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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP EAD GESTÃO DE SEGURANÇA PRIVADA RELATÓRIO PIM III 02/2020 DIEGO DE CAMPOS, RA: 2054270; MARCIAL GOMES MATIAS, RA: 2014272; ROBSON PEREIRA, RA: 2029456; VICTOR CERQUEIRA S. DA SILVA, RA: 2005558. ESTATÍSTICA APLICADA, CONTABILIDADE, GERENCIAMENTO DE CRISES E CONTROLE DE RISCOS Salvador – BA 2020 DIEGO DE CAMPOS, RA: 2054270; MARCIAL GOMES MATIAS, RA: 2014272; ROBSON PEREIRA, RA: 2029456; VICTOR CERQUEIRA S. DA SILVA, RA: 2005558. ESTATÍSTICA APLICADA, CONTABILIDADE, GERENCIAMENTO DE CRISES E CONTROLE DE RISCOS Projeto Integrado Multidisciplinar III - PIM III apresentada ao curso de Gestão de Segurança Privada da Universidade Estadual Paulista, como requisito para aprovação na disciplina. Prof. Orientador: Mauro Trubbianelli. Salvador - BA 2020 RESUMO A estatística aplicada é a ciência que analisa e interpreta dados quantitativos a partir de métodos e técnicas desenvolvidas. Já a contabilidade é responsável por analisar o patrimônio das organizações, divulgando informações relevantes à diversos agente, internos ou externos. Enquanto a gestão e os fundamentos da qualidade buscam implantar ferramentas de melhorias contínuas, o que contribui significativamente com empresas e indivíduos. O presente estudo tem como objetivo principal analisar a estatística aplicada, a contabilidade e os fundamentos da qualidade, verificando a sua contribuição para as empresas, com foco na empresa Dubbai Segurança e Vigilância Eireli. Para cumprir tal objetivo, utilizou-se de pesquisas bibliográficas, em materiais já publicados (artigos, revistas, livros e teses) nacionais e internacionais, que permitam uma aquisição de um conhecimento suficiente, juntamente com o levantamento de dados e informações que auxiliaram na argumentação, para que seja desenvolvido o tema proposto. Através de uma análise crítica de tudo o que pode ser verificado, com um olhar atento sobre todas as informações e dados colhidos, será feito o capitulo de consideração finais, na qual constará os principais pontos que puderam ser observados com o estudo. Palavras-Chaves: Estatística aplicada; Contabilidade; Fundamentos da Qualidade; contribuições. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 5 2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 7 2.1 Estatística Aplicada ................................................................................... 7 2.2 Contabilidade ............................................................................................. 9 2.3 Gerenciamento de Crises e Controle de Riscos ...................................... 11 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 14 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15 5 1 INTRODUÇÃO Neste projeto serão apresentados fatos relevantes advindos de um estudo de caso realizado com a empesa Dubbai Segurança e Vigilância Eireli, que está localizada na cidade de São Paulo – SP e está presente no mercado desde 2008, prestando serviços de segurança privada e de monitoramento de sistemas de segurança eletrônico, como escolta, proteção de pessoas e bens, guarda patrimonial, impressão digital, assessoria de segurança industrial e vigilância de propriedades. A empresa utiliza um modelo empresarial embasado na organização da rotina de seus funcionários e colaboradores, definição de objetivos e metas, planejamento e execução das estratégias, redução de custos e prestação de contas em relação às metas traçadas, assim como o bom desenvolvimento das lideranças, atualmente a empresa conta com uma rede de cerca de 700 colaboradores, possuindo plano de carreira para seus funcionários com o objetivo de estimular o bom desempenho pessoal e profissional de cada um. Para a realização desse trabalho realizou-se uma pesquisa quanti-qualitativa na empresa, a fim de obter dados sobre sua estrutura e funcionamento. Após este levantamento foi realizou-se uma pesquisa bibliográfica para contrapor as teorias estudadas