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Júlio César Gabriel • Anderson Lopes • Welma Maia • Luis Guilherme Gomes Winther 
Neves • Edgard Antônio Lemos Alves • Maurício Nicácio
2016
Atualidades • Gestão de Pessoas e do Atendimento ao Público • Ética do Servidor 
na Administração Pública • Administração Pública Brasileira • Regime Jurídico dos 
Agentes Públicos
“O que é uma apostila preparatória? É uma apostila elaborada antes da 
publicação do edital, com base nos concursos anteriores, ou no último edital, 
para permitir ao aluno antecipar seus estudos. Comece agora a se preparar”.
PREPARATÓRIA
Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
© 2016 Vestcon Editora Ltda.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida 
a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da 
editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro-
gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração 
da obra, bem como às suas características gráficas.
Título da obra: Ministério da Fazenda – Preparatória – Módulo 2
Assistente Técnico-Administrativo
Conhecimentos Básicos e Específicos – Nível Médio
Atualizada até 8-2016 (AM308)
(Conforme Edital Esaf nº 5, de 28 de Janeiro de 2014 – Esaf)
Atualidades • Gestão de Pessoas e do Atendimento ao Público
Ética do Servidor na Administração Pública • Administração Pública Brasileira
Regime Jurídico dos Agentes Públicos
Autores:
Júlio César Gabriel • Anderson Lopes • Welma Maia • Luis Guilherme Gomes Winther Neves
Edgard Antônio Lemos Alves • Maurício Nicácio
GESTÃO DE CONTEÚDOS 
Welma Maia
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Dinalva Fernandes
Érida Cassiano
Micheline Cardoso
CAPA
Lucas Fuschino 
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Marcos Aurélio Pereira
Adenilton da Silva Cabral
www.vestcon.com.br
Este eBook foi adquirido por RYAN ANDRADE - CPF: 069.943.735-09.
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Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade .......................................................................................................... 18
Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social ......................................................18
O debate sobre a legalização das drogas e seu impacto sobre as políticas públicas e sobre a sociedade ........................21
Tecnologia e educação ......................................................................................................................................................... 22
Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado ...........................................16
Movimentos sociais na era da internet ............................................................................................................................... 16
Conselhos de políticas públicas ........................................................................................................................................... 17
Instrumentos de participação e controle social .................................................................................................................. 22
Transformações das estruturas produtivas e influência da economia na sociedade global ..............................................10
A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais ........13
Poder econômico e responsabilidade social ....................................................................................................................... 11
Norma Brasileira de Diretrizes sobre Responsabilidade Social – ABNT NBR ISO 26000: 2010 ..........................................14
Educação e trabalho .............................................................................................................................................................. 8
Desenvolvimento Sustentável e Administração Pública ....................................................................................................... 3
Origem e evolução do conceito de Desenvolvimento sustentável ....................................................................................... 4
Questões ambientais contemporâneas: 
 mudança climática, efeito estufa, chuva ácida, biodiversidade ......................................................................................... 7
A nova ordem ambiental internacional – Rio/92, Agenda 21, Rio+ 20 ............................................................................ 5/7
O serviço público e os desafios da sustentabilidade: 
 Agenda Ambiental da Administração Pública; Contratações Sustentáveis, Plano de Logística Sustentável. ......................5
SUMÁRIO
Atualidades
MINISTÉRIO DA FAZENDA
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AtuAlidAdes
Júlio César Gabriel
DESENVOlVIMENTO SUSTENTÁVEl E 
ADMINISTRAÇÃO PÚBlICA
Os seres vivos sempre fazem parte de comunidades 
heterogêneas, mantendo, com o meio físico e entre si, rela-
ções de interdependência, ainda que remotas. Cada espécie 
necessita de substâncias ou componentes básicos do meio 
para sua alimentação, reprodução e proteção.Além disso, 
há exigências quanto à estrutura e topografia do ambiente 
para que a espécie desenvolva seus hábitos característicos.
Tudo isso faz com que cada espécie somente se desenvolva 
em ambiente onde existam composição e estrutura favoráveis, 
chamado de habitat, de maneira geral. Mas o ambiente ou 
habitat não é constituído exclusivamente pelo meio físico.
Frequentemente, o nicho ecológico, isto é, o alimento, 
o material para a construção de ninhos ou os meios de pro-
teção, são oferecidos ou disputados por outros seres vivos, 
seus concorrentes ou predadores.
A integração equilibrada de todos esses fatores (físicos, 
químicos e biológicos) é que permite e regula a sobrevivência, 
o desenvolvimento e o equilíbrio populacional de uma deter-
minada espécie biológica. Nesses ciclos ecológicos, há uma 
reciprocidade na qual a economia da natureza não significa o 
predomínio desta ou daquela espécie; significa, sim, o desen-
volvimento harmônico e equilibrado de todos os seres vivos.
O desequilíbrio ambiental ocorreu exatamente porque a 
base do sistema econômico atual está calcada na busca inces-
sante de lucros, o processo de globalização que faz com que as 
necessidades humanas sejam acrescidas de fatores até então 
desconhecidos por vários povos. Exemplo os povos orientais 
não tiveram em sua constituição gastronômica a utilização de 
elementos lácteos e seus derivados, mas nesta última década o 
consumo e a demanda por tais produtos provocaram mudanças 
no meio ambiente em várias partes do mundo, pois pecuaristas 
visando lucro buscam mecanismo para aumentarem a oferta 
destes produtos e com isto amealharem mais lucros.
Outra marca forte da atual sociedade é o individualismo e 
egocentrismo, principalmente no que tange à satisfação das 
necessidades e prazeres materiais, pois o consumismo desen-
freado provoca uma utilização extrema do meio ambiente. 
O mesmo é visto como infinito em suas capacidades, tanto de 
fornecimento de matérias‑primas para serem transformadas em 
mercadorias – visando satisfazer as necessidades e os desejos 
de conforto e bem‑estar –, quanto de reciclagem e absorção dos 
despojos resultantes de um consumo desenfreado (todos os ti-
pos de lixos, gases poluentes, materiais tóxicos e tantos outros).
Os impactos sobre o meio ambiente, como a emissão de 
gases poluentes, a erosão, a desertificação, o desmatamento, 
a poluição de recursos hídricos, a disposição de resíduos tóxicos, 
a eutrofização, afetam a biodiversidade da flora e da fauna.
No entanto, a partir da década de 1970, a humanidade 
começou a tomar consciência dos seus impactos sobre a na-
tureza, devido principalmente às consequências econômicas 
que as reações da natureza a esses impactos geravam, como 
mais gastos com saúde pública. Isso levou ao surgimento de 
uma nova abordagem de desenvolvimento econômico con-
ciliatório com a conservação ambiental, ou seja, o conceito 
de desenvolvimento sustentável.
Em 1972, foi realizada, em Estocolmo, a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. A partir de 
então, a questão ambiental começou a alcançar uma maior 
visibilidade no cenário global, sendo, relativamente, mais 
enfatizada na formulação de políticas de instituições gover-
namentais oficiais de várias nações. Nos anos de 1980, sur-
giram, principalmente na Europa, organizações defendendo 
um uso mais equilibrado do meio ambiente e uma economia 
baseada no desenvolvimento sustentável. Em junho de 1992, 
a cidade do Rio de Janeiro foi palco da Conferência das Na-
ções Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento 
(CNUMAD), um encontro internacional, chamado “Rio/92” 
ou “ECO/92”, promovido pela ONU. O tema central foi o 
meio ambiente, principalmente o que fazer para se conciliar 
a busca de desenvolvimento econômico e a preservação do 
meio ambiente, ou seja, sustentabilidade.
O conceito de desenvolvimento sustentável mais aceito 
atualmente foi difundido pelo Relatório da Comissão Brun-
dtland, também conhecido como Nosso futuro comum, de 
1988. De acordo com o relatório, o desenvolvimento susten-
tável deveria proporcionar o atendimento às necessidades 
das gerações presentes sem, no entanto, comprometer a 
possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas 
próprias necessidades.
A partir desse momento, foi amplamente defendida 
a ideia de que o desenvolvimento econômico deveria ser 
acompanhado de uma responsabilidade voltada às gerações 
presentes e futuras –, buscando meios de atender as necessi-
dades humanas por conforto e bem‑estar, sem comprometer 
o equilíbrio ambiental, e com isto garantir a capacidade que o 
meio ambiente possa no futuro oferecer condições para a sa-
tisfação das necessidades das gerações que ainda estão por vir.
