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Universidade Estadual Paulista – UNESP Faculdade de Ciências e Tecnologia Campus de Presidente Prudente Relatório referente a disciplina de Laboratório de Física IV Prática 4: A Refração e suas Leis Docente: Prof Dr Carlos Alberto Tello Saenz Discentes: Fernanda Bertaco da Silva Gabriela de Oliveira Valdinei Liber de Faria Presidente Prudente Abril/2018 SUMÁRIO RESUMO.........................................................................................................03 1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA-TEÓRICA...........................................................04 2. OBJETIVOS ....................................................................................................08 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...............................................................10 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................13 5. CONCLUSÃO .................................................................................................17 ANEXO 1 .........................................................................................................18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................19 3 RESUMO 4 1. INTRODUÇÃO Ao incidir uma onda em dois meios com índices de refração distintos, essa onda sofre uma mudança em sua direção. Essa mudança de direção é denominada refração. A refração altera a velocidade de propagação dessa onda e seu respectivo comprimento de onda, sendo a frequência não alterada. Este índice de refração é uma relação entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz em um determinado meio, sendo essa relação dada pela equação 01: 𝑛 = 𝑐 𝑣 Equação 01 – Índice de refração. Onde c é a velocidade da luz no vácuo, com valor 2,9979 m/s, e v a velocidade da luz no meio. Geralmente, a velocidade da luz nos meios materiais é menor que a velocidade da luz no vácuo, sendo assim, n>1. Portanto, o índice de refração no vácuo é igual a 1 (nV=1) e para um índice de refração em um meio qualquer temos n>1. Ao considerarmos dois meios materiais A e B, para que um feixe de luz que esteja se dirigindo para estes meios seja refratado, é necessário que nA ≠ nB. Quando nA = nB, não há mudança da direção da luz ao mudar de meio e dizemos, então, que há continuidade óptica. Considerando, ainda, estes meios A e B, quando houver refração teremos o raio que apresenta o feixe incidente, denominado raio incidente (i) e o raio que apresenta o feixe refratado, denominado raio refratado (r). Podemos compreender melhor este fenômeno observando a figura 01: 5 Figura 1: Refração. Existem ainda algumas leis da refração, são elas: • A primeira Lei da Refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de incidência, estão contidos num mesmo plano, onde a normal é perpendicular a superfície no ponto de incidência, θA é o ângulo de incidência entre o raio e a normal e θB é o ângulo de refração entre o raio e a normal. • A segunda Lei da Refração diz que os senos dos ângulos de incidência e refração são diretamente proporcionais às velocidades da onda nos respectivos meios. Matematicamente temos a Equação 02: 𝑛𝐴. 𝑠𝑒𝑛𝜃𝐴 = 𝑛𝐵. 𝑠𝑒𝑛𝜃𝐵 Equação 02 – Segunda Lei da Refração. Essa Lei foi descoberta experimentalmente por Snell e deduzida por Descartes, a partir de sua teoria corpuscular da luz. Observamos na Equação 02 que, conforme menor o ângulo, maior o índice de refração. Quando temos ângulos paraxiais, ou seja, ângulos muito pequenos, podemos obter a relação: 𝜃 ≅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≅ 𝑡𝑔𝜃 Podemos compreender melhor essa relação observando a Tabela 01, onde podemos ver essa aproximação de valores em ângulos de até 10º. 6 Tabela 1: Ângulos paraxiais. Ângulo em graus Ângulo em radianos Seno Tangente 0 0 0 0 2 0,035 0,035 0,035 4 0,070 0,070 0,070 6 0,105 0,104 0,105 8 0,140 0,139 0,140 10 0,174 0,174 0,176 7 2. OBJETIVOS 8 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente, posicionou-se o semicírculo de acrílico sobre o plano óptico de maneira do laser incidir perpendicularmente a superfície plana do dioptro. Ligou-se o laser até perceber-se perfeito assentamento, ou seja, quando não ocorria desvios. Com um ângulo de 45°, fixou-se a lanterna, observou-se e registrou-se o ocorrido. Agora com um ângulo de 18° e variando o mesmo sempre de 18 a 18° até 80° (no lugar do ângulo de 90° considerou-se 80°). Verificou-se a relação entre os ângulos de incidência e refração. Com os dados, fez-se uma análise estatística dos dados, para se verificar os erros das medidas. Confirmou-se a relação entre os ângulos (Lei de Snell e Descartes) e, determinou-se o índice de refração do acrílico e a velocidade da luz no mesmo. Posicionou-se o semicírculo de acrílico de maneira do laser incidir normal a superfície curva do mesmo. Girando a lanterna, observou-se o comportamento do feixe no interior do semicírculo. Relatou-se o observado. Girando novamente, verificou-se em que ângulo o feixe se tornava rasante a superfície do dioptro. Calculou-se também com a relação da Lei de Snell e comparou-se os resultados. 