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CURSO DE
REFRIGERAÇÃO E AR
CONDICIONADO
4
ENVIO 10
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.
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GELADEIRACOMERCIAL
Elas têm muitas formas e tamanhos, que depen-
dem da utilização ou do uso que se dará à mes-
ma.
A seguir, mostraremos diferentes tipos de gela-
deira comercial, pois elas são classificadas por
suas dimensões e quantidade de portas. Na pri-
meira figura pode ser vista uma típica geladeira
de açougue, possui uma grande porta, para as
peças inteiras e duas menores, para os cortes
da carne.
Para as pequenas fruteiras ou minimercados,
as portas, geralmente, são do mesmo tamanho.
O móvel é feito com madeira para dar-lhe a for-
ma definitiva e o seu exterior é forrado com lâmi-
nas de aço inoxidável, sendo que já foi utilizada
a madeira de lei e até chapa de aço pintada. As
portas destas geladeiras podem ser feitas de
madeira, de aço inox e também é muito utilizado
o vidro.
VITRINEFECHADA
Este tipo de móvel é muito utilizado nos luga-
res em que o próprio cliente se encarrega de ser-
vir-se (auto-serviços). O seu uso está muito difun-
dido devido a que é uma forma de propaganda
direta.
Algumas delas, chamadas de balcão refrigera-
do, têm na parte frontal, formato de vitrine incli-
nada, e na parte posterior, uma série de portas
para serem utilizadas pelos funcionários do esta-
belecimento.
Este tipo de móvel é utilizado, também, como
elemento decorativo do local.
Para evitar a condensação dos vidros devido à
diferença de temperatura, podem ser colocados
recipientes com cloreto de cálcio, pois este pro-
duto absorve a umidade e para poder fazer a tro-
ca constante do mesmo, a sua localização deve
ser de fácil acesso.
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A parte externa deste móvel pode utilizar o mes-
mo tipo de revestimento, ou seja: madeira ou aço
inox.
O sistema do evaporador deverá estar de acor-
do com o móvel que é utilizado. Em determina-
das vitrines ele é montado na parte superior, sen-
do que também pode ser instalado nas laterais
do móvel. Geralmente, quando são utilizadas ban-
dejas para apresentar o produto, o evaporador
fica imediatamente abaixo das mesmas.
A iluminação é parte muito importante para a
exibição do produto, sendo que para evitar o gran-
de consumo de energia elétrica, utilizam-se tu-
bos fluorescentes, geralmente coloridos.
Sempre deve haver uma boa circulação de ar
para a unidade de refrigeração. Na página pode
ser visto o arranjo interno típico de uma vitrine
refrigerada.
VITRINE FECHADA TIPO MOSTRUÁRIO
Detalhes de construção de uma vitrine fechada
BANDEJA OU
PRATELEIRA
CHAPA DE AÇO INOX
OU PINTADA
ISOLAMENTO
SUPORTE DO EVAPORADOR
VIDRO TRIPLE
BANDEJA PARA
COLETAR ÁGUA DA
CONDENSAÇÃO
EVAPORADOR DE
TUBO E ALETAS
TUBO DE LUZ
LÂMPADA INTERNA
PRATELEIRA INTERNA
FEITA DE MADEIRA
ESTRUTURA
DE MADEIRA
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VITRINEABERTA
Considerando que o próprio cliente vai se
servir do produto, é fundamental que a mer-
cadoria esteja bem disposta e ao alcance do
comprador. Isto também deve ser considera-
do na hora de embrulhar o produto que deve
estar em condições ideais, com o pacote e a
balança próximos ao local onde estão expos-
tas as mercadorias.
Com esta finalidade, foram projetadas as vi-
trines abertas que são verdadeiras pratelei-
ras iluminadas e refrigeradas e onde pode ser
colocado o produto perecível, sob ótimas con-
dições de higiene.
Estas vitrines estão construídas com o mes-
mo princípio com que foram construídas as
vitrines fechadas, sendo que a única diferen-
ça é que sua frente é aberta. Esta vitrine tem,
na sua parte frontal, um cristal com a finalida-
de ou função de dirigir o ar para o interior da
vitrine. Este ar é frio e vem dos evaporadores
que se encontram, geralmente, na parte infe-
rior da vitrine. Na foto, pode ser vista a locali-
zação dos componentes no interior da vitrine,
sendo que ela pode ser considerada como
tradicional. Pode ser observado que, nas la-
terais, a parte inferior e a parte superior estão
fechadas, e a frente, está aberta para que o
cliente possa pegar a mercadoria de seu inte-
resse.
Pode ver-se que na parte superior está loca-
lizado um dos evaporadores, geralmente do
tipo de tubos e aletas. Este componente se
localiza atrás de um espelho que, devido a
sua posição, permite ao cliente, observar a
mercadoria em exposição, como se fosse uma
vista aérea. Esta disposição do evaporador for-
nece o ar, já parcialmente frio, ao segundo
evaporador que fica embaixo da prateleira horizon-
tal que contém a mercadoria. Este é um compo-
nente que, devido a seu tamanho, fornece uma
grande quantidade de ar frio à frente da vitrine e a
posição do vidro defletor, o dirige sobre a
mercadoria. Veja que parte do ar frio, passa por
orifícios que permitem que a mercadoria receba o
CORTE DO ARRANJO INTERNO DOS COMPONENTES DA
VITRINE ABERTA COM CIRCULAÇÃO NATURAL DE AR.
VITRINE ABERTA
DUTO DE
ENTRADA
EVAPORADOR
ORIFÍCIOS
EVAPORADOR
fluxo de duas direções, por cima e por baixo da
prateleira.
Depois de retirar parte do calor da mercadoria, o
ar se dirige para cima e em seu caminho encontra
o vidro frontal, que dirige o ar para o duto formado
pela parte posterior do espelho e o suporte do
primeiro evaporador, fechando assim, o ciclo do ar.
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BEBEDOURO
Este aparelho, essencialmente, está formado por
um compressor hermético e um reservatório de
água.
Cada unidade é fornecida, pelo fabricante, pron-
ta para sua instalação, sendo que o operário deve
fazer as conexões com a rede de água do prédio.
Como todo equipamento hermético, o elemento
de expansão é um tubo capilar que na sua entra-
da tem um filtro para evitar a obstrução por sujeira
ou umidade.
A entrada d’água (A) do bebedouro é feita atra-
vés de uma serpentina (S) que fica no interior de
um tubo de descarga (C) com grande contato com
as paredes do mesmo. Assim é obtido um pré-esfri-
amento da água pois é aproveitada
a diferença de temperatura com a
água que sobrou do consumo.
O reservatório resfriado (T) é me-
tálico e tem ao longo da superfície
externa, outra serpentina (E), que
funciona como evaporador. Sobre
este «evaporador» está soldado o
tubo capilar do bulbo de controle da
temperatura. Este controle está
ajustado para manter os valores de
temperatura entre 9º C e 12º C.
Geralmente, a unidade de refrige-
ração está equipada com um mo-
tor de 1/6 hp.
O condensador é resfriado com ar
forçado por um ventilador, ligado
em paralelo com os terminais do
compressor. Uma proteção do tipo
disjuntor é utilizada para garantir o
funcionamento do equipamento. O
bebedouro é feito com chapa de aço
inoxidável e uma de suas faces
laterais pode ser retirada para
facilitar o acesso aos componentes
da unidade. A tampa superior é feita
de chapa prensada de aço inox e
tem dois orifícios, um para o
escoamento da água que não foi
utilizada, e outro para a instalação do esguicho
(G). Este último é do tipo de botão e permite a
regulagem da força do jato de água.
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES NO INTERIOR DE UM BEBEDOUROBEBEDOURO OU
BEBEDOIRO
Funcionamento
Pela conexão (A), o líqui-
do é fornecido à serpenti-
na (S) do duto, que permi-
te um pré-esfriamento da
água que atinge o reser-
vatório (T) através de uma
tubulação soldada na
tampa do mesmo. A água
fria sai dele pela parte su-
perior e atinge o esguicho
(G) por meio um tubo iso-
lado termicamente. Com
este tipo de arranjo, a
água que atinge o
reservatório, onde ela é esfriada, pode sair do
mesmo, gradativamente, pelo esguicho. A sobra do
consumo, é dirigida desde a tampa do bebedouro
ao duto do escoamento (C). Assim se transfere sua
baixa temperatura à tubulação (S) com forma de
espiral do reservatório d’água (T).
SAÍDA D’ÁGUA
TUBO DE
ENTRADA D’AGUA
RESERVATÓRIO (T)
SERPENTINA (E)
VENTILADOR
CONDENSADOR
FILTRO
TUBO CAPILAR
COMPRESSOR
HERMÉTICO
ESGUICHO
TUBO DE
SUCÇÃO
TROCADOR DE
CALOR
BULBO
CONEXÃO DE
ENTRADA
D’ÁGUA (A)
DUTO DE
DESAGUAMENTO (C)
SERPENTINA DE
ESFRIAMENTO (S)
GRADE
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Instalação
O bebedouro deve ficar longe de radiadores ou
de outras fontes geradoras de calor e em local livre
de pó. O espaço ou afastamento entre suas faces
laterais e as paredes do local deve ficar, no mínimo,
entre 7 e 8 centímetros. Sua parte posterior, quando
tiver condensador à vista, (ou seja: não possui
ventilador), deve ficar, no mínimo a 15 centímetros
da parede. Isto permite a passagem natural de ar
e as ligações com a rede de água do local.
Naqueles locais onde a temperatura ambiente é
muito alta, é conveniente que a tubulação de
fornecimento de água seja isolada, para poder
assim, reduzir o consumo de energia elétrica.
Quando é feita a instalação definitiva do bebedou-
ro, deve existir uma torneira ou registro, na
tubulação que alimenta o bebedouro. O tubo que
permite a saída da água não consumida, deve
ter um sifão para assim, evitar que o cheiro do sis-
tema de esgoto possa invadir o local onde está
localizado o aparelho. Antes de ligar a energia
elétrica ao bebedouro, deve-se sangrar a linha que
contém água, isso é feito depois de abrir o registro
e deixar a água sair pelo esguicho. Quando sair um
jato d’água constante e sem bolhas de ar, podemos
ter certeza que o reservatório está totalmente cheio
de água e sem ar. Este procedimento requer aprox.
15 minutos de fluxo constante de água.
CONSERVADORAS
As unidades assim chamadas são também co-
nhecidas como freezer e sua função é manter em
seu interior, uma temperatura inferior aos 15ºC
negativos.
