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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – 1° SEMESTRE
EUNICE DAUTO DE OLIVEIRA MOTA
O Trabalho Docente nas Classes Hospitalares
Rolim de Moura/RO
2019
EUNICE DAUTO DE OLIVEIRA MOTA
O Trabalho Docente nas Classes Hospitalares
Trabalho apresentado ao Curso (Licenciatura em Pedagogia) da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, para a disciplina [ Educação Inclusiva Libras – Língua Brasileira de Sinais, Educação e Tecnologias, Homem, Cultura e Sociedade. Práticas Pedagógicas: Identidade Docente.]
Professores: Juliana Chueire Lyra; Sandra Cristina Malzinoti Vedoato Luana Pagano Peres Molina; Amanda Larissa Zilli; Marcio Gutuzo Saviani; Marcia Bastos de Almeida
Rolim de Moura/Ro
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................5
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................13
4. REFERÊNCIAS...........................................................................................14
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem como objetivo analisar o projeto pedagógico sobre o trabalho docente nas classes hospitalares e de como a intervenção pode auxiliar no desenvolvimento. Essas classes visam à garantia do direito para assegurar a continuidade dos conteúdos escolares a crianças e adolescentes hospitalizados, possibilitando um retorno sem prejuízo à escola de origem após a alta. Nesse sentido, esta reflexão a visão dos educadores e a valorização das diversidades dos alunos. Apresenta uma abordagem histórica introdutória sobre a trajetória do indivíduo com deficiência ou em tratamento hospitalar ao longo desses períodos. Com isso visa-se uma reflexão para compreender a trajetória marcada por preconceitos e lutas do indivíduo com deficiência em favor do direito de cidadania dentro das sociedades e o papel da Educação inclusiva nesse contexto. Os educadores precisam estar conscientes da diversidade que vão enfrentar na sala de aula, por isso devem estar preparados para trabalhar com as diferenças. A classe hospitalar é uma modalidade de ensino que tem como proposta garantir acompanhamento escolar a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em escolas regulares, em razão de tratamento de saúde, que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou domiciliar, independente do tempo de permanência nestes contextos. (Resolução nº 02, CNE/CEB, 2001).
 A educação se faz presente não apenas no âmbito formal da escola, mas em vários espaços que cercam a vida do ser humano, mesmo estando atrelados conscientemente à escola. Precisamos lembrar que a educação, a aprendizagem também pode acontecer em outros contextos, como por exemplo, o hospital. A atuação do Pedagogo é possível em diversas áreas específicas, como na educação infantil, educação nos anos iniciais, educação de jovens e adultos, e no ambiente hospitalar através das classes hospitalares. Assim, discorreremos neste trabalho sobre esta temática, com base em levantamento bibliográfico e discussões ao longo da pesquisa que está sendo realizada esse Estudo, em específico voltada para a atuação dos professores que atuam na classe hospitalar.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1- O Desenvolvimento histórico no Brasil das Classes Hospitalares.
 No Brasil essa pratica educacional iniciou-se em 1950, com a classe hospitalar no Hospital Jesus, localizado no Rio de Janeiro, porém há registros que em 1600, ainda no Brasil Colônia, havia atendimento escolar aos deficientes físicos na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo. Essa modalidade de ensino só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC) através da Politica da Educação Especial, e posteriormente normalizado entre os anos de 2001 e 2002 com os documentos, também do MEC, intitulados de: Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) e Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: orientações e estratégias (BRASIL, 2002). 
 O atendimento educacional criado em 1600 na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, segundo Caiado (2003 p.73), era destinado ao atendimento escolar de deficientes físicos. Foi encontrado nos arquivos deste hospital relatórios anuais do movimento escolar de alunos deficientes físicos (não sensoriais) que datam de 1931. Era Secretario de Educação da Cidade de São Paulo, em 1931, o Professor Lourenço Filho. Em 1932 outra classe especial foi criada, como Escola Mista do Pavilhão Fernandinho, Em 1948 de acordo com Mazzotta (2003 p.39), uma terceira classe foi instalada com a nomeação da Professora Francisca Barbosa Félix de Souza que permaneceu até a sua aposentadoria em 01 de março de 1980. Em 1982 estavam funcionando, no Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, dez classes especiais estaduais. 