Em última instância, seria um desenvolvimento susten-
tável capaz de manter os recursos naturais para o mundo 
futuro. O pressuposto básico refere‑se ao fato de ser possível 
conciliar e harmonizar o desenvolvimento econômico e a 
preservação e conservação do meio ambiente (o mesmo que 
Desenvolvimento Sustentável ou Sustentabilidade).
Vários são os passos a serem realizados para se alcançar 
o desenvolvimento sustentável, e um de grande relevância 
é o reconhecimento que os recursos naturais são escassos 
e, posteriormente, buscar uma nova forma de desenvolvi-
mento econômico que leve em conta a fragilidade do meio 
ambiente. Além disso, faz‑se necessário entender que a 
espécie humana, assim como todas as formas de vida sobre 
a terra, depende do uso equilibrado dos recursos naturais e 
que o próprio crescimento econômico também depende de 
uma utilização equilibrada do meio ambiente.
Desenvolvimento Sustentável
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentá-
vel é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da 
geração atual, sem comprometer a capacidade de atender 
as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento 
que não esgota os recursos para o futuro.
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Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas 
para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: 
o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Foi usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brun-
dtland, um relatório elaborado pela Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, criado em 1983 pela 
Assembleia das Nações Unidas.
A definição mais usada para o desenvolvimento susten-
tável é:
O desenvolvimento que procura satisfazer as ne-
cessidades da geração atual, sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de satisfazerem 
as suas próprias necessidades, significa possibilitar 
que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível 
satisfatório de desenvolvimento social e econômico 
e de realização humana e cultural, fazendo, ao mes-
mo tempo, um uso razoável dos recursos da terra 
e preservando as espécies e os habitats naturais. 
Relatório Brundtland.
Origem e Evolução Desenvolvimento Sustentável
A origem e evolução do conceito de Desenvolvimento 
sustentável é o tripé que reúne as responsabilidades social, 
econômica e ambiental, de forma a atender as necessidades do 
presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
de atender às suas próprias necessidades.
Uma das possíveis saídas é a redução do consumo de 
matérias‑primas e uma maior reutilização de matérias, 
como a reciclagem de materiais já utilizados. O desenvol-
vimento econômico é uma necessidade dos países ricos e, 
sobretudo, dos países pobres, mas o caminho a seguir não 
deve ser o mesmo realizado pelos iniciadores da Revolução 
Industrial, visto que estes degradaram e poluíram bastante 
o planeta. Em grande medida os problemas ambientais, da 
atualidade, decorrem de décadas de degradação e destrui-
ção provocadas pelos países mais ricose industrializados do 
mundo.
Há uma necessidade urgente de que o desenvolvimento 
industrial dos países em processo de industrialização, os cha-
mados emergentes, e aí principalmente os do BRIC – Brasil, 
Rússia, Índia e China e mais recentemente a África do Sul –, 
seja feito de forma responsável e equilibrada, o que não está 
acontecendo, sobretudo na China.
O mundo precisa cada vez mais de combustíveis, o consu-
mo de energia é gigantesco e a principal fonte é a de origem 
fóssil – carvão mineral, petróleo e gás natural – combustíveis 
que, quando queimados, jogam na atmosfera uma enorme 
quantidade de gases poluentes, responsáveis pela elevação 
do fenômeno natural chamado “efeito estufa”.
A busca por um combustível renovável e menos poluente 
é uma necessidade urgente; algumas ações estão sendo 
levadas a cabo, porém ainda não estão surtindo efeitos 
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visíveis de grande monta. A pergunta é: ainda dá tempo? 
As gerações do futuro vão esperar que sim. Caso contrário, 
o meio ambiente, se permanecer como atualmente, poderá 
ser comprometido de forma permanente e irreversível.
Agenda 21
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no 
Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). 
A CNUMAD é mais conhecida como Rio 92, referência à ci-
dade que a abrigou, e também como “Cúpula da Terra” por 
ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes.
179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram 
a Agenda 21 Global, um programa de ação baseado num 
documento de 40 capítulos, que constitui a mais abrangente 
tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um 
novo padrão de desenvolvimento, denominado “desenvol-
vimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi usado no 
sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo 
modelo de desenvolvimento para o século XXI.
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de 
planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, 
em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de 
proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamen-
to participativo para o desenvolvimento sustentável do país, 
resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi 
coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento 
Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das 
diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por 
fim, em 2002.
A Agenda 21 Local é o processo de planejamento partici-
pativo de um determinado território que envolve a implanta-
ção, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e 
sociedade civil, o Fórum é responsável pela construção de um 
Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura 
as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, 
médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os 
meios de implementação e as responsabilidades do governo 
e dos demais setores da sociedade local na implementação, 
acompanhamento e revisão desses projetos e ações.
Para construir a Agenda 21 Local, o Programa Agenda 
21 do MMA publicou o Passo‑a‑Passo da Agenda 21 Local, 
que propõe um roteiro organizado em seis etapas: mobilizar 
para sensibilizar governo e sociedade; criar um Fórum de 
Agenda 21 Local; elaborar um diagnóstico participativo; e 
elaborar, implementar, monitorar e avaliar um plano local 
de desenvolvimento sustentável.
Além disso, para que o público possa saber mais sobre 
as experiências de Agenda 21 Local no Brasil, o MMA criou o 
Sistema Agenda 21 – um banco de dados de gestão descen-
tralizada que permite o compartilhamento de informações.
A Agenda 21 Local pode ser construída e implementada 
em municípios ou em quaisquer outros arranjos territo-
riais – como bacias hidrográficas, regiões metropolitanas e 
consórcios intermunicipais, por exemplo.
Para que uma Agenda 21 Local seja constituída, é impera-
tivo que sociedade e governo participem de sua construção.
O MMA apoia os processos de Agenda 21 Local e conta 
com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, cujo 
objetivo geral é fortalecer a implementação de Agendas 21 
Locais mediante o intercâmbio de informações e o estímulo 
à construção de novos processos.
Assim, por intermédio do Fundo Nacional de Meio Am-
biente (FNMA), o MMA apoia, desde 2001, a execução de 
93 projetos de construção de Agenda 21 Local, abrangendo 
167 municípios brasileiros.
A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo 
Federal (PPA) 2008/2011. O desenvolvimento do Programa 
Agenda 21 fundamenta‑se na execução de três ações fina-
lísticas: elaboração e implementação das Agendas 21 Locais; 
formação continuada em Agenda 21 Local; e fomento a 
projetos de Agendas 21 Locais (por meio do FNMA)
O Serviço Público e os Desafios da Sustentabilidade
A administração pública tem a responsabilidade de con-
tribuir no enfrentamento das questões ambientais, buscando 
estratégias inovadoras que repensem os atuais padrões de 
produção e consumo, os objetivos econômicos, inserindo 
componentes sociais e ambientais. Diante dessa necessidade 
as instituições públicas têm sido motivadas a implementar 
iniciativas específicas e desenvolver programas e projetos 
que promovam a discussão sobre desenvolvimento e a 
adoção de uma política de Responsabilidade Socioambiental 
do setor público.
Agenda Ambiental da Administração Pública
Nesse sentido, a Agenda Ambiental na Administração 
Pública – A3P se tornou o principal programa da administra-
ção pública de gestão socioambiental. O programa tem sido 
implementado por diversos órgãos e instituições públicas 
das três esferas de governo, no âmbito dos três poderes e 
pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por 
outros segmentos da sociedade.
É importante que as instituições públicas tenham parti-
cipação efetiva no processo de inserção da RSA e o Estado 
é o principal interlocutor junto à sociedade, possuindo uma 
ampla capilaridade e papel indutor fundamental para tornar 
as iniciativas atuais, e também as futuras, mais transparentes, 
estimulando a inserção de critérios de sustentabilidade em 
suas atividades e integrando as ações sociais e ambientais 
com o interesse público.
Além da capacidade de indução, há o poder de mobili-
zação de importantes setores da economia exercido pelas 
compras governamentais, que movimentam de 10 a 15% 
do Produto Interno Bruto (PIB), podendo ser usado para 
garantir a mudança e adoção de novos padrões de produção 
e consumo, buscando a redução dos impactos socioam-
bientais negativos gerados pela atividade pública. Dessa 
forma, o setor público pode contribuir com o crescimento 
sustentável, promovendo a responsabilidade socioambiental 
e respondendo às expectativas sociais.
A Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P é um 
programa, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, 
com a finalidade de promover a responsabilidade socioam-
biental e a adoção de procedimentos, referenciais de susten-
tabilidade e critérios socioambientais nas atividades do setor 
público A A3P é uma iniciativa que demanda o engajamento 
individual e coletivo, a partir do comprometimento pessoal 
e da disposição para a incorporação dos conceitos preconi-
zados, para a mudança de hábitos e a difusão do programa.
