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Caderno de LITERATURA Caderno de da LITERATURA NINA Caderno de LITERATURA Estilos de Época • Antiguidade Clássica § Até século V D.C. § Cultura grega e latina § Textos: o Epopeias: gênero épico – narrativas em versos que contam feitos heroicos de deuses e heróis pátrios. Ex.: Ilíada e Odisseia de Homero. § Características: o Antropocentrismo. Razão o Literatura figurativa – culto ao belo, perfeito. o Culta à natureza o Otimismo o Mitologia grega • Idade Média – Trovadorismo § Século XII ao XV § Contexto: o Feudalismo: relação de vassalagem o Influência da Igreja: relação de servilismo (a Deus) § Características: o Teocentrismo o Literatura oral (cantada) – cantigas o Emoção o Tema: amor cortês § Forma: o Estrutura simples o Refrão – facilita a memorização o Medida velha – redondilha maior ou menor § Prosa: Caderno de LITERATURA o Novelas de cavalaria o O cavaleiro é vassalo da donzela § Poesia: o Lírica -‐> cantigas de amor e cantigas de amigo. o Sátira -‐> cantigas de escárnio e cantigas de mal dizer. • Humanismo § Fase de transição § Não foi estilo de época § Fim do feudalismo, surgimento da burguesia § Religião perde poder e dá lugar ao antropocentrismo § TEATRO: o Autos o Farsas -‐ humorísticas o Alta Idade Média: temas religiosos o Baixa Idade Média: Gil Vicente – Crítica ao egoísmo e à falsidade humana. Não criticava as instruções em si. Cantiga de Amor Cantiga de Amigo Eu lírico masculino Eu lírico feminino Amor cortês Amor natural Ambiente cortês e aristocrático Ambiente bucólico ou urbano Sofrimento amoroso do trovador Saudosismo da senhora Predomínio das ideias Predomínio da musicalidade Cantigas de Escárnio Cantigas de Maldizer Crítica indireta Crítica direta Uso de ironias, trocadilhos, ambiguidades. Linguagem grosseira e obscena. Caderno de LITERATURA • Classicismo § Século XV ao XVI § Contexto: o Renascimento o Grandes Navegações o Ascensão burguesa o Reforma Protestante § Características: o Razão o Retomada da cultura Greco-‐romana o Antropocentrismo o Nacionalismo e universalismo o Neoplatonismo – amor idealizado e espiritualizado § Forma: o Uso de sonetos -‐-‐ razão + emoção o Medida velha: versos decassílabos o Equilíbrio formal § Temática: o Idealização amorosa – sensualismo o Carpe Diem – otimismo e vida boêmia o Efemeridade da vida – passagem do tempo sobre o homem § Camões: o Épica -‐> “Os Lusíanas”, que glorifica a nação portuguesa. Seguiu os modelos de Homero; é uma epopeia de imitação. o Lírica -‐> enfermidade e sofrimento amoroso. Conflito entre amor e carnal e espiritual • Classicismo no Brasil – Quinhentismo § Produções escritas pelo europeu sobre o Brasil § Não foi um estilo literário § Período colonial, entre 1500 e 1600 § Literatura de Informação: o Textos informáticos descritivos Caderno de LITERATURA o Não há envolvimento emocional o Representa o primeiro contato do colonizador com os nativos do Brasil o Preocupação estética – uso de figuras de linguagem o Preocupação religiosa o “A Carta”, de Pedro Vaz de Caminha § Literatura de Catequese: o Poesias de base religiosas dos jesuítas – para catequizar os nativos o Linguagem simples, intelectualmente despojada o Padre Anchieta • Barroco § Século XVII § Arte da Contrarreforma § Arte da nobreza e do clero § Index – livros proibidos § Características: o Conflito existencial Ø Razão x Emoção Ø Teocentrismo x Antropocentrismo o Contradição o Pessimismo o Literatura política – para aumentar a influência da Igreja § Temática: o Carpe Diem – com sentimento de culpa § Idealização amorosa – sensualismo com culpa § Forma: o Linguagem