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DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS

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DIVERSIDADE DOS SERES 
VIVOS
OQUE SÃO SERES VIVOS?
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS
NOÇÕES DE SISTEMÁTICA E TAXONOMIA
REINOS DOS SERES VIVOS E PROPOSTAS DE DOMÍNIOS
Biologia
Prof. Állan Tavares
Por que estudar os seres vivos?
▪ Entender os processos que nos mantém vivos;
▪ Compreender nossa relação com a natureza;
▪ Perceber a importância da diversidade para a manutenção do bem-estar;
Estudar vírus e bactérias 
para buscar tratamentos 
e vacinas de muitas 
doenças humanas
Leveduras, fungos 
unicelulares utilizados 
em fermentação de pães 
e bebidas
Leguminosas e cereais 
(feijão, ervilha, arroz, 
trigo, soja) – possuem um 
grande valor nutricional e 
econômico
Abelhas, importantes 
polinizadores e 
utilizados na apicultura 
(produção de mel, ceras, 
própolis...)
O que são seres vivos?
▪ Seres vivos eram definidos a partir da Teoria Celular, proposta por 
Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann, séc. XIX.
▪ Essa teoria é defasada, pois não inclui os vírus – seres que não 
possuem estruturas celulares e se manifestam no interior de uma 
célula hospedeira (parasitas intracelulares).
▪ É necessário uma definição moderna de ser vivo, para englobar toda 
a diversidade, através de uma característica em comum – os ácidos 
nucleicos ➔DNA e RNA 
TODO SER VIVO É FORMADO POR CÉLULAS Seres unicelulares
Seres multicelulares
SERES VIVOS SÃO AQUELES QUE POSSUEM ÁCIDO 
NUCLEICO.
Classificação dos Seres Vivos
▪ Primeiro sistema de classificação foi proposta por Aristóteles (Séc. IV a.C) - ordenou 
os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho;
▪ Mas foi Linneu (séc. XVIII) que criou o sistema de classificação, utilizado até hoje;
▪ A taxonomia é o ramo da ciência que trata de nomear e classificar os seres vivos;
▪ A sistemática é o ramo da ciência que trata de classificar os seres vivos de acordo com 
seu parentesco evolutivo – ancestralidade comum;
▪ A sistemática utiliza a taxonomia para nomear os seres vivos de acordo com a sua 
classificação.
Classificação dos Seres Vivos
▪ Primeiro, começaremos a entender o sistema de classificação
de Linneu. Ele definiu como critério de classificação as 
características estruturais e anatômicas.
▪ Assim, os animais eram agrupados apenas de acordo com as 
semelhanças corporais e as plantas segundo a estrutura das 
suas flores e frutos.
▪ Lineu desenvolveu também um método para nomear as 
espécies, a nomenclatura binomial publicada no seu 
livro Systema Naturae, que é aceita até hoje.
Classificação dos Seres Vivos
▪ Antes de classificar uma espécie, é necessário definir qual conceito de espécie a se 
seguir. Existe inúmeros conceitos, como o conceito ecológico, o conceito biológico, 
o conceito filogenético, entre outros.
▪ O nome da uma espécie tem que ser binominal, composta pelo gênero (primeiro 
nome) e pelo epíteto específico (segundo nome). Exemplo:
Felis catus ESPÉCIE
GÊNERO
EPÍTETO 
ESPECÍFICO
▪ O nome da espécie é escrita em latim ou latinizado;
▪ O nome é grafado em itálico (quando digitado) ou sublinhado (quando escrito a mão);
▪ O objetivo desse sistema é que o nome da espécie seja universal, devido a ambiguidade de 
nomes comuns. Exemplo: 
Classificação dos Seres Vivos
Sucuri
Nome comum para um 
conjunto de serpentes do 
gênero Eunectes
Eunectes murinus Eunectes deschauenseei
Eunectes noteus
Eunectes
beniensis
Classificação dos Seres Vivos
▪ Note, o nome do gênero é sempre com a inicial maiúscula e o epíteto específico 
com a inicial minúscula. Exemplo:
Musa paradisíaca➔ espécie de um tipo de banana
▪ O nome da espécie também pode vir com o nome do 
autor que identificou a espécie e o ano em que foi 
publicado. Exemplo:
Euterpe oleracea Martius, 1824.➔ açaizeiro
Classificação dos Seres Vivos
▪ Existe exceções aos nomes binomiais. É o caso de subgênero
e subespécie.
▪ Quando existe subgênero, o nome que o designa deve ser
escrito depois do nome do gênero, entre parênteses e com
inicial maiúscula. Exemplo: Anopheles (Nyssorhinchus)
darlingi (mosquito-prego, transmissor da malária).
▪ Quando existe subespécie, o nome que a designa deve ser
escrito depois do nome da espécie, sempre com inicial
minúscula. Exemplo: Rhea americana alba (ema branca).
Classificação dos Seres Vivos
▪ É importante ressaltar que a unidade para a
classificação biológica é a espécie. As espécies
compartilham diversas características exclusivas
como resultado de processos evolutivos, que
podem ser anatômicas, fisiológicas,
comportamentais ou moleculares.