São objetivos da A3P:
I – orientar os gestores públicos para a adoção de prin-
cípios e critérios de sustentabilidade em suas atividades;
II – apoiar a incorporação de critérios de gestão socio-
ambiental nas atividades públicas;
III – promover a economia de recursos naturais e efici-
ência de gastos institucionais;
IV – contribuir para revisão dos padrões de produção e 
consumo e na adoção de novos referenciais de sustentabili-
dade no âmbito da administração pública.
A A3Ptrabalha com seis eixos temáticos:
I – uso racional dos recursos naturais e bens públicos;
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II – gestão adequada dos resíduos gerados;
III – melhoria da qualidade de vida no ambiente de 
trabalho;
IV – sensibilização e capacitação dos servidores;
V – contratações de bens e serviços com sustentabilidade;
VI – implementação de critérios para construções sus-
tentáveis.
Qualquer instituição da administração pública, de qual-
quer uma das esferas de governo, pode e deve implantar a 
A3P, basta decidir e promover as ações. Para auxiliar o proces-
so de implantação da agenda o Ministério do Meio Ambiente 
propõe aos parceiros interessados a sua institucionalização 
por meio da assinatura do Termo de Adesão que tem por 
finalidade integrar esforços para desenvolver projetos des-
tinados à implementação da agenda. A assinatura do termo 
demonstra o comprometimento da instituição com a agenda 
socioambiental e gestão transparente.
A A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) 
surgiu em 1999 e em 2001 foi criado o Programa Agenda 
Ambiental na Administração Pública. Em 2002, a A3P foi 
reconhecida pela Unesco devido à relevância do trabalho 
desempenhado e dos resultados positivos obtidos ao longo 
do seu desenvolvimento, ganhando o prêmio “O melhor dos 
exemplos” na categoria Meio Ambiente.
Diante da sua importância, a A3P foi incluída no PPA 
2004/2007 como ação integrante do programa de Educação 
Ambiental para Sociedades Sustentáveis, tendo continuida-
de no PPA 2008/2011. Essa medida garantiu recursos que 
viabilizaram a implantação efetiva da A3P, tornando‑a um 
referencial de sustentabilidade nas atividades públicas.
A partir de 2007, com a reestruturação do Ministério do 
Meio Ambiente, a A3P passou a integrar o Departamento 
de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental – DCRS, 
da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Am-
biental – SAIC.
Nesse novo arranjo institucional, a A3P foi fortalecida 
enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental do 
Governo e passou a ser uma das principais ações para pro-
posição e estabelecimento de um novo compromisso gover-
namental ante as atividades da gestão pública, englobando 
critérios ambientais, sociais e econômicos a tais atividades.
Atualmente, o principal desafio da A3P é promover a Res-
ponsabilidade Socioambiental como política governamental, 
auxiliando na integração da agenda de crescimento econô-
mico concomitantemente ao desenvolvimento sustentável.
• Portaria nº 217 de 30 de julho de 2008 – Institui o 
Comitê de Implementação da A3P no Ministério do 
Meio Ambiente.
• Portaria nº 61 de 15 de maio de 2008 – Estabelece 
práticas de sustentabilidade ambiental nas compras 
públicas.
Criada em 1981, a Lei da Política Nacional do Meio 
Ambiente (Lei nº 6.938) é considerada um marco histórico 
no desenvolvimento do direito ambiental, estabelecendo 
definições legais sobre os temas: meio ambiente, degrada-
ção da qualidade ambiental, poluição, poluidor e recursos 
ambientais. Esta lei instituiu, entre outros, um importante 
mecanismo de proteção ambiental – o estudo prévio de 
impacto ambiental (EIA) e seu respectivo relatório (Rima), 
instrumentos modernos em termos ambientais mundiais.
Em 1988, nossa Constituição Federal dedicou, em seu 
título VIII – Da Ordem Social – Capítulo VI, Artigo 225, nor-
mas direcionais da problemática ambiental, definindo meio 
ambiente como bem de uso comum do povo.
Já a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata 
dos crimes é considerada um marco na proteção efetiva do 
meio ambiente. Por sua vez, a Conferência da ONU sobre 
o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de 
Janeiro e conhecida como ECO‑92, sacramentou, em termos 
mundiais, a preocupação com as questões ambientais, refor-
çando os princípios e as regras para o combate à degradação 
ambiental. Uma das principais conquistas da conferência foi 
a elaboração da Agenda 21, instrumento diretriz do desen-
volvimento sustentável que concilia métodos de proteção 
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P, se 
fundamenta nas recomendações do Capítulo IV da Agenda 
21, que indica aos países o “estabelecimento de programas 
voltados ao exame dos padrões insustentáveis de produção 
e consumo e o desenvolvimento de políticas e estratégias 
nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentá-
veis de consumo”, no Princípio 8 da Declaração do Rio/92, 
que afirma que “os Estados devem reduzir e eliminar padrões 
insustentáveis de produção e consumo e promover políticas 
demográficas adequadas” e, ainda, na Declaração de Joanes-
burgo, que institui a “adoção do consumo sustentável como 
princípio basilar do desenvolvimento sustentável”.
Planos de Gestão de logística Sustentável
Os Planos de Gestão de logística Sustentável (PLS) são 
ferramentas de planejamento que permitem aos órgãos ou 
entidades estabelecer práticas de sustentabilidade e racio-
nalização de gastos e processos na Administração Pública.
Deve ser elaborado por todos os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta, autárquica, fundacional 
e as empresas estatais dependentes.
Os gestores serão os Secretários‑Executivos, no caso de 
Ministério, ou cargo equivalente no caso das Autarquias, 
Fundações e empresas estatais dependentes.
De acordo com a IN Instrução Normativa nº 10, de 
12/11/2012, os PLS deverão ser elaborados no prazo de cento 
e oitenta dias, contados a partir da publicação da Instrução 
Normativa, ou seja, até 14 de maio de 2013.
Nos PLS devem constar:
• os objetivos do Plano;
• as responsabilidades dos gestores que implementarão 
o Plano;
• as ações, metas e prazos de execução;
• os mecanismos de monitoramento e avaliação das 
ações que serão implementadas.
Além disso, a IN Instrução Normativa N 10 previu um 
conteúdo mínimo para as ações que serão elaboradas como:
I – atualização do inventário de bens e materiais do órgão 
ou entidade e identificação de similares de menor impacto 
ambiental para substituição;
II – práticas de sustentabilidade e de racionalização do 
uso de materiais e serviços;
III – responsabilidades, metodologia de implementação 
e avaliação do plano; e
IV – ações de divulgação, conscientização e capacitação.
Fonte: http://www.mma.gov.br/
Contratações Sustentáveis
As compras públicas sustentáveis (CPS) são uma solução 
para integrar considerações ambientais e sociais em todas 
as fases do processo de compra e contratação de governos, 
visando reduzir impactos sobre a saúde humana, o meio 
ambiente e os direitos humanos.
A prática de CPS permite atender as necessidades especí-
ficas dos consumidores finais por meio da compra do produto 
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que oferece o maior número de benefícios para o ambiente 
e para a sociedade. São também conhecidas como licitações 
públicas sustentáveis, eco‑aquisições, compras ambiental-
mente amigáveis, consumo responsável e licitação positiva.
A nova ordem ambiental internacional – Rio/92, 
Agenda 21, Rio + 20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento 
Sustentável, que foi organizada pela ONU, ocorreu na cidade 
maravilhosa, Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho de 2012, 
marcando o 20º aniversário da Conferência das Nações Uni-
das sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), 
que ocorreu na mesma cidade em 1992, e o 10º aniversário 
da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, ocor-
rida em Johanesburgo em 2002. Com a presença de alguns 
Chefes de Estado e de Governo e especialistas, a expectativa 
era de uma Conferência do maisalto nível, porém o resultado 
final foi bastante criticado por organizações e especialistas 
militantes nas causas ambientais.
O objetivo da Conferência foi assegurar um comprome-
timento político para com o desenvolvimento sustentável 
e avaliar o progresso feito e as lacunas ainda existentes na 
implementação dos resultados dos principais encontros so-
bre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos 
desafios emergentes.
A ausência de vários líderes políticos, chefes de estados 
das principais potências econômicas do mundo foi muito 
criticada e lembrada por todos, o que dificultou, em muito, 
o aprofundamento e, principalmente, o comprometimento 
desses líderes com políticas econômicas voltadas para a 
sustentabilidade do planeta.
O centro das discussões foi o tema “Economia Verde, no con-
texto do desenvolvimento sustentável e da extrema pobreza”.
