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8/6/2020 MEDIÇÃO DE VARIÁVEIS FÍSICAS INDUSTRIAIS 116h 2 VARIÁVEL PRESSÃO 3 IMPORTÂNCIA DE SUA MEDIÇÃO A medição e controle de pressão é a variável de processo mais usada na indústria de controle de processos nos seus mais diversos segmentos. Além disso, através da pressão é facilmente possível inferir uma série de outras variáveis de processo, tais como nível, volume, vazão e densidade. Princípios, leis e teoremas da física utilizados na medição de Pressão: Teorema de Stevin (Teorema fundamental da hidrostática) Teorema de Bernoulli (Lei da conservação de energia) Princípio de Pascal Equação Manométrica 4 UNIDADES DE PRESÃO A pressão possui vários tipos de unidades. Os sistemas de unidade SI, gravitacional e unidade do sistema de coluna de líquido são utilizados. 5 UNIDADES DE PRESÃO Exercício: Utilizando a tabela anterior, converta as leituras abaixo para kPa. a) 100 mm b) 0,5 kgf/cm² c) 100 mmHg d) 2 atm e) 25 Bar 6 DEFINIÇÃO DE PRESSÃO É a relação entre uma força aplicada perpendicularmente (90°) a uma área, e é expressa pela seguinte equação: Área Força A F P A pressão pode ser também expressa como a somatória da pressão estática e pressão dinâmica, e assim chamada de pressão total N/m² = Pa 7 DEFINIÇÃO DE PRESSÃO Exercício 1: Uma força de 200N é aplicada sobre uma área de 0,05m². A pressão exercida sobre essa área é igual a? Exercício 2: A pressão atmosférica em determinada região da Terra é igual a 780 mmHg. Indique, entre as alternativas abaixo, aquela que apresenta corretamente a pressão atmosférica local em atm: 8 PRESSÃO ESTÁTICA, DINÂMICA E TOTAL Pressão Estática: É a pressão exercida em um ponto, em fluidos estáticos, que é transmitida integralmente em todas as direções e produz a mesma força em áreas iguais. Pressão Dinâmica: É a pressão exercida por um fluido em movimento paralelo à sua corrente. A pressão dinâmica é representada pela seguinte equação: )(N/m V . . 2 1 Pd 22 9 TIPOS DE PRESSÃO Pressão Total: É a pressão resultante da somatória das pressões estáticas e dinâmicas exercidas por um fluido que se encontra em movimento. 10 TIPOS DE PRESSÃO A pressão medida pode ser representada pela pressão absoluta, manométrica ou diferencial. A escolha de uma destas três depende do objetivo da medição. Os manômetros de ponteiros, geralmente, medem a diferença de pressão existente entre um meio e a pressão atmosférica. Se a pressão medida for maior que a pressão atmosférica, a diferença é conhecida como pressão manométrica ou relativa e se inferior à atmosférica é comumente denominada vácuo. 11 TIPOS DE PRESSÃO Pressão Relativa: A pressão relativa, medida pelos manômetros de ponteiro, pode ser definida como sendo a pressão que se acrescenta à pressão atmosférica existente, enquanto que o vácuo será o valor decrementado. A pressão atmosférica depende da altitude do local 12 TIPOS DE PRESSÃO Pressão Absoluta Portanto, a pressão absoluta é o resultado da soma da pressão relativa (manométrica) e a pressão atmosférica. Quando se trata de vácuo, se determina subtraindo o valor da pressão indicado no vacuômetro do valor medido por um barômetro. Em termos práticos: Se a pressão atmosférica é de 690 mmHg e o vacuômetro colocado no coletor de admissão de um carro indica 450 mmHg, qual o valor da pressão absoluta no coletor? mmHg 240 450 - 690 o vacuômetrP. - P.atm. P.absoluta 13 TIPOS DE PRESSÃO A Pressão Diferencial É o resultado da diferença de duas pressões medidas. Em outras palavras, é a pressão medida em qualquer ponto, menos no ponto zero de referência da pressão atmosférica. 14 ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE PRESSÃO A medição de uma variável de processo é feita, sempre, baseada em princípios físicos ou químicos e nas modificações que sofrem as matérias quando sujeitas às alterações impostas por essa variável. A medição da variável pressão pode ser realizada baseada em vários princípios, cuja escolha está sempre associada às condições da aplicação. Os medidores de pressão de um modo geral podem ser divididos em três partes, sendo fabricado pela associação destas partes ou mesmo incorporado a conversores e com isso recebendo o nome de Transmissores de Pressão. As três partes são: Elemento de Recepção, Elemento de Transferência e Elemento de Indicação. 15 ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE PRESSÃO Elemento de Recepção Aquele que recebe a pressão a ser medida e a transforma em deslocamento ou força (ex.: bourdon, fole, diafragma). Bourdon Fole Vídeo: Como funciona um Manômetro Bourdon. 16 ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE PRESSÃO Elemento de Transferência Aquele que amplia o deslocamento ou a força do elemento de recepção ou que transforma o mesmo em um sinal único de transmissão do tipo elétrica ou pneumática, que é enviada ao elemento de indicação (ex.: links mecânicos, relé piloto, amplificadores operacionais). Amplificadores Operacionais 17 ELEMENTOS MECÂNICOS PARA MEDIÇÃO DE PRESSÃO Elemento de Indicação Aquele que recebe o sinal do elemento de transferência e indica ou registra a pressão medida (ex.: ponteiros, displays). Display para indicar pressão arterial. 18 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Manômetros São dispositivos utilizados para indicação local de pressão, e em geral divididos em duas partes principais: o manômetro de líquidos, que utiliza um líquido como meio para se medir a pressão; e o manômetro tipo elástico, que utiliza a deformação de um elemento elástico como meio para se medir pressão. 19 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Observe na tabela que os manômetros são classificados de acordo com os elementos de recepção. Tipos de manômetros Elementos de recepção Manômetro de Líquido Tipo tubo em “U” Tipo Coluna Reta Tipo Coluna Inclinada Manômetro Elástico Tipo tubo de Bourdon Tipo Diafragma 20 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Manômetro de Líquido: Princípio de funcionamento e construção É um instrumento de medição e indicação local de pressão baseado na equação manométrica. Sua construção é simples e de baixo custo. Basicamente é constituído por tubo de vidro com área seccional uniforme, uma escala graduada, um líquido de enchimento, e suportados por uma estrutura de sustentação. O valor de pressão medida é obtido pela leitura da altura de coluna do líquido deslocado em função da intensidade da referida pressão aplicada. 21 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Manômetro de Líquido: Líquidos de enchimento A princípio, qualquer líquido com baixa viscosidade, e não volátil nas condições de medição, pode ser utilizado como líquido de enchimento. Entretanto, na prática, a água destilada e o mercúrio são os líquidos mais utilizados nesses manômetros. Faixa de medição Em função do peso específico do líquido de enchimento e também da fragilidade do tubo de vidro que limita seu tamanho, esse instrumento é utilizado somente para medição de baixas pressões. Em termos práticos, a altura de coluna máxima disponível no mercado é de 2 metros e assim a pressão máxima medida é de 2mH2O caso se utilize água, e 2mHg com utilização do mercúrio. 22 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Manômetro de Líquido: Influência da temperatura na leitura Como a medição de pressão utilizando manômetro de líquido depende do peso específico do mesmo, a temperatura do ambiente onde o instrumento está instalado irá influenciar no resultado da leitura e, portanto, sua variação, caso ocorra, deve ser compensada. Isto é necessário pois na construção da escala é levada em consideração a massa específica do líquido a uma temperatura de referência. Mercúrio 0ºC Água 4ºC Massa Específica: 13.595,1kg/m³ Massa Específica: 1.000,0kg/m³ 23 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna em “U” O tubo em “U” é um dos medidores de pressão mais simples entre os medidores para baixa pressão. É constituído por um tubo de material transparente (geralmentevidro) recurvado em forma de U e fixado sobre uma escala graduada. Vídeo: Como funciona um manômetro de coluna U. 24 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna em “U” Onde Pa – Pb é a diferença de pressão 𝒎 é a densidade do fluído manométrico 𝒇 é a densidade do fluído g é a aceleração da gravidade H é a altura da coluna deslocada 25 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna Inclinada O princípio de funcionamento deste tipo de manômetro é o mesmo que aquele de tubo em “U” com diâmetros diferentes. Nesse caso, o tubo de pequeno diâmetro (d) é inclinado com um certo ângulo α, de maneira a obter-se um grande deslocamento do líquido no tubo inclinado, mesmo no caso de medição de pressões muito pequenas. Este instrumento permite medir pressões da ordem de 0,02mm de coluna de H2O. Neste tipo de manômetro, é necessário se trabalhar com o instrumento perfeitamente nivelado e deve-se evitar que ele seja submetido a vibrações. 26 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna Inclinada sen D d hP ).1.(. 