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Prof. Luiz Castro Freaza Filho Instagram: @luizfreazafilho Telefone: (75) 99865-9983 Curso de Ciências Jurídicas INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Encontro 7 O que é e qual a função do Direito? Prof. Luiz Castro Freaza Filho UNIDADE I INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO APRESENTAÇÃO - Iremos conhecer os conceitos, a relação e os efeitos do Direito; - Direito e sociedade: como funciona? - Entenderemos Direito enquanto Ciência; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO O QUE É DIREITO? - “Aquilo que é regra” – etimologicamente falando – conceito que surgiu na idade média; Concepção limitada, pois Direito pode significar também o que é justo; - Foi o que disse Celso, filósofo romano: “o Direito é a arte do bom e do equitativo ou justo” – aqui Direito e moral andam de mãos dadas; - (RELEMBRANDO) Kant: “Direito é o conjunto de condições, segundo as quais, o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros de acordo com uma lei geral de liberdade” INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO O QUE É DIREITO? - Radbruch nos ensina: “é o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida social e é vontade de justiça” - Nosso saudoso Miguel Reale, criador da estrutura tridimensional: “o Direito é uma ordenação heterônoma das relações sociais, baseada na integração normativa de fatos e valores”; - Diversos ângulos: cidadão (obediência) – juiz (orientação) – legislador (organização); INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO E QUAL A FUNÇÃO DO DIREITO? - Na concepção de Vicenzo Ferrari, o Direito cumpre quatro funções: pacificadora, garantidora, integradora e legitimadora: Função pacificadora: o Direito visa resolver os conflitos ocorridos na sociedade; Função garantidora: o Direito protege os sujeitos de ações injustas e ilegítimas, restringindo certas condutas humanas; Função integradora: o Direito se comunica com todos os sistemas sociais de coesão da sociedade (cultura, religião, etc), a fim de expressar uma unidade; Função legitimadora: o Direito legitima o poder dentro de um sistema de legalidades; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO E QUAL A FUNÇÃO DO DIREITO? - Maria Helena Diniz acrescenta outras três funções: sistemática, hermenêutica, decisória: Função sistemática: articulada no modelo teórico que analisa as figuras jurídicas, encandeando-as em um sistema para obtenção de decisões possíveis. Função hermenêutica: surge para a interpretação das normas e a sua aplicação, na tentativa de verificar lacunas e solucionar antinomias jurídicas. Função decisória: estipula regras decisórias, a fim de evitar arbitrariedades; importante – será o norte para compor os lítigios INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO E QUAL A FUNÇÃO DO DIREITO? - O real foco do Direito é a dignidade da pessoa humana e o seu fim social (função social); Função social da propriedade, contrato, empresa; - Ihering nos afirma: “ninguém existe só para si, como tão pouco por si só, cada um existe por e para os outros seja intencionalmente ou não”; - O Direito, então, pode ser entendido como um regulador da vida social, de acordo com a vontade das pessoas; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E SOCIEDADE - O Direito pondera interesses para resolver conflitos no seio social; - Suas normas são regras de conduta para que o individuo possa conviver socialmente; - Segundo FILHO (2006), sua função básica é garantir a segurança da organização social; - O Direito exprime o contexto econômico, social, cultura e político de determinada época e de determinado povo; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E SOCIEDADE - Ubi societas, ibi jus (onde há sociedade, haverá o direito); - A sociedade exige um Direito justo! E o que é justiça? - Ulpiano, grande jurista romano, nos ensinou: “justiça é a constante e firme vontade de dar a cada um o que é seu”; E o que cabe a cada um? Este é um conceito permanente, porém a noção “o que é seu” muda conforme as sociedades e as épocas, admitindo hoje uma noção de proporcionalidade; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E SOCIEDADE - Para Miguel Reale (2013), a justiça é “o fundamento de todo o Direito, e o fim maior buscado por ele, para uma verdadeira paz social e harmonia”; - A noção de justiça é primariamente buscada na filosofia do Direito (RADBRUCH, 1997); - Outros autores afirmam que a questão de justiça está relacionada à Ética e não é trabalho do jurista, como Hans Kelsen; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E SOCIEDADE - No entanto, prevalece essa noção de que a justiça é trabalhos dos filósofos do