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Júlio César Gabriel • Anderson Lopes • Welma Maia • Luis Guilherme Gomes Winther Neves • Edgard Antônio Lemos Alves • Maurício Nicácio 2016 Atualidades • Gestão de Pessoas e do Atendimento ao Público • Ética do Servidor na Administração Pública • Administração Pública Brasileira • Regime Jurídico dos Agentes Públicos “O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”. PREPARATÓRIA Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. © 2016 Vestcon Editora Ltda. Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro- gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. Título da obra: Ministério da Fazenda – Preparatória – Módulo 2 Assistente Técnico-Administrativo Conhecimentos Básicos e Específicos – Nível Médio Atualizada até 8-2016 (AM308) (Conforme Edital Esaf nº 5, de 28 de Janeiro de 2014 – Esaf) Atualidades • Gestão de Pessoas e do Atendimento ao Público Ética do Servidor na Administração Pública • Administração Pública Brasileira Regime Jurídico dos Agentes Públicos Autores: Júlio César Gabriel • Anderson Lopes • Welma Maia • Luis Guilherme Gomes Winther Neves Edgard Antônio Lemos Alves • Maurício Nicácio GESTÃO DE CONTEÚDOS Welma Maia PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Dinalva Fernandes Érida Cassiano Micheline Cardoso CAPA Lucas Fuschino EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Marcos Aurélio Pereira Adenilton da Silva Cabral www.vestcon.com.br Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. PARABÉNS. VOCÊ ACABA DE ADQUIRIR UM PRODUTO QUE SERÁ DECISIVO NA SUA APROVAÇÃO. Com as apostilas da Vestcon Editora, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodologia mais eficiente. Entenda por que nossas apostilas são líderes de preferência entre os consumidores: • Todos os nossos conteúdos são preparados de acordo com o edital de cada concurso, ou seja, você recebe um conteúdo customizado, direcionado para os seus estudos. • Na folha de rosto, você pode conferir os nomes dos nossos autores. Dessa forma, comprovamos que os textos usados em nossas apostilas são escritos exclusivamente para nós. Qualquer reprodução não autorizada desses textos é considerada cópia ilegal. • O projeto gráfico foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortável e a rápida localização dos temas tratados. Além disso, criamos o selo Efetividade Comprovada, que sinaliza ferramenta exclusiva da engenharia didática da Vestcon Editora: Com base em um moderno sistema de análise estatística, nossas apostilas são organizadas de forma a atender ao edital e aos tópicos mais cobrados. Nossos autores recebem essa avaliação e, a partir dela, reformulam os conteúdos, aprofundam as abordagens, acrescentam exercícios. O resultado é um conteúdo “vivo”, constantemente atualizado e sintonizado com as principais bancas organizadoras. Conheça, também, nosso catálogo completo de apostilas, nossos livros e cursos online no site www.vestcon.com.br. Todas essas ferramentas estão a uma página de você. A Vestcon Editora deseja sucesso nos seus estudos. Participe do movimento que defende a simplificação da ortografia da língua portuguesa. Acesse o site www.simplificandoaortografia.com, informe-se e assine o abaixo-assinado. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade .......................................................................................................... 18 Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social ......................................................18 O debate sobre a legalização das drogas e seu impacto sobre as políticas públicas e sobre a sociedade ........................21 Tecnologia e educação ......................................................................................................................................................... 22 Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado ...........................................16 Movimentos sociais na era da internet ............................................................................................................................... 16 Conselhos de políticas públicas ........................................................................................................................................... 17 Instrumentos de participação e controle social .................................................................................................................. 22 Transformações das estruturas produtivas e influência da economia na sociedade global ..............................................10 A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais ........13 Poder econômico e responsabilidade social ....................................................................................................................... 11 Norma Brasileira de Diretrizes sobre Responsabilidade Social – ABNT NBR ISO 26000: 2010 ..........................................14 Educação e trabalho .............................................................................................................................................................. 8 Desenvolvimento Sustentável e Administração Pública ....................................................................................................... 3 Origem e evolução do conceito de Desenvolvimento sustentável ....................................................................................... 4 Questões ambientais contemporâneas: mudança climática, efeito estufa, chuva ácida, biodiversidade ......................................................................................... 7 A nova ordem ambiental internacional – Rio/92, Agenda 21, Rio+ 20 ............................................................................ 5/7 O serviço público e os desafios da sustentabilidade: Agenda Ambiental da Administração Pública; Contratações Sustentáveis, Plano de Logística Sustentável. ......................5 SUMÁRIO Atualidades MINISTÉRIO DA FAZENDA Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 3 A TU A lI D A D ES AtuAlidAdes Júlio César Gabriel DESENVOlVIMENTO SUSTENTÁVEl E ADMINISTRAÇÃO PÚBlICA Os seres vivos sempre fazem parte de comunidades heterogêneas, mantendo, com o meio físico e entre si, rela- ções de interdependência, ainda que remotas. Cada espécie necessita de substâncias ou componentes básicos do meio para sua alimentação, reprodução e proteção.Além disso, há exigências quanto à estrutura e topografia do ambiente para que a espécie desenvolva seus hábitos característicos. Tudo isso faz com que cada espécie somente se desenvolva em ambiente onde existam composição e estrutura favoráveis, chamado de habitat, de maneira geral. Mas o ambiente ou habitat não é constituído exclusivamente pelo meio físico. Frequentemente, o nicho ecológico, isto é, o alimento, o material para a construção de ninhos ou os meios de pro- teção, são oferecidos ou disputados por outros seres vivos, seus concorrentes ou predadores. A integração equilibrada de todos esses fatores (físicos, químicos e biológicos) é que permite e regula a sobrevivência, o desenvolvimento e o equilíbrio populacional de uma deter- minada espécie biológica. Nesses ciclos ecológicos, há uma reciprocidade na qual a economia da natureza não significa o predomínio desta ou daquela espécie; significa, sim, o desen- volvimento harmônico e equilibrado de todos os seres vivos. O desequilíbrio ambiental ocorreu exatamente porque a base do sistema econômico atual está calcada na busca inces- sante de lucros, o processo de globalização que faz com que as necessidades humanas sejam acrescidas de fatores até então desconhecidos por vários povos. Exemplo os povos orientais não tiveram em sua constituição gastronômica a utilização de elementos lácteos e seus derivados, mas nesta última década o consumo e a demanda por tais produtos provocaram mudanças no meio ambiente em várias partes do mundo, pois pecuaristas visando lucro buscam mecanismo para aumentarem a oferta destes produtos e com isto amealharem mais lucros. Outra marca forte da atual sociedade é o individualismo e egocentrismo, principalmente no que tange à satisfação das necessidades e prazeres materiais, pois o consumismo desen- freado provoca uma utilização extrema do meio ambiente. O mesmo é visto como infinito em suas capacidades, tanto de fornecimento de matérias‑primas para serem transformadas em mercadorias – visando satisfazer as necessidades e os desejos de conforto e bem‑estar –, quanto de reciclagem e absorção dos despojos resultantes de um consumo desenfreado (todos os ti- pos de lixos, gases poluentes, materiais tóxicos e tantos outros). Os impactos sobre o meio ambiente, como a emissão de gases poluentes, a