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Anatomia e Fisiologia Humana - Copia

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Apostila Completa do site de Anatomia mais visitado do país 
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AULA DE ANATOMIA .::. Webpage www.auladeanatomia.com 
AULA DE ANATOMIA .::. Webpage E-mail: jonas@auladeanatomia.com 
HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
 
"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi 
sobre o cadáver desconhecido, 
lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas 
almas, 
cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela 
que em seu seio o agasalhou. 
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos 
jovens. 
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um 
amanhã feliz e 
sentiu saudades dos outros que partiram. 
Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse 
derramado uma lágrima sequer, 
sem que tivesse uma só prece. 
Seu nome, só Deus sabe. 
Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza 
de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou 
indiferente" 
(Rokitansky, 1876) 
 
 
O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo 
no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo 
depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia 
sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se 
referiu aos paradigmas, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No 
século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas 
descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram 
dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de 
novo proibida por razões éticas e religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano 
continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através das dissecações em animais. No 
século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os resultados 
obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram 
inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno 
desenvolveu assim mesmo a doutrina da "causa final", um sistema teológico que requeria que 
todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. 
Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as 
"séries de cinco figuras" medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são 
provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas 
numa posição semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se 
agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais masculinos ou 
femininos. Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações 
de esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico 
ou simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma. 
Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que 
intelectuais. A guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar 
os corpos dos mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as 
distâncias maiores como as Cruzadas introduziram a prática de "cocção dos ossos". A bula 
pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram 
equivocadamente proibir a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais 
importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões 
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essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou 
elucidar a natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. 
O verbo "dissecar" era usado também para descrever a operação cesariana cada vez 
mais freqüente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As 
ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada 
e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros, tanto de conceito como 
de técnica. As coisas "eram vistas" tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas 
como um curto-circuito do próprio método de estudo. 
 
 
A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa 
época era relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a 
sangria. Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as 
figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes. 
O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a obra de 
Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em Banberg depois de 1460 e suas 
ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu 
Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros 
animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras pertencentes a livros 
sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são 
dificilmente identificáveis. 
Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa 
no começo do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição 
manuscrita consistente em copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo 
primário. Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado para o homem era o mundo 
natural e não a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado 
inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, 
prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no desenvolvimento 
da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No começo os 
editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer 
grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a 
importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir 
exatamente reproduções pictórica, daquilo que se observava, constituiu a característica distinta 
de várias disciplinas científicas, que descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de 
uma metodologia, que foi descritiva no princípio e experimental mais tarde. 
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As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita 
medieval. O Fasciculus medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos 
destinada aos médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira (1491) utilizou-
se a xilografia pela primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam 
corpos humanos mostrando os pontos de sangria, e linhas que unem a figura às 
explicações impressas nas margens. As dissecações foram desenhadas de uma forma 
primitiva e pouco realista. 
Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de 
Hieronymous Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações 
descritivas. O capítulo final de uma obra de Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa 
breve anatomia do corpo humano como um todo, mas as onze gravuras de madeira que 
inclui são algo mais que representações esquemáticas posteriores dos árabes. Na 
Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525), que é uma enciclopédiade todas 
as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais gravuras em madeira e 
as vísceras abdominais são representadas de modo realista. 
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Além desses textos anatômicos destinados especificamente aos estudantes de medicina 
e aos médicos, foram impressas muitas outras páginas com figuras anatômicas, intituladas não em 
latim (como todas as obras para médicos), mas sim em várias línguas vulgares. Houve um grande 
interesse, por exemplo, na concepção e na formação do feto humano. O uso freqüente da frase 
"conhece-te a ti mesmo" fala da orientação filosófica e essencialmente não médica. A "Dança da 
Morte" chegou a ser um tema muito popular, sobretudo nos países de língua germânica, após a 
Peste Negra e surpreendentemente, as representações dos esqueletos e da anatomia humana 
dos artistas que as desenharam são melhores que as dos anatomistas. 
Os artistas renascentistas do século XV se interessavam cada vez mais pelas formas 
humanas, e o estudo da anatomia fez parte necessária da formação dos artistas jovens, 
sobretudo no norte da Itália. 
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do 
ponto de vista meramente pictórico. Fez preparações que logo desenhou, das quais são 
conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os músculos, os nervos e os vasos. As 
ilustrações foram completadas muitas vezes com anotações do tipo fisiológico. A precisão de 
Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística permanece inalterada. Sua valorização 
correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos. 
Representou corretamente a posição do fetus in utero e foi o primeiro a assinalar algumas 
estruturas anatômicas conhecidas. Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem 
dúvida, não foram publicados até o final do século passado. 
 
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Michelangelo Buonarotti (1475-1564) passou pelo menos vinte anos adquirindo 
conhecimentos anatômicos através das dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no 
convento de Santo Espírito de Florença. Posteriormente expôs a evolução a que esteve sujeito, ao 
considerar a anatomia pouco útil para o artista até pensar que encerrava um interesse por si 
mesma, ainda que sempre subordinada à arte. 
Albrecht Dürer (1471-1528) escreveu obras de matemática, destilação, hidráulica e 
anatomia. Seu tratado sobre as proporções do corpo humano foi publicado após sua morte. Sua 
preocupação pela anatomia humana era inteiramente estética, derivando em último extremo um 
interesse pelos cânones clássicos, através dos quais podia adquirir-se a beleza. 
Com a importante exceção de Leonardo, cujos desenhos não estiveram ao alcance dos 
anatomistas do século XVII, o artista do Renascimento era anatomista só de maneira secundária. 
Ainda foram feitas importantes contribuições na representação realista da forma humana (como 
o uso da perspectiva e do sombreado para sugerir profundidade e tridimensionalidade), e os 
verdadeiros avanços científicos exigiam a colaboração de anatomistas profissionais e de artistas. 
Quando os anatomistas puderam representar de modo realista os conhecimentos anatômicos 
corretos, se iniciou em toda Europa um período de intensa investigação, sobretudo no norte da 
Itália e no sul da Alemanha. O melhor representante deste grupo é Jacob Berengario da Capri 
(+1530), autor dos Commentaria super anatomica mundini (1521), que contém as primeiras 
ilustrações anatômicas tomadas do natural. Em 1536, Cratander publicou em Basiléia uma edição 
das obras de Galeno, que incluía figuras, especialmente de osteologia, feitas de um modo muito 
realista. A partir de uma data tão cedo como 1532, Charles Estienne preparou em Paris uma obra 
em que ressaltava a completa representação pictórica do corpo humano. 
 
VESÁLIO 
 
Uma das primeiras e mais acertada 
solução para uma reprodução perfeita das 
representações gráficas foi encontrada nas 
ilustrações publicadas nos tratados anatômicos de 
Andrés Vesálio (1514-1564), que culminou com seu 
De humanis corpori, fabricada em 1453, um dos 
livros mais importantes da história do homem. 
Vesálio comprovou também que não são iguais 
em todos os indivíduos. Relatou sua surpresa ao 
encontrar inúmeros erros nas obras de Galeno, e 
temos que ressaltar a importância de sua negativa 
em aceitar algo só por tê-lo encontrado nos 
escritos do grande médico grego. Sem dúvida, 
apesar de ter desmentido a existência dos orifícios 
que Galeno afirmava existir comunicando as 
cavidades cardíacas, foi de todas as maneiras um 
seguidor da fisiologia galênica. Foram 
engrandecidas as diferenças que separavam seu 
conhecimento anatômico do de Galeno, 
começando pelo próprio Vesálio. 
 
