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Artigo Educação fisica

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO 
ESCOLAR 
 
 
Celso Pinheiro de Matos* 
Teina Nascimento Lopes** 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por finalidade aprofundar o conhecimento sobre a 
Importância da Educação Física no Contexto Escolar. Tendo várias semelhanças e 
igualdades entre alguns pensadores, os quais não deixam de ressaltar sobre o 
processo histórico e seus avanços. É através da melhoria do entendimento sobre o 
efeito que a Educação física pode trazer, enriquecendo interações humanas. A 
Educação Física é uma disciplina fortuita e infinitamente flexível que nos brinda uma 
oportunidade para ampliar e reorientar tanto corpo, a mente e o espírito. Esta 
pesquisa é de fundo bibliográfico utilizando-se da leitura em livros, apostilas, teses, 
artigos e internet onde alguns autores consideram que quanto mais os homens 
avançam em conhecimento sobre sua motricidade, mais também ele conhecia do 
mundo, de sua realidade. A educação física começa a ser vista, não somente como 
uma atividade técnica ou biológica, mas a encaram como um fenômeno psicológico 
e social. 
 
Palavras-chave: Educação Física; Processo Histórico; Interações Humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A manifestação corporal desenvolveu se nas mais diversas culturas, 
culminando com a cultura grega. Após esse período fértil da motricidade humana, 
vem o império romano, e com ele inicia-se um declínio a respeito da compreensão e 
utilização da manifestação corporal, tendo seu ápice na Idade Média. Após a Idade 
Média, com o Renascimento do homem volta-se para a compreensão da capacidade 
de movimento, chegando aos métodos ginásticos. 
Trabalhar a importância da educação física no contexto escolar é o tema 
escolhido para a realização deste, faz com que se ampliem às pesquisas 
bibliográficas de modo a esclarecer e estimular educadores e instituições 
educacionais na valorização da disciplina de educação física, no ensino-
aprendizagem, desse modo é que se buscou aprofundamento para a realização 
deste. 
A análise histórica mostra que a educação física enquanto disciplina escolar 
no Brasil, assim como as demais disciplinas que compunham o sistema escolar no 
inicio da colonização, sofreram os efeitos do processo de transplantação da cultura 
europeia. A educação física no Brasil enquanto disciplina escolar tinha como 
nomenclatura utilizada o nome de ginástica. 
Este trabalho se trata de um projeto de pesquisa bibliográfica, utilizando-se 
de sites, revistas, artigos, livros e apostilas, tem por objetivo ressaltar a importância 
da educação física no contexto escolar e como grande companheira para o ensino; 
refletir a relevância dentro de sala, verificar as melhores orientações dos renomados 
autores para os professores. O referencial teórico dessa pesquisa teve como base 
as teorias críticas da educação. 
 
 
 
 
 
2 ANÁLISE HISTÓRICA 
Toda ação feita pelo homem – ação motora, não simplesmente um gesto 
mecânico, mas uma ação pensada – refletida enquanto sistema de movimento é um 
fato cultural. Uma das formas de expressão cultural, essa maneira de se conceber o 
movimento enquanto organização cultural pode ser compreendida por meio de uma 
analise história que nos apresenta como o homem tornou-se corporalmente 
operativo, ou seja sua capacidade de agir no mundo, na sua realidade por meio de 
sua ação motora, porém de forma refletida, pensada, compreendendo as razões 
dessa ação. Ação na qual todo movimento é apresentado de forma sistematizada, 
organizada. 
Historicamente pode-se acompanhar o cuidado que as gerações passadas 
possuíam como o corpo (entendido como uma unidade) e com suas capacidades. 
Esse cuidado com uma prática de atividade corporal também pode ser observado 
nos dias de hoje. Porem a compreensão de forma abrupta foi necessário uma 
construção histórica para que esse fato ocorresse. No decorrer da história, houve 
momentos em que a manifestação corporal foi suprimida e, em outros momentos foi 
disseminada. De modo geral houve um processo de evolução da compreensão 
relativa ao corporal. Sobre isso Ramos (1983, p. 15) relata que: 
[...] Dentro da acadêmica divisão da história, acompanhando a 
marcha ascensional do homem, documentada, sobretudo no mundo 
ocidental, somos levados a afirmar que a prática dos exercícios 
físicos vem da Pré-história, afirma-se na Antiguidade, estaciona na 
Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se na 
Idade Contemporânea. Torna-se mais desportiva e universaliza seus 
conceitos nos nossos dias e dirigi-se para o futuro, plena de 
ecletismo, moldada pelas novas condições de vida e ambiente. 
 
