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Aula 08 - Destinação das Reservas de Capital

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Contabilidade IV
8º Aula
Destinação das reservas 
de capital
Olá, pessoal!
Abordaremos, nesta aula, sobre a utilização e a 
destinação das reservas de capital, a classificação das 
reservas de reavaliação, a conta lucros e prejuízos 
acumulados, que representa a interligação entre 
o Balanço e a Demonstração do Resultado do 
Exercício, e ainda identificaremos as mutações nas 
contas patrimoniais.
Vamos, primeiramente, ver quais são os objetivos 
e as seções de estudo que serão desenvolvidas nesta 
aula. 
Vamos lá?! Boa aula!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• definir reservas de capital e classificar as reservas de reavaliação;
• identificar lucros e prejuízos acumulados e realizar o registro contábil dos dividendos;
• avaliar as mutações nas contas patrimoniais.
39
1 – Utilização e Classifi cação das 
Reservas de Capital
1 - Utilização e classificação das reservas de capital;
2 - Lucros ou prejuízos acumulados;
3 - Mutações do patrimônio líquido.
Seções de estudo
As Reservas de Capital, Iudícibus et al. (2009, p. 316), são 
constituídas com valores recebidos pela companhia e que não 
transitam pelo Resultado como Receitas, por se referirem a 
valores destinados ao reforço de seu capital, sem terem como 
contrapartidas qualquer reforço desse capital, assim como 
qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou 
de prestação de serviços.
As reservas de capital, segundo Iudícibus et al. (2009, p. 
319), somente podem ser utilizadas para:
a) Absorver prejuízos, quando esses ultrapassarem os 
lucros acumulados e as reservas de lucros. Convém observar 
que, no caso da exigência de lucros acumulados e de reservas 
de lucros, os prejuízos serão absorvidos primeiramente por 
essas contas.
b) Resgate, reembolso ou compra de ações. No item 
Capital Social já foram abordados o resgate, o reembolso e a 
amortização de ações, bem com a utilização de Reservas de 
Capital para realizar tais operações.
c) Resgate de partes beneficiárias. Aqui houve impropriedade 
da Lei. Não pode existir Reserva para Resgate de partes 
beneficiárias, mas sim Provisão, e fora do Patrimônio Líquido. 
d) Pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando 
essa vantagem lhes for assegurada.
Disponível em: <http://enquantoisso.com/curso-gratis-contabilidade-fi nanceira-
online-e-onde-fazer/>. Acesso em: 28 abr. 2012.
1.1 - Classificação das reservas de 
reavaliação
As Reservas de Reavaliação, de acordo com Iudícibus et al. 
(2009, p. 320), devem estar segregadas em:
- Reavaliação de ativos próprios;
- Reavaliação de ativos de coligadas e controladas avaliadas 
ao método de equivalência patrimonial.
Na primeira subconta estariam classificadas as reavaliações 
feitas pela empresa de seus próprios bens, pela parcela da nova 
avaliação ao preço de mercado, que exceder o valor líquido 
contábil anterior dos bens. Essa conta deverá estar segregada 
e ter controles por natureza dos ativos a que se refere, para 
registro das baixas, quando ocorrerem, destacando-se a parcela 
relativa aos respectivos tributos.
Na segunda conta devem ser registradas as contrapartidas 
relativas aos débitos feitos na conta de Investimentos 
em coligadas e controladas, avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial, quando tais débitos forem oriundos 
de reavaliações feitas pelas coligadas e controladas. 
A baixa posterior dessa conta de Reserva de 
Reavaliação deverá ser feita à medida da realização dos ativos 
correspondentes na coligada ou controlada, pela baixa dos 
ativos ou por sua depreciação e amortização.
a) Reservas de lucros - Reservas de lucro, conforme 
expõe Iudícibus (2009, p. 320), são as contas de reservas 
constituídas pela apropriação de lucros da companhia, 
conforme também previsto pelo § 4° do art. 182 da lei nº 
6.404/76.
A adequada segregação e movimentação (formação e 
reversão) das reservas de lucros é importante particularmente 
para fins de cálculo do dividendo obrigatório.
Além disso, é muito importante o conhecimento do valor 
dessas reservas, que são ou poderão vir a ser disponíveis para 
distribuição futura na forma de dividendos, capitalização ou 
mesmo para outras destinações.