2 2 Esta equação demonstra que, para uma pressão determinada, quanto menor for o ângulo α maior será o deslocamento do líquido no tubo inclinado, pois o valor de senα será tanto menor quanto menor for o ângulo α. 27 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna Reta O emprego deste manômetro é idêntico ao do tubo em “U”. Nesse manômetro as áreas dos ramos da coluna são diferentes, sendo a pressão maior aplicada normalmente no lado da maior área. Essa pressão, aplicada no ramo de área maior, provoca um pequeno deslocamento do líquido na mesma, fazendo com que o deslocamento no outro ramo seja bem maior, devido ao volume deslocado ser o mesmo e sua área bem menor. Chamando as áreas do ramo reto e do ramo de maior área de “a” e “A” respectivamente, e aplicando pressões P1 e P2 em suas extremidades, teremos pela equação manométrica: )( 1221 hhPP 28 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna Reta Como o volume deslocado é o mesmo, teremos: Substituindo o valor de na equação manométrica, teremos: Como “A” é muito maior que “a”, a equação anterior pode ser simplificada e reescrita. Assim teremos a seguinte equação utilizada para cálculo da pressão: 2121 *** hA a hhahA 29 PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIDORES DE PRESSÃO Tipos de Manômetro Líquido Manômetro tipo Coluna Reta 30 PRESSÃO HIDROSTÁTICA É a pressão que uma coluna de um fluido exerce a certa profundidade. Por exemplo, se você mergulhar no fundo do mar, vai sentir a pressão que toda a água acima de você exerce. Como calcular a Pressão Hidrostática? Pressão é a força sobre a área. Então, a pressão que um fluido exerce em um ponto é igual ao seu peso acima desse ponto sobre a área em que ele atua. 31 PRESSÃO HIDROSTÁTICA Exemplo: Calcular a pressão de uma coluna de líquido em um cilindro a uma certa profundidade h. Primeiro, vamos calcular o peso da coluna de líquido. Vamos chamar a força peso de F para não confundir com a pressão p: F = m.g Para calcular a massa do fluido, usamos a relação entre densidade e volume: 32 PRESSÃO HIDROSTÁTICA Volume do cilindro é base vezes altura: Então, o peso é dado por: Para calcular a pressão, basta dividir essa força pela área em que ela está atuando, que é a mesma área A: Essa é a pressão exercida a uma certa profundidade apenas pela coluna de líquido. 33 PRESSOSTATOS É um instrumento de medição de pressão utilizado como componente do sistema de proteção de equipamento ou processos industriais. Sua função básica é de proteger a integridade de equipamentos contra sobrepressão ou subpressão aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento. 34 PRESSOSTATOS Também encontramos pressostatos em compressores tradicionais. 35 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Justificativas para o uso do Transmissor Transmissor Mais segurança, economia e conveniência em relação aos controladores. Eliminam a presença de fluidos corrosivos, tóxicos mal cheirosos e de alta pressão na sala de controle. As salas de controle tornam-se mais práticas, com a ausência de tubos capilares compridos, protegidos , compensados e com grande tempo de atraso. Padronização dos instrumentos receptores do painel; os indicadores, os registradores e os controladores recebem o mesmo sinal padrão dos transmissores de campo. 36 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Transmissor Inteligente É um transmissor em que as funções de um sistema microprocessador são compartilhadas entre: 1. Derivar o sinal de medição primário. 2. Armazenar a informação referente ao transmissor em si, seus dados de aplicação e sua localização. 3. Gerenciar um sistema de comunicação que possibilite uma comunicação de duas vias (transmissor para receptor e do receptor para o transmissor). 4. Por ser digital e receber um sinal analógico, tem necessariamente um conversor A/D em sua entrada. O transmissor híbrido, que é digital e possui saída analógica de 4 a 20mA deve possuir em sua saída um conversor D/A. 37 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Transmissor a 2 fios Utilizado quando um mesmo cabo, com 2 condutores e normalmente uma malha de terra, serve para alimentar o instrumento com 24 Vdc e também para transmitir o sinal de corrente de 4 a 20 mA. 38 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Sinais padrão de transmissão Existem dois sinais padrões na instrumentação: Sinal Pneumático Sinal Eletrônico SI: 20 a 100 kPa Não SI: 3 a 15psig e 0,2 a 1,0 kgf/cm² 4 a 20 mA cc 39 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Transmissor Pressão Diferencial Capacitivo 40 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Instalação do Transmissor de Pressão SMAR LD-301 41 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem Para realizar um escalonamento de funções, por exemplo, de entrada analógica ou de contagem rápida manualmente, utilize a equação da reta. Exemplo: Uma entrada analógica de um controlador programável tem seu intervalo configurado entre 4...20mA e deseja-se ter na saída, em unidade de usuário, o valor equivalente no intervalo de 0..100. 42 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem Equacionamento: 4 – Intervalo inicial entrada analógica (mA) 0 – Intervalo inicial de saída convertido x – Valor da entrada analógica (mA) y – Valor de saída convertido 20 – Intervalo final entrada analógica (mA) 100 – Valor final de saída convertido Assim: 20 - 4 100 - 0 x - 4 y - 0 Portanto: 16 100 x - 4 y - 0 43 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem Numericamente, considere, por exemplo, que deseja-se obter o valor da entrada analógica (em mA) para 20% e 50% do intervalo de saída, respectivamente. Para 20% Para 50% 16 100 x – 4 20 16.20 = 100.x – 400 720 = 100.x x = 7,2 mA 16 100 x – 4 50 16.50 = 100.x – 400 1200 = 100.x x = 12 mA 44 TRANSMISSORES DE PRESSÃO Escalonamento de Funções – Equações de primeira ordem Um transmissor eletrônico de pressão gera uma tensão CC de saída entre 0 e 10V, proporcional a uma pressão de entrada entre 0 e 20 bar, respectivamente. Se for verificada uma leitura de 7V na saída desse transmissor, a correspondente pressão de entrada, em bar, será? Um transmissor eletrônico de pressão gera uma corrente CC de saída entre 4 e 20mA, proporcional a uma pressão de entrada entre 2 e 15 bar, respectivamente. Se for verificada uma leitura de 5,4mA na saída desse transmissor, a correspondente pressão de entrada, em bar, será? 45 VARIÁVEL NÍVEL 46 DEFINIÇÃO DE NÍVEL O nível é uma variável importante na indústria, não somente para a operação do próprio processo, mas também para fins de cálculo de custo e de inventário.. Os sistemas de medição de nível variam em complexidade, desde simples visores para leituras locais até indicaçãoremota, registro ou controle automático. A medida do nível de um reservatório contendo líquido ou sólido é efetuada para manter esta variável em um valor fixo ou entre dois valores determinados, ou ainda para determinar a quantidade (volume ou massa) do fluido em questão. Existem dois métodos de medição que são usados nos processos em geral: • Medição Direta • Medição Indireta 47 MEDIÇÃO DIRETA É a medição que se faz tendo como referência a posição do plano superior da substância medida. Teoria dos Vasos Comunicantes 48 MEDIÇÃO DIRETA Medidor de Nível Tipo Régua ou Gabarito Consiste em uma régua graduada que tem o comprimento conveniente para ser introduzido no reservatório onde vai ser medido o nível. 49 MEDIÇÃO DIRETA Visores de Nível Aplica-se nestes instrumentos o princípio dos vasos comunicantes. Um tubo transparente é colocado a partir da base do reservatório até o seu ponto mais alto, permitindo a leitura precisa do nível do líquido, mesmo para altas pressões. Os visores de nível se destinam exclusivamente à monitoração do nível do líquido ou da interface entre dois líquidos imiscíveis, em vasos, colunas, reatores, tanques... 50 MEDIÇÃO DIRETA Visores de Nível Aplica-se nestes instrumentos o princípio dos vasos comunicantes. Com o princípio dos vasos comunicantes o nível é observado por um visor de vidro especial, podendo haver uma escala graduada acompanhando o visor. 51 MEDIÇÃO DIRETA Visores de Vidro Tubular Instalado externamente com válvulas de bloqueio na parede do tanque. 52 MEDIÇÃO DIRETA Visor Plano Reflex Possui um vidro com ranhuras prismáticas na face do contato com o líquido cujo nível deseja medir. Seu funcionamento baseia-se na lei ótica da reflexão total da luz. VAPOR ÁGUA Vapor entre o vidro e a lâmpada: visores avermelhados Água entre o vidro e a lâmpada: visores esverdeados. 53 MEDIÇÃO DIRETA Visores de Nível com Palhetas Metálicas Possui uma boia magnética que faz com que as palhetas se movam à medida que o nível sobe, mostrando a parte colorida das palhetas. 54 MEDIÇÃO DIRETA Visores de Nível com Palhetas Metálicas 55 MEDIÇÃO DIRETA Boia ou Flutuador Boia presa a um cabo que tem sua extremidade ligada a um contrapeso, onde está fixo um ponteiro que indicará o nível em uma escala. Encontrada em tanques fechados não pressurizados. 56 MEDIÇÃO INDIRETA Neste tipo de medição são usadas propriedades físicas ao nível como: Pressão Empuxo Radiação Propriedades Elétricas 57 MEDIÇÃO INDIRETA É o tipo de medição que se faz para determinar o nível em função de uma segunda variável. 58 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Pressão Hidrostática Usamos a pressão exercida pela altura da coluna líquida, para medirmos indiretamente o nível. Onde: P = Pressão em mm H2O ou polegada H2O; h = Nível em mm ou em polegada; dr = Densidade relativa do líquido em relação à água na temp. ambiente 59 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Pressão Hidrostática Supressão de Zero (Pressão na câmara de alta) Transmissor é instalado abaixo do tanque: - Facilitar o acesso - Falta de plataforma fixadora em torno de um tanque Uma coluna líquida se formará dentro da tomada de impulso e o transmissor indicará um nível superior ao real. 60 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Pressão Hidrostática Supressão de Zero (Pressão na câmara de alta). Exemplo: Cálculo de Pressão para este tipo de montagem. Quando o nível estiver em 0%: P0% = h . d P0% = 1000 . 1,2 P0% = 1200 mmH2O • Quando o nível estiver em 100%: P100% = h . d P100% = (2000 + 1000) . 1,2 P100% = 3000 . 