nas disciplinas e estabelecer relações com a prática. A Estatística Aplicada, é a ciência que elabora e disponibiliza técnicas e métodos para realizar análises quantitativas. Desde a antiguidade, os dados numéricos já eram utilizados pelos indivíduos para manter o controle sobre determinadas situações, como nascimentos, mortes, etc. E atualmente, no mundo globalizado, seu uso tem sido cada vez mais frequente por pessoas e empresas (MILAN, 2011). Já a Contabilidade pode ser definida como uma ciência aplicada na área social que busca analisar o patrimônio da empresas, divulgando informações úteis à diversos agentes, internos e externos, e auxiliando no controle interno organizacional (MAHLE; SANTANA, 2009). No que diz respeito à gestão da qualidade, verifica-se que a mesma é responsável pela busca por melhorias contínuas que possam aumentar a satisfação 6 dos consumidores, reduzir custos, minimizando desperdícios etc. (OLIVEIRA, 2012). A aplicação de seus fundamentos inicia-se efetivamente no Brasil, na década de 1990 (VALLS; VERGUEIRO, 2006). Tais áreas são de grande importância para as empresas e para a sociedade como um todo, tendo em vista que disponibilizam informações bastante relevantes e auxiliam fortemente no processo de tomada de decisão, bem como auxiliam na elaboração de ações que possam maximizar a qualidade de produtos, serviços e processos produtivos. O presente estudo tem como objetivo principal analisar a estatística aplicada, a contabilidade e os fundamentos da qualidade, verificando a sua contribuição para as empresas e a sociedade. Para cumprir tal objetivo, utilizar-se-ão de pesquisas bibliográficas, em materiais já publicados (artigos, revistas, livros e teses) nacionais e internacionais, que permitam uma aquisição de um conhecimento suficiente, juntamente com o levantamento de dados e informações que auxiliarão na argumentação, para que seja desenvolvido o tema proposto. Através de uma análise crítica de tudo o que pode ser verificado, com um olhar atento sobre todas as informações e dados colhidos, será feito o capitulo de consideração finais, na qual constará os principais pontos que puderam ser observados com o estudo. Além da introdução aqui apresentada, o desenvolvimento do trabalho envolverá mais dois capítulos. No segundo capítulo será apresentado o referencial teórico utilizado para o expor os diversos conteúdos que discorrem sobre o assunto e que contribuem com o conhecimento necessário para que se analise o tema proposto. No terceiro capítulo, destacara-se a metodologia utilizada para a realização da análise. Por fim, se apresentará as considerações finais alcançadas através de uma análise crítica de todo o conteúdo apresentado no decorrer do trabalho. 7 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Estatística Aplicada A Estatística pode ser definida como uma ciência que desenvolve e apresenta técnicas e métodos que facilitam a análise de números. Possibilitando a sua transformação em gráficos e tabelas, para facilitar a sua visualização, bem como, quando aplicada com maior complexidade, utiliza os métodos para obter deles informações que podem auxiliar no processo de tomada de decisões (MILAN, 2011). Tem-se então, que a estatística refere-se ao conjunto de técnicas e métodos quantitativos que possibilitam o estudo e a mensuração de diversos fenômenos coletivos. Tendo como preocupação principal, o levantamento,a organização, a apresentação, a análise e a interpretação das informações (FALCO, 2008). Reis et al (2015, p. 21) destaca sobre a importância da estatística para a sociedade como um todo. Existem duas boas razões para se saber Estatística. Primeiro, qualquer cidadão está diariamente exposto a um enorme conjunto de informações resultantes de estudos sociológicos e de mercado ou económicos, de sondagens políticas ou mesmo de pesquisa científica. Muitos destes resultados baseiam-se em inquéritos por amostragem. [...] Se, para muitos, a necessidade de saber Estatística advém do facto de serem