A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando a peculiaridade desses alunos, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação geralmente particular a partir de 1500, principalmente tudo isso no conjunto da educação geral na fase de incremento da industrialização do BR, comumente intitulada de substituição de importações, os espaços possíveis deixados pelas modificações capitalistas mundiais (JANNUZZI, 2004 p.34).
 É Direito da Criança e do Adolescente hospitalizado ao receber esse tipo de atendimento pedagógico nos hospitais no período de internação, mas essa oferta ainda é muito restrita, não contemplando a todas as crianças com esse direito. Com isso, o resgate histórico das classes hospitalares visa um maior entendimento sobre as possíveis causas deste fato e a sua importância no contexto educacional e emocional da criança e do adolescente hospitalizado. A Pedagogia Hospitalar vem se expandindo no atendimento à criança hospitalizada, e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a visão humanística. “Há um total de 30 hospitais no Brasil que contam com o atendimento pedagógicoeducacional para as crianças e jovens hospitalizados, sendo que: 02 estão na região Norte; 03 na região Nordeste; 09 na região Centro-Oeste; 10 na região Sudeste e 06 na região Sul.”
 Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino.
De acordo com as diretrizes da LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9.394/96, a educação é considera direito de todos. 
Art. 4º- A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da  educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. 
 Para atuar em Classes Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências culturais, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino/aprendizagem.
Também existe a preocupação com a continuidade da escolarização dessas crianças e de um ambiente acolhedor no período enquanto permanecem internadas: As necessidades educativas não se esgotam com o aspecto lúdico, mas quando se trata de uma hospitalização prolongadaa criança deverá frequentar a escola e ter oportunidade de dar continuidade à sua aprendizagem. A escola deveria ser um local atraente e suficientemente apelativo tanto em material didático como na sua localização dentro do hospital – dever ter um fácil acesso, com luz natural proveniente de janelas amplas onde o “lá fora” fosse aprazível, ajardinado, onde os pássaros povoassem as árvores e a natureza fosse o prolongamento natural das salas de aulas. (OLIVEIRA, 2000, P. 61)
 No entanto, somente na década de 1990, foram criadas legislações especificas para nortear a Classe Hospitalar, como exemplo temos o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA,1990), em especial, o artigo 9º, em que se refere ao direito à educação: “direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde” e a lei dos Direitos das Crianças e Adolescentes Hospitalizados, através da Resolução nº 41 de 13 de outubro de 1995. Essas leis visam proteger a infância e a juventude e são consideradas uma forma de materialização dos seus direitos na sociedade.
2.2- As Classes Hospitalares com as Políticas de Educação Inclusiva.
 A classe hospitalar constitui uma necessidade para o hospital, para as crianças, para a família, para a equipe de profissionais ligados a educação e a saúde. Com isso foi criada para assegurar as crianças e aos adolescentes hospitalizados, para da continuidade dos conteúdos regulares, possibilitando um retorno após a alta sem prejuízos a sua formação escolar. No entanto a inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global. Nessa etapa de apredizagem a acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. 
 A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com base na deficiência, toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. Esse Decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação adotada para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização.
De acordo RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Art. 13. § 1°. As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem da continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de apredizagem de alunos matriculados em escola de educação básica, contribuindo para seu retordo e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver curriculo flexilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados no sistemas educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular.
As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos matriculados em escolas da Educação Básica, contribuindo para seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados no sistema educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular (BRASIL, 2001).
 Desse modo, a Resolução define bases legais para a institucionalização, no âmbito público, das classes hospitalares. Como forma de estruturar e organizar a política de atendimento pedagógico preconizado mas sabemos que um professor sozinho pouco pode fazer diante da complexidade de questões que seus alunos colocam em jogo. Por este motivo, a constituição de uma equipe interdisciplinar, que permita pensar o trabalho educativo desde os diversos campos do conhecimento, é fundamental para compor uma prática inclusiva junto ao professor, pela Resolução CNE/CEB nº 02/2001, o Ministério da Educação (MEC) publica, em 2002, o documento “Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações” com o objetivo de aprofundar conhecimentos e orientações acerca do atendimento educacional em hospitais e domiciliares (BRASIL, 2002). 