erosão, a desertificação, o desmatamento, a poluição de recursos hídricos, a disposição de resíduos tóxicos, a eutrofização, afetam a biodiversidade da flora e da fauna. No entanto, a partir da década de 1970, a humanidade começou a tomar consciência dos seus impactos sobre a na- tureza, devido principalmente às consequências econômicas que as reações da natureza a esses impactos geravam, como mais gastos com saúde pública. Isso levou ao surgimento de uma nova abordagem de desenvolvimento econômico con- ciliatório com a conservação ambiental, ou seja, o conceito de desenvolvimento sustentável. Em 1972, foi realizada, em Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. A partir de então, a questão ambiental começou a alcançar uma maior visibilidade no cenário global, sendo, relativamente, mais enfatizada na formulação de políticas de instituições gover- namentais oficiais de várias nações. Nos anos de 1980, sur- giram, principalmente na Europa, organizações defendendo um uso mais equilibrado do meio ambiente e uma economia baseada no desenvolvimento sustentável. Em junho de 1992, a cidade do Rio de Janeiro foi palco da Conferência das Na- ções Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), um encontro internacional, chamado “Rio/92” ou “ECO/92”, promovido pela ONU. O tema central foi o meio ambiente, principalmente o que fazer para se conciliar a busca de desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente, ou seja, sustentabilidade. O conceito de desenvolvimento sustentável mais aceito atualmente foi difundido pelo Relatório da Comissão Brun- dtland, também conhecido como Nosso futuro comum, de 1988. De acordo com o relatório, o desenvolvimento susten- tável deveria proporcionar o atendimento às necessidades das gerações presentes sem, no entanto, comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. A partir desse momento, foi amplamente defendida a ideia de que o desenvolvimento econômico deveria ser acompanhado de uma responsabilidade voltada às gerações presentes e futuras –, buscando meios de atender as necessi- dades humanas por conforto e bem‑estar, sem comprometer o equilíbrio ambiental, e com isto garantir a capacidade que o meio ambiente possa no futuro oferecer condições para a sa- tisfação das necessidades das gerações que ainda estão por vir. Em última instância, seria um desenvolvimento susten- tável capaz de manter os recursos naturais para o mundo futuro. O pressuposto básico refere‑se ao fato de ser possível conciliar e harmonizar o desenvolvimento econômico e a preservação e conservação do meio ambiente (o mesmo que Desenvolvimento Sustentável ou Sustentabilidade). Vários são os passos a serem realizados para se alcançar o desenvolvimento sustentável, e um de grande relevância é o reconhecimento que os recursos naturais são escassos e, posteriormente, buscar uma nova forma de desenvolvi- mento econômico que leve em conta a fragilidade do meio ambiente. Além disso, faz‑se necessário entender que a espécie humana, assim como todas as formas de vida sobre a terra, depende do uso equilibrado dos recursos naturais e que o próprio crescimento econômico também depende de uma utilização equilibrada do meio ambiente. Desenvolvimento Sustentável A definição mais aceita para desenvolvimento sustentá- vel é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 4 A TU A lI D A D ES Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brun- dtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela Assembleia das Nações Unidas. A definição mais usada para o desenvolvimento susten- tável é: O desenvolvimento que procura satisfazer as ne- cessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mes- mo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Relatório Brundtland. Origem e Evolução Desenvolvimento Sustentável A origem e evolução do conceito de Desenvolvimento sustentável é o tripé que reúne as responsabilidades social, econômica e ambiental, de forma a atender as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades. Uma das possíveis saídas é a redução do consumo de matérias‑primas e uma maior reutilização de matérias, como a reciclagem de materiais já utilizados. O desenvol- vimento econômico é uma necessidade dos países ricos e, sobretudo, dos países pobres, mas o caminho a seguir não deve ser o mesmo realizado pelos iniciadores da Revolução Industrial, visto que estes degradaram e poluíram bastante o planeta. Em grande medida os problemas ambientais, da atualidade, decorrem de décadas de degradação e destrui- ção provocadas pelos países mais ricose industrializados do mundo. Há uma necessidade urgente de que o desenvolvimento industrial dos países em processo de industrialização, os cha- mados emergentes, e aí principalmente os do BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China e mais recentemente a África do Sul –, seja feito de forma responsável e equilibrada, o que não está acontecendo, sobretudo na China. O mundo precisa cada vez mais de combustíveis, o consu- mo de energia é gigantesco e a principal fonte é a de origem fóssil – carvão mineral, petróleo e gás natural – combustíveis que, quando queimados, jogam na atmosfera uma enorme quantidade de gases poluentes, responsáveis pela elevação do fenômeno natural chamado “efeito estufa”. A busca por um combustível renovável e menos poluente é uma necessidade urgente; algumas ações estão sendo levadas a cabo, porém ainda não estão surtindo efeitos Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 5 A TU A lI D A D ES visíveis de grande monta. A pergunta é: ainda dá tempo? As gerações do futuro vão esperar que sim. Caso contrário, o meio ambiente, se permanecer como atualmente, poderá ser comprometido de forma permanente e irreversível. Agenda 21 A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é mais conhecida como Rio 92, referência à ci- dade que a abrigou, e também como “Cúpula da Terra” por ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes. 179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 21 Global, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvol- vimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo de desenvolvimento para o século XXI. A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamen- to participativo para o desenvolvimento sustentável do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002. A Agenda 21 Local é o processo de planejamento partici- pativo de um determinado território que envolve a implanta- ção, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações. Para construir a Agenda 21 Local, o Programa Agenda 21 do MMA publicou o Passo‑a‑Passo da Agenda 21 Local, que propõe um roteiro organizado em seis etapas: mobilizar para sensibilizar governo e sociedade; criar um Fórum de Agenda 21 Local; elaborar um diagnóstico participativo; e elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local de desenvolvimento sustentável. Além disso, para que o público possa saber mais sobre as experiências de Agenda 21 Local no Brasil, o MMA criou o Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descen- tralizada que permite o compartilhamento de informações. A Agenda 21 Local pode ser construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros arranjos territo- riais – como bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo. Para que uma Agenda 21 Local seja constituída, é impera- tivo que sociedade e governo participem de sua construção. O MMA apoia os processos de Agenda 21 Local e conta com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, cujo objetivo geral é fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de informações e o estímulo à construção de novos processos. Assim, por intermédio do Fundo Nacional de Meio Am- biente (FNMA), o MMA apoia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros. A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011. O desenvolvimento do Programa Agenda 21 fundamenta‑se na execução de três ações fina- lísticas: elaboração e implementação das Agendas 21 Locais; formação continuada em Agenda 21 Local; e fomento a projetos de Agendas 21 Locais (por meio do FNMA) O Serviço Público e os Desafios da Sustentabilidade A administração pública tem a responsabilidade de con- tribuir no enfrentamento das questões ambientais, buscando estratégias inovadoras que repensem os atuais padrões de produção e consumo, os objetivos econômicos, inserindo componentes sociais e ambientais. Diante dessa necessidade as instituições públicas têm sido motivadas a implementar iniciativas específicas e desenvolver programas e projetos que promovam a discussão sobre desenvolvimento e a adoção de uma política de Responsabilidade Socioambiental do setor público. Agenda Ambiental