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Análise das demonstrações contábeis I 2º Aula Análise de balanços Prezados(as) alunos(as), Ao darmos continuidade a nossa disciplina, nesta aula, iremos inicialmente conceituar o que é análise de balanço. Em seguida, nossa meta é a de compreender o que deve conter na análise de balanço, bem como qual deve ser a linguagem dessa análise. Assim, almejamos um percurso com sucesso, que dependerá de sua participação ativa durante a leitura desta aula. Para tanto, é de suma importância que tenha sempre a mão um dicionário e/ou outros materiais de pesquisa para eliminação de eventuais dúvidas pontuais sobre o assunto discutido. Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, vocês serão capazes de: • Definir e entender o conceito da análise de balanço; • Analisar, identificar quando se deve iniciar a análise de balanço. 13 1 - Objetivos da Análise de Balanço. 2 - Análise de Balanços & Contabilidade. Seções de estudo Durante o estudo de cada Seção de nossas aulas é importante que façamos resumos, utilizemos planilhas ou esquemas para condensar os conteúdos, reclassifi cando-os mentalmente. Essas estratégias podem facilitar a compreensão, bem como o link dos conteúdos com os conhecimentos adquiridos em outras disciplinas ou mesmo contextualizá-los na prática. Fica a dica! Bons estudos! Qual a importância da análise de balanços? 2 - Análise de balanços & contabilidade 1 - Objetivos da análise de balanços Segundo Dante C. Matarazzo (2007), a análise de balanços objetiva extrair informações das demonstrações financeiras (as quais fornecem uma série de dados sobre a empresa), de acordo com as regras contábeis, para a tomada de decisões. A análise das demonstrações contábeis transforma os dados em informações, sendo tanto mais eficiente, quanto melhores informações se produzir. Diante desse contexto, podemos afirmar que a análise de balanço trata-se de uma atividade que busca identificar fatores “positivos ou negativos sobre saúde financeira e administrativa das empresas nos números divulgados em seus balanços patrimoniais” (WIKIPÉDIA. Análise de balanço. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_de_ balan%C3%A7o>. Acesso em: 17 jul. 2012). As empresas que possuem políticas administrativas mais transparentes divulgam prévias trimestrais de seus balanços anuais. É uma forma de possibilitar que resultados parciais possam ser avaliados antes mesmo do término do exercício em curso. A metodologia de análise consiste em comparar valores como receita, lucro ou patrimônio líquido com o mesmo período do exercício anterior para determinar sua evolução. Também são calculados diversos indicadores de balanço, também chamados indicadores fundamentalistas, que têm por objetivo identifi car características não visíveis nos números puros do balanço (CONTICON, 2012, p. 1). Nesse sentido, é importante a distinção entre dados e informações. a) Dados: “são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor” (NOVA ERA, 2012, p. 1). b) Informações: “representam, para quem as recebe uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa” (NOVA ERA, 2012, p. 1). Com o intuito de exemplificarmos o que fora dito acima, temos um dado quando afirmamos que o Brasil tem X milhões de habitantes. Assim, como proposto no site Nova Era (2012, p. 1), quando se divide o Produto Nacional por esse dado, encontra-se a renda per capita; quando se compara essa renda com a de outros países e quando se constrói uma série histórica dessa renda, pode-se chegar à conclusão de que o Brasil é um país pobre e que vem perdendo posição em relação a outros países, daí temos uma informação. Nesse prisma, corroboramos que temos um dado quando as demonstrações financeiras apresentam, por exemplo, que a empresa tem $ Y milhões de dívida. E, ao constatarmos que a dívida é excessiva ou normal, possível ou não de pagamento, é uma informação. Diante disso, as demonstrações financeiras publicadas de uma empresa podem apresentar centenas de números, ou seja, de dados, que em média são: a) 40 cifras no Balanço; b) 20 na Demonstração de Resultados; c) 20 na Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos; d) 40 na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Sobre os dados das demonstrações financeiras, é importante saber que: Temos um total de 120 importâncias. Nas companhias fechadas, passa-se para 240 algarismos publicados em vista da comparação com o exercício anterior e das demonstrações com correção integral chega-se a 480 números. Podemos notar que é excesso de valores para quem muitas vezes deseja apenas saber se a empresa pode ou não receber créditos (NOVA ERA, 2012, p. 1). Dessa forma, “temos a importância de transformar-se, por exemplo, 400 dados em uma informação (NOVA ERA, 2012, p. 1). O quadro a seguir demonstra a ideia da sequência do processo contábil: Fatos ou eventos econômico- fi nanceiros Processo Contábil Demonstrações Contábeis Dados Técnicas de Análise de Balanços Informações fi nanceiras para a tomada de decisões Quadro 2.1 Sequência do processo contábil. Fonte: acervo pessoal. Na próxima Seção, iremos conhecer e refl etir sobre a Análise de Balanço. Bons estudos! Vamos contextualizar: no primeiro dia útil de cada ano recordamos algumas tendências peculiares, tais como, o Balanço Patrimonial com data em 31/12 (LUCAS CAVAZZA, 2012, p. 1). Neste dia, muitos dos números são apenas esboços e/ou rascunhos e inúmeros contadores (e auditores) correm contra o tempo para terminar o relatório anual, porque muitos tem Análise das demonstrações contábeis I 14 prazo determinado para publicação. Nesse contexto, a importância sumária do “31/12″ é poder verifi car completamente a retrospectiva de toda e qualquer empresa, independente do ramo. Assim, podemos afi rmar que foco de uma análise muda conforme o interesse (CAVAZZA, 2012, p. 1). De acordo com as ponderações tecidas na citação acima pelo estudioso Cavazza (2012), podemos entender que o dia 31/12 trata-se de uma data de suma importância para a atividade contábil. Para uma melhor compreensão, nosso foco a partir daqui, é o de estudar o objetivo da análise de balanços. Com base ns pressupostos do site EPS UFSC (2012, p. 1), a Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões. Para compreender com mais clareza, retomemos as definições de dados e informações, agora, no contexto da análise de balanço. “Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor”; enquanto “informações representam, para quem as recebe uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa” (REVISTA ELETRÔNICA DE CONTABILIDADE, 2012, p. 223). Relembrando que o objetivo da Análise de Balanços é produzir informação, podemos inferir que a Análise de Balanços começa exatamente onde termina a Contabilidade. Nesse ínterim, O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações fi nanceiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é efi ciente ou inefi ciente, se irá falir ou se continuará operando (CARTEIRA DE INVESTIMENTO, 2012, p. 1). Sobre esta questão, como sugere Carraro (2012), o grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar. Nesse contexto, podemos afirmar que a preocupação básica do contador precisa ser os registros das operações. Assim, na aquisição de uma máquina, por exemplo: quais os custos que irão compor o custo de aquisição, a taxa de depreciação, qual seráa sua classificação no balanço e sua atualização monetária? Quem procura captar organizar e compilar esses dados é o contador. Sua matéria-prima são os fatos de signifi cado econômico- fi nanceiro expressos em moeda. Seu produto fi nal são as demonstrações fi nanceiras (NOVA ERA, 2012, p. 1). Como se vê no texto publicado pela Nova Era (2012), o contador precisa buscar, organizar os dados e arquivá- los adequadamente para tornar possível a elaboração de demonstrações financeiras confiáveis e fiéis. Isso significa afirmar que: [...] o analista de balanços preocupa-se com as demonstrações fi nanceiras que por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é efi ciente ou inefi ciente, se irá falir ou se continuará operando (CARTEIRA DE INVESTIMENTO, 2012, p. 1). Para tanto, “o grau de excelência da Análise de balanços é dado exatamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar” (NOVA ERA, 2012, p. 1). Percebemos que é de suma importância estudar o conceito e as características da Análise de Balanço. Concordam? Assim, continuaremos nosso trajeto com dedicação e seriedade, fatores essenciais para a boa aprendizagem. Atenção: iremos estudar, a partir de agora, outros itens da Análise de Balanço! 