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UNIVERSIDADE UNINASSAU GRADUAÇÃO ENGENHARIA ELÉTRICA PAULO FERREIRA CAMPOS FILHO DISJUNTORES Recife – PE 2021 2 PAULO FERREIRA CAMPOS FILHO MAT.: 10002310 DISJUNTORES Trabalho apresentado referente a cadeira Equipamentos Elétricos do curso de Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Uninassau, como requisito para complemento da nota de 1ª unidade, sob responsabilidade do Profº Daniel Ricardo. , RECIFE – PE 2021 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... . 4 3. CONCLUSÃO ............................................................................................................... .......14 4. RERERÊNCIAS.....................................................................................................................15 4 1- INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo demonstrar o funcionamento e construção física de disjuntores, bem como sua utilidade no campo da engenharia elétrica. O disjuntor é hoje um componente indispensável e um importante mecanismo de segurança para instalações elétricas. Sempre que a corrente aumentar repentinamente ou houver um curto-circuito, o disjuntor abrirá o circuito até que alguém resolva o problema. Sem um disjuntor a eletricidade seria impraticável devido a riscos potenciais de incêndio, danos causados por problemas de fiação ou falha do equipamento. 2- DESENVOLVIMETO Disjuntor é um sistema de segurança de um circuito elétrico, contra sobrecargas elétricas ou curtos-circuitos e tem a função de interromper a passagem de corrente elétrica no circuito, caso a intensidade da corrente ultrapassar a intensidade limite que, normalmente, vem especificada nos próprios disjuntores. Uma boa característica dos disjuntores, é que, além de proteger a corrente, ele também serve como dispositivo de manobra (NBR 5361). Os disjuntores de interrupção ao ar livre são os mais simples e, historicamente, foram os primeiros equipamentos a serem utilizados. Para atender ao crescimento das potencias de interrupção, e a elevação dos níveis de tensão nos sistemas elétricos, surgiram os disjuntores a óleo mineral isolante. Na década de 30, os disjuntores a ar comprimido apareceram como a melhor técnica de extinção do arco elétrico de alta tensão, resultando do seu emprego uma melhor segurança, tendo em vista que na época foram registrados muitos acidentes decorrentes da explosão e incêndio de disjuntores a óleo. Em 1953, os EUA construíram o primeiro protótipo do disjuntor a SF6. Os disjuntores a vácuo foram fabricados nos início dos anos 70 com boa aceitação para utilização em média tensão. Atualmente as perspectivas são de utilização de disjuntores a semicondutores, que já estão sendo desenvolvidos em laboratórios. 5 Os disjuntores devem satisfazer as seguintes condições para um funcionamento ideal: Abrir e fechar um circuito com menor tempo possível; Conduzir a corrente de carga das linhas; Deve suportar termicamente a corrente de carga do sistema; Suporta térmica e mecanicamente a corrente de curto circuito do sistema por um determinado tempo especificado; Isolar a tensão do sistema, em relação à terra e entre seus polos, sobre quaisquer condições do meio ambiente (sol, chuva, em atmosferas poluídas, etc.); Ter adequada resistência mecânica, não ser afetado por vibrações, ser compacto, requerer pouca manutenção e ser de fácil montagem. • Disjuntor Termomagnético e alguns outros tipos O disjuntor termomagnético é um dos muitos tipos de disjuntores. Eles apresentam características que são mais bem aproveitadas em relação à outros tipos de disjuntores, por isso é um dos mais usados como disjuntores residenciais e disjuntores comerciais. Esses outros tipos de disjuntores podem ser classificados como: Disjuntor monopolar: Utilizado em instalações e circuitos que possuem apenas uma única fase, como por exemplo circuitos de iluminação e tomadas em sistemas monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V ou 220V. Disjuntor bipolar: Em nada difere dessa definição, somente realiza essa proteção monitorando as duas fases que passam por ele. ... O disjuntor bipolar é usado em instalações bifásicas, onde se tem duas fases e um neutro, podendo por exemplo ser bifásico 220V (Fase – Fase) ou monofásico 127V/220V (Fase – Neutro) Disjuntor Tripolar: O que ele oferece é a proteção térmica e magnética ao mesmo tempo, por isso possui o nome termomagnético. Eles podem ser monopolares, bipolares ou tripolares, trabalhando com baixa tensão, que é de até 1000V em corrente alternada. 