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Roteiro 4 – Atrito UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR CÂMPUS GUARAPUAVA Avenida Professora Laura Pacheco Bastos, 800 - Bairro Industrial - 85053-510 – Guarapuava – PR - Brasil Introdução Sabemos que o atrito está presente no nosso dia- a-dia. Quando andamos, nossos pés entram em contato com o chão, nesse contato o atrito faz com que nosso corpo seja “empurrado” para frente, assim, conseguimos nos movimentar. Nesse experimento feito em laboratório, o objetivo era calcular os coeficientes cinéticos e estáticos em casos diferentes. Foram utilizados: um bloco de madeira com duas superfícies, uma esponjosa e outra de madeira, um plano de apoio inclinável e um dinamômetro. Procedimento Experimental O objetivo do primeiro experimento é calcular o atrito estático entre o apoio e o bloco. Para determina-lo, é preciso se atentar ao exato momento em que o corpo deixa de estar em repouso e passa a se movimentar. O plano de apoio foi essencial para o experimento. O bloco foi colocado em cima do plano. Enquanto um dos participantes aumentava a angulação da rampa os outros participantes se atentavam ao momento em que o corpo deixava de estar em repouso. Nesse momento, a angulação foi marcada e tabulada para futuros cálculos. Após realizado esse experimento, o objetivo foi mudado, precisávamos calcular o atrito cinético. O corpo foi colocado no plano horizontal e encaixado ao dinamômetro. O bloco foi puxado cuidadosamente, mantendo sempre uma velocidade baixa e constante. Nesse momento, foi medida a força indicada no dinamômetro. Essa força foi tabulada para futuros cálculos. Para o experimento não ser tendencioso, cada integrante do grupo mediu pelo menos uma vez, totalizando 5 medições para cada caso. Discussões e Resultados O bloco foi usado de forma que obtivemos 3 resultados. Em um lado do bloco temos a parte esponjosa, no outro lado, a parte de madeira. A lateral do bloco é também feita de madeira, porém, uma superfície de contato menor. 1° Experimento (Coeficiente de atrito estático) A partir desse experimento obtivemos a angulação entre o plano horizontal e o momento exato em que o bloco saiu do repouso. A tabela a seguir mostra os valores encontrados em cada caso: (Tabela 1) Vale ressaltar que esses são os ângulos necessários para que haja o movimento, qualquer angulação inferior à essas o bloco não movimentaria. Assim como qualquer angulação superior o bloco entraria em movimento. Como estudados em sala de aula, sabemos que a tangente do ângulo encontrado corresponde ao coeficiente estático entre as superfícies. Assim, encontramos que: (Equação 1) Assim obtemos: Coeficiente de Atrito Estático Par de superfícies θ µe Parte Esponjosa 32,6˚ 0,639 Parte de Madeira 46,6˚ 1,0574 Parte de Madeira(área de apoio variada) 34˚ 0,6746 (Tabela 2) Angulação para o Movimento do Corpo Par de superfícies θ1 θ2 θ3 θ4 θ5 θ Rampa - parte esponjosa 30˚ 31˚ 32˚ 33˚ 37˚ 32,6˚ Rampa - parte madeira 42˚ 47˚ 46˚ 48˚ 50˚ 46,6˚ Rampa - madeira(área de apoio variada) 31˚ 34˚ 37˚ 32˚ 36˚ 34˚ Em um plano inclinado, temos diversas forças que atuam no bloco. Vejamos um exemplo de um corpo que se encontra em repouso em uma superfície inclinada. (Imagem 1 – Plano inclinado) Na decomposição de vetores, observamos que a Força Normal do bloco é igual ao Py, onde: (Equação 2) Usando o Dinamômetro, pudemos calcular o peso do bloco. Constatou-se que o seu peso é de 1,36N. Com isso e com a angulação média pôde-se calcular a Força Normal em cada caso. Força Normal Par de superfícies cosθ N Parte Esponjosa 0,842452 1,1357 Parte de Madeira 0,687088 0,9344 Parte de Madeira(área de apoio variada) 0,829038 1,1274 (Tabela 3) Com os dados obtidos, pudemos calcular a Força de Atrito de cada caso. A fórmula usada foi: (Equação 3) Com isso obtivemos os seguintes resultados: Força de Atrito Estático Par de superfícies µe Fat(N) Parte Esponjosa 0,639 0,8671 Parte de Madeira 1,0574 0,988 Parte de Madeira(área de apoio variada) 0,6746 0,7605 (Tabela 4) 2° Experimento (Coeficiente de atrito cinético) Para calcular o coeficiente de atrito cinético foi necessário mudar o plano de apoio, usamos o plano horizontal. Com o dinamômetro encaixado, o bloco foi puxado e mantido à uma velocidade constante e baixa. O experimento foi realizado e obtivemos os seguintes resultados: (Tabela 5) Sabe-se que a força necessária para puxar o bloco é igual à Forca de Atrito, pois, para manter uma velocidade constante, a forca resultante do corpo tem que ser nula. Assim temos que: F resultante = F atrito – F (Equação 4) Como F resultante deve ser nula, temos que: F = F atrito F = µ * N F = µ * m * g Sabendo a Força necessária, a massa e a gravidade local, podemos obter o coeficiente cinético em cada caso. Assim, temos: Força Necessária para o Movimento Par de superfícies fc1 fc2 fc3 fc4 fc5 fc Parte Esponjosa 0,28N 0,30N 0,30N 0,28N 0,32N 0,296N Parte de Madeira 0,84N 0,84N 0,90N 0,80N 0,80N 0,836N Coeficiente de Atrito Cinético Par de superfícies fc µc Parte Esponjosa 0,296N 0,2176 Parte de Madeira 0,836N 0,6147 (Tabela 6) Conclusão A partir desse experimento, pudemos calcular os atritos cinéticos e estáticos em cada caso. Sabendo a angulação em que o bloco começa a se movimentar obtemos o coeficiente estático entre os planos. Com a força necessária para puxar o bloco em um movimento retilíneo uniforme foi possível calcular o coeficiente cinético em cada caso. Observamos que o atrito está sempre presente no nosso dia-a-dia. O movimento dos carros, por exemplo, só acontece pelo fato de haver atrito entre o pneu e a superfície. Mas nem sempre ela é favorável. Quando empurramos algum objeto a força de atrito age contra o movimento, fazendo com que se torne ainda mais difícil a execução. Referências 1. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros - Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 5.ed. LTC, 2006. 2. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. Volume. 1. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. Apêndices Tabela 1 – Angulação para o movimento do corpo; Tabela 2 – Coeficiente de atrito estático; Tabela 3 – Força normal; Tabela 4 – Força de atrito estático; Tabela 5 – Força necessária para o movimento; Tabela 6 – Coeficiente de atrito cinético; Equação 1 – Coeficiente de atrito estático; Equação 2 – Força normal; Equação 3 – Força de atrito; Equação 4 – Força resultante; Imagem 1 – Plano inclinado.
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