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Analisando os raios de luz que atravessam o dioptro plano, contatou-se que a reta normal é perpendicular a superfície do mesmo e, tanto o raio incidente quanto o raio refratado formaram um ângulo de 0° com a reta normal N. Após girar a lanterna, constatou-se que o feixe que passa por dentro do dioptro mudou de direção em relação ao feixe incidente. Notou-se que o raio refratado se aproximou da reta normal. A figura 2 abaixo mostra essa inclinação a um ângulo de 45°. Figura 2: Refração a um ângulo de 45°. Após isso, verificou-se a trajetória do raio refratado em diferentes ângulos e, após isso aferiu-se a relação entre o seno dos ângulos do raio incidente e refratado. Percebeu-se que, quanto maior o ângulo de incidência, maior o de refração (embora o mesmo ainda se aproximando mais da reta normal). Fez-se então uma análise estatística com todos os valores da Tabela 2 abaixo e, calculou-se os desvios relacionados os mesmos. Os cálculos de desvio estão logo abaixo. A tabela 2 abaixo exibe os resultados. 10 Tabela 2: Relação entre os ângulos de incidência e refração. i(°) 𝐬𝐢𝐧 𝒊 r(°) 𝐬𝐢𝐧 𝒓 𝒔𝒆𝒏 𝒊 𝒔𝒆𝒏 𝒓 18 ± 0,5 0,309 ± 8,29x10-3 12 ± 0,5 0,208 ± 8,53x10-3 1,486 ± 0,040 36 ± 0,5 0,589 ± 7,04x10-3 22 ± 0,5 0,375 ± 8,08x10-3 1,571 ± 0,039 54 ± 0,5 0,809 ± 5,099x10-3 31 ± 0,5 0,515 ± 7,46x10-3 1,571 ± 0,025 72 ± 0,5 0,951 ± 2,66x10-3 40 ± 0,5 0,643 ± 6,66x10-3 1,479 ± 0,016 80 ± 0,5 0,985 ± 1,478x10-3 43 ± 0,5 0,682 ± 6,36x10-3 1,444 ± 0,058 Primeiramente calculou-se o desvio da análise de cada ângulo e do seno dos mesmos. Após isso, efetuou-se os cálculos relacionados ao índice de refração (sen i/sen r). Com estes valores pôde-se efetuar os seguintes cálculos: • Desvio padrão do valor médio ponderado 𝜎𝜇′ = √ 1 ∑ ( 1 𝜎𝑖2 )𝑁𝑖=1 = √ 1 7,08𝑥103 = √1,41𝑥10−4 = 0,012 • Valor médio ponderado 𝜇′ = ∑ ( 𝑥𝑖 𝜎𝑖2 )𝑁𝑖=1 ∑ ( 1 𝜎𝑖2 )𝑁𝑖=1 = 10,67 7,08𝑥103 = 1,510 • Valor médio Para se calcular o valor médio, utilizou-se os valores do índice de refração (ralação entre seno de incidência e refração). 11 �̅� = ∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 𝑁 = 1,486 + 1,571 + 1,571 + 1,479 + 1,444 5 = 7,551 5 = 1,51 • Desvio padrão • Para se calcular o desvio padrão, utilizou-se da média de todos os valores de índice de refração �̅�, calculados anteriormente:𝑆 = √ ∑ (𝑥𝑖 − �̅�)2 𝑁 𝑖=1 𝑁 − 1 = 0,013 4 = 5,496𝑥10−3 Com o resultado de desvio padrão, pode-se obter o resultado do valor médio normal com seu respectivo desvio, pois, o desvio do mesmo é: 𝜎�̅� = 𝑆 √𝑁 = 5,496𝑥10−3 √5 = 2,458−3 Com isso, o valor médio normal é igual a: �̅� = 1,51 ± 2,458−3 Comparando com o valor médio ponderado, nota-se que a diferença é mínima, pois o resultado do mesmo é: 𝜇′ = 1,510 ± 0,012 Prosseguindo os demais procedimentos, notou-se que, ao se incidir o laser da lanterna pela superfície curva do dioptro, sem ter inclinação do feixe, percebeu-se que não houve refração. Isso ocorreu pelo fato de que o laser estava normal a superfície. A figura 3 abaixo mostra o ocorrido. 12 Figura 3: Feixe normal a superfície Agora, variando a inclinação do laser em relação a normal, verificou-se que num ângulo próximo a 45°, o raio refratado se torna rasante a superfície. Isso ocorreu pois, para o acrílico, o ângulo de 42° é o ângulo crítico e ocorre a reflexão total do feixe de luz. Isso pode ser demonstrado pela Lei de refração de Snell: 𝑛1 sin 𝑖 = 𝑛2 sin 𝑟 Sendo r = 90°, e com isso, sen 90° = 1 e, i = ângulo crítico do acrílico, então: 𝑖 = sin−1 𝑛2 𝑛1 = sin−1 1 1,49 = 42° Como pôde-se ter erro na verificação do ângulo de refração, pois muitas vezes o feixe tinha uma espessura grande, cobrindo uma área entre os ângulos muito ampla, o resultado não apresenta muita exatidão. 13 5. CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HALLIDAY, David; RESNICK, Robert Fundamentos de Física: Óptica e Física Moderna. Volume 4. 10 edição. Rio de Janeiro, editora LTC, 2016. YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger. Óptica e Física Moderna. Volume 4. 12ª edição, São Paulo, 2009.
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