6 Disjuntor Térmico: Funcionam através da deformação de uma lâmina bimetálica, quando ocorre uma sobre carga e a corrente elétrica neste disjuntor é maior que a aceitável, a lâmina bimetálica se aquece por efeito joule e começa a se deformar, este deformamento age diretamente em um contato que em determinado nível Disjuntor Magnético: É um modelo indicado principalmente para a proteção de equipamentos industriais e de grande porte, garantindo a proteção contra curtos-circuitos e sobrecargas de energia. Figura 1: Disjuntor Monopolar, Tripolar e Bipolar termomagnético Disjuntor Motor: Se assemelha internamente à um disjuntor comum, oferecendo a proteção magnética contra curtos-circuitos e a proteção térmica contra a sobrecarga através de um disparador magnético e de um disparador térmico, respectivamente. Figura 2: Disjuntor motor 7 Disjuntor de Caixa Moldada: A principal característica do Disjuntor de Caixa Moldada é sua robustez, pois a capacidade de interrupção do circuito em carga é muito superior em comparação com os disjuntores comuns. Foi desenvolvido para a proteção de circuitos de distribuição, geradores e motores, eles podem ser encontrados em diversos tipos de corrente entre 16A a 1800A. O nome Disjuntor de Caixa Moldada é devido ao tipo de montagem blindada do disjuntor, eles são montados em caixas termoplásticas pré- moldadas, essas caixas compactas formam a carcaça externa do disjuntor geralmente a parte externa apresenta duas peças. Figura 3: Disjuntor caixa moldada Os disjuntores também podem ser classificados de acordo com a sua curva de ruptura, podendo ser B, C ou D, o dimensionamento do disjuntor é uma parte fundamental para garantir a segurança da instalação elétrica! É preciso compreender que existe uma categoria apropriada de disjuntor para cada tipo de carga, e são justamente estas categorias que vão indicar a curva do disjuntor. • Disjuntor curva B Os disjuntores de curva B contam com corrente de atuação de 3 a 5 vezes maior que a sua corrente nominal. Por exemplo, a curva de atuação de um disjuntor de 20A varia entre 60 e 100A. 8 Este tipo de disjuntor é muito usado em circuitos com cargas resistivas como por exemplo, aquecedor elétrico, chuveiro, torradeira, forno elétrico, ferro de passar e etc. • Disjuntor curva C Os disjuntores de curva C contam com corrente de atuação de 5 a 10 vezes maior que a sua corrente nominal. Por exemplo, a curva de atuação de um disjuntor de 20A varia entre 100 e 200A. Este tipo de disjuntor é muito usado emcircuitos com cargas indutivas, como por exemplo, circuitos de iluminação, transformador, motores de pequeno porte, micro-ondas, equipamentos de som, televisão, computadores e etc. • Disjuntor curva D Os disjuntores de curva D contam com corrente de atuação de 10 a 20 vezes maior que a sua corrente nominal. Por exemplo, a curva de atuação de um disjuntor de 20A varia entre 200 e 400A. Este tipo de disjuntor é muito usado em circuitos industriais como por exemplo, máquina de solda, gerador, ar-condicionado, compressor, motor de grande porte, bomba hidráulica, máquina de lavar roupa e etc. Não existe o disjuntor curva A, porque o A em elétrica é usado para Amper e isso poderia causar confusão. Disjuntor Termomagnético: Características Esse disjuntor tem um diferencial, que é apresentar duas características principais de acionamento para a proteção do circuito! O que ele oferece é a proteção térmica e magnética ao mesmo tempo, por isso possui o nome termomagnético. Eles podem ser monopolares, bipolares ou tripolares, trabalhando com baixa tensão, que é de até 1000V em corrente alternada. Disjuntor Termomagnético: Como Funciona Como dito anteriormente, o disjuntor realiza duas proteções ao mesmo tempo: a magnética e a térmica. Veja abaixo como funciona cada uma. 9 • Disjuntor Termomagnético: Proteção Magnética Veja na imagem abaixo que esse disjuntor possui uma bobina elétrica, também chamada de indutor, e que no centro da bobina tem um pistão. A bobina e o pistão em momento algum estabelecem contato entre si, porém, quando ocorre um curto circuito, acontece uma interação entre eles. Figura 4: Proteção magnética dentro do Disjuntor Todo disjuntor possui uma corrente nominal, e o disjuntor foi projetado para trabalhar respeitando essa corrente. Consequentemente, a bobina também foi projetada para ter um campo magnético, que não deve exercer influência sobre o pistão quando a corrente for menor ou igual à corrente nominal. Porém, quando acontece um curto-circuito, a corrente que passa pela bobina sofre um grande aumento e o campo magnético da bobina aumenta também, proporcionalmente ao aumento da corrente. Esse aumento do campo magnético acaba exercendo uma indução no pistão e o “transforma” em um tipo de ímã. Essa indução sofrida pelo pistão faz com que ele movimente-se e acione o mecanismo que abre o circuito do disjuntor. Quando isso acontece, o disjuntor desarma, seccionando todo o circuito após ele e cumprindo a sua função de proteção. 