Existem dois tipos de conservadoras de:
- expedição direta e de salmoura.
CONSERVADORADEEXPEDIÇÃO
DIRETA
Em seu interior ela está dividida em duas ou três
partes, sendo que cada uma delas tem soldada
uma serpentina de esfriamento e elas estão liga-
das entre si, formando um único sistema de refri-
geração. Cada parte ou prateleira é instalada no
interior de um móvel isolado. Na parte superior
existe uma tampa do mesmo material ou de vidro.
A parte inferior permite alojar o equipamento de
refrigeração completo.
Conservadora de sorvete.
PRATELEIRA
ISOLAMENTO
REVESTIMENTO
EXTERNO
FREEZER OU CONSERVADORA DE
EXPEDIÇÃO DIRETA
Na foto que aparece nesta página, pode ser
observada a instalação dos diferentes componen-
tes. O condensador pode ser do tipo externo, de
troca de calor natural ou do tipo interno, localizado
embaixo da conservadora. Neste caso, um ventila-
dor é instalado para forçar o ar, através dele. Algu-
mas vezes, esse ventilador tem um motor próprio
porém, também existe a possibilidade de que o eixo
que gira o compressor, seja ligado ao ventilador.
A temperatura é regulada ou ajustada por meio
de um controle de bulbo e capilar.
O bulbo é fixado a um tubo soldado à parede de
uma das prateleiras localizada na entrada do eva-
porador.
CONTROLE DA
TEMPERATURA
TAMPA DE
ACESSO AO
MOTOR
CAPILAR DO CONTROLE
DA TEMPERATURA.
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Funcionamento
O gás sob baixa pressão é
comprimido e fornecido ao con-
densador (2) onde passa ao
estado líquido. Depois passa
pelo filtro (6) e a válvula tipo
bóia (4). O refrigerante sai da
válvula (4) líquido e com baixa
pressão, e retira o calor da mer-
cadoria em quantidade sufici-
ente como para garantir a tro-
ca do estado físico do refrige-
rante. Na saída do evaporador
(3) é instalado um acumulador
de líquido (5). Sua finalidade é
garantir a total evaporação do
fluido, sem permitir o retorno de
líquido ao compressor. Lembre-
se que ele contém o refrigeran-
te que não atingiu o estado ga-
soso. Neste caso, o superaque-
cimento do fluido entre a entra-
da e a saída do evaporador (3)
pode ser inferior aos 5º C.
Antes de ser admitido pela
sucção do compressor (1), o gás
que sai do acumulador (5) passa
por uma serpentina localizada no interior da válvula
bóia (49) permitindo a troca de calor com o líquido
quente que há em seu interior. Isto aumenta a
eficiência do sistema.
Da mesma forma, estão feitas as conservadoras
ou freezer atuais. Sua única diferença está no fluxo
do líquido refrigerante com o evaporador, pois ele
é controlado por um tubo capilar (4), enrolado sobre
o tubo de sucção como é mostrado na foto.
Com relação à numeração das partes, ela é idên-
tica à foto anterior, com a diferença do trocador de
calor e do elemento de expansão.
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UM FREEZER
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CONSERVADORA
DESALMOURA
Esta unidade está for-
mada por um móvel re-
tangular de chapa de
aço (7), com tampa su-
perior e incorporando
doze tubos, divididos
em duas fileiras e solda-
dos em seu extremo in-
ferior. Esses tubos per-
mitem receber o produ-
to que deverá ser ven-
dido como sorvete.
Esses tubos são fixos e ficam submersos na sal-
moura que preenche o interior do móvel. Ao mes-
mo tempo, o evaporador (3), envolve os tubos e é
encarregado de esfriar essa salmoura. A passa-
gem do refrigerante ao eva-
porador (3) está controlada
por uma válvula termostática
(4) onde a temperatura é re-
gulada por meio de um bul-
bo (8). Este elemento está
localizado no interior de um
outro tubo que também está
no interior da salmoura. A
unidade de refrigeração está
constituída por um compres-
sor (1), um condensador (2)
esfriado por ar, de fluxo na-
tural ou forçado, um acumu-
lador (5) e um filtro desumi-
dificador ou secador (6).
Todo o conjunto é monta-
do sobre um suporte feito de
perfis de ferro e carenado por um móvel seme-
lhante à conservadora.
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UMA CONSERVADORA QUE INCORPORA TUBO CAPILAR
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UMA CONSERVADORA A SALMOURA
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Composição do átomo.
Cargas de igual sinal se repelem
e de diferente sinal se atraem.
Átomo de cobre.
ELETRICIDADE
No início do curso, foi visto que a matéria esta-
va formada por pequenas partículas chamadas de
moléculas e elas estão formadas por uma determi-
nada quantidade de partículas ainda menores, cha-
madas de átomos. A quantidade destas pequenas
partículas determina o tipo de material.
O átomo está formado, no centro, por um núcleo,
ao redor dele giram, a grande velocidade, outras
partículas menores ainda, são os elétrons.
Convencionalmente, o elétron tem carga elétrica
negativa enquanto os elementos no interior do
núcleo, são chamados de prótons e por ter
características diferentes ao primeiro, tem carga
elétrica positiva.
Como pode ser visto no desenho ao lado, a quan-
tidade de elétrons é igualà de prótons.
Como dado interessante e através de experiên-
cias, verificou-se que cargas com o mesmo sinal se
repelem e cargas com sinais diferentes, se atraem.
Outro dado de interesse é que os elétrons giram
ao redor do núcleo formando órbitas e a quantidade
delas determinam o tipo de material.
Estes elétrons são a base da eletricidade e por
meio deles é obtida a luz de uma lâmpada, o giro
de um motor, o aquecimento de um ferro de pas-
sar e até o funcionamento de um computador.
Pode-se comparar o átomo com o nosso sistema
solar, pois o núcleo exerce uma atração sobre os
elétrons do mesmo jeito que o Sol faz sobre os
planetas.
Nos materiais tidos como bons condutores de
eletricidade, os elétrons da última órbita não são
atraídos com a mesma força ou intensidade que
os que estão perto do núcleo. A facilidade de
poder se mover, determina as características de um
material, se ele é condutor ou isolante.
Por exemplo, o cobre tem um átomo com 29
prótons no núcleo e 29 elétrons girando ao redor
do núcleo e o átomo do hidrogênio, um só próton e
um elétron.
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Potencial elétrico e diferença de potencial.
Pilha e batería com seus símbolos
elétricos correspondentes.
POTENCIALELÉTRICO
É chamada de potencial elétri-
co de um corpo a pressão exis-
tente no mesmo pelo excesso ou
falta de elétrons.
Por exemplo, se por algum
meio é possível retirar elétrons
de um corpo, e esse mesmo
componente é fornecido para
um outro, temos o seguinte: o
corpo que recebeu o elétron fica
carregado de forma negativa e
aquele de que foi tirado o mes-
mo elétron, agora fica carregado
de forma positiva. Desta manei-
ra podemos dizer que, os elé-
trons que ficam perto de outros, exercem uma força
de repulsão entre eles. Isto forma uma pressão
elétrica conhecida como potencial elétrico. Chama-
se de negativo aquele que recebeu o elétron. O
que perdeu o elétron, forma o potencial elétrico
positivo.
DIFERENÇA DE POTENCIAL
Na foto superior desta página, há dois corpos,
sendo que um deles tem excesso de elétrons e
no outro, há falta dos mesmos. Por isso, o corpo
A apresenta um potencial elétrico negativo e o
corpo B, potencial elétrico positivo.
Se esses corpos puderem ser comparados en-
tre si, pode ser observado que entre eles existe
uma diferença chamada de diferença de potenci-
al, ou voltagem.
Isto pode ser resumido assim: existe diferença
de potencial quando temos dois corpos, um de-
les com potencial elétrico negativo e o outro, com
potencial elétrico positivo. O valor desta diferen-
ça depende do potencial de ambos os corpos e
sua unidade de medida é o Volt.
Na prática, encontramos voltagem entre os ter-
minais de uma pilha, de uma bateria ou na toma-
da de corrente da nossa casa.
CORRENTE ELÉTRICA
Se temos dois corpos entre os quais existe uma
diferença de potencial e unimos ambos através
de um fio elétrico, acontecerá o seguinte: o ter-
minal positivo “rouba” do fio, um elétron livre, outro
elétron do fio passa a ocupar a vaga que deixou
o anterior, um terceiro elétron passa à vaga que
deixou o segundo e assim, sucessivamente. Isto
acontece até que o terminal negativo substitui, com
um elétron dele, o elétron que forneceu ao terminal
positivo. Esta série de fatos continuamente estão
acontecendo com grande quantidade de elétrons,
que vão desde o terminal negativo para o terminal
positivo. Este fluxo de elétrons é chamado de
corrente elétrica.
Resumindo: dizemos que corrente elétrica é o
deslocamento de elétrons livres através de um
condutor e ela sempre é produzida desde o cor-
po com potencial elétrico negativo para o corpo com
potencial elétrico positivo.
Ao mesmo tempo, se diz que essa corrente tem
intensidade quando por um fio passam 6,28 tri-
lhões de elétrons (1 Coulomb) durante um segun-
do. Sua unidade de medida é o Ampère (A).
Potencial elétrico
negativo
Diferença de
potencial
Potencial elétrico
positivo
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DIFERENÇA DE POTENCIAL E CORRENTE ELÉTRICA
DESLOCAMENTO DOS ELÉTRONS NO FIO
DIFERENTES TIPOS DE RESISTÊNCIA E SÍMBOLO
A B
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Os elétrons, quando passam ao longo
de um fio, encontram uma oposição a
esse movimento. Essa oposição é deno-
minada como resistência elétrica e sua
unidade de medida é o Ohm.
Um Ohm é a resistência que oferece
um fio de mercúrio puro de 106,3 cm de
comprimento e 1 mm2 de área, estando à
temperatura de 0º C, quando essa corren-
te está passando por ele.
É importante lembrar
que a resistência de um
fio é maior quanto menor
seja sua área e maior o
seu comprimento. A resis-
tência elétrica depende,
também, do tipo de ma-
terial que foi utilizado na
fabricação do fio elétri-
co. Nos circuitos elétri-
cos, a resistência é re-
presentada pelo símbolo
que mostra a foto desta
página.