Talvez pensasse que uma polêmica era um modo de chamar atenção. Manteve depois 
uma disputa acirrada com seu mestre Jacques du Bois (ou Sylvius, na forma latina), que foi um 
convencido galenista cuja única resposta, ante as diferenças entre algumas estruturas tal como 
eram vistas por Vesálio e como as havia descrito Galeno, foi que a humanidade devia tê-lo 
mudado durante esses dois séculos. 
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Vesálio tinha atribuído o traçado das primeiras figuras a um certo Fleming, mas na 
Fabrica não confiou em ninguém, e a identidade do artista ou artistas que colaboraram na sua 
obra tem sido objeto de grande controvérsia, que se acentuou ante a questão de quem é mais 
importante, se o artista ou o anatomista. Essa última foi uma discussão não pertinente, já que é 
óbvio que as ilustrações são importantes precisamente porque juntam uma combinação de arte 
e ciência, uma colaboração entre o artista e o anatomista. As figuras da Fabrica implicam em 
tantos conhecimentos anatômicos que forçosamente Vesálio devia participar na preparação dos 
desenhos, ainda que o grau de refinamento e do conhecimento de técnicas novas de desenho, 
também para os artistas do Renascimento, excluem também que fora o único responsável. Até 
hoje é discutido se Jan Stephan van Calcar (1499-1456/50), que fez as primeiras figuras e trabalhou 
no estúdio de Ticiano na vizinha Veneza, era o artista. De qualquer maneira, havia-se encontrado 
uma solução na busca de uma expressão pictórica adequada aos fenômenos naturais. 
No século XVII foram efetuadas notáveis descobertas no campo da anatomia e da 
fisiologia humana. Francis Glisson (1597-1677) descreveu em detalhes o fígado, o estômago e o 
intestino. Apesar de seus pontos de vista sobre a biologia serem basicamente aristotélicos, teve 
também concepções modernas, como a que se refere aos impulsos nervosos responsáveis pelo 
esvaziamento da vesícula biliar. 
Thomas Wharton (1614-1673) deu um grande passo ao ultrapassar a velha e comum idéia 
de que o cérebro era uma glândula que secretava muco (sem dúvida, continuou acreditando 
que as lágrimas se originavam ali). Wharton descreveu as características diferenciais das glândulas 
digestivas, linfáticas e sexuais. O conduto de evacuação da glândula salivar submandibular 
conhece-se como conduto de Wharton. Uma importante contribuição foi distinguir entre 
glândulas de secreção interna (chamadas hoje endócrinas), cujo produto cai no sangue, e as 
glândulas de secreção externa (exócrinas), que descarregam nas cavidades. 
Niels Steenson, em 1611, estabeleceu a diferença entre esse tipo de glândula e os 
nódulos linfáticos (que recebiam o nome de glândula apesarde não fazer parte do sistema). 
Considerava que as lágrimas provinham do cérebro. A nova concepção dos sistemas de 
transporte do organismo que se obteve graças às contribuições de muitos investigadores ajudou a 
resolver os erros da fisiologia galênica referentes à produção de sangue. 
 
 
Gasparo Aselli (1581-1626) descobriu que após a ingestão abundante de comida o 
peritônio e o intestino de um cachorro se cobriam de umas fibras brancas que, ao serem 
seccionadas, extravasavam um líquido esbranquiçado. Tratava-se dos capilares quilíferos. Até a 
época de Harvey se pensava que a respiração estimulava o coração para produzir espíritos vitais 
no ventrículo direito. Harvey, porém, demonstrou que o sangue nos pulmões mudava de venoso 
para arterial, mas desconhecia as bases desta transformação. A explicação da função 
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respiratória levou muitos anos, mas durante o século XVII foram dados passos importantes para seu 
esclarecimento. 
Robert Hook (1635-1703) demonstrou que um animal podia sobreviver também sem 
movimento pulmonar se inflássemos ar nos pulmões. 
Richard Lower (1631-1691) foi o primeiro a realizar transfusão direta de sangue, 
demonstrando a diferença de cor entre o sangue arterial e o venoso, a qual se devia ao constato 
com o ar dos pulmões. 
John Mayow (1640-1679) afirmou que a vermelhidão do sangue venoso se devia à 
extração de alguma substância do ar. Chegou à conclusão de que o processo respiratório não 
era mais que um intercâmbio de gases do ar e do sangue; este cedia o espírito nitroaéreo e 
ganhava os vapores produzidos pelo sangue. 
Em 1664 Thomas Willis (1621-1675) publicou De Anatomi Cerebri (ilustrado por Christopher 
Wren e Richard Lower), sem dúvida o compêndio mais detalhado sobre o sistema nervoso. Seus 
estudos anatômicos ligaram seu nome ao círculo das artérias da base do cérebro, ao décimo 
primeiro par craniano e também a um determinado tipo de surdez. Contudo, sua obsessão em 
localizar no nível anatômico os processos mentais o fez chegar a conclusões equívocas; entre 
elas, que o cérebro controlava os movimentos do coração, pulmões, estômago e intestinos e que 
o corpo caloso era assunto da imaginação. 
A partir de então, o desenvolvimento da anatomia acelerou-se. Berengario da Carpi 
estudou o apêndice e o timo, e Bartolomeu Eustáquio os canais auditivos. A nova anatomia do 
Renascimento exigiu a revisão da ciência. O inglês William Harvey, educado em Pádua, combinou 
a tradição anatômica italiana com a ciência experimental que nascia na Inglaterra. Seu livro a 
respeito, publicado em 1628, trata de anatomia e fisiologia. Ao lado de problemas de dissecação 
e descrição de órgãos isolados, estuda a mecânica da circulação do sangue, comparando o 
corpo humano a uma máquina hidráulica. O aperfeiçoamento do microscópio (por 
Leeuwenhoek) ajudou Marcello Malpighi a provar a teoria de Harvey, sobre a circulação do 
sangue, e também a descobrir a estrutura mais íntima de muitos órgãos. Introduzia-se, assim, o 
estudo microscópico da anatomia. Gabriele Aselli punha em evidência os vasos linfáticos; 
Bernardino Genga falava, então, em “anatomia cirúrgica”. 
Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas operatórias levou 
à subdivisão da anatomia, dando-se muita importância à anatomia topográfica. O estudo 
anatômico-clínico do cadáver, como meio mais seguro de estudar as alterações provocadas 
pela doença, foi introduzido por Giovan Battista Morgani. Surgia a anatomia patológica, que 
permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por Rudolf Virchow, e dos agentes 
responsáveis por doenças infecciosas, por Pasteur e Koch. 
Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a bioquímica, a 
microscopia eletônica e positrônica, as técnicas de difração com raios X, aplicadas ao estudo das 
células, estão descrevendo suas estruturas íntimas em nível molecular. 
Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através 
de técnicas de imagem como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia axial 
computadorizada, a tomografia por emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética 
nuclear, a ecografia, a termografia e outras. 
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CONCEITO DE ANATOMIA 
 
 
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e 
microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. 
 
 
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi 
proposto em 1981 pela American Association of Anatomists: 
anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com 
a função e com as modulações de estrutura em resposta a 
fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas 
principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da 
construção dos organismos vivos, a descoberta da base 
estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão 
dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento 
destas. A amplitude da anatomia compreende, em termos 
temporais, desde o estudo das mudanças a longo prazo da 
estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças 
de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e 
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas 
com fases diferentes de atividade funcional normal. 
 
 
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai desde todo um sistema biológico, 
passando por organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e 
macromoléculas. 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). 
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente 
a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos 
desta ciência. 
Seu estudo tem uma longa e interessante história, desde os primórdios da civilização 
humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, 
expandiu-se, ao longo do tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras. 
 
