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OPERAÇÕES CONTÁBEIS - Aula 2

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OPERAÇÕES CONTÁBEIS
PARTE 1
DEFINIÇÃO
Apresentação de diferentes formatos jurídicos de sociedades, lançamentos contábeis de constituição e início de funcionamento da empresa, outros lançamentos devidos a eventos econômicos mais complexos. Reconhecimento de operações financeiras prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas.
PROPÓSITO
Apresentar a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades.
PREPARAÇÃO
Antes de começar o estudo, pegue papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e funcionamento da empresa
Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação e amortização
Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas
INTRODUÇÃO
Neste tema, você irá estudar sobre operações contábeis dos principais eventos econômicos praticados pelas empresas.
MÓDULO 1
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e início de funcionamento da empresa
O QUE VAMOS APRENDER?​
Para início de conversa, suponha que você tem um negócio e deseja regularizar a sua empresa. Você Não tem informações suficientes sobre como e por onde iniciar, e começa a se indagar sobre:
A FIRMA: SOCIEDADES E EMPRESAS INDIVIDUAIS
VOCÊ SABE O QUE É UMA SOCIEDADE?​
Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais conjugam esforços ou recursos para um fim comum. Outra definição seria o contrato em que as pessoas se obrigam a contribuir reciprocamente, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha dos resultados entre si.
A lei 10.406/2002 (Código Civil) redefiniu a nomenclatura das sociedades e as exigências de formalização, veja a seguir:
Veja o resumo dos tipos de Sociedades, extraído de Cotrim (2015):​
QUADRO RESUMO DAS SOCIEDADES
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PRIMÁRIOS​
CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA​
Do ponto de vista contábil, a constituição de uma empresa é feita em duas etapas: ​
Vejamos o seguinte exemplo: 
Bento e Laura decidem formar uma sociedade. A Cia. XYZ será constituída em 02.01.X1 com um aporte de capital no valor de R$ 100.000,00. Veja os lançamentos contábeis que traduzem o evento econômico:
AQUISIÇÃO DE ATIVOS
Após sua constituição, a empresa se prepara para entrar em operação. Para isso, precisa adquirir os ativos fixos a serem utilizados na atividade operacional e que produzirão os fluxos de caixa necessários à sua manutenção.
Exemplo:​
Em 03.01.X1, a Cia. XYZ adquire instalações e veículos à vista e mercadorias a prazo para a atividade operacional. Depois, são feitos os lançamentos individualizados por evento.
Veja os lançamentos nas tabelas abaixo:​
DESPESAS DE PESSOAL​
A Cia. XYZ já possui os ativos fixos necessários para iniciar as operações.
O quadro de pessoal foi contratado no dia 02.01.X1, mas esse evento não é um fato administrativo ou contábil, pois não gerou qualquer efeito no patrimônio. ​No fim do primeiro mês de funcionamento, será feito o registro do reconhecimento das despesas de pessoal, salários e encargos. A legislação estabelece que os salários devidos e os respectivos encargos sejam pagos no mês seguinte. Contudo, o regime de competência, pressuposto fundamental da contabilidade, exige o reconhecimento das despesas (e receitas) no mês a que competem, e não no mês do efetivo pagamento. Dessa forma, os salários de 01.X1, embora pagos em 02.X1, são reconhecidos em 01.X1.
Exemplo:​
A folha de pagamentos mensal da Cia. XYZ é de R$ 8.000,00. A despesa de salários deve ser reconhecida no mês de competência, tendo como contrapartida uma provisão, um passivo, o qual será baixado quando houver o efetivo pagamento. O mesmo se aplica aos encargos sociais devidos pela empresa, no valor de R$ 3.000,00.
Observe os seguintes lançamentos:
O mesmo raciocínio serve para os demais eventos referentes a relações trabalhistas, como férias, décimo terceiro salário, participações nos lucros etc.
MÓDULO 2
Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação e amortização
O QUE VAMOS APRENDER?​
Neste módulo conhecerá o tratamento contábil aplicável a: ​
a) Ativos imobilizados; ​
b) Depreciação de ativos imobilizados;​
c) Ativos intangíveis;​
d) Amortização de ativos intangíveis.