direito, os quais a dividiram em quatro tipos: Justiça distributiva (Aristóteles): o justo aqui é a repartição igualitária de benefícios entre todos pelo Estado. É a igualdade proporcional; Justiça comutativa (Aristóteles): é a que regula as relações de troca entre os particulares, como o que veremos posteriormente no curso, com o Direito Civil, como nos contratos de compra e venda; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E SOCIEDADE - No entanto, prevalece essa noção de que a justiça é trabalhos dos filósofos do direito, os quais a dividiram em quatro tipos: Justiça geral (São Tomás de Aquino): consiste na contribuição dos membros da comunidade para o bem comum, como quando pagamos impostos; Justiça social: consiste na proteção dos pobres e desamparados, ou proteção das minorias. No plano internacional, temos o exemplo da defesa da justiça social, quando países mais ricos e poderosos favorecem outros que estejam em fase de desenvolvimento. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO ENQUANTO CIÊNCIA - Conceito de conhecimento: renascimento do objeto conhecido, em novas condições de existência dentro do sujeito conhecedor Uma relação em que o sujeito conhecedor absorve o objeto, que por sua vez promove uma modificação no sujeito, denominada pensamento. (ato cognoscitivo) O conhecimento de algo está condicionado ao sistema de referência daquele que conhece. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO ENQUANTO CIÊNCIA - Conhecimento científico: é aquele que procura dar às suas constatações um caráter estritamente descritivo, genérico, comprovado e sistematizado (DINIZ, 2017, p. 33); Saber metódico; Saber sistemático; Saber verdadeiro; Saber fundamentado; Saber limitado a um certo objetivo; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO ENQUANTO CIÊNCIA - Epistemologia jurídica: é a que vai indagar acerca da natureza científica do saber jurídico; Racionalismo metafísico ou jusnaturalista; Empirismo exegético; Historicismo casuístico; Sociologismo eclético (positivismo socioólogico); Racionalismo dogmático; Egologia existencial; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 1ª) Concepção do direito natural (objetivo e material): Raízes teológicas (idade média); Conjunto de normas ou de primeiro princípios morais imutáveis; Independia de consagração nas leis dos homens; Resultam da própria natureza humana e por isso eram verdadeiros; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 2ª) Concepção do direito natural (subjetivo e formal): Fundamento na razão humana; A natureza do ser humano pode ser genuinamente social (Grotius, Pufendorf e Locke); Ou pode ser originalmente individualista (Hobbes, Spinoza e Rosseau); INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 3ª) Concepção do direito racional de Kant Separação entre o Direito e a Moral; A norma será de direito natural se puder ser apreendida pela razão pura, independente de lei (ex: sabe que matar é contra o direito a vida, mesmo sem estar escrito em alguma lei); O direito natural depende da ideia de liberdade, que é a autonomia da vontade; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 4ª) Direito natural de conteúdo variável (Rudolf Stammler) Rejeita o direito natural material; O direito natural não pode ser visto como um sistema orgânico de preceitos concretos, válidoscom caráter absoluto para qualquer povo, tempo e lugar; Há só uma ideia de justiça (direito natural de conteúdo variável) e inúmeros direitos justos, conforme as variações da matéria social e as diversas circunstâncias de cada época; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 5ª) Teoria jusnaturalista (Del Vecchio) O homem é um ser racional e não empírico O homem é sujeito livre, podendo escolher entre o bem e o mal; Origina o princípio da moralidade; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO JUSNATURALISMO - 6ª) Concepção quântica do direito (Goffredo Telles Jr.) O direito natural é um conjunto de normas jurídicas promulgadas, isto é, oficializadas pela inteligência governante de conformidade com o sistema ético de referência da coletividade em que vigora; O direito natural é o direito legítimo, que nasce, que tem raízes, que brota da própria vida, no seio do povo; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO EMPIRISMO EXEGÉTICO - Concepções legalistas ou mecânicas da interpretação e da aplicação do direito Escola da exegese (França - CCN – 1804): a função do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto legal e revelar seu sentido. A função do intérprete e do julgador era uma função mecânica de lógica dedutiva; Pandectismo (Alemanha): Os alemães se basearam no direito romano, e desenvolveram um sistema