 
 
 
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Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia 
macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento. 
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando 
ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é 
aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de 
instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é 
dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se 
organizam para a formação de órgãos). 
A Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do 
ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do 
desenvolvimento até o nascimento. 
A Anatomia Humana, a Anatomia Vegetal e a Anatomia Comparada também são 
especializações da anatomia. Na anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da 
estrutura de diferentes animais (ou plantas) com o objetivo de verificar as relações entre eles, 
o que pode elucidar sobre aspectos da sua evolução. 
 
 
 
 
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ABORDAGENS ANATÔMICASAs três principais abordagens para estudar anatomia são: regional, sistêmica e clínica. 
a) Anatomia Regional: é o método de estudo do corpo por 
regiões, como o tórax e o abdome. A anatomia de superfície é uma 
parte essencial do estudo da anatomia regional. 
b) Anatomia Sistêmica: é o método de estudo do corpo por 
sistemas, por exemplo, sistema circulatório e reprodutor. 
c) Anatomia Clínica: enfatiza a estrutura e a função à medida 
que se relacionam com a prática da medicina e outras ciências da saúde. 
 
Do ponto de vista médico, a anatomia humana consiste no conhecimento da forma 
exata, posição exata, tamanho e relação entre as várias estruturas do corpo humano, 
enquanto características relacionadas à saúde. Esse tipo de estudo é chamado anatomia 
descritiva ou topográfica. A anatomia topográfica é aprendida através de exercícios repetidos 
de dissecação e inspeção de partes (cádaveres especialmente destinados à pesquisa). 
Do ponto de vista morfológico, a anatomia humana é um estudo científico que tem 
por objetivo descobrir as causas que levaram as estruturas do corpo humano a serem tais 
como são, e para tanto solicita ajuda às ciências conhecidas como embriologia, biologia 
evolutiva, filogenia e histologia. 
Na área médica existe ainda um outro tipo de estudo anatômico, definida como 
anatomia patológica, que é o estudo de órgãos defeituosos ou acometidos por doenças. Já os 
ramos da anatomia normal com aplicações específicas, ou restritas a determinados aspectos, 
recebem nomes como anatomia médica, anatomia cirúgica, anatomia artística, anatomia de 
superfície. 
 
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POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
 
 
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá 
significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e 
regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se 
movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem 
que o corpo como um todo está numa posição específica chamada 
POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem 
seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo 
como se estivesse sempre na posição padronizada. 
O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou 
bípede) com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as 
palmas das mãos voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão 
apontados para frente e o olhar para o horizonte. 
 
 
Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição da posição do corpo, 
quando este não se encontra na posição anatômica. 
POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL – o corpo está deitado com a face voltada 
para cima. 
 
 
POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL – o corpo está deitado com a face voltada 
para baixo. 
 
 
DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de lado. 
 
 
 
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POSIÇÃO DE LITOTOMIA – o corpo está deitado com a face voltada para cima, com 
flexão de 90° de quadril e joelho, expondo o períneo. 
 
 
POSIÇÃO DE TRENDELEMBURG – O corpo está deitado com a face voltada para cima, 
com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
 
 
 
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DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
 
 
Classicamente o corpo humano é dividido 
em: cabeça, pescoço, tronco e membros. 
Cabeça Crânio e face 
Pescoço Pescoço 
Tronco Tórax, abdome e pelve 
Membros 
(Membro 
Superior) 
Ombro, braço, antebraço 
e mão 
Membros 
(Membro Inferior) 
Quadril, coxa, perna e pé 
 
 
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EPÔNIMOS ANATÔMICOS 
 
 
Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Ao conjunto de termos 
empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes dá-se o nome de 
Nomenclatura Anatômica. Com o extraordinário acúmulo de conhecimentos no final do século 
passado, graças aos trabalhos de importantes “escolas anatômicas” (sobretudo na Itália, 
França, Inglaterra e Alemanha), as mesmas estruturas do corpo humano recebiam 
denominações diferentes nestes centros de estudos e pesquisas. 
 
Em razão desta falta de metodologia e de inevitáveis arbitrariedades, mais de 20 000 
termos anatômicos chegaram a ser consignados (hoje reduzidos a poucos mais de 5 000). A 
primeira tentativa de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu 
em 1895. Em sucessivos congressos de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram feitas revisões 
e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficialmente a Nomenclatura Anatômica, 
conhecida sob a sigla de P.N.A. (Paris Nomina Anatomica). 
 
Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto que a nomenclatura 
anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre criticada e modificada, desde que haja 
razões suficientes para as modificações e que estas sejam aprovadas em Congressos 
Internacionais de Anatomia. A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), 
porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. 
 
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que 
não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou 
descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos 
(nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a 
sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as 
suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto 
(artéria radial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial 
dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que 
foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 
 
Abaixo, temos uma lista dos epônimos que foram utilizados para designar elementos 
da anatomia humana. Os epônimos têm somente importância histórica na anatomia. São 
difíceis de memorizar, imprecisos e etnocêntricos. Muitas vezes são redundantes, pois a 
mesma estrutura é renomeada diversas vezes dependendo do país. A tendência é de que os 
epônimos entrem em desuso com o passar dos anos. Para que tenhamos precisão científica e 
universalização é necessário que façamos uso da nomenclatura atual a seguir: 
 
Nome Antigo Nome Atual 
Ângulo de His Incisura Cárdica 
Ângulo de Louis Ângulo do esterno 
Aqueduto de Sylvius Aqueduto do mesencéfalo 
Camada Celular de Purkinje Estrato purkingense 
Canal de Falópio Canal do nervo facial 
Cápsula de Malpighi Cápsula do baço 
Cartilagem de Santorini Papila menor do duodeno 
Círculo de Willis Círculo arterial do cérebro 
Comissura de Meynert Comissura supra-óptica dorsal 
Corpúsculo de Malpighi Polpa esplênica 
Divertículo de Meckel Divertículo ileal 
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Ducto de Bartholin Ducto sublingual maior 
Esfíncter de Oddi M. esfíncter da ampola hepatopancreática 
Fáscia de Camper Fáscia intermédia de revestimento 
Fáscia de Scarpa Estrato membranáceo 
Feixe de His Fascículo atrioventricular 
Feixe de Purkinge Ramos subdendocárdicos 
Fissura de Rolando Sulco central (cérebro) 
Fissura de Sylvius Sulco lateral(cérebro) 
Folículo de Graff Folículo ovárico vesiculoso 
Forame de Luschka Abertura lateral do quarto ventrículo 
Forame de Magendie Abertura mediana do quarto ventrículo 
Forame de Monro Forame interventricular (cérebro) 
Gânglio de Scarpa Gânglio vestibular 
Glândula de Bartolin Glândula vestibular maior 
Glândula de Bowman Glândulas olfatórias 
Glândula de Cowper Glândula bulbouretral 
Ilhotas de Langerhans Olhotas pancreáticas 
Lacunas de Morgagni Lacunas uretrais 
Ligamento de Falópio Ligamento inguinal 
Membrana de Bowman Lâmina limitante anterior (córnea) 
Nervo Vidiano Nervo do canal pterigóideo 
Núcleo de Meynert Núcleo basilar (núcleo olfatório) 
Osso Wormiano Osso sutural 
Pomo de Adão Proeminência laríngea 
Ponte de Varólio Ponte 
Prega de Douglas Prega retouterina 
Pregas haversianas Pregas sinoviais 
Tendão de Aquiles Tendão do calcâneo 
Trato de Arnold Trato frontopontino 
Trompa de Eustáquio Tuba auditiva 
Trompa de Falópio Tuba uterina 
Veia de Galeno Veia cerebral magna 
Ventrículo de Morgagni Ventrículo da laringe 
 
A lista acima não contém todos os epônimos, apenas alguns mais utilizados. Para ter 
acesso a todos os epônimos, procure um livro de Terminologia Anatômica Internacinal que 
contenha filiação com a FCAT (CFTA) - Federative Committee on Anatomical Terminology 
(Comissão Federativa da Terminologia Anatômica). 
 