Essa construção cultural do movimento humano fundado em ações motoras 
– que podemos traduzir como: ações laborais, lúdicas, cotidianas e esportivas – 
mostram a possibilidade de uma construção da cultura do movimento humano, ou 
seja, da motricidade humana. A capacidade corporal de agir e de possuir 
movimentos fundamentais, aliadas às disposições posturais básicas do corpo, nos 
remetem a uma construção sistematizada da motricidade humana. “[...] o homem 
precisa recorrer ao amparo da cultura onde nasce e cresce, para desenvolver, 
adequadamente as aptidões corporais e cinéticas ali necessárias” (ORO, 1999, p. 
52). 
A motricidade humana é uma ciência apresentada pelo filósofo português 
Manoel Sérgio, que mostra o ser humano como sendo a motricidade e também 
como transcendência, ou seja, a possibilidade de ação que eleva o humano de um 
nível de conhecimento para outro nível de compreensão de si e do mundo. As 
possibilidades de ação do corpo é que originam a variedade de expressão corporal e 
a variedade de amplitude e intensidade compatível com a relação social do meio em 
que vivemos. 
Desde o começo da aventura do homem sobre a Terra foi 
transmitida, de geração em geração, uma serie de práticas utilitárias, 
que, observadas e imitadas, possibilitaram-lhe, vivendo em um meio 
hostil, melhor apurar seus sentidos, forças e habilidades. Baseado no 
savoir faire surgiu o exercício natural, cuja aprendizagem era 
realizada por ensaios e erros. (RAMOS, 1983, p. 16). 
 
