. 59 do CP. Pelo que se trata de matéria imprestável para aumentar a 
pena-base imposta ao acusado. 
4.Ordem concedida. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O principio da individualização da pena que encontra fundamento no art.5º, 
inciso XLVI da CF/88, possui como garantia que a pena de infratores não sejam iguais, 
mesmo que tenham praticado os mesmo atos delituosos, pois independente da prática 
de mesma conduta, cada individuo possui um histórico ou um antecedente diferente, 
portanto cada individuo deverá receber a pena correspondente. 
Sobre o assunto, leciona Luiz Regis Prado apud Favoretto (2012, p. 118): 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
“[…] a individualização judiciária da sanção implica 
significativa margem de discricionariedade, que deverá ser 
balizada pelos critérios consignados no artigo 59 do Código 
Penal e pelos princípios penais de garantia. Trata-se, pois, de 
discricionariedade juridicamente vinculada.” 
O julgado acima trata de habeas corpus, impetrado contra acordão proferido pelo 
STJ, no qual argumentou a tese de nulidade da dosimetria da pena imposta ao 
paciente pelos crimes de responsabilidade, tipificado nos incisos I e II do art.1º do 
Decreto-Lei nº 201/67. Pena, que foi reduzida pelo Tribunal de Justiça do Estado de 
Goiás para 4 anos e 8 meses de reclusão. 
O impetrante alega desrespeito ao inciso IX do art. 93 da CF/88 e ao artigo 59 
do CP, dado que que não houve nenhuma fundamentação válida para justificar a 
fixação de uma pena privativa de liberdade acima do mínimo legal. 
O STF abriu vistas dos autos à Procuradoria-Geral da República, tal órgão 
opinou pela concessão da ordem, a Ordem foi concedida pelo o STF, visto os 
fundamentos lançados pelo Juízo processante da causa para justificar a fixação da 
pena em patamar superior ao mínimo legal não atendem a garantia da 
individualização da pena. 
 
5 - CONCLUSÃO: 
O principio da individualização é uma garantia no qual visa para cada delinquente 
o Juiz deve estabelecer e pena exata e merecida, evitando a aplicação da pena-
padrão, nos termos estabelecidos pela Constituição. 
Diante do exposto a decisão de conceder a ordem foi justa, pois o juiz precisa 
atender os certames do art. 59 do Código Penal, no qual verifica a conduta social do 
agente, a personalidade, os motivos, às circunstancias e consequências do crime e o 
comportamento da vítima e através disto estabelecerá a pena. 
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9 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
 
1 - PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS 
 
2 - HC 102.580, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 22-6-2010, 1ª T, DJE de 20-8-
2010 
3 - EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. DOSIMETRIA DA PENA. DELITO DE 
ESTELIONATO . ART. 171, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. MAJORAÇÃO DA PENA-
BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. ADMISSIBILIDADE. IMPOSSILIDADE DE 
INGRESSAR-SE, NESTA SEDE, NOS CRITÉRIOS EMPREGADOS PARA A 
DOSIMETRIA DA PENA, SALVO FLAGRANTE ILEGALIDADE. PRECEDENTES. 
ORDEM DENEGADA. 
I – O habeas corpus, ressalvadas hipóteses excepcionais, não pode servir para 
a correção da dosimetria da pena imposta pelo Magistrado, mormente se observadas 
as determinações legais pertinentes ao sistema trifásico de cálculo. 
II - O que se impõe ao juiz, por exigência do art. 93, IX, da CF, é o dever de expor 
com clareza os 
motivos que o levaram a condenar ou a absolver o réu. Havendo condenação, 
aplicará a pena na medida em que entenda necessária para a prevenção e a 
repressão do crime, expondo os motivos pelos quais chegou ao quantum aplicado 
definitivamente, o que ocorreu na hipótese. 
 
III- Individualização da pena que, no caso, não desbordou dos lindes da 
razoabilidade e proporcionalidade. 
 