cidadãos do mundo, para alguns essa necessidade é acrescida por uma atividade profissional que requer a utilização de métodos estatísticos de recolha, análise e interpretação de dados. E esta é a segunda razão para se estudar Estatística (REIS et al, 2015). Verifica-se que na antiguidade, diversos povos tinham o hábito de registrar informações sobre o seu cotidiano, como por exemplo: a quantidade de habitantes, de nascimentos e mortes, de riquezas sociais, etc., juntando dados numéricos por processos, o que poderia ser chamado também de estatística. Na idade média, tal área quantitativa também foi bastante relevante para a tributação dos indivíduos e para o controle bélico. Atualmente, no mundo globalizado, as informações numéricas têm sido amplamente utilizadas por cidadãos e empresas (MILAN, 2011). O uso da estatística aplicada pode se dar, independentemente da área, com três objetivos: 1- entender e descrever as características e relações entre populações distintas; 2- dar apoio para o processo de tomada de decisão de modo que o mesmo 8 se dê com uma certeza maior; e 3- demonstrar pontos que necessitam de mudança (REIS et al, 2015). Falco (2008, p. 13) destaca sobre a relação da estatística com as outras ciências: O relacionamento da Estatística com as demais ciências é cada vez mais intenso. Veja, por exemplo, que a estatística auxilia a Genética, nas questões de hereditariedade; é valiosa na Economia, na análise da produtividade, da rentabilidade, nos estudos de viabilidade; é básica para as Ciências Sociais, nas pesquisas sócio-econômicas; é de aplicação intensa na Engenharia Industrial, no controle de qualidade, na comparação de fabricações; é indispensável à Administração, à Programação, à Medicina, à Psicologia, à História, e, de forma direta ou indireta, às demais atividades (FALCO, 2008). Para que o método estatístico obtenha a eficiência esperada na resolução de problemas, deve-se seguir alguns passos: 1- Determinar corretamente o problema que será tratado na análise; 2- Levantar os dados necessários e que são relevantes para o estudo de tal problema, em tempo útil e da maneira mais completa possível; 3- Fazer a organização e classificação dos dados; 4- Realizar a análise das informações levantadas e apresentar os resultados, verificando as relações, as hipóteses, determinas modelos, etc.; 5- Utilizar como base o estudo realizado para tomar a decisão correta (REIS et al, 2015). Falco (2008, p. 16) destaca sobre as subdivisões da estatística aplicada e sobre suas características: Estatística Descritiva - é aquela que se preocupa com a coleta, organização, classificação, apresentação, interpretação e análise de dados referentes ao fenômeno através de gráficos e tabelas, além de calcular medidas que permitam descrever o fenômeno. Estatística indutiva - é aquela que partindo de uma amostra, estabelece hipóteses, tira conclusões sobre a população de origem e que formula previsões, fundamentando-se na teoria das probabilidades. A estatística indutiva cuida da análise e interpretação dos dados. O processo de generalização do método indutivo está associado a uma margem de incerteza. Isto se deve ao fato de que a conclusão que se pretende obter para o conjunto de todos os indivíduos analisados quanto a determinadas características comuns baseia-se em uma parcela do total de observações (FALCO, 2008). Se tratando de uma empresa de prestação de serviços a estatística é muito utilizada na realização de levantamentos sobre a venda de serviços, receitas, custos com funcionários, inventários e folhas de pagamentos, sendo muito importante para acompanhar o desempenho da empresa e saber se a mesma está crescendo de acordo com o esperado. A estatística, para uma empresa de segurança privada, 9 também pode ser utilizada para realização de levantamento e controle do número de seguranças/vigilantes mortos ou feridos, no entanto a empresa estudada não realiza esse monitoramento. 