 
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NOMENCLATURA ANATÔMICA ATUALIZADA 
 
 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
Nome Antigo Nome Atual 
Parte Membranosa Parte Membranácea 
Orifício Nutrício Forame Nutrício 
Canal Nutritivo Canal Nutrício 
Buraco Forame 
Bordo Margem 
Canal Carotídeo Canal Carótico 
Rochedo do Temporal Parte Petrosa do Temporal 
Vértice Ápice 
Omoplata Escápula 
Cúbito Ulna 
Metacárpico Metacarpal 
Ilíaco Ílio 
Rótula Patela 
Peroneo Fíbula 
Astrágalo Tálus 
 
 
 
SISTEMA ARTICULAR 
Nome Antigo Nome Atual 
Articulação bicondiliana Articulação bicondilar 
Articulação umerocubital Articulação umeroulnar 
Túnel cubital Túnel do carpo 
Prega sinovial infrarotuliana Prega sinovial infrapatelar 
Articulação tibioperoneal Articulação tibiofibular 
Articulação tibiotársica Articulação talocrural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SISTEMA MUSCULAR 
Nome Antigo Nome Atual 
Intersecção tendinosa Intersecção tendínea 
Músculos extrínsecos do globo 
ocular 
Músculos etrínsecos do bulbo do 
olho 
Aponeurose epicraneana Aponeurose epicrânica 
Músculo mentoneano Músculo mentual 
Músculo denteado Músculo serrátil 
Bainha carotídea Bainha carítica 
Músculo iliocostal lombar Músculo iliocostal do dorso 
Músculos rotadores lombares Músculos rotadores do lombo 
Orifício da veia cava Forame da veia cava 
Fáscia subcutânea do abdomen Tela subcutânea do abdome 
Cabeça mesocubital Cabeça umeroulnar 
Músculo semimembranoso Músculo semimembranáceo 
Músculo semitendinoso Músculo semitendíneo 
Músculo peroneal terceiro Músculo fibular terceiro 
Músculo solear Músculo sóleo 
Bolsas subtendinosas Bolsas subtendíneas 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Palatino Palato 
Vértice da cúspide Ápice da cúspide 
Orifício do vértice do dente Forame do ápice do dente 
Ponta da língua Ápice da língua 
Amigdala lingual Tonsila lingual 
Gânglios linfóides Nódulos linfóides 
Fossetas amigdalinas Fóssulas da tonsila 
Gânglios faríngeos Linfonodos faríngeos 
Amigdala tubar Tonsila tubária 
Cólon Colo 
Apêndices epiplóicos do cólon Apêndices adiposos do colo 
Tênia do cólon Tênias do colo 
Linha pectínea Linha pectinada 
Canais biliares interlobares Ductos bilíferos interlobares 
Canal hepático comum Ducto hepático comum 
Canal cístico Ducto cístico 
Canal colédoco Ducto colédoco 
Mesocolen Mesocolo 
Pequeno epiplon Omento menor 
Grande epiplon Omento maior 
Peritonen Peritônio 
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SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Parte membranosa Parte membranácea 
Abertura do canal lacrimal Abertura do ducto lacrimal 
Vértice do pulmão Ápice do pulmão 
Cisura oblíqua Fissura oblíqua 
Recesso costomediastínico Recesso costomediastinal 
 
SISTEMA URINÁRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Orifícios papilares Forames papilares 
Vértice da bexiga Ápice da bexiga 
 
SISTEMA GENITAL 
Nome Antigo Nome Atual 
Corpo amarelo Corpo lúteo 
Trompa de Falópio Tuba uterina 
Vulva Pudendo 
Canal deferente Ducto deferente 
Canal excretor Ducto excretor 
Canal ejaculador Ducto ejaculatório 
Canalículos prostáticos Dúctulos prostáticos 
Fossa isquiorretal Fossa isquioanal 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Nome Antigo Nome Atual 
Artéria nutritiva Artéria nutrícia 
Trabéculas musculares Trabéculas cárneas 
Membrana broncopericardíaca Membrana broncopericárdica 
Canal arterial Ligamento arterial 
Parte basal Parte basilar 
Artéria do uncus Artéria do unco 
Ramos uretrais Ramos uretéricos 
Ramo obturador Ramo obturatório 
Veias mediastínicas Veias mediastinais 
Veia do giro olfactivo Veia do giro olfatório 
Canal torácico Ducto torácico 
Gânglios linfáticos regionais Linfonodos regionais 
Tronco broncomediastínico Tronco broncomediastinal 
 
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SISTEMA LINFÁTICO 
Nome Antigo Nome Atual 
Gânglios linfáticos Linfonodos 
Criptas amigdalinas Criptas tonsilares 
Amigdala palatina Tonsila palatina 
Amigdala tubar Tonsila tubária 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
Nome Antigo Nome Atual 
Fibras nervosas Neurofibras 
Tenda do cerebelo Tentório do cerebelo 
Incisura da tenda Incisura do tentório 
Dilatação cervical Intumescência cervical 
Dilatação lombar Intumescência lombar 
Ligamento denteado Ligamento denticulado 
Vértice Ápice 
Feixe Trato 
Espinhal Espinal 
Pedúnculo cerebeloso Pedúnculo cerebelar 
Núcleo salivar inferior Núcleo salivatório inferior 
Fibras tetopônticas Fibras tetopontinas 
Núcleo salivar Núcleo salivatório 
Plexo coroideo Plexo corióide 
Coluna do fórnix Coluna do fórnice 
Úncus Unco 
Putamen Putame 
Nervo olfactório Nervo olfatório 
Nervo do mento Nervo mentual 
Nervo do músculo do estribo Nervo do músculo estapédio 
Ramo tubar Ramo tubário 
Ramo do seio carotídeo Ramo do seio carótico 
Nervo cubital Nervo ulnar 
Nervo obturador Nervo obturatório 
Nervo peroneal Nervo fibular 
Plexo uretral Plexo uretérico 
 
 
 
 
 
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ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
Nome Antigo Nome Atual 
Borda serreada Ora serrata 
Substância do cristalino Substância da lente 
Cápsula de Tenon Bainha do bulbo 
Ligamento superior do globo ocular Ligamento suspensor do bulbo 
Membfrana do estribo Membrana estapedial 
Músculo do estribo Músculo estapédio 
Glândulas tubares Glândulas tubárias 
Canais semicirculares Ductos semicirculares 
Ouvido interno Orelha interna 
Canalículo gustativo Canalículo gustatório 
 
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PLANOS ANATÔMICOS 
 
 
 
a) Planos Seccionais: quatro planos são fundamentais:1) Plano Mediano: plano vertical que passa longitudinalmente 
através do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. 
Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas é 
desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano mediano é sagital 
por definição. Um plano próximo do mediano é um Plano Paramediano. 
2) Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do 
corpo, paralelos ao plano mediano. 
 
 
 
 
3) Planos Frontais (Coronais): são 
plano verticais que passam através 
do corpo em ângulos retos com o 
plano mediano, dividindo-o em 
partes anterior (frente) e posterior 
(de trás). 
 
4) Planos Transversos (Horizontais): são 
planos que passam através do corpo em 
ângulos retos com os planos coronais e 
mediano. Divide o corpo em partes 
superior e inferior. 
 