RESISTÊNCIA ESPECÍFICA
É a que um fio ou condutor de 1 metro de com-
primento e 1 mm2 de área que certo material, a
uma temperatura de 20º C, opõe à corrente elé-
trica.
A resistência específica é parte das caracte-
rísticas do material.
A seguir, esta tabela mostra alguns valores:
Alumínio comercial ....................0,029 Ohm
Ferro (arame) .............................0,126 Ohm
Bronze fósforo ............................0,084 Ohm
Cobre ..........................................0,018 Ohm
Prata pura ..................................0,016 Ohm
Estanho puro ..............................0,144 Ohm
ELÉTRONS LIVRES
ÁTOMO DO
FIO
FIO
FIO
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Determinação da resistência
elétrica de um fio
Para poder obter a resistência elétrica
de um fio deve-se multiplicar seu com-
primento (L) na unidade metro (m) pela
resistência específica (S) do material
com que foi feito o fio. Esse resultado
deve ser dividido pela área (A) dada em
milímetros quadrados (mm2).
Escrito numa fórmula:
L x S
Resistência = ———
A
Exemplo:
Um fio de cobre de 150 metros de
comprimento e uma seção ou área de 2
milímetros quadrados. Sua resistência R deve
ser:
150 m x 0,018 2,70
R = ———————— = ———— = 1,35 Ohm
1 mm2 2
Até agora temos definidos os três valores funda-
mentais da eletricidade e eles são:
Voltagem que é representada pela letra "V", Cor-
rente pela letra "I" e a Resistência é representada
pela letra "R".
Em todo circuito elétrico por mais simples que ele
seja estas três magnitudes estão presentes. Na
foto, apresentamos um circuito elétrico básico.
Nele podemos ver uma pilha conectada a uma
lâmpada por meio de dois fios.
Vejamos primeiro a pilha: ela tem dois contatos,
um na parte superior que é conhecido como termi-
nal positivo e outro, localizado em sua parte inferior,
UNIDADE MÚLTIPLO EQUIVALENTE A SUBMÚLTIPLO EQUIVALENTE A
VOLTAGEM Volt (V) Kilovolt (KV) 1000 Volt MiliVolt (mV) Milésima parte do Volt
MicroVolt (miV) Milhonésima parte do Volt
CORRENTE Ampère MiliAmpère (mA) Milésima parte do Ampère
(A) MicroAmpère (miA) Milhonésima parte do Ampère
RESISTÊNCIA Ohm Kilohm (K� ) 1000 Ohm
(� ) Megohm (M� ) 1.000.000
de Ohm
CIRCUITO ELÉTRICO BÁSICO
é o terminal negativo.
No referido circuito, temos as três magnitudes
fundamentais:
A diferença de potencial ou voltagem (V) que é
fornecida pela pilha. A resistência (R) oferecida à
passagem da corrente pela lâmpada e a corrente
(I) que circula pelos fios que formam o circuito.
O valor da corrente que circula, depende da
diferença de potencial entre os terminais da pilha
e o valor da resistência da própria lâmpada.
É fácil verificar que quanto maior for a diferença
de potencial que é fornecida ao circuito, maior será
a corrente que passapelo mesmo.
O valor da resistência do circuito, ou seja a pró-
pria lâmpada, também afeta a quantidade de cor-
rente que possa circular. Se a resistência é peque-
na, a corrente que passa ao longo do circuito deve
ser muito grande. Ao contrário, se a resistência é
grande, o valor da corrente deverá ser pequeno.
TERMINAL (+)
DIFERENÇA
DE
POTENCIAL
PILHA
TERMINAL (-)
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LEI DE OHM
Pelo que foi visto na página anterior, podemos
observar que as três magnitudes fundamentais
estão muito relacionadas entre si. Por isso, se
são conhecidos dois desses valores é perfeita-
mente possível encontrar o terceiro.
Se em um circuito como o da foto superior, co-
nhecemos os valores da voltagem e da resistên-
cia, é possível conhecer o valor da corrente.
VOLTAGEM
CORRENTE = ———————
RESISTÊNCIA
Essa mesma fórmula é representada de forma
simplificada:
V
I = ——
R
Se os valores do circuito são substituídos no
lugar das letras, temos:
60 V
I = ———— = 3 A
20 �
Lembre-se que a unidade de corrente é o Ampè-
re (A).
Utilizando o mesmo circuito, porém conhecen-
do agora a corrente e o valor da resistência, po-
demos obter o valor da voltagem.
VOLTAGEM = CORRENTE X RESISTÊNCIA =
V = I x R
Voltamos a trocar as letras pelos valores do
circuito:
V = 3 A x 20 � = 60 Volts
Utilizando o mesmo critério pode-se obter o va-
lor da resistência do circuito se são conhecidos
os valores das outras duas magnitudes.
VOLTAGEM V
RESISTÊNCIA = ———————— = ——
CORRENTE I
Se são trocadas essas letras pelos valores que
aparecem no circuito da terceira foto, fica:
60 V
R = —— = 20 �
3 A
V = 60
R = 20
�
I = ?
R = 20
�
CORRENTE I = V
R
VOLTAGEM V = I x R
RESISTÊNCIA R = V
I
V
I x R
V = 60
R = ?
I = 3 A
Podemos resumir dizendo o seguinte: para co-
nhecer uma das três magnitudes de um circuito
e conhecendo as outras duas, é suficiente usar
a fórmula correspondente de acordo com a in-
cógnita que temos.
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LIGAÇÃO DE RESISTÊNCIAS
Até agora temos apresentado como oposição à
passagem da corrente num circuito, apenas uma
resistência. Na prática sempre há conectadas
mais de duas resistências.
Basicamente, há duas formas delas serem co-
nectadas: em série ou em paralelo.
CONEXÃOEMSÉRIE
Duas ou mais resistências estão conectadas
em série, quando elas estão, uma após a outra e
a corrente só tem um caminho a percorrer. A re-
sistência total que elas exercem estando conec-
tadas em série é igual à soma das resistências
individuais de cada uma delas. Para saber o seu
valor deve ser utilizada a seguinte fórmula:
Resistência total = R1 + R2 + R3 +..........+ Rn
No nosso exemplo, temos: Rt = R1 + R2 = 60 +
40 = 100 Ohm
aplicada a seguinte fórmula:
R1 x R2
Resistência total = —————
R1 + R2
Esta fórmula deve ser utilizada de duas em duas
resistências apenas.
1
R t = —————————————————
1 1 1 1
— + —— + —— + ........ + ——
R1 R2 R3 Rn
Esta fórmula é utilizada para qualquer número
de resistências ao mesmo tempo.
Se substituímos os valores do circuito pelas
letras da fórmula, temos:
60 x 40 2400
Rt = ————— = ———— = 24 Ohm
60 + 40 100
RESISTÊNCIAS CONECTADAS EM SÉRIE
R
1
40 �
R
2
60 �
CONEXÃOEMPARALELO
Duas ou mais resistências estão em paralelo
quando estão unidos seus extremos, e a corren-
te encontra tantas opções de caminhos como re-
sistências há no circuito.
A resistência total de um circuito em paralelo
deve ser sempre menor que a menor das resis-
tências que formam o circuito.
Para obter o valor da resistência total deve ser
FIGURA: RESISTÊNCIAS CONECTADAS
EM PARALELO
R
1
R
2
60 �
40 �
Se temos mais de duas resistências conecta-
das em paralelo, a forma mais simples de averi-
guar o valor da resistência total é utilizar a mes-
ma fórmula anterior com duas delas. O resultado
é conhecido como resistência parcial. Depois, é
feita a mesma fórmula com o resultado parcial
mais a terceira resistência, e assim sucessiva-
mente.
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Como exemplo temos o circuito da foto, e ele
apresenta três resistências:
Primeiro fazemos R1 + R2.
R1 x R2 30 x 20 600
R parcial = ———— = ———— = —— = 12 �
R1 + R2 30 + 20 50
Logo, R parcial + R3
R parcial x R3 12 x 24 288
R total = ——————— = ———— = —— = 8�
R parcial + R3 12 + 24 36
De acordo com o resultado obtido, pode ser
comprovado que a resistência total é menor que
a menor das resistências que fazem parte do cir-
cuito em paralelo.
Quando temos o valor da resistência total, po-
dem ser trocados os valores:
V 200
I = ——— = —— = 4 A
R total 50
Agora que é conhecido o valor da corrente do
circuito, falta verificar a voltagem que é aplica-
da em cada uma das resistências. A voltagem é
de 200 Volts, porém, não é aplicada em uma de-
las mas sim repartida entre as resistências, pro-
porcionalmente.
Utilizando a Lei de Ohm, poderemos obter a vol-
tagem em R1, que chamaremos de V1 e a volta-
gem que temos em R2, será V2.
Antes de continuar, é bom lembrar que: em todo
circuito em série, a corrente é a mesma ao longo
de todos os pontos do referido circuito.
Por isso, sabemos que por R1 e por R2 deverão
passar somente, 4 Ampères.
Com esses dados e usando a lei de Ohm, temos
que a voltagem em R1 deverá ser:
V = I x R
V1 = I x R1 = 4 x 20 = 80 Volts
Para R2, deverá ser:
V2 = I x R2 = 4 x 30 = 120 Volts.
Assim que temos a voltagem sobre R1 e R2,
podemos comprovar que, em um circuito em sé-
rie, a soma das tensões parciais é igual à volta-
gem aplicada.
Veja o seguinte exemplo:
V1 + V2 = 80 V + 120 V = 200 Volts.
TRÊS RESISTÊNCIAS CONECTADAS EM PARALELO
R
1
= 30 �
R
2
= 20 �
R
3
= 24 �
APLICANDOALEIDEOHMEMUM
CIRCUITOEMSÉRIE
Quando foi apresentada a lei de Ohm partimos
de um circuito elétrico formado por uma pilha e
uma resistência. Agora, aplicamos a lei em um
circuito formado por uma pilha e duas resistênci-
as, conectadas em série.
Como exemplo utilizamos o da foto: sua dife-
rença de potencial é de 200 V e as duas resistên-
cias, em série, uma com 20 Ohm (R1) e a outra
com 30 Ohm (R2).
Neste circuito nos falta conhecer a corrente I.
V
I = ——
R
Primeiro, averiguamos a resistência total:
R total = R1 + R2 = 20 + 30 = 50 �
V
1
= ?
V
2
= ?