IV- Ordem denegada. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O julgado acima tratou do principio motivação das decisões judiciais, no qual 
trata na regra responsávelpor afirma que toda decisão judicial, será motivada, sob 
pena de nulidade. É uma garantia da sociedade, a fim de aferir em concreto a 
imparcialidade do juiz, bem como a legalidade e justiça das decisões. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
A respeito do principio da motivação das decisões judiciais trata Uadi Lammêgo 
Bulos: 
“Para que uma decisão seja motivada não basta a menção 
pura e simples aos documentos da causa, às testemunhas ou à 
transcrição dos argumentos dos advogados. O requisito 
constitucional só será satisfeito se existir análise concreta de 
todos os elementos e demais provas dos autos, exaurindo-lhes 
a substância e verificando-lhes a forma. Só assim a higidez de 
um decisum se aferirá, compatibilizando-se com a mensagem 
insculpida no preceito em epígrafe.” 
Como visto os motivos que levaram o magistrado a proferir determinado 
julgamento devem ser, claros, coerentes e suficientes, sob pena de nulidade da 
decisão. 
Tratou de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Roberto 
Márcio Pinheiro Maia, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de 
Justiça, que concedeu parcialmente a ordem requerida no HC 127.497/MG, Rel. Min. 
Laurita Vaz. 
Os impetrantes foram condenados por 3 anos de reclusão pelo o crime de 
estelionato, e destacam que apesar de apesar de preencher todos os quesitos do 
art.44 do CP, o juiz sentenciante negou ao réu o direito de substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direito. 
Foi negado a apelação interposta pela defesa pelo TJ-MG, o acórdão da Corte 
de Minas Gerais deu ensejo ao ajuizamento de recurso extraordinário, que não foi 
admitido na origem, com isto a defesa interpôs um agravo de instrumento para o STF. 
O presente Habeas Corpus possui como objetivo a anulação da sentença 
condenatória para que outra seja proferida com estrita observância do método trifásico 
de fixação de pena. 
 
 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
5 - CONCLUSÃO: 
Diante do exposto referente a este Habeas Corpus entendo que não houve 
violação ao principio da motivação das decisões, visto que a pena-base do impetrante 
se encontra devidamente motivada, não havendo qualquer fundamento jurídico para 
se anular a sentença condenatória, sob a alegação de desrespeito ao sistema trifásico 
da aplicação da pena. 
Como visto o principio da motivação das decisões deverá ser devidamente 
fundamentada, para que as partes possam identificar, de forma clara, as razões de 
convencimento do magistrado. 
A respeito da fundamentação, foi alçada a garantia constitucional de processo 
justo, gerando a nulidade à decisão judicial, caso se identifique a ausência de 
fundamentação, pois se reconhece que esse dever é inerente ao Estado 
Constitucional. 
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10 – APS – DIREITO PROCESSUAL PENAL – 6º SEMESTRE 2020.1 
 
1 – PRINCIPIO DAS PROVAS ILÍCITAS (VEDAÇÃO) 
 
2 - HC 125.218, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-5-2016, 2ª T, DJE de 7-6-2016. 
3 - Habeas corpus. Penal. Processo Penal. 2. O Superior Tribunal de Justiça 
concedeu ordem de habeas corpus para considerar ilícita prova obtida pelo Ministério 
Público Federal junto à Receita Federal do Brasil, por se tratar de dados protegidos 
por sigilo fiscal, determinando o desentranhamento dos autos. O desentranhamento 
de provas ilícitas, na forma do art. 157 do CPP, não se traduz em necessidade de 
retorno do processo à etapa inicial. Assim, não seria o caso de desconstituir todos os 
atos processuais praticados desde a incorporação da prova ilícita aos autos. 3. A 
decisão do STJ não se pronunciou acerca de provas ilícitas por derivação. O debate 
acerca da ilicitude dos documentos fiscais e da irradiação de efeitos dessa ilicitude 
para outras provas não era novo, tendo sido levantado pelas defesas. Ainda assim, o 
julgador conferiu prazo para que a questão fosse aprofundada, facultando a 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
manifestação das defesas. Houve espaço para debate acerca da contaminação de 
outras provas. As defesas poderiam ter produzido provas, durante a instrução 
processual, da contaminação. A decisão do Superior Tribunal de Justiça foi 
devidamente observada. Não há ilegalidade no ato atacado. 4. Ordem denegada. 
 
4 - TEXTO DESCRITIVO: 
O julgado acima tratou do principio da vedação das provas ilícitas, principio 
constitucional expresso no art.5º , LVI da CF/88, são inadmissíveis, no processo, as 
provas obtidas por meios ilícitos. Para que a prova venha a ser admitida no processo 
e apta a ser apresentada e considerada pelo juiz como meio de demonstração da 
verdade de um fato controvertido e relevante para o julgamento da lide, a forma de 
obtenção desta prova deve se dar de acordo com o direito e sem infringência às regras 
jurídicas. 
A respeito deste princípio da proibição constitucional da prova ilícita, Julio 
Fabbrini Mirabete leciona que: 
 