1,2 P100% = 3600 mmH2O Range: 1200 a 3600 mmH2O 61 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Pressão Hidrostática Elevação de Zero – Câmara de baixa pressão com coluna líquida. Exemplo: Cálculo de Pressão para este tipo de montagem. Utilizada em tanques fechados e pressurizados. A pressão “H” é a soma da pressão da superfície do líquido e a pressão da coluna de líquido no fundo do reservatório. A pressão “L” é conectada na parte de cima do tanque. 62 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial Neste tipo de medição utiliza-se a pressão exercida pela altura da coluna líquida (hidrostática), para indiretamente obter-se o nível. Este tipo de medição é utilizado quando a densidade do líquido é conhecida e não varia substancialmente no processo: Pressão exercida pela altura da coluna líquida (hidrostática). 63 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial Neste tipo de medição, a tubulação de impulso da parte de baixo do tanque é conectada à câmara de alta pressão (Hi) do transmissor. A pressão na câmara Hi é a soma da pressão exercida sob a superfície do líquido e a pressão exercida pela coluna de líquido no fundo do reservatório. A câmara de baixa pressão (Low) do transmissor de nível, é conectada na tubulação de impulso da parte de cima do tanque onde mede somente a pressão exercida sob a superfície do liquido. Em Tanque Fechado 64 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial Na situação onde o transmissor está instalado no mesmo nível que sua tomada de alta, não há necessidade de compensação da coluna de líquido na tomada do transmissor, o que é requisitado onde se tem o transmissor a um nível inferior, que muitas vezes é na prática a maneira preferencial por facilitar acesso, visualização e manutenção. Neste caso, uma coluna líquida se forma com a altura do líquido dentro da tomada de impulso e o transmissor indicará um nível superior ao real. Isto deve ser considerado. É o que chamamos de Supressão de Zero. Em Tanque Aberto 65 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Pressão Diferencial Transmissor LD301L SMAR Medição de Nível 66 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar O sinal de radar, que é emitido por uma antena, reflete na superfície do produto e retorna depois de um intervalo de tempo, que é proporcional a distância entre a antena e a superfície do produto. 67 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar O sinal é gerado por um sistema chamado FMCW (Frequency Modulated Continuous Wave). Esta frequência gerada é da ordem de 8,5 a 9,9 GHz. A medição por radar serve para medir distância, nível, volume, líquidos com espumas, tanques de armazenamento com agitadores, etc. 68 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar Vantagens: 1. Pode medir nível de líquidos complexos (tôxicos, perigosos, sanitários). 2. Não Requer licença legal (como o radioativo). 3. É uma medição sem contato. 4. Apresenta alta precisão em faixa de 1,5 a 60m. 5. A antena pode ser colocada externamente, totalmente isolada do processo. 6. Nenhuma recalibração é requerida quando se altera as condições de processo, pois a mudança do líquido não afeta a velocidade, frequência e processamento do sinal. 7. A operação do sistema pode tolerar revestimento do sensor, turbulência da superfície e espuma no líquido (melhor que laser ultra-som). 69 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar Desvantagens: 1. Alto Custo. 2. Só é aplicada em processo com líquido limpo. 3. Fraca reflexão em sólidos granulados. 70 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar (Onda Guiada) Tanto de produtos líquidos como sólidos com elevada precisão. O único componente em contato com o meio é um cabo. 71 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar (Onda Guiada) 72 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar (Onda Guiada) 73 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar (Onda Guiada) Versões com a presença de indicador local e para processos críticos como áreas classificadas ou com altas temperaturas. Funcionamento não é afetado pela presença de gases, vapores, pó, poeira, espuma ou alterações no meio (densidade ou condutividade). 74 MEDIÇÃO INDIRETA Medição por Radar (Onda Guiada) 75 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom O ultrassom é uma onda sonora (mecânica), cuja frequência de oscilação é maior do que aquela sensível pelo ouvido humano, isto é, acima de 20 kHz. A geração ocorre quando uma força externa excita as moléculas de um meio elástico. Esta excitaçãoé transferida de molécula a molécula do meio com uma velocidade que depende da elasticidade e inércia das moléculas. A propagação do ultrassom depende do meio, se sólido, líquido ou gases, e sua componente longitudinal da onda propaga-se à velocidade característica do material, isto é, é função exclusivamente deste. 76 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Na água, a 10ºC, a velocidade de propagação do som é de 1440 m/s, enquanto que no ar, a 20ºC, é de 343 m/s. Ultrassom – criado para detectar e localizar objetos submersos na água por meio das ondas sonoras que os alvos refletem ou produzem. 77 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom São geradas pela excitação elétrica de materiais piezoelétricos. Produz um deslocamento quando aplicamos uma tensão. Assim, eles podem ser usados como geradores de ultrassom, compondo, portanto os transmissores. Inversamente, quando se aplica uma força em um material piezoelétrico, resulta o aparecimento de uma tensão no seu terminal elétrico, sendo usado como receptor de ultrassom. 78 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom Quartzo cultivado Pela sua estabilidade, é um dos materiais mais recomendados para fabricação do sensor transdutor. 79 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom A excitação destes transdutores pode ser realizada de três maneiras: • Pulso: a excitação de pulso consiste em excitar o transdutor com pulsos que podem atingir uma tensão acima de 500V e com a duração de alguns nanossegundos. A frequência de repetição dos pulsos é da ordem de 300 kHz a 1000 kHz. •Onda Contínua: o transdutor é excitado por uma onda senoidal (às vezes, onda quadrada) ininterruptamente. •Trens de onda: pode ser produzido por um gerador de ondas senoidais que é ligado por um tempo, e em seguida, desligado, repetindo-se o processo periodicamente. 80 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom Quando uma onda ultrassônica que se propaga em um meio, incide sobre a interface de duas substâncias de densidades diferentes, faz surgir duas ondas emergentes: uma onda ultrassônica proveniente da reflexão nessa interface (onda refletida) e outra proveniente da mudança de meio de propagação, denominada onda refratada. Cada interface refletirá de forma diferente.O princípio de operação do ultrassom concentra-se na reflexão da onda gerada pelo transdutor. 81 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom Detector Contínuo de Nível Nesse sistema, a onda é emitida e o tempo necessário para retornar é uma indicação da profundidade. O detector contínuo de nível (SONAR) mede o tempo requerido por uma onda ultrassônica para ir da superfície do líquido, refletir-se e voltar. 82 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Ultrassom Geração do Ultrassom Detector Contínuo de Nível Previsão de dois transdutores, um para emissão e outro para recepção, montados em receptáculos distintos. Neste caso, a onda é gerada no ar, propagando-se até a interface ar-líquido, onde ocorre a reflexão, para depois a onda refletida ser recebida no cristal receptor. O transdutor gera um trem de pulsos (burst) ultrassônico e, enquanto a energia acústica é gerada, o receptor é desativado. O tempo de eco ultrassônico indica diretamente o nível do produto. Montado externamente, apresentando a vantagem adicional da não necessidade de vazar o equipamento. 83 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Borbulhador Neste tipo de medição, um tubo é inserido no líquido em um vaso. Uma das pontas devidamente preparada é submersa no líquido cujo nível deseja medir, e por meio da ponta superior é fornecido ar ou gás inerte permanentemente. O princípio no qual se baseia este tipo de medição é que será necessária uma pressão de ar igual à coluna líquida existente no vaso, para que o ar vença este obstáculo e consiga escapar pela extremidade inferior do tubo. 84 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Borbulhador Na medição, é necessário que se possa saber se a pressão exercida pela coluna de líquido está sendo vencida ou não, e isto se torna possível com o escape das bolhas de ar pela ponta imersa no tubo. Isto representa um pequeno valor adicional na pressão de ar, desprezível, desde que o borbulhamento não seja intenso. A medida se faz por meio de um instrumento receptor que pode ser um manômetro ou qualquer outro instrumento transmissor de pressão. 85 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Capacitivo Um capacitor consiste de dois condutores, denominados placas, separados por um material dielétrico. Este componente, muito utilizado em circuitos elétricos, tem como principal característica a propriedade de armazenar cargas elétricas. 86 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Capacitivo Princípio de Funcionamento Consiste de uma sonda vertical inserida no vaso em que se deseja monitorar o nível. A sonda pode ser isolada ou não, e serve como uma das placas do capacitor. A outra placa é formada pelas paredes do vaso, e o fluido comporta-se como dielétrico. A capacitância é medida através de um circuito em ponte AC, excitado por um oscilador de alta frequência (500 kHz a 1,5 MHz). C2 e C3 representam as constantes dielétricas das fases de vapor e líquido, respectivamente. Representa a resistência efetiva entre a sonda e as paredes do vaso (muito elevado). Capacitância parasita apresentada pelo isolador da sonda (constante). 