2.2 Contabilidade Em linhas gerais a contabilidade pode ser definida como a ciência social que possui como objeto de estudo o patrimônio, que segundo Santos (2020), refere-se ao conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa, buscando fornecer e compreender informações, tanto físicas quanto monetárias sobre o patrimônio da entidade. Para cumprir com tais objetivos a contabilidade possui diferentes métodos, todos cumpridos pela instituição estudada, o primeiro se refere à elaboração de relatórios financeiros e econômicos da empresa a fim de sintetizar informações úteis; o segundo constitui-se da realização de processos que assegurem que a empresa está agindo de acordo com as políticas previamente estabelecidas; e o terceiro baseia-se no registro, análise e classificação de informações econômicas e financeiras que ocorrem na empresa (SANTOS, 2020). A Contabilidade fornece suporte ao controle de uma empresa, sendo ferramenta de grande importância no processo de tomada de decisão. Ou seja, a mesma busca divulgar o máximo de informações úteis que darão suporte às decisões que permearam o negócio. Quando a mesma é aplicada de maneira eficiente nas empresas, torna-se ferramenta bastante relevante. Com o tempo, estabeleceu-se um movimento em torno de tornar o trabalho contábil mais informatizado, de modo que se consiga facilitar o acesso a essas informações por parte do usuário (MAHLE; SANTANA, 2009). Sobre o papel da profissional que atua na contabilidade, os autores ainda destacam que: O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio [...] As variações patrimoniais ocorridas na entidade são contabilizadas e analisadas pelo profissional e demonstradas à seus usuários através dos relatórios obrigatórios e acessórios. As principais finalidades da contabilidade são: controle e planejamento [...]O contabilista, portanto, fornece informações sobre a situação patrimonial, para que a empresa possa, através do controle, verificar se está agindo em conformidade aos planos e políticas traçadas, e com o planejamento decidir o caminho a ser percorrido no futuro (MAHLE; SANTANA, 2009). 10 Segundo Hall (2013) a informação contábil deve servir como meio de definir as decisões dos microempresários, de modo que seja feito uma distribuição prudente dos recursos da empresa. Assim, ainda segundo Hall (2013): A Contabilidade deve ter como características de gerar informação que possam ser úteis a administração tomar decisões, nesse aspecto deve ter ser útil, oportuna, clara, íntegra, relevante, flexível, completa e preditiva possibilitando fornecer indicadores de tendências, sendo assim ser possível estar direcionada à gerência do negócio (HALL, 2013). Os Princípios Fundamentais da Contabilidade, que foram observados na prática na empresa foco deste estudo, devem obrigatoriamente ser colocados em prática pelos contadores. Eles representam a essência das teorias e doutrinas dessa ciência. Os mesmo serão pontuados e descritos a seguir: 1- O princípio da Entidade: refere-se a necessidade de diferenciar o patrimônio da pessoa física com o da pessoa jurídica, não devendo-se confundir tais patrimônios; 2- O princípio da Continuidade: que diz respeito à perspectiva de vida ou possibilidade de vida da organização, considerandotal data para classificar e avaliar as mudanças patrimoniais, na qualidade e quantidade; 3- O princípio da oportunidade: que constitui-se da manutenção de registro e alterações integras, determinando a sua extensão correta e expondo-o imediatamente; 4- O princípio do Registro pelo Valor Original: que determina que todas as transações devem ser registradas pelos seus valores originais, ou seja, pelo valor atual da moeda do país; 5- O princípio da Atualização Monetária: que refere-se ao ajustamento do valor dos componentes do patrimônio de acordo com a variação do valor da moeda nacional; 6- O princípio da Competência: que diz respeito à obrigatoriedade de se registrar todas as despesas e receitas na apuração dos resultados de uma organização, independentemente dessas terem sido pagas ou recebidas; 11 7- O princípio