• As contas de reservas de lucros - Tendo em vista seu 
conceito e as definições da própria Lei das S.A., podemos ter 
as seguintes Reservas de Lucros:
 • Reserva legal;
 • Reservas estatutárias;
 • Reservas para contingências;
 • Reservas de lucros a realizar; 
 • Reservas de lucros para expansão;
 • Reserva especial para dividendo obrigatório não 
distribuído.
c) Reserva legal - Essa reserva basicamente instituída 
para dar proteção ao credor, é tratada no art. 193 da Lei n° 
6.404/1976, e deverá ser constituída com a destinação de 5% 
do lucro líquido do exercício (IUDÍCIBUS, 2009, p. 320). 
Esta reserva será constituída obrigatoriamente, 
pela companhia, até que o seu valor atinja 
20% do capital social realizado, quando então 
deixará de ser acrescida; ou, então, poderá, 
a critério da companhia, deixar de receber 
créditos, quando o saldo desta reserva, somado 
ao montante das Reservas de Capital (exceto 
a reserva de correção monetária do Capital 
Realizado) atingir 30% do capital social.
A utilização da reserva legal está restrita à compensação 
de prejuízos e ao aumento de capital social. Essa incorporação 
ao capital pode ser feita a qualquer momento a critério 
da companhia. A compensação com prejuízos ocorrerá 
obrigatoriamente quando ainda houver saldo de prejuízos, 
após terem sido absorvidos os saldos de Lucros Acumulados 
e das demais Reservas de Lucros.
d) Reservas estatutárias - As reservas estatutárias, 
segundo Iudícibus et al. (2009, p. 320-321), são constituídas 
por determinação do estatuto de companhia, como destinação 
de uma parcela de lucros do exercício.
A empresa deverá criar subcontas conforme a natureza 
a que se refere, e com intitulação que indique sua finalidade.
Contabilidade IV 40
Todavia, para cada reserva estatutária, no seu estatuto, a 
empresa terá de:
a) definir sua finalidade de modo preciso e completo;
b) fixar os critérios para determinar a parcela anual do 
lucro líquido a ser utilizada;
c) estabelecer o seu limite máximo.
Essas Reservas não podem, entretanto, restringir o 
pagamento do dividendo obrigatório.
Outro aspecto a ser considerado é que diversas empresas 
têm reservas previstas em seus estatutos, mas cujas finalidades 
já estão cobertas nas demais reservas de lucros previstas pela 
Lei das S.A. 
Deve, nesse caso, prevalecer sempre a tratada pela lei. 
Dessa forma, são registradas como estatutárias somente as 
definidas pelo estatuto, que não estejam previstas em lei.
e) Reservas de lucros a realizar - Esta reserva é constituída, 
conforme Iudícibus et al. (2009, p. 323), como uma destinação 
dos lucros do exercício, sendo, todavia, optativa ou não sua 
constituição.
 O objetivo de constituir essa reserva é evidenciar a 
parcela de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar 
de contábil e economicamente realizada) pela companhia e 
também não distribuir dividendo obrigatório, fixado como 
porcentagem do lucro do exercício, sobre essa mesma parcela.
Como a contabilidade considera, para a apuração do 
lucro, não somente os fatos financeiros, mas também os 
econômicos, dificilmente todo lucro apurado da companhia 
resulta em um aumento correspondente no seu ativo circulante. 
Isso é mais verdade quando a perda do poder aquisitivo da 
moeda é reconhecida nas demonstrações financeiras.
2 - Lucros ou Prejuízos Acumulados
A conta dos lucros ou prejuízos acumulados, de 
acordo com Iudícibus et al. (2009, p. 327), representa o 
saldo remanescente dos lucros (ou prejuízos) líquidos das 
apropriações para reservas de lucros e dos dividendos 
distribuídos, saldo esse que faz parte do patrimônio líquido 
na data do balanço. Essa conta representa a interligação entre 
o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício.
O Plano de Contas apresenta tal conta com as subcontas 
a LucrosAcumulados (credora) e Prejuízos Acumulados 
(devedora), mas que podem ser mantidas em uma só conta. 
O importante é que, mesmo sendo devedor o seu saldo, ou 
seja, quando a prejuízos acumulados, deverá estar classificada 
no Patrimônio Líquido.
