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SDE4414 - METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTSAL aula 4

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Disciplina: Metodologia do ensino do futebol e futsal
Aula 4: Métodos de ensino
Apresentação
Nesta aula, conheceremos os diferentes métodos de ensino que podem ser aplicados no
aprendizado da técnica individual, além de suas vantagens e desvantagens.
Primeiro, definiremos o conceito de método: caminho a ser seguido para atingir determinado fim
(objetivo). Depois, veremos que o método ideal motiva e estimula o aluno a aprender, facilitando
o processo de aprendizagem.
Objetivos
Reconhecer os diferentes eixos de aprendizagem do futebol e do futsal;
Identificar as propostas metodológicas para o processo de ensino e aprendizagem dessas
modalidades esportivas.
Métodos de treinamento da técnica e
aprendizagem do jogo
Os métodos escolhidos devem variar de acordo com os objetivos almejados. Seja qual for
objetivo, é preciso escolher o método correto.
Dentro do processo ensino aprendizagem, somente procedimentos de ensino adequados à
capacidade e à realidade do aluno o estimularão e proporcionarão prazer, alegria e
motivação.
Atualmente, dois princípios ou eixos norteiam a metodologia do ensino dos jogos
esportivos, incluindo o futebol e o futsal.
São eles:
Analítico-sintético
O processo de ensino e aprendizagem é realizado em etapas, e é baseado no ensino
técnico e na repetição de movimentos. A ênfase principal da aula está na execução
perfeita de técnicas preestabelecidas.
Para Greco (2001, p. 49):
“[...] o aluno conhece, em primeiro lugar, os componentes técnicos do jogo [por
meio] da repetição de exercícios de cada fundamento técnico”.
O eixo é conhecido como série de exercícios, que são regidos por princípios
metodológicos, tais como:
Do conhecido ao desconhecido – das partes ao todo;
Do mais fácil ao mais difícil – diminuição gradativa da ajuda;
Do simples ao complexo;
Do mais lento para o mais rápido etc.
À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, consegue praticar uma
nova sequência.
Neste princípio, corre-se o risco de usar o mesmo tipo de aula ou de treino para
alunos e atletas com perfis diferentes, o que pode causar danos para sua formação.
Muitas vezes, os alunos tornam-se exímios executores de exercícios, mas possuem
pouca familiarização com reais situações de jogo.
Global-funcional
A ideia principal é a formação de alunos capazes de resolver problemas dentro de
situações reais de jogo.
A metodologia acontece de forma progressiva por meio de atividades lúdicas, jogos
pré-desportivos e reduzidos.
Isso permite que o aluno aprenda a técnica da modalidade juntamente com conceitos
táticos, necessários para o desenvolvimento da capacidade de resolução de
problemas durante jogo.
De acordo com Greco (2001), este princípio se caracteriza pela intenção de adequar
toda complexidade do jogo esportivo por meio da apresentação de uma sequência de
jogos recreativos acessíveis à faixa etária e à capacidade técnica do aluno iniciante.
Para o autor, essa metodologia se tem mostrado mais consistente quando comparada
à analítica, pois atende ao desejo de jogar dos alunos. Consequentemente, estes
ganham em motivação, e o processo de ensino e aprendizagem fica mais fácil.
Partindo desses princípios, o professor pode optar pelas seguintes concepções
metodológicas de ensino dos jogos esportivos:
Método parcial
Método global
Método da confrontação
Método recreativo
Vamos entendê-las melhor?
 
Método parcial
Este método segue princípios do eixo analítico-sintético e utiliza a repetição de séries de
exercícios para o domínio das técnicas, consideradas elementos básicos para a prática do
jogo.
1
file:///C:/DISCIPLINAS%20V%C3%8D/2018.2/metodologia_do_ensino_do_futebol_e_futsal__GON999/aula4.html
 (Fonte: Ververidis Vasilis / Shutterstock)
O jogo é composto de partes que devem ser desenvolvidas separadamente devido a sua
complexidade e à dificuldade de aprendizagem da técnica ideal.
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método parcial:
Método Parcial
Vantagens Desvantagens
Dominar e aprimorar a técnica ou um
elemento da técnica individual, ou seja,
criar oportunidades de um treinamento
motor correto e profundo de aspectos
isolados do jogo;
 