87 MEDIÇÃO INDIRETA Medição de Nível Tipo Capacitivo A utilização das sondas capacitivas apresenta, por outro lado, alguns inconvenientes: A temperatura do material altera a constante dielétrica. Portanto, se é prevista a variação de temperatura do material, deve-se dotar o sistema de medição com um compensador automático de temperatura. A composição química ou física do material ou alteração de sua estrutura pode afetar a constante dielétrica. Em aplicações com líquidos condutivos viscosos, é possível que o material incruste na superfície da sonda. Em uma redução de nível, a camada aderida à superfície acarreta um erro de medida, já que o instrumento indicará o nível anterior à redução. Nesse caso, utiliza-se sistema com proteção contra incrustação. 88 MEDIÇÃO INDIRETA Medição Descontínuos de Nível São empregados para fornecer indicação apenas quando o nível atinge certos pontos desejados. Por Eletrodos Nos líquidos que conduzem eletricidade, podemos mergulhar eletrodos metálicos de comprimento diferente. Quando houver condução entre os eletrodos teremos a indicação de que o nível atingiu a altura do último eletrodo alcançado pelo líquido 89 MEDIÇÃO INDIRETA Medição Descontínuos de Nível Por Bóias Este tipo de medidor é utilizado como chave de nível para indicar nível alto ou baixo e, esta informação, também serve para fazermos o intertravamento com bombas. 90 MEDIÇÃO INDIRETA Medição Descontínuos de Nível Por Boias 91 VARIÁVEL VAZÃO 92 DEFINIÇÃO DE VAZÃO Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito importante efetuar a medição e o controle da quantidade de fluxo de líquidos, gases e até sólidos granulados, não só para fins contábeis, como também para a verificação do rendimento do processo. Pode ser definida como sendo a quantidade volumétrica, mássica ou gravitacional de um fluido que passa através de uma seção de uma tubulação ou canal por unidade de tempo. 93 UNIDADES DE VAZÃO Obs: A vazão também ser obtida pelo resultado da multiplicação da área seccional pela média da velocidade do fluido. Vazão Volumétrica É definida como sendo a quantidade em volume que escoa através de uma certa seção em um intervalo de tempo considerado. É representada pela letra Q e expressa pela seguinte equação: Tempo t Volume V :Onde t V Q 94 UNIDADES DE VAZÃO Unidades de Vazão Volumétrica As unidades de vazão volumétrica mais utilizadas são: m³/s, m³/h, l/h, l/min. Nm³/h. Na medição de vazão volumétrica é importante referenciaras condições básicas de pressão e temperatura, principalmente para gases e vapor, pois o volume de uma substância depende da pressão e temperatura a que está submetido. 95 UNIDADES DE VAZÃO Vazão Mássica É definida como sendo a quantidade em massa de um fluido que atravessa a seção de uma tubulação por unidade de tempo. É representada pela letra Qm e expressa pela seguinte equação: tempo t massam :Onde t m Qm Unidades de Vazão Mássica As unidades de vazão mássica mais utilizadas são: kg/s, kg/h, Ton/h e Lb/h. 96 UNIDADES DE VAZÃO Relação entre unidades A relação entre as unidades de medição de vazão volumétrica e mássica pode ser obtida pela seguinte expressão: Vazão Gravitacional É a quantidade em peso que passa por uma certa seção por unidade de tempo. É representada por Q.g e expressa pela seguinte equação: específica massaρ :Onde ρ.QvQm peso W:Onde t W Q.g 97 UNIDADES DE VAZÃO Unidade Gravitacional As unidades de vazão gravitacional mais utilizadas são: kgf/h e lbf/h. Conceitos Físicos Básicos para Medição de Vazão Calor Específico Define-se calor específico como o quociente da quantidade infinitesimal de calor fornecido a uma unidade de massa de uma substância pela variação infinitesimal de temperatura resultante deste aquecimento. A quantidade de calor necessária para mudar a temperatura de 1 grama de uma substância em 1°C. 98 UNIDADES DE VAZÃO O conhecimento do calor específico de determinada substância é muito importante para um bom controle da vazão. Placa de orifício Para exemplificar, podemos citar o caso em que se deseja controlar a vazão de um fluido no estado gasoso, tendo uma placa de orifício como elemento primário. É necessário que se conheça a relação “k” do calor específico do gás a ser medido, para podermos calcular o seu coeficiente de correção da expansão térmica e, posteriormente, dimensionar a placa de orifício. 99 UNIDADES DE VAZÃO Esta relação do calor específico k é a relação do calor específico de um volume constante Cv relativo ao calor específico da pressão constante do gás. K = Cp/Cv Onde: K = relação dos calores específicos Cp = calor específico à pressão constante J/kg x k Cv = calor específico a volume constante J/kg x k 100 VAZÃO VISCOSIDADE É definida como sendo a resistência ao escoamento de um fluido em um duto qualquer. Está resistência provocará uma perda de carga adicional que deverá ser considerada na medição da vazão. Quanto menor a viscosidade de um óleo, maior será a sua capacidade de escoar (fluir). 101 VAZÃO Viscosidade Absoluta Define-se como sendo o atrito interno num fluido, que se opõe ao movimento relativo de suas moléculas e ao movimento de corpos sólidos que nele se encontrem. É representada pela letra grega μ (mi). Viscosidade Cinemática É a relação entre a viscosidade absoluta e a massa específica de um fluido, tomados à mesma temperatura. É representado pela letra grega ν(ni). 102 VAZÃO Tipos de Escoamento Regime Laminar Ocorre quando partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica no meio. No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento de turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e em fluidos que apresentam grande viscosidade. 103 VAZÃO Tipos de Escoamento Regime Turbulento Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja a viscosidade e relativamente baixa. 104 VAZÃO Número de Reynolds O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. 105 VAZÃO tubulaçãoda diâmetroD escoamento do velocidadev fluido do dinâmica eviscosidad fluido do específica massa .v.D Re Turbulento Escoamento-2400Re Transição de Escoamento-2400Re2000 Laminar Escoamento2000Re 106 VAZÃO Número de Reynolds Exemplo de Escoamento Laminar e Turbulento em um ensaio de Túnel de Vento. Laminar Turbulento A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. 107 VAZÃO Número de Reynolds Exercício Calcular o número de Reynolds e identificar se o escoamento é laminar ou turbulento sabendo-se que em uma tubulação com diâmetro de 4cm escoa água com uma velocidade de 0,05m/s. Dados: Viscosidade Dinâmica da água: Massa Específica da Água: Ns/m²1,0030x10μ -3 kg/m²1000ρ Laminar Escoamento 1994Re 1,003.10 0,041000.0,05. Re .v.D Re 3- 108 VAZÃO Medidores Indiretos Medição de vazão por perda de carga variável Considerando-se uma tubulação com um fluido passante, chama-se perda de carga dessa tubulação a queda de pressão sofrida pelo fluido ao atravessá-la. As causas da perda de carga são: atrito entre o fluido e a parede interna do tubo, mudança de pressão e velocidade por causa de uma curva ou um obstáculo etc. 109 VAZÃO Os diversos medidores de perda de carga variável usam diferentes tipos de obstáculos ao fluxo do líquido, provocando uma queda de pressão. Relacionando essa perda de pressão com a vazão, determina-se a medição de vazão pela seguinte equação: nto.estreitame do jusante a e montante a fluxo, entre carga de perdap projeto de atemperaturTp medida atemperaturT1 projeto de pressãoPp medida pressão P1 constanteK ntoestreitame do local do fluido do vazãoQ :Onde p* T1 Tp * Pp P1 *KQ 110 VAZÃO 111 VAZÃO Medição de Vazão através do Tubo de Pitot É um dispositivo utilizado para medição de vazão através da velocidade detectada em um determinado ponto de tubulação. O tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua extremidade, sendo esta abertura colocada na direção da corrente fluida de um duto, mas em sentido contrário. A diferença entre a pressão total e a pressão estática da linha nos fornecerá a pressão dinâmica, que é proporcional ao quadrado da velocidade. Pressão total Pressão estática Pressão dinâmica 112 VAZÃO O tubo de Pitot mede apenas a velocidade do ponto de impacto e não a velocidade média do fluxo. Assim sendo, a indicação da vazão não será correta se o tubo de impacto não for colocado no ponto onde se encontra a velocidade média do fluxo. Pesquisadores, concluíram que o valor da velocidade média seria 0,8 da velocidade máxima do duto. Vídeo Tubo de Pitot 113 VAZÃO Annubar O Annubar é um dispositivo de produção de pressão diferencial, que ocupa todo o diâmetro do tubo. É projetado para medir a vazão total, de forma diferente dos dispositivos tradicionais de pressão diferencial. 