da Administração Pública Nesse sentido, a Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P se tornou o principal programa da administra- ção pública de gestão socioambiental. O programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de governo, no âmbito dos três poderes e pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros segmentos da sociedade. É importante que as instituições públicas tenham parti- cipação efetiva no processo de inserção da RSA e o Estado é o principal interlocutor junto à sociedade, possuindo uma ampla capilaridade e papel indutor fundamental para tornar as iniciativas atuais, e também as futuras, mais transparentes, estimulando a inserção de critérios de sustentabilidade em suas atividades e integrando as ações sociais e ambientais com o interesse público. Além da capacidade de indução, há o poder de mobili- zação de importantes setores da economia exercido pelas compras governamentais, que movimentam de 10 a 15% do Produto Interno Bruto (PIB), podendo ser usado para garantir a mudança e adoção de novos padrões de produção e consumo, buscando a redução dos impactos socioam- bientais negativos gerados pela atividade pública. Dessa forma, o setor público pode contribuir com o crescimento sustentável, promovendo a responsabilidade socioambiental e respondendo às expectativas sociais. A Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P é um programa, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de promover a responsabilidade socioam- biental e a adoção de procedimentos, referenciais de susten- tabilidade e critérios socioambientais nas atividades do setor público A A3P é uma iniciativa que demanda o engajamento individual e coletivo, a partir do comprometimento pessoal e da disposição para a incorporação dos conceitos preconi- zados, para a mudança de hábitos e a difusão do programa. São objetivos da A3P: I – orientar os gestores públicos para a adoção de prin- cípios e critérios de sustentabilidade em suas atividades; II – apoiar a incorporação de critérios de gestão socio- ambiental nas atividades públicas; III – promover a economia de recursos naturais e efici- ência de gastos institucionais; IV – contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e na adoção de novos referenciais de sustentabili- dade no âmbito da administração pública. A A3Ptrabalha com seis eixos temáticos: I – uso racional dos recursos naturais e bens públicos; Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 6 A TU A lI D A D ES II – gestão adequada dos resíduos gerados; III – melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho; IV – sensibilização e capacitação dos servidores; V – contratações de bens e serviços com sustentabilidade; VI – implementação de critérios para construções sus- tentáveis. Qualquer instituição da administração pública, de qual- quer uma das esferas de governo, pode e deve implantar a A3P, basta decidir e promover as ações. Para auxiliar o proces- so de implantação da agenda o Ministério do Meio Ambiente propõe aos parceiros interessados a sua institucionalização por meio da assinatura do Termo de Adesão que tem por finalidade integrar esforços para desenvolver projetos des- tinados à implementação da agenda. A assinatura do termo demonstra o comprometimento da instituição com a agenda socioambiental e gestão transparente. A A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) surgiu em 1999 e em 2001 foi criado o Programa Agenda Ambiental na Administração Pública. Em 2002, a A3P foi reconhecida pela Unesco devido à relevância do trabalho desempenhado e dos resultados positivos obtidos ao longo do seu desenvolvimento, ganhando o prêmio “O melhor dos exemplos” na categoria Meio Ambiente. Diante da sua importância, a A3P foi incluída no PPA 2004/2007 como ação integrante do programa de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, tendo continuida- de no PPA 2008/2011. Essa medida garantiu recursos que viabilizaram a implantação efetiva da A3P, tornando‑a um referencial de sustentabilidade nas atividades públicas. A partir de 2007, com a reestruturação do Ministério do Meio Ambiente, a A3P passou a integrar o Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental – DCRS, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Am- biental – SAIC. Nesse novo arranjo institucional, a A3P foi fortalecida enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do Governo e passou a ser uma das principais ações para pro- posição e estabelecimento de um novo compromisso gover- namental ante as atividades da gestão pública, englobando critérios ambientais, sociais e econômicos a tais atividades. Atualmente, o principal desafio da A3P é promover a Res- ponsabilidade Socioambiental como política governamental, auxiliando na integração da agenda de crescimento econô- mico concomitantemente ao desenvolvimento sustentável. • Portaria nº 217 de 30 de julho de 2008 – Institui o Comitê de Implementação da A3P no Ministério do Meio Ambiente. • Portaria nº 61 de 15 de maio de 2008 – Estabelece práticas de sustentabilidade ambiental nas compras públicas. Criada em 1981, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938) é considerada um marco histórico no desenvolvimento do direito ambiental, estabelecendo definições legais sobre os temas: meio ambiente, degrada- ção da qualidade ambiental, poluição, poluidor e recursos ambientais. Esta lei instituiu, entre outros, um importante mecanismo de proteção ambiental – o estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e seu respectivo relatório (Rima), instrumentos modernos em termos ambientais mundiais. Em 1988, nossa Constituição Federal dedicou, em seu título VIII – Da Ordem Social – Capítulo VI, Artigo 225, nor- mas direcionais da problemática ambiental, definindo meio ambiente como bem de uso comum do povo. Já a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata dos crimes é considerada um marco na proteção efetiva do meio ambiente. Por sua vez, a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro e conhecida como ECO‑92, sacramentou, em termos mundiais, a preocupação com as questões ambientais, refor- çando os princípios e as regras para o combate à degradação ambiental. Uma das principais conquistas da conferência foi a elaboração da Agenda 21, instrumento diretriz do desen- volvimento sustentável que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, se fundamenta nas recomendações do Capítulo IV da Agenda 21, que indica aos países o “estabelecimento de programas voltados ao exame dos padrões insustentáveis de produção e consumo e o desenvolvimento de políticas e estratégias nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentá- veis de consumo”, no Princípio 8 da Declaração do Rio/92, que afirma que “os Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e promover políticas demográficas adequadas” e, ainda, na Declaração de Joanes- burgo, que institui a “adoção do consumo sustentável como princípio basilar do desenvolvimento sustentável”. Planos de Gestão de logística Sustentável Os Planos de Gestão de logística Sustentável (PLS) são ferramentas de planejamento que permitem aos órgãos ou entidades estabelecer práticas de sustentabilidade e racio- nalização de gastos e processos na Administração Pública. Deve ser elaborado por todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica, fundacional e as empresas estatais dependentes. Os gestores serão os Secretários‑Executivos, no caso de Ministério, ou cargo equivalente no caso das Autarquias, Fundações e empresas estatais dependentes. De acordo com a IN Instrução Normativa nº 10, de 12/11/2012, os PLS deverão ser elaborados no prazo de cento e oitenta dias, contados a partir da publicação da Instrução Normativa, ou seja, até 14 de maio de 2013. Nos PLS devem constar: • os objetivos do Plano; • as responsabilidades dos gestores que implementarão o Plano; • as ações, metas e prazos de execução; • os mecanismos de monitoramento e avaliação das ações que serão implementadas. Além disso, a IN Instrução Normativa N 10 previu um conteúdo mínimo para as ações que serão elaboradas como: I – atualização do inventário de bens e materiais do órgão ou entidade e identificação de similares de menor impacto ambiental para substituição; II – práticas de sustentabilidade e de racionalização do uso de materiais e serviços; III – responsabilidades, metodologia de implementação e avaliação do plano; e IV – ações de divulgação, conscientização e capacitação. Fonte: http://www.mma.gov.br/ Contratações Sustentáveis As compras públicas sustentáveis (CPS) são uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todas as fases do processo de compra e contratação de governos, visando reduzir impactos sobre a saúde