Fazer correções diretas, fáceis de
serem aplicadas e, muitas vezes, bem
compreendidas pelos alunos;
 
Realizar facilmente controle de
progressos na aprendizagem;
 
Evitar situação de conflito entre os
participantes;
 
Respeitar os limites e o ritmo de
aprendizagem de cada aluno.
Não saciar o desejo de jogar do aluno,
principalmente o iniciante;
 
Tornar uma aula pouco motivante para
uns e com alto grau de exigência para
outros;
 
Praticar o exercício muitas vezes fora
de uma situação concreta de jogo, o
que não permite ao iniciante
estabelecer uma relação entre a tarefa
realizada e sua aplicabilidade;
 
Deixar de treinar habilidades
individuais da forma como serão
exigidas posteriormente no jogo;
 
Ensinar com pouca eficiência destrezas
sob a pressão do jogo competitivo;
 
Apresentar deficiência no
relacionamento social;
 
Oferecer apenas padrões de
movimentos estimulados pelo
professor.
Para Dietrich (1984, p. 38):

[...] ao [praticar] um jogo, a finalidade não é apenas aprender os
[seus] elementos, como drible, chute a gol, mas aprender, ao
mesmo tempo, quais situações se devem driblar e quando se
deve dar o chute a gol. As experiências necessárias para tal são
possíveis apenas no próprio jogo.
Já Greco (2001, p. 52) acredita que o método parcial apresenta como grande deficiência o
treinamento segmentado das partes para se chegar ao todo. Nesse caso, perde-se a ideia
do objetivo principal, e a situação real do jogo é apresentada como conta-gotas.
Por isso, o emprego puro do método parcial para iniciação aos jogos esportivos coletivos é
descartado ou feito em menor escala. Essa metodologia traz mais prejuízos do que
vantagens para os iniciantes.
 
Método global
Este método segue princípios do eixo global-funcional. Consiste na aprendizagem do jogo
em si por meio de uma sequência de jogos adaptados. Parte-se de jogos mais simples,
passando pelos mais complexos até o jogo final.
 (Fonte: Fotokostic / Shutterstock)

Para chegar à prática do esporte, o aluno passará por vários
jogos preparatórios.
(GRECO, 2001, p. 60)
No método global, tem sido utilizado um processo de ensino que se chama série de jogos.
De acordo com Schneiderat (1994 apud GRECO, 2001), para assegurar o êxito do
processo de ensino e aprendizagem, alguns princípios devem ser respeitados. São eles:
01
A divisão dos jogos não deve abranger muitas partes, de tal forma que o aluno consiga
alcançar logo o jogo objetivado.
02
As formas iniciais de jogos não devem ser mais difíceis do que o jogo objetivado – cuidado
com as regras.
03
Os alunos aprendem de forma mais intensa com jogos em pequenos grupos e espaços.
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método global:
Método Global
Vantagens Desvantagens
Maior motivação por partes dos
alunos;
 
Prática constante – o que leva à
vivência em situações reais de
jogo;
 
Possibilidade de o aprendiz
começar a praticar o jogo desde
cedo;
 
Técnica e tática sempre juntas;
 
Participação de todos os
elementos envolvidos – como o
movimento, a reação, a
percepção, o ritmo etc.
Impossibilidade de correção de movimentos,
atendimentos e avaliações individuais;
 
Demora na percepção do aluno quanto a sua
melhora nos elementos da técnica individual
– o que pode provocar certo desestímulo;
 
Inviabilidade de uma avaliação eficaz sobre
o desempenho do aluno.
 
Método da confrontação
Neste método, aprende-se jogando. Em outras palavras, jogar o jogo em si, com todas as
suas regras e formas, é a principal maneira de aprender o jogo.
Para Greco (2001, p. 75), o jogo não deve ser dividido em etapas ou tarefas a serem
aprendidas. Do contrário, a ideia do todo deixaria de existir.
 (Fonte: matimix / Shutterstock)
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método da confrontação –
conhecido como rola a bola (GRECO, 2001, p. 88):Vantagens Desvantagens
Possibilidade de grande socialização e
motivação por parte dos praticantes –
pois se aproxima rapidamente do
objetivo final da aprendizagem (a prática
do jogo em si);
 
