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52 Intertextualidade

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Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 1 
 
 
 
Língua Portuguesa 
Intertextualidade 
Prof da Videoaula: Sidney Martins 
 
 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 2 
 
Este documento possui recursos de interatividade através da navegação por 
marcadores, portanto, acesse a barra de marcadores do seu leitor de PDF e navegue 
de maneira RÁPIDA e DESCOMPLICADA pelo conteúdo. 
 
Veja o exemplo abaixo: 
 
 
Na aula de hoje vamos falar sobre intertextualidade. Em termos conceituais, a 
intertextualidade é muito fácil de entender, mas, ela pode enveredar por assuntos bem 
mais complexos. Assim, pegue seu marca-texto e leia o conteúdo deste material com 
muita atenção. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Intertextualidade .............................................................................................................. 3 
Paráfrase ............................................................................................................................................. 8 
Paródia ................................................................................................................................................ 8 
Questões ........................................................................................................................... 9 
Questão 1 .......................................................................................................................................... 11 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 3 
Questão 2 .......................................................................................................................................... 11 
Questão 3 .......................................................................................................................................... 13 
Questão 4 .......................................................................................................................................... 13 
Questão 5 .......................................................................................................................................... 14 
 
INTERTEXTUALIDADE 
Você deve estar se perguntando “O que seria a intertextualidade?”. Pois bem, Inter 
significa dentro, logo, intertextualidade ocorre quando um texto entra dentro de 
outro, quando um texto dialoga com outro, quando faz alusão, menção a outro. 
 
Mas, reconhecer a presença de intertextualidade em um texto pode não ser tão 
simples quanto a definição que apresentei. Isso exige conhecimento de mundo e 
exige prática. Nesse sentido, fora os conceitos, vamos trabalhar também questões 
fáceis e questões difíceis de intertextualidade. 
 
Questão fácil? Que tal um conto de fadas? 
Uma questão fácil de intertextualidade seria, por exemplo, a banca apresentar um 
texto que retrate a seguinte situação: uma pessoa para diante de um espelho e diz 
“espelho, espelho meu, existe algum país mais corrupto que o meu?”, e perguntar com 
que tipo de texto aquele ali está dialogando. Dentre as opções você se deparará com 
a alternativa conto de fadas. Pois bem, essa é uma questão fácil de intertextualidade, 
porque, independentemente de classe social, da instituição de ensino, seja ela 
particular ou pública, no primeiro momento de aquisição com a língua portuguesa e 
com os processos lúdicos as crianças são inseridas no mundo do conto de fadas. 
Praticamente todos sabem quem é Rapunzel, quem é Branca de Neve e quem são os 
três porquinhos. 
 
Quando a questão apresenta algo como “espelho, espelho meu, existe algum país 
mais corrupto que o meu?”, você deverá se lembrar da fala da bruxa do conto da 
Branca de Neve. Naturalmente, quem não lembra disso não acertaria a questão, mas 
não lembrar disso é quase improvável, porque a Branca de Neve não aparece só nos 
livros, mas também em filmes e em diversos outros meios. 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 4 
 
O que seria, então, uma questão difícil? 
Contudo, existem questões de intertextualidade muito difíceis também. Em 
determinada prova de concurso caiu uma questão uma vez que brincava com um 
texto de Guimarães Rosa que, por sua vez, brincava com um texto de Dante Alighieri. 
 
Você já ouviu falar em Guimarães Rosa e Dante Alighieri? 
Constava no texto de Guimarães Rosa que o personagem estava entrando no funil do 
capeta. Trata-se de uma intertextualidade que dialoga com a Divina Comédia de Dante 
Alighieri. Você pode não ter lido o texto, mas provavelmente já ouviu falar na Divina 
Comédia. Provavelmente você já ouviu dizer que há uma passagem que fala sobre o 
Inferno, o Purgatório e o Paraíso nesse texto. Quando Dante fala sobre o inferno, ele 
o descreve como anéis que vão diminuindo de tamanho e formando um funil. E 
quanto mais fundo esse funil se torna, mais próximo do corpo personificado do capeta 
fica. O candidato tem que ter o conhecimento da história da Divina Comédia para 
responder uma questão como essa. Essa é a dificuldade que a intertextualidade pode 
apresentar por vezes. 
 