Além desses debates, a Rio+20 também foi palco para a 
avaliação dos resultados práticos de importantes documen-
tos gestados a partir da ECO 92, como a Agenda 21, as Con-
venções sobre Mudança do Clima e a Diversidade Biológica, 
a Declaração de Princípios sobre as Florestas, de Combate 
à Desertificação, entre outros que foram elaborados poste-
riormente, como a Carta da Terra, em 2000.
QUESTÕES AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEAS: 
MUDANÇA ClIMÁTICA, EFEITO ESTUFA, 
CHUVA ÁCIDA, BIODIVERSIDADE
Uma análise do Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente (PNUMA) sobre os grandes problemas mundiais 
da atualidade em relação ao ambiente, levantou 12 grandes 
problemas que preocupam pesquisadores, administradores 
e gerentes da área ambiental, são eles:
1. Crescimento demográfico rápido: mesmo consideran-
do que a taxa de fecundidade das mulheres está diminuindo 
nos países desenvolvidos, o crescimento demográfico aliado 
ao desenvolvimento tecnológico acelera a pressão sobre os 
sistemas e recursos naturais, e em geral traz como conse-
quência mais impactos ambientais, devido ao aumento na 
produção industrial e nos padrões de consumo.
2. Urbanização acelerada: além do rápido crescimento 
demográfico, a aglomeração de população em áreas urbanas 
está gerando grandes centros com 15 milhões de habitan-
tes ou mais. Esses centros de alta densidade populacional 
demandam maiores recursos, energia e infraestrutura, além 
de criarem problemas complexos de caráter ambiental, eco-
nômicos e principalmente social.
3. Desmatamento: a taxa anual de desmatamento das 
florestas, especialmente das tropicais, ocasiona diversos pro-
blemas como erosão, diminuição da produtividade dos solos, 
perda de biodiversidade, assoreamento de corpos hídricos.
4. Poluição marinha: a poluição marinha está se agravan-
do cada vez mais devido a: descargas de esgotos domésticos 
e industriais através de emissários submarinos, desastres 
ecológicos de grandes proporções, como naufrágio de pe-
troleiros, acúmulo de metais pesados no sedimento marinho 
nas regiões costeiras e estuários, perda de biodiversidade, 
poluição térmica de efluentes de usinas nucleares.
5. Poluição do ar e do solo: ocasionada principalmente 
pelas indústrias, agroindústria e automóveis, através de: 
emissões atmosféricas das indústrias, disposição inadequada 
de resíduos sólidos (exemplo: lixões) e de resíduos indus-
triais que causam poluição do solo, acúmulo de aerossóis 
na atmosfera provenientes da poluição veicular e industrial, 
contaminação do solo por pesticidas e herbicidas.
6. Poluição e eutrofização de águas interiores – rios, 
lagos e represas: o fenômeno da eutrofização, acúmulo de 
metais pesados no sedimento, alterações no estoque pes-
queiro e geralmente inviabiliza alguns dos usos múltiplos 
dos recursos hídricos.
7. Perda da diversidade genética: o desmatamento e 
outros problemas ambientais acarretam em perda de bio-
diversidade, ou seja, em extinção de espécies e perda da 
variabilidade da flora e da fauna.
8. Efeitos de grandes obras civis: a construção de obras 
civis de grande porte, como represas de usinas hidrelétricas, 
portos e canais, gera impactos consideráveis e difíceis de 
mensurar sobre sistemas aquáticos e terrestres.
9. Alteração global do clima: o aumento da concentração 
dos gases estufa na troposfera terrestre (primeira camada 
da atmosfera) e de partículas de poluentes está causando 
um fenômeno conhecido como aquecimento global, que 
é o aumento da temperatura do planeta, devido a maior 
retenção da radiação infravermelha térmica na atmosfera.
10. Aumento progressivo das necessidades energéticas 
e suas consequências ambientais: o aumento da demanda 
energética devido ao crescimento populacional, urbanização 
e crescente desenvolvimento tecnológico gera a necessidade 
da construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas, 
grandes e pequenas usinas nucleares.
11. Produção de alimentos e agricultura: a agricultura 
de alta produção é uma grande consumidora de energia, 
de pesticidas e de fertilizantes. A expansão das fronteiras 
agrícolas aumenta as taxas de desmatamento e perda de 
biodiversidade.
12. Falta de saneamento básico: principalmente nos 
países subdesenvolvidos, a falta de saneamento básico é um 
problema crucial devido às inter‑relações entre doenças de 
veiculação hídrica, distribuição de vetores e expectativa de 
vida adulta e taxa de mortalidade infantil. E também pela 
poluição orgânica gerada pelo aporte de esgostos domésti-
cos e drenagem pluvial em corpos d’água devido a falta de 
infraestrutura adequada e a lançamentos irregulares.
Dentre os problemas ambientais que afetam o Brasil, 
podemos listar os mais críticos:
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Educação básica
A educação básica tem por finalidade desenvolver o edu-
cando, assegurar‑lhe a formação comum indispensável para 
o exercício da cidadania e fornecer‑lhe meios para progredir 
no trabalho e em estudos posteriores. Ela pode ser ofere-
cida no ensino regular e nas modalidades de educação de 
jovens e adultos, educação especial e educação profissional, 
sendo que esta última pode ser também uma modalidade 
da educação superior.
Educação infantil
A educação infantil é a primeira etapa da educação 
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral 
da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação 
da família e da comunidade. A educação infantil será ofe-
recida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de 
até três anos de idade;
II – pré‑escolas, para as crianças de quatro a seis anos 
de idade.
Ensino fundamental
O ensino fundamental é obrigatório, com duração de 9 
(nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando‑se aos 6 
(seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do 
cidadão, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo 
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita 
e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do 
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em 
que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, 
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades 
e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços 
de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que 
se assenta a vida social.
Ensino médio
O ensino médio, etapa final da educação básica, com 
duração mínima de três anos, terá como finalidades:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conheci-
mentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando 
o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania 
do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser 
capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de 
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoahu-
mana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da 
autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico‑tecnoló-
gicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a 
prática, no ensino de cada disciplina.
Educação superior
A educação superior tem como finalidades: estimular a 
criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; incentivar o trabalho de pesquisa e in-
vestigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e 
da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, 
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que 
•	 desmatamento, que acarreta em perda de biodiver-
sidade;
•	 erosão devido a desmatamento e manejo inadequado 
do solo na agricultura e pecuária;
•	 poluição das águas e solos devido a falta de sanea-
mento básico nas áreas urbanas e rurais;
•	 falta de políticas de gerenciamento de resíduos sólidos 
nas áreas urbanas, gerando “lixões”;
•	 poluição industrial.
EDUCAÇÃO E TRABAlHO
Organização da Educação no Brasil
Em relação à educação, a Constituição do Brasil diz o 
seguinte:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será 
efetivado mediante a garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (qua-
tro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela 
não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
II – progressiva universalização do ensino médio 
gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 14, de 1996)
III – atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré‑escola, 
às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da 
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade 
de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas 
da educação básica, por meio de programas suple-
mentares de material didáticoescolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é 
direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo 
Poder Público, ou sua oferta irregular, importa res-
ponsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educan-
dos no ensino fundamental, fazer‑lhes a chamada e 
zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência 
à escola.
A educação, dever da família e do Estado, inspirada 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade 
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. (lDB – Leis, diretrizes e bases 
da educação nacional).
A educação escolar compõe‑se de:
I – Educação básica:
a. Educação infantil;
b. Ensino fundamental;
c. Ensino médio.
II – Educação superior.
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vive. Ela abrange cursos sequenciais nos diversos campos do 
saber, cursos de graduação, de pós‑graduação e de extensão.
No que se refere às modalidades de ensino que per-
meiam os níveis anteriormente citados, tem‑se:
• Educação Especial: oferecida, preferencialmente, na 
rede regular de ensino, para educandos portadores 
de necessidades especiais.
• Educação de jovens e adultos (EJA): destinada àqueles 
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos 
no ensino fundamental e médio na idade própria.
• Educação profissional: que, integrada às diferentes for-
mas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, 
conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões 
para a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado 
ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, 
bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto.
Além dos níveis e modalidades de ensino apresentados, 
no Brasil, devido à existência de comunidades indígenas em 
algumas regiões, há a oferta de educação escolar bilíngue 
e intercultural aos povos indígenas. Essa tem por objetivos:
I – Proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, 
a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de 
suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
II – Garantir aos índios, suas comunidades e povos, 
o acesso às informações, conhecimentos técnicos e cientí-
ficos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas 
e não índias.