Conhecimento da técnica do jogo e
vivência deste ao mesmo tempo;
 
Organização mais fácil das aulas por
parte dos professores.
Número de variações muito grande
durante o jogo – o que torna difícil
para o aluno diferenciar o importante
do supérfluo;
 
Possibilidade de perda de motivação
dos menos aptos – pois o sucesso
ocorre com menos frequência;
 
Dificuldade de identificar erros
técnicos e táticos;
 
Possibilidade de geração de conflitos
nas situações de competição – muitas
vezes em virtude da diferença de
rendimento e dos níveis de interesse;
 
Possibilidade de sobrecarga da
capacidade do aluno – muitas vezes,
as exigências da prática são muito
complexas para iniciantes ou para os
menos aptos.
O prazer e a alegria do jogo são importantes, mas a satisfação e a motivação são maiores
quando sentimos que sabemos jogar. Isso nos leva a querer praticar cada vez mais o
esporte.
 
Método recreativo
Este método é muito semelhante ao global, pois também utiliza séries de jogos com
diferentes formas, que, dependendo do objetivo, permitem a aula ou o treinamento de
maneira recreativa.
Alguns autores o consideram sinônimo do método global e defendem a vontade dos
alunos de logo praticar o jogo que desejam aprender. A aprendizagem acontece por meio
de pequenos jogos adaptados e com regras simplificadas.
 (Fonte: A_Lesik / Shutterstock)
O conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos métodos global e
parcial, como a prática constante do jogo e sua construção por meio da seriação por
partes de diferentes aspectos.
Assim, a utilização de pequenos jogos permite, muitas vezes, as correções e o
aperfeiçoamento de gestos técnicos.
De forma fracionada ou por meio de jogos, as atividades devem ter caráter lúdico e graus
de dificuldade adequados, bem como ser prazerosas para o aluno.
Métodos de treinamento tático
Além do aprendizado do jogo e da técnica individual de um atleta de futebol e futsal,
podemos citar alguns métodos utilizados no treinamento tático dessas duas modalidades.
Em algumas circunstâncias, o aprendizado e a metodologia do aprendizado da técnica e
da tática se assemelham, até porque, em um treinamento tático, quase sempre
trabalhamos o componente técnico.
Entre os métodos utilizados no treinamento tático estão:
Treinamento das ações táticas específicas
Variáveis que fragmentam o jogo de futebol, trabalhando:
As saídas de bola por baixo e por cima;
As viradas de jogo ou de circulação da bola;
As manobras a partir do meio-campo;
As triangulações e ultrapassagens pelo meio e nas laterais do campo;
As jogadas de bola parada – como escanteio, faltas de curta, média e longa
distâncias, laterais;
O contra-ataque;
A transição ofensiva e defensiva.
Treinamento tático-posicional
Treinamento que orienta o posicionamento correto dos atletas (com e sem bola)
quanto à ocupação, de forma equilibrada, dos devidos espaços no campo de jogo,
nos diferentes setores e lados e nas distintas zonas.
Treinamento tático em forma de jogo
Prática daquilo que exatamente o treinador deseja trabalhar com os atletas. Dessa
forma, constituem-se as inter-relações dos fatores do jogo do seguinte modo:
Prioritariamente em campo reduzido, delimitado e com zonas divididas –
utilizando nenhum gol, um, dois ou mais gols;