ATIVO IMOBILIZADO​
Vamos entender agora o que é ativo imobilizado!​
Alguns exemplos de bens do ativo imobilizado são:
O ativo imobilizado deve ser mensurado pelo seu custo, que inclui (CPC 27, p. 15 e p. 16):
O preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, após dedução de descontos comerciais e abatimentos; ​Qualquer custo necessário para colocar o ativo no local e na condição ideais de funcionamento como pretendido pela administração. A estimativa inicial dos custos de desmontagem, de remoção do item e de restauração do local (sítio) onde ele estava. Tais custos representam uma obrigação da empresa quando o item é adquirido ou quando ele é usado por determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque.
Após o reconhecimento inicial, um ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos a eventual depreciação acumulada e a perda acumulada (CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos).​
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS IMOBILIZADOS​
Veremos a seguir alguns conceitos:​
VOCÊ SABE O QUE É DEPRECIAÇÃO?​
É a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil.
E AGORA? O QUE SERIA VALOR DEPRECIÁVEL?​
É o custo de um ativo menos o seu valor residual, que corresponde ao valor estimado para a venda do ativo após a dedução das despesas de venda no fim de sua vida útil.
FALTA-NOS SABER, O QUE É VIDA ÚTIL? ​
Corresponde ao período de uso do ativo estimado pela entidade; ou número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. ​
A depreciação ocorre porque os benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo são consumidos pela entidade, principalmente pelo uso. Muitas vezes, tais benefícios são reduzidos por outros fatores, como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal, mesmo quando o ativo permanece ocioso. Em consequência, os seguintes fatores são considerados para determinar a vida útil de um ativo:
O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo da empresa acerca dos benefícios econômicos futuros. Vários métodos de depreciação são utilizados para apropriação sistemática do valor depreciável de um ativo durante a vida útil deste. Entre outros, temos o método da linha reta (CPC 26, p. 60 e p.62).
Exemplo:
​Em 02.01.X1, a Cia. ABC adquiriu e colocou em uso um ativo imobilizado com vida útil prevista de cinco anos. O custo foi de R$ 10.500,00, e o valor residual foi estimado em R$ 500,00.
Veja como calcular as quotas de depreciação anuais pelo método da linha reta e realizar os lançamentos contábeis:​
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:
DEPRECIAÇÃO ACELERADA​
Vejamos agora, como saber o valor da depreciação acelerada:
O valor da despesa de depreciação é maior no início da vida útil e menor no último período. Pode-se aplicar o método da soma dos dígitos dos anos, cujo fator de depreciação de um bem é representado pela razão entre o número de anos restantes de vida útil e a soma do número de anos restantes ano a ano. No caso de um bem com vida útil de 10 anos, no ano 1 restam-lhe 10 anos de vida útil; no ano 2, 8 anos, e assim por diante. Esse é o numerador da fração. Já o denominador é fixo e corresponde à soma do número de anos que restam.
Os fatores de depreciação seriam os seguintes: ​
Exemplo:​
Usando os dados do exemplo anterior, recalcule as cotas anuais de depreciação considerando uma depreciação acelerada.
Exemplo: ​
Considerando que a máquina dos exercíciosanteriores pode produzir 10 mil unidades durante a vida útil, vamos determinar as quotas de depreciação anuais pelo método das unidades produzidas. Neste método o fator de depreciação é a razão entre as unidades produzidas e a capacidade total de produção, quando a unidade estará exaurida e deverá ser descartada.
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS​
Conforme o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, deve-se realizar o teste de recuperabilidade de ativos para assegurar que o valor do registro contábil não exceda os valores recuperáveis.​O valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso, que é aquele presente dos fluxos de caixa futuros esperados para o ativo.​Quando o valor contábil de um ativo excede seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer uma perda por redução ao valor recuperável.
Exemplo:​
Uma indústria possui uma máquina registrada contabilmente por R$ 200.000,00 e depreciação acumulada de R$ 80.000,00. Ela pode ser revendida no mercado por R$ 120.000,00, arcando-se com custos de transação de R$ 20.000,00 para vendê-la. Em uso, a máquina produz bens geradores de uma receita líquida total de R$ 80.000,00 nos próximos dez anos.