 
O mapa do Inferno de Dante, por Botticelli (1845) 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 5 
 
E quanto a Homero e James Joyce? 
Outro clássico que às vezes passa despercebido quanto a 
intertextualidade nele presente é do poema épico Ilíada, 
de Homero, com o filme Tróia (2004). Tróia nada mais é 
que um diálogo com a Ilíada de Homero. 
 
Mas, ainda melhor e em patamar mais elevado está a 
intertextualidade maravilhosa com o poema épico de 
Homero, a Odisseia (que é inclusive uma sequência da 
Ilíada) que faz James Joyce na obra Ulisses (1922). O título 
da obra em si já representa uma intertextualidade. 
 
Ulisses é o Odisseu, mas na Ilíada, o Odisseu vai para a 
guerra e não retorna, ele fica quarenta anos viajando na 
sua odisseia. Naquela época, era permitido que a mulher 
arrumasse outro marido para cuidar da lavoura, por ser 
este um trabalho braçal. Então era permitido, caso a 
mulher quisesse assim proceder, relacionar-se com outro 
homem, afinal de contas, se o homem não volta da guerra 
ele é dado como morto, e nisso não há traição. 
 
Mas, e se o homem voltasse dez anos depois? Nesse caso, ele teria que lutar pelo seu 
direto sobre a mulher. Mas no caso de Ulisses, da Odisseia de Homero, ele ficou 
quarenta anos fora e sua mulher permaneceu por todo esse tempo fiel a ele. Durante 
esses quarenta anos, para ocupar o tempo, ela ficava trançando, ou seja, costurando 
e tricotando. 
 
Já no livro Ulisses, de James Joyce, ele cria esse personagem Ulisses, é claro, brincando 
também com outros nomes, com outras situações, pois se trata de outro contexto, 
outra época. Nesse contexto há um casal, e o marido, o personagem principal da 
trama, é um médico. Esse médico, assim como Ulisses de Homero, viaja a uma cidade 
Helena de Troia Evelyn de 
Morgan, 1898 
 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 6 
vizinha, só que ele volta no dia seguinte, ele não fica nem vinte e quatro horas. Quando 
ele retorna sua mulher já havia dormido com metade da cidade. 
 
Observe a disparidade, enquanto uma permaneceu quarenta anos fiel, sem dormir 
com ninguém, a outra dorme com metade da cidade em apenas um dia. Ao se deparar 
com a situação o médico a questiona: – “poxa, por que você fez isso comigo?” A 
resposta que segue é sensacional, ela diz: – “Porque eu não sei trançar”. Perceba o 
diálogo, a alusão que James Joyce faz ao poema de Homero. 
 
 
Odisseu na gruta de Polifemo Jacob Jordaens, século XVI. Museu Pushkin 
 
Para além disso, nessa mesma obra há uma passagem muito interessante que retrata 
muito bem a ideia de fluxo de consciência, em que James Joyce escreve cem páginas, 
sem marcas de pontuação, retratando o pensamento da personagem feminina da 
obra. Não tem uma vírgulae um ponto sequer, nada de pontuação. Entenda que 
somente um gênio consegue fazer isso. “E por que deixar um texto sem pontuação?” 
– você perguntaria. Justamente porque sua intenção era representar o pensamento, e 
no pensamento não temos nem ponto nem vírgula. O pensamento é rápido, é fluido. 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
www.focusconcursos.com.br | 7 
Ora, você deve saber que o gago só gagueja porque o pensamento é muito rápido e 
seu aparelho fonador não o acompanha. 
 
E que tal piadas de cunho político? 
Outro exemplo de intertextualidade são as piadas. Só entendemos determinadas 
piadas de contexto político se soubermos o que está acontecendo no cenário político. 
Do contrário, como é que vamos conseguir perceber alusão à intertextualidade? 
 
Ora, a intertextualidade tem a ver com conhecimento do mundo. E não se iluda 
achando que esse tipo de “coisa” não cai em prova, porque cai sim senhor! E é 
bastante cobrado por bancas que trabalham bem a partir de texto e que gostam de 
tirinhas, por exemplo, tais como a FGV. 
 
 
Perfeito?! Muito bem, retomando o conceito inicial: Intertextualidade acontece 
quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também 
pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda 
vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade. 
 
A intertextualidade apresenta-se explicitamente 
(citação direta) quando o autor informa o objeto de 
sua citação. Num texto científico, por exemplo, o 
autor do texto citado é indicado, já na forma 
implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante 
para o leitor o conhecimento de mundo, um saber 
prévio, para reconhecer e identificar quando há um 
diálogo entre os textos. 
 