Ainda na pré-história Oliveira (1983), aponta que o homem estava em uma 
situação de nomadismo e seminomadismo, e as capacidades físicas de que mais 
fazia uso eram força, velocidade e resistência. Essas ações, não estavam somente 
relacionadas a sobrevivência, elas começaram a ser pensadas e compreendidas, o 
que favoreceu um aperfeiçoamento. “Sua supremacia no reino animal deve se, no 
plano psicomotor, ao domínio de um gesto que lhe era próprio: foi capaz de atirar 
objetos.” (OLIVEIRA, 1983, p. 13). 
Aos poucos o sistema nômade foi mudando, o novo modo de vida não 
eliminou a cultura motora de antes, porém foi necessário aprimoramento e 
reconhecimento de suas estruturas para nova exigência física que se apresentava. 
Tal estilo de vida não ocorreu de uma forma abrupta, foi acontecendo no decorrer do 
tempo. 
Na Antiguidade, mas especifico a Oriental foi o período mais fértil com 
relação a uma construção e estruturação de uma cultura motora. Oliveira (1983) 
aponta quatro povos: o hindu, o chinês, o japonês e o persa, como os que mais se 
destacaram nesse aspecto. 
Neste novo contexto, os exercícios físicos continuam merecendo o 
mesmo destaque alcançado na Pré-história. Não é dessa época a 
origem de uma educação física que pudesse ser denominada 
científica, mas já é possível uma analise mais apurada das atividades 
físicas no berço desse novo mundo, agora civilizado, com seus feitos 
registrados através da escrita. Podemos arriscar uma classificação 
onde identificaríamos finalidades de ordem guerreira, terapêuticas, 
esportiva e educacional, aparecendo sempre a religião como pano de 
fundo, como em todas as realizações orientais. (OLIVEIRA, 1983, p. 
17). 
Oliveira (1983) afirma que os chineses foram os primeiros a “racionalizar”, 
entender o movimento humanocomo algo pensado e intencional, e não puramente 
mecânico, dando-lhe também um forte conteúdo médico. O autor ainda ressalta que 
os chineses foram os primeiros, dentre os povos a criar um sistema de ginástica 
terapêutico. 
Dentre todas as manifestações da cultura motora, na índia o que se 
desenvolveu foi a Ioga, tendo em vista que esta, não trata somente do físico, mas 
também engloba uma concepção de homem como um ser integral, não 
desarticulando corpo e mente ou corpo e alma ou espírito. 
Os persas possuíam uma preocupação maior com as questões de guerra, 
buscavam uma cultura motora que possibilitasse uma melhor defesa do seu território 
foi um caminho natural para esse povo. Essa cultura corporal voltada para a guerra 
não aconteceu isoladamente, os egípcios como pioneiros nessa construção cultural; 
como foram os pioneiros em um exército permanente, esse possuía os rudimentos 
de um quartel moderno, no qual eram ensinadas as artes de esgrima, equitação e 
luta corporal, apresentando assim uma cultura motora com fins militares. E é no 
Egito que aparece o primeiro instrutor de ginástica, que capacitava os soldados e os 
nobres na arte da guerra. 
Nesse contexto histórico observa-se que a estruturação de uma cultura 
motora está estreitamente relacionada com as necessidades básicas da cultura em 
que o indivíduo está inserido. Além disso, as questões relacionadas a religião 
figuram entre os fatores principais que são levados em conta na elaboração de uma 
cultura motora, e que certos aspectos das atividades recreativas começam a ser 
desenvolvidas nas civilizações da Antiguidade. 
Para Oliveira (1983) a cultura grega é o inicio autentico da história da 
educação física, o autor ressalta que os gregos sistematizaram um conhecimento 
sobre a cultura motora, não separaram as questões relativas ao intelectual e 
religioso, considerando assim que o homem é somente humano enquanto completo. 
Segundo Oro (1999), não era somente o corporal o alvo dos gregos, mas 
também o cognitivo, que era mediado pela pedagogia e filosofia. Somos sabedores 
que não foi somente privilégio dos gregos esta herança cultural de movimento, e não 
somente a ginástica a única fonte de compreensão da motricidade. Outras culturas 
além da grega também participam desse legado cultural. 
A manifestação corporal, cuja prática era influenciada pelo domínio do 
governo das cidades-estados, passou a ser muito difundida na Grécia. Não 
podemos esquecer que subjacente a esta estruturação da cultura motora na Grécia 
antiga estava sua mitologia, a qual influenciou a criação dos grandes jogos gregos, 
os Píticos, Nemeus, Ístmicos e, principalmente os Olímpicos. Estes últimos, segundo 
Oliveira (1983), foram criados em 776 a.C., em homenagem a Zeus. Tais jogos 
tinham um caráter de festa popular e religiosa, que dispunha, além das competições 
atléticas, provas literárias e artísticas. 
A construção e sistematização de uma cultura motora pelos gregos se 
deram até a invasão e domínio dos romanos. Os romanos absorveram grande parte 
da cultura e mitologia gregas, porém, no que dizia respeito à cultura motora, 
representam um atraso, uma vez que uma das grandes sanções imposta pelos 
romanos foi a abolição dos jogos idealizados pelos gregos. 
Roma em sua constituição apresenta a herança direta de dois povos: os 
etruscos, que eram da região do norte; e os gregos, que eram do sul. Dos etruscos, 
os romanos receberam a influência da arte e dos esportes, dos gregos, herdaram a 
sua cultura, respeitadas, é claro, as particularidades do homem romano. A 
civilização romana, no entanto, se destacava, sobretudo, pela praticidade e por um 
espírito eminentemente utilitarista. As questões relativas a realizações pessoais 
foram suprimidas pelo ideal coletivo, característica do império romano. 
Os romanos praticavam a equitação, corridas de velocidades e resistência, 
natação, pugilato, luta, arco e flecha e esgrima. Os jogos romanos tinham uma 
conotação de treinamento, não implicando em competições, como os gregos faziam. 
A ginástica no período romano perdeu o sentido do belo que os gregos contribuíam. 
E os jogos, numa concepção humanista, que Ra a base da cultura grega, não 
influenciaram a cultura romana. A única herança dos romanos com relação a cultura 
motora é a luta Greco-romana. 
Houve um período obscuro para as questões voltadas ao corporal, que 
culminou coma Idade média, cujo fim ocorreu com a tomada de Constantinopla 
pelos turcos em 1453. Neste período da história da humanidade foi estacionário para 
a manifestação corporal. 
O inicio da época medieval mostra que foi bastante conturbado, uma vez 
que as pessoas viviam em constante temos de serem vítimas de invasão por algum 
povo conquistador. Aquele foi um período de violência, que obrigou os nobres a se 
refugiarem em castelos, verdadeiras fortalezas, ao redor dos quais habitavam os 
camponeses, que se dedicavam ao trabalho do campo, cujo produto era, em sua 
maioria, tão somente para sua subsistência. As ações motoras voltadas para uma 
manifestação cultural, já debilitada pela decadência de Roma, perderam quase que 
totalmente a sua importância, restando somente uma prática de atividade física 
desprovida de uma pedagogia e somente restrita aos nobres. 
Na história da Idade Média, observa-se às ações motoras estruturadas em 
um contexto cultural não houve um avanço significativo, mas para a cultura de uma 
forma geral progrediu, pois nessa época floresceu a arte gótica, surgiram às 
primeiras universidades. 
Com a Renascença ou Renascimento, instaurou-se um movimento 
intelectual, social e estético que se opunha à decadente estrutura feudal. Isso 
resultou numa nova concepção de mundo e de homem, e a manifestação corporal 
do homem que produz cultura passou então a ser assunto dos intelectuais, que 
procuraram apresentar uma nova reintegração do físico e do estético. 
Foi quando a humanidade trouxe abertura de pensamento, com destaque de 
grandes nomes nas mais variadas áreas da cultura. Dentre esses, vale destacar um 
grande pensador, René Descartes (1596-1650). Em suas meditações apresentou 
um novo modo de pensar o homem, e suas ideias se fazem presente até nossos 
dias. 
Em suas obras, Descartes afirma não conceber ao corpo a faculdade do 
pensamento. Em sua meditação segunda, a respeito do corpo, Descartes (1637, p. 
25) apresenta seu ponto de vista relatando o seguinte: 
No que se referia ao corpo, não duvidava de maneira alguma de sua 
natureza; pois pensava conhecê-la mui distintamente e se, quisesse 
explicá-la segundo as noções que dela tinha, tê-la-ia descrito desta 
maneira: por corpo entendo tudo o que pode ser limitado por alguma 
figura; que pode ser compreendido em qualquer lugar e preencher 
um espaço de tal sorte que todo outro corpo dele seja excluído; que 
pode ser sentido ou pelo tato, ou pela visão, ou pela audição, ou pelo 
olfato; que pode ser movido de muitas maneiras, não por si mesmo, 
mas por algo de alheio pelo qual seja tocado e do qual receba a 
impressão. Pois não acreditava de modo algum que se devesse 
atribuir á natureza corpórea vantagens como ter de si o poder de 
mover-se, de sentir e de pensar; ao contrário, espantava-me antes 
ao ver que semelhantes faculdades se encontravam em certos 
corpos. 
 