Salientamos que a Instrução Comissão de Valores 
Mobiliários - CMV n° 59, de 22-12-86, estabelece no seu 
art. 8° que, para as companhias abertas, somente poderá 
remanescer saldo positivo nesta conta, decorrente da parcela 
relativa a frações de lucros que não possam ser computadas 
na declaração do dividendo por ação, admitindo, ainda, a 
utilização desta conta para as retenções de lucros na forma do 
art. 196 da Lei n° 6.404/1976.
Na realidade, a maioria das empresas, inclusive as 
abertas, não vinha adotando essa prática de destinar todo 
saldo de lucros acumulados. Dessa forma, a interpretação 
da lei societária pela CVM e sua determinação, a partir de 
1986, dessa total destinação dos lucros acumulados, trouxe 
certa surpresa ao mercado, mas passou a ser adotada pelas 
companhias abertas, em face da obrigatoriedade da CVM. 
Já as companhias fechadas, na sua maioria, não têm feito tal 
destinação.
2.1 – Dividendos: conceitos e bases 
gerais de cálculo
Para Iudícibus et al. (2009, p. 328), os dividendos 
representam uma destinação do lucro do exercício, dos 
lucros acumulados ou de reservas de lucros aos acionistas da 
companhia. Em casos especiais é que poderão ser utilizadas as 
reservas de capital para o pagamento de dividendos às ações 
preferenciais.
De acordo com o artigo 17 da Lei n° 6.404/1976, em 
seu parágrafo 2°, salvo disposição em contrário do estatuto, 
o dividendo prioritário não é o cumulativo, a ação com 
dividendo fixo não participa dos lucros remanescentes e a ação 
com dividendo mínimo participa dos lucros distribuídos em 
igualdade de condições com as ordinárias, depois de a estas 
assegurado dividendo igual ao mínimo.
Segundo o parágrafo 1° do artigo 111, da referida lei, “as 
ações preferenciais adquirem direito de voto caso a companhia 
deixe de pagar os dividendos fixos ou mínimos a que fazem 
jus durante o prazo estipulado no estatuto, não superior a 3 
exercícios consecutivos”; tal direito é mantido até o pagamento, 
se não cumulativos os dividendos ou até que sejam pagos os 
cumulativos em atraso.
A Lei n° 6.404/1976, regula a forma de distribuição de 
um dividendo mínimo obrigatório, com objetivo principal de 
proteger os acionistas. Assim é, que cada companhia deve, em 
cada exercício, distribuir uma parcela dos lucros, a título de 
dividendo obrigatório, de acordo com o que estiver estipulado 
em seu estatuto. 
Este pode defini-lo como sendo uma porcentagem dos 
lucros do ano ou do capital social ou do patrimônio líquido etc., ou 
fixar qualquer outro critério, desde que não submeta o dividendo 
ao arbítrio da administração ou da maioria da assembleia.
2.2 - Registro contábil da distribuição 
de dividendos
A distribuição de dividendos, de acordo com a Lei n° 
6.404/1976, somente poderá ser feita utilizando-se os Lucros 
Acumulados ou as Reservas de Lucros (exceto a Legal) e, em 
casos especiais, as Reservas de Capital. Mas a contabilização 
dessa distribuição deverá sempre ser feita a débito da conta de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados. Assim, se decidir distribuir 
como dividendo uma parcela de saldo constante de uma 
Reserva Estatutária, deverá haver, primeiramente, uma reversão 
da Reserva Estatutária para Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
para depois passar para o Passivo Circulante.
3 - Mutações do Patrimônio Líquido
• Utilidade - As mutações do patrimônio líquido, para 
Iudícibus (2009, p. 415) são demonstrações não obrigatórias 
pela Lei n° 6.404/1976 das Sociedades por Ações, mas sua 
publicação é exigida pela CVM em sua Instrução n° 59, de 22-
12-86, para as companhias abertas.
41
Disponível em: <http://blogdireitotributario.blogspot.com.br/2011/06/stf-pauta-
julgamento-sobre-tributacao.html>. Acesso em: 30 abr. 2012.