A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou 
contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia. 
 
Língua Portuguesa | 
Intertextualidade 
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Paráfrase 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo 
texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto 
citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Temos um exemplo citado por 
Affonso Romano Sant’Anna em seu livro “Paródia, paráfrase & Cia” (p.23): 
 
Texto Original 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, “Cação do exilio”). 
 
Paráfrase 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’ 
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
(Carlos Drumond de Andrade, “Europa, França e Bahia”). 
 
Paródia 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura 
com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da 
língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original 
é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas 
verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre 
os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do 
raciocínio e da crítica. Os programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, 
frequentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e 
contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada 
pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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uma paródia. 
 
Texto Original 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). 
 
Paródia 
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
os passarinhos daqui 
não cantam como os de lá. 
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”). 
 
Nessa paródia o escritor fala da questão da escravidão “minha terra tem palmares”, 
mas só vai entender a paródia quem tem conhecimento de mundo, pelo menos 
histórico nesse caso. 
 
Perfeito?! Vamos agora trabalhar algumas questões de intertextualidade para 
compreender um pouco melhor como esse conteúdo aparece nas provas 😉. 
 
QUESTÕES 
Antes de resolvermos a primeira questão gostaria de fazer um adendo em relação ao 
texto que ela apresenta. Você provavelmente já leu ou já ouviu essa passagem em 
algum momento da sua vida. Em primeiro lugar, observe o texto: 
 
No meio do caminho 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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Tinha uma pedra no meio 
do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha 
uma pedra 
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/ São Paulo: Record, 2000. 
(fragmento). 
 
Muita gente olha para o texto e pensa que é um texto bobo. Mas esse texto tem uma 
pegada muito importante, ele trabalha com a questão do existencialismo, com a 
nossa função na terra diante do nosso contexto social cultural, é uma poesia 
praticamente existencialista. Dialoga, por exemplo, com Sartre, filósofo que falava da 
questão do existencialismo, escritor da famosa obra O Ser e o Nada. 
 
O que Drummond quis mostrar é que no meio do caminho sempre haverá uma pedra, 
e o que você pretende fazer a respeito? Você vai parar ali no primeiro obstáculo, ou 
vai contornar a pedra, ou derrubá-la, chutá-la e cada vez ficar mais forte? É um poema 
que leva à reflexão. Muito bem, voltando à questão. A tirinha do Garfield a seguir faz 
intertextualidade com o poema de Drummond: 
 
 
Língua Portuguesa | 
Questões 
www.focusconcursos.com.br | 11 
 
Questão 1. A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois 
textos revela que: 
a) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por 
histórias em quadrinho. 
b) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam 
uma réplica do texto 1. 
c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como 
pertencentes ao mesmo gênero. 
d) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram 
elaborados com finalidades distintas. 
e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-
los como pertencentes ao mesmo gênero. 
 
Comentários: 
a) Isso é impossível. Não é porque o texto B fala do texto A que este perde as suas 
características. 
b) O texto dois não é um texto literário, mas sim uma tirinha jocosa. 
c) O primeiro texto é um poema e o segundo é uma tirinha. São gêneros distintos. 
d) A finalidade do primeiro texto é a busca por reflexão, a compreensão sobre a nossa 
atividade humana durante a vida inteira. A finalidade do segundo texto, da tirinha, é 
o riso. Embora faça alusão ao poema de Drummond, é um texto jocoso que tem por 
finalidade o riso. 
e) Novamente, os textos são diferentes e apresentam linguagens diferentes. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 2. 
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem 
Uma quentura, um querer bem, um bem 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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Um “libertas quae sera tamen”* 
Que um dia traduzi num exame escrito: 
“Liberta que serás também” 
E repito! 
(Vinícius de Moraes, “Pátria minha”, Antologia poética.) 
A frase em latim traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que tardia”. 
 