V
t
= 200 V
I = 4 A
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APLICANDOALEIDEOHMEMUM
CIRCUITOEMPARALELO
Se temos um circuito formado por uma pilha e
duas resistências conectadas em paralelo, e é
conhecido o valor da voltagem e das resistênci-
as, aplicando a lei de Ohm é possível descobrir:
V
I = ——
R
Vendo o circuito, temos que a corrente tem dois
caminhos a percorrer. Ela parte do pólo negativo
da fonte e, ao atingir o ponto A, se divide, pas-
sando parte dela por R1 e outra por R2. No ponto
B, voltam a se unir e dirigem-se ao pólo positivo
da mesma fonte.
Podemos verificar que a corrente total que pas-
sa pelo circuito deve ser obtida, primeiro, vendo
a resistência total, que é:
R1 x R2 20 x 80 1600
R total = ————— = ———— = ——— = 16�
R1 + R2 20 + 80 100
Se é conhecido o valor da resistência total,
podemos obter o valor da corrente:
V 160
I = ———— = ——— = 10 A
R total 16
Agora sabemos que a corrente do circuito é de
10 Ampères, porém não conhecemos o valor da
intensidade que circula por cada uma das resis-
tências. Por meio da Lei de Ohm, pode-se desco-
brir essa incógnita, já que o valor das resistênci-
as é conhecido. Também sabemos que nos cir-
cuitosem paralelo a voltagem aplicada é a mes-
ma para todas as resistências que fazem parte
dele, por isso, a corrente em R1 deve ser:
V 160
I1 = —— = —— = 8 A
R1 20
E em R2 deverá ser:
V 160
I2 = —— = —— = 2 A
R2 80
Uma vez calculadas as correntes em R1 e R2,
pode ser comprovado que se elas forem soma-
das, o valor obtido deverá ser o da corrente to-
tal.
I1 + I2 = 8 A + 2 A = 10 A
Então pode-se dizer que em todo circuito para-
lelo, a soma das correntes parciais é igual à cor-
rente total.
R
1
= 20
V
2
= ?
V = 160 V
I
total
= ?
R
2
= 80
A
B
V = 160 V
I
total
= 10 A
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O TRABALHO REALIZADO DEPENDE DA FORÇA
APLICADA E DA DISTÂNCIA PERCORRIDA.
F = 30 Kg.
d = 20 m
TRABALHO
MECÂNICO
Se diz que um corpo tem energia quando pode
realizar um trabalho. Trabalho é definido como o
esforço necessário para transportar um corpo ao
longo de uma determinada distância. O trabalho
mecânico (Tm) depende da força (F) empregada e
da distância (d) que deve ser percorrida.
Para calcular o trabalho mecânico é utilizada a
seguinte fórmula:
Tm = F x d
A força é medida em quilogramas e a distância
em metros, sendo que o resultado do produto
entre ambas é a unidade Kg/m.
Como exemplo, suponha que necessitamos pu-
xar uma caixa, como a da foto, de uma distância
de 20 m e para fazer este trabalho temos que
aplicar uma força de 30 Kg.
O trabalho mecânico que deve ser realizado é:
Tm = F x d = 30 Kg x 20 m = 600 Kg/m
POTÊNCIAMECÂNICA
Agora suponha que duas pessoas têm que des-
carregar 20 caixas de frutas, cada pessoa, de
um caminhão. O homem A carrega uma caixa em
cada viagem, enquanto que o homem B, carrega
em cada viagem, duas caixas. É evidente que o
homem B finalizará o seu serviço antes do que o
A. Qual dos dois homens terá feito o maior traba-
lho no final de sua tarefa, o homem A ou o ho-
mem B?
Se a distância percorrida em cada viagem é de
12 metros e cada caixa pesa 20 quilogramas, o
homem A deverá ter realizado o seguinte traba-
lho:
Tm = F x d = 20 Kg x 12 m = 240 Kg/m
Para poder finalizar seu serviço ele fez 20 via-
gens e em cada uma delas, carregava uma cai-
xa. Por isso, o seu trabalho total ou final deverá
ser:
Tm = 240 Kg/m x 20 viagens = 4.800 Kg/m
Com o mesmo pensamento, o homem B carre-
gava 2 caixas em cada viagem, por isso o seu
trabalho final deverá ter sido:
Tm = 40 Kg x 12 m = 480 Kg/m
Como ele finalizou a sua tarefa em 10 viagens,
o seu trabalho final foi:
Tm = 480 Kg/m x 10 viagens = 4.800 Kg/m
De acordo com esses resultados, é pos-
sível verificar que o trabalho realizado
pelas duas pessoas foi o mesmo, porém
qual foi a diferença, então?
O homem B desenvolveu uma maior po-
tência para poder fazer o mesmo serviço.
E que é potência? É o trabalho feito na
unidade de tempo.
O homem B desenvolveu maior potência
do que o homem A, pois fez o mesmo ser-
viço num tempo menor.
A potência mecânica é calculada utili-
zando a seguinte fórmula:
Trabalho mecânico Tm
Potência mecânica = ————————— = —
—
Tempo t
Sendo que a unidade de trabalho mecânico é o
Kg/m e a do tempo é o segundo, então a unidade
de potência mecânica é: Kgm/S.
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19
AS DUAS PESSOAS FAZEM O MESMO SERVIÇO,
PORÉM O HOMEM B DESENVOLVE MAIOR POTÊNCIA
Na prática, é
adotada como uni-
dade de potência o
Hp (cavalo de for-
ça). Sua equivalên-
cia é o trabalho
realizado por 76
Kg/m em um se-
gundo.
Por exemplo: se
temos um motor
que por meio de
uma polia pode er-
guer 76 Kg a uma
altura de 1 metro
em um segundo.
Sua potência deve-
rá ser:
Tm = F x d = 76 Kg x 1 m = 76 Kg/m
Tm 76 Kg/m
Pm = ——— = ————— = 1 hp
T 1 s
Se temos um outro motor que pode erguer um
peso de 19 Kg até uma altura de 8 m, sendo que
para fazer esse serviço demora 2 segundos.
Fazendo contas, a potência deverá ser:
Tm = F x d = 19 Kg x 8 m = 152 Kg/m
Tm 152 Kg/m 76 Kg/m
Pm = —— = —————= ————= 1 hp
t 2 s 1 s
Pelo que pode ser visto, é possível observar
que ambos motores têm a mesma potência, pois
o trabalho (76 kgm) foi feito no mesmo tempo (1
s).
Por isso: 1 hp = 76 Kgm/s
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20
SE CONHECEMOS A VOLTAGEM E A CORRENTE,
PODE-SE SABER A POTÊNCIA
SE CONHECEMOS A POTÊNCIA E A CORRENTE, PODE-
SE SABER A VOLTAGEM
SE CONHECEMOS A POTÊNCIA E A VOLTAGEM, PODE-
SE SABER A CORRENTE
TRABALHOELÉTRICO
Todo circuito elétrico faz um trabalho. Que é o
deslocamento das cargas elétricas (elétrons) im-
pulsionadas por uma diferença de potencial. O
trabalho elétrico será maior quanto maior for a
voltagem (V) e maior a quantidade de cargas em
movimento.
Para conhecer o trabalho elétrico que é desen-
volvido por um circuito, é necessário multiplicar
a voltagem aplicada pela quantidade de carga
elétrica que passa por ele.
A unidade de trabalho elétrica é o Joule, que
resulta da aplicação de uma diferença de poten-
cial de 1 Volt para que circule uma carga de um
Coulomb (6,28 trilhões de elétrons).
POTÊNCIAELÉTRICA
É definida de igual maneira que a potência
mecânica, ou seja que a potência elétrica é o
trabalho realizado na unidade de tempo. O Watt
é a unidade de potência elétrica.
Isto equivale à passagem de 1 ampère com
uma diferença de potencial de 1 Volt.
Potência elétrica = voltagem x corrente
W = V x I = Volt x Ampère
Vejamos um exemplo: se temos um ferro de
passar com uma resistência que permite a pas-
sagem de 3 A e é alimentada com uma voltagem
de 200 V. A potência elétrica do ferro é calculada
com a seguinte fórmula:
W = V X I = 200 V x 3 A = 600 W
Na prática, é possível encontrar aparelhos nos
quais é indicada a potência dos mesmos com a
unidade Watt (W) porém não especificam o valor
da corrente. Neste caso, para poder conhecê-la
devemos utilizar a seguinte fórmula:
W
I = ——
V
Suponha que um aquecedor elétrico é alimen-
tado com 220 V e sua potência é 2.500 W. Se
queremos saber a corrente que circula pela re-
sistência, pode ser feito o seguinte cálculo:
W 2.500 W
I = —— = ————— = 11,36 A
V 220 V
Também podemos nos encontrar frente à situ-
ação de conhecer a potência em W e a corrente
em Ampères de qualquer aparelho, e necessita-
mos saber a voltagem que deve ser aplicada. Para
isso podemos usar a seguinte fórmula:
W
V = —
I
Por exemplo, um aquecedor elétrico tem uma
potência de 440 W e uma corrente de 4 A.
A voltagem que deve ser aplicada é:
W 440 W
V = — = ———— = 110 V
I 4 A
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21
RELAÇÃOENTREPOTÊNCIA
ELÉTRICAEMECÂNICA
Lembre-se que a potência mecânica tem como
unidade, o "Hp", que tem como equivalente um
trabalho mecânico de 76 Kgm/s.
Do mesmo modo a potência elétrica se mede
em Watt e este é igual ao produto da voltagem
de um Volt por uma corrente de um Ampère.
Por exemplo, conhecemos a potência mecâni-
ca de um motor, podemos saber o seu equiva-
lente elétrico.
Para isso, se deve saber que: 1 hp = 746 Watt
Se temos um motor, e sua plaqueta de identifi-
cação nos informa que a potência mecânica é de
1/6 hp, para saber sua potência elétrica:
746 W
1/6 hp = 1/6 x 746 = ———— = 124,33 W
6
TIPOS DE CORRENTE
ELÉTRICA
Há dois tipos fundamentais de corrente elétri-
ca:
� Contínua
� Alternada
CORRENTE CONTÍNUA
Os circuitos vistos até agora utilizam corrente
elétrica contínua. Ela está caracterizada por sem-
pre manter o sentido da corrente e o valor da
voltagem constante.
A corrente contínua se obtém em pilhas, acu-
muladores, bateriasou geradores de corrente
contínua, conhecidos como dínamos.
Se o valor da voltagem permanece constante
conforme o tempo passa, o valor da corrente faz
o mesmo. Como sabemos também que essa úl-
tima sempre circula do negativo ao positivo, o
sentido de corrente sempre será o mesmo.