Em igualdade, superioridade ou inferioridade numérica – podendo utilizar duas
ou mais equipes;
Com alternativa de comportamento e com jogadores neutros.
Assim como no treinamento técnico, quando tratamos da formação do jovem atleta,
os exercícios em forma de jogo contribuem bastante para seu desenvolvimento, pois:
“[...] [permitem] aos atletas maiores tomadas de decisão, e aumentam a capacidade
de perceber e antecipar as ações dos adversários”. (PAOLI, 2003)
Este método permite a repetição de determinados momentos do jogo, de maneira
que cada jogador tenha, em particular, maior contato com a bola e esteja envolvido
mais vezes na resolução de um desafio tático.
2
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Treinamento tático-coletivo
Fornece suporte ao treinamento técnico nas correções dos erros e no
desenvolvimento que visa ao jogo, dando ênfase:
Ao posicionamento e às funções de cada jogador;
Ao encaixe de marcação quanto à postura tática do adversário;
Ao desempenho de uma estrutura tática na equipe para compromissos futuros.
De acordo com Paoli (2003), como recursos do treinamento coletivo, foram criadas
regras para desenvolver alguns aspectos táticos específicos, tais como:
Limitar o número de toques na bola por jogador;
Delimitar áreas de chutes a gol;
Limitar o número de passes permitidos em determinados setores do campo;
Aumentar o número de jogadores na equipe suplente para aprimorar o poder de
marcação dos titulares;
Distribuir tarefas táticas para as distintas estruturas da equipe, delimitando
zonas de atuação ou não;
Reduzir as dimensões do campo e o número de jogadores da equipe titular.
Treinamento técnico-situacional
Para Paoli (2003), este treinamento visa colocar o jogador para executar os
fundamentos técnicos, extraindo uma situação do jogo de futebol, bem como
desenvolvendo capacidades técnicas em movimentações táticas predeterminadas.
Isso o ajudará a identificar em que momento deve usar determinado fundamento e
como o fará.
Como o próprio nome já diz, é um treinamento técnico, mas, dentro deste, existem
características táticas. Ainda de acordo com Paoli (2003), é difícil encontrar na
literatura algo que reforce o treinamento técnico-situacional como método tático.
No entanto, o método pode ser aliado do planejamento tático, dependendo do
objetivo do exercício, pois apresenta um padrão de movimentação tática dos
jogadores, que deve ser executado durante a partida.
Este último tipo de treinamento merece um pouco mais de atenção.
Treinamento técnico-situacional: foco
cognitivo
Paoli (2003) sugere que a nomenclatura ideal para este método seja:
Treinamento tático-situacional
Quando o objetivo principal é trabalhar a parte tática.
Treinamento técnico-situacional
Quando o objetivo principal é trabalhar a parte técnica.
Afinal, existem métodos que exigem maior capacidade cognitiva dos atletas.
Entre os processos cognitivos nos esportes coletivos estão:
A percepção;
A internalização;
A decisão;
A ação;
O controle das jogadas.
É importante que o treinador conheça o nível cognitivo dos atletas antes de aderir a
determinado método de treinamento.
Filgueira e Greco (2008) reforçam essa ideia ao afirmarem que o professor deve estar
atento:
3
file:///C:/DISCIPLINAS%20V%C3%8D/2018.2/metodologia_do_ensino_do_futebol_e_futsal__GON999/aula4.html