2.1 Linguagem descomplicada Segundo Matarazzo (2007) o produto da Análise de Balanços são relatórios escritos em linguagem corrente, ou seja, em português. Desse modo, recomenda-se o uso de gráficos como auxiliares para simplificar as conclusões mais complexas. Ao contrário das demonstrações contábeis, os relatórios de análise devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de empresa, gerente de banco ou gerente de crédito (NOVA ERA, 2012, p. 1). O alerta trazido no bojo da escrita de Nova era (2012) evidencia a proeminência de que os relatórios de análise das demonstrações contábeis precisam ser coerentes, coesos e de fácil entendimento por qualquer profissional, mesmo de áreas distintas da contabilidade, que a ele tiver acesso. É importante esclarecer que isso não acontece com as demonstrações financeiras, as quais “apresentam-se carregadas de termos técnicos e suas notas explicativas são feitas exclusivamente para técnicos, a tal ponto que permitem frequentemente manipulações e acobertamentos” (NOVA ERA, 2012). Corroboramos, a partir da referida citação que, a Análise de Balanços deve assumir também o papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras. Assim, como entende Nova Era (2012, p. 1), “um relatório de análise de balanços que apresentasse dados em vez de informações não poderia ser considerado um bom relatório”. 15 Dessa forma, são frequentes os relatórios que se estendem em frases como: [...] o índice de endividamento é de 220%; isto signifi ca que para cada $ 100 de capital próprio existem $ 220 de terceiros. Esse índice mostra um crescimento de 10% em relação ao ano anterior que, por sua vez, já crescera 18%. Os recursos de terceiros são pré. Dominantemente de curto prazo (85%). Já os índices de liquidez encontrados foram respectivamente: Liquidez geral – 1,25; Liquidez corrente – 1,40; e Liquidez seca – 1,01; o que mostra que a empresa tem mais reais realizáveis do que dívidas de curto prazo (NOVA ERA, 2012). Entretanto, esse tipo de relatório transforma um tipo de dado encontrado nas demonstrações financeiras em outros dados, que para o leitor pouco vale (NOVA ERA, 2012, p. 1). Diante dos assuntos apontados, fica claro que um relatório adequadamente redigido precisa conter informações detalhadas para facilitar a compreensão dos dados. 2.2 O que incluir no relatório? Nas análises do balanço financeiro, é possível utilizar variáveis, as quais devem ser predefinidas no Customizing. Enquanto, no Sistema de informação da conta do Razão somente as variáveis globais são usadas. Assim, para definir variáveis globais, no Customizing da Contabilidade financeira, é preciso selecionar: Contabilidade geral → Sistema informação → Relatórios pesquisa (Contas do Razão) → Defi nir variáveis globais. E então, entenderam direitinho o conteúdo? Ficaram com alguma dúvida? Em caso afi rmativo, acessem o ambiente virtual e utilizem as ferramentas indicadas para interagir com seus colegas de curso e com seu professor. Não deixem as dúvidas atrapalharem o rendimento de você, Ok! Figura 2.3 Análise de balanço. FONTE: AFLICOESADM. A história da empresa. Disponível em: <http:// afl icoesadm.blogspot.com.br/2009/12/historia-da-empresa.html>. Acesso em: 01 jul. 2012. Os relatórios para análises de balanço financeiro se baseiam na estrutura do balanço L/P. “A estrutura do balanço L/P desejada deve ser definida no Customizing. Para definir a estrutura do balanço L/P, no Customizing de Contabilidade financeira, selecionar” (HELP, 2012, p. 1): Contabilidade do Razão → Transações contábeis → Enderramento → Documentos → Defi nir estrutura balanço L/P. Um relatório de Análise de Balanços precisa, em lugar dos dados apresentados, conter: “o grau de endividamento que a empresa encontra-se em nível razoável em relação aos ramos de atividade, entretanto, vem crescendo de maneira