No gráfico se observa que: conforme o tempo
passa a corrente e a voltagem sempre mantém
o mesmo valor.
A CORRENTE CONTÍNUA MANTÉM O VALOR DA
VOLTAGEM E O SENTIDO DA CORRENTE
CORRENTE ALTERNADA
Ela está caracterizada por mudar, constante-
mente o valor da voltagem e periodicamente, in-
verter o sentido de circulação. Estes geradores
fornecem uma voltagem que alterna a polarida-
de periodicamente, por isso, a corrente se vê
obrigada a acompanhar as variações de polari-
dade do gerador.
Estes geradores, conhecidos como alternado-
res, além de inverter a polaridade fornecem uma
tensão com valores mudando constantemente.
Se a resistência do circuito permanecer cons-
tante, a corrente que circula segue as mesmas
variações da voltagem do alternador.
Na página seguinte, o gráfico representa a vol-
tagem e a variação de corrente gerada pelo alter-
nador.
Vejamos agora o que ocorre no circuito. No
momento A, a voltagem aplicada é igual a zero e
por isso, a corrente é nula.
No arco AB, a voltagem aumenta e a corrente
faz o mesmo, no mesmo período de tempo.
No ponto B, a voltagem começa a diminuir, atin-
gindo o valor zero, no ponto C .
No gráfico, se observa que a corrente também
começa a diminuir, atingindo o valor zero ao mes-
mo tempo que a voltagem.
A partir do momento C, a voltagem do alterna-
dor aumenta novamente, porém, agora com a
polaridade invertida em relação à anterior. Por
isso ela é representada por baixo da linha do
zero.
CORRENTE (A)
VOLTAGEM (V)
TEMPO (S)
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22
Durante o mesmo período, a
corrente também aumenta, po-
rém, agora ela se vê obrigada
a circular no sentido inverso.
Desde o ponto D até o E, a
voltagem e a corrente diminu-
em até atingir o zero.
As variações de voltagem e
corrente se manifestam do pon-
to A até o E, e perfazem um ci-
clo de corrente alternada. Esse
processo se repete através da
linha do tempo.
CARACTERÍSTICASDA
CORRENTEALTERNADA
Se denomina freqüência de
corrente alternada ao número de
ciclos que se desenvolvem por se-
gundo. Sua unidade é o Hertz (Hz).
No Brasil, a distribuição elétrica
no nosso lar é de corrente alterna-
da com 127 ou 220 Volts numa fre-
qüência de 60 ciclos por segundo.
No caso da distribuição elétrica
com finalidade industrial ou comer-
cial, o valor da voltagem é de 380
V, e a freqüência é sempre a mes-
ma, 60 Hz.
Como sabemos, a corrente alter-
nada varia continuamente o valor
da tensão.
Se chama “valor de pico” de uma
corrente alternada, o máximo valor
que ela atinge durante meio ciclo
do positivo até o negativo.
Se chama “valor eficaz de corren-
te alternada”, ao equivalente do calor gerado por
uma resistência, alimentada por corrente contí-
nua, no mesmo período de tempo. Na prática, o
valor da tensão da corrente alternada é seu va-
lor eficaz.
Por exemplo, se a voltagem da rede de distri-
buição é de 220 V, este valor eficaz é igual a
70,7% de sua voltagem de pico de 311 Volts.
UMA VOLTAGEM DE PICO DE 311 V PRODUZ UMA VOLTAGEM
ALTERNADA DE 220 V, ESTE É SEU VALOR EFICAZ
A CORRENTE ALTERNADA MUDA CONSTANTEMENTE O SEU VALOR DE
VOLTAGEM E INVERTE O SENTIDO DA CIRCULAÇÃO
VALOR DE PICO DE
ONDA
VALOR EFICAZ
TEMPO
CORRENTE (A)
VOLTAGEM (V)
TEMPO
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23
CAPACITORES
Estes elementos têm a finalidade de armazenar
cargas elétricas na forma de "diferença de po-
tencial", que é estabelecido entre duas superfí-
cies metálicas colocadas frente à frente. O capa-
citor também conhecido como condensador, está
formado por duas chapas metálicas, isoladas
entre si por um meio chamado “dielétrico”.
Se a energia elétrica é acumulada, nas partes
do condensador, na forma da diferença de poten-
cial, uma das partes perderá elétrons e a outra,
receberá elétrons.
Por esse motivo, como indicado na foto, há fuga
de elétrons da chapa esquerda e ela apresenta
polaridade positiva (+), enquanto a chapa direi-
ta, ao receber elétrons adquire polaridade nega-
tiva (-).
O processo que permite ao condensador per-
der elétrons em uma das chapas, e receber elé-
trons na outra, é conhecido como carga do capa-
citor.
Seu processo de carga é muito simples, se ob-
servamos a foto inferior. Suponha por um momen-
to, que a pilha não está conectada ou seja, não
aplicamos diferença de potencial ao condensa-
dor. Que acontece com as chapas? Nada. Sim-
plesmente devemos lembrar que contém elé-
trons, ou seja não sobram nem faltam, elas se
encontram eletricamente neutras.
Conectada a pilha, seu terminal negativo for-
nece elétrons à chapa "A". Como ela estava neu-
tra, ao receber elétrons, passa a ser negativa.
Que acontece com a chapa "B"? O terminal (+)
da pilha “rouba” desta chapa "A" a mesma quan-
tidade de elétrons que ela recebeu da chapa "B".
Isto significa que a chapa "B" quando perde elé-
trons, passa a ser positiva.
Em que momento finaliza este processo de car-
ga? Se sabe que a chapa "A", ao receber elé-
trons, torna-se negativa. Conforme a quantidade
de elétrons aumenta, seu potencial negativo cres-
ce. É evidente que em um certo momento, a cha-
pa "A" será tão negativa como o terminal (-) da
fonte. Por isso, não existe diferença de potenci-
al entre essa chapa e o terminal da pilha. A con-
seqüência é que deixa de passar corrente para a
chapa.
No que refere à chapa "B", sua situação é
semelhante. O terminal (+) da pilha retira
PROCESSO DE CARGA DE UM CONDENSADOR
CAPACITOR OU CONDENSADOR E SEU SÍMBOLO
A ENERGIA ELÉTRICA SE ACUMULA NAS CHAPAS
DE UM CONDENSADOR PARA FORMAR UMA
DIFERENCIA DE POTENCIAL
elétrons e como conseqüência disso, a referida
chapa torna-se positiva até ficar com o seu po-
tencial elétrico igual ao terminal (+). Esta
condição representa a não existência de
diferença de potencial, por isso, deixa de circular
corrente de "B" para a pilha.
DIELÉTRICO
CHAPAS OU ARMADURAS SIMBOLO
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24
Resumindo: Se considera que o condensador
completou sua carga quando a diferença de po-
tencial que apresentam suas chapas é igual à
voltagem da fonte.
Se é retirada a pilha do circuito quando o con-
densador se encontra totalmente carregado, se
mantém entre suas chapas uma diferença de po-
tencial. Isto quer dizer, sobram elétrons da cha-
pa "A" e faltam elétrons na chapa "B". Se ambos
terminais do condensador são unidos, conforme
mostra a foto, circulará uma corrente no sentido
indicado, ou seja, escapam elétrons da chapa "A"
e entram na "B" até que ambas chapas ou arma-
duras sejam eletricamente neutras. Desta ma-
neira, foi mostrado que um
condensador acumula corrente
elétrica quando se carrega, e ela é
devolvida durante sua descarga.
O isolante, que afasta ambas as cha-
pas, tem uma função muito importante
e não deve permitir que elas se to-
quem. Se isto acontecer, o condensa-
dor não estará em condições de en-
tregar a corrente no momento certo.
No início deste capítulo, foi explica-
do que a voltagem com que carrega-
mos um corpo, depende da carga que
é fornecida. Lembre que se colocamos
uma grande quantidade de elétrons
numa das chapas metálicas, teremos
uma grande voltagem.
Também se deve lembrar que a pres-
são elétrica depende do tamanho das
chapas, e quanto maior forem, maior
será a voltagem que pode ser armazenada ou pro-
duzida. A unidade utilizada para medira capaci-
dade elétrica é o Faraday.
O que é o Faraday? Se entregamos a uma cha-
pa metálica uma carga de um Coulomb (6,28 tri-
lhão de elétrons) e isto consegue produzir uma
tensão de 1 Volt, isso é conhecido como um Fa-
raday.
Este conceito é muito simples e não deve gerar
confusão. Se agregamos um Coulomb a uma pe-
quena chapa, a pressão elétrica será superior a
um Volt. Por isso, o Faraday não é uma unidade
que costume ser usada na prática. Realmente,
deveria ser muito grande a chapa metálica para
que somada ou fornecida a quantidade de 6 tri-
lhões de elétrons somente obtivesse uma pres-
são de 1 Volt para poder escapar.
Na prática, a unidade mais usada é o Micro
Faraday, que corresponde à milionésima parte
do Faraday.
Sabe-se que o condensador tem um isolamento
que afasta as chapas metálicas, mas ele não é
perfeito, ou seja, se aumentamos demasiado a
diferença de potencial entre as chapas do con-
densador, o isolante ou dielétrico se transforma
em condutor e o capacitor fica em curto-circuito.
Por esse motivo é comum que a fábrica indique
o condensador com duas cifras: uma indica o
valor do condensador e a outra, indica a volta-
gem máxima permitida para o elemento não so-
frer danos.
PROCESSO DE DESCARGA DE UM
CONDENSADOR
DIFERENTES TIPOS DE CONDENSADORES COM SEU VALOR
DE CAPACIDADE E DE VOLTAGEM DE TRABALHO.
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25
ASSOCIAÇÃO
Do mesmo jeito que foi feito com as resistênci-
as, os capacitores ou condensadores podem ser
conectados em série ou em paralelo.
CONEXÃOEMSÉRIE
Dois ou mais condensadores estão conectados
em série, quando um deles encontra-se a conti-
nuação do outro. A capacidade total é determi-
nada pela seguinte fórmula:
C1 x C2
Capacidade total = —————
C1 + C2
Em todo circuito em série, a capacidade total
será menor que a menor das capacidades que
formam o circuito.
CONEXÃO EM PARALELO
Dois ou mais capacitores estão conectados em
paralelo quando eles estão unidos por seus ex-
tremos.
A capacidade total é igual à soma das capaci-
dades parciais.