▪ Espécies próximas evolutivamente são agrupados
em gêneros, gêneros em família, famílias em
ordem, ordens em classes, classes em filos ou
divisão, e filos em reino.
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
▪ Existe, também, as categorias intermediárias, criadas para agrupar as categorias a
partir de uma característica em comum, fruto de processos evolutivos. Com a utilização 
da sistemática como ferramenta, uma maior número de caracteres foram atribuídos 
para se classificar os seres vivos.
▪ As subcategorias são precedidas, na maioria das vezes, pelos prefixos super-, sub-,
infra-, entre outros, havendo outras subcategorias, todos regidos pelos códigos 
internacionais de nomenclatura de cada grupo de ser vivo. Exemplo:
Classificação dos Seres Vivos
▪ Reino: Animalia
▪ Subreino: Eumetazoa
▪ Filo: Chordata
▪ Subfilo: Vertebrata
▪ Classe: Mammalia
▪ Subclasse: Theria
▪ Infraclasse: Eutheria
▪ Ordem: Primates
▪ Subordem: Haplorrhini
▪ Infraordem: Simiiformes
▪ Superfamília: Hominoidea
▪ Família: Hominidae
▪ Subfamília: Homininae
▪ Gênero: Homo
▪ Espécie: Homo sapiens
Classificação dos Seres Vivos
▪ Alguns pontos a se destacar sobre a taxonomia: não pode haver sinônimos, ou seja, um 
mesmo ser vivo não pode ter dois nomes de espécies; não pode haver homônimos, ou seja, 
utilizar um mesmo nome para dois seres vivos diferentes; tem que se respeitar a ordem de 
publicação, ou seja, prevalece o nome da espécie de quem publicou primeiro.
▪ Cada conjunto de seres vivos possuem seu código de nomenclatura, mas sempre tendo 
como base o sistema de classificação de Linneu. 
✓Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias
✓Código Internacional de Nomenclatura Botânicia (trata da nomenclatura de plantas, algas e 
fungos)
✓Código Internacional de nomenclatura de Plantas Cultivadas
✓Código Internacionalde Nomenclatura Zoológica
▪ Os vírus não seguem o sistema de Linneu, tendo sua classificação própria.
Os reinos dos seres vivos
▪ Desde Linneu, várias propostas de classificação dos seres vivos em reinos foram 
debatidos.
▪ Os seres vivos foram divididos por Linneu em dois reinos:
▪ Animalia➔ “animais”, com movimentos próprios
▪ Plantae➔ “plantas”, com movimentos designados por fototropismos (luz do Sol)
▪ Com a descoberta de seres unicelulares, outras divisões foram propostas: 
Protistas (células com movimento) e Algae (células fotossintetizantes).
Os reinos dos seres vivos
▪ Linneu ainda classificava os fungos dentro do reino 
Plantae. Entretanto, a sua fisiologia muito difere das
plantas, haja em vista que os fungos não realizam 
fotossíntese, mas são saprófitas, ou seja, absorve 
nutrientes de matéria orgânica em decomposição. 
Logo, foram classificados num reino próprio, o reino 
Fungi.
▪ Levando em consideração a organização celular
simples das bactérias, seres procariontes, esses foram 
classificados no reino Monera, saindo de Protista.
Os reinos dos seres vivos
▪ Um dos pesquisadores mais conhecidos e citados, Robert Wittaker, classificou os 
seres vivos em cinco reinos:
▪ Monera: seres unicelulares procariontes (bactérias)
▪ Protistas: seres unicelulares eucariontes (protozoários)
▪ Fungi: fungos e leveduras (fungos unicelulares)
▪ Animalia: animais
▪ Plantae: plantas e algas.
Os reinos dos seres vivos
▪ As biólogas Lynn Margulis e Karlene Schwartz, na última edição do seu livro “Os Cinco 
Reinos”, já classificou as algas uni e pluricelulares em um reino junto dos protozoários,o reino Protoctista.
▪ O reino Monera passou a ser chamado de Bacteria, abrigando dois sub-reinos: 
▪ Acheae: arqueobactérias, bactérias autótrofas por quimiossíntese e algumas bactérias gram-
positivas;
▪ Eubactéria: demais bactérias, de síntese variada, incluindo as cianobactérias (“algas azuis”).
▪ Nesta classificação, os reinos são divididos em dois superreinos:
▪ Prokarya (Prokaryotae): células procariontes anucleadas, ou seja, o material genético é disposto 
numa região do citoplasma ➔ reino Bacteria
▪ Eukarya (Eukaryotae): células eucariontes nucleadas, o seja, o material genético é delimitado pela 
carioteca, a membrana do núcleo ➔ reinos Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia.
Os reinos dos seres vivos
▪ Em 1990, o microbiologista Carl Woese já classificou os reinos em Domínios, equivalente
em superreinos. Nesta classificação, o reino Archeae foi classificada em domínio próprio,
domínio Archeae, devido a estudos moleculares afirmarem que as arqueobactérias e
bactérias possuírem diferentes ancestrais. Então, a classificação no sistema de 3 domínos
ficou assim:
Para os próximos encontros...
▪ Introdução a zoologia, estudo da diversidade animal;
▪ Organização corporal, folhetos embrionários, simetrias, celoma, etc.;
▪ Classificação e sistemática dos animais.

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