“Cortando cerce qualquer discussão a respeito da 
admissibilidade ou não de provas ilícitas em juízo, a Constituição 
Federal de 1988 expressamente dispõe que são inadmissíveis, 
no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Deu o 
legislador razão à corrente doutrinária que sustentava não ser 
possível ao juiz colocar como fundamento da sentença prova 
obtida ilicitamente. A partir da vigência da nova carta magna, 
pode-se afirmar que são totalmente inadmissíveis no processo 
civil e penal, tanto as provas ilegítimas, proibidas pelas normas 
de direito processual, quanto às provas ilícitas, obtidas com 
violação das normas de direito material. Estão assim proibidas 
as provas obtidas com violação de correspondência, de 
transmissão telegráfica e de dados, e com captação não 
autorizada judicialmente das conversas telefônicas (art. 5, XII); 
com violação do domicílio, exceto nas hipóteses de flagrante 
delito, desastre, para prestar socorro ou determinação judicial 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
(art. 5, XI); com violação da intimidade, como as fonográficas, de 
fitas gravadas de contatos em caráter privado e sigiloso (art. 5, 
X); com abuso de poder, como a tortura, p.ex., com a prática de 
outros ilícitos penais, como furto, apropriação indébita, violação 
de sigilo profissional, etc...”. 
O julgado acima trata de habeas corpus impetrado por Bruno Seligman de 
Menezes a favor de José Antônio Fernandes, Ferdinando Francisco Fernandes e 
Fernando Fernandes, contra o ato que julgou improcedente a Reclamação nº 18.001 
da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça. 
Os pacientes foram denunciados pelo Ministério Público Federal, conjuntamente 
com mais 40 pessoas, nos autos da Ação Penal nº 2007.71.2.007872-8/RS, que ficou 
conhecido como operação Rodin, distribuída à 3º Vara Federal da Subseção Judiciária 
de Santa Maria. 
Em 25/03/2014 o STJ, em decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz, foi 
concedido o habeas corpus, nos autos do Habeas Corpus 234.857/RS, impetrado pela 
defesa de Denise Nachtigall Luz, para considerar ilícita prova obtida pelo Ministério 
Público Federal junto à Receita Federal do Brasil, por se tratar de dados fiscais 
protegidos por sigilo, determinando fossem desentranhados dos autos. Os autos 
estavam conclusos para a sentença, entretanto a defesa postulou prazo para tratar a 
respeito da contaminação das provas. 
Sustentou que a prova excluída contaminou outras, na medida em que usada 
como fundamento para as demais medidas investigativas. Acrescentou que a decisão 
não poderia ter relegado à sentença a análise da contaminação de outras provas, na 
medida em que a instrução foi realizada com base nas provas constantes dos autos. 
Pediu provimento judicial que desconstitua a sentença prolatada e determinou que a 
primeira instancia decidisse a respeito das provas contaminadas, para que após este 
ato seja então julgado o mérito. Requereu medida liminar para suspender otrâmite da 
ação penal. A medida liminar foi indeferida. Em parecer da Subprocuradora-Geral da 
República Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, o Ministério Público pugnou pela 
denegação da ordem. 
 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
5 - CONCLUSÃO: 
A decisão proferida pelo o STF foi corretíssima visto que o julgado acima tratou 
da vedação das provas obtidas por meios ilícitos, 
Nessa perspectiva, a constatação de eventuais contaminações causadas por 
provas supostamente ilegais, embora não tenha sido acolhida pelo Juízo de primeira 
instância, está submetida ao Tribunal de segundo grau, órgão possuidor de legítima 
competência para revisar o mérito da lide. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
• DORÓ, Tereza Nascimento Rocha Dóro. Princípios no Processo Penal 
Brasileiro, Campinas – SP: Copola, 1999. 
• LOPES JUNIOR, Aury. Introdução crítica ao processo penal: fundamentos 
da instrumentalidade constitucional. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2006. 
• LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal, volume 1. 
Impetus. Niterói: 2012. 
• MIRABETTE, Júlio Fabrini. Processo Penal. 16ª ed., São Paulo: Atlas, 
2004. 
• CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional. 6ª. ed. Coimbra: 
Almedina, 1993. p. 652,653. 
• FERNANDES, Antonio Scarance. Processo penal constitucional, 3.ª ed. 
ver., atual. E ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. 
• SILVA, Alexandre Rezende da. Princípio da legalidade . Jus Navigandi, 
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<http://jus.com.br/artigos/3816>. Acesso em: 19 ago. 2011. 
• Favoretto, Affonso Celso. Princípios Constitucionais Penais. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2012. 
JOSÉ WELITON PESSOA SETUBAL RA:1780488 
• Constituição Federal anotada, 8.ª ed., São Paulo: Saraiva, 2008, p. 946 – 
grifo nosso. 
• MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo penal, 10º e., São Paulo, 1999 pp. 
260-261.

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