Capacidade total = C1 + C2 + C3 + .......
CONEXÃO EM SÉRIE DE CAPACITORES
CONEXÃO EM PARALELO DE CAPACITORES
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26
PÓLOS COM IGUAL SÍMBOLO SE REPELEM E COM
DIFERENTE SÍMBOLO, SE ATRAEM.
O IMÃ ESTÁ FORMADO POR DOIS PÓLOS
E UMA ZONA NEUTRA.
MAGNETISMO
O magnetismo é a propriedade que certas subs-
tâncias têm para atrair o ferro, o aço e outros
metais ferrosos. Na antiguidade, essa proprie-
dade já era conhecida em um material com o
nome magnetita, que hoje é conhecido como ímã
permanente.
Na atualidade, os ímãs encontrados no dia a
dia são artificiais, pois o homem pode fabricá-
los, seja por contato direto com um ímã natural
ou por meio da eletricidade.
Um ímã está formado por dois
pólos, conhecidos como Norte e
Sul e uma parte central, chamada
de zona neutra.
O poder do ímã é determinado
pelo campo magnético que existe
em torno dele. Esse campo mag-
nético é formado por «linhas de for-
ça» imaginárias que «saem» do pólo
Norte e «entram» pelo pólo Sul.
Uma lei que rege os fenômenos
magnéticos diz:
"Dois pólos com o mesmo símbo-
lo se repelem, enquanto que pólos
de símbolos diferentes, se atraem"
Na prática, os ímãs apresentam
limitações, sendo que a principal
delas é a dificuldade de alterar o
valor de seu campo magnético.
Porém, os eletroímãs permitem su-
perar este inconveniente.
PÓLOS
ZONA NEUTRA
ATRAÇÃO
REPULSÃO
N S
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27
CAMPO MAGNÉTICO DE UM FIO ELÉTRICO
CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRAL.
NA FACE ANTERIOR DA ESPIRAL FORMA-SE O PÓLO NORTE (AS LINHAS DE
FORÇA SAEM) E NA FACE POSTERIOR, FORMA-SE O PÓLO SUL (AS LINHAS DE
FORÇA ENTRAM)
UMA BOBINA É A CONTINUAÇÃO DE ESPIRAIS
ELETROMAGNETISMO
A experiência tem demonstrado que todo con-
dutor ou fio elétrico, quando permite a passagem
de uma corrente elétrica, forma um campo mag-
nético ao redor do mesmo. Isto é manifestado
por meio de linhas de força redondas e concên-
tricas, e que têm o fio como centro das mesmas.
Um fio dobrado de for-
ma circular como mostra
a foto, é conhecido como
espiral. Conectando-o a
uma fonte de energia elé-
trica, em sua face diantei-
ra, saem as linhas de for-
ça e entram na face pos-
terior. Isso corresponde,
respectivamente, ao pó-
los Norte e Sul.
Se for trocado o sentido
do fluxo de corrente ao
longo da espiral, a polari-
dade magnética será in-
vertida. Isso significa que
uma espiral, além de ser
uma espécie de ímã, pode
trocar a sua polaridade,
mudando o sentido da
corrente que percorre a
mesma.
Uma aplicação prática do comportamento mag-
nético da espiral, pode ser uma bobina, que nada
mais é que uma série de espirais conectadas
em série. Isso é representado na foto da página.
Como a corrente elétrica mantém o mesmo sen-
tido de circulação ao longo de cada espiral, e
como cada uma delas é um pequeno ímã, os seus
efeitos se somam. Isto significa que num extre-
mo da bobina aparece o pólo Norte e no extremo
oposto, o pólo Sul.
AFASTAMENTO
IMAGINÁRIO
FACE
POSTERIOR
FACE
ANTERIOR
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28
REGRA DA MÃO ESQUERDA DETERMINA A
POLARIDADE DE UMA BOBINA
CAMPO MAGNÉTICO DE UMA BOBINA
INDUÇÃO ELECTROMAGNÉTICA DE UM FIO OU CONDUTOR
Para poder determinar a polaridade magnética
de uma bobina é aplicada uma regra simples que
diz:
"Se uma bobina é tomada com a mão esquerda
e os dedos estão dobrados indicando o sentido
da corrente, o polegar mostrará o pólo Norte da-
quela"
Em uma bobina, as linhas de força se fecham
ao longo do seu comprimento e o seu fluxo mag-
nético aumenta conforme aumenta a corrente.
Tudo isto é incrementado com o maior número
de espirais e menor afastamento entre elas.
Também o fluxo magnético aumenta quanto
maior é a seção da bobina, e isto é afetado pelas
características do núcleo. Se o enrolamento é
realizado ao redor de um tubo oco, deve ser con-
siderado como núcleo do mesmo, o próprio ar.
Se no interior dessa bobina oca, é colocada uma
barra de ferro, ela será magnetizada e o resulta-
do final deverá ser igual à soma dos dois núcle-
os.
INDUÇÃO
ELETROMAGNÉTICA
Ela permite a obten-
ção de corrente elétrica
através do deslocamen-
to de um condutor no in-
terior de um campo
magnético. Na foto, se
mostram dois experi-
mentos: no primeiro, o
fio desce e corta, de for-
ma perpendicular, as li-
nhas de força do campo.
Enquanto isso ocorre,
aparece uma corrente
no fio, como se
estivesse se afastando.
Na segunda experiên-
cia, o fio sobe e a corrente induzida se aproxima.
É bom observar que em ambos os casos, a cor-
rente sai do fio pelo pólo negativo e volta pelo
positivo. Isso indica que o fio ou condutor se com-
porta como um gerador de corrente elétrica. O
valor da voltagem gerada ou induzida aumenta
com:
- o comprimento do fio
- o corte de forma perpendicular às linhas de
força
- sua velocidade de deslocamento
- a quantidade de linhas de força compreendi-
das entre os pólos do ímã.
CORRENTE INDUZIDA
O FIO DESCE
CORRENTE
INDUZIDA O FIO SOBE
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29
Com relação a todas as caracte-
rísticas anteriormente apresenta-
das, é conveniente analisar ou ex-
plicar o que significa o deslocamen-
to.
O deslocamento de um condutor
permiteque ele se mova dentro de
um campo magnético quando o
mesmo transporta uma corrente
elétrica. Este fenômeno é o princi-
pio de funcionamento dos motores
elétricos.
As condições básicas são mos-
tradas na foto ao lado, onde pode
ser observado que o condutor está
localizado dentro de um campo
magnético e, quando é fechado o
interruptor, a corrente circula e o
campo magnético do fio reage ao
campo induzido. Isto obriga o con-
dutor a deslocar-se para cima.
O deslocamento será para baixo
se for invertida a polaridade dos ímãs ou o senti-
do da corrente.
O valor da força de deslocamento depende:
- do campo magnético
- do comprimento do fio
- da intensidade da corrente elétrica.
TRANSFORMADORES
Eles têm por missão a transferência de potên-
cia elétrica para um circuito sem produzir perda
importante de energia, além dos fatores de vol-
tagem e corrente. Quando aumenta ou diminui a
voltagem de um circuito, através de um transfor-
mador, a corrente é modificada, na mesma ra-
zão, porém no sentido contrário.
Na foto é mostrado um transformador básico.
Pode-se ver que tem dois bobinados em torno de
um núcleo de chapas de ferro. O bobinado ou
enrolamento que recebe a energia da fonte, é
chamado de primário e o de saída, de secundá-
rio.
O primário, por estar conectado à rede elétrica
do lar, é alimentado por corrente alternada e pro-
duz um campo magnético com características
iguais. Este campo, através do núcleo, afeta o
bobinado secundário, induzindo nele, uma volta-
gem alternada.
ARRANJO DE UM FIO NO INTERIOR DE UM CAMPO MAGNÉTICO COM
A FINALIDADE DE EXPLICAR O EFEITO DA FORÇA DE DESLOCAMENTO
TRANSFORMADOR BÁSICO
O valor da voltagem induzida no secundário
está de acordo com os seguintes princípios: se
o número de voltas ou espirais do secundário é
superior que o primário, a voltagem gerada ou
obtida deverá ser maior que a da fonte. Nesse
caso, é um transformador elevador de voltagem.
Se o número de voltas do secundário é inferior
que a do primário, a voltagem deverá ser menor
à da fonte. Trata-se de um transformador redutor
de voltagem.
LINHAS DE
FORÇA
FORÇA DE
DESLOCAMENTO
FONTEINTERRUPTOR
PRIMÁRIO
NÚCLEO
SECUNDÁRIO
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30
Exemplo:
Se o primário de um transformador tem 1000
espirais ou voltas, e está ligado a 220 VCA (Volts
de Corrente Alternada) e o secundário, 2000 es-
pirais, a voltagem de saída deverá ser de 440
VCA.
Deverá ser considerado que a corrente pode
ser, também, reduzida na saída do secundário.
Isto significa que se ela for de 4 A no primário,
no secundário ficará na metade, ou seja, 2 A.
Se o primário tiver 1000 espirais e o secundá-
rio, 500, a voltagem no secundário ficará na me-
tade da voltagem de entrada, ou seja, 110 VAC.
Com relação à corrente, ela será o dobro da de
entrada, e no exemplo será de 8 A.
Lembre-se que a potência elétrica presente no
circuito secundário é transferida desde o primá-
rio. Por isso, se no secundário aparece uma vol-
tagem maior, isso implica uma queda da corren-
te. Na prática, a saída secundária sempre é infe-
rior à primaria, por perdas causadas pelo calor
gerado, correntes parasitas no núcleo, etc.
AUTO-TRANSFORMADORES
Quando é necessário reduzir os custos de ma-
terial, o espaço, o peso, etc. se recorre aos cha-
mados auto-transformadores.
Eles tem um só bobinado com uma derivação,
sendo que uma parte desse bobinado é comum
ao primário e ao secundário. Assim ele é apre-
sentado na foto desta página.
NUM TRANSFORMADOR ELEVADOR DE VOLTAGEM,
A VOLTAGEM NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO AUMENTA NA MESMA
RELAÇÃO QUE A CORRENTE É REDUZIDA.
NUM TRANSFORMADOR REDUTOR DA VOLTAGEM, A VOLTAGEM
NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO É REDUZIDA NA MESMA RELAÇÃO
QUE A CORRENTE É AUMENTADA.