da Prudência: que diz respeito à adoção do menor valor para os elementos que compõem o ativo e do maior valor para os elementos que compõem o passivo (CONSELHO FEDERAL DA CONTABILIDADE, 2008). Com base nesses princípios e sua observação no dia a dia da prestadora de serviços Dubbai, podemos afirmar que a gerência desta empresa é capacitada e está atrelada ao conhecimento contábil, os quais são fatores cruciais na boa gestão de uma empresa, independentemente de seu porte. O balanço patrimonial é uma das faces mais importantes da contabilidade, pois é ele que define a situação econômica e financeira da empresa através dos conceitos de ativo e passivo. O ativo representa os bens e direitos da empresa, como saldo em caixa, estoques, contas a receber, veículos, maquinas e imóveis. Já o passivo representa os compromissos da empresa com funcionários e fornecedores, por exemplo. Como exemplos mais comuns de passivos temos os empréstimos, financiamentos, dividendos e impostos (SANTOS, 2020). Dentre os principais impostos recolhidos pela empresa Dubbai de segurança privada podemos citar a Contribuição para o Financiamento e Seguridade Social (COFINS), a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). 2.3 Gerenciamento de Crises e Controle de Riscos De acordo com o dicionário brasileiro da língua portuguesa, Michaelis, a palavra crise vem do grego krisis e possui diferentes significados, mas em linhas gerais pode ser descrito como um momento de alteração súbita de um estado ou condição que nos leva a tomada de decisões (DICIONÁRIO MICHAELIS; ESPUNY, 2020). De acordo com Espuny (2020) para um dado acontecimento ser considerado crise ele deve, além de ocorrer de forma abrupta e requerer uma rápida resposta, exigir diferentes estratégias e abordagens para que seja solucionado, caso o problema seja resolvido sem que a empresa adote procedimentos diferentes daqueles já estabelecidos, então a situação não é considerada uma crise (ESPUNY, 2020). 12 Existem diferentes tipos de crises que podem afetar uma instituição. A mais comum dentre elas é a crise econômica causada, principalmente, pela queda nas vendas e acaba acarretando na crise financeira, na qual não é possível cumprir com o compromisso com os credores devido à falta de recursos financeiros. Além destes casos, se a crise na instituição envolver vários setores e houver comprometimento em diferentes âmbitos, pode-se falar então de uma crise patrimonial (ESPUNY, 2020). Apesar de não estarmos familiarizados com a definição formal, é evidente que todos temos uma concepção inata do que é risco, devido ao fato do mesmo estar presente em nosso cotidiano e que nunca pode ser eliminado. Diariamente lidamos com riscos pessoais, que talvez possam modular o nosso comportamento. De modo geral, pode-se afirmar que a maioria das decisões que tomamos todos os dias, são instantâneas e automáticas, fundamentadas por anos de experiências acumuladas que está marcado em nossa mente subconsciente. Conceitualmente, o risco aparece na literatura como algo que está ligado às nossas decisões futuras, onde a oportunidade em “avançar” não pode ser executada sem uma prévia análise dos riscos. Rosa (2004 p.5) coloca que “Risco não é um problema, mas sim algo que é essencial para progredir e cuja falha é frequentemente uma parte chave da aprendizagem, (...) todos nós devemos aprender a ponderar as consequências negativas do risco, face aos benefícios potenciais das oportunidades que lhe estão associadas” A definição de risco tende a variar de acordo com o autor e com o contexto em que se insere, entretanto a grande maioria das definições decompõe o risco em causa e efeito. A causa tem associada a si uma probabilidade de ocorrência, e o efeito prevê a dimensão do impacto. Ao pé da letra, podemos definir risco como a possibilidade de uma perda, ou dano, desvantagem ou destruição. Assim, está intrínseco no conceito a “possibilidade” que, embora seja incerta é previsível (ROSA, 2004) Podemos notar que o próprio conceito de risco traz consigo a ideia intrínseca de estatística, quando se diz “probabilidade”, ou “possibilidade”, reforçando a ideia de que, algo ser provável envolve um conceito estatístico (probabilidade), que está velado pela convicção conceitual que temos acerca do risco. Além da probabilidade, o conceito de risco também carrega outra premissa fortemente associada, que se trata de perigo. Seja ele qual for, bem como sua dimensão, o risco sempre está relacionado com um “perigo provável”. 