10 • Disjuntor Termomagnético: Proteção Térmica Na imagem abaixo também é possível perceber que há uma pequena chapa de metal na composição do disjuntor. Essa chapa é uma chapa bimetálica e é a principal responsável pela proteção térmica que o disjuntor realiza! Figura 5: Proteção térmica dentro do Disjuntor Essa chapa bimetálica faz a proteção através do conhecido efeito joule, que acontece quando uma corrente elétrica passa pela chapa. Essa passagem de corrente pela chapa gera um aquecimento e acaba liberando energia na forma de calor, que em determinadas proporções pode resultar na mudança da forma da chapa. Ela foi projetada para se modificar quando a corrente ultrapassa o valor nominal do disjuntor, ou seja, quando a corrente que passa por esse disjuntor está dentro dos valores da corrente nominal, a chapa bimetálica suporta o aquecimento e não muda a sua forma. Porém, quando a corrente ultrapassa o valor nominal do disjuntor, a chapa sofre um aquecimento alto e acaba se curvando. Ela aciona um mecanismo quando ela se curva, e esse mecanismo secciona imediatamente a corrente que passaria para todo o circuito após o disjuntor. Atualmente existem disponíveis no mercado vários tipos de disjuntores, sendo o que caracteriza cada um deles é sua técnica de extinção do arco elétrico. As principais técnicas são as seguintes: 11 Sopro magnético: Geralmente utilizados em média tensão 24 kV. Nesse tipo de disjuntor os contatos abrem- se no ar, empurrando o arco voltaico para dentro das câmaras de extinção, onde ocorre a interrupção do mesmo. Geralmente são montados em pequenos cubículos. Disjuntores a Óleo: Possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de óleo sobre o arco. Geralmente utiliza-se óleo mineral, devido as suas destacadas características de isolante e extintor, foi usado desde os primeiros tempos na fabricação de disjuntores. Dentre os disjuntores a óleo tem-se: A grande volume de óleo (GVO): Possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de óleo sobre o arco. São geralmente utilizados em média e alta tensão até 230kV. Possuem grande capacidade de ruptura em curto-circuito; A pequeno volume de óleo (PVO): Cobrem em média tensão, praticamente, toda a gama de capacidades de ruptura de 63kA.No nível de 138kV a sua capacidade de ruptura por câmara está limitada a um máximo de 20kA, o que equivale a dizer que para maiores correntes de curto – circuito, (31,5; 40 e 50kA), deve-se empregar várias câmaras em série com o uso obrigatório de capacitores de equalização e acionamento mais possante. Ar comprimido: As suas características de rapidez de operação (abertura e fecho) aliadas às boas propriedades extintoras e isolantes do ar comprimido, bem como a segurança de um meio extintor não inflamável, quando comparado ao óleo, garantem uma posição de destaque a estes disjuntores nos níveis alta tensão. Tem como desvantagem o alto custo do sistema de geração de ar comprimido e uso de silenciadores quando instalados próximos a residências. 12 SF6: SF6 é um gás incolor, inodoro, não inflamável, estável e inerte até cerca de 5000°C comportando-se como um gás nobre. Utilizado para tensões de ordem maior ou igual que AT. Figura 6: Disjuntor a Gás SF6 Figura 7: Indicação de pressão do Gás nas câmaras do disjuntor Vácuo: O vácuo apresenta excelentes propriedades dielétricas, portanto a extinção do arco será de forma mais rápida. A erosão de contato é mínima devido à curta duração do arco; Praticamente não requerem manutenção, possuindo uma vida extremamente longa em termos de números de operações a plena carga e em curto circuito. 13 Figura 8: Disjuntor a Vácuo Disjuntor diferencial: Um disjuntor diferencial, ou disjuntor diferencial residual (DR), é um dispositivo de proteção utilizado em instalações elétricas. Permite desligar um circuito sempre que seja detectada uma corrente de fuga superior ao valor nominal. A corrente de fuga é avaliada pela soma algébrica dos valores instantâneos das correntes nos condutores monitorizados (corrente diferencial). Figura 9: Disjuntor diferencial 14 3- CONCLUSÃO De maneira simples, o disjuntor trabalha basicamente como um interruptor automático, que possui um valor de corrente base, seccionando o circuito onde foi instalado sempre que esse valor for ultrapassado. É importante destacar que para os disjuntores funcionarem corretamente, é essencial o dimensionamento sem erros do circuito e dos componentes que o compõem. Portanto é inadmissível uma instalação elétrica não ser bem dimensionada e protegida com um disjuntor, seja ele de qualquer família, dependendo da sua aplicação. 15 4- REFERÊNCIAS Site: https://slideplayer.com.br/slide/82423/ https://www.mundodaeletrica.com.br/disjuntor-termomagnetico-funcoes-e- caracteristicas/#:~:text=Disjuntor%20Termomagn%C3%A9tico%3A%20Caracter%C3%ADstica s&text=O%20que%20ele%20oferece%20%C3%A9,at%C3%A9%201000V%20em%20corrente %20alternada. https://www.mundodaeletrica.com.br/conheca-a-historia-dos-disjuntores/
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