Descartes (1637) apresenta o homem com o funcionamento harmônico tal 
qual de uma máquina, e o intelecto como a sede do sujeito, no qual teria que haver 
uma dissociação entre o sujeito e o objeto cognoscível para que algum 
conhecimento pudesse ocorrer. A capacidade de aprender está no intelecto, e um 
distanciamento entre o sujeito e o objeto cognoscível deveria ocorrer para que se 
desse a aprendizagem. 
O Iluminismo se coloca como novidade do conhecimento humano, tal 
movimento partiu do principio de igualdade, linha de pensamento que inspirou 
importantes mudanças, como o direito à escola, além dessa busca de formação 
culturaltambém houve uma preocupação com a saúde, buscou-se o 
desenvolvimento de um trabalho prático e teórico na esfera a ginástica na 
Alemanha. 
Na mesma época da construção deste modelo de trabalho de formação 
corporal, surgiu na Alemanha uma concepção de corpo contraditória ao pensamento 
vigente: 
[...] Johann Bernhard Basedow, no ano de 1774, fundava, em 
Dessau, o primeiro Philantropinum, uma escola em que a ginástica e 
as disciplinas de formação intelectual estavam curricularmente 
equiparadas. Eram, assim, lançadas, em finais do século XVlll, as 
fundações da disciplinalização curricular da ginástica, o que está na 
origem da concepção da educação física como disciplina curricular 
(ORO, 1999, p 60). 
 
Esta forma de pensar a ginástica equiparada às disciplinas tidas como 
intelectuais não teve o impacto cultural do já arraigado dualismo (corpo e mente), 
pois na Europa, segundo Oro (1999), três correntes ginásticas emergiam no inicio do 
século XlX: a da escola Escandinávia, da escola alemã e da escola francesa. Essas 
correntes passaram a formar as bases da tradição da cultura motora europeia, as 
quais são quais são mais conhecidas como métodos ginásticos, em que se 
destacam o sueco, o alemão e o Frances, métodos que foram base do principio da 
ginástica no Brasil. 
 