 
 
 
 
b) Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, 
esteja dentro de um caixão de vidro. As seis paredes que constituem o caixão representariam 
os planos tangenciais: 
 Plano Superior: seria a parede que está por cima da cabeça 
 Plano Inferior: é o que se situa por baixo dos pés. 
 Plano Anterior: é o plano que passa pela frente do corpo. 
 Plano Posterior: é o que formaria o fundo do caixão, ou seja atrás das costas. 
 
 Planos Laterais: são as duas paredes laterais, que limitam os membros (superiores e 
inferiores), do lado direito e esquerdo. 
 
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TERMOS ANATÔMICOS 
 
 
a) Termos de Relação: 
 
 
 * Anterior / Ventral / Frontal: na direção 
da frente do corpo. 
 * Posterior / Dorsal: na direção das 
costas (traseiro). 
 Exemplo: 
 O osso esterno e as cartilagens costais 
encontram-se anteriormente em relação ao 
coração. Já os grandes vasos e a coluna 
vertebral localizam-se posteriormente em 
relação ao coração. 
 
 
 
 
 
 * Superior / Cranial: na direção da parte 
superior do corpo. 
 * Inferior / Caudal: na direção da parte 
inferior do corpo. 
 Exemplo: 
 Os grandes vasos localizam-se 
superiormente ao coração enquanto que o 
diafragma localiza-se inferiormente ao 
coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 * Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana. 
 * Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana). 
 
 Exemplo: 
 Os ligamentos colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado 
lateralmente enquanto que o ligamento colateral tibial está localizado medialmente, 
ou seja, mais próximo à linha sagital mediana. 
 
 
 
 
Mediano Intermédio Médio 
Exatamente sobre o eixo 
sagital mediano. 
Entre medial e lateral. 
Estrutura ou órgão interposto 
entre um superior e um inferior 
ou entre anterior e posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) Termos de Comparação: 
 
 
 
 * Proximal: próximo da raiz do membro. Na 
direção do tronco. 
 * Distal: afastado da raiz do membro. Longe do 
tronco ou do ponto de inserção. 
 Exemplo: 
 O braço é considerado proximal quando 
comparado ao antebraço (distal), pois está mais 
próximo da raíz de implantação do membro (cintura 
escapular). 
 
 
 
 
 
 * Superficial: significa mais perto da superfície do 
corpo. 
 * Profundo: significa mais afastado da superfície 
do corpo. 
 Exemplo: 
 A pele é uma estrutura superficial comparada às 
arterias ou os ossos que estão localizados mais 
profundamente. No sistema venoso é comum 
utilizarmos esses termos para diferenciar o sistema 
venoso superficial (mais próximo à superfície) do 
sistema venoso profundo (passa mais profundamente 
junto com o sistema arterial). 
 
 
 
 
 
 * Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do 
corpo ou de outra estrutura. 
 * Contralateral: do lado oposto do corpo ou de 
outra estrutura. 
 Exemplo: 
 Se considerarmos a mão direita como referência, 
o membro inferior direito é considerado 
homo/ipsilateral, pois está localizado do mesmo lado. 
Já o membro inferior esquerdo é considerado 
contralateral, pois está localizado no lado oposto à 
mão de referência (mão direita). 
 
 
 
 
 
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c) Termos de Movimento: 
 
 
 * Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo 
entre os ossos ou partes do corpo. 
 * Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo 
entre os ossos ou partes do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 * Adução: movimento na direção do plano mediano em 
um plano coronal. 
 * Abdução: afastar-se do plano mediano no plano 
coronal. 
 
 * Rotação Medial: traz a face anterior de um membro 
para mais perto do plano mediano. 
 * Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do 
plano mediano. 
 
 
 
 * Retrusão: movimento de retração (para trás) como 
ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. 
 * Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como 
ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. 
 
 
 
 
 * Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a 
arcada dentária inferior. 
 * Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido 
súpero-inferior. 
 
 
 * Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o 
ângulo inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se 
caudalmente. 
 * Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual 
o ângulo inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se 
cranialmente. 
 
 
 * Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 * Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
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 * Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 * Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
 
 * Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o 
rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de 
modo que a palma da mão olha posteriormente. e no 
ombro. 
 * Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o 
rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de 
modo que a palma da mão olha anteriormente. e no ombro. 
 
 
 
 * Inversão: movimento da sola do pé em direção ao 
plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele 
também está plantifletido. 
 * Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano 
mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele 
também está dorsifletido. 
 
 
 
 
 * Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na 
articulação do tornozelo, como acontece quando se 
caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
 * Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em 
direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos 
dedos. 
 
 
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QUADRANTES ABDOMINAIS 
 
 
Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, 
os anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da 
seguinte forma: 
 
 
Região 
Abdominopélvica Superior 
Região 
Abdominopélvica Média 
Região 
Abdominopélvica Inferior 
No nível da nona costela 
Entre as nonas costelas e 
os 
ossos do quadril 
No nível superior aos 
ossos do quadril 
Região Hipocondríaca Direita 
Região Epigástrica 
Região Hipocondríaca 
Esquerda 
Região Lateral Direita 
Região Umbilical 
Região Lateral Esquerda 
Região Inguinal Direita 
Região Púbica 
(Hipogástrica) 
Região Inguinal Esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outro modo mais simples de dividir a cavidade abdominopélvica é em Quatro 
Quadrantes. 
Esse método é freqüentemente utilizado para localizar uma dor ou descrever a 
localização de um tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam através do umbigo 
e dividem a região abdominopélvica nos quatro quadrantes seguintes: 
 
 
 
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CONSTITUIÇÃO DO CORPO 
 
 
Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são 
relevantes para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, 
orgânico, sistêmico e organísmico. 
 
 
 
Nível Químico 
Inclui os átomos (menores unidades de matéria que participam de reações 
químicas) e as moléculas (dois ou mais átomos 
ligados entre si). 
Nível Celular 
A união das moléculas formam as células. As células são as unidades 
básicas, estruturais e funcionais do corpo humano. 
Nível Tecidual 
Os tecidos são grupos de células e materiais em torno delas, que 
trabalham juntos para realizar uma determinada função celular. Existem 
quatro tipos básicos de tecidos, em seu corpo: tecido epitelial, conjuntivo, 
muscular e nervoso. 
Nível Orgânico 
Os órgãos são estruturas compostas por dois ou mais tipos de tecido 
diferentes. Eles têm funções específicas e, usualmente, 
têm formas reconhecíveis. 
Nível Sistêmico 
Um sistema consiste em órgãos relacionados que 
têm a mesma função. 
Nível Organísmico 
É o maior nível organizacional. O organismo é um indivíduo vivo. Todas as 
partes do corpo, funcionando umas com as outras, constituem o organismo 
total – uma pessoa viva. 
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SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 
 
Conceito de Sistema Esquelético: 
 
O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. 
Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, 
que unindos-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações 
constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a 
principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras 
colágenas e proteoglicanas). 
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de 
tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do 
esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de 
um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e 
degradando osso velho. 
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, 
cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos 
formadores de sangue. 
Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos 
sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O 
tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem 
drenagem linfática. 
 
 
No interior da matriz óssea existem espaços 
chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas 
osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados 
canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem 
aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma 
rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido 
mineralizado. 
 
Conceito de Cartilagem: É uma forma elástica de 
tecido conectivo semi-rígido - forma partes do esqueleto nas 
quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento 
sangüíneo próprio; conseqüentemente, suas células obtêm 
oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance. 
 
 
 
 
Funções do Sistema Esquelético: 
 Sustentação do organismo (apoio para o corpo) 
 Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro) 
 Base mecânica para o movimento 
 Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo) 
 Hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas) 
 
 
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Número de Ossos do Corpo Humano: 
É clássico admitir o número de 206 ossos. 
 