114 VAZÃO Annubar A barra sensora de pressão a jusante possui um orifício que está posicionado no centro do fluxo de modo a medir a pressão do fluxo a jusante. A barra sensora de pressão de montante possui vários orifícios, estes orifícios estão localizados criteriosamente ao longo da barra, de tal forma que cada um detecta a pressão total de um anel. 115 VAZÃO Tubo de Venturi A lei de Venturi, como é chamado o princípio, foi formulada em 1797, como resultado das investigações de Giovanni Batista Venturi sobre problemas de hidráulica. Tem ela o seguinteenunciado: “Os fluidos sob pressão, na passagem através de tubos convergentes, ganham velocidade e perdem pressão, ocorrendo o oposto em tubos divergentes.” Cone Convergente Cone Divergente 116 VAZÃO Tubo de Venturi A velocidade do fluido aumenta enquanto passa pela seção menor, já que num dado tempo a mesma quantidade do fluido passa pelo tubo, tanto na seção menor como no trecho de diâmetro mais largo. Em fase da velocidade maior do fluido ao passar através da seção estreita, ele possui mais energia cinética, e, consequentemente, a pressão cai. 117 VAZÃO Tubo de Venturi O Tubo de Venturi é um elemento deprimogênio (sem mecanismos intermediários) ou medidor de vazão de diferencial de pressão. A diferença de pressão entre duas seções distintas do medidor é proporcional à vazão que escoa por ele. Medida de Alta Pressão Cilindro de Entrada Cone de Entrada Aumenta progressivamente a velocidade do fluido Cone de Saída Garganta Cilíndrica Tomada de Baixa Pressão Diminui progressivamente a velocidade até ser igual a da entrada 118 VAZÃO Tipos de Tubo de Venturi • Clássico (longo e curto) • Retangular Tipo Clássico Longo O difusor aumenta progressivamente até igualar-se ao diâmetro da tubulação 119 VAZÃO Tipo Clássico Curto O tipo curto tem o difusor truncado. 120 VAZÃO Tipo Retangular É utilizado em dutos de configuração retangular como os utilizados para ar em caldeira a vapor. 121 VAZÃO Vantagens e Desvantagens do Tubo de Venturi VANTAGENS DESVANTAGENS Podem ser usados para medir qualquer fluido. Custo elevado (20 vezes mais caros que uma placa de orifício). Boa precisão. Dimensões grandes e incômodas. Resistência à abrasão e ao acúmulo de poeira ou sedimentos. Dificuldade de troca, uma vez instalado. Capacidade de medição de grandes escoamentos de líquidos em grandes tubulações. Não há nenhum elemento mecânico imerso no escoamento. 122 VAZÃO Tubo de Dall Não utilizável para fluidos contendo sólidos, o qual sedimenta-se na garganta ovalada e causa erosão no canto vivo. A tomada de alta pressão do tubo de Dall, encontra-se localizada na entrada da parte convergente do tubo. A tomada de baixa pressão encontra-se localizada no final do cone convergente, “gargalo”, início do cone divergente. 123 VAZÃO Placas de Orifício De todos os elementos primários inseridos em uma tubulação para gerar uma pressão diferencial e assim efetuar medição de vazão, a placa de orifício é a mais simples, de menor custo e, portanto, a mais empregada. Consiste basicamente de uma chapa metálica, perfurada de forma precisa e calculada, que é instalada perpendicularmente ao eixo da tubulação entre flanges. Sua espessura varia em função do diâmetro da tubulação e da pressão da linha, indo desde 1/16” a 1/4”. 124 VAZÃO Placas de Orifício Um arranjo comum da placa de orifício é mostrado na figura abaixo: A placa (com orifício de diâmetro D) provoca uma redução da seção do fluxo e é montada entre dois anéis que contêm furos para tomada de pressão em cada lado. O conjunto é fixado entre flanges, o que torna fácil sua instalação e manutenção. A medição da diferença de pressão p1 − p2 pode ser feita por algo simples como um manômetro U e uma tabela ou uma fórmula pode ser usada para calcular a vazão. Ou pode ser coisa mais sofisticada como transdutores elétricos e o sinal processado por circuitos analógicos ou digitais para indicação dos valores de vazão. 125 VAZÃO Vantagens e Desvantagens das Placas de Orifício VANTAGENS DESVANTAGENS Simplicidade. Provoca considerável perda de carga no fluxo. Custo relativamente baixo. Faixa de medição restrita. Ausência de partes móveis. Desgaste da placa. Pouca manutenção. Aplicação para muitos tipos de fluidos. 126 VAZÃO Medidores Indiretos Medição de Vazão por Área Variável Rotâmetros Segue o princípio de “área variável”, onde o flutuador é suspenso pelo fluido a uma altura correspondente à vazão. A leitura é feita, em uma unidade de volume ou massa por tempo, diretamente sobre a escala gravada em baixo relevo no cone de medição. A aresta superior do flutuador corresponde a linha de referência para a leitura. 127 VAZÃO Rotâmetros Basicamente, um rotâmetro consiste de duas partes: •Um tubo de vidro de formato cônico, colocado verticalmente na tubulação em que passará o fluido que queremos medir. A extremidade maior do tubo cônico ficará voltada para cima. • No interior do tubo cônico, teremos um flutuador que se moverá verticalmente em função da vazão medida. 128 VAZÃO Rotâmetros Quando não há vazão, o flutuador permanece na base do tubo. Conexão de Entrada Conexão de Saída Quando a vazão começa e o fluido atinge o flutuador, o empuxo torna o flutuador mais leve. Porém como o flutuador tem uma densidade maior que a do fluido, o empuxo não é suficiente para levantar o flutuador. Com a vazão surge também uma força de atrito entre o fluido e o flutuador, que tende a levá-lo para cima. A esta força chamamos de força de arraste. Quando a vazão atinge um valor que faça a força de arraste ser maior que a força peso do flutuador, este começará a subir. 129 VAZÃO Instalação - Rotâmetros Os rotâmetros são montados verticalmente na tubulação do fluido cuja vazão se deseja medir, de maneira tal que o fluido seja dirigido de baixo para cima. Na tubulação o rotâmetro pode ser instalado numa linha de by-pass, e um sistema de válvulas é utilizado de tal forma que garanta o funcionamento do processo mesmo que o rotâmetro tenha que ser retirado para limpeza ou manutenção. 130 VAZÃO Exercícios 1 – Qual a vazão da água (em litros por segundos) circulando através de um tubo de 32mm de diâmetro, considerando a velocidade da água como sendo 4m/s? l/s 3,2 1000 x 0,0032m³/s 0,000803 x 4V.AVazão : tubodo vazãoa determinar podemos Agora, 0,000803m 4 2)3,14x(0,03 4 π(D) A : tubodo ltransversa seção da área a calculamos nte,Primeirame 2 22 131 VAZÃO Exercícios 2- Qual a velocidade da água que escoa em um duto de 25mm de diâmetro se a vazão é de 2 litros/s? m/s08,4 m²00049,0 0,002m³/s A Vazão V V.AVazão 0,002m³/s 1000 litros/s 2 m00049,0 4 5m)3,14x(0,02 A 2 2 132 VARIÁVEL TEMPERATURA 133 TEMPERATURA Temperatura é sem dúvida a variável mais importante nos processos industriais, e sua medição e controle, embora difíceis, são vitais para a qualidade do produto e a segurança não só das máquinas como também do homem. Qualquer que seja o tipo de processo, a temperatura afeta diretamente o seu comportamento, provocando por exemplo: ritmo maior ou menor na produção. mudança na qualidade do produto. aumento ou diminuição na segurança do equipamento e/ou pessoal. maior ou menor consumo de energia. maior ou menor custo de produção. 134 TEMPERATURA A temperatura é uma propriedade da matéria que está relacionada com o movimento dos átomos de uma substância. Normalmente esses átomos possuem uma determinada energia cinética que se traduz nas formas de vibrações ou deslocamento para os líquidos e gases. Quanto mais rápido o movimento das moléculas, mais quente se encontra o corpo, e quanto mais lento o movimento, mais frio se apresenta o corpo. Esta condição pode ser descrita como um potencial térmico ou como uma energia efetiva da substância (energia cinética). 135 TEMPERATURA Logo, conceitualmente a temperatura pode ser definida como: “A propriedade da matéria que reflete a média de energia cinética de um corpo.” Na prática, a temperatura é representada em uma escala numérica na qual quanto maior o seu valor, maior é a energia cinética média dos átomos do corpo em questão. 136 TEMPERATURA Desde o início da termometria, os cientistas, pesquisadores e fabricantes de termômetro sentiam dificuldades para atribuir valores de forma padronizada à temperatura por meio de escalas reproduzíveis. Muitas escalas baseadas em pontos diferentes foram desenvolvidas ao longo do tempo. Dentre elas, as mais importantesforam a Fahrenheit, a Celsius e a Kelvin. 137 TEMPERATURA Escala Celsius Definida como sendo o intervalo de temperatura unitário igual a 1 Kelvin, numa escala de temperatura em que o ponto 0 (zero) coincida com 273,15K. A identificação de uma temperatura na escala Celsius é feita com o símbolo “°C” colocado após o número. Exemplo: 245,36°C. Valor 0 Ponto de fusão do gelo. Valor 100 Ponto de ebulição da água. Condição de pressão = 1atm. 138 TEMPERATURA Escala Celsius A escala Celsius é uma escala relativa obtida pela escala Kelvin, sendo esta relação definida pela equação: °C = K – 273,15 Escala Fahrenheit A identificação de uma temperatura na escala Fahrenheit é feita com o símbolo “°F” colocado após o número. Exemplo: 23,40°F. Valor 32 Ponto de fusão do gelo. Valor 212 Ponto de ebulição da água. 139 TEMPERATURA Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica) A escala Celsius é uma escala relativa obtida pela escala Kelvin, sendo esta relação definida pela equação: William Thomson (Lorde Kelvin) “Se a temperatura mede a agitação das moléculas, então a menor temperatura possível aconteceria quando as moléculas estivessem em repouso absoluto. Zero absoluto Baseado no conceito de temperatura, ele criou a Escala Absoluta, conhecida como Escala Kelvin. 140 TEMPERATURA Escala Kelvin (Temperatura Termodinâmica) Na Escala Absoluta não usamos grau, pois é uma escala definida e calculada experimentalmente, com “compromisso com a realidade física”. Esta escala possui a mesma divisão da escala Celsius, isto é, um (1) grau Kelvin corresponde a um (1) grau Celsius, porém seu zero inicia no ponto de temperatura mais baixo possível, 273,15 graus abaixo de zero da escala Celsius. A representação é feita com o símbolo “K” colocado após o número. 141 TEMPERATURA Conversão entre as escalas de temperatura Colocando em um mesmo ambiente três termômetros (um Celsius, um Fahrenheit e um Kelvin), as diferentes leituras representam, em escalas diversas uma mesma temperatura. A equação a seguir nos permite relacionar a leitura de uma escala para outra, de uma mesma temperatura. 