Uma Visão Crítica da Educação no Brasil
Vários são os problemas da educação no Brasil. No siste-
ma público, a educação infantil (creche e pré‑escola) ainda 
tem um grande déficit de vagas a ser resolvido. No Funda-
mental, houve um esforço do governo para inserir as crianças 
na escola, o que promoveu avanços quantitativos, mas não 
houve uma preocupação nem investimentos em qualidade 
desse ensino, o que gerou outro problema, que é o da baixa 
qualidade, que por sua vez provoca uma grande evasão.
Já no nível médio e técnico, o governo não fez e não faz 
um grande esforço para oferecer universalização, como foi 
o caso do ensino fundamental. Em função disso, cria‑se uma 
lacuna importante na formação educacional da população. 
No nível da educação superior pública, o problema não é a 
qualidade, mas a quantidade insuficiente de vagas para aten-
der a toda demanda, o que provoca uma forte concorrência 
nos vestibulares, por isso o ensino de nível superior de qua-
lidade não é generalizado para toda a população. As vagas 
nas universidades acabam ficando em sua grande maioria 
com estudantes oriundos das classes sociais mais abastadas. 
No Brasil, 75% das universidades são particulares e 25% são 
públicas. Ainda assim, se considerarmos as universidades 
particulares, veremos que a região Nordeste tem um déficit 
crítico por vagas de nível superior, enquanto que, no estado 
de São Paulo, a oferta é maior que a demanda.
Este quando acaba provocando uma diferença de qua-
lidade do ensino público brasileiro nos níveis fundamental, 
médio (considerado com baixa qualidade) e superior (de 
alta qualidade). O que não se justifica, afinal todo o ensino 
público é financiado com dinheiro público.
Para se ter uma educação de qualidade, alguns elemen-
tos básicos devem ser observados, e os mesmo devem ser 
atendidos, são eles:
• Infraestrutura física – Constituído pelas instalações, 
recursos educacionais, equipamentos, biblioteca, 
recursos audiovisuais etc.
• Projeto Político Pedagógico – Deve ser consistente e 
adequado a cada região onde está inserido.
• Profissionais em educação qualificados – Os profis-
sionais que atuam desde o planejamento até a sala 
de aula precisam ser capacitados e atualizados para 
a função que exercem. As universidades federais são 
bons exemplos, pois os professores são doutores e 
pós‑doutores.
As estruturas das escolas brasileiras variam muito de 
região para região, isto nos níveis fundamental e médio. Há 
casos com deficiência de estrutura, outros de produção de 
conteúdo ou de suporte. Sem uma biblioteca com conteúdo 
adequado a cada estágio, apropriado a cada idade, a estrutu-
ra já está falha. Da mesma forma que uma escola ruindo ou 
profissionais não preparados. A qualificação dos profissionais 
que atuam na educação é necessário e urgente, mas isto 
requer algum tempo. Serão necessários grandes investimen-
tos e uma decisão política de todos os gestores públicos, 
nos níveis Federal, Estadual e Municipal para se operar as 
mudanças que são necessárias, que deverá levar em contar 
os elementos básicos: Infraestrutura física; projeto político 
pedagógico e qualificação dos profissionais em educação. Na 
ausência de políticaspúblicas comprometidas com estes três 
elementos básicos da educação, não se terá no Brasil uma 
educação de alta qualidade nos níveis fundamental e médio.
Por último, vale salientar que o nível de desenvolvimento 
de um país está diretamente ligado ao estágio de educação 
de sua população. Não existe no mundo nenhum país desen-
volvido sem uma educação elevada. Basta verificar os países 
ricos, para se perceber que lá se encontra os maiores centros 
de pesquisa do mundo, além de uma educação de qualidade 
elevada. A história das nações desenvolvidas é uma prova 
do que fora dito. Essas nações só conseguiram alcançar tal 
situação, de desenvolvimento, quando investiram forte em 
educação: infraestrutura física, em projeto político pedagó-
gico e em profissionais da educação qualificados.
A educação brasileira possui dois grandes problemas 
que estão ligados à baixa qualidade do ensino e ao elevado 
número de analfabetos. Ao longot dos anos, a educação no 
Brasil vem apresentando melhoras significativas como, por 
exemplo, um aumento da média de escolaridade e da fre-
quência escolar. Além disso, há o problema dos analfabetos 
funcionais, aqueles que conseguem ler e escrever algumas 
palavras, mas não conseguem entender um texto simples.
Sempre que os alunos brasileiros participam de algum 
estudo para medir a qualidade da educação brasileira em 
comparação com outras nações, o rendimento dos alunos 
brasileiros invariavelmente coloca o país nas últimas posi-
ções. Em todas as comparações, com países que estão na 
mesma situação, os chamados países emergentes, a situação 
brasileira é a pior. O Brasil tem uma escolaridade média 
muito baixa, ou seja, os estudantes no Brasil não passam, 
em média, nem 5 anos na escola. Já o número daqueles que 
completam o ensino fundamental e médio é muito pequeno 
em relação àqueles que o iniciaram.
O analfabetismo vem caindo constantemente, porém 
dois são os problemas: queda lenta dos índices de analfabe-
tismo e qualidade baixa no processo de alfabetização. A que-
da do número absoluto de analfabetos no Brasil é constante, 
mas muito lenta para um país que está se colocando como 
uma das forças para a economia mundial. Além disso, o ní-
vel da alfabetização desses jovens e adultos é muito baixo, 
eles deixam de ser analfabetos, mas não agregam valores a 
sua formação profissional e muito menos ao seu exercício 
de cidadania.
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Cotas nas universidades públicas
A polêmica a respeito do sistema de cotas tem dois eixos 
básicos: os que defendem, porque veem nela uma forma de 
se resgatar uma injustiça histórica em função escravidão que 
se fez presente em mais de três séculos da história do Brasil, 
assim como o grave problema da segregação social, derivado 
da brutal concentração de renda no Brasil, que com as cotas 
seria feita uma correção destas injustiças.
Já os contrários alegam que no Brasil existe a necessidade 
de melhorar a educação pública e não de uma forma 
diferenciada de tratamento no acesso às universidades 
públicas, eles alegam que isso poderá estimular a segregação 
racial, que alguns chegam a afirma que nem existe.
É fato conhecido por todos que a desigualdade social 
é o principal problema da sociedade brasileira, não só da 
atualidade, mas de todos os tempos. O acesso à educação 
e à saúde de qualidade é sem dúvida um dos maiores, 
senão o maior, dos problemas vivenciados por um número 
considerável de brasileiros. A diferença do momento atual é 
que se passou da discussão, de que se precisa fazer alguma 
coisa, para uma pratica efetiva. E é claro que vários interesses 
serão afetados e os interessados irão, assim como estão 
fazendo, se manifestar.
Estes avanços são traços das conquistas da sociedade 
organizada que faz presente tanto no Congresso Nacional 
quanto junto ao Executivo, discutindo e fazendo pressão em 
favor de suas demandas.
No dia 15 de outubro de 2012, foi publicado no Diário 
Oficial da União o decreto, assinado pela presidenta da 
República Dilma Rousseff, que garante a reserva de 50% 
das matrículas por curso e turno nas 59 universidades 
federais e 38 institutos federais de educação, ciência e 
tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio 
público, em cursos regulares ou da educação de jovens e 
adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla 
concorrência. O total de vagas reservadas às cotas será 
subdividido – metade para estudantes de escolas públicas 
com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário 
mínimo e meio (per capita) e metade para estudantes de 
escolas públicas com renda familiar superior a um salário 
mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado 
em conta percentual mínimo correspondente ao da soma 
de pretos, pardos e indígenas baseado no último censo 
demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE).
O decreto exige ainda que 12,5% das vagas (cada curso e 
turno) já estejam reservadas para os cotistas nos processos 
seletivos que ingressarão em 2013, para as instituições que 
disponibilizem um número igual ou superior a mil vagas. 
A avaliação do cumprimento será realizada por um comitê 
composto por representantes do Ministério da Educação 
(MEC) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade 
Racial da Presidência da República.
Não poderão concorrer às vagas estudantes que tenham, 
em algum momento, cursado em escolas particulares parte 
do ensino médio.