 
3 INTRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO 
A relação entre a educação física e a sociedade passou a ser discutida nos 
últimos anos sob influências das teorias críticas da educação. Desta forma surgiu o 
questionamento do seu papel enquanto disciplina escolar e sua dimensão política 
Historicamente dizendo, a educação física enquanto disciplina escolar no 
Brasil, assim como as demais disciplinas que compunham o sistema escolar no 
início da colonização, sofreram os efeitos do processo de transplantação da cultura 
europeia. A educação física no Brasil enquanto disciplina escolar tinha como 
nomenclatura utilizada o nome de ginástica. 
Oliveira (1983) apresenta como o início oficial da história da educação 
brasileira a chegada dos jesuítas em 1549. No tempo em que jesuítas tinham o 
monopólio da educação na colônia, eles buscaram proporcionar uma educação nos 
parâmetros estes muito criticados na Europa. Neste tempo de permanência no 
Brasil, os jesuítas atuaram somente na construção e administração de colégios para 
a educação básica, não avançaram para o ensino superior. 
Assim sendo, no inicio da história da educação no Brasil colônia, as 
questões intelectuais se sobrepunham ás corporais, e as questões corporais 
somente aconteciam nas catequeses que eram voltadas para os nativos, e os filhos 
das classes dominantes somente tinham as atribuições consideradas intelectuais no 
contexto escolar. 
Em 7 de setembro de 1822, ocorre a emancipação política, onde não buscou 
somente a elaboração de uma nova constituição, mas também houve por parte da 
classe governamental uma necessidade de nacionalizar e estruturar o sistema 
educacional. Em 1823 houve pela primeira vez uma menção a disciplina de 
educação física. No decorrer de sua história essa disciplina teve várias influências 
de abordagens pedagógicas, que buscavam uma base de sustentação, além das já 
conhecidas anatomia e fisiologia. 
A educação física no contexto escolar e na construção de seu conhecimento 
específico apresentou novas abordagens pedagógicas que buscavam encontrar 
razões para justificar sua presença na escola. Esse impulso ocorreu de forma geral, 
a educação vem buscando historicamente organizar meios metodológicos que 
quando colocados em prática atendam as exigência e necessidades educacionais. 
Libâneo (1985) classifica as tendências educacionais segundo as funções 
sociais da escola em liberais e progressivas. Na primeira encontram-se as 
tendências: tradicional, renovada progressista, renovada não diretiva e tecnicista. Já 
as tendências libertadora, libertária e crítico social dos conteúdos são identificados 
na segunda tendência. 
Medina (1989) tem como critério uma visão de homem e de mundo e afirma 
que estes determinam a educação. Ele ainda aponta três concepções de educação 
física que buscam conferi-lhe significado: convencional, modernizadora e 
revolucionária. 
No currículo de 1940, a Educação Física aparece tanto no Curso 
Fundamental como no Curso Profissional de todas as armas, acompanhada das 
disciplinas Equitação, Esgrima, Anatomia, Fisiologia, os Socorros de Urgência e a 
Higiene Militar e, segundo o autor, “todas as disciplinas, exceto a Equitação, 
continuam presentes na maioria dos Cursos de formação de professores civis do 
país, na atualidade, com breves modificações no ementário e/ou na denominação da 
disciplina.” (FERREIRA NETO, 1999). 
Daolio (1997) ressalta que quando surgiram os primeiros cursos de pós-
graduação em educação física no país, os primeiros brasileiros doutores no exterior 
retornaram, começando assim surgir mais explicações científicas e um aumento 
significativo de publicações, eventos e congressos na área. Através dos estudos 
houve um discurso na busca de identidade para a educação física e sua aplicação 
escolar, surgindo varias formas de pensar a educação física, que hoje são 
chamadas de abordagens. 
A partir desse momento chamado de “renascimento” da educação física, 
uma variedade de autores escrevia e falava sobre novas abordagens, mas cada um 
de seu modo. Azevedo e Shigunov (2000) classificam as abordagens em preditivas 
e não preditivas. Na primeira encontram-se as abordagens construtivistas, crítico-
superadora, aptidão física, desenvolvimentista, educação física plural e concepção 
de aulas abertas. Nas não preditivas estão as abordagens crítico-emancipatória, 
humanista, psicomotricista, sistêmica e tecnicista. 
Castellani Filho (1997) agrupa as abordagens de acordo com as 
metodologias de ensino de cada uma dividindo-as em não propositivas, que são 
conceituadas como abordagens; e propositivas sistematizadas e nãosistematizadas, 
estas chamadas pelo autor de concepções. 
Observa se que a partir dessas abordagens, o professor possui à sua 
disposição uma gama grande de conteúdos, embasados nas diferentes tendências 
pedagógicas, as quais por sua vez têm suas origens nas linhas filosóficas do 
Positivismo, da Fenomenologia (cientificista e historicista) e do Marxismo (dialética 
materialista-histórica). 
É desafiador a busca do conhecer, compreender e escolher a teoria ou 
teorias que irão embasar a prática pedagógica, modificando a postura e atuação no 
contexto escolar. Havendo a apropriação de conhecimento e escolhendo uma linha 
filosófica e a abordagem que mais se aproxima das concepções de vida e 
sociedade, evita-se a dicotomia entre teoria e prática e dirige os alunos em um 
processo de ensino aprendizagem crítico e reflexivo. 
Abordagens não propositivas da Educação Física segundo Castellani Filho 
(1997) são assim chamadas por abordar a Educação Física escolar, mas não 
estabelece metodologias para o seu ensino, ou seja, não explica como deve ser 
realizada a compreensão do conhecimento por parte dos alunos, deixando lacunas 
quanto à sua organização dentro do sistema escolar. 
A Fenomenologia, Behmoiras (2005), “busca a essência, isto é, o que o 
fenômeno verdadeiramente é depois de sofrer um isolamento total, uma redução, 
eliminando o eu que vivencia e o mundo com os seus valores, cultura, etc.”... 
Segundo Barbieri et.al.(2008, p. 227): 
Em âmbito escolar, essa abordagem tem como foco o movimentar-se 
humano e a relação do indivíduo com o meio: sujeito-espaço, sujeito-
tempo, sujeito-objeto, etc. Busca-se nas aulas de Educação Física 
desenvolver a capacidade de tomada de decisão e autonomia dos 
alunos, bem como propiciar a estes uma prática lúdica, de 
cooperação e socialização com os demais colegas de classe. 
 
