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Professora: Fernanda Gonçalves Santos Nutrição em Saúde Coletiva: Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição no Brasil Aula 6 Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição no Brasil Aula 6 Contexto Político-Institucional • 1972: III Reunião Especial dos Ministros de saúde das Américas, Santiago – Chile - Criação do INAN (Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição), vinculado ao MS; Assistir o Governo na formulação do Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN); Elaborar e propor ao presidente da república o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (Pronan); Funcionar como órgão Central das atividades de Alimentação e Nutrição. • 1973 até 1974: Foi instituído o I Pronan, porém teve sérias dificuldades, sendo interrompido; • 1976: Aprovado o II Pronan - Novo comportamento Político-administrativo DESNUTRIÇÃO como doença social Finalidade Taddei, 2016 KAC et al., 2007 • Meados 1980: Reconstrução do Estado Democrático após 20 anos governo Militar; • 1986: Intensa movimentação na área da saúde: VIII Conferência Nacional de Saúde (Saúde em Geral) - Evento-síntese da Democratização da Saúde no País; - Lançamento dos pilares construção do SUS. I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição (1º específica de nutrição) - Sob direção do INAN; - Problemas da Alimentação e nutrição Caráter Estrutural Condição de vida e renda da população. - Alimentação DIREITO DE TODOS Responsabilidade do ESTADO Políticas de Salários Justos Promoção de emprego Assegurar Contexto Político-Institucional KAC et al., 2007 - Principal problema de Saúde Pública Privação Alimentar DESNUTRIÇÃO; - Acreditava-se que o ACESSO AO ALIMENTO Renda das famílias, logo: Crescimento Econômico Renda Emprego Problemas alimentares e nutricionais Resolução Ações sociais Compensatórias Privilegiava Aliviar a pobreza da população Contexto Político-Institucional KAC et al., 2007 • A partir da década 1990: - Necessidade de mudança em alguns setores governamentais; - Transição demográfica e nutricional Impactos negativos na saúde e economia - Ministério da Saúde vem com tímido discurso oficial sobre a COEXISTENCIA de duas dimensões do problema alimentar e nutricional: Privação Alimentar e Aumento Obesidade e DCNT (alimentação inadequada e/o ecessiva) Desnutrição Excesso de Peso e Obesidade Contexto Político-Institucional KAC et al., 2007 • Início década 1990: - Ambiente NÃO favorável a formulação e implementação de políticas públicas coerentes com o novo perfil nutricional. • 1990 a 1992: Governo Collor - Extinção de órgãos públicos e federais; - Redução de recursos para programas sociais; - Início do processo de destruição organizacional do INAN Contexto Político-Institucional KAC et al., 2007 • 1993: Governo Itamar Franco: criação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), veio com o objetivo de iniciar um debate sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); • 1994: Consea promoveu: - I Conferência Nacional de Segurança Alimentar propostas para uma Política de Segurança Alimentar mobilização Nacional em torno da questão alimentar e da dimensão da Fome no país; • 1995: Governo Fernando Henrique Cardoso: Extinção do Consea; • 1997: Extinção do INAN, programas remanescentes distribuídos por diferentes instâncias do Ministério da Saúde; • 1999: Aprovação do Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) Contexto Político-Institucional • 2003: Governo Lula. - Aprovação do PROGRAMA FOME ZERO; - Recriação do Consea como Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; • 2006: Aprovação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan) Taddei, 2016 Transferência de renda BOLSA FAMÍLIA Principal ação Criação Lei 11.346/2006 Contexto Político-Institucional • 2011: Revisão do PNAN - Seu texto atualizado reforçou a atenção nutricional como um componente central na produção do cuidado em saúde - A melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde está ancorada no tripé: 1. Vigilância alimentar e nutricional; 2. Promoção da alimentação adequada e saudável e 3. Prevenção e controle de agravos nutricionais. http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnan.php Jaime et al.,2018 Contexto Político-Institucional • Os avanços brasileiros na redução da fome e desnutrição e, por outro lado, a transição nutricional marcada pelas mudanças nos padrões de consumo alimentar, colocam novos e complexos desafios ao sistema; • Destaca-se que a alimentação está relacionada a praticamente todos