 Nesse documento, o MEC define os objetivos do atendimento educacional em ambientes hospitalares e domiciliares: 
Cumpre às classes hospitalares e ao atendimento pedagógico domiciliar elaborar estratégias e orientações para possibilitar o acompanhamento pedagógico educacional do processo de desenvolvimento e construção do conhecimento de crianças, jovens e adultos matriculados ou não nos sistemas de ensino regular, no âmbito da educação básica e que encontram-se impossibilitados de frequentar escola, temporária ou permanentemente e, garantir a manutenção do vínculo com as escolas por meio de um currículo flexibilizado e/ou adaptado, favorecendo seu ingresso, retorno ou adequada integração ao seu grupo escolar correspondente, como parte do direito de atenção integral (BRASIL, 2002, p. 13).
 As classes hospitalares devem proporcionar as crianças e adolescentes um atendimento educacional que permita igualdade de desenvolvimento intelectual e psicológica , sem fugir do propósito do currículo da Educação Básica garantindo os seus direitos e respeitando seu quadro clínico momentaneamente . 
2.3- Aspectos da formação docente que perpassam o exercício e a prática da docência no universo hospitalar.
 Para atuar no exercício Hospitalares, o professor deverá estar habilitado para trabalhar com diversidade humana e diferentes experiências, identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de freqüentar a escola, decidindo e inserindo modificações e adaptações curriculares em um processo flexibilizador de ensino. Para isso é preciso compreensão, criatividade, persistência, força de vontade.
 A Pedagogia Hospitalar se efetiva como um direito dos sujeitos que se encontram hospitalizados e consiste numa pratica educativa inclusiva focada na atencão humanizada e no cuidado essencial aqueles que, acometidos por alguma doença e precisaram se afastar do convivio da familia, da escola, da igreja e das demais instituicões onde possuem uma rotina, para serem busca tratamento por tempo indeterminado.
 E para esse exercício obter sucesso dentro desse universo é preciso deixa claro que crianças e adolescentes, mesmo em ambiente hospitalar, não podem ser cerceados o prazer de brincar e de aprender, em função da reabilitação da saúde, e por ser um direito que deve ser garantido. Na direção desses propósitos, zelar para que a sensibilidade marque as oportunidades de diálogo e aprendizagem, que o sorriso venha a tonar, que a imaginação criadora tenha lugar cativo, que a fantasia dê chance aos que lutam para continuar construindo a própria história, são os desafios a serem defendidos por todos os profissionais que atuam na educação e na saúde. 
Nas classes hospitalares, sempre que possível, devem estar disponibilizados recursos audiovisuais, como computar em rede, televisão, vídeo-cassete, máquina fotográfica, filmadora, videokê, antena parabólica digital e aparelho de som com CD e K7, bem como telefone, com chamada a ramal e linha externa. Tais recursos se fazem essenciais tanto ao planejamento, desenvolvimento e avaliação do trabalho pedagógico, quanto para o contato efetivo da classe hospitalar, seja com a escola de origem do educando, seja com o sistema de ensino responsável por prover e garantir seu acesso escolar [...] (BRASIL, 2002, p.16).
 Esse entendimento traz benefícios às crianças e adolescentes internados relativos à saúde física, mental e social, por permitir ações que possibilitem: 
· Superação às dificuldadesenfrentadas pelas crianças doentes; 
· Ambiente hospitalar armonioso , não como lugar de dor e angústia; 
· Não interromper com o processo de escolaridade; familiares,
· Não isolamento - classes hospitalares e brinquedotecas;
· O reestabelecimento das relações sociais;
De acordo como a Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item,15. O “Direito ao respeito a sua integridade física, psíquica e moral.”