Porcentagens Definidas pelo Decreto
• Ampla concorrência: 50% das vagas de cada 
universidade serão disputadas por qualquer estudante 
que tenha concluído o ensino médio (no caso dos 
institutos de nível médio, por qualquer estudante que 
tenha concluído o fundamental)
• Reserva de vagas (cotas):
1. 50% das vagas serão reservadas para estudantes que 
cumpram o seguinte requisito – ter concluído o ensino médio 
integralmente em escola pública (no caso dos institutos de 
nível médio, o candidato deve ter cursado integralmente 
o ensino fundamental na rede pública) ou ter obtido o 
certificado de conclusão do ensino médio (para a seleção 
nos institutos, o certificado de conclusão do fundamental)
2. Dentro destas vagas reservadas, uma porcentagem será 
destinada a estudantes de acordo com sua renda familiar e 
outra a estudantes pretos, padros e indígenas: – pelo menos 
50% das vagas reservadas (ou seja, 25% do total de vagas) 
serão destinadas a estudantes com renda familiar mensal 
bruta de igual ou inferior 1,5 salário mínimo (per capita) – 
por membro familiar. A porcentagem de cotas para pretos, 
pardos e indígenas varia em cada Estado e será definida pelo 
peso de cada uma dessas populações segundo o mais recente 
Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); 
porém, os candidatos desses três grupos disputarão entre si 
um número de vagas equivalente à soma das três populações.
Prazos para a lei entrar em vigor
• 2013: 12,5% do total de vagas reservadas;
• 2014: 25% do total de vagas reservadas;
• 2015: 37,5% do total de vagas reservadas;
• 30 de agosto de 2016: cumprimento total da lei (50% 
de todas as vagas reservadas).
Seleção de candidatos
Os candidatos serão selecionados a partir de três grupos:
• Egressos de escola pública com renda familiar de até 
1,5 salário mínimo (grupo subdividido entre os que se 
autodeclaram pretos, pardos e indígenas e os demais);
• Egressos de escola pública com renda familiar maior 
que 1,5 salário mínimo (grupo subdividido entre os 
que se autodeclaram pretos, pardos e indígenas e os 
demais);
• Demais estudantes.
TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS 
PRODUTIVAS E INFlUÊNCIA DA 
ECONOMIA NA SOCIEDADE GlOBAl
A velha ordem mundial chegou ao seu final, com o fim 
da Guerra Fria (1946‑1991), em razão do colapso da União 
Soviética em 1991. O holocausto nuclear que todos temiam 
não aconteceu,e o mundo bipolar deixara de existir. Assim, 
a Guerra‑Fria chegou ao seu final e o mundo ficou livre do 
pesadelo da Terceira Guerra Mundial – como era chama-
da a hipótese de um confronto atômico entre os Estados 
Unidos da América e a URSS. O mundo podia dormir em 
paz. Como vencedor, tinha‑se o capitalismo, uma vez que o 
socialismo – pelo menos aquele defendido pelos soviéticos – 
encontrava‑se liquidado. O receio do confronto que levaria 
ao caos total da humanidade não era mais uma realidade 
para o mundo.
A partir desse momento, o mundo podia fazer projetos 
de médio a longo prazo. Para alguns analistas, iniciava‑se, 
naquele momento uma Nova Ordem Mundial, que tinha 
como pilares: a paz, a prosperidade do sistema capitalista, 
a democracia e integração econômica mundial. Tudo isso 
capitaneado pelo progresso e promovido pelas grandes 
inovações no setor produtivo, que facilitariam a livre cir-
culação de mercadorias, de capitais, de pessoas, de ideias 
e de culturas pelo mundo. Ou seja, era a materialização de 
uma situação de globalização que passara a vigorar, com a 
integração de mercados livres e fronteiras aberta às pessoas, 
pelo menos isto foi o que se acreditou nos primeiros anos 
pós Guerra Fria, a realidade posterior demonstraria uma 
situação bem diversa.
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Durante a década de 1990, muitos acreditavam que a 
entrada do novo Milênio seria a consagração da integração 
mundial das nações e dos povos, uma vez que havia uma 
nova estrutura de relações sociais facilitada pela evolução do 
sistema de transporte e de comunicações. E que a garantia 
do bem‑estar da maioria da humanidade seria feita por meio 
da crescente produção agora mundial, e graças aos avanços 
tecnológicos, principalmente nos setores de transportes e 
comunicações iria aproximar pessoas e produtos em todo o 
mundo. E a estabilidade econômica seria garantida plena-
mente pelas leis de mercado, que com pouca ou nenhuma 
intervenção do Estado regularia todas as relações econô-
micas e, com isto, o mundo estaria livre da possibilidade 
de ocorrência de crises na sua economia, era a fé na mão 
invisível do mercado.
Contudo, depois de mais de uma década de tais profecias, 
o planeta parece mergulhado em incertezas e problemas, 
ainda maiores, e os princípios enunciados não se cumpriram, 
ou apenas se cumpriram parcialmente.
Quando da queda das torres gêmeas do World Trade 
Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, não caía 
somente um dos símbolos do progresso capitalista, mas, 
também, reforçavam‑se os embates entre as diferenças exis-
tentes entre os povos, devido às suas mais variadas formas 
culturais, sociais, políticas e econômicas.
Assim, a última década do século XX e a primeira do 
século XXI tiveram como principal acontecimento o fim da 
Guerra‑Fria, no que tange aos elementos político, social e 
econômico. Afinal, o desmonte do clima de possibilidade de 
uma guerra nuclear que levaria à destruição do mundo, dá 
ao mundo uma sensação de que haverá um longo futuro, 
não tão em paz como todos querem, ou pelo menos o que 
a maioria diz querer, mas a possibilidade de futuro pacífico 
passa a ser bem mais real.
Na economia assiste‑se à formação de grandes blocos 
econômicos que buscam uma forma de fortalecimento das 
economias dos países membros para poderem sobreviver 
em um mundo cada vez mais globalizado. Isso não quer 
dizer que – apesar da retórica em defesa da liberalização da 
economia mundial – não continue existindo situações de 
protecionismo no mundo globalizado.
Em termos tecnológicos, o mundo passa por um grande 
processo de transformações. As inovações do setor produ-
tivo criam novos hábitos de consumo, novas formas de vida. 
Por outro lado, isto não significa que todos passaram a ter 
acesso às facilidades adquiridas com a alta tecnologia. As tra-
dicionais formas de administração do trabalho baseadas no 
fordismo e no taylorismo são, quando não substituídas ao 
menos questionadas, por métodos mais eficientes, baseados 
no toyotismo, que é um modelo de administração baseado 
na flexibilização da produção.
Diferente do modelo fordista, que produzia em grande 
escala e estocava essa produção. O novo modelo de produção 
se baseia na produção apenas do necessário, por isso, ocorre 
a redução máxima de estoques. Essa remodelagem de es-
trutura propõem uma produção decorrente da demandada, 
ou seja, no momento em que se necessita se produz que é 
o chamado: Just in Time.
Passa‑se há ter uma preocupação maior quanto à quali-
dade do produto, justamente por se trabalhar com pequenos 
lotes, o que dá origem ao modelo de Qualidade Total. A in-
trodução dos novos sistemas tecnológicos e dos padrões de 
organização do trabalho que os acompanham, tem elevado 
substancialmente a produtividade do trabalho. Por outro 
lado tem diminuído a necessidade de grandes contingentes 
de trabalhadores. As máquinas passam a produzir muito mais 
com muito menos trabalhadores. Esse crescente potencial 
de produção, com menos mão de obra humana imposta pela 
revolução tecnológica, eleva, por outro lado, o chamado 
desemprego estrutural ou tecnológico. Uma das maiores 
marcas da economia mundial é o desemprego, trabalhadores 
ao redor do mundo estão sem encontrar trabalho, e o pior 
de tudo, sem encontrar perspectiva de se empregar em um 
futuro a curto ou médio prazo.
Os altos índices de desemprego atormentam governos 
e trabalhadores em países como Espanha, Grécia, Portugal 
e mesmo a economia mais forte do mundo os Estados 
Unidos, onde o presidente Barak Obama, em seu segundo 
mandato luta contra uma média de desemprego que não 
quer se reduzir, apesar de todos os esforços levados a cabo 
pelo seu governo.
Os altos índices de desemprego decorrentes da inte-
gração à produção das altas tecnologias acentuaram ainda 
mais o quadro de desigualdades sociais. As reações as estes 
processos de concentração de riquezas têm se mostrado 
bastante diversas em várias regiões: na Europa, por exemplo, 
os velhos nacionalismos, recheados de ideias preconceitu-
osas e de discriminação, têm levado à vitória de governos 
de ora direita em vários países ora de esquerda. Mas com 
plataformas de governo díspares, porem com práticas seme-
lhantes, os eleitos têm prometido aumentar o controle sobre 
a entrada de imigrantes em suas fronteiras.