rebuscada e exagerada o Figuras de linguagem – antítese, metáfora, hipérbole, inversão. Caderno de LITERATURA Cultismo Conceptismo Jogo de palavras Jogo de ideias Retorica aprimorada, para convencimento Linguagem rebuscada, culta § Barroco no Brasil: o Ciclo de cana de açúcar o Prosa -‐> Pe. Antônio Vieira: religioso, autor de sermões com objetivo moralizante o Poesia -‐> Gregório de Matos: Ø Lírica religiosa: amor a Des, arrependimento, pecado. Ø Lírica amorosa: conflito carne x espírito com sentimento de culpa. Ø Lírica filosófica: desordem do mundo. Ø Sátiras: Ficou conhecido como “”boca do inferno”. • Neoclassicismo/Arcadismo § Século XVIII § Arte alta burguesia § Contexto do Iluminismo • Arcadismo – nome no Brasil § Contexto: o Iluminismo o Inconfidência Mineira § Características: o Razão o Arte da burguesia o Literatura revolucionária: contra o Barroco o Valorização da vida bucólica – campo e natureza o Crítica à vida urbana (fuga da cidade) o Antropocentrismo Caderno de LITERATURA o Fingimento Poético – os árcades valorizam o campo, mas eram urbanos e usavam pseudônimos § Forma: o Objetividade o Linguagem simples § Temática: o Idealização amorosa o Carpe Diem, sem sentimento de culpa § Escritores: o Cláudio Manoel da Costa o Tomás Antônio Gonzaga, “Dirceu”: sonetos e liras de amor (Marília) e as Cartas chilenas (criticavam Ouro Preto) • Romantismo § Contexto: o Revolução Francesa – ascensão burguesa / movimentos nacionalistas do século XIX o Independência brasileira: cria a necessidade de uma identidade nacional § Características: o Fuga da realidade (mundo dos sonhos, morte, natureza ou passado) o Emoção o Idealização amorosa: mulher inacessível o Nacionalismo o Símbolos nacionais: índioe natureza § Projeto Literário: o Divulgação dos valores burgueses o Criação de uma identidade nacional § Forma: o Liberdade formal: uso ou não da métrica o Linguagem simples, com muita adjetivação Caderno de LITERATURA • 1ª Geração: Indianismo § Retomada do passado histórico do Brasil colônia para apresentar a origem do brasileiro § Exaltação dos símbolos nacionais: o Índio idealizado com valores burgueses o Natureza perfeita reflete os sentimentos do eu lírico § José de Alencar e Gonçalves Dias • 2ª Geração: Ultrarromantismo § Pessimismo, exaltação da morte. Mal do século § Contexto da revolução industrial: burguesia corrompida § Poesia sombria, natureza tenebrosa. § Mulher lânguida e fraca, aproximada da morte. § Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. • 3ª Geração: Condoreirismo § Poesia de caráter social § Defesa do abolicionismo e do republicanismo § Mulher real, sensual e acessível. O amor é consumado § Castro Alves • Romantismo – Arte § Arquitetura neogótica – retorno à Idade Média Romance Urbano Romance Regional Criação de uma identidade nacional. Geravam identificação do público com os personagens. Retratava os costumes da corte. Retratava o Brasil desconhecido (rural), idealizado. Caderno de LITERATURA § Cores fortes e traços borrados § Locus Horrendus § Goya § Delacroix § Vitor Meirelles § Pedro Américo • Realismo e Naturalismo “Toda obra naturalista é realista, mas nem toda obra realista é naturalista.” § Contexto: o Industrialização brasileira o Fim da monarquia brasileira. Inicio da república o Fim da escravidão o Ideias sócias e científicas: Socialismo Científico, Positivismo e Evolucionismo § Características: o Razão o Objetividade e materialismo o Linguagem formal e descritiva: representação real da sociedade o Não há idealização o Crítica e análise social (projeto literário) Ø Crítica universal Caderno de LITERATURA Realismo Naturalismo