 É de muita utilidade, pois fornece a movimentação 
ocorrida durante o exercício nas diversas contas componentes 
do Patrimônio Líquido; faz clara indicação do fluxo de uma 
conta para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo 
ou diminuição no Patrimônio Líquido durante o exercício. 
Trata-se, portanto, de informação que complementa os 
demais dados constantes do Balanço e da Demonstração do 
Resultado do Exercício; é particularmente importante para as 
empresas que tenham seu Patrimônio Líquido formado por 
diversas contas e mantenham com elas inúmeras transações.
 Sua importância se torna mais acentuada em face dos 
critérios da Lei, pois a demonstração indicará claramente a 
formação e a utilização de todas as reservas, e não apenas as 
originadas por lucros; servirá também para melhor compreensão, 
inclusive quanto ao cálculo dos dividendos obrigatórios. É útil 
e necessária ainda a elaboração da Demonstração das Origens 
e Aplicações de Recursos.
As mutações nas contas patrimoniais - As contas que 
formam o Patrimônio Líquido, conforme Iudícibus et al. 
(2009, p. 416) podem sofrer variações por inúmeros motivos, 
tais como:
a) Itens que afetam o patrimônio total
1. Acréscimo pelas correções monetárias das contas do 
patrimônio.
2. Acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido 
do exercício.
3. Redução por dividendos.
4. Acréscimo por reavaliação de ativos.
5. Acréscimo por doações e subvenções para investimentos 
recebidos.
6. Acréscimo por subscrição e integralização de capital.
7. Acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o 
valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão 
das ações sem valor nominal.
8. Acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias 
e bônus de subscrição.
9. Acréscimo por prêmio recebido na emissão de 
debêntures.
10. Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo 
por sua venda.
11. Acréscimo ou redução por ajustes de exercícios 
anteriores.
b) Itens que não afetam o total do Patrimônio
1. Aumento de capital com utilização de lucros e reservas.
2. Apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo 
a conta de lucros Acumulados para formação de reservas, 
como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva 
para Contingência e outras.
3. Reversões de reservas patrimoniais para a conta de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
4. Compensação de Prejuízos com Reservas etc.
EXEMPLO DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO DE UMA 
EMPRESA “X”
 31-12-X0
70.000,00
3.000,00
31-12-X1
135.000,00
3.000,00
 67.000,00
2.070,00
20.100,00
13.320,00
132.000,00
4.991,00
29.850,00
 35.490,00
6.104,00
5.140,00
6.123,00
 1.677,00 
7.932,00
 34.841,00 
6.245,00
9.087,00
9.306,00
3.164,00
 11.829,00 
 26.976,00 
19.590,00 
 39.631,00 
11.930,00 
 149.056,00 218.402,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Subscrito
Menos: A Realizar
Realizado
Reservas de Capital
Ágio na Emissão de Ações
Correção Monetária do Capital
Subvenções para Investimentos
Reservas de Lucros 
Reservas para Contingências 
Reserva Estatutária
Reservas de Lucros p/ Expansão
Reserva Legal 
Reserva de Lucros a Realizar
Lucros Acumulados 
Total
Modelo de Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido Empresa “X”
Capital 
Realizado
Reservas 
de Capital
Reserva 
de Lucros
Lucros A 
Realizar 
Total
SALDOS EM 31 DE 
DEZEMBRO DE 19X0 
 
67.000,00 
35.490,00 26.976,00 19.590,00 149.056,00
AJUSTE DE EXERCÍCIOS 
ANTERIORES 
Efeitos da mudança de 
critérios contábeis
(2.800,00) (2.800,00)
Retifi cação de erros de 
ex. anteriores
(1.000,00) (1.000,00)
C O R R E Ç Ã O 
MONETÁRIA
AUMENTOS DE 
CAPITAL:
Com lucros e reservas
 
45.000,00
30.771,00
 
(33.420,00)
6.269,00
 
(3.580,00)
2.337,00
 
(8.000,00)
39.377,00
Por subscrição 
realizada
20.000,00 2.000,00 22.000,00
REVERSÕES DE 
RESERVAS
De contingências
 
(1.300,00) 1.300,00
Lucros a Realizar (1.200,00) 1.200,00
LUCRO LÍQUIDO DO 
EXERCÍCIO
19.689,00 19.689,00
PROPOSTA DA ADM. 