indesejável, pois há dois anos podia ser considerado bom” (UNIFEI, 2012, p. 1). A composição do endividamento mostra um perfi l de dívida insatisfatório devido à excessiva participação das obrigações de curto prazo. Já a liquidez da empresa pode ser considerada boa (NOVA ERA, 2012, p. 1). Como se pode notar, a análise dos balanços é fundamental para a compreensão adequada sobre questões importantíssimas para a empresa, tais como a liquidez. Nesse sentido, podem-se listar as seguintes informações produzidas pela Análise de Balanços: a) Situação financeira. b) Situação econômica. c) Desempenho. d) Eficiência na utilização dos recursos. e) Pontos fortes e fracos. f) Tendências e perspectivas. g) Quadro evolutivo. h) Adequação das fontes às aplicações de recursos. i) Causas das alterações na situação financeira. j) Causas das alterações na rentabilidade. k) Evidência de erros da administração. l) Providências que deveriam ser tomadas e não foram. m) Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras (NOVA ERA, 2012, p. 1). Vale salientar que informações como as citadas servem como apoio à administração e coloca a análise de balanço em um patamar vital para as empresas de quaisquer segmentos. Retomando a aula Antes de encerrar a aula 2, é importante que retomemos os conteúdos estudados: 1 - Objetivos da Análise de Balanços. Na Seção 1, entendemos que a Análise de Balanços permite extrair informações das Demonstrações Financeiras, as quais servem de apoio à tomada de decisões, tornando-se, portanto, um instrumento de vital importância para a empresa. 2 - Análise de Balanços & Contabilidade. Para finalizar, foi possível compreendermos a partir das reflexões elucidadas na Seção 2 que a preocupação básica do contador são os registros das operações. Identificamos ainda, que o produto da Análise de Balanços são relatórios escritos em linguagem corrente. Desse modo, recomendamos o uso de gráficos como auxiliares para simplificar as conclusões mais complexas. Vimos por fim, que um relatório de Análise de Balanços deve, em lugar dos dados apresentados, conter: o grau de Análise das demonstrações contábeis I 16 endividamento que a empresa se encontra, bem como a composição do endividamento que mostra um perfil de dívida insatisfatório devido à excessiva participação das obrigações de curto prazo. Caso tenham fi cado com dúvidas sobre o conteúdo da aula 2, acessem as ferramentas “fórum”, “quadro de avisos” ou “chat” e entrem em contato com seus colegasde curso e com seu tutor. Participem, afi nal cada um de vocês é o personagem principal dessa jornada, que se chama aprendizagem! ANTHONY, Robert N. Contabilidade gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enforque econômico-financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007. FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. GROPELLI A. A; EHSAN, N. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1998. HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade introdutória. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1996. IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2000. MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. REIS, Arnaldo. Demonstrações contábeis: estrutura e análise. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. SÁ, Antonio Lopes de. Teoria da contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANVICENTE, A. Z; SANTOS, C. C. Administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. AFLICO ESADM. A história da empresa. Disponível em: <http://aflicoesadm.blogspot.com.br/2009/12/ historia-da-empresa.html>. Acesso em: 01 jul. 2012. CARRARO, Graziella. O que é análise de balanço. Disponível em: <http://amigonerd.net/trabalho/5172- analise-de-balancos>. Acesso em: 01 jul. 2012. CAVAZZA, Lucas. Estrutura e análise de balanços. Disponível em: <http://lucascavazza.blogspot.com.br/>. Acesso em: 15 jun. 2012. CONTICON. Serviços. Disponível em: <www.conticon. com.br/servicos/>. Acesso em: 15 jun. 2012. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar YOU TUBE. Análise de Balanço para planejamento estratégico. 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