rígido legal, de construção sistemática, utilizando-se de métodos dedutivos; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO EMPIRISMO EXEGÉTICO - Concepções legalistas ou mecânicas da interpretação e da aplicação do direito Escolas analíticas (Países de common law): Os juristas dos países do common law, dentre eles Austin, Salmond, também vieram a admitir a supervalorização dos textos e da função mecânica da atividade judicial; - no caso, eram valorizadas decisões do próprio direito costumeiro e do direito derivado das decisões da Corte de chancelaria; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO EMPIRISMO EXEGÉTICO - Críticas contra o exegetismo As escolas exegéticas entraram em choque com o progresso das nações, das ciências, do próprio processo evolutivo da sociedade; Houve a necessidade de adequar tudo isso à nova realidade, iniciando-se o período de críticas às escolas exegéticas; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO EMPIRISMO EXEGÉTICO - Críticas contra o exegetismo Utilitarismo de Bentham x Escola analítica: deve interpretar as normas sob o ponto de vista de seus efeitos reais – utilidade – o que é bom produz prazer e o que é mau causa dor; Teleologismo de von Ihering x Pandectismo: a ciência jurídica deve interpretar normas de acordo com os fins por elas visados. A ciência do direito passou a ser uma ciências de fins, regida pelo critério da finalidade; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO HISTORICISMO CASUÍSTICO - Gustavo Hugo: Rejeitou a teoria jusnaturalista como sistema de princípios morais e racionais, revisando-a; Estabeleceu um estudo metódico e comparativo dos diversos direitos nacionais, acentuando a dimensão histórica da relação jurídica; Para ele, o direito natural nada mais seria do que o direito positivo universal ou jus gentium do direito romano, direito comum a todos os povos; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO HISTORICISMO CASUÍSTICO - Savigny: Fez oposição à codificação do direito, por considerá-la contra a real vontade do povo, apoiando, assim, os costumes; Substituiu a lei pela convicção comum do povo, como fonte originária do direito; Sua sistematização histórica baseou-se na utilização da tradição de fontes históricas, em especial, a romana; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO HISTORICISMO CASUÍSTICO - Puchta: O direito humano confunde-se com o direito natural, isto é, com o direito nascido no espírito popular, como convicção ou vontade comum do justo; O direito era o direito do povo, ou seja, que nascia da convicção popular íntima e comum; Como o resto dos historicistas, valorizava os costumes; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO HISTORICISMO CASUÍSTICO - Crítica: Só podia basear-se na experiência jurídica histórica, utilizando o empirismo; Era extremamente limitada; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO POSITIVISMO - Conceito Designa tanto o positivismo sociológico como o estrito positivismo jurídico; Procura reconhecer apenas o direito positivo, no sentido de direito vigente e eficaz em determinada sociedade; Limita a ciência jurídica ao estudos das legislações positivas; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO POSITIVISMO - Positivismo sociológico ou Sociologismo eclético Comte: a sociologia é a única ciência social, por isso a ciência jurídica seria apenas um setor; Durkheim: o direito natural, inato ou pré-social, do indivíduo nada mais é do que o direito dado pela consciência coletiva, cujo órgãos principal é o governo estatal; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO POSITIVISMO - Positivismo sociológico ou Sociologismo eclético (soviético) Stuchka: o direito deve ser visto como um sistema de relações sociais que corresponde aos interesses da classe dominante e está defendido pela força organizada dessa classe; Pashukanis: com seu Sociologismo economicista sustenta ser a base do direito o intercâmbio de mercadorias; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO POSITIVISMO - Positivismo jurídico Tentativa de amoralização completa do direito e da ciência jurídica de qualquer fator, base ou fundamento moral ou de direito natural; Amoralização psicossocial de von Ihering; Amoralização lógico-técnica de Hans Kelsen; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO RACIONALISMO DOGMÁTICO OU NORMATIVISMO JURÍDICO - Teoria de Hans Kelsen Nascida após o fracasso do capitalismo liberal pós 1ª guerra mundial Kelsen reagiu à demais doutrinas, que tomavam emprestado metodologia de outras ciências (sociologia, psicologia, história); Ciência do direito é uma ciência normativa – deve estudar normas que enunciam o que se deve ou o que não se deve