humana, o meio ambiente e os direitos humanos. A prática de CPS permite atender as necessidades especí- ficas dos consumidores finais por meio da compra do produto Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 7 A TU A lI D A D ES que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e para a sociedade. São também conhecidas como licitações públicas sustentáveis, eco‑aquisições, compras ambiental- mente amigáveis, consumo responsável e licitação positiva. A nova ordem ambiental internacional – Rio/92, Agenda 21, Rio + 20 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que foi organizada pela ONU, ocorreu na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho de 2012, marcando o 20º aniversário da Conferência das Nações Uni- das sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que ocorreu na mesma cidade em 1992, e o 10º aniversário da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, ocor- rida em Johanesburgo em 2002. Com a presença de alguns Chefes de Estado e de Governo e especialistas, a expectativa era de uma Conferência do maisalto nível, porém o resultado final foi bastante criticado por organizações e especialistas militantes nas causas ambientais. O objetivo da Conferência foi assegurar um comprome- timento político para com o desenvolvimento sustentável e avaliar o progresso feito e as lacunas ainda existentes na implementação dos resultados dos principais encontros so- bre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes. A ausência de vários líderes políticos, chefes de estados das principais potências econômicas do mundo foi muito criticada e lembrada por todos, o que dificultou, em muito, o aprofundamento e, principalmente, o comprometimento desses líderes com políticas econômicas voltadas para a sustentabilidade do planeta. O centro das discussões foi o tema “Economia Verde, no con- texto do desenvolvimento sustentável e da extrema pobreza”. Além desses debates, a Rio+20 também foi palco para a avaliação dos resultados práticos de importantes documen- tos gestados a partir da ECO 92, como a Agenda 21, as Con- venções sobre Mudança do Clima e a Diversidade Biológica, a Declaração de Princípios sobre as Florestas, de Combate à Desertificação, entre outros que foram elaborados poste- riormente, como a Carta da Terra, em 2000. QUESTÕES AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEAS: MUDANÇA ClIMÁTICA, EFEITO ESTUFA, CHUVA ÁCIDA, BIODIVERSIDADE Uma análise do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre os grandes problemas mundiais da atualidade em relação ao ambiente, levantou 12 grandes problemas que preocupam pesquisadores, administradores e gerentes da área ambiental, são eles: 1. Crescimento demográfico rápido: mesmo consideran- do que a taxa de fecundidade das mulheres está diminuindo nos países desenvolvidos, o crescimento demográfico aliado ao desenvolvimento tecnológico acelera a pressão sobre os sistemas e recursos naturais, e em geral traz como conse- quência mais impactos ambientais, devido ao aumento na produção industrial e nos padrões de consumo. 2. Urbanização acelerada: além do rápido crescimento demográfico, a aglomeração de população em áreas urbanas está gerando grandes centros com 15 milhões de habitan- tes ou mais. Esses centros de alta densidade populacional demandam maiores recursos, energia e infraestrutura, além de criarem problemas complexos de caráter ambiental, eco- nômicos e principalmente social. 3. Desmatamento: a taxa anual de desmatamento das florestas, especialmente das tropicais, ocasiona diversos pro- blemas como erosão, diminuição da produtividade dos solos, perda de biodiversidade, assoreamento de corpos hídricos. 4. Poluição marinha: a poluição marinha está se agravan- do cada vez mais devido a: descargas de esgotos domésticos e industriais através de emissários submarinos, desastres ecológicos de grandes proporções, como naufrágio de pe- troleiros, acúmulo de metais pesados no sedimento marinho nas regiões costeiras e estuários, perda de biodiversidade, poluição térmica de efluentes de usinas nucleares. 5. Poluição do ar e do solo: ocasionada principalmente pelas indústrias, agroindústria e automóveis, através de: emissões atmosféricas das indústrias, disposição inadequada de resíduos sólidos (exemplo: lixões) e de resíduos indus- triais que causam poluição do solo, acúmulo de aerossóis na atmosfera provenientes da poluição veicular e industrial, contaminação do solo por pesticidas e herbicidas. 6. Poluição e eutrofização de águas interiores – rios, lagos e represas: o fenômeno da eutrofização, acúmulo de metais pesados no sedimento, alterações no estoque pes- queiro e geralmente inviabiliza alguns dos usos múltiplos dos recursos hídricos. 7. Perda da diversidade genética: o desmatamento e outros problemas ambientais acarretam em perda de bio- diversidade, ou seja, em extinção de espécies e perda da variabilidade da flora e da fauna. 8. Efeitos de grandes obras civis: a construção de obras civis de grande porte, como represas de usinas hidrelétricas, portos e canais, gera impactos consideráveis e difíceis de mensurar sobre sistemas aquáticos e terrestres. 9. Alteração global do clima: o aumento da concentração dos gases estufa na troposfera terrestre (primeira camada da atmosfera) e de partículas de poluentes está causando um fenômeno conhecido como aquecimento global, que é o aumento da temperatura do planeta, devido a maior retenção da radiação infravermelha térmica na atmosfera. 10. Aumento progressivo das necessidades energéticas e suas consequências ambientais: o aumento da demanda energética devido ao crescimento populacional, urbanização e crescente desenvolvimento tecnológico gera a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas, grandes e pequenas usinas nucleares. 11. Produção de alimentos e agricultura: a agricultura de alta produção é uma grande consumidora de energia, de pesticidas e de fertilizantes. A expansão das fronteiras agrícolas aumenta as taxas de desmatamento e perda de biodiversidade. 12. Falta de saneamento básico: principalmente nos países subdesenvolvidos, a falta de saneamento básico é um problema crucial devido às inter‑relações entre doenças de veiculação hídrica, distribuição de vetores e expectativa de vida adulta e taxa de mortalidade infantil. E também pela poluição orgânica gerada pelo aporte de esgostos domésti- cos e drenagem pluvial em corpos d’água devido a falta de infraestrutura adequada e a lançamentos irregulares. Dentre os problemas ambientais que afetam o Brasil, podemos listar os mais críticos: Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 8 A TU A lI D A D ES Educação básica A educação básica tem por finalidade desenvolver o edu- cando, assegurar‑lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer‑lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Ela pode ser ofere- cida no ensino regular e nas modalidades de educação de jovens e adultos, educação especial e educação profissional, sendo que esta última pode ser também uma modalidade da educação superior. Educação infantil A educação infantil é a primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A educação infantil será ofe- recida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré‑escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. Ensino fundamental O ensino fundamental é obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando‑se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. Ensino médio O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I – a consolidação e o aprofundamento dos conheci- mentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III – o aprimoramento do educando como pessoahu- mana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV – a compreensão dos fundamentos científico‑tecnoló- gicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Educação superior A educação superior tem como finalidades: estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; incentivar o trabalho de pesquisa e in- vestigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que • desmatamento, que acarreta em perda de biodiver- sidade; • erosão devido a desmatamento e manejo inadequado do solo na agricultura e pecuária; • poluição das águas e solos devido a falta de sanea- mento básico nas áreas urbanas e rurais; • falta de políticas de gerenciamento de resíduos sólidos nas áreas urbanas, gerando “lixões”; • poluição industrial. EDUCAÇÃO E TRABAlHO Organização da Educação no Brasil Em relação à educação, a Constituição do Brasil diz o seguinte: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (qua- tro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil, em creche e pré‑escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suple- mentares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa res- ponsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educan- dos no ensino fundamental, fazer‑lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (lDB – Leis, diretrizes e bases da educação nacional). A educação escolar compõe‑se de: I – Educação básica: a. Educação infantil; b. Ensino fundamental; c. Ensino médio. II – Educação superior. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 9 A TU A lI D A D ES vive. Ela abrange cursos sequenciais nos diversos campos do saber, cursos de graduação, de pós‑graduação e de extensão. No que se refere às modalidades de ensino que per- meiam os níveis anteriormente citados, tem‑se: • Educação Especial: oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. • Educação de jovens e adultos (EJA): destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. • Educação profissional: que, integrada às diferentes for- mas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto. Além dos níveis e modalidades de ensino apresentados, no Brasil, devido à existência de comunidades indígenas em algumas regiões, há a oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas. Essa tem por objetivos: I – Proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II – Garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e cientí- ficos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não índias. Uma Visão Crítica da Educação no Brasil Vários são os problemas da educação no Brasil. No siste- ma público, a educação infantil (creche e pré‑escola) ainda tem um grande déficit de vagas a ser resolvido. No Funda- mental, houve um esforço do governo para inserir as crianças na escola, o que promoveu avanços quantitativos, mas não houve uma preocupação nem investimentos em qualidade desse ensino, o que gerou outro problema, que é o da baixa qualidade, que por sua vez provoca uma grande evasão. Já no nível médio e técnico, o governo não fez e não faz um grande esforço para oferecer universalização, como foi o caso do ensino fundamental. Em função disso, cria‑se uma lacuna importante na formação educacional da população. No nível da educação superior pública, o problema não é a qualidade, mas a quantidade insuficiente de vagas para aten- der a toda demanda, o que provoca uma forte concorrência nos vestibulares, por isso o ensino de nível superior de qua- lidade não é generalizado para toda a população. As vagas nas universidades acabam ficando em sua grande maioria com estudantes oriundos das classes sociais mais abastadas. No Brasil, 75% das universidades são particulares e 25% são públicas. Ainda assim, se considerarmos as universidades particulares, veremos que a região Nordeste tem um déficit crítico por vagas de nível superior, enquanto que, no estado de São Paulo, a oferta é maior que a demanda. Este quando acaba provocando uma diferença de qua- lidade do ensino público brasileiro nos níveis fundamental, médio (considerado com baixa qualidade) e superior (de alta qualidade). O que não se justifica, afinal todo o ensino público é financiado com dinheiro público. Para se ter uma educação de qualidade, alguns elemen- tos básicos devem ser observados, e os mesmo devem ser atendidos, são eles: • Infraestrutura física – Constituído pelas instalações, recursos educacionais, equipamentos, biblioteca, recursos audiovisuais etc. • Projeto Político Pedagógico – Deve ser consistente e adequado a cada região onde está inserido. • Profissionais em educação qualificados – Os profis- sionais que atuam desde o planejamento até a sala de aula precisam ser capacitados e atualizados para a função que exercem. As universidades federais são bons exemplos, pois os professores são doutores e pós‑doutores. As estruturas das escolas brasileiras variam muito de região para região, isto nos níveis fundamental e médio. Há casos com deficiência de estrutura, outros de produção de conteúdo ou de suporte. Sem uma biblioteca com conteúdo adequado a cada estágio, apropriado a cada idade, a estrutu- ra já está falha. Da mesma forma que uma escola ruindo ou profissionais não preparados. A qualificação dos profissionais que atuam na educação é necessário e urgente, mas isto requer algum tempo. Serão necessários grandes investimen- tos e uma decisão política de todos os gestores públicos, nos níveis Federal, Estadual e Municipal para se operar as mudanças que são necessárias, que deverá levar em contar os elementos básicos: Infraestrutura física; projeto político pedagógico e qualificação dos profissionais em educação. Na ausência de políticaspúblicas comprometidas com estes três elementos básicos da educação, não se terá no Brasil uma educação de alta qualidade nos níveis fundamental e médio. Por último, vale salientar que o nível de desenvolvimento de um país está diretamente ligado ao estágio de educação de sua população. Não existe no mundo nenhum país desen- volvido sem uma educação elevada. Basta verificar os países ricos, para se perceber que lá se encontra os maiores centros de pesquisa do mundo, além de uma educação de qualidade elevada. A história das nações desenvolvidas é uma prova do que fora dito. Essas nações só conseguiram alcançar tal situação, de desenvolvimento, quando investiram forte em educação: infraestrutura física, em projeto político pedagó- gico e em profissionais da educação qualificados. A educação brasileira possui dois grandes problemas que estão ligados à baixa qualidade do ensino e ao elevado número de analfabetos. Ao longot dos anos, a educação no Brasil vem apresentando melhoras significativas como, por exemplo, um aumento da média de escolaridade e da fre- quência escolar. Além disso, há o problema dos analfabetos funcionais, aqueles que conseguem ler e escrever algumas palavras, mas não conseguem entender um texto simples. Sempre que os alunos brasileiros participam de algum estudo para medir a qualidade da educação brasileira em comparação com outras nações, o rendimento dos alunos brasileiros invariavelmente coloca o país nas últimas posi- ções. Em todas as comparações, com países que estão na mesma situação, os chamados países emergentes, a situação brasileira é a pior. O Brasil tem uma escolaridade média muito baixa, ou seja, os estudantes no Brasil não passam, em média, nem 5 anos na escola. Já o número daqueles que completam o ensino fundamental e médio é muito pequeno em relação àqueles que o iniciaram. O analfabetismo vem caindo constantemente, porém dois são os problemas: queda lenta dos índices de analfabe- tismo e qualidade baixa no processo de alfabetização. A que- da do número absoluto de analfabetos no Brasil é constante, mas muito lenta para um país que está se colocando como uma das forças para a economia mundial. Além disso, o ní- vel da alfabetização desses jovens e adultos é muito baixo, eles deixam de ser analfabetos, mas não agregam valores a sua formação profissional e muito menos ao seu exercício de cidadania. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 10 A TU A lI D A D ES Cotas nas universidades públicas A polêmica a respeito do sistema de cotas tem dois eixos básicos: os que defendem, porque veem nela uma forma de se resgatar uma injustiça histórica em função escravidão que se fez presente em mais de três séculos da história do Brasil, assim como o grave problema da segregação social, derivado da brutal concentração de renda no Brasil, que com as cotas seria feita uma correção destas injustiças. Já os contrários alegam que no Brasil existe a necessidade de melhorar a educação pública e não de uma forma diferenciada de tratamento no acesso às universidades públicas, eles alegam que isso poderá estimular a segregação racial, que alguns chegam a afirma que nem existe. É fato conhecido por todos que a desigualdade social é o principal problema da sociedade brasileira, não só da atualidade, mas de todos os tempos. O acesso à educação e à saúde de qualidade é sem dúvida um dos maiores, senão o maior, dos problemas vivenciados por um número considerável de brasileiros. A diferença do momento atual é que se passou da discussão, de que se precisa fazer alguma coisa, para uma pratica efetiva. E é claro que vários interesses serão afetados e os interessados irão, assim como estão fazendo, se manifestar. Estes avanços são traços das conquistas da sociedade organizada que faz presente tanto no Congresso Nacional quanto junto ao Executivo, discutindo e fazendo pressão em favor de suas demandas. No dia 15 de outubro de 2012, foi publicado no Diário Oficial da União o decreto, assinado pela presidenta da República Dilma Rousseff, que garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência. O total de vagas reservadas às cotas será subdividido – metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio (per capita) e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas baseado no último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O decreto exige ainda que 12,5% das vagas (cada curso e turno) já estejam reservadas para os cotistas nos processos seletivos que ingressarão em 2013, para as instituições que disponibilizem um número igual ou superior a mil vagas. A avaliação do cumprimento será realizada por um comitê composto por representantes do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Não poderão concorrer às vagas estudantes que tenham, em algum momento, cursado em escolas particulares parte do ensino médio. Porcentagens Definidas pelo Decreto • Ampla concorrência: 50% das vagas de cada universidade serão disputadas por qualquer estudante que tenha concluído o ensino médio (no caso dos institutos de nível médio, por qualquer estudante que tenha concluído o fundamental) • Reserva de vagas (cotas): 1. 