5 273-K 9 32-F 5 C 142 TEMPERATURA Medidores de Temperatura A temperatura não pode ser determinada diretamente, mas deve ser deduzida a partir de seus efeitos elétricos ou físicos produzidos sobre uma substância, cujas características são conhecidas. Os medidores de temperatura são construídos baseados nesses efeitos. Podemos dividir os medidores de temperatura em dois grandes grupos, conforme a tabela a seguir. 143 TEMPERATURA 1° grupo (contato direto) 2° grupo (contato indireto) • Termômetro à dilatação 1. de líquido 2. de sólido • Termômetro à pressão 1. de líquido 2. de gás 3. de vapor • Termômetro a par termoelétrico • Termômetro à resistência elétrica • Pirômetro óptico • Pirômetro fotoelétrico • Pirômetro de radiação 144 TEMPERATURA Medidores de Temperatura O 1º grupo abrange os medidores nos quais o elemento sensível está em contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. Já no 2º grupo estão os medidores nos quais o elemento sensível não está em contato direto com o material cuja temperatura se deseja medir. A aplicação dos diversos tipos apresentados depende, em cada caso, de fatores técnicos e econômicos. Observando a tabela a seguir, podemos fazer algumas comparações no aspecto técnico entre o tipo indireto e direto. 145 TEMPERATURA DIRETO INDIRETO Condição necessária para medir com precisão. 1. Estar em contato com o objeto a ser medido. 2. Praticamente não mudar a temperatura do objeto em razão ao contato do detector. A radiação do objeto medido tem que chegar até o detector. Característica 1. É difícil medir a temperatura de um objeto pequeno, porque este tem tendência de mudança de temperatura quando em contato com um objeto cuja temperatura é diferente. 2. É difícil medir o objeto que está em movimento. 1. Não muda a temperatura do objeto porque o detector não está em contato direto com o mesmo. 2. Pode medir o objeto que está em movimento. 3. Geralmente mede a temperatura da superfície. 4. Depende da emissividade. Faixa de Temperatura É indicado para medir temperaturas menores que 1600°C. É adequado para medir temperaturas elevadas. Precisão Geralmente +- 1% da faixa. Geralmente 3 a 10°C. Tempo de Resposta Geralmente grande (> 5 min). Geralmente pequeno (0,3 ~3s) 146 TEMPERATURA Medidores de contato direto Termômetro de dilatação de líquido Baseiam-se na lei de expansão volumétrica de um líquido com a temperatura, dentro de um recipiente fechado. A equação que rege esta relação é: t0-tt líquido do expansão de ecoeficient32,1, C em t ra temperatuà líquido do VolumeVt referência de ra temperatuà líquido do volumeV0 C)0 te(normalmen C em líquido do referência de atemperatur t0 C em líquido do atemperatur t:Onde ]t)(3t)2(t)1(V0[1Vt 32 147 TEMPERATURA Medidores de Temperatura Teoricamente, por causa dos termos de segunda e terceira ordem, esta relação não é linear. Porém, estes termos são desprezíveis. Assim na prática, consideramos esta relação como linear e utilizamos a equação a seguir. t)βV0(1Vt 148 TEMPERATURA Termômetro de Vidro Construção Consta de um bulbo de vidro ligado a um tubo capilar, também de vidro, de seção uniforme e fechada na parte superior. O bulbo e parte do capilar são preenchidos por um líquido, sendo que na parte superior do capilar existe uma câmara de expansão para proteger o termômetro no caso de a temperatura exceder o seu limite máximo. Sua escala é linear e normalmente fixada no tubo capilar no invólucro metálico. 149 TEMPERATURA Termômetro de Vidro Construção Nos termômetros industriais, o bulbo de vidro é protegido por um poço metálico e o tubo capilar, pelo invólucro metálico. 150 TEMPERATURA Termômetro de Vidro Tipos de Líquidos Utilizados Diversos líquidos, tais como mercúrio, tolueno, álcool etílico, pentano, etc., são utilizados na fabricação de termômetro de vidro. Normalmente emprega-se o mercúrio ou álcool etílico como líquido termométrico, sendo que o mercúrio é o mais utilizado. 151 TEMPERATURA Termômetro de Vidro Tipos de Líquidos Utilizados A tabela a seguir apresenta a faixa de utilização dos principais líquidos termométricos. Líquido Ponto de Solidificação (°C) Ponto de Ebulição (°C) Faixa de Utilização (°C) Mercúrio -39 357 -38 a 550 Álcool etílico -115 78 -100 a 70 Tolueno -92 110 -80 a 100 Obs: Para o caso do mercúrio, cuja faixa normal é de -38°C a 350°C, pode-se elevar este limite até 550°C mediante emprego de vidro adequado e injeção de um gás inerte sob pressão, pois isso faz com que se evite a vaporização do mercúrio. 152 TEMPERATURA Termômetro de Vidro Utilização dos Termômetros de Vidro Medidor barato Utilizado na indicação de temperatura de pequena flutuação. Para processos em que a leitura da temperatura no próprio local não apresenta problemas. Assim como em casos onde a precisão abaixo de +-1% e resposta rápida não se fizerem necessárias. 153 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Construção Este termômetro consta de um bulbo de metal ligado a um capilar metálico e um elemento sensor. Neste caso, o líquido preenche todo o instrumento, e com uma variação da temperatura se dilata deformando elasticamente o elemento sensor. A este elemento sensor é acoplado um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala graduada. Como a relação entre a deformação do elemento sensor e a temperatura é proporcional, este instrumento nos fornece uma leitura linear. 154 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico 155 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Tipos de Elemento Sensor Basicamente, três tipos de elemento sensor podem ser utilizadospara medição de temperatura neste tipo de instrumento. 156 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Sistema de Compensação de Temperatura Ambiente Pelo fato deste sistema utilizar líquido inserido num recipiente e da distância entre o elemento sensor e o bulbo ser considerável, as variações na temperatura ambiente afetam não somente o líquido no bulbo, mas todo o sistema (bulbo, capilar e sensor), causando erro de indicação ou registro. Este efeito da temperatura ambiente é compensado de duas maneiras, que são denominadas classes IA e classe IB. 157 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Sistema de Compensação de Temperatura Ambiente Na classe IB a compensação é feita somente na caixa do sensor, por meio de uma lâmina bimetálica ou um espiral de compensação. Classe IB 158 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Utilização de Termômetro de Líquido com Capilar Metálico É ainda utilizado em algumas indústrias para indicação e registro, pois permite leituras remotas e por ser o mais preciso dos sistemas mecânicos de medição de temperatura (sua precisão é de +-0,5%). Porém, não é muito recomendado para controle, em virtude de seu tempo de resposta ser relativamente grande. Classe IB 159 TEMPERATURA Termômetro de Líquido com Capilar Metálico Recomendações 1. Instalar o bulbo dentro de um poço protetor para permitir manutenção com o processo em operação. 2. Sempre que for instalado dentro de um poço protetor, preencher o espaço entre o bulbo e o poço para reduzir o atraso na resposta. Para tal, podemos usar mercúrio, óleo, grafite, glicerina, etc. 3. Não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que prejudicariam o movimento do líquido no seu interior, causando falha no funcionamento do termômetro. 4. O comprimento máximo do capilar deste sistema deve ser de 60 metros para os líquidos orgânicos e de 15 metros para enchimento com mercúrio. Classe IB 160 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) Princípio de Funcionamento O termômetro bimetálico baseia-se no fenômeno da dilatação linear dos metais com a temperatura. A equação básica que rege esta relação é: Classe IB t0-tt linear dilatação de ecoeficient C em t ra temperatuà metal do ocomprimentLt referência de ra temperatuà metal do ocomprimentL0 C)0 te(normalmen C em metal do referência de atemperatur t0 C em metal do atemperatur t:Onde t)L0(1Lt 161 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) Construção Baseado no fato de que os dois metais diferentes modificam as suas dimensões de modo desigual ao variar a temperatura, o termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metal justapostas, formando uma só peça e geralmente na forma helicoidal. Uma extremidade da hélice é fixa e a outra é ligada a um ponteiro que pode girar livremente sobre uma escala circular graduada. Classe IB 162 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) Tipos de Metais Utilizados Para a construção de um termômetro bimetálico, normalmente usa-se o Invar (64%Fe-36%Ni) como metal de baixo coeficiente de dilatação e o latão como metal de alto coeficiente de dilatação. Porém, para temperaturas mais elevadas, utiliza-se também o níquel como metal de alto coeficiente de dilatação térmica. Utilização dos Termômetros Bimetálicos Estes termômetros têm aplicação similar à dos termômetros de vidro porém, por serem resistentes, admitem condições de trabalho mais pesados. São utilizados para medir temperaturas na faixa de -50 ~ +500°C com precisão de +- 1%, em que respostas rápidas não são exigidas. 163 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) Tipos de Metais Utilizados Para a construção de um termômetro bimetálico, normalmente usa-se o Invar (64%Fe-36%Ni) como metal de baixo coeficiente de dilatação e o latão como metal de alto coeficiente de dilatação. Porém, para temperaturas mais elevadas, utiliza-se também o níquel como metal de alto coeficiente de dilatação térmica. Utilização dos Termômetros Bimetálicos Estes termômetros têm aplicação similar à dos termômetros de vidro porém, por serem resistentes, admitem condições de trabalho mais pesados. São utilizados para medir temperaturas na faixa de -50 ~ +500°C com precisão de +- 1%, em que respostas rápidas não são exigidas. 