 
Cabeça = 22 
 Crânio = 08 
 Face = 14 
Pescoço = 8 
Tórax = 37 
 24 costelas 
 12 vértebras 
 1 esterno 
Abdômen = 7 
 5 vértebras lombares 
 1 sacro 
 1 cóccix 
Membro Superior = 32 
 Cintura Escapular = 2 
 Braço = 1 
 Antebraço = 2 
 Mão = 27 
Membro Inferior = 31 
 Cintura Pélvica = 1 
 Coxa = 1 
 Joelho = 1 
 Perna = 2 
 Pé = 26 
Ossículos do Ouvido Médio = 3 
 
 
 
Divisão do Esqueleto: 
Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. 
Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. 
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e 
pélvica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação dos Ossos: 
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: 
 
Ossos Longos 
 
Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por 
um corpo e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que 
lhes garante maior resistência. O osso um pouco encurvado absorve o 
estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal forma que 
há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas diáfises 
formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade 
de tecido ósseo esponjoso em suas epífises. 
 
Exemplo: Fêmur. 
 
 
 
 
Ossos Curtos 
 
 
São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos 
praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso 
esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo 
compacto. 
 
Exemplo:Ossos do Carpo. 
 
 
 
 
 
 
Ossos Laminares (Planos) 
 
 
São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de 
tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os 
ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas 
para inserção de músculos. 
 
Exemplos: Frontal e Parietal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem 
ser distribuído em 5 grupos: 
 
 
Ossos Alongados 
 
 
São ossos longos, porém achatados e não 
apresentam canal central. 
 
Exemplo: Costelas. 
 
 
 
 
 
 
Ossos Pneumáticos 
 
São osso ocos, com cavidades cheias de ar e 
revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno 
peso em relação ao seu volume. 
 
Exemplo: Esfenóide. 
 
 
 
 
Ossos Irregulares 
 
Apresentam formas complexas e não podem ser 
agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem 
quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso 
compacto. 
 
Exemplo: Vértebras. 
 
 
 
 
Ossos Sesamóides 
 
 
Estão presentes no interior de alguns tendões 
em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, 
como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho 
e número, de pessoa para pessoa, não são sempre 
completamente ossificados, normalmente, medem 
apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis 
são as duas patelas, que são grandes ossos sesamóides, 
presentes em quase todos os seres humanos. 
 
 
 
 
 
 
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Ossos Suturais 
 
São pequenos ossos localizados dentro de 
articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do 
crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa. 
 
 
 
 
 
 
Estrutura dos Ossos Longos: 
 
A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é 
responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, 
e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes: 
 
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo 
compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. 
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, 
ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de 
osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem. 
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Configuração Externa dos Ossos: 
 
Saliências Ósseas 
Articulares Não Articulares 
 
- Cabeça 
- Côndilos 
- Facetas 
 
 
 
- Processos 
- Tubérculos 
- Trôcanter 
- Espinha 
- Eminência 
- Lâminas 
- Cristas 
 
 
Cabeça do fêmur (fêmur) Processos transversos e espinhoso (vértebras) 
 
 
Depressões Ósseas 
Articulares Não Articulares 
 
- Cavidades 
- Acetábulo 
- Fóvea 
- Fossas 
- Sulcos 
- Forames 
- Meatos 
- Seios 
- Fissuras 
- Canais 
 
 
Cavidade glenóide (escápula) Fossa do olécrano (úmero) 
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Configuração Interna dos Ossos: 
 
As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular, 
dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e tamanho dos 
espaços que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina superficial de osso compacto 
em torno de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o último é substituído por 
uma cavidade medular. O osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular 
é a substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de acordo com a 
função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso. 
Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e ligamentos, a 
quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do corpo onde ele está sujeito a 
curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez. 
Periósteo e Endósteo: 
O Periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso, muito fibroso, que reveste 
a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, 
exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos 
e contém os vasos sangüíneos que nutrem o osso subjacente. 
 
O Endósteo se encontra no interior da cavidade medular do osso, revestido por tecido 
conjuntivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Ósseo Compacto Tecido Ósseo Esponjoso 
Contém poucos espaços em seus 
componentes rígidos. Dá proteção e 
suporte e resiste às forças produzidas 
pelo peso e movimento. Encontrados 
geralmente nas diáfises. 
Constitui a maior parte do tecido 
ósseo dos ossos curtos, chatos e 
irregulares. A maior parte é 
encontrada nas epifises. 
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OSSOS DA CABEÇA 
 
 
O crânio é o esqueleto da cabeça; vários ossos formam suas duas partes: o 
Neurocrânio e o Esqueleto da Face. O neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as 
meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sangüíneos. O crânio 
possui um teto semelhante a uma abóbada – a calvária – e um assoalho ou base do crânio que 
é composta do etmóide e partes do occipital e do temporal. O esqueleto da face consiste em 
ossos que circundam a boca e o nariz e contribuem para as órbitas. 
 
Neurocrânio 
Oito (08) ossos 
Esqueleto da Face 
Quatorze (14) ossos 
Frontal (01) 
Occipital (01) 
Esfenóide (01) 
Etmóide (01) 
Temporal (02) 
Parietal (02) 
 
Crânio como um Todo 
 
 
Mandíbula (01) 
Vômer (01) 
Zigomático (02) 
Maxila (02) 
Palatino (02) 
Nasal (02) 
Lacrimal (02) 
Concha Nasal Inferior (02) 
 
 
NEUROCRÂNIO 
 
FRONTAL 
 
O osso frontal é um osso largo ou chato, situado para frente e para cima e apresenta 
duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tectos das cavidades orbitais e 
nasais. 
 
Escama 
Face Externa: esta face é convexa e nela encontramos as seguintes estruturas: 
 Borda Supra-Orbital 
 Túber Frontal - 3 centímetros acima da borda supra-orbital 
 Arcos Superciliares - saliências que se estendem lateralmente à glabela 
 Glabela - entre os dois arcos superciliares (ponto antropométrico) 
 Sutura Metópica - encontrada em alguns raros casos e localiza-se logo acima da 
glabela e se estende até o bregma pela linha sagital mediana. Esta sutura, na infância, divide o 
osso em dois, podendo permanecer por toda a vida. 
 Incisura ou Forame Supra-Orbital - passagem de vasos e nervos supra-orbitais 
 Incisura Nasal - intervalo áspero e irregular 
 Espinha Nasal - localiza-se anteriormente e no centro da incisura nasal 
Face Interna: 
 Crista Frontal 
 Forame Cego - localiza-se na terminação da crista frontal e é nele que a dura máter 
se insere 
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Tectos das Cavidades Orbitais e Nasais 
Formam o teto da órbita, a incisura etmoidal (separa as duas lâminas orbitais) e os 
óstios do seio frontal (anteriores a incisura etmoidal). Este seio torna o frontal um osso com 
características de osso pneumático, oco. 
O frontal articula-se com doze ossos: esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais (2), 
maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2). 
 
OCCIPITAL 
É perfurado por uma abertura grande e oval, o forame magno, através do qual a 
cavidade craniana comunica-se com o canal vertebral. Apresenta duas porções: escamosa e 
basilar.a) Escamosa - lâmina curvada que se estende posteriormente ao forame occipital. 
 b) Basilar - anterior ao forame occipital e espessa. 
 