Segundo Palafox e Nazari (2007), a abordagem Sociológica: 
[...] não é difícil definir o objetivo da Educação Física na escola,incluindo o esporte como um de seus conteúdos: introduzir o aluno 
no universo cultural das atividades físicas, de modo a prepará-lo para 
elas usufruir durante toda sua vida. [...] Deve-se ensinar o 
basquetebol, o voleibol (a dança, a ginástica, o jogo...), visando não 
apenas o aluno presente, mas o cidadão futuro, que vai partilhar, 
produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade 
física. Por isso, na Educação Física escolar, o esporte não deve 
restringir-se a um fazer mecânico, visando um rendimento exterior ao 
indivíduo, mas tornar-se um compreender, um incorporar, um 
aprender atitudes, habilidades e conhecimentos, que levem o aluno a 
dominar os valores e padrões da cultura esportiva. 
 
Entende se que o esporte é visto como o principal conteúdo da escola, visto 
como cultura do povo, como produtor e reprodutor de atividades físicas capaz de 
transmitir atitudes e valores da vida real na formação do aluno e do futuro cidadão. 
Castellani Filho (1997,) divide as abordagens propositivas como 
sistematizadas e não sistematizadas, as primeiras representadas pela concepção da 
aptidão física e Crítico Superadora e as últimas pelas concepções 
desenvolvimentistas, construtivista, crítico emancipatória e plural, que tem sua 
origem na abordagem Cultural. 
A concepção Crítico Superadora, com sua origem no Marxismo, se destina a 
mudar uma realidade, contribuindo para a formação de uma consciência filosófica 
revolucionária; partindo do conhecimento da cultura corporal, os alunos aprendem a 
ver a sociedade sob a ótica do capitalismo e, o conteúdo, de relevante valor social, 
“deverá estar vinculado à explicação da realidade social concreta e oferecer 
subsídios para a compreensão dos determinantes sócio históricos do aluno, 
particularmente a sua condição de classe social”. (Coletivo de Autores, 1992). 
Segundo autores, essa proposta de trabalho entende a Educação Física 
como: 
[...] uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematisa formas 
de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, 
ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento 
que podemos chamar de cultura corporal. (Coletivo de Autores, 1992, 
p. 50). 
 