164 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) 165 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) 166 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) Recomendações na Instalação 1. Utilizar sempre poço protetor metálico para evitar corrosão, dar proteção mecânica e permitir manutenção com o processo em operação. 2. Em baixa temperatura, a caixa do termômetro bimetálico deve ser hermeticamente selada para evitar que a penetração da umidade venha a formar gelo, prejudicando os componentes internos do instrumento. 3. Para evitar erros em razão da temperatura ambiente, o bimetálico deve estar completamente imerso no fluido. 4. A velocidade do fluido deve ser bastante alta, a fim de assegurar uma rápida transferência de calor. 167 TEMPERATURA Termômetro à Dilatação de Sólido (Termômetro Bimetálico) 168 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Princípio de Funcionamento Lei de Charles e Gay-Lussac “A pressão de um gás é proporcional à temperatura, se mantivesse constante o volume do gás”. gás do absoluta ra temperatuT ; ... ;T;T gás do absoluta pressão P ; ... ;P;P :Onde T P ... T P T P n 21 n21 n n 2 2 1 1 169 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Experimentalmente Manteremos o volume constante e analisaremos os resultados desse procedimento. Considere o recipiente de tampa móvel. Travaremos a tampa, pois assim deixaremos o volume do gás constante. Após isso iniciaremos o aquecimento. Ao sofrer esse aquecimento, o gás irá tentar se expandir, mas isso é algo que não ocorre pois a tampa está travada. O resultado será o aumento da pressão do gás sobre as paredes do recipiente. 170 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Lei de Charles e Gay-Lussac Transformação Isotérmica (volume constante) Pressão e Temperatura são grandezas diretamente proporcionais. 2 2 1 1 T P T P K T P :. KTP 171 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Construção Sua construção é praticamente idêntica à dos termômetros de líquido com capilares metálicos, porém o bulbo é geralmente grande, a fim de obter maior força. 172 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Construção Sua construção é praticamente idêntica à dos termômetros de líquido com capilares metálicos, porém o bulbo é geralmente grande, a fim de obter maior força. Tipos de metais utilizados na construção de termômetros de gás a - Bulbo e Capilar: aço, aço inoxidável, cobre, latão e monel. b - Elemento de medição: cobre-berílio, bronze fosforoso, aço e aço inoxidável. 173 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Tipos de gás de enchimento Como gás de enchimento utilizam-se normalmente nitrogênio, hélio, neônio ou dióxido de carbono (CO2). Porém, por ser inerte e mais barato, o nitrogênio é o gás mais utilizado. Líquido Temperatura Crítica (°C) Faixa de Utilização (°C) Nitrogênio (N2) -147,1 -130 a 550 Hélio -267,8 -260 a 550 Dióxido de Carbono 31,1 30 a 550 O limite inferior é determinado pela temperatura crítica do gás, e o limite superior pelo tipo de capilar. 174 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Tipos de elemento sensor Este sistema utiliza os mesmos tipos de sensores que o termômetro de líquido com capilar metálico, ou seja, tipo bourdon, espiral ou helicoidal. Sistema de compensação da temperatura Por causa do grande volume do bulbo, a relação entre o seu volume e o do capilar éconsiderável, sendo então as variações de pressão com a temperatura desprezíveis. Por isso não é necessário efetuarmos a compensação total. Porém, a compensação na caixa às vezes se faz necessária; quando isto ocorre, é feita por um bimetal fixado na espiral, e o instrumento é denominado classe III. 175 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Utilização de termômetro à pressão de gás É ainda utilizado em algumas indústrias para indicação, registro e controle, pois permite leituras remotas e por apresentar um tempo de resposta pequeno. É o sistema mecânico de medição de temperatura que apresenta resposta mais rápida. Compensação classe III 176 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás Recomendações 1. Instalar o bulbo dentro de poço protetor para permitir manutenção com o processo em operação. 2. Não dobrar o capilar com curvatura acentuada para que não se formem restrições que prejudicariam o movimento do gás no seu interior, causando falha no funcionamento do termômetro. 3. Instalar o bulo de modo que o comprimento máximo do capilar seja até 30m. 4. Quando usar poço protetor, preencher o espaço entre o bulbo e o poço com glicerina, óleo, etc., para reduzir o atraso na resposta. 177 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Gás 178 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor Dalton Lei de Dalton “A pressão de um vapor saturado depende única e exclusivamente de sua temperatura e não da sua mudança de volume”. Para qualquer variação de temperatura haverá uma variação na tensão do vapor do gás liquefeito colocado no bulbo do termômetro e, em consequência disto, uma variação na pressão dentro do capilar. 179 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor A temperatura é determinada na superfície livre, entre o líquido e o vapor. Como a condição única necessária é a existente da interface entre a fase líquida e a fase gasosa dentro do bulbo, quando em funcionamento, é importante dosar o volume certo do gás liquefeito. Como o aumento da tensão do vapor para determinar a variação de temperatura não é igual ao longo de toda a faixa, a escala de temperatura não é linear. 180 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor Construção Sua construção é fisicamente idêntica à dos termômetros à pressão de gás, porém o bulbo é relativamente pequeno. Tipos de metais utilizados na construção do termômetro de vapor 1. Bulbo e capilar: aço inoxidável, aço, cobre e latão. 2. Elemento de medição: cobre-berílico, bronze fosforoso e aço inoxidável. 181 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor Construção Sua construção é fisicamente idêntica à dos termômetros à pressão de gás, porém o bulbo é relativamente pequeno. Tipos de metais utilizados na construção do termômetro de vapor 1. Bulbo e capilar: aço inoxidável, aço, cobre e latão. 2. Elemento de medição: cobre-berílico, bronze fosforoso e aço inoxidável. Tipos de líquidos de enchimento Como líquido de enchimento utilizam-se líquidos voláteis, tais como cloreto de metila, éter, propano, butano, tolueno e dióxido de enxofre. 182 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor Líquido Ponto de fusão (°C) Ponto de ebulição (°C) Cloreto de Metila -139 -24 Butano -135 -0,5 Éter etílico -119 34 Tolueno -95 110 Dióxido de enxofre -73 -10 Propano -190 -42 Líquidos mais utilizados e seus respectivos pontos de fusão e ebulição. 183 TEMPERATURA Termômetro à Pressão de Vapor Utilização É provavelmente o mais largamente utilizado dos termômetros à pressão, por ser mais barato e mais simples de manter, além de permitir leituras remotas com um tempo de resposta relativamente rápido, porém com uma precisão na ordem de 1%. 184 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência Um dos métodos elementares para medição de temperatura envolve mudança no valor da resistência elétrica de certos metais com a temperatura. São chamados de bulbo de resistência E por suas condições de alta estabilidade e repetibilidade, baixa contaminação, menor influência de ruídos e altíssima precisão são muito usados nos processos industriais. 185 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência Princípio de Funcionamento As termorresistências ou bulbos de resistência ou termômetros de resistência ou RTD são sensores que se baseiam no princípio da variação da resistência ôhmica em função da temperatura. Elas aumentam a resistência com o aumento da temperatura. 186 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo bulbo de resistência ou termoresistência Termorresistência de Platina Os sensores de platina, por causa de suas características, permitem um funcionamento até temperaturas bem mais elevadas e têm seu encapsulamento normalmente em cerâmica ou vidro. A este sensor são dispensados maiores cuidados de fabricação, porque apesar da Pt não restringir o limite de temperatura de utilização, quando a mesma é utilizada em temperaturas elevadas, existe o risco de contaminação dos fios. 187 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 A termorresistência de platina é a mais usada industrialmente por causa da sua grande estabilidade e precisão. Esta termorresistência tem sua curva padronizada conforme norma DIN-IEC 751/1985 e possui como características uma resistência de 100Ω a 0°C. Convencionou-se chamá-la de PT100 (fios de platina com 100Ω a 0°C). 188 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 Sua faixa de trabalho vai de -200°C a 650°C, porém a ITS-90 padronizou seu uso até 962°C, aproximadamente. 