13 Santos (2016) aponta que “A probabilidade é uma importante ferramenta estatística visto que é utilizada na maioria das empresas. Ela proporciona maior assertividade nas escolhas feitas pela empresa, já que mostra quantitativamente a chance de acontecer ou não um evento, que seria o resultado esperado (...)” Sendo assim, esse ato de influenciar na tomada de decisões, coloca o uso da estatística em favor da análise de risco, no sentido de que a probabilidade de sucesso, minimiza o risco; assim como a probabilidade de insucesso aumenta o risco, o que muitas vezes inviabiliza a decisão assertiva. Os principais riscos da atividade da empresa Dubbai de segurança privada são despesas fixas emergenciais, incêndios, danos elétricos, acidentes com a frota de veículos, ressarcimentos em casos de perdas, catástrofes naturais, fraudes contábeis e crises financeiras. Nessa perspectiva, cabe analisar os fatores de modo que se consiga tomar uma decisão parcimoniosa. A decisão parcimoniosa considera sim o risco, entretanto o bônus em caso de sucesso (mesmo que menos provável), supera o ônus no caso de insucesso. Nessa perspectiva, estatisticamente a decisão não se faz coerente, assim ingressamos em outro paradigma conceitual da “Análise”, “Avaliação” e “Gestão de risco”. Brown (1999 p.1) defende que “Análise de Riscos: é um estudo de identificação, avaliação e recomendações aplicado para quaisquer atividades que possam gerar riscos”. Assim, a análise de riscos se dá no âmbito estatístico e teórico, baseado em ocorrências passadas para compor uma análise detalhada. Nessa perspectiva, pode-se notar que o insucesso pode ocorrer e com determinada probabilidade, sem levar em consideração quais as consequências do insucesso. Já o conceito de avaliação de riscos, se torna mais abrangente. Brown (1999 p.1) postula que Avaliação de riscos “é o estudo que utiliza técnicas experimentais e/ou modelos matemáticos com a finalidade de prever quantitativamente as frequências de ocorrências e as respectivas consequências do potencial de risco” Já para Bertolo (2010 p.5) análise de risco pode ser definida como: “simulação probabilística baseada na técnica de simulação de Monte Carlo é a metodologia pela qual a incertezaenvolvendo as principais variáveis projetadas num modelo de previsão é processada para estimar o impacto do risco sobre os resultados projetados. (...) Durante o processo de simulação, 14 cenários sucessivos são construídos usando valores de entrada para as variáveis incertas principais do projeto que foram selecionadas das distribuições de probabilidades de valores múltiplos.” Em contradição com Brown, Bertolo considera que a análise de risco pode sim estimar o impacto do risco sobre os resultados, sendo segundo este autor, conceitos únicos (análise e avaliação de risco). Essas simulações são controladas de tal forma que a seleção aleatória da distribuição de probabilidade não desrespeite as relações baseadas em dados estatísticos, e leve em consideração as variáveis do projeto. Os resultados são coletados e analisados de tal forma que se possa chegar a uma distribuição de probabilidade dos resultados potencialmente confiáveis. Apesar de sua importância já demonstrada nos parágrafos anteriores, a empresa Dubbai de segurança não possui um comitê e gabinete de gerenciamento de crises, o que pode ser considerado um ponto negativo considerando os riscos às quais a empresa está submetida. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo alcançou com sucesso seu objetivo principal de analisar a estatística aplicada, a contabilidade e o gerenciamento de riscos, e expor a sua contribuição para as empresas e a sociedade. Apresentando o conceito de cada uma dessas áreas, sua importância e contribuições. Verifica-se que a estatística aplicada está presenta na humanidade desde a antiguidade, quando ainda não era reconhecida como ciência, auxiliando no controle populacional, de pagamento de impostos, etc. A mesma é de grande importância por fornecer dados bastante relevantes, interpretar e comparar diferentes populações, entre outros. A contabilidade é responsável por analisar o patrimônio das organizações e disponibilizar informações a esse respeito, ampliando o conhecimento de agentes internos e externos da instituição. Acerca do conceito de risco, foi possível notar que a literatura diverge muito ao mencionar uma definição padrão, entretanto o conceito em si está fortemente inserido em nossas vidas. O risco carrega intrínseco consigo o conceito de estatística, no sentido de significar a probabilidade de fracasso. 15 Fazer uma análise de risco, nada mais é do que utilizar o cálculo estatístico para que se possa prever a probabilidade de fracasso. Embora alguns autores defendam que a análise de risco seja apenas uma medida teórica e matemática, outros defendem que além da previsão de fracasso, a análise ainda leva em consideração o impacto que o mesmo possa causar em uma empresa, por exemplo. Todas as três áreas de conhecimento são fundamentais à empresas e aos indivíduos, sobretudo no que diz respeito ao processo de tomada de decisões, fazendo com que a mesma se dê da maneira mais correta possível, tendo em vista que elas ampliam o conhecimento. Além disso, as duas primeiras áreas, contabilidade e a estatística aplicada são essenciais à gestão da qualidade pois auxiliam a detectar os pontos de melhorias para os quais deve-se elaborar planos de ações de melhorias contínuas. REFERÊNCIAS CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (2008). Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade: auditoria e perícia/ Conselho Federal de Contabilidade. – 3. ed. - Brasília: CFC. CRISE. In: MICHAELIS dicionário brasileiro da língua portuguesa. Melhoramentos. 2015. Espuny, H. G. Gerenciamento de crises e controle de riscos. Sol. São Paulo, 2020. FALCO, J. G. Estatística aplicada. Cuiabá: EdUFMT; Curitiba: UFPR, 2008. HALL, Rosemar José et al. Contabilidade como uma ferramenta da gestão: um estudo em micro e pequenas empresas do ramo de comércio de dourados. Revista da Micro e Pequena Empresa, v. 6, n. 3, p. 4-17, 2013. MAHLE, M. M.; SANTANA, A. F. B. S. Sistema Público de Escrituração Digital – Sped: um estudo nos escritórios de contabilidade no município de Pinhalzinho/SC. Revista Catarinense da Ciência Contábil – CRCSC, Florianópolis, v. 8, n. 23, p.73-92, abr./jul., 2009. 16 NASCIMENTO, A. P.; OLIVEIRA, M. P. V.; LADEIRA, M. B.; FILHO, H. Z. Pontos de transição: a escalada rumo à maturidade de Sistemas de Gestão da Qualidade. Gestão e Produção, São Carlos, v. 23, n. 2, p. 250-266, 2016. MILAN, L. A. Estatística Aplicada. São Carlos: Coleção UAB- UFSCar, 2011. OLIVEIRA, P. D. F. G. Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade. (Dissertação de Mestrado) Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2012. REIS, E.; MELO, P.; ANDRADE, R.; CALAPEZ, T. Estatística Aplicada - Vol. 1. 6ª Edição, Lisboa: Edições Sílabo, Lda, set. 2015. VALLS, V. M.; VERGUEIRO, W. C. S. A gestão da qualidade em serviços de informação no Brasil: uma nova revisão de literatura, de 1997 a 2006. Perspectiva em ciência da informação, Belo Horizonte, v. 11 n. 1, p. 118-137, jan./abr. 2006. ROSA, Manuel. Análise de Risco. 2004. SANTOS, Bruna Maria dos. et al. A Importância e o uso da Estatística na Área Empresarial: uma pesquisa de campo com empresas do município de Elói Mendes – MG. XIII Simpósio de Excelência em gestão e tecnologia. 2016. SANTOS, E. M. Contabilidade. Sol. São Paulo, 2020.
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