Significa que o professor deve usar em suas aulas os elementos da cultura 
corporal (jogos, esportes, danças, lutas, ginásticas, atividades rítmicas...), 
fornecendo subsídios teóricos para que seus alunos possam analisá-los sob 
diversos pontos de vista, distintos daqueles mitificados pela classe dominante, 
desacreditando o senso comum e superando a ordem capitalista. 
Saladini (2006) verificou que a educação física identificou-se em nosso país 
até a década de 1970, com a reprodução mecânica dos movimentos tendo nesta 
prática uma inspiração tecnicista. Naquela época pensava-se que o ser humano 
seria educado à medida que os seus movimentos fossem treinados. Este processo 
era garantido pela prática da ginástica e do esporte e estruturava-se na preparação, 
recuperação e manutenção da força de trabalho. Prevaleceu um entendimento da 
educação física como atividade prática voltada para o desenvolvimento e 
aprimoramento das capacidades físicas por meio de técnicas de adestramento, 
vendo nisso uma grande contribuição para o intelecto do sujeito, ou seja, à pratica 
da educação física estava a serviço do pensamento, sendo este a expressão da 
razão. Ao corpo caberia, tal qual uma máquina, a obediência às tarefas impostas 
pelo pensamento, estando este localizado em uma dimensão superior com relação 
ao corpo. 
Atualmente se concebe a existência de algumas abordagens para a 
disciplina de educação física no Brasil, que é resultado da articulação de diferentes 
teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas. Essas abordagens tem 
ampliado o campo de ação e reflexão para a área. A Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional n. 9394/96, promove em seu texto uma possibilidade de a área 
transformar suas bases epistemológicas que vinha executando nos últimos anos ao 
explicitar no art. 26, parágrafo 3, que “a educação física, integrada à proposta 
pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se 
às faixas etárias e às condições da população escola, sendo facultativa nos cursos 
noturnos”. 
Esta lei trazia em sua redação que a educação física era facultativa nos 
cursos noturnos, porém o espírito da lei é que a educação física estava facultativa 
ao aluno e não à escola que oferecia curso noturno. Por não estar clara a intenção 
da lei, o que se verificou foi que as aulas desta disciplina deixaram de ser ofertadas 
em algumas escolas que possuíam o curso noturno, pois o entendimento ainda 
vigente é o de oferecer as disciplinas intelectivas um maior número de aulas, pois 
estas são mais importantes do que uma disciplina tida como somente corporal. 
Assim tornou-se necessário uma mudança na redação da lei para que a disciplina 
voltasse a ser ofertada nos cursos noturnos. 
Em 2003, foi editada a Lei n. 10.793 que altera a redação do art. 26, 
parágrafo 3 da Lei n. 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular 
obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: 
I. Que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; 
II. Maior de trinta anos de idade; 
III. Que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação 
similar, estiver obrigado à prática da educação física; 
IV. Amparado pelo Decreto Lei n. 1.044, de 21 de outubro de 1969; 
V. (Vetado); 
VI. Que tenha prole. 
 
Observa-se que em 1996 já havia uma preocupação com o enfoque de a 
educação física passar a ser componente curricular e de estar integrada à proposta 
pedagógica da escola, inclusive nos cursos noturnos. A nova redação mostra um 
novo entendimento que o Ministério da educação está tendo sobre a disciplina 
educação física. Porém ainda pautado em um paradigma muito cristalizado de 
atividade física, pois os responsáveis pela redação da referida lei apontaram casos 
em que é facultativo ao aluno; ou seja, casos, em que o aluno já faz uma atividade 
física ele escolhe se faz a disciplina ou não, portanto fica clara a conotação de 
atividade de rendimento físico e não de conhecimento dos conteúdos específicos da 
disciplina. 
Através das novas formas de pensar o papel da educação física no contexto 
escolar, Manuel Sérgio (1996) apresenta uma nova perspectiva para a educação 
física. Esta é denominada por ele como ciência da motricidade humana. 
[...] a motricidade humana invoca a totalidade humana (corpo, 
espírito, natureza, sociedade), não só no desenvolvimento motor [...] 
a motricidade humana é estado e processo porque dele emergem um 
código genético, uma estratégia bioquímica, um sistema nervoso, um 
nível energético de base e também os fatores culturais der 
aprendizagem e afinal tudo que constitui a praxidade humana 
(SÉRGIO, 1996). 
 
