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DIREITO DE FAMÍLIA: AS RELAÇÕES DE PARENTESCO E AS OBRIGAÇÕES DAÍ DECORRENTES

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DIREITO DE FAMÍLIA: AS RELAÇÕES DE PARENTESCO E AS OBRIGAÇÕES DAÍ DECORRENTES
As relações de parentescos encontram-se no Código Civil, nos artigos 1.591 ao 1.595. Embora a expressão possa trazer a noção de consanguinidade, parentesco é o liame jurídico entre pessoas de um mesmo grupo familiar decorrente de um fato natural ou jurídico.
Logo, não são apenas os laços sanguíneos que delimitarão a extensão do parentesco. Cabe dizer que parentesco é a conjugação de dois princípios: consanguinidade e afinidade.
O Direito de Família está dividido em direito matrimonial, direito parental e direito assistencial ou protetivo. O direito parental diz respeito às normas que regulam as relações de parentesco e as obrigações daí decorrentes.
Assim, parentesco, é a relação jurídica ou o vínculo que existe entre as pessoas que descendam do mesmo tronco ancestral. 
É a relação que vincula entre si pessoas que descendem uma das outras, ou que descendem de um mesmo tronco. É o vínculo existente entre pessoas que descendem de um mesmo tronco comum. A posição jurídica do indivíduo na família define-se em função de seu ato constitutivo. 
Destaca-se que duas são as ordens de relações que derivam do casamento: a relação conjugal e a relação de parentesco, subdividindo-se esta em relação de consanguinidade e de afinidade. 
A relação conjugal é aquela proveniente do casamento. O que difere da relação de parentesco que é aquela que se estabelece entre pessoas descendentes do mesmo tronco (consanguinidade), ou entre um dos cônjuges e os parentes do outro (afinidade).
No tocante, trata-se, portanto, o parentesco consanguíneo é pela ascendência ou descendência entre as pessoas e o parentesco por afinidade é estabelecido por determinação legal.
Dentro do contexto de parentesco consanguíneo, se tem os parentes em linha reta, que são as pessoas que descendem uma das outras, ou, na dicção, do art. 1.591 do Código Civil, são “as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes”, tais como bisavô, avô, pai, filho, neto e bisneto. A linha reta é descendente quando se desce dessa pessoa para os seus descendentes.
A linha reta é ascendente quando se sobe de determinada pessoa para os seus antepassados (do pai para o avô etc.). Toda pessoa, sob o prisma de sua ascendência, tem duas linhas de parentesco: a linha paterna e a linha materna. A linha ascendente, depois de bifurcar-se entre os ascendentes do pai e os ascendentes da mãe, prossegue em sucessivas bifurcações, pois cada pessoa se origina de duas. Por isso, fala-se em “árvore genealógica”. 
O parentesco em linha colateral ou transversal é aquele que decorre de pessoas que não descendem uma da outra, porém, que provenham do mesmo tronco ancestral, isto é, descendam de um tronco ancestral comum. Exemplo: parentesco estabelecido entre irmãos, entre tio e sobrinho, entre primos.
O parentesco na linha colateral vai até o limite de quarto grau (art. 1.592, CC), isto é, primos, de forma que os filhos de um primo não são parentes do outro primo. Entre os parentes colaterais, não há relação de descendência ou ascendência (art. 1.592 do CC). Os colaterais não são parentes em linha reta. A relação entre os parentes colaterais decorre do fato de estes terem um ancestral comum, mas não em linha reta.
Já quando se fala em parentesco por afinidade, nada mais é do que, o casamento e a união estável. Cada cônjuge ou companheiro torna-se parente por afinidade dos parentes do outro. Caso um dos cônjuges ou companheiros tem parentes em linha reta (pais, filhos), estes se tornam parentes por afinidade em linha reta do outro cônjuge ou companheiro. Essa afinidade em linha reta pode ser ascendente (sogro, sogra, padrasto e madrasta, que são afins em 1º grau) e descendente (genro, nora, enteado e enteada, no mesmo grau de filho ou filha, portanto afins em 1ºgrau). Cunhados (irmãos de um e de outro cônjuge ou companheiro) são afins na linha colateral em segundo grau.
Como a afinidade é relação de natureza estritamente pessoal, cujos limites são traçados na lei, ela não se estabelece entre os parentes dos cônjuges ou companheiros, sendo que os afins de cada um não o são entre si (concunhados não são afins entre si). E, no caso de novo casamento ou união estável, os afins da primeira comunhão de vidas não se tornam afins do cônjuge ou companheiro da segunda. “Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável” (CC, art. 1.595, § 2º).
Assim, falecendo a esposa ou companheira, o marido ou companheiro continua ligado à sogra pelo vínculo da afinidade. Se se casar novamente, terá duas sogras. Na linha colateral, contudo, a morte de um dos cônjuges ou companheiros faz desaparecer a afinidade. Nada impede, assim, o casamento do viúvo com a cunhada. 
Para que se tenha uma perspectiva melhor de como será a relação de parentesco, é necessário, todavia, medir a proximidade dessa relação para que se possa, em determinadas circunstâncias e com certa finalidade, verificar qual parente mantém uma relação mais próxima em relação a outro, de modo a fixar certos efeitos específicos, como por exemplo, verificação da ordem de vocação hereditária, quando serão chamados a suceder observada a ordem legalmente prevista (art. 1.829).
A contagem de graus é a distância que vai de uma geração à outra, o qual conta-se por grau o parentesco. Tem a função de medir esse nível de aproximação entre os diversos parentes, dando solução a determinadas questões que disso adviriam se não houvesse regra a respeito.
Na linha reta, conforme indica o art. 1.594 do Código civil, os graus são contados pelo número de gerações. Pai e filho são parentes em 1º grau. Avô e neto são parentes em 2º grau. Bisavô e bisneto são de 3º grau e assim por diante. Há uma geração entre os primeiros, duas entre os segundos e três entre os terceiros. 
Na linha colateral a contagem é feita também pelo número de gerações. Parte-se de um parente situado em uma das linhas e se vai identificando e contando as gerações até que se alcance o tronco comum. Encontrado este, desce-se pela outra linha continuando a contagem das gerações até encontrar o outro parente. Irmãos são colaterais em segundo grau. Tios e sobrinhos são parentes em terceiro grau. Primos são parentes em quarto grau. Não ocorre parentesco de 1º grau na linha colateral. É importante ressaltar que o parentesco, na linha colateral, limita-se até o 4° grau.
Com todo o exposto, o parentesco tem grande relevância para o direito, pois a condição de parente pode obstar ou legitimar o indivíduo à prática de alguns atos em diversas esferas do ordenamento jurídico brasileiro.
REFERÊNCIAS 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de família. Ed. 15°. São Paulo: Saraiva, 2011. – coleção sinopses jurídicas, v.2.
DUDEQUE, Amanda. RELAÇÕES DE PARENTESCO. Disponível em <https://amandadudeque.jusbrasil.com.br/artigos/564834562/relacoes-de-parentesco> Acesso em 30 jul. 2019. 
LIMA, Cíntia Rosa Pereira de. RELAÇÃO DE PARENTESCO. Disponível em <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4026353/mod_resource/content/1/Parentesco.pdf> Acesso em 30 jul. 2019.

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