50% das vagas serão reservadas para estudantes que cumpram o seguinte requisito – ter concluído o ensino médio integralmente em escola pública (no caso dos institutos de nível médio, o candidato deve ter cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública) ou ter obtido o certificado de conclusão do ensino médio (para a seleção nos institutos, o certificado de conclusão do fundamental) 2. Dentro destas vagas reservadas, uma porcentagem será destinada a estudantes de acordo com sua renda familiar e outra a estudantes pretos, padros e indígenas: – pelo menos 50% das vagas reservadas (ou seja, 25% do total de vagas) serão destinadas a estudantes com renda familiar mensal bruta de igual ou inferior 1,5 salário mínimo (per capita) – por membro familiar. A porcentagem de cotas para pretos, pardos e indígenas varia em cada Estado e será definida pelo peso de cada uma dessas populações segundo o mais recente Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); porém, os candidatos desses três grupos disputarão entre si um número de vagas equivalente à soma das três populações. Prazos para a lei entrar em vigor • 2013: 12,5% do total de vagas reservadas; • 2014: 25% do total de vagas reservadas; • 2015: 37,5% do total de vagas reservadas; • 30 de agosto de 2016: cumprimento total da lei (50% de todas as vagas reservadas). Seleção de candidatos Os candidatos serão selecionados a partir de três grupos: • Egressos de escola pública com renda familiar de até 1,5 salário mínimo (grupo subdividido entre os que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas e os demais); • Egressos de escola pública com renda familiar maior que 1,5 salário mínimo (grupo subdividido entre os que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas e os demais); • Demais estudantes. TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS E INFlUÊNCIA DA ECONOMIA NA SOCIEDADE GlOBAl A velha ordem mundial chegou ao seu final, com o fim da Guerra Fria (1946‑1991), em razão do colapso da União Soviética em 1991. O holocausto nuclear que todos temiam não aconteceu,e o mundo bipolar deixara de existir. Assim, a Guerra‑Fria chegou ao seu final e o mundo ficou livre do pesadelo da Terceira Guerra Mundial – como era chama- da a hipótese de um confronto atômico entre os Estados Unidos da América e a URSS. O mundo podia dormir em paz. Como vencedor, tinha‑se o capitalismo, uma vez que o socialismo – pelo menos aquele defendido pelos soviéticos – encontrava‑se liquidado. O receio do confronto que levaria ao caos total da humanidade não era mais uma realidade para o mundo. A partir desse momento, o mundo podia fazer projetos de médio a longo prazo. Para alguns analistas, iniciava‑se, naquele momento uma Nova Ordem Mundial, que tinha como pilares: a paz, a prosperidade do sistema capitalista, a democracia e integração econômica mundial. Tudo isso capitaneado pelo progresso e promovido pelas grandes inovações no setor produtivo, que facilitariam a livre cir- culação de mercadorias, de capitais, de pessoas, de ideias e de culturas pelo mundo. Ou seja, era a materialização de uma situação de globalização que passara a vigorar, com a integração de mercados livres e fronteiras aberta às pessoas, pelo menos isto foi o que se acreditou nos primeiros anos pós Guerra Fria, a realidade posterior demonstraria uma situação bem diversa. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 11 A TU A lI D A D ES Durante a década de 1990, muitos acreditavam que a entrada do novo Milênio seria a consagração da integração mundial das nações e dos povos, uma vez que havia uma nova estrutura de relações sociais facilitada pela evolução do sistema de transporte e de comunicações. E que a garantia do bem‑estar da maioria da humanidade seria feita por meio da crescente produção agora mundial, e graças aos avanços tecnológicos, principalmente nos setores de transportes e comunicações iria aproximar pessoas e produtos em todo o mundo. E a estabilidade econômica seria garantida plena- mente pelas leis de mercado, que com pouca ou nenhuma intervenção do Estado regularia todas as relações econô- micas e, com isto, o mundo estaria livre da possibilidade de ocorrência de crises na sua economia, era a fé na mão invisível do mercado. Contudo, depois de mais de uma década de tais profecias, o planeta parece mergulhado em incertezas e problemas, ainda maiores, e os princípios enunciados não se cumpriram, ou apenas se cumpriram parcialmente. Quando da queda das torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, não caía somente um dos símbolos do progresso capitalista, mas, também, reforçavam‑se os embates entre as diferenças exis- tentes entre os povos, devido às suas mais variadas formas culturais, sociais, políticas e econômicas. Assim, a última década do século XX e a primeira do século XXI tiveram como principal acontecimento o fim da Guerra‑Fria, no que tange aos elementos político, social e econômico. Afinal, o desmonte do clima de possibilidade de uma guerra nuclear que levaria à destruição do mundo, dá ao mundo uma sensação de que haverá um longo futuro, não tão em paz como todos querem, ou pelo menos o que a maioria diz querer, mas a possibilidade de futuro pacífico passa a ser bem mais real. Na economia assiste‑se à formação de grandes blocos econômicos que buscam uma forma de fortalecimento das economias dos países membros para poderem sobreviver em um mundo cada vez mais globalizado. Isso não quer dizer que – apesar da retórica em defesa da liberalização da economia mundial – não continue existindo situações de protecionismo no mundo globalizado. Em termos tecnológicos, o mundo passa por um grande processo de transformações. As inovações do setor produ- tivo criam novos hábitos de consumo, novas formas de vida. Por outro lado, isto não significa que todos passaram a ter acesso às facilidades adquiridas com a alta tecnologia. As tra- dicionais formas de administração do trabalho baseadas no fordismo e no taylorismo são, quando não substituídas ao menos questionadas, por métodos mais eficientes, baseados no toyotismo, que é um modelo de administração baseado na flexibilização da produção. Diferente do modelo fordista, que produzia em grande escala e estocava essa produção. O novo modelo de produção se baseia na produção apenas do necessário, por isso, ocorre a redução máxima de estoques. Essa remodelagem de es- trutura propõem uma produção decorrente da demandada, ou seja, no momento em que se necessita se produz que é o chamado: Just in Time. Passa‑se há ter uma preocupação maior quanto à quali- dade do produto, justamente por se trabalhar com pequenos lotes, o que dá origem ao modelo de Qualidade Total. A in- trodução dos novos sistemas tecnológicos e dos padrões de organização do trabalho que os acompanham, tem elevado substancialmente a produtividade do trabalho. Por outro lado tem diminuído a necessidade de grandes contingentes de trabalhadores. As máquinas passam a produzir muito mais com muito menos trabalhadores. Esse crescente potencial de produção, com menos mão de obra humana imposta pela revolução tecnológica, eleva, por outro lado, o chamado desemprego estrutural ou tecnológico. Uma das maiores marcas da economia mundial é o desemprego, trabalhadores ao redor do mundo estão sem encontrar trabalho, e o pior de tudo, sem encontrar perspectiva de se empregar em um futuro a curto ou médio prazo. Os altos índices de desemprego atormentam governos e trabalhadores em países como Espanha, Grécia, Portugal e mesmo a economia mais forte do mundo os Estados Unidos, onde o presidente Barak Obama, em seu segundo mandato luta contra uma média de desemprego que não quer se reduzir, apesar de todos os esforços levados a cabo pelo seu