DE DEST. DO LUCRO:
Transferência dereservas:
Contabilidade IV 42
Reserva Legal 984,00 (984,00)
Reserva Estatuária 2.405,00 (2.405,00)
Reserva de Lucros 
para Expansão
6.000,00 (6.000,00)
Reserva de Lucros a 
Realizar
3.077,00 (3.077,00)
Dividendos a distribuir (7.920,00) (7.920,00)
SALDOS EM 31 DE 
DEZEMBRO DE 19X1 132.000,00 34.841,00 39.631,00 11.980,00 218.402,00
Chegamos, assim, ao fi nal da Aula 08. Espero que estejam 
acompanhando o desenvolvimento das temáticas estudadas. Se não 
entenderam algum tópico, leiam novamente o conteúdo da aula com 
bastante atenção. É fundamental que não fi quem com dúvidas sobre 
os conteúdos estudados. Caso ainda tenham questionamentos, terei 
prazer em elucidá-los, basta que acessem o ambiente virtual e utilizem 
as ferramentas apropriadas para se comunicar.
Retomando a aula
Para encerrar a Aula 08, convido vocês a recordar o que 
estudamos até aqui:
1 - Utilização e Classificação das Reservas de Capital
Vimos que as Reservas de Capital são constituídas com 
valores recebidos pela companhia e que não transitam pelo 
Resultado como Receitas, por se referirem a valores destinados 
ao reforço de seu capital, sem terem como contrapartidas 
qualquer reforço desse capital.
Quanto à utilização, as Reservas de Capital somente 
podem ser usadas para: Absorver prejuízos; Resgate, 
reembolso ou compra de ações; Resgate de partes beneficiárias; 
Pagamento de dividendo a ações preferenciais.
As reservas classificam-se em: Reservas de reavaliação de 
ativos próprios; Reservas de lucros; Reserva legal; Reservas 
estatutárias; Reservas de lucros a realizar.
2 - Lucros ou Prejuízos Acumulados
Nessa seção, vimos que a conta dos lucros ou prejuízos 
acumulados representa o saldo remanescente dos lucros (ou 
prejuízos) líquidos das apropriações para reservas de lucros 
e dos dividendos distribuídos, saldo esse que faz parte do 
patrimônio líquido na data do balanço. Essa conta representa 
a interligação entre o Balanço e a Demonstração do Resultado 
do Exercício. 
Os dividendos representam uma destinação do lucro do 
exercício, dos lucros acumulados ou de reservas de lucros aos 
acionistas da companhia. A Lei n° 6.404/1976 regula a forma 
de distribuição de um dividendo mínimo obrigatório, com 
objetivo principal de proteger os acionistas.
3 - Mutações do Patrimônio Líquido
Pudemos ver que as mutações do patrimônio, embora 
não são demonstrações obrigatórias, pela Lei n° 6.404/1976, 
são de muita utilidade, pois fornece a movimentação ocorrida 
durante o exercício nas diversas contas componentes do 
Patrimônio Líquido; faz clara indicação do fluxo de uma 
conta para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo 
ou diminuição no Patrimônio Líquido durante o exercício. 
As mutações das contas que formam o Patrimônio Líquido 
podem sofrer variações que afetam ou não o patrimônio total.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; 
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. 
Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais 
sociedades. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, 
Atuariais e Financeiras - FIPECAFI. 7. ed. 6. reimpr. - São 
Paulo: Atlas, 2009.
SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 1998.
SANTOS, Ariovaldo. Consolidação de Demonstrações 
Contábeis: Erro na contabilização quando existem Lucros 
Não-Realizados. Curitiba: Resumos dos Trabalhos do 28º 
Encontro da ANPAD – ENANPAD, 2004.
SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como 
Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000.
Vale a pena
Vale a pena ler
Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC. Disponível 
em:<http://www.fbc.org.br/fbc.htm> Acesso em: 31 mar. 
2012.
Instrução CVM Nº 59, de 22 de dezembro de 1986. 
Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/
atos/exiato.asp?Tipo=I&File=/inst/inst059.htm>. Acesso 
em: 30 abr. 2012. 
Revista Universo Contábil - FURB. Disponível em: < 
http://www.furb.br/universocontabil/> Acesso em: 30 abr. 
2012. 
Vale a pena acessar
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