Entende-se que o gesto técnico desportivo não é mais o enfoque desta 
disciplina, mas sim o conhecimento das possibilidades da motricidade do sujeito. A 
questão da motricidade humana não é recente, porém Manuel Sérgio tem buscado 
mostrar que os fundamentos que regem a educação física não devem pautados 
numa visão dualista de corpo, nem tampouco ter o desporto como o eixo norteador 
desta disciplina. 
3.1 PARÂMETROS CURRICULARES 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, seguindo a Lei nº 9394/96, 
estabelece os rumos da Educação Física Escolar. 
Brito (1999) afirma que os PCNs se apresentam como uma proposta 
curricular dentre outras, sendo significativa, mas não obrigatória, constituindo-se em 
uma alternativa às propostas curriculares dos Estados e Municípios. 
A educação física, enquanto área de conhecimento na escola deve 
sistematizar situações de ensino e de aprendizagem que garantam aos alunos a 
apropriação da compreensão sobre conhecimentosque, para os alunos, são 
práticos e ou conceituais. 
Atualmente, de acordo com os PCNs, é fundamental que se faça 
distinção entre os objetivos da educação física enquanto disciplina 
escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta, 
pois embora, seja uma referencia a formação de atletas para 
esportes de rendimentos não é dever da disciplina de Educação 
física. 
De acordo com os PCNs (blocos dos conteúdos de conhecimento 
sobre o corpo) a disciplina de educação física deve dar 
oportunidades a todos os alunos, para que vivenciem e elabore suas 
estruturas capacitativas, compreendendo o significado do movimento 
humano. (SALADINI et al, 2008). 
 
Darido e Rangel (2005, p. 18-19), citam que: 
[...] a abordagem cidadã teria como valores os direitos democráticos 
liberais e a meta de construção de uma cidadania crítica. A inserção 
e a integração dos alunos à Cultura Corporal de Movimento são seus 
objetivos específicos. Aspectos conceituais, procedimentais e 
atitudinais vinculados aos jogos, esportes, danças, ginásticas, lutas e 
conhecimento sobre o corpo são as dimensões dos conteúdos e as 
vivências são tidas como estratégias principais. 
 
Na realidade escolar, os PCNs também se apresentam como alternativa de 
ensino, onde os professores trabalham como conteúdos os jogos, os esportes, as 
danças, a ginástica, a luta e o conhecimento sobre o corpo, porém, apesar de ser 
uma boa proposta, os PCNs, muitas vezes, são trabalhados apenas de forma 
teórica, em sala de aula, sem a presença do movimento, essência da Educação 
Física. 
Percebe-se que cada uma das propostas pedagógicas tem sua origem, 
concepção, objetivos e conteúdos, sendo todas elas, apesar de suas limitações e 
complexidades, importantes para a reflexão, a discussão e a comparação daquilo 
que achamos certo ou errado, perfeito ou imperfeito para aplicação na área da 
Educação Física Escolar, objeto deste estudo. 
Sabe se que a Educação Física escolar atualmente tem diferentes 
caminhos, com diferentes referenciais teóricos, mas com objetivos similares em 
todas as propostas, que buscam oferecer uma disciplina com conteúdos 
significativos, buscando a autonomia frente aos conhecimentos tratados dentro da 
disciplina, assim como se enfatiza a necessidade da seriedade da ação docente e 
da responsabilidade com o processo ensino aprendizagem. 
 
CONCLUSÃO 
Conclui se que o homem buscou estruturar a sua motricidade bem como 
teve preocupação em entender a sua corporeidade. 
O contexto histórico busca apresentar um conhecimento necessário ao 
professor, sendo que se não conhecemos o passado, o presente pode nos parecer 
sem sentido e com um futuro incerto. O estudo dos processos históricos traz a 
possibilidade de compreensão dos porquês da disciplina de Educação Física estar 
presente no contexto escolar e qual sua relação com o processo de aprendizagem 
que realizamos para entender nossa realidade. 
A importância do resgate histórico se faz para compreender como a 
disciplina de educação física (inicialmente com a nomenclatura de ginástica) foi 
introduzida no sistema educacional brasileiro, assim como a determinação pelos 
órgãos governamentais. 
É indispensável que o professor de educação física tenha conhecimento e 
sistematize o conteúdo que levará para sua aula. Portanto, a aula de educação física 
não ficaria resumida simplesmente como uma “área de atividades”. O professor em 
sua ação pedagógica deve oferecer oportunidades para que o aluno reflita sobre a 
ação motora executada. Sendo assim, ao enfrentar conflitos cognitivos, o sujeito 
encontrará situações para (re) construir o seu conhecimento, ampliando a 
compreensão de sua realidade. 
 
 
 
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