governo. Os altos índices de desemprego decorrentes da inte- gração à produção das altas tecnologias acentuaram ainda mais o quadro de desigualdades sociais. As reações as estes processos de concentração de riquezas têm se mostrado bastante diversas em várias regiões: na Europa, por exemplo, os velhos nacionalismos, recheados de ideias preconceitu- osas e de discriminação, têm levado à vitória de governos de ora direita em vários países ora de esquerda. Mas com plataformas de governo díspares, porem com práticas seme- lhantes, os eleitos têm prometido aumentar o controle sobre a entrada de imigrantes em suas fronteiras. Uma das maiores causas de conflitos no mundo atual são os fundamentalismos e as intolerâncias – em sua grande maioria de origem religiosa. Os conflitos no Oriente Médio, por exemplo, apresentam‑se, ainda, distante de uma solução pacífica. A população jovem dos países árabes se revoltou contra as estruturas ditatórias há décadas no poder em seus paí- ses e passaram a lutar por reformas que pudessem levar às suas vidas um pouco de esperança em um futuro de maior prosperidade. Em alguns casos com êxito na derrubada dos ditadores, como foi na Tunísia (Bem Ali), onde tudo começou, no Egito (Hosni Mubarak), na Líbia (Muamar Kadafi) e no Iêmen (Abdullah Salem). Na Síria o ditador (Bashar Assad) massacra o seu povo quase dois anos, onde mais de 40 mil pessoas já perderam suas vidas. PODER ECONÔMICO E RESPONSABIlIDADE SOCIAl A crise econômica da atualidade tira o sossego de go- vernantes e de milhões ao redor do mundo, principalmente pelo seu caráter de imprevisibilidade, ao longo de 2013 a economia mundial vai voltar a crescer e o desemprego diminuir ou não? Esta resposta é o tormento de muitos. A crise econômica não surgiu do nada, ela foi gerada existe um debate profundo das suas causas. Mas ninguém duvida de que a dívida dos Estados Unidos é a maior preocupação mundial, ela está em torno de 14 trilhões de dólares e a mesma não para de crescer cada vez mais. Mesmo com gastos astronómicos do governo Obama o desemprego não descresse e muito menosa economia volta a ter um cresci- mento sustentável. Para se entender o início da dívida deve‑se ir ao início do século XXI nos EUA onde o mercado imobiliário passou por uma fase de expansão acelerada. O FED (Banco Central norte‑americano) passou a reduzir a taxa de juros, a de- manda por imóveis cresceu, atraindo compradores. Muitas famílias hipotecaram seus imóveis para terem como pagar suas dívidas ou mesmo como aumentar o consumo. É o que se chama bolha imobiliária, em que os bancos de olho juros extras com os financiamentos passam a emprestar dinheiro para clientes duvidosos em suas possibilidades de pagamentos são os chamados clientes subprime (de baixa Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 12 A TU A lI D A D ES renda, às vezes com histórico de inadimplência elevado). Ou seja, cliente duvidoso juros maiores, os agentes financeiros (bancos) sem regulação e sem controle dos órgãos governa- mentais emprestaram se garantia de retorno. Logo alguns bancos começaram a negociar as carteiras hipotecarias no mercado de derivativos, em operações ultrassofisticadas. Logo estes títulos eram passados a outros negociadores que repassavam a outros e o sistema não parava de crescer em montante de dinheiro de instituições financeiras do mundo participando, deste que parecia um oásis sem fim. Porem tudo começa a dar errado, pois o primeiro tomador do empréstimo não consegue pagar os seus financiamentos, com isto inicia‑se uma crise do sistema de hipotecas. Primeiro reflexo foi a redução de dinheiro para novos empréstimos não se sabia quem iria ou não pagar, o dinheiro some. Como nos anos inicias do século XXI havia uma grande quantidade de dinheiro no mercado e um consumismo exagerado, os preços se elevaram, ou seja, inflação, e para contê‑la o governo dos EUA inicia um processo de elevação da taxa de juros em 2004 para conter a elevação dos preços. Como consequência o crédito fica mais caro, muitos mutu- ários não conseguem pagar os seus empréstimos. Logo a oferta de imóveis supera a demanda, os preços desabam. É o início do estouro da bolha imobiliária. Um processo vai alimentando o outro. Os juros se elevam e as dívidas também, as hipotecas encarecem e deixam de serem pagas; elevação da inadimplência, os bancos tomam as casas e deixam de ofertar crédito, o dinheiro que já estava pouco quase some. A economia dos EUA como um todo vai desacelerando em razão da falta de dinheiro novo no mer- cado e de credito do sistema bancário, conclusão: menos dinheiro disponível, as compras deixam de ser feitas, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados, e o pior milhares de empregos são cortados, pois há uma contração geral na demanda. Instala‑se uma crise geral no sistema bancário, os bancos começam a desconfiar de todos e de tudo, os empréstimos interbancários vão sendo reduzidos, as notícias de quebradeiras no sistema bancário americano e mundial se alastram. O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia sido conge- lado. Começaram a surgir os pedidos de concordata. A crise dos títulos subprime afeta o sistema bancário, o dinheiro fácil que outrora era vislumbrado desaparece, várias instituições financeiras que estavam encoradas nestes títulos viram seus ativos virarem pó de um dia para o outro foram a falência. Os bancos do mundo reduzem os financiamentos, a atividade econômica reduz a produção, os empregos são cortados e a esperança de solução fácil não existe. Neste momento o mundo percebe o que realmente significa estar globalizado, ter toda a economia interligada e interdependente, ou seja, uma crise em país, aliás, em um setor da economia deste país, leia‑se: setor hipotecário dos EUA. Significa que a mesma afetará toda a economia mundial. Pois não existem mecanismos capazes e eficientes de proteção contra a contaminação econômica em escala mundial como foi a crise econômica iniciada no setor imo- biliário dos EUA, com os não pagamentos das hipotecas pelos milhares de cidadãos daquele país. A recessão é uma consequência para vários países, onde vários governantes tentam de todas as formas encontrar medidas para dina- mizarem suas economias com a retomada dos créditos em alguns. Já em outros com cortes nos gastos públicos e com elevação dos impostos em que os resultados de forma geral são reduzidos e com grandes sacrifícios para a maior parte de suas populações, como exemplo os países europeus dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Panorama da Economia Brasileira O Brasil está localizado no continente americano e ocupa a parte centro‑oriental da América do Sul. É cortado pelo Equador e Trópico de Capricórnio, com a maior parte de suas terras situando‑se nas latitudes mais baixas do globo, o que lhe confere as características de país tropical. Os limites se estendem por 23.086 km, que 15.719 km correspondentes à linha divisória com países da América do Sul, dos quais apenas o Chile e o Equador não têm frontei- ras com o Brasil. A costa brasileira se estende pelo Oceano Atlântico, cobrindo 7.367 km. Nesta linha costeira, observa‑se a ausência de acidentes geográficos de expressão: terra e mar coexistem harmoniosamente, isto é, o mar não invade a terra, e a terra não invade o mar. Com uma área de 8.547.403,5 km2, o Brasil configura‑se como o maior País do Continente Sul‑americano e, no mundo, só é superado pela Rússia, Canadá e República Popular da China, se consideradas apenas as terras continuas, e pelos Estados Unidos, levadas em conta as terras descontinuas. Dono de grandes diversidades geográficas, econômicas e sociais, possui uma extraordinária unidade nacional, sedimentada pela língua portuguesa, falada em todas as regiões. O povoamento do território, feito no sentido da costa para o interior, produziu sérias distorções, agravadas pelo processo de industrialização iniciado nos anos 1930. Metrópoles superpopulosas no Sul e Sudeste convivem com a baixa densidade demográfica na zona rural e na Amazônia. Pare por um instante e pense na seguinte pergunta: quais os principais problemas que o Brasil vive atualmente? Com toda a certeza você deve ter listado entre eles: • Corrupção entre os dirigentes do Estado, em seus vários níveis de poder, e mesmo quando são pegos, a maioria se safa até com certa facilidade. • Educação de baixa qualidade, analfabetismo elevado e falta de vagas nas escolas públicas capaz de atender à demanda. • Atendimento médico hospitalar insuficiente para satisfazer às necessidades elementares de acompa- nhamento da população. • Saneamento básico com o mínimo e não com o bási- co. Muitas cidades não possuem uma coleta seletiva de lixo, e o seu esgoto nem sempre é devidamente