[...] ao desenvolvimento dos processos cognitivos necessários à
compreensão do jogo, aplicando meios de integração das ações
técnico-táticas nas suas atividades para capacitar os jogadores
com êxito [às] exigências do jogo.
Nas palavras de Greco (2001):

[...] as capacidades táticas estão em direta relação de
interdependência e em interação com as capacidades cognitivas,
técnicas e físicas.
Por exemplo, se o treinador propõe um trabalho para o qual os atletas não possuem
capacidade física ou técnica, o treinamento acaba sendo prejudicado, e o objetivo
esperado não é atingido.
Dentro de uma sequência didática dos métodos de treinamento tático, não devemos
ensinar um exercício com grau de complexidade muito alto sem antes fazer uma avaliação
dos aspectos técnicos, táticos, físicos e cognitivos daqueles envolvidos no treinamento.
Em qualquer processo de ensino e aprendizagem, não se parte do complexo para o
simples. Seria como ensinar, primeiro, uma criança a correr para, depois, andar.
O professor ou treinador precisa adequar os diferentes
métodos de treinamento tático de acordo com a
capacidade cognitiva, técnica e física dos envolvidos.Atletas iniciantes necessitam de um treinamento que lhes garanta uma boa base técnica,
de modo que sua velocidade de ação não seja composta apenas pela rapidez e capacidade
de reação, mas, principalmente, pela perspicácia em reconhecer a situação presente e a
resolução mais adequada.
Portanto, é fundamental para o atleta de futebol e futsal vivenciar o máximo de
experiências possíveis em treinamentos ou durante os jogos.
Cada método tem sua particularidade e traz benefícios para a equipe. A escolha de
determinado método dependerá da ideia de jogo (modelo de jogo) do treinador e,
consequentemente, de uma análise dos fatores que cercam sua equipe, tais como
capacidades físicas, cognitivas, técnicas e psicológicas.
Uma boa análise desses fatores e da criatividade do treinador para a elaboração dos
treinamentos em todas as dimensões (técnica, tática, física e psicológica) dará condições
para que os atletas tenham o crescimento necessário e atinjam os objetivos finais.
Atividades
1. Aponte algumas vantagens e desvantagens da utilização do método
parcial em crianças de até 10 ou 11 anos. Tal proposta metodológica deve
ser completamente descartada nessa faixa etária? Por quê? De que forma
pode ser empregada?
2. O denominado método global segue princípios do eixo global-funcional.
Trata-se da aprendizagem do jogo em si por meio de uma sequência de
jogos adaptados – processo de ensino que chamamos de série de jogos.
De acordo com Greco (2001): “[...] para chegar à prática do esporte, o aluno
passará por vários jogos preparatórios”.
Para assegurar o êxito do processo de ensino e aprendizagem, alguns
princípios devem ser respeitados, entre eles:
 a) A técnica e a tática, que não podem ser trabalhadas juntas.
 b) A correção de movimentos, atendimentos e avaliações individuais.
 c) As formas iniciais de jogos, que devem ser tão difíceis quanto o jogo objetivado.
 d) A aprendizagem dos alunos, que deve ser mais intensa com jogos em pequenos
grupos e espaços.
 e) A divisão dos jogos, que deve abranger muitas partes para o aluno não alcançar
logo o jogo objetivado.
3. Utilizando a repetição de séries de exercícios para o domínio das técnicas,
consideradas elementos básicos para a prática do jogo, o método parcial
não apresenta como desvantagem:
 a) Deixar de saciar o desejo de jogar do aluno, principalmente o iniciante.
 b) Tornar uma aula pouco motivante para uns e com alto grau de exigência para
outros.
 c) Deixar de treinar habilidades individuais da forma como serão exigidas
posteriormente no jogo.
 d) Praticar o exercício muitas vezes fora de uma situação concreta de jogo, o que
não permite ao iniciante estabelecer uma relação entre a tarefa realizada e sua
aplicabilidade.
 e) Dominar e aprimorar a técnica ou um elemento da técnica individual, ou seja,
criar oportunidades de treinamento motor correto e profundo de elementos isolados
do jogo.
4. Para Greco (2001, p. 75): “[...] o jogo se aprende jogando”.
Por isso, a prática não deve ser dividida em etapas ou tarefas a serem
desenvolvidas. Do contrário, a ideia do todo deixaria de existir. Essa é a
principal característica do método:
 a) Parcial
 b) Global
 c) Recreativo
 d) Da confrontação
 e) Técnico-situacional
Notas
Jogos pré-desportivos 
Jogos com algumas alterações em suas regras. Nesses casos, utilizamos formas de jogo menos
complexas, cujas regras vão sendo introduzidas aos poucos.
Fatores do jogo 
Espaço;
Tempo;
Situação;
Cooperação;
Adversário;
Oposição;
Bola.
Capacidade cognitiva 
Instrumento importante que auxilia o processo de entendimento e de interação (interna e
externa) de cada indivíduo nas atividades propostas.
Referências
DIETRICH, K. Os grandes jogos – metodologia e prática. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.
1
2
3
FILGUEIRA, F. M.; GRECO, J. P. Futebol: um estudo sobre a capacidade tática no processo de
ensino-aprendizagem-treinamento. Revista Brasileira de Futebol, Viçosa, v. 1, n. 2, p. 53-65,
jul./dez. 2008.
GRECO, J. P. (Org.). Iniciação esportiva universal. Belo Horizonte: UFMG, 2001. v. I.
PAOLI, P. B. et al. Fundamentos técnicos do futebol. Viçosa: Canal Quatro, 2003.
Próximos Passos
Conceitos de tática no futebol e no futsal;
Sistemas, esquemas, táticas e estratégias de jogo.
Explore mais
Na área de conhecimento em futebol e futsal, são muito comuns discussões acerca de
procedimentos pedagógicos e métodos de ensino.
Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo:
Ensino-aprendizagem e treinamento dos comportamentos tático-técnicos no
futebol.
<http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/3478/2858>
http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/3478/2858

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