APOIO COM ATIVIDADES PEDAGÓGICAS NO AMBIENTE HOSPITALAR:
· Contação de histórias; 
· Brinquedotecas (composta de brinquedos e jogos interativos);
· Ambientes virtuais de aprendizagem;
· Aulas do conteúdo escolar de acordo com cada série;
· Atividades artísticas como teatro, artesanato, desenho entre outros;
· Murais interativos;
· Acompanhamento das datas comemorativas.
A Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. 
 O educador, como integrante da equipe de saúde, não pode fica como mero espectador diante dos fatos, mas retoma o papel da sociedade com agente de mudanças, trazendo acões pedagógicas integradas, que possibilitem a construção do conhecimento. Para isso é importante que o educador tenha uma formação técnica e humana para adptar essas práticas a sua realidade.
2.4- A importância do vínculo entre o professor e seu aluno nas classes hospitalares, visando um desenvolvimento global do mesmo. De que forma a relação professor- aluno da classe hospitalar pode trazer benefícios à aluna Karina?
 Diálogo entre o pedagogo e a equipe de saúde deve ser constante. Os profissionais de saúde podem ajudar no planejamento das ações do pedagogo, conferindo-lhe informações sobre o estado de saúde das crianças e dos adolescentes, avaliação no sentido de verificar as condições deles frequentarem a brinquedoteca, a classe hospitalar, decidir se as atividades poderão ser desenvolvidas no leito, no caso da impossibilidade dos alunos. 
 O Brincar no hospital passa a ser uma forma de garantir que a criança hospitalizada tenha sua direito concretizado, uma vez que se encontra num espaço diferente do vivido cotidianamente e tem uma parte de sua vida interrompida, como a escolarização, as amizades, o lar, seus brinquedos etc. A atenção a esses paciente é de muito grande a importância do vinculo entre professores e alunos para contribuir, que a criança continue a desenvolver-se plenamente, concluindo as etapas da vida sem nenhum prejuízo. Sedo o mais importante compreender, respeitar é um tipo de tratamento que auxiliá em seu processo de desenvolvimento.
A relação do educar com o cuidar está intimamente associada quando o docente assume uma postura humana para com seus educandos, passando a compreender o cuidado enquanto uma interface da ação do docente e que esse não se dará somente por uma questão essencialista do ser humano, enquanto ser de Cuidado, mas como uma competência do profissional que se dispõe para o ato de educar (FEITOSA, 2009, p. 7).
 Com podemos refletir a situação geradora de aprendizagem, Professor Ricardo notou que a Aluna Karina estava cada vez mais calada, não queria participar das atividades e dormia muito. Aqui vemos a intervenção pedagógica entrando em ação, pois era necessário um plano pedagógico mais afetivo que pudesse resgatar a força da aluna, que a trouxesse para perto novamente, e que Ricardo conseguisse conversar com ela para que fosse mais participativa. Então aos poucos e com atividades Ricardo ia inserindo pequenos e novos conteúdos, Karina ia se abrindo e interagindo novamente.
 Considerando o professor como profissional integrante da equipe multidisciplinar, que muito pode contribuir para o sujeito viver com maior qualidade de vida, investir no potencial intelectivo do aluno e fortalecer sua autoestima, como sujeito cognoscente e capaz, sua atuação pedagógica será fundamental no processo de aprendizagem e cura do escolar hospitalizado. (MACHADO, 2013, p.5).