Considerando o exposto, vamos determinar:​
· O valor recuperável do ativo;
· O valor da perda por redução ao valor recuperável e sua contabilização, se houver;
· O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor justo líquido de despesa de venda e o valor em uso.​
Como o valor recuperável é inferior ao valor contábil líquido, a perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 20.000,00, deve ser registrada assim:
ATIVOS INTANGÍVEIS​
Chegou a hora de descobrimos o que são Ativos intangíveis, confira:​
Ativo intangível é um ativo identificável, sem substância física, controlado pela entidade e capaz de gerar benefícios econômicos futuros.
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando (CPC 04_R1, p.12):
A entidade controla um ativo quando pode obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso e restringir o acesso de terceiros a esses benefícios (CPC 04_R1, p.13).
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, a redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade (CPC 04_R1, p.17).​Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo seu valor de custo, que geralmente contempla o preço de compra e os impostos não recuperáveis.
Ativo intangível gerado internamente​
​Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo da seguinte forma:
Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser reconhecidos como ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu todas as exigências definidas no CPC 04(R1) p. 57.​Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).
AMORTIZAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS​
Assim como a depreciação dos ativos imobilizados, os ativos intangíveis devem ser amortizados pelo prazo de sua vida útil
Você então se pergunta: O que é Amortização?​
A amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de um ativo intangível durante sua vida útil.
Exemplo:​
Em 02.01.X1, a Cia. XYZ adquiriu uma patente por R$ 20.000,00. O valor residual estimado é zero, e a vida útil é de 4 anos. Determine as quotas de amortização pelo método da linha reta.
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:
Valor contábil do ativo intangível em 31.12.X4:
MÓDULO 3
Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas
O QUE VAMOS APRENDER?​
Aqui você aprenderá sobre: ​
a) operações financeiras prefixadas e pós-fixadas; ​
b) o tratamento contábil aplicável a rendas e encargos a apropriar;
c) o tratamento contábil aplicável a duplicatas descontadas.
OPERAÇÕES FINANCEIRAS​
As operações financeiras estão relacionadas ao fluxo de recursos entre os agentes econômicos. A intermediação financeira é quando os recursos financeiros são transferidos entre os agentes econômicos. O sistema financeiro, em geral, e os bancos, em particular, são os intermediários financeiros clássicos e canalizam os recursos dos agentes superavitários aos agentes deficitários da economia. As operações financeiras são os veículos utilizados pelo sistema financeiro para operacionalizar a intermediação financeira.
Na ponta passiva do sistema financeiro, os recursos são captados junto aos agentes superavitários, dando origem às aplicações financeiras nestes últimos. São exemplos de aplicações financeiras:
Essas aplicações possuem características específicas de maturidade, liquidez e risco. Na ponta ativa do sistema financeiro, os recursos são aplicados junto aos agentes deficitários, em geral, na forma de operações de crédito. Nos agentes deficitários, as operações de crédito dão origem a passivos financeiros, como empréstimos e financiamentos. As operações financeiras, ativas ou passivas, são remuneradas por juros, cuja incidência pode ser prefixada* ou pós-fixada*.
*Prefixada - Nas operações prefixadas, os juros são fixados nominalmente no momento da contratação, por exemplo, 10% a.a.; 0,5% a.m. Dessa forma, o credor ou devedor conhece de imediato quanto ela valerá no vencimento.
*Pós-fixada - Nas operações pós-fixadas, o indexador é fixado no momento da contratação, porém os valores que ele assumirá somente serão conhecidos no decorrer do tempo. Dessa forma, o valor final da operação financeira será conhecido apenas no vencimento.
Exemplo
Como exemplo, temos: operações indexadas ao CDI, Selic, dólar etc.
OPERAÇÕES PREFIXADAS​
Operações prefixadas introduzem o conceito de Rendas ou Despesas a Apropriar. São rendas ou encargos embutidos e já conhecidos na contratação da operação financeira. Contabilmente, esses valores são reconhecidos como contas retificadoras de ativo ou passivo.​
Exemplo:​
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo, no valor de R$ 800.000,00. O empréstimo é prefixado e custa 25% a.p. O principal e os juros serão pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo assim como os lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes):
Histórico de lançamentos:
(1) Contratação do empréstimo – 06.10.X1
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1​
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​
Em 31.10.X1:
As despesas a apropriar de R$ 200,00 devem ser alocadas nos meses de outubro e novembro, segundo o regime de competência, de maneira proporcional aos dias corridos em cada mês.