fazer; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO RACIONALISMO DOGMÁTICO OU NORMATIVISMO JURÍDICO - Teoria de Hans Kelsen O grande problema está em “saber como as normas se articulam entre si, qual a raiz de sua validade e qual o critério a adotar para se lhes definir unidade sistemática”; Exposição das normas pelo método normológico; Esse método, pela imputabilidade, liga um fato condicionante a um fato condicionado; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO RACIONALISMO DOGMÁTICO OU NORMATIVISMO JURÍDICO - Teoria de Hans Kelsen É a imputação que estabelece a conexão entre o ilícito e a sanção (operação lógica que atribui uma consequência em virtude da prática de um ato); Para Kelsen, a imputação está no centro do método normológico, sendo através dela possível estabelecer ligação entre as demais normas que integram um ordenamento jurídico-positivo; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO RACIONALISMO DOGMÁTICO OU NORMATIVISMO JURÍDICO - Teoria de Hans Kelsen Teoria estática: o direito como um sistema de normas em estado de repouso (aplicado na ciência jurídica); Teoria dinâmica: o direito em movimento – elaboração e aplicação; A estrutura da ordem jurídica é piramidal, pois a ciência jurídica estabelece uma hierarquia, uma relação de subordinação, de modo que a norma do escalão inferior se harmonize com a superior, que lhe dá validade; NORMAS INDIVIDUAIS PORTARIAS DECRETOS REGULARES LEIS COMPLEMENTARES LEIS ORDINÁRIAS LEIS DELEGADAS DECRETOS LEGISLATIVOS RESOLUÇÕES MEDIDAS PROVISÓRIAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS; TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS CRFB 88 PIRÂMIDE DE KELSEN Base de toda teoria de Kelsen; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Concepção: Embarca as teorias de Emil Lask, Carlos Cossio e Miguel Reale; Concebe o direito como um objeto cultural, criado pelo homem e dotado de um sentido de conteúdo valorativo; A ciência jurídica é uma ciência cultural, que estuda o direito através da compreensão,enfatizando os valores jurídicos; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Teoria de Emil Lask O direito não se baseia em simples dado, mas em uma situação específica, ocorrida em um certo período do tempo; O direito é uma realidade jurídica empírica que se desenvolve historicamente; Decorre dos fatos ocorridos na vida social; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Egologismo existencial de Carlos Cossio A ciência deve estudar a conduta humana, enfocada em sua dimensão social, e não a norma jurídica; O método considerado por Cossio adequado para o estudo do direito é o empírico-dialético. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Egologismo existencial de Carlos Cossio O método é empírico porque dirige-se a coisas reais, ou seja, à realidade do substrato e à realidade da vivência; É dialético porque consiste no conhecimento de um objeto cultural em desenvolvimento; O método empírico-dialético passa da materialidade do substrato à vivência quantas vezes forem necessárias, para alcançar o conhecimento do direito, mas não é uma conclusão definitiva; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Egologismo existencial de Carlos Cossio O substrato do direito é a vida humana vivente. O objeto da ciência jurídica é a vida humana vivente em liberdade; A norma é apenas o instrumento de expressão do direito, portanto, ela não cria ou extingue o direito; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Tridimensionalismo jurídico de Miguel Reale Triplicidade dos aspectos do fenômeno jurídico (fato, valor e norma); O elemento normativo, que disciplina os comportamentos individuais e coletivos, pressupõe sempre uma dada situação de fato, referida a determinados valores; A ciência do direito deve abranger esses três fatores; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Tridimensionalismo jurídico de Miguel Reale Fato é o acontecimento social referido pelo direito objetivo; O valor é o elemento moral do direito, considerado como um dever ser, situado num plano prático e ligado a uma ação; A norma consiste no padrão de comportamento social imposta aos indivíduos, os quais devem observá-la em determinadas circunstâncias; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CULTURALISMO JURÍDICO - Tridimensionalismo jurídico de Miguel Reale A ciência do direito é uma ciência histórico-cultural e compreensivo- normativa, por ter por objeto a experiência social na medida, enquanto esta normativamente se desenvolve em função de fatos e valores, para a realização ordenada da convivência humana; INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
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