Escamosa 
 
Face Externa: posterior e convexa. Apresenta as seguintes estruturas: 
 Protuberância Occipital Externa - localiza-se entre o ápice do osso e o forame 
magno 
 Crista Occipital Externa 
 Linha Occipital (Nucal) Suprema - local de inserção da gálea aponeurótica. Localiza-
se lateralmente a protuberância occipital externa 
 Linha Occipital (Nucal) Superior - localiza-se abaixo da linha nucal suprema 
 Linha Occipital (Nucal) Inferior - logo abaixo da linha nucal superior 
Face Interna: localiza-se anteriormente. Apresenta as seguintes estruturas: 
 Eminência Cruciforme - divide a face interna em quatro fossas 
 Protuberância Occipital Interna - ponto de intersecção das quatro divisões 
 Sulco Sagital - aloja a porção posterior do seio sagital superior 
 Crista Occipital Interna - porção inferior da eminência cruciforme 
 Sulco do Seio Transverso - lateralmente à protuberância occipital interna 
 Fossas Occipitais Superiores (Cerebrais) 
 Fossas Occipitais Inferiores (Cerebelares) 
Basilar: 
 Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga (tronco 
encefálico - bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, artérias, veias e ligamentos 
Lateral: 
 Côndilos Occipitais - tem forma oval e articulam com a 1ª vértebra cervical (Atlas) 
 Canal do Hipoglosso - pequena escavação na base do côndilo occipital que dá saída 
ao nervo do hipoglosso (12º par craniano) e entrada a um ramo meníngeo da artéria faríngea 
ascendente. 
 Canal Condilar - ao lado do forame magno (dá passagem à veias) 
 Processo Jugular - localizado lateralmente ao côndilo occipital 
O occipital articula-se com seis ossos: parietais (2), temporais (2), esfenóide e atlas. 
 
 
 
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ESFENÓIDE 
 
É um osso irregular, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos temporais 
e à porção basilar do osso occipital. O osso esfenóide é dividido em: corpo (1), asas menores 
(2), asas maiores (2) e processos pterigóideos (2). 
Corpo 
a) Face Superior: 
 Fossa Hipofisária 
 Processos Clinóides Médios e Posteriores 
 Espinha Etmoidal - articula-se com a lâmina crivosa do osso etmóide 
 Sela Túrsica - aloja a hipófise 
 Clivo - apoio da porção superior da ponte 
b) Face Anterior: 
 Crista Esfenoidal - forma parte do septo do nariz 
 Seio Esfenoidal - cavidades preenchidas com ar (osso pneumático) e servem para 
deixar o crânio mais leve. Raramente são simétricas 
c) Face Inferior: 
 Rostro Esfenoidal - espinha triangular na linha mediana 
 Processo Vaginal - de cada lado do rostro esfenoidal 
c) Face Lateral: 
 Sulco Carótido - sulco em forma de "S" 
 Língula - crista óssea no ângulo entre o corpo e a asa maior 
Asas Menores 
 Canal Óptico - passagem do nervo óptico (2º par craniano) e artéria oftalmica 
 Processo Clinóide Anterior 
Asas Maiores 
 Forame Redondo - passagem do nervo maxilar (5º par craniano - nervo trigêmeo) 
 Forame Oval - passagem do nervo mandibular (5º par craniano - nervo trigêmeo) e 
artéria meníngea acessória 
 Forame Espinhoso - passagem de vasos meníngeos médios e a um ramo do nervo 
mandibular 
 Espinha Esfenoidal 
 Face Temporal 
 Face Orbital 
Processos Pterigóideos 
 Lâmina Pterigódea Medial 
 Lâmina Pterigóidea Lateral 
 Fossa Pterigóidea 
 Incisura Pterigóidea - entre as duas laminas 
Entre as Asas Menores e Maiores: 
 Fissura Orbitária Superior ou Fenda Esfenoidal - passagem do nervo oculomotor (3º 
par craniano), nervo troclear (4º par craniano), romo oftálmico do nervo trigêmeo (5º par 
craniano) e nervo abducente (6º par craniano) 
 
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ETMÓIDE 
 
É um osso leve, esponjoso, irregular, ímpar e situa-se na parte anterior do crânio. 
Apresenta 4 partes: 1 lâmina horizontal (crivosa), 1 lâmina perpendicular e 2 massas laterais 
(labirintos) 
Lâmina Horizontal (Crivosa) 
 Crista Galli - processo triangular na linha mediana 
 Forames Olfatórios - localiza-se ao lado da crista Galli e dá passagem aos nervos 
olfatórios 
Lâmina Perpendicular 
 Lâmina achatada que forma a parede mediana do septo nasal 
Massas Laterais (Labirinto) 
 Processo Uncinado 
 concha nasal superior 
 concha nasal média 
O osso etmóide articula-se com treze ossos: frontal (1), esfenoide (1), nasais (2), 
lacrimais (2), maxilares (2), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e o vômer (1). 
 
 
TEMPORAL 
É um osso par, muito complexo, é importante porque no seu interior encontra-se o 
aparelho auditivo 
Divide-se em 3 partes: Escamosa, Timpânica e Petrosa. 
Parte Escamosa 
 Processo Zigomático - longo arco que se projeta da parte inferior da escama 
 Fossa Mandibular - articula-se com o côndilo da mandíbula 
Parte Timpânica 
 Meato Acústico Externo 
Parte Petrosa (Pirâmide) 
 Processo Estilóide - espinha aguda localizada na face inferior do osso temporal 
 Processo Mastóide - projeção crônica que pode variar de tamanho e forma 
 Meato Acústico Interno - dá passagem ao nervo facial, acústico e intermediário e ao 
ramo auditivo interno da artéria basilar 
 Forame estilomastóide - localiza-se entre o processo mastóide e estilóide 
 Canal Carótico - dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carótido 
 Fossa Jugular - aloja o bulbo da veia jugular interna 
O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenóide e 
mandíbula. 
 
 
 
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PARIETAL 
 
O parietal forma o tecto do crânio. Osso par, chato e apresenta 2 faces, 4 bordas e 4 
ângulos. 
Faces 
 Face Externa é convexa, lisa e lateral 
 Face Interna é côncava e medial apresentando sulcos anteriores que correspondem 
aos ramos da artéria meningea média 
Bordas 
 Borda Superior / Sagital / Parietal 
 Borda Anterior / Frontal / Coronal 
 Borda Posterior / Occipital / Lambdóidea 
 Borda Inferior / Escamosa / Temporal 
Ângulos 
 Ângulo Frontal 
 Ângulo Esfenoidal 
 Ângulo Mastóideo 
 Ângulo Occipital 
 
 
 
ESQUELETO DA FACE 
 
MANDÍBULA 
É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. Consiste de uma porção 
horizontal, o corpo, e duas porções perpendiculares, os ramos, que se unem ao corpo em um 
ângulo quase reto. 
Corpo 
Face Externa 
 Protuberância Mentoniana - eminência triangular 
 Sínfise Mentoniana (Ponto Antropométrico) - crista suave na linha mediana 
 Forame Mentoniano - depressão de cada lado da sínfise. Passagem de vasos e nervo 
mentoniano 
 Linha Oblíqua Externa 
Face Interna 
 Espinha Mentoniana - par de espinhas próximo da sínfise 
 Fossa Digástrica - pouco abaixo das espinhas mentais 
 Fossa Sublingual - acima da linha milo-hióidea 
 Fossa Submandibular - abaixo da linha milo-hióidea 
 Linha Milo-hióidea (Oblíqua Interna) - ao lado da sínfise e dirige-se para trás 
Bordas 
 Superior ou Alveolar - recebe os dezesseis dentes da arcada dentária inferior 
 Inferior 
 
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Ramos 
Apresentam duas faces, quatro bordas e dois processos: 
 Face Lateral - apresenta cristas oblíquas para inserção do músculo masseter 
 Face Medial - apresenta as seguintes estruturas:Forame Mandibular - passagem de vasos e nervo alveolares inferiores 
 Sulco Milo-Hióideo 
 Língula da Mandíbula - crista proeminente acima do sulco milo-hióideo 
 Borda Inferior - encontra-se o ângulo da mandíbula 
 Borda Posterior - é recoberta pela glândula parótida 
 Borda Anterior - continua-se com a linha oblíqua 
 Borda Superior - possui dois processos muito importantes: Processo Coronóide e 
Processo Condilar (articula-se com o disco articular da articulação temporomandibular - 
ATM). Entre estes dois processos encontramos a incisura da mandíbula. 
A mandíbula articula-se com dois ossos: Temporais (2). 
 