AUTO-TRANSFORMADOR ELEVADOR
DE VOLTAGEM
1000 espiráis
2000 espiráis
1000 espiras
500 espiras
PRIMÁRIO
SECUNDÁRIO
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31
MOTORES ELÉTRICOS
Os motores elétricos mais usados em
refrigeração utilizam a corrente alternada e os
mais comuns são:
- de fase auxiliar
- com condensador
- de pólo sombreado.
Todos eles são alimentados por corrente mo-
nofásica e nas unidades comerciais ou industri-
ais, geralmente os motores são alimentados por
corrente trifásica.
MOTORDEFASEAUXILIAR
Em este tipo de motor, também conhecido
como de etapa dividida, podem ser encontradas
seis partes fundamentais. Elas são:
Rotor
É um núcleo de chapas de ferro de alta qualida-
de que gira sobre um eixo. Contém nos seus ex-
tremos e localizadas longitudinalmente, barras
de cobre ou alumínio, em curto-circuito entre si.
Estator
É um núcleo feito com lâminas em forma de
anéis e cortes
l ong i t ud i na i s .
Estes cortes
são internos e
sua finalidade é
permitir o aloja-
mento dos bobi-
nados de traba-
lho e de arran-
que.
Flanges
São as tam-
pas localizadas
nos extremos
do estator e
sua finalidade é
a de alojar os
VISTA EXPLODIDA DE UM MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR
rolamentos que suportam o eixo do rotor.
Bobinado de trabalho
É o conjunto de espirais de arame de cobre lo-
calizado nos cortes ou ranhuras do estator. Sua
função é formar um campo magnético que com
suas linhas de força possa induzir uma corrente
no motor. Isso permitirá que a força de desloca-
mento que resulta desse induzido, gere o movi-
mento giratório do mesmo.
A quantidade de espirais, também conhecidas
como pólos, determina a velocidade do motor.
Se tem dois pólos, sua velocidade será de 2.800
r.p.m. e se tem quatro pólos, ela será de 1.450
r.p.m.
Bobinado de arranque
Como o motor de fase auxiliar não arranca com
o bobinado de trabalho, é necessária a instala-
ção deste bobinado, com a finalidade de permi-
tir, apenas, a partida do motor.
O bobinado é feito com arame de cobre de me-
nor calibre e sua localização está defasada com
relação ao bobinado de trabalho.
Este bobinado deve ficar em serviço até que o
motor atinja 75% de sua velocidade máxima. De-
pois disso, um dispositivo, mecânico ou elétri-
co, desliga este bobinado e mantém funcionan-
do o bobinado de trabalho.
TAMPA
FLANGE CARCAÇA
ESTATOR
ROLAMENTO
VENTILADOR
ALETAS DO VENTILADOR
CAIXA DOS
TERMINAIS
ROTOR
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32
Interruptor do bobinado de arranque
Existem dois tipos: mecânico ou elétrico. O in-
terruptor mecânico funciona pela força centrífu-
ga e é montado sobre o eixo do rotor. Ele está
formado por um suporte que recebe dois contra-
pesos e mantidos no lugar por duas molas. Quan-
do a velocidade do motor aumenta, os contrape-
sos se afastam da posição de repouso. Isso mo-
difica a posição do anel de empuxo. Quando isto
ocorre, o anel de empuxo deixa de fazer força
sobre o contato elétrico localizado sobre uma das
flanges. Este deslocamento permite que o bobi-
nado de arranque fique sem alimentação elétri-
ca.
Estes interruptores centrífugos são utilizados
nos motores dos equipamentos abertos. Nas uni-
dades herméticas, os interruptores mais utiliza-
dos são os do tipo elétrico.
A atuação deste tipo de interruptor é feita por
meio da passagem de corrente por um bobina-
do, sendo que o campo magnético por ele gerado,
desloca uma ponte metálica com a finalidade de
ligar os dois contatos.
Na foto, pode ser observado o esquema de um
motor de fase auxiliar com relé. Ao ser conecta-
do o motor, circula uma grande corrente em sé-
rie pelos bobinados do
referido relé e o bobina-
do de trabalho do motor.
O campo magnético
produzido no relé permi-
te fechar os contatos do
bobinado de arranque. Ao
aumentar a velocidade
do motor, o rotor reduz o
consumo de corrente
dos bobinadosde traba-
lho e do próprio relé.
Conforme isso acontece,
o campo magnético do
relé é reduzido e desliga
o bobinado de arranque.
ESQUEMA DE UM MOTOR DE FASE AUXILIAR E RELÉ
INTERRUPTOR CENTRÍFUGO E SUPORTE
DOS CONTATOS
AO ATUAR O DISPOSITIVO CENTRÍFUGO, É ABERTO O
INTERRUPTOR E O BOBINADO DE ARRANQUE É
DESLIGADO.
BOBINADO DE
TRABALHO
INTERRUPTOR
BOBINADO
DE
ARRANQUE
LINHA
ROTOR
BOBINADO DE
ARRANQUE
LINHA
RELÉ
ROTOR
BOBINADO
DE
TRABALHO
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33
ESQUEMA DE UM MOTOR COM CONDENSADOR
DE ARRANQUE.
MOTORCOMCONDENSADOR
Existem duas variações: motor com condensa-
dor de arranque e motor com condensador per-
manente.
Motor com condensador de arranque
É um motor monofásico, de fase auxiliar, que
tem uma grande força de arranque. Sua constru-
ção é muito semelhante ao de capacitor perma-
nente e sua única diferença é o condensador co-
nectado em série com o bobinado de arranque.
O condensador, está localizado na parte supe-
rior externa do motor e é, geralmente,
do tipo eletrolítico. Estes condensado-
res ou capacitores não devem ser liga-
dos ao circuito por mais do que uns se-
gundos, pois eles não suportam o fun-
cionamento contínuo.
Quando o motor pára, o condensador
fica desligado e a voltagem que ele ar-
mazena é eliminada lentamente, por
uma resistência ligada em paralelo.
Motor com condensador
permanente
Como mostra a foto correspondente:
durante o arranque, os dois capacito-
res ficam em paralelo entre si, e em sé-
rie com o bobinado de arranque.
Isto permite que uma grande força
seja gerada durante o período de
arranque. Quando o motor atinge
75% da velocidade, o interruptor
desliga um dos capacitores, en-
quanto o outro, em série com o
bobinado de arranque, permane-
ce conectado durante o funciona-
mento do motor.
Isto permite um funcionamento
suave e um melhor aproveita-
mento da energia elétrica que é
convertida em mecânica. Nestes
motores, é utilizado, geralmente,
um interruptor de arranque do
tipo relé.
MOTOR COM DOIS CONDENSADORES, UM PARA
O ARRANQUE E O OUTRO, PERMANENTE
ESQUEMA DA CONEXÃO DE UM MOTOR COM DOIS
CONDENSADORES E RELÉ
CONDENSADOR
INTERRUPTOR
ARRANQUE
T
R
A
B
A
L
H
O
LINHA
CONDENSADOR
PERMANENTE
CONDENSADOR
DE ARRANQUE
INTERRUPTOR
BOBINADO DE
ARRANQUE
ROTORBOBINADO DE
TRABALHO
LINHA
LINHA
BOBINADO DE
ARRANQUE
RELÉ
CONDENSADOR
DE ARRANQUE
CONDENSADOR
PERMANENTE
BOBINADO
DE TRABALHO
ROTOR
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
34
MOTORDEPÓLOSSOMBREADOS
Estes motores se caracterizam por ter pou-
ca força durante o arranque, por isso, seu
uso está restrito aos ventiladores ou turbi-
nas de ar. Geralmente têm 4 pólos, ou seja,
sua velocidade fica em torno de 1.450 R.P.M.
O arranque é feito por meio de um campo
magnético formado por 4 espirais de cobre
em curto-circuito localizados nas ranhuras
do estator, ao lado de cada bobinado de tra-
balho.
Na foto pode ser visto este tipo de motor.
PROTETOR TÉRMICO
Quando o rotor está pesado ou há baixa
tensão, ele não consegue arrancar, embora
o consumo permaneça alto. A intensidade da cor-
rente que circula pelo bobinado, atinge valores
muito elevados gerando uma grande quantidade
de calor, que isto é prejudicial ao isolamento dos
fios. Para evitar isto, são utilizados dispositivos,
chamados de interruptores ou protetores, base-
ados na ação dos bimetais, que permitem abrir
o circuito durante um período de tempo muito
reduzido e assim, o calor gerado pode ser dissi-
pado. Nestes casos, é impossível a utilização
de um fusível, pois caso aconteça uma sobrecar-
ga do sistema, a troca dos fusíveis deveria ser
constante. Por isso é utilizado este dispositivo
de proteção conhecido como Protetor Térmico.
Este componente corta ou abre o circuito quan-
do uma elevada corrente passa durante um perí-
odo de tempo muito curto, quando a temperatu-
ra cai ele volta a fechar o circuito, pois o bimetal
volta a sua posição original. Este dispositivo está
formado por uma resistência "R" que quando é
aquecida pela passagem de uma corrente muito
elevada, faz que o bimetal "b" se dilate e mude
sua forma original.
Como se sabe, o bimetal é formado por dois
metais com diferente coeficiente de dilatação e
ele é a ponte entre os contatos A e B. Ao aumen-
tar a passagem da corrente, o bimetal é aqueci-
do e quando a temperatura atinge um valor pre-
determinado, ele muda sua posição e abre o cir-
cuito que alimenta ao motor. Depois que a cor-
rente deixou de passar por ele, fica frio e volta a
fechar o circuito que alimenta ao motor, e ele
MOTOR COM PÓLOS SOMBREADOS
volta a funcionar.
Este tipo de proteção é muito utilizado nas uni-
dades herméticas e seu valor é calculado para
diferentes condições de corrente e temperatura.
Geralmente o dispositivo protetor é instalado em
cima do motor e assim pode atuar quando o mes-
mo atinge temperaturas críticas para o equipa-
mento.
Alguns destes protetores térmicos são insta-
lados junto ao relé de arranque e formam assim,
uma única peça.
INTERRUPTOR OU PROTETOR TÉRMICO
CIRCUITO
ABERTO
DETALHE
CIRCUITO
FECHADO
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
35
Na foto é mostrado o circuito de
um compressor deste tipo. Na
foto seguinte, mostra-se um ou-
tro circuito elétrico do grupo mo-
tocompressor. Pode-se observar
nele que no interior do
compressor estão os bobinados
de trabalho e de arranque unidos
em um de seus extremos e que
suas saídas são apenas três.