Análise de dentro para fora Análise de fora pra dentro Sociologia Psicologia Evolucionismo (Darwin) Determinismo (Taine: “o meio, o contexto e a raça condicionam o ser” Romance documental Romance experimental Retrata as camadas dominantes Retrata as camadas inferiores Machado de Assis Aluísio Azevedo • Parnasianismo § É o contraponto do realismo e do naturalismo na poesia. As características são diferentes, mas o contexto é mesmo. § Características: o Poesia acadêmica o Razão o Contrários as romantismo o Não há crítica social nem subjetividade o “Arte pela arte”: a arte é descompromissada com a realidade. Ela deve apenas ser bela. -‐> Arte figurativa o Retomada da cultua clássica o Não há idealização amorosa § Forma: o Culpa da forma: metrificação rigorosa, rima rica (entra palavras de classes gramaticais diferentes), preferência pelo soneto Caderno de LITERATURA o Linguagem rebuscada, objetiva e descritiva § Escritores: o Olavo Bilac: rigor formal ligado à sensibilidade (herança do romantismo) • Simbolismo § Estilo da época do impressionismo § Foi fraco no Brasil e forte na Europa § Final do século XIX § Características: o Ruptura à objetividade do Realismo o Subjetividade o Análise do subconsciente o Influência do Freud o Presença no metafísico e dos sonhos o Sugestão por meio de símbolos: a interpretação é do leitor o Espiritualidade § Forma: o Vocabulário litúrgico (bíblico) e arcaico o Descrição do abstrato o Musicalidade: alterações e assonâncias o Uso de sinestesia § Escritores: o Cruz e Souza: angústia sexual, abordagem da cor branca o Alphonsus de Guimarães • Pré-‐Modernismo § Foi um período de transição, pois: o Havia inovações da época o Os estilos anteriores permaneceram o Cada obra foi produzida num contexto (guerra de canudos, industrialização, imigração, café) § Vai até a Semana de Arte Moderna (1922) Caderno de LITERATURA § Sofreu influencia de todos os estilos do século XIX: o Realismo prosa o Naturalismo o Parnasianismo poesia o Simbolismo § Grande influência das vanguardas europeias § Inovações do período: o Foco em realidades regionais do Brasil: mostrar um Brasil verdadeiro e não idealizado. o Críticas regionais (realismo tinha críticas universais) o Linguagem simples e coloquial (Lima Barreto) o Linguagem jornalística mesclada com literária (Euclides da Cunha) o Classes baixas como protagonistas (João do Rio) o Nacionalismo amargo (antiufanista) o Euclides Cunha: Ø Mostra o contraste do Brasil moderno x retrógrado Ø Linguagem neobarroca Ø Análise naturalista: novo determinismo – o homem influencia o meio assim como o meio influencia Ø Os Sertões: analisa a guerra de Canudos em três partes: A Terra, O Homem e A Lua. Desmitifica a versão oficial do exército sobre a guerra. Coloca-‐se a favor do sertanejo. o Lima Barreto: Ø Falava da dualidade capital x subúrbio do RJ e da dimensão social da rua. Ø Combateu a discriminação racial e social do negro. Ø Criticava as figuras de classe média que lutavam por ascensão social e os políticos da época. Ø Linguagem simples Ø Triste fim de Policarpo Quaresma -‐> ironiza o movimento nacionalista ufanista o Monteiro Lobato: Caderno de LITERATURA Ø Moralista e doutrinador, criticava o Brasil agrário, atrasado, ignorante, cheio de vícios e vermes – Jeca Tatu simbolizava essas características Ø Conciliou o universo ao local Ø Colocou-‐se contra o Modernismo. Era muito conservador Ø É criticado por seupreconceito Ø Aspirava ao progresso material e mental ao Brasil Ø Escreveu literatura infantil para transmitir lições morais o Augusto dos Anjos Ø Sincretismo: Simbolismo + Naturalismo + Parnasianismo Ø Vocabulário