VÔMER 
É um osso ímpar. Forma as porções posteriores e inferiores do septo nasal. 
O osso vômer articula-se com 6 ossos: esfenóide, etmóide, maxilares (2) e palatinos 
(2). 
 
 
ZIGOMÁTICO 
 
Forma parte da parede lateral e soalho da órbita. É um osso par e irregular. 
Apresenta as seguintes estruturas: faces malar, orbital, temporal; processos frontal, 
temporal e maxilar e quatro bordas. 
Faces 
 Face Malar - convexa; possui um forame (forame zigomaticofacial) que serve para 
passagem de nervo e vasos zigomaticofaciais 
 Face Temporal - côncava 
 Face Orbital - forma parte do soalho e parede lateral da órbita 
Processos 
 Processo Frontal - articula-se com o frontal 
 Processo Maxilar - articula-se com a maxila 
 Processo Temporal - articula-se com o temporal 
Arco Zigomático 
 Processo Temporal do Osso Zigomático 
 Processo Zigomático do Osso Temporal 
 
 
 
 
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MAXILA 
 
É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o 
soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso spresenta um 
corpo e quatro processos. 
Corpo 
 Forame Infra-Orbitário - passagem para os vasos e nervo infra-orbitais 
 Face Orbital - forma a maior parte do soalho da órbita 
 Seio Maxilar - grande cavidade piramidal dentro do corpo da maxila 
Processos 
 Frontal - forte lâmina que parte do limite lateral do nariz 
 Zigomático - eminência triangular e áspera localizada no ângulo de separação das 
faces anterior, infratemporal e orbital 
 Alveolar - cavidades profundas para recepção dos dentes 
 Palatino - horizontal e projeta-se medialmente da face nasal do osso 
A maxila articula-se com nove ossos: frontal, etmóide, nasal, zigomático, concha 
nasal inferior, lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto. 
 
 
PALATINO 
 
É um osso plano e irregular. Forma quatro cavidades: o tecto da cavidade bucal, o 
soalho e a parede lateral do nariz, o soalho da órbita e o seio maxilar, Cada osso spresenta um 
corpo e quatro processos. 
Corpo 
 Forame Infra-Orbitário - passagem para os vasos e nervo infra-orbitais 
 Face Orbital - forma a maior parte do soalho da órbita 
 Seio Maxilar - grande cavidade piramidal dentro do corpo da maxila 
Processos 
 Frontal - forte lâmina que parte do limite lateral do nariz 
 Zigomático - eminência triangular e áspera localizada no ângulo de separação das 
faces anterior, infratemporal e orbital 
 Alveolar - cavidades profundas para recepção dos dentes 
 Palatino - horizontal e projeta-se medialmente da face nasal do osso 
A maxila articula-se com nove ossos: frontal, etmóide, nasal, zigomático, concha 
nasal inferior, lacrimal, palatino, vômer e maxila do lado oposto. 
 
 
NASAL 
 
Forma, com o nasal do lado oposto, o dorso do nariz. 
O osso nasal articula-se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e nasal do lado oposto. 
 
 
 
 
 
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LACRIMAL 
 
Localiza-se na parte medial da órbita. É o menor e mais frágil osso da face. 
O osso lacrimal articula-se com 4 ossos: frontal, etmóide, maxila e concha nasal 
inferior. 
 
 
CONCHA NASAL INFERIOR 
 
Localiza-se ao longo da parede lateral da cavidade nasal. 
Apresenta duas faces e duas bordas: 
 Face Medial - convexa 
 Face Lateral - côncava 
 Borda Superior - apresenta três processos: lacrimal, etmoidal e maxilar 
 Borda Inferior - é livre e espessa 
A concha nasal inferior articula-se com 4 ossos: etmóide, maxila, lacrimal e palatino. 
 
 
CRÂNIO COMO UM TODO 
 
 
Vista Superior do Crânio - Calota Craniana 
A parte superior do crânio é chamada de cúpula do crânio ou calvária. É atravessada 
por quatro suturas (articulações que permitem mínima mobilidade aos ossos do crânio): 
1 - Sutura Coronal ou Bregmática: entre os ossos frontal e parietais 
2 - Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana) 
3 - Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital 
4 - Sutura Escamosa: entre o parietal e o temporal 
 
Alguns Pontos Antropométricos do Crânio: 
 Bregma - ponto de união das suturas sagital e coronal 
 Lâmbda - ponto de união das suturas sagital e lambdóide 
 Vértex - parte mais alta do crânio 
 Gônio - ângulo da mandíbula 
 Ptério - ponto de união dos ossos parietal, frontal, esfenóide e temporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fossas Cranianas 
É dividida em 3 fossas: Fossa Anterior, Fossa Média e Fossa Posterior. 
 
 
 
 
 
 
Fossa Anterior 
Limites: Lâmina interna do frontal à borda posterior da asa menor do esfenóide 
Ossos: Frontal, esfenóide e etmóide 
Forames: 
 Forame Cego - passagem de uma pequena veia da cavidade nasal para o seio 
sagital superior 
 Lâmina Crivosa - Passagem do I Par Craniano (Nervo Olfatório) 
 Canal Óptico - Passagem do II Par Craniano (Nervo Óptico) e Artéria Oftálmica 
 
Fossa Média 
Limites: Borda posterior da asa menor do esfenóide à borda superior da porção 
petrosa dos temporais 
Ossos: esfenóide e temporal 
Forames: 
 Fissura Orbitária Superior - Passagem do III Par Craniano (Nervo Oculomotor), IV 
Par Craniano (Nervo Troclear), V Par Craniano (Nervo Trigêmeo - Ramo Oftálmico), VI Par 
Craniano (Nervo Abducente) e a veia oftálmica 
 Forame Redondo - Passagem do V Par Craniano (Nervo Trigêmeo - Ramo Maxilar) 
 Forame Oval - Passagem do V Par Craniano (Nervo Trigêmeo - Ramo Mandibular) 
 Forame Espinhoso - Passagem da Artéria Meníngea Média 
 Lácero ou Rasgado Anterior - não passa nada, é coberto por tecido fibroso 
 Canal Carotídeo - Passagem da artéria carotídea 
 
 
 
 
 
 
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Fossa Posterior 
Limites: Borda superior da porção do rochedo do temporal à lâmina interna do osso 
occipital 
Ossos: Temporal e occipital 
Forames: 
 Meato Acústico Interno - Passagem do VII Par Craniano (Nervo Facial), VIII Par 
Craniano (Nervo Vestibulococlear) 
 Forame Jugular - Passagem do IX Par Craniano (Nervo glossofaríngeo), X Par 
Craniano (Nervo Vago) e XI Par Craniano (Nervo Acessório) e veia jugular interna 
 Canal do Hipoglosso - Passagem do XII Par Craniano (Nervo do Hipoglosso) 
 Canal Condilar - Inconstante 
 Forame Magno - Passagem do bulbo, meninges, líquor, artérias vertebrais, raízes 
espinhais e nervo acessório 
 
 
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OSSOS DO TÓRAX 
 
 
É uma caixa osteocartilagínea que contém os principais órgãos da respiração e 
circulação e cobre parte dos órgãos

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