Uma das maiores causas de conflitos no mundo atual 
são os fundamentalismos e as intolerâncias – em sua grande 
maioria de origem religiosa. Os conflitos no Oriente Médio, 
por exemplo, apresentam‑se, ainda, distante de uma solução 
pacífica.
A população jovem dos países árabes se revoltou contra 
as estruturas ditatórias há décadas no poder em seus paí-
ses e passaram a lutar por reformas que pudessem levar às 
suas vidas um pouco de esperança em um futuro de maior 
prosperidade. Em alguns casos com êxito na derrubada dos 
ditadores, como foi na Tunísia (Bem Ali), onde tudo começou, 
no Egito (Hosni Mubarak), na Líbia (Muamar Kadafi) e no 
Iêmen (Abdullah Salem). Na Síria o ditador (Bashar Assad) 
massacra o seu povo quase dois anos, onde mais de 40 mil 
pessoas já perderam suas vidas.
PODER ECONÔMICO E RESPONSABIlIDADE 
SOCIAl
A crise econômica da atualidade tira o sossego de go-
vernantes e de milhões ao redor do mundo, principalmente 
pelo seu caráter de imprevisibilidade, ao longo de 2013 
a economia mundial vai voltar a crescer e o desemprego 
diminuir ou não? Esta resposta é o tormento de muitos. 
A crise econômica não surgiu do nada, ela foi gerada existe 
um debate profundo das suas causas. Mas ninguém duvida 
de que a dívida dos Estados Unidos é a maior preocupação 
mundial, ela está em torno de 14 trilhões de dólares e a 
mesma não para de crescer cada vez mais. Mesmo com 
gastos astronómicos do governo Obama o desemprego não 
descresse e muito menosa economia volta a ter um cresci-
mento sustentável.
Para se entender o início da dívida deve‑se ir ao início 
do século XXI nos EUA onde o mercado imobiliário passou 
por uma fase de expansão acelerada. O FED (Banco Central 
norte‑americano) passou a reduzir a taxa de juros, a de-
manda por imóveis cresceu, atraindo compradores. Muitas 
famílias hipotecaram seus imóveis para terem como pagar 
suas dívidas ou mesmo como aumentar o consumo.
É o que se chama bolha imobiliária, em que os bancos de 
olho juros extras com os financiamentos passam a emprestar 
dinheiro para clientes duvidosos em suas possibilidades de 
pagamentos são os chamados clientes subprime (de baixa 
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renda, às vezes com histórico de inadimplência elevado). Ou 
seja, cliente duvidoso juros maiores, os agentes financeiros 
(bancos) sem regulação e sem controle dos órgãos governa-
mentais emprestaram se garantia de retorno. Logo alguns 
bancos começaram a negociar as carteiras hipotecarias no 
mercado de derivativos, em operações ultrassofisticadas.
Logo estes títulos eram passados a outros negociadores 
que repassavam a outros e o sistema não parava de crescer 
em montante de dinheiro de instituições financeiras do 
mundo participando, deste que parecia um oásis sem fim. 
Porem tudo começa a dar errado, pois o primeiro tomador 
do empréstimo não consegue pagar os seus financiamentos, 
com isto inicia‑se uma crise do sistema de hipotecas. Primeiro 
reflexo foi a redução de dinheiro para novos empréstimos 
não se sabia quem iria ou não pagar, o dinheiro some.
Como nos anos inicias do século XXI havia uma grande 
quantidade de dinheiro no mercado e um consumismo 
exagerado, os preços se elevaram, ou seja, inflação, e para 
contê‑la o governo dos EUA inicia um processo de elevação 
da taxa de juros em 2004 para conter a elevação dos preços. 
Como consequência o crédito fica mais caro, muitos mutu-
ários não conseguem pagar os seus empréstimos. Logo a 
oferta de imóveis supera a demanda, os preços desabam. 
É o início do estouro da bolha imobiliária.
Um processo vai alimentando o outro. Os juros se elevam 
e as dívidas também, as hipotecas encarecem e deixam de 
serem pagas; elevação da inadimplência, os bancos tomam 
as casas e deixam de ofertar crédito, o dinheiro que já estava 
pouco quase some. A economia dos EUA como um todo vai 
desacelerando em razão da falta de dinheiro novo no mer-
cado e de credito do sistema bancário, conclusão: menos 
dinheiro disponível, as compras deixam de ser feitas, o lucro 
das empresas diminui e empregos não são gerados, e o pior 
milhares de empregos são cortados, pois há uma contração 
geral na demanda. Instala‑se uma crise geral no sistema 
bancário, os bancos começam a desconfiar de todos e de 
tudo, os empréstimos interbancários vão sendo reduzidos, 
as notícias de quebradeiras no sistema bancário americano 
e mundial se alastram.
O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o 
ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia sido conge-
lado. Começaram a surgir os pedidos de concordata. A crise 
dos títulos subprime afeta o sistema bancário, o dinheiro fácil 
que outrora era vislumbrado desaparece, várias instituições 
financeiras que estavam encoradas nestes títulos viram seus 
ativos virarem pó de um dia para o outro foram a falência. 
Os bancos do mundo reduzem os financiamentos, a atividade 
econômica reduz a produção, os empregos são cortados e a 
esperança de solução fácil não existe.
Neste momento o mundo percebe o que realmente 
significa estar globalizado, ter toda a economia interligada 
e interdependente, ou seja, uma crise em país, aliás, em 
um setor da economia deste país, leia‑se: setor hipotecário 
dos EUA. Significa que a mesma afetará toda a economia 
mundial. Pois não existem mecanismos capazes e eficientes 
de proteção contra a contaminação econômica em escala 
mundial como foi a crise econômica iniciada no setor imo-
biliário dos EUA, com os não pagamentos das hipotecas 
pelos milhares de cidadãos daquele país. A recessão é uma 
consequência para vários países, onde vários governantes 
tentam de todas as formas encontrar medidas para dina-
mizarem suas economias com a retomada dos créditos em 
alguns. Já em outros com cortes nos gastos públicos e com 
elevação dos impostos em que os resultados de forma geral 
são reduzidos e com grandes sacrifícios para a maior parte 
de suas populações, como exemplo os países europeus dos 
PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).
Panorama da Economia Brasileira
O Brasil está localizado no continente americano e ocupa 
a parte centro‑oriental da América do Sul. É cortado pelo 
Equador e Trópico de Capricórnio, com a maior parte de suas 
terras situando‑se nas latitudes mais baixas do globo, o que 
lhe confere as características de país tropical.
Os limites se estendem por 23.086 km, que 15.719 km 
correspondentes à linha divisória com países da América do 
Sul, dos quais apenas o Chile e o Equador não têm frontei-
ras com o Brasil. A costa brasileira se estende pelo Oceano 
Atlântico, cobrindo 7.367 km. Nesta linha costeira, observa‑se 
a ausência de acidentes geográficos de expressão: terra e 
mar coexistem harmoniosamente, isto é, o mar não invade 
a terra, e a terra não invade o mar.
Com uma área de 8.547.403,5 km2, o Brasil configura‑se 
como o maior País do Continente Sul‑americano e, no mundo, 
só é superado pela Rússia, Canadá e República Popular da 
China, se consideradas apenas as terras continuas, e pelos 
Estados Unidos, levadas em conta as terras descontinuas.
Dono de grandes diversidades geográficas, econômicas 
e sociais, possui uma extraordinária unidade nacional, 
sedimentada pela língua portuguesa, falada em todas as 
regiões. O povoamento do território, feito no sentido da 
costa para o interior, produziu sérias distorções, agravadas 
pelo processo de industrialização iniciado nos anos 1930. 
Metrópoles superpopulosas no Sul e Sudeste convivem com 
a baixa densidade demográfica na zona rural e na Amazônia.
Pare por um instante e pense na seguinte pergunta: quais 
os principais problemas que o Brasil vive atualmente? Com 
toda a certeza você deve ter listado entre eles:
• Corrupção entre os dirigentes do Estado, em seus 
vários níveis de poder, e mesmo quando são pegos, 
a maioria se safa até com certa facilidade.
• Educação de baixa qualidade, analfabetismo elevado 
e falta de vagas nas escolas públicas capaz de atender 
à demanda.
• Atendimento médico hospitalar insuficiente para 
satisfazer às necessidades elementares de acompa-
nhamento da população.
• Saneamento básico com o mínimo e não com o bási-
co. Muitas cidades não possuem uma coleta seletiva 
de lixo, e o seu esgoto nem sempre é devidamente 
tratado.
• Sistema de segurança pública extremamente ineficien-
te que deixa a população em estado de alerta constan-
te, pois a mesma se sente insegura e desprotegia.