agressivo e coloquial. Poesia “antilírica” Ø Poesia marcada pelo pessimismo e pala angústia existencial Ø Supremacia da ciência: fala da matéria, da vida e dos cosmos Ø Rompeu com o Parnasianismo apenas na temática: manteve o rigor formal com sonetos Ø Obra única: Eu o João do Rio: Ø Contraste centro desenvolvido x subúrbio Ø A rua é espaço de interação e igualdade Ø Mistura literatura e jornalismo Ø Cronista que abordou o RJ em transformação Ø A alma encantadora das ruas • 1ª Geração do Modernismo § Poesia § Não tem engajamento social § Preocupação estética § Simultaneidade de imagens § E Fragmentação da realidade § Urbanismo: valorização do urbano § Tom humorístico: ironia § Versos livres e brancos Caderno de LITERATURA § Rompimento com as normas gramaticais § Contexto: o Fim da República velha o Ideias comunistas o Influência das vanguardas europeias § Projeto: o Buscar uma identidade nacional o Romper com o Parnasianismo o Valorização de uma linguagem brasileira o Pesquisa estética: criar uma literatura original § Semana da Arte Moderna o 1922, em SP o Pretendia romper com a academia e chocar a elite o Propunha uma nova arte brasileira, sem influências europeias o Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Villa Lobos, Plínio Salgado, Di Cavalcanti § Movimento Pau Brasil o Oswald de Andrade o Esquerda o “Ver com olhos livres”: Arte sem influencia europeia, puramente brasileira o Primitivismo: retorno ao passado colonial, apresentando a visão dos nativos o Movimento Antropofágico: Ø Assimilação crítica e seletiva da arte europeia Ø Misturar a arte brasileira com elementos da europeia, criando algo novo o Verde Amarelismo/ Escola da Anta: Ø Plínio Salgado Ø Direita Ø Defendi um estado forte e centralizador: Pró Vargas Ø Nacionalismo ufanista e primitivista Ø Exaltação de símbolos nacionais Caderno de LITERATURA o Oswald de Andrade: Ø Ruptura com a gramática: quebra da sintaxe Ø Releitura da carta de Caminha: “As meninas da gare” crítica à visão promíscua europeia das índias, que eram vistas como prostitutas Ø Fragmentação dos poemas o Mário de Andrade: Ø Falava muito de SP Ø Defendia a crítica social Ø Não era radical no rompimento com a academia Ø Mistura de gêneros: prosa + lírica Ø Macunaíma: v Obra em prosa v Crítica ao indianismo (Romantismo) v Macunaíma era fruto da mistura do índio, do negro e do branco v Herói sem caráter: desmistifica a idealização romântica o Manuel Bandeira: Ø Subjetividade e emoção: aproximam-‐no do Romantismo Ø Reflexões sobre a vida, sem tom nostálgico Ø Trata sua doença de forma irônica Ø Escreve sobre suas recordações de infância e temas cotidianos Ø Misturas de gêneros: prosa + lírica Ø Não era engajado, mas retratava classes pobres • 2ª Geração do Modernismo § Denúncia social § Prosa e Poesia § Não se preocupavam em romper com o estilo clássico. A preocupação era criar um estilo novo e engajado § Reflexões existencialistas § Não há mais primitivismo Caderno de LITERATURA § O interesse é no presente e não no passado § Liberdade formal: uso opcional da métrica § Estrutura sintática mais elaborada, apesar da linguagem simples § Contexto o Crise de 1929 o Revolução de 1930: Era Vargas o Segunda Guerra Mundial § Projeto: o Denúncia social o Renovação da linguagem § Carlos Drummond de Andrade: o 1ª fase: Ø Pessimismo e isolamento Ø Ironia e metalinguagem o 2ª fase: Ø Denúncia social o 3ª fase: Ø Reflexão existencial Ø Poesia filosófica, metafísica Ø Temas: mortes e tempo Ø Poesia nominal: tendências ao concretismo o 4ª fase: Ø Fase da memória, retrato da infância
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