tratado. • Sistema de segurança pública extremamente ineficien- te que deixa a população em estado de alerta constan- te, pois a mesma se sente insegura e desprotegia. • Rede viária em estado lastimável, estradas com pouca manutenção tornado as viagens perigosas, portos e aeroportos incapazes de atenderem à demanda por seus serviços. • Elevada carga tributária, com retorno ineficiente dos gastos públicos, principalmente com o desperdício e a má gestão dos recursos. • E você deve ter listado também a má distribuição das riquezas existentes no Brasil, em que a maior parte da população tem um ganho que mal dá para se sustentar. Nota‑se que os problemas são muitos e de muitos seto- res, mas o problema gênese, aquele que está na origem de quase todos os problemas vividos, atualmente, pela maioria dos brasileiros, é justamente a grande concentração de riqueza. O Brasil tem, comparativamente, uma das maiores concentração de riqueza entre todas as nações do planeta. Em novembro de 2012 o IBGE divulgou dados que apre- sentam uma melhora na diferença entreos mais ricos e os mais pobre no Brasil. Porém os 20% mais ricos e os 20% mais Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 13 A TU A lI D A D ES pobres ainda apresentam grandes diferenças, mas tem apre- sentado uma queda considerável nos últimos dez anos. Entre 2001 e 2011 o rendimento familiar per capita da fatia mais rica caiu de 63,7% do total da riqueza nacional para 57,7%. No mesmo período, os 20% mais pobres apresentaram crescimento na renda familiar per capita, passando de 2,6% do total de riquezas do país em 2001 para 3,5% em 2011. Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada no final de novembro de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Leonardo Athias, pesquisador da Divisão de Indicadores Sociais do instituto, a redução da desigualdade no período deve ser atribuída às políticas de redistribuição de renda no país, com valorização do salário mínimo, expansão do Bolsa Família e ganhos educacionais, que permitem ao trabalhador almejar postos mais altos. “Nós tivemos um duplo fenômeno. Uma diminuição da desigualdade, por um lado alavancada pelas políticas de renda, valorização do salário mínimo e programas sociais, direcionados à base da pirâmide de rendimentos, além de ganhos educacionais, tornando a população um pouco mais homogênea e ela pode almejar postos mais altos.” O pesquisador também destacou o crescimento econômi- co ao longo da década passada como indutor das melhorias sociais. Outro fator importante foi o controle da inflação, iniciado na década de 1990 e mantido após 2000, respon- sável por preservar o salário das classes mais pobres, que não tinham proteção via aplicações no sistema financeiro. Outro índice mostrado na pesquisa do IBGE que demons- tra a redução da desigualdade no país é o coeficiente de Gini, que vem apresentando uma redução constante a cada ano, desde a década de 1990, quando atingiu o nível mais alto, de 0,602, chegando a 2011 com 0,508. Quanto menor o número, menos desigual é o país. Os extremos do coeficiente para o ano de 2011, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foram de 0,586 para Angola e 0,250 para a Suécia. O problema é tão sério que os 10% dos mais ricos, em média, possuem algo em torno da metade de toda a riqueza nacional. Já a metade dos mais pobres possuem menos riquezaque os 1% dos mais ricos, algo em torno de 13% da riquezanacional. Vale salientar que nestes últimos anos tem ocorrido uma diminuição acentuada da miséria no Brasil, entre os vários fatores que têm contribuído para este fenômeno estão: • Os programas sociais de distribuição de renda como o Bolsa‑Família que está atendendo por volta de 13 milhões de famílias, e tem provocado uma elevação da qualidade de vida de quase um quarto da população total do Brasil; • A expansão do crédito que tem favorecido o crescimen- to da demanda, que ajuda por sua vez na elevação das atividades econômicas; • A elevação do salário mínimo acima da inflação, com ganhos reais para o trabalhador assalariado; • Elevação da atividade econômica que tem provocado uma diminuição do desemprego em vários centros urbanos do Brasil. Mas, atualmente, um dos temas mais cobrados pelas bancas examinadores quando vão tratar a respeito dospro- blemas brasileiros, não é o da distribuição de renda, mas sim aquele problema que mais tem afligido a população em geral, tanto nos grandes, médios e pequenos municípios que é o da falta de segurança pública e do elevado crescimento da violência. Este é, sem dúvida, um dos problemas mais relevantes para a população atualmente, pois ele significa a diferença entre viver ou morrer. A população está muito assustada, pois ela se sente insegura e desprotegida, e isso tem refletido nas provas de concursos pelo Brasil afora. A GlOBAlIZAÇÃO E AS NOVAS TECNOlOGIAS DE TElECOMUNICAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS, POlÍTICAS E SOCIAIS A globalização da economia é um fenômeno de integra- ção econômica dos mercados mundiais. A primeira pergunta a ser feita é se este processo de integração econômico é recente ou é antigo. Pois bem, a resposta não é bem simples. Partindo do conceito simples de integração econômica dos povos, podemos dizer que a globalização já vem ocor- rendo há centenas de anos. Partindo deste pressuposto, o Império Romano seria uma de suas primeiras grandes manifestações. Porém, pode‑se indagar, se aquele era na verdade um processo de integração forçada, no qual os que resistiam eram transformados em escravos e os que aceitavam em tributários. Desse episódio, advém a primeira constatação da globalização como sendo um fenômeno que traz resultados diferentes a todos os participantes de seu processo de integração. De um lado, têm‑se os globalizadores e “grandes vence- dores” e, de outro, os globalizados e “ganhadores menores”. Não se pode falar em apenas perdedores, pois o processo de globalização realiza‑se por meio de uma manifestação voluntária dos povos. Não resta dúvida que um dos maiores processos de in- tegração foi aquele operado no mundo entre os séculos XV e XVI, no qual a Europa conseguiu integrar ao mundo três novos continentes; América, África e Ásia. O processo de integração mundial vivenciada atualmente é diferente de todos os processos anteriores de integração econômica devido à grande velocidade com que esta integra- ção se dá. Atualmente, os meios de transporte e de comuni- cação são altamente eficientes, velozes e com baixos custos. Entre as principais características daglobalização estão: Anos 1980 • A riqueza global pertence às grandes corporações. • Os Estados desenvolvidos são incapazes de manter a assistência social. • Com o esgotamento do Estado assistencialista, surge o neoliberalismo, no Reino Unido e nos EUA. • O lucro é obtido com o foco na competitividade, melhor preço e mais qualidades, buscando redução dos custos de produção. • Os transportes e as comunicações modernos, eficientes e baratos permitiram as empresas adotarem a estra- tégia global de fabricação, decompondo o processo produtivo. • A produção deixa de ser local e passa a ser global. Década de 1990 • O consumo passa a ser mundial. • Essa situação necessita de uma eliminação de barreiras tarifárias. • A globalização força as empresas a buscarem compe- titividade e qualidade, promovendo acelerado avanço tecnológico. • Modernização dos processos produtivos com a infor- matização, automatização e robotização dos processos. A consequência é o desemprego. Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09. A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal. 14 A TU A lI D A D ES • Alta tecnologia nos setores de transportes e de comu- nicação reduzem os espaços no mundo, a integração acontece na política, na cultura e, sobretudo na eco- nomia. • Enormes ganhos de produtividade devido à introdução de novos métodos de produção com a alta tecnologia. • Formação de grandes blocos econômicos; MERCOSUL, UNASUL, UE. • Incorporação rápida de mercados com a formação de grandes conglomerados econômicos: empresas transnacionais. • Implantação da doutrina econômica neoliberal em quase todo o mundo. • Domínio do capital volátil nas transações globais que se apresentam bastante ágil na busca de elevados lucros. • Formação cultural de massa com típicos padrões de eliminação de culturas locais. Século XXI • Aprofundamento do processo de fusão entre empresas. • Formação de grandes conglomerados econômicos com o objetivo de redução de custos e elevação dos lucros. • Livre fluxo de: comércio de mercadorias; recursos financeiros, informações. • Diminuição da soberania dos países. • Ganhos de produtividade com a alta
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