Considere as seguintes afirmações: 
I. O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento central na 
composição da estrofe. 
II. O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor da pátria que 
eles expressam não é oficial nem conformista. 
III. O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se na escolha de um 
verso latino como núcleo da estrofe. 
Está correto oque se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
 
Comentários: 
I. O texto faz de fato uma intertextualidade com um texto que está marcado com um 
asterisco, que se encontra inscrito, inclusive, na bandeira de Minas Gerais. Nesse 
sentido a primeira sentença está correta. 
II. A segunda sentença também está correta, é claro, porque o autor brinca com o som 
da frase em latim e a traduz como “liberta que serás também”, e ainda o repete. 
III. Não está correto, porque o autor além de traduzir o texto de forma errônea, 
reafirma sua tradução, o que dá indícios de que ele não está nem aí para a tradução 
correta da frase. 
 
Gabarito: Letra C 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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Questão 3. 
 
 
O título desse livro ilustra um caso de intertextualidade estabelecida por meio de 
a) um plágio explícito. 
b) uma transcrição literal. 
c) uma paráfrase direta. 
d) um procedimento paródico. 
Comentários: A capa do livro demonstra de cara ser uma paráfrase de Memórias 
Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. E veja, não há elemento de riso, de 
paródia na capa do livro. O título unicamente faz alusão a outro texto. Por isso se trata 
de uma paráfrase direta. 
 
Gabarito: Letra C 
 
Questão 4. Você sabia que com pouco esforço é possível ajudar o planeta e o seu 
bolso? Ao usarmos a energia elétrica para aparelhos eletrônicos e lâmpadas também 
emitimos gás carbônico, um dos principais gases do efeito estufa. Atitudes simples 
como trocar lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes e puxar da tomada os 
aparelhos que não estão em uso reduzirão a sua conta de luz e as nossas emissões de 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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CO2 na atmosfera. 
Planeta sustentável: conhecimento por um mundo melhor 
Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto. 
a) Intertextualidade, já que se pode notar apropriação explícita e marcada, por 
meio de citações, de trechos de outros textos. 
b) Conotação, uma vez que o texto emprega em toda a sua extensão uma 
linguagem que adota tom pessoal e subjetivo. 
c) Ironia, observada no emprego de expressões que conduzem o leitor a outra 
possibilidade de interpretação, sempre crítica. 
d) Denotação, pois há a utilização objetiva de palavras e expressões que destacam 
a presença da função referencial. 
e) Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada serve exclusivamente para 
tratar da própria linguagem. 
 
Comentários: 
a) Não foi empregada a intertextualidade. Trata-se de um texto objetivo e informativo. 
b) Se o texto é informativo, é objetivo, logo, não há o que se falar em conotação. 
c) Também não há presença de ironia no texto, pois se trata de um texto técnico. 
d) O texto referencial se preocupa com a informação, e é essa a principal característica 
do texto apresentado na questão. 
e) A metalinguagem ocorre quando um texto é explicado através de outro texto, como 
um dicionário, em que se tem termos da língua portuguesa explicando outros termos 
da língua portuguesa. 
 
Gabarito: Letra D 
 
Questão 5. E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) 
Esse verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de 
Honoré de Balzac. Tal procedimento constitui o que se chama de: 
a) metáfora 
Língua Portuguesa | 
Questões 
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b) pertinência 
c) pressuposição 
d) intertextualidade 
Comentários: se a questão não tivesse mencionado que o verso pode ser lido como 
uma ALUSÃO ao livro de Balzac, muito provavelmente a maioria dos candidatos não 
perceberiam a intertextualidade. 
 
Gabarito: Letra D 
 
 
Fechou?! Tranquilinho?! Meu caro aluno, questões de intertextualidade podem, sim, 
ser fáceis, mas podem também ser difíceis, assim, sugiro que para garantir todas as 
suas respostas você leia muito, assista a bons filmes, ouça boas músicas, eleve seu 
nível intelectual e amplie seu conhecimento de mundo. Existem incontáveis obras de 
arte que fazem intertextualidade com outras, magníficas e interessantes. Esse tipo de 
conhecimento você leva para a vida toda, e os efeitos de deixar sua mente expandir, 
criando sinapses por intermédio deles, também. 
 
Para finalizar, deixo uma frase para reflexão: “motivação faz você começar, hábito 
faz você continuar”. Lembre-se: talvez sua motivação seja grande, mas somente o 
hábito, a constância pode fazer você passar em um concurso. Ser constante é muito 
difícil em tudo na vida, mas se você conseguir alcançar a constância, você com certeza 
será aprovado em qualquer concurso. 
 
 
Um grande abraço e até nosso próximo encontro. 
 
 
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