Para fazer a conexão externa, são
util izados três terminais,
localizados no interior de um blo-
co. O terminal que vai conectado
à linha L é feito através de um pro-
tetor térmico.
O terminal A que corresponde
ao bobinado de arranque é conec-
tado ao terminal A do relé. O ex-
tremo livre do bobinado de traba-
lho, que geralmente é marcado
com a letra T, e também pode ser
marcado com a letra M (de mar-
cha), é conectado com a corres-
pondente letra do relé. O último
fio é conectado com o terminal L,
que deve estar gravado no
relé.
Lembre-se que naqueles re-
lés com protetor térmico aco-
plado, o protetor está em sé-
rie com o mesmo fio que ali-
menta o relé.
No caso de que o motor uti-
lize um capacitor ou conden-
sador de arranque, ele é co-
nectado em série com os ter-
minais marcados com a letra
A, no relé e no compressor.
Podemos ver estas duas va-
riações nas fotos que aparecem nesta página.
Se o motor funciona com condensador de parti-
da, como já foi visto anteriormente, ele utiliza
relé. Geralmente, seus terminais se encontram
numerados, sendo que o 2 e 5 correspondem ao
bobinado do relé, enquanto que os seus conta-
tos ficam entre os terminais 1 e 2. O terminal 4
não tem conexão interna, pois ele é utilizado
como ponte de conexões. Na foto que aparece
na página seguinte, temos um circuito desse tipo,
que tem também, as conexões do forçador de ar
COMPRESSOR COM CONDENSADOR PERMANENTE
e do termostato da geladeira.
Para terminar com este assunto, falta a cone-
xão da lâmpada que é utilizada para iluminar o
interior da geladeira. Lembre-se que ela acende
de forma automática quando a porta é aberta e
para isso é instalado um interruptor que garante
o fechamento do circuito.
BOBINADO DE
ARRANQUE
CONDENSADOR
DE TRABALHO
OU MARCHA
PROTETOR
TÉRMICO
LÍNHA
TRABALHO
BOBINADO DE TRABALHO
PROTETOR TÉRMICO
RELÉ
LINHA
ARRANQUE
TRABALHO
PROTETOR
TÉRMICO RELÉ CONDENSADOR
LINHA
ARRANQUE
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36
Isto significa queenquanto
o interruptor não for compri-
mido, a lâmpada permane-
cerá acesa. Ao fechar a por-
ta do refrigerador, esta
pressiona o interruptor e o
circuito se abre, apagan-
do-se a luz interna.
Na figura seguinte, se
mostra o aspecto físico des-
te interruptor e seus conta-
tos internos. Na figura final,
podemos ver o circuito elé-
trico completo de um refri-
gerador doméstico.
CIRCUITO ELÉTRICO DA PORTA DE UMA GELADEIRA.
TERMOSTATO
BOBINADO DE
ARRANQUE
BOBINADO DE
TRABALHO
RELÉ LINHA
CONDENSADOR
DE ARRANQUE
TERMOSTATO
CONDENSADOR
DE MARCHA OU
PERMANENTE
FORÇADOR
RESISTÊNCIA BIMETAL
PROTETOR TÉRMICO
COM A PORTA ABERTA OS
CONTATOS PERMANECEM
FECHADOS
COM A PORTA FECHADA
OS CONTATOS
PERMANECEM ABERTOS
PROTETOR TÉRMICO
BOBINADO DE
ARRANQUE
BOBINADO DE
TRABALHO
LÂMPADA
INTERRUPTOR
DA PORTA
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37
INTERRUPTOR PULSADOR
Interruptor
Para dentro:
Luz apagada
Para fora:
Luz acesa
Conexão elétrica
Exterior do refrigerador
Interior do refrigerador
Porta aberta: luz acesa
Porta fechada: luz apagada
Linha
Conexão
elétrica
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38
CIRCUITOELÉTRICO
DEUM
REFRIGERADORDE
DUASPORTASCOM
DEGELO
AUTOMÁTICO
A resistência aquecedora
(R.A.) se liga cada vez que o
compressor se desliga, razão
pela qual o refrigerador
possui um termostato Frio-
Calor de três contatos.
A função da resistência é de fazer o degelo da
placa evaporadora inferior, sendo o bulbo do
termostato fixado a esta placa justamente porque
ela opera com uma temperatura mais alta que o
evaporador superior.
CIRCUITOELÉTRICODORELÉ
VOLTIMÉTRICO
Se o motor funciona com capacitor de
arranque e capacitor de marcha permanente,
simultaneamente, costuma utilizar-se o
“Relé Voltimétrico”. Geralmente os terminais
se encontram numerados, sendo os
números 2 e 5 correspondentes à bobina
do Relé, enquanto os contatos deste estão
entre os terminais 1 e 2. O terminal nº 4
não tem conexão interna, mas se utiliza
como ponte de conexões. Na figura temos
um circuito deste tipo, em que foram feitas
as conexões correspondentes ao ventilador
e termostato.
Linha
Lâmpada
Interruptor
pulsadorRelé amperométrico
Resistência 18 W apróx.
2
3
1
T
C
P
Gabinete
congelador
Gabinete
conservador
R.C. 18W. APROX.
Dreno do degelo
Bandeja de degelo
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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DISTRIBUIÇÃO DA ENERGÍA ELÉTRICA
MOTOR TRIFÁSICO COM LIGAÇÃO EM ESTRELA
MOTOR TRIFÁSICO COM LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO
CORRENTE TRIFÁSICA
Quando é necessária a utilização de grandes
potências, superiores a 1 cavalo de força (hp)
é conveniente o uso de motores trifásicos, pois
eles são de menor tamanho que um motor mo-
nofásico da mesma potência. Também seu fun-
cionamento é muito suave e a manutenção
muito simples.
As companhias encarregadas do fornecimen-
to da energia elétrica no sistema trifásico, for-
necem a rede de distribuição com quatro fios
elétricos, sendo três deles conhecidos como
fases: R,S,T e o quarto é o neutro.
Entre cada uma das fases e o neutro, existe
uma voltagem de 220 Volts e a voltagem entre
duas delas, é de 380 Volts.
MOTOR TRIFÁSICO
A diferença fundamental entre este tipo de
motor e o monofásico é o estator, que tem três
bobinados de trabalho (um para cada fase) e
não incorpora bobinado de arranque.
É importante destacar que depois do arran-
que não é necessário desligar nenhum de seus
bobinados, pois estes motores não utilizam
relé nem dispositivo centrífugo de abertura do
circuito de arranque.
Os três bobinados de um motor trifásico po-
dem ser ligados de duas maneiras diferentes:
- Conexão estrela
- Conexão triângulo
Conexão Estrela
Este tipo de conexão é obtida ligando entre
si, os três extremos de cada bobinado e ligan-
do os seus extremos livres com a linha exter-
na. Isto pode ser observado na foto que acom-
panha esta página.
Conexão Triângulo
Esta conexão está determinada pela união
do início de um bobinado com a final do se-
guinte. Quando os três bobinados são ligados,
se forma um circuito fechado como apresenta
a foto da página.
À LINHA 3
X 380V
A LINHA
3 X 380 V
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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BLOCO DE CONEXÕES
BLOCODE
CONEXÕES
Na foto podem ser vistos
os dois tipos de conexões
já apresentadas, ou seja,
em estrela e triângulo. Es-
tas ligações podem ser
feitas no bloco de conexões
que é fixado no corpo do
motor. Pode-se observar
que os terminais mantêm o
mesmo afastamento entre
eles, tanto no arranjo
vertical como no horizontal.
Isto permite que as liga-
ções possam ser feitas por
meio pontes metálicas com
dois orifícios com o mesmo
afastamento que os termi-
nais do motor.
Aqui temos um exemplo
de motor trifásico com seus
bobinados feitos para su-
portar uma tensão de 380
V e a linha de alimentação é de 3 x 380 V. Então,
é necessário fazer a ligação dos bobinados em
triângulo, para que cada um deles receba 380 V.
Se o motor tiver que funcionar com 220 V, não
é possível fazer a ligação em triângulo, pois os
seus bobinado não estão projetados para ser ali-
mentados com a voltagem da rede externa ou
seja, 380 V. Se os seus bobinados forem ligados
em estrela, cada um deles receberá uma volta-
gem de 220 Volts.
Como foi visto na página 2, se cada bobinado
for ligado entre uma fase e o neutro, então, esse
bobinado ficará recebendo 220 Volts e ele funci-
onará de forma correta e normal.
Na prática, não é necessário fazer a ligação do
fio neutro ao centro da estrela, pois como os três
bobinados do motor trifásico são idênticos entre
si, a voltagem ficará repartida eqüitativamente e
cada um dos bobinados receberá 220 Volts.
LINHA LINHA
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADOCURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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MOTORTRIFÁSICOCOMROTOR
BOBINADO
A diferença deste tipo de motor com relação
aos anteriores, consiste em que o rotor tem três
bobinados conectados em estrela. Seus termi-
nais permanecem ligados a três anéis fixos ao
eixo do rotor, porém, isolados do mesmo. Na foto,
pode ser observado o aspecto físico de um rotor
e seus anéis.
Sobre os anéis estão apoiadas as escovas e
cada uma delas é conectada com resistências
variáveis ou potenciômetros. Quando é neces-
sário arrancar o motor, cada cursor fica em posi-
ção que permite obter uma grande resistência.
Conforme o motor vai ganhando velocidade, o va-
lor das resistências começa a ser reduzido até o
ponto em que elas deixam de funcionar e o mo-
tor gira normalmente.
CONTROLE
Os elementos utilizados para controlar
os motores são os termostatos ou inter-
ruptores de temperatura, os pressostatos
ou interruptores de pressão, etc. Eles são
ligados ao circuito elétrico utilizando um
único fio. Por esse motivo, eles não po-
dem ser util izados no controle dos
motores trifásicos, pois nestes motores,
se for desligada uma fase, pode ocorrer a
queima do mesmo. Além disso, estes dis-
positivos não estão projetados para su-
portar grandes voltagens, como a
consumida por um motor trifásico.
Para poder solucionar estes problemas,
apresentaremos dispositivos especiais
que permitem controlar os motores trifá-
sicos.
CONTACTORA
É um interruptor eletromagnético que utiliza
uma pequena voltagem monofásica mas que pode
controlar grandes voltagens mono e trifásicas.
Ela está constituída de um bobinado que incor-
pora um núcleo de ferro. Quando

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