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MATERIAL DE APOIO 
PLANO DE ESTUDO TUTORADO-VOL.2 
Semana 3 
7º ANO - REGULAR 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
 
 
 
 
 Quarto de despejo 
 Carolina Maria de Jesus 
 
Carolina Maria de Jesus nasceu no interior de Minas Gerais e, quando jovem, foi 
para São Paulo buscar melhor condição de vida. 
 
Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada é um livro formado por 20 diários escritos 
entre 15 de julho de 1955 e 1 de janeiro de 1960, e, antes da publicação de seu livro, em 
1960, Carolina era uma anônima moradora da favela de Canindé, onde passou todo 
o período em que a obra foi escrita. 
 
Ela foi descoberta quando o jornalista Audálio Dantas fazia um trabalho nas 
comunidades à beira do rio Tietê e se deparou com esta mulher, que tinha muita história 
para contar e uma literatura rica a oferecer. 
Dantas preferiu não corrigir os erros ortográficos e variações vocabulares, para que os 
leitores experimentassem autenticamente a leitura. 
 
Por se tratar de um conjunto de 20 diários, o livro é composto por demarcações de dias, 
meses e anos, contendo relatos fiéis das dificuldades enfrentadas e sensações 
reais do cotidiano da favela de Canindé, de uma mãe solteira. Nele, Carolina narra como 
consegue sobreviver sendo catadora de lixo e metal em São Paulo e como a falta de 
dinheiro e de outro tipo de trabalho afetam a sua vida. 
 
Em meio a isso, a autora conta como tinha que fazer sacrifícios para seus três filhos, já 
que era mãe solteira e tinha que alimentá-los e cuidar de tudo sozinha, além de ter que 
lidar com o preconceito de não casar de novo. 
 
Embora tenha sido escrito no período de 1955 – 1960, não se tem registro de todos os 
dias, (às vezes passava-se de 3 a 10 dias sem registro) devido à fraqueza e à doença de 
Carolina, adquirida de sua condição social. 
 
Seu livro foi editado e publicado por Audálio Dantas (jornalista que visitou a comunidade 
e se interessou por sua história) e, por muito tempo, lutou-se para que a obra de Carolina 
pudesse ser considerada literatura, pois vários críticos literários consideraram-na apenas 
como um tipo de literatura marginal. 
 
 
 LINGUAGEM ÚNICA 
 
Apesar de admitir ter apenas os dois primeiros anos de educação básica, Carolina 
era apaixonada por literatura e se tornou autodidata: aproveitava o material escolar 
encontrado no lixo para se aprofundar na escrita. 
 
Contudo, escrevia de uma forma que misturava palavras rebuscadas, que aprendera 
lendo, com seu vocábulo rudimentar. Esse toque pessoal garante à narrativa 
uma sensibilidade de percepções extraordinárias. 
 
Dessa forma, sempre prezou que, mesmo em meio à violência da favela, seus filhos 
fossem à escola. Sua mãe gostaria de tê-la visto como professora. 
 
Em sua escrita, Carolina relata que a cor da fome é amarela: 
 
 
“Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, 
tudo normalizou-se aos meus olhos.” 
 
 
Assim, fica claro que apesar de tudo, Carolina ainda tinha habilidade para escrever de 
forma poética e, ao mesmo tempo, com uma veracidade incrível. 
 
Carolina tentava fugir, mas às vezes ela chegava com força em sua família (sendo que, 
para ela, a pior dor era ver seus filhos passando fome). Assim, ela trabalhava muito para 
comprar comida, além de receber alguma doações e buscar restos de alimentos nas 
feiras e, até mesmo, no lixo. 
 
Um trecho muito famoso de Quarto de Despejo nos mostra como a fome é diferente da 
embriaguez (pois Carolina diz que muitos de seus vizinhos se embebedam para 
esquecerem sua condição social, sua miséria e sua fome): 
 
“A tontura do álcool nos impede de cantar. Mas a da fome nos faz tremer. Percebi que é 
horrível ter só ar dentro do estômago”. 
 
 
 O PORQUÊ DO TÍTULO: “QUARTO DE DESPEJO” 
 
Neste resumo de Quarto de Despejo, precisamos também explicar o porquê desse nome. 
 
Carolina tinha constantes reflexões sobre política e sociedade, o que garante à obra 
passagens de grande valor para os leitores. Ela também tecia críticas aos políticos que 
só lembram da favela e dos seus pobres habitantes durante as eleições. 
 