• Rede viária em estado lastimável, estradas com pouca 
manutenção tornado as viagens perigosas, portos e 
aeroportos incapazes de atenderem à demanda por 
seus serviços.
• Elevada carga tributária, com retorno ineficiente dos 
gastos públicos, principalmente com o desperdício e 
a má gestão dos recursos.
• E você deve ter listado também a má distribuição das 
riquezas existentes no Brasil, em que a maior parte da 
população tem um ganho que mal dá para se sustentar.
Nota‑se que os problemas são muitos e de muitos seto-
res, mas o problema gênese, aquele que está na origem de 
quase todos os problemas vividos, atualmente, pela maioria 
dos brasileiros, é justamente a grande concentração de 
riqueza. O Brasil tem, comparativamente, uma das maiores 
concentração de riqueza entre todas as nações do planeta.
Em novembro de 2012 o IBGE divulgou dados que apre-
sentam uma melhora na diferença entreos mais ricos e os 
mais pobre no Brasil. Porém os 20% mais ricos e os 20% mais 
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pobres ainda apresentam grandes diferenças, mas tem apre-
sentado uma queda considerável nos últimos dez anos. Entre 
2001 e 2011 o rendimento familiar per capita da fatia mais 
rica caiu de 63,7% do total da riqueza nacional para 57,7%. 
No mesmo período, os 20% mais pobres apresentaram 
crescimento na renda familiar per capita, passando de 2,6% 
do total de riquezas do país em 2001 para 3,5% em 2011.
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores 
Sociais 2012, divulgada no final de novembro de 2012 pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 
Leonardo Athias, pesquisador da Divisão de Indicadores 
Sociais do instituto, a redução da desigualdade no período 
deve ser atribuída às políticas de redistribuição de renda no 
país, com valorização do salário mínimo, expansão do Bolsa 
Família e ganhos educacionais, que permitem ao trabalhador 
almejar postos mais altos.
“Nós tivemos um duplo fenômeno. Uma diminuição da 
desigualdade, por um lado alavancada pelas políticas de 
renda, valorização do salário mínimo e programas sociais, 
direcionados à base da pirâmide de rendimentos, além de 
ganhos educacionais, tornando a população um pouco mais 
homogênea e ela pode almejar postos mais altos.”
O pesquisador também destacou o crescimento econômi-
co ao longo da década passada como indutor das melhorias 
sociais. Outro fator importante foi o controle da inflação, 
iniciado na década de 1990 e mantido após 2000, respon-
sável por preservar o salário das classes mais pobres, que 
não tinham proteção via aplicações no sistema financeiro.
Outro índice mostrado na pesquisa do IBGE que demons-
tra a redução da desigualdade no país é o coeficiente de Gini, 
que vem apresentando uma redução constante a cada ano, 
desde a década de 1990, quando atingiu o nível mais alto, de 
0,602, chegando a 2011 com 0,508. Quanto menor o número, 
menos desigual é o país. Os extremos do coeficiente para o 
ano de 2011, segundo o Programa das Nações Unidas para 
o Desenvolvimento (Pnud), foram de 0,586 para Angola e 
0,250 para a Suécia.
O problema é tão sério que os 10% dos mais ricos, 
em média, possuem algo em torno da metade de toda a 
riqueza nacional. Já a metade dos mais pobres possuem 
menos riquezaque os 1% dos mais ricos, algo em torno de 
13% da riquezanacional. Vale salientar que nestes últimos 
anos tem ocorrido uma diminuição acentuada da miséria 
no Brasil, entre os vários fatores que têm contribuído para 
este fenômeno estão:
• Os programas sociais de distribuição de renda como 
o Bolsa‑Família que está atendendo por volta de 13 
milhões de famílias, e tem provocado uma elevação da 
qualidade de vida de quase um quarto da população 
total do Brasil;
• A expansão do crédito que tem favorecido o crescimen-
to da demanda, que ajuda por sua vez na elevação das 
atividades econômicas;
• A elevação do salário mínimo acima da inflação, com 
ganhos reais para o trabalhador assalariado;
• Elevação da atividade econômica que tem provocado 
uma diminuição do desemprego em vários centros 
urbanos do Brasil.
Mas, atualmente, um dos temas mais cobrados pelas 
bancas examinadores quando vão tratar a respeito dospro-
blemas brasileiros, não é o da distribuição de renda, mas 
sim aquele problema que mais tem afligido a população em 
geral, tanto nos grandes, médios e pequenos municípios que 
é o da falta de segurança pública e do elevado crescimento 
da violência. Este é, sem dúvida, um dos problemas mais 
relevantes para a população atualmente, pois ele significa 
a diferença entre viver ou morrer. A população está muito 
assustada, pois ela se sente insegura e desprotegida, e isso 
tem refletido nas provas de concursos pelo Brasil afora.
A GlOBAlIZAÇÃO E AS NOVAS 
TECNOlOGIAS DE TElECOMUNICAÇÃO 
E SUAS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS, 
POlÍTICAS E SOCIAIS
A globalização da economia é um fenômeno de integra-
ção econômica dos mercados mundiais. A primeira pergunta 
a ser feita é se este processo de integração econômico é 
recente ou é antigo. Pois bem, a resposta não é bem simples.
Partindo do conceito simples de integração econômica 
dos povos, podemos dizer que a globalização já vem ocor-
rendo há centenas de anos. Partindo deste pressuposto, 
o Império Romano seria uma de suas primeiras grandes 
manifestações. Porém, pode‑se indagar, se aquele era na 
verdade um processo de integração forçada, no qual os 
que resistiam eram transformados em escravos e os que 
aceitavam em tributários. Desse episódio, advém a primeira 
constatação da globalização como sendo um fenômeno que 
traz resultados diferentes a todos os participantes de seu 
processo de integração.
De um lado, têm‑se os globalizadores e “grandes vence-
dores” e, de outro, os globalizados e “ganhadores menores”. 
Não se pode falar em apenas perdedores, pois o processo 
de globalização realiza‑se por meio de uma manifestação 
voluntária dos povos.
Não resta dúvida que um dos maiores processos de in-
tegração foi aquele operado no mundo entre os séculos XV 
e XVI, no qual a Europa conseguiu integrar ao mundo três 
novos continentes; América, África e Ásia.
O processo de integração mundial vivenciada atualmente 
é diferente de todos os processos anteriores de integração 
econômica devido à grande velocidade com que esta integra-
ção se dá. Atualmente, os meios de transporte e de comuni-
cação são altamente eficientes, velozes e com baixos custos. 
Entre as principais características daglobalização estão:
Anos 1980
• A riqueza global pertence às grandes corporações.
• Os Estados desenvolvidos são incapazes de manter a 
assistência social.
• Com o esgotamento do Estado assistencialista, surge 
o neoliberalismo, no Reino Unido e nos EUA.
• O lucro é obtido com o foco na competitividade, melhor 
preço e mais qualidades, buscando redução dos custos 
de produção.
• Os transportes e as comunicações modernos, eficientes 
e baratos permitiram as empresas adotarem a estra-
tégia global de fabricação, decompondo o processo 
produtivo.
• A produção deixa de ser local e passa a ser global.
Década de 1990
• O consumo passa a ser mundial.
• Essa situação necessita de uma eliminação de barreiras 
tarifárias.
• A globalização força as empresas a buscarem compe-
titividade e qualidade, promovendo acelerado avanço 
tecnológico.
• Modernização dos processos produtivos com a infor-
matização, automatização e robotização dos processos. 
A consequência é o desemprego.
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• Alta tecnologia nos setores de transportes e de comu-
nicação reduzem os espaços no mundo, a integração 
acontece na política, na cultura e, sobretudo na eco-
nomia.
• Enormes ganhos de produtividade devido à introdução 
de novos métodos de produção com a alta tecnologia.
• Formação de grandes blocos econômicos; MERCOSUL, 
UNASUL, UE.
• Incorporação rápida de mercados com a formação 
de grandes conglomerados econômicos: empresas 
transnacionais.
• Implantação da doutrina econômica neoliberal em 
quase todo o mundo.
• Domínio do capital volátil nas transações globais que se 
apresentam bastante ágil na busca de elevados lucros.
• Formação cultural de massa com típicos padrões de 
eliminação de culturas locais.
Século XXI
• Aprofundamento do processo de fusão entre empresas.
• Formação de grandes conglomerados econômicos com 
o objetivo de redução de custos e elevação dos lucros.
• Livre fluxo de: comércio de mercadorias; recursos 
financeiros, informações.
• Diminuição da soberania dos países.
• Ganhos de produtividade com a alta

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