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$ 800,00 e corresponde ao valor no vencimento de R$ 1.000,00 (lembre-se: é um prefixado), deduzido das despesas a apropriar de R$ 200,00.
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40, que representa o saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60.
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00, pois a data de vencimento chegou e o saldo de despesas a apropriar foi totalmente apropriado.
Observe agora os mesmos eventos do ponto de vista do Banco:​
Lançamentos:
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$800,00 e corresponde ao valor de R$ 1.000,00 no vencimento (lembre-se: é um prefixado), deduzido das rendas a apropriar de R$ 200,00. O valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do cliente.
​​Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40. Esse é o saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar deR$ 114,60.
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00 pois a data de vencimento chegou e o saldo de rendas a apropriar foi totalmente apropriado.
O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito.​
Para finalizar, observe os razonetes.
OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS​
Vejamos agora um exemplo de operações pós-fixadas:​
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo no valor de R$1.000.000,00. O empréstimo é pós-fixado e custa 100% da variação do CDI. O principal e os juros serão pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo, assim como os lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes):
Histórico de lançamentos:
(1) Contratação do empréstimo – 10.10.X1
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​
Em 31.10.X1:
As despesas de juros são calculadas pela aplicação da taxa de juros diretamente sobre o saldo do empréstimo. Como não se conhece o valor final de antemão, não se utilizam despesas a apropriar.
Para finalizar, observe os razonetes.
Veja os mesmos eventos do ponto de vista do Banco.​
Lançamentos:
O saldo do empréstimo na data da contratação é R$ 1.000,00, e o valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do cliente.
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.020,00, tendo em vista a correção pela variação do CDI.
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.040,40, tendo em vista a correção pela variação do CDI.
O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito.​
Para finalizar, observe os razonetes.
DUPLICATAS DESCONTADAS​
Outra maneira de obter recursos financeiros é por desconto de duplicatas. Operacionalmente, a entidade transfere a propriedade das duplicatas ao banco e recebe deste o valor de face das duplicatas líquido dos juros. O banco, por sua vez, receberá o valor total da duplicata diretamente do cliente da empresa. Caso a duplicata não seja paga no vencimento, ou seja, caso o banco não receba, a empresa deverá reembolsá-lo, recomprando a duplicata pelo seu valor de face. ​
Exemplo (adaptado de Marion e Iudícibus (2016):​
Em 02.01.X1, a Cia. ABC apresenta uma duplicata no valor de R$ 80.000,00 para desconto no Banco KKK. A duplicata vencerá em 30 dias e será descontada a uma taxa de juros de 4% a.m. Observe os lançamentos a seguir, considerando a liquidação da duplicata.
Cálculo das despesas de juros:
Lançamentos:
A duplicata que a Cia. ABC desconta no Banco está registrada em Duplicatas a Receber no ativo. Por que a duplicata descontada não é baixada? Por que a Cia. ABC é obrigada a recomprá-la do Banco, caso o cliente emitente não a liquide no vencimento? ​
Como a Cia. ABC retém os riscos da duplicata, ela não pode ser baixada, e o registro é feito criando-se uma obrigação (duplicatas descontadas) no mesmo valor da duplicata. Quantos aos encargos a apropriar, seguem a lógica dos exemplos anteriores.
Os encargos são apropriados em concordância com o regime de competência.​
A duplicata descontada é baixada do passivo ao ser liquidada, tendo como contrapartida a duplicata a receber.​
Para finalizar, observe os razonetes.
Exemplo: ​
Duplicatas descontadas no caso de não liquidação na data do vencimento:
A Cia. ABC reteve o risco da duplicata. Como o cliente não a liquidou junto ao Banco, a entidade teve de recomprá-la pelo valor de face, R$ 80.000,00, com perda no valor dos encargos. Observe os razonetes adiante.
,
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos os diferentes formatos jurídicos de sociedades, os lançamentos primários referentes à constituição e funcionamento das empresas e respectivas operações, o tratamento contábil de eventos econômicos mais complexos, tais como depreciação e amortização em ativos imobilizados e intangíveis, e o tratamento contábil referente a operações financeiras prefixadas, pós-fixadas e a duplicatas descontadas.

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