189 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 Utilização Sua utilização normalmente são em processos que necessitam de precisão, como por exemplo: indústrias alimentícias, petroquímicas, cervejaria, laboratórios, etc. Rosca Cabeçote Visualizando externamente, não podemos dizer se é um PT100 ou um Termopar. É necessário abrir a tampa do PT100. PT100 – Normalmente tem 3 ou 6 fios. Termopar – Tem 2 fios. 190 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 3 fios Cabo de PVC Encapsulada em inox 191 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 Construção Física O fio de platina ou níquel é enrolado na forma helicoidal e encapsulado hermeticamente em um bulbo de cerâmica ou vidro. Geralmente usados em laboratório, onde se deseja um tempo de resposta baixo. Bulbo de vidro Mais recomendados para aplicações industriais, pois tem uma maior resistência mecânica e são economicamente mais viáveis. Sua corrente pode variar de 1 a 2 mA Bulbo de cerâmica 192 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 Autoaquecimento É causado pela corrente que passa pela resistência, oriundo do instrumento de leitura. Por efeito Joule, há a geração de calor, quando uma corrente elétrica atravessa uma resistência. Para uma medição de temperatura com termorresistências, este aquecimento pode levar a erros que comprometem esta medição; então este aquecimento tem que ser limitado a pequenos valores para que possa ser desprezado. Para isto deve-se limitar a corrente de excitação do sensor. )R.I(P 2 193 TEMPERATURA Bulbo de Resistência tipo PT100 Valores típicos recomendados são da ordem de 1mA a 2mA. Norma DIN-IEC 751/1985 Potência máxima desenvolvida numa termoressistência não pode ser maior que 0,1mW. O que na faixa de atuação do sensor dá uma corrente máxima de 3 mA. 194 TEMPERATURA Vantagens e Desvantagens de Termorresistência em relação ao Termopar Vantagens Desvantagens Possui maior precisão dentro da faixa de utilização do que os outros tipos de sensores. Necessário que todo o corpo do bulbo esteja com a temperatura estabilizada, para a correta indicação. Melhor estabilidade e repetibilidade. Mais frágil mecanicamente. Com ligação adequada, não existe limitação para distância de operação. Range de temperatura menor do que os termopares. Dispensa o uso de fios e cabos de extensão e compensação para ligação, sendo necessários somente fios de cobre comuns. Deteriora-se com mais facilidade, caso se ultrapasse a temperatura máxima de utilização. Adequadamente protegido(poços e tubos de proteção), permite a utilização em qualquer ambiente. Possui um tempo de resposta mais alto que os termopares. Curva de Resistência x Temperatura mais linear. Autoaquecimento, exigindo instrumentaçãosofisticada. Menos influenciada por ruídos elétricos. Mais cara do que os sensores utilizados nestamesma faixa. 195 TEMPERATURA Gráfico Comparativo entre Termopar e Termorresistência com relação à precisão 196 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Duas partes de metais diferentes, fundidas juntas nas extremidades. Quando aquecidas, os metais aquecem a diferentes velocidades. É criada uma diferença de potencial entre os dois metais. É colocado num tubo sujeito a vácuo com uma janela transparente (não usar vidro ou quartzo). A radiação atinge e “aquece” um dos metais; pode- se usar mais do que um termopar para aumentar a sensibilidade. 197 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Efeitos Termoelétricos Quando dois metais são unidos em suas extremidades, e estas mantidas a diferentes temperaturas, três fenômenos ocorrem simultaneamente: Efeito Seebeck Efeito Peltier Efeito Thomson 198 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Efeito Seebeck Thomas Johann Seebeck Consiste em obter uma diferença de potencial quando se submete duas junções de fios de metais diferentes a temperaturas distintas. O valor da diferença de potencial depende da natureza dos metais e da temperatura a que as junções são submetidas. 199 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Efeito Seebeck (na prática) Para constatar o efeito Seebeck você precisa de fios de cobre e ferro, um recipiente com gelo, uma vela e um galvanômetro. Estando inicialmente as junções à mesma temperatura, o galvanômetro não indica passagem de corrente elétrica. Colocando-se uma das junções em contato com gelo e a outra em contato com a chama da vela, observa-se que pelo circuito circula uma corrente elétrica. Temos, assim, um gerador termoelétrico. Ele transforma energia térmica em energia elétrica. 200 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Efeito Peltier É o efeito inverso do efeito Seebeck, ou seja, é a geração de diferença de temperatura a partir da eletricidade. Quando um circuito contendo duas junções, inicialmente à mesma temperatura, é percorrido por um corrente, em decorrência da conexão de uma fonte externa, ocorre o aquecimento de uma junção e o resfriamento da outra. 201 TEMPERATURA Sensores de temperatura tipo Termopar Efeito Peltier (na prática) Quando a corrente elétrica contínua passa através do módulo termoelétrico, entre os lados do mesmo forma-se a diferença de temperatura, esfriando-se um lado e aquecendo-se o outro. Se do lado quente do módulo termoelétrico assegura- se o desvio eficiente do calor por meio do radiador, no lado frio pode ser obtida a temperatura de dezenas de graus inferior à temperatura ambiente. Os módulos termoelétricos são de diferentes variantes de desenho segundo a forma, altura, presença da metalização nas superfícies de trabalho, tipos de impermeabilização etc. 202 TEMPERATURA Construção dos Termopares Termopar Convencional (Nu) Tipo mais simples de Termopar, consiste em unir dois fios de diferentes naturezas por uma das extremidades. Normalmente o Termopar tipo nu não é utilizado nessas condições; então usa-se um termopar com tubo isolante, geralmente de cerâmica. 203 TEMPERATURA Construção de Termopares (continuação) Como os termopares com isolantes térmicos têm facilidade para danificar- se, por causa da sua fragilidade e da pouca proteção contra a atmosfera, costuma-se utilizá-los em raras condições. O termopar com isolante térmico é introduzido dentro de um poço protetor, e neste estado é utilizado em larga escala. Poço Termométrico 204 TEMPERATURA Termopar Cada tipo de termopar tem uma faixa de temperatura ideal de trabalho, que deve ser respeitada, para que se tenha a maior vida útil do mesmo. Podemos dividir os termopares em dois grupos, a saber: 1. Termopares Básicos 2. Termopares Nobres São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior. São aqueles que os pares são constituídos de platina. Apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios termopares. 205 TEMPERATURA Termopar Termopares Básicos Tipo “T” Tipo “J” Tipo “E” Tipo “K” Termopares Nobres Tipo “S” Tipo “R” Tipo “B” 206 TEMPERATURA Termopar TIPO T Nomenclaturas: T - Adotado pela Norma ANSI CC - Adotado pela Norma JIS Cu - Co Cobre - Constantan Liga: (+) Cobre - (99,9 %) (- ) Constantan - São as ligas de Cu-Ni compreendidos no intervalo entre Cu (50 %) e Cu (65 %) Ni ( 35 % ). A composição mais utilizada para este tipo de termopar é de Cu (58 %) e Ni (42 %). Características: Faixa de utilização: - 184 a 370°C f.e.m. produzida: - 5,333 a 19,027 mV Aplicações: Criometria ( baixas temperaturas ), Indústrias de refrigeração, Pesquisas agronômicas e ambientais, Química e Petroquímica. 207 TEMPERATURA Termopar TIPO J Nomenclaturas: J - Adotada pela Norma ANSI IC - Adotada pela Norma JIS Fe-Co Ferro - Constantan Liga: (+) Ferro - (99,5 %) (-) Constantan - Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % ), normalmente se produz o ferro a partir de sua característica casa-se o constantan adequado. Características: Faixa de utilização: 0 a 760°C f.e.m. produzida: 0 a 49,922 mV Aplicações: Centrais de energia, Metalúrgica, Química, Petroquímica, indústrias em geral. 208 TEMPERATURA Termopar TIPO E Nomenclatura: E - Adotada pela Norma ANSI CE - Adotada pela Norma JIS NiCr-Co Liga: (+) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % ) (-) Constantan - Cu ( 58 % ) e Ni ( 42 % ) Características: Faixa de utilização: 0 a 870 °C f.e.m. produzida: 0 a 66,473 mV Aplicações: Química e Petroquímica 209 TEMPERATURA Termopar TIPO K Nomenclaturas: K - Adotada pela Norma ANSI CA - Adotada pela Norma JIS Liga: (+) Chromel - Ni ( 90 % ) e Cr ( 10 % ) (-) Alumel - Ni( 95,4 % ), Mn( 1,8 % ), Si( 1,6 % ), Al( 1,2 % ) Características: Faixa de utilização: 0 a 1260°C f.e.m. produzida: 0 a 50,99 mV Aplicações: Metalúrgicas, Siderúrgicas, Fundição, Usina de Cimento e Cal, Vidros, Cerâmica, Indústrias em geral. 210 TEMPERATURA Termopar TIPO S Nomenclaturas: S - Adotada pela Norma ANSI Pt Rh 10 % - Pt Liga: (+) Platina Rhodio 10 % (-) Platina 100 % Características: Faixa de utilização: 0 a 1480 °C f.e.m. produzida: 0 a 15,336 mV Aplicações: Siderúrgica, Fundição, Metalúrgica, Usina de Cimento, Cerâmica, Vidro e Pesquisa Científica. Observação: É utilizado em sensores descartáveis na faixa de 1200 a 1768 °C, para medição de metais líquidos em Siderúrgicas e Fundições. 211 TEMPERATURA Termopar TIPO R Nomenclaturas: R - Adotada pela Norma ANSI PtRh 13 % - Pt Liga: (+) Platina 87 % Rhodio 13 % (-) Platina 13 % Características: Faixa de utilização: 870 a 1705 °C f.e.m. produzida: 3,708 a 12,485 mV Aplicações: As mesmas do tipo S. TIPO B Nomenclaturas: B - Adotada pela Norma ANSI PtRh 30 % - PtRh 6 % Liga: (+) Platina 70 % Rhodio 30 % (-) Platina 94 % Rhodio 6 % Características: Faixa de utilização: 870 a 1705°C f.e.m. produzida: 3,708 a 12,485 mV Aplicações: Vidro, Siderúrgica, alta temperatura em geral. 212 TEMPERATURA Termopar Na prática, a determinação da temperatura da junta de medição (junta quente) se dá através de diferentes métodos. Eles diferem entre si no modo como se mantém a junta de referência a um valor constante, são eles: Com temperatura a 0ºC. Com aquecimento controlado por termostato e compensação do sinal correspondente. Com compensação eletrônica da junta de referência. 213 TEMPERATURA Termopar – Com temperatura de referência a 0°C A temperatura é mantida em 0°C através de um banho de gelo, sendo que a leitura é feita utilizando a tabela relativa a cada termopar. O sinal lido no milivoltímetro corresponde à diferença de temperatura entre junta quente e junta
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