os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, As pautas prioritárias incluem: Ampliação do acesso e da qualidade da atenção em saúde na perspectiva da integralidade do cuidado e que considerem a apreensão ampliada das reais necessidades de saúde e nutrição das pessoas; Jaime et al.,2018 Considerações Finais promoção de transformações no sistema alimentar para práticas alimentares saudáveis e sustentáveis; promoção de ações de educação e também de regulação e controle de alimentos (tais como a regulação da publicidade e da rotulagem de alimentos e o controle de níveis críticos de nutrientes como o sódio em alimentos industrializados); consolidação de modelos de governança intersetoriais e participativos voltados à transformação do sistema alimentar e à promoção da saúde e da SAN; avanço na integração de políticas sociais, chegando a públicos específicos com necessidades diferenciadas; e, por fim, a busca por políticas de garantia de direitos e acesso à alimentação saudável e sustentável em territórios vulneráveis, como os desertos alimentares. Jaime et al.,2018 Considerações Finais Professora: Fernanda Gonçalves Santos Nutrição em Saúde Coletiva: Segurança Alimentar e Nutricional Aula 7 Segurança Alimentar e Nutricional SAN: Segurança Alimentar e Nutricional [...]realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Artigo 3º Lei 11.346 Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm http://www.mds.gov.br/sobreoministerio/legislacao/mds/leis/Lei no 11.346- de 15 de setembro de 2006.pdf SAN: Segurança Alimentar e Nutricional [...]realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Artigo 3º Lei 11.346 Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm http://www.mds.gov.br/sobreoministerio/legislacao/mds/leis/Lei no 11.346- de 15 de setembro de 2006.pdf SAN: Segurança Alimentar e Nutricional • SAN não é somente o combate a fome, ou simplesmente a qualidade sanitária dos alimentos (Food Safety). SAN Produção Comercialização Qualidade Problemas de saúde (obesidade) Consumo Acesso (disponibilidade) https://youtu.be/DtrbM7-o01w SAN: Segurança Alimentar e Nutricional https://youtu.be/DtrbM7-o01w Segurança Alimentar e Nutricional - História Ao longo da História do Brasil, a insegurança alimentar sempre esteve como possibilidade concreta (população socialmente mais vulnerável). Manifestações populares provocadas por crises de abastecimento alimentar. Reconhecimento acadêmico e político da Fome no Brasil: Década de 40. Segurança Alimentar e Nutricional - História Primeiras sistematizações foram feitas por Josué de Castro (metade séc. XX) Tentou mostrar o caráter intrinsecamente político e social da fome e de suas sequelasorgânicas. Tema só seria retomado na década de 1980: • Sindicalismo; • Movimento Sanitário; • Luta pela democratização do país. Segurança Alimentar e Nutricional - História 1940: Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) Discussão acerca da Segurança Alimentar (disponibilidade de alimentos): pobres e famintos. Segurança Alimentar e Nutricional - História Primeiras referências ao conceito de Segurança Alimentar no Brasil (1985): • Proposta da Política Nacional de Segurança Alimentar 1) Atender necessidades alimentação e atingir auto-suficiência; 2) Criação de Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Segurança Alimentar e Nutricional - História Desdobramento da VIII CNS I Conferência Nacional de Alimentação (1986) → técnicos e setores da sociedade civil organizada 1)Retomada da proposta de criação do Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição; 2) Criação de um Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional; 3)Reprodução de tais estruturas ( nível estadual). Segurança Alimentar e Nutricional - História Década de 1990 no Brasil 1991: governo paralelo (PT) apresenta proposta de Política Nacional de Segurança Alimentar Apresentada ao governo Collor (negada) Maior impacto que a proposta de 1985: - Auge da discussão sobre a fome - Ampliou escopo de ações - Aceita pelo governo Itamar Segurança Alimentar e Nutricional - História Segurança Alimentar e Nutricional - História Evolução Histórica da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil Segurança Alimentar e Nutricional - História No Brasil direciona-se: • Direito Humano à Alimentação Adequada • Soberania Alimentar • Intersetorialidade • Participação e Controle Social Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Artigo 2º Lei 11.346 Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm http://www.mds.gov.br/sobreoministerio/legislacao/mds/leis/Lei no 11.346- de 15 de setembro de 2006.pdf Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) Realiza-se “quando todo homem, mulher e criança, sozinho ou em comunidade com outros, tem acesso físico e econômico, ininterruptamente, a uma alimentação adequada ou aos meios necessários para sua obtenção”. Violação do direito: ação direta OU omissão (do Estado). Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) A promoção da garantia do DHAA passa pela promoção da: • Reforma agrária; • Agricultura familiar; • Políticas de abastecimento; • Incentivo à práticas agroecológicas; • Vigilância sanitária dos alimentos; • Abastecimento de água; • Saneamento básico; • Alimentação escolar; • Atendimento pré-natal de qualidade; • Viabilidade de praticar a amamentação; • Não discriminação de povos, etnia e gênero, etc. Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) Brasil: diversas realidades, com particularidades e dificuldades em cada uma delas para o alcance do DHAA. • Indígenas; • População sem recursos financeiros; • Famílias de pequenos agricultores; • Portadores de necessidades alimentares especiais. Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) Exemplos de políticas públicas que promovem a SAN e contribuem para a garantia do DHAA: • PRONAF (Produção/Abastecimento); • SM, PBF, Previdência Social (Renda); • PNAE, Restaurantes populares (Alimentação); • ESF, ACS (Agentes Comunitários de Saúde), PBF (Saúde). SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Países devem ser soberanos para garantir a SAN de seus povos, respeitando as características culturais. Cada nação tem o direito de definir políticas que garantam SAN de seus povos. Preservação de práticas de produção e práticas alimentares tradicionais de cada cultura. Garantir bases sustentáveis (ambiental, econômica e social). SOBERANIA ALIMENTAR SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Ações articuladas e coordenadas; Utilização de recursos existentes em cada setor; Direcionados para ações por escala de prioridades: • PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar); • PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador); • PBF (Programa Bolsa Família); INTERSETORIALIDADE CONSEA: Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição 1993 - Instrumento de articulação entre governo e sociedade civil: Propor diretrizes para as ações na área da alimentação e nutrição. • Caráter consultivo (assessoria ao Presidente da República) Acompanha e propõe diferentes programas: • Bolsa Família; • Alimentação Escolar; • Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar; • Vigilância Alimentar e Nutricional. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL CONSEA: Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição FUNCIONAMENTO DO CONSEA O Consea tem a seguinte organização: 2/3 de representantes da sociedade civil 1/3 de representantes governamentais Designado pelo Presidente da República 1 representante Indicar http://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/institucional/o-que-e-o-consea SAN – Avanços Recentes SAN: Segurança Alimentar e Nutricional LOSAN Lei Orgânica da SAN (Lei nº 11.346) sancionada em 15 de Setembro de 2006. • Criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e • Determinou a formulação de uma Política Nacional intersetorial, a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN). Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Objetivos • Formular e implementar políticas e planos de SAN; • Estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil; • Promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da SAN do País. Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Direito constitucional; Sistema público universal; Garantido por meio de Lei Orgânica; Sistema aberto: • Intersetorialidade, • Relaciona-se por conselhos distintos (CNS, CONSEA, Assistência Social, de Biosseguranca,etc) Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Monitoramento englobará dimensões da SAN: • Produção, condições de comercialização e disponibilidade de alimentos; • Acesso ao trabalho digno, renda e condições básicas de vida; • Acesso à alimentação saudável, logística de distribuição e tendências do consumo alimentar; • Saúde e acesso à prestação aos serviços públicos de saúde, etc... Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional A PNSAN regulamentará a Losan quanto à: • Gestão do SISAN, • Relações e pactos interfederativos e intersetoriais, • Financiamentos, • Parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional • Sistema de monitoramento e avaliação. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional A segurança alimentar e nutricional abrange: I – ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, incluindo-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição dos alimentos, incluindo a água, bem como da geração de emprego e da redistribuição de renda; II – conservação da biodiversidade e utilização sustentável dos recursos; III – a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e populações em situação de vulnerabilidade social; SAN: Segurança Alimentar e Nutricional IV – a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, bem como seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis que respeitem a diversidade étnica e racial e cultural da população; V – a produção de conhecimento e o acesso à informação; e VI – a implementação de políticas públicase estratégias sustentáveis e participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos, respeitando- se as múltiplas características culturais do País. Como avaliar a SAN? SAN: Segurança Alimentar e Nutricional “Desde a década de 90 têm sido desenvolvidos, em âmbito internacional, métodos e instrumentos cientificamente balizados para avaliar a Segurança Alimentar das famílias. A maioria deles baseados em estudos antropológicos e quantitativos realizados nos Estados Unidos, desde a década de 80, o que tem permitido estimativas de prevalência daquela condição”. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional SAN • Método da FAO; • Pesquisas de Orçamentos Domésticos; • Pesquisas de Ingestão Individual de Alimentos; • Pesquisas Antropométricas; • Pesquisas de Percepção de Insegurança Alimentar e Fome. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Método da FAO • Informações nacionais sobre: estoques, produção, importação, exportação e desperdício de alimentos; • Disponibilidade de kcal/per capita (a ingestão calórica média, o coeficiente de variação desta ingestão e o valor de referência (ou ponto de corte) que estabelece a necessidade calórica mínima per capita); • Vantagem: Custo. • Desvantagens: Dados não precisos (produção), mede a disponibilidade, mas não o acesso aos alimentos ou a qualidade da dieta em termos de nutrientes. Importância ao consumo médio de energia e não a distribuição desta energia. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Pesquisas de Orçamentos Domésticos Entrevistas domiciliares: • preços dos alimentos consumidos dentro e fora do domicílio; • quantidades compradas ou as despesas efetuadas; • alimentos recebidos, por algum membro da família (presente ou forma de pagamento por trabalho realizado); • alimentos produzidos no domicílio para consumo. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Pesquisas de Orçamentos Domésticos Vantagens: • Possibilidade de realizar medições múltiplas, válidas e pertinentes em termos de ação, dos seguintes aspectos: (1) adequação da energia alimentar nos domicílios; (2) variedade do regime alimentar (é uma medida da qualidade da alimentação) (3) % dos rendimentos gasto com a alimentação (é uma medida da vulnerabilidade à penúria de alimentos). SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Pesquisas de Ingestão Individual de Alimentos Vantagens: • Avaliação direta da ingestão de alimentos; • Possibilidade de detectar problemas na alimentação de cada indivíduo – tanto na quantidade (adequação de calorias), como na qualidade (adequação de macro e micronutrientes). Desvantagens: • Requerem que os indivíduos recordem e informem, com precisão, todos os alimentos ingeridos durante o período de referência. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Avaliação Antropométrica • Os índices antropométricos mais comumente empregados nas pesquisas nacionais: Peso e Comprimento/Altura e comparação com valores de referência. Vantagem: Custo e monitoramento desde o nível nacional até o nível individual. Desvantagens: dados antropométricos não refletem, exclusivamente, a adequação do consumo alimentar ou a suficiência da ingestão energética (influência de outros fatores). Pesquisas Antropométricas SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Pesquisas de Percepção de Insegurança Alimentar e Fome Consiste na aplicação de questionários que cobrem uma escala: Percepção de preocupação e angústia frente à possibilidade de não dispor de alimentos regularmente. Percepção de problemas na adequação da dieta (na diversidade e/ou na quantidade de alimentos). Fome (definida como passar pelo menos um dia inteiro sem comer durante o período de referência. SAN: Segurança Alimentar e Nutricional Pesquisas de Percepção de Insegurança Alimentar e Fome Vantagens: o modo como as pessoas mais atingidas percebem a insegurança alimentar e a fome. Único que permite captar as dimensões psicológicas da insegurança alimentar (além das físicas) Desvantagem: Medida subjetiva. Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala brasileira foi validada em 2003-2004, com aplicação da escala em 5 regiões (com diferentes hábitos alimentares e perfil socioeconômico); Participação de várias instituições de pesquisa: Unicamp, UNB, UFPB, UFMT, Inst. Nac. Pesq. Amazônia e Universidade de Connecticut (EUA) 2010: Reformulação. Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia 1- Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio tiveram a preocupação de que a comida acabasse antes que tivessem dinheiro para comprar mais comida? 2- Nos últimos três meses, os alimentos acabaram antes que os moradores desse domicílio tivessem dinheiro para comprar mais comida? 3 - Nos últimos três meses, os moradores desse domicílio ficaram sem dinheiro para ter uma alimentação saudável e variada? 4 - Nos últimos três meses, os moradores deste domicílio comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham porque o dinheiro acabou? Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia 5 - Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade deixou de fazer alguma refeição porque não havia dinheiro para comprar comida? 6 - Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade comeu menos do que achou que devia porque não havia dinheiro para comprar comida? 7 - Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade sentiu fome, mas não comeu porque não tinha dinheiro para comprar comida? 8 - Nos últimos três meses, algum morador de 18 anos ou mais de idade ficou o dia inteiro sem comer ou teve apenas uma refeição ao dia porque não tinha dinheiro para comprar comida? Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia 9 - Nos últimos três meses, os moradores com menos de 18 anos de idade não puderam ter uma alimentação saudável e variada, porque não havia dinheiro para comprar comida? 10 - Nos últimos três meses, os moradores com menos de 18 anos de idade comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda havia neste domicílio, porque o dinheiro acabou? 11 - Nos últimos três meses, algum morador com menos de 18 anos de idade comeu menos do que você achou que devia, porque não havia dinheiro para comprar comida? Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia 12 - Nos últimos três meses, foi diminuída a quantidade de alimentos das refeições de algum morador com menos de 18 anos de idade, porque não havia dinheiro suficiente para comprar a comida? 13 - Nos últimos três meses, algum morador com menos de 18 anos de idade deixou de fazer alguma refeição, porque não havia dinheiro suficiente para comprar a comida? 14 - Nos últimos três meses, algum morador com menos de 18 anos de idade sentiu fome, mas não comeu porque não havia dinheiro para comprar mais comida? *As perguntas 9 a 14 valem apenas para famílias com crianças até 18 anos. ** Se a resposta é afirmativa, pergunta-se a freqüência de ocorrência do evento nesse período: ‘em quase todos os dias’, ‘em alguns dias’ e ‘em apenas um ou dois dias’”. Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/Ebia Há insegurança alimentar e nutricional sempre que se produz alimentos sem respeito ao meio ambiente, com uso de agrotóxicos que afetam a saúde de trabalhadores/as e consumidores/as, sem respeito ao princípio da precaução, ou, ainda, quando há ações, incluindo publicidade, que conduzem ao consumo de alimentos que fazem mal a saúde ou que induzem ao distanciamento de hábitos tradicionais de alimentação.Atividade Individual!!!! https://www.youtube.com/watch?v=mvE_gWcvR1Qaula 6 e 7 Segurança Alimentar e Nutricional.pptx Fazer um resumo sobre o vídeo apresentado em sala de aula para entregar na próxima aula!!! https://www.youtube.com/watch?v=mvE_gWcvR1Q aula 6 e 7 Segurança Alimentar e Nutricional.pptx Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas Pessanha, L.; Santos, C. V.; Mitchell, P.V. Indicadores para avaliar a Segurança Alimentar e Nutricional e a garantia do Direito Humano à Alimentação: metodologias e fontes de dados. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 2008. http://www4.planalto.gov.br/consea/acesso-a-informacao/institucional/conceitos https://youtu.be/DtrbM7-o01w; http://slideplayer.com.br/slide/2527107/ http://caritas.org.br/mds-disponibiliza-dados-sobre-seguranca-alimentar-nutricional/11578 https://youtu.be/DtrbM7-o01w
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