Em sua obra, escreveu: 
 
“… As oito e meia da noite eu ja estava na favela respirando o odor dos excrementos 
que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão 
que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, 
almofadas de sitim. E quando estou na favela tenha a impressão que sou um objeto 
fora do uso, digno de estar num quarto de despejo” 
 
Assim, percebe-se que o título escolhido para a obra é uma frase que resume toda a 
crítica a essa realidade. Mas, para além disso, retrata o sentimento da autora diante da 
vida. 
 
Carolina expõe, também, a invisibilidade social, que ela, seus filhos e seus vizinhos 
viviam. Eram como pessoas invisíveis, ignoradas por aqueles que têm maior condição 
social, pelo Estado e até por quem pedia ajuda, aqueles não sentem na pele a dor da 
violência e da pobreza. 
 
Neste contexto, a autora conta que escreve seus diários (que encontrou quando estava 
catando lixo) como uma forma de escapar um pouco da sua realidade, pois eles 
trazem esperança para ela e a fazem sonhar que algum dia alguém irá ler estes relatos 
e entender o que ela havia passado, tirando-a de seu status de invisível. 
 
 
TIPOS DE DISCURSO 
 
 O que é discurso direto? 
 
De acordo com o dicionário Priberam da Língua Portuguesa: 
 “Discurso direto é o texto, oral ou escrito, da fala de alguém, na íntegra. É 
quando as palavras de outra pessoa ou personagem são reproduzidas e 
separadas das falas do narrador”. 
O narrador usa o discurso direto para deixar a fala do personagem mais espontânea. 
Assim, a expressividade do elenco aumenta e a história se torna mais interessante para 
quem está lendo. 
Esse discurso também é usado para fazer citação direta e indireta, ou seja, parafrasear 
algo que foi dito por uma autoridade sem se responsabilizar pelo que foi dito. Praticamente 
você diz: “foi ele quem disse isso, não eu”. 
 
Características do discurso direto 
• Utilização de “verbos de elocução”, ou seja, aqueles que têm relação com “dizer”, 
como: falar, indagar, perguntar, etc… 
• Sinais de pontuação como: travessão, interrogação, aspas, exclamação, dois pontos. 
 
Exemplo 
O detetive, confiante, disse à dona da casa: 
-Senhora, eu descobri quem roubou seu colar de pérolas. -Ora, então diga logo quem 
foi. 
 
 O que é discurso indireto? 
 
O narrador fala pela personagem em vez de deixá-la falar por si mesma. 
Características do discurso indireto 
Para os exercícios de discurso direto e indireto também temos de nos lembrar de mais 
esses pontos. 
• Uso da terceira pessoa. 
• Os mesmos verbos de elocução do discurso direto são usados, mas sem os sinais de 
pontuação citados anteriormente. Eles são excluídos. 
 
 
Exemplo 
O detetive, confiante de sua decisão, disse à dona da casa que havia descoberto quem 
roubara o seu colar de pérolas. Ela, então, o mandou se apressar e dizer quem havia 
cometido crime. 
 
https://beduka.com/blog/?s=cita%C3%A7%C3%A3o+direta+e+indireta+
 
 FONTES: 
 
QUARTO DE DESPEJO. 
Disponível em: <https://querobolsa.com.br/enem/literatura/quarto-de-despejo>. 
Acesso em: 12 de jul. de 2020. 
 
RESUMO DE QUARTO DE DESPEJO, DE CAROLINA MARIA DE JESUS. ANÁLISE 
E CURIOSIDADES IMPORTANTES. 
Disponível em: <https://beduka.com/blog/materias/literatura/resumo-de-quarto-de- 
despejo/>. Acesso em: 12 de jul. de 2020. 
 
DISCURSO DIRETO E INDIRETO. 
Disponível em : 
https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-discurso-
direto-e-indireto/ 
Acesso em 12 de julho. 2020 
 
https://querobolsa.com.br/enem/literatura/quarto-de-despejo
https://beduka.com/blog/materias/literatura/resumo-de-quarto-de-despejo/https://beduka.com/blog/materias/literatura/resumo-de-quarto-de-despejo/
https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-discurso-direto-e-indireto/
https://beduka.com/blog/exercicios/portugues-exercicios/exercicios-discurso-direto-e-indireto/

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