 São habilidades que o pedagogo precisará desenvolver, pois as crianças hospitalizadas passam por um período de distanciamentos dos entes queridos e dos amigos, da escola, da sua convivência diária, além de estar em um processo de cuidado da sua saúde. Desse modo, o professor que atua em classe hospitalar deve estar por dentro do tratamento clínico da criança e/ou adolescente, unindo-se com a equipe médica, para que assim possibilite ao aluno internado um atendimento educacional significativo. Assim, o atendimento realizado nas classes hospitalares poderá proporcionar ao educando a oportunidade recuperar os laços com o aprender. (BRASIL, 2002, p.18)
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O pedagogo hospitalar é um agente de transformações, que não só visa a acompanhar a educação formal, mas assume um compromisso de ofertar atenção e incentivar o raciocínio e o pensamento saudável durante o processo de desenvolvimento da criança e do adolescente na idade escolar/estudantil. Durante o período de hospitalização de crianças e adolescentes em idade de escolarização, abrangendo todos os atendimentos oferecidos aos pacientes e suas famílias durante o tratamento médico, desde as  equipes multidisciplinares (médicos, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, entre outros profissionais) os atendimentos pedagógicos, que ressaltam a importância de espaços que propiciem o aprendizado nesse ambiente. O pedagogo hospitalar é percebido por ser exige um pouco mais de sensibilidade do profissional, mais cuidados e muita atenção é um agente de transformações, que não só visa a acompanhar a educação. Mais um compromisso de ofertar atenção durante o processo de desenvolvimento.
 O trabalho educacional dentro das classes hospitalares, tem o objetivo de dar continuidade ao ensino regular, possui compreendemos que deve ser um trabalho humanizador em que o profissional da educação deve respeitar os limites, o estado de dor e sofrimento de seu aluno e também proporcionar atividades motivadoras e criativas que façam uma ponte entre este aluno/paciente, a escola, num trabalho articulado entre  os profissionais de saúde, educação e familiares.  reconhecemos que a função do pedagogo hospitalar não se limita no atendimento à criança hospitalizada, por isso sabemos que será necessária a formação contínua do profissional que atuar nesta área.
Referência 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9394, 20 de dezembro de 1996. 
BRASIL. Lei nº 4024/1961, de 20 de dezembro de 1961 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 1961. Disponível em:
<www.mec.gov.br> . Acesso em: dezembro de 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Classe hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar: estratégias e orientações. Brasília: MEC/SEESP, 2002.
BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Resolução CNE/CBE nº 02 de 11 de setembro de 2001. Diário Oficial da União n. 177, Seção 1 de 14/09/01, p.39-40. Brasília: Imprensa Oficial, 2001. 
BRASIL. Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, 2001.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução n° 41 de Outubro de 1995 (DOU 17/19/95). 
CAIADO, Kátia R.M. O trabalho pedagógico no ambiente hospitalar: um espaço em construção. In: RIBEIRO, Maria Luisa Sprovieri; BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho (Orgs). Educação Especial: do querer ao fazer. São Paulo Ed.. Avercamp, 2003. p. 71-78.
 ___ Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 2001. 
FEITOSA, Débora A. Apresentação.In: SARMENTO, Dirléia. NÖRNBERG, Maria; FOSSATTI, Paulo. Formação de professores e cuidado em educação. Canoas: Salles, 2009.
Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001
JANUZZI, Gilberta de Martinho. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas. Autores Associados, 2004. Coleção Educação Contemporânea. 
MAZZOTTA, Marcos J.S. Educação Especial no Brasil: Historia e Políticas Publicas. São Paulo Cortez, 2003. 
MACHADO, Jucilene; CAMPOS, Jurema. Relação Professor – Aluno: Um diferencial na Classe Hospitalar. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2013. Curitiba. Disponível em: 
<http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2013/10499_7066.pdf Acesso em:14/12/2018. 
MEC/SECADI. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília - 7 de janeiro de 2008
OLIVEIRA, M. E. Princípio 7. In: Santos, L. Jorge. A Carta da Criança Hospitalizada: Comentários. Lisboa: Instituto de Apoio à Criança. Caderno 1 Novembro, 2000, p. 61-63
OLIVEIRA, Tyara C. de. Um Breve Histórico sobre as Classes Hospitalares no Brasil e no Mundo. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2013. Curitiba. Disponível em:
< http://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/9052_5537.pdf Acesso em: 14/12/2018. 
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SANDRONI, Giuseppina Antonia. Classe hospitalar: um recurso a mais para a inclusão educacional de crianças e jovens. Cadernos da pedagogia, a.2, v.2, n.3, p.1 -12, jan./jun,2008. Disponível em:
<http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viwFile/50/43>.Acesso em: 30 out. 2017.

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