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2 Intertextualidade

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Prévia do material em texto

2/5
1) Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afirmar:
I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também retomar esses elementos para introduzir novos referentes;
II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de discurso previamente introduzidos;
III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura, trata-se das relações dialógicas estabelecidas entre dois ou mais textos;
IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita;
V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo estabelecimento das relações semânticas presentes em um texto.
Estão corretas as proposições:
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I, II e V estão corretas.
c) Apenas III e IV estão corretas.
d) III, IV e V estão corretas.
e) I e II estão corretas.
2) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.
3) Observe a capa de um livro reproduzida abaixo:
A imagem é capa do livro Memórias Desmortas de Brás Cubas, de Pedro Vieira. Editora Tarja Editorial
a) uma metonímia.
b) uma transcrição literal.
c) uma paráfrase direta.
d) um procedimento paródico.
e) um plágio explícito.
4) Sobre a intertextualidade explícita, podemos afirmar que:
a) Ocorre de maneira velada, sem a citação expressa do texto-fonte, cabendo ao leitor reativar informações em sua memória para perceber a intertextualidade.
b) Ocorre, apenas, nos textos poéticos, não sendo admitida em outros gêneros, como o gênero anúncio publicitário.
c) Ocorre somente por meio de paráfrase e paródia do texto-fonte.
d) Trata-se de um plágio do texto-fonte, ou seja, uma transcrição integral do texto-fonte.
e) Ocorre a citação da fonte do intertexto, podendo ser encontrada nas citações, nos resumos, resenhas e traduções, além de estar presente também em diversos anúncios publicitários.
5) A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária.
Essa campanha publicitária relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa:
a) o comércio ilícito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade nacional.
b) a manutenção do mico-leão-dourado em jaula é a medida que garante a preservação dessa espécie animal.
c) o Brasil, primeiro país a eliminar o tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa espécie.
d) o aumento da biodiversidade em outros países depende do comércio ilegal da fauna silvestre brasileira.
e) o tráfico de animais silvestres é benéfico para a preservação das espécies, pois garantelhes a sobrevivência.
6) 
A intertextualidade pode ser encontrada nos diversos gêneros textuais, inclusive nas histórias em quadrinhos
O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, estabelece um interessante diálogo com um famoso texto-fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse texto-fonte:
a) Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
b) Erro de português, de Oswald de Andrade.
c) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade.
e) Não há vagas, de Ferreira Gullar.
d) José, de Carlos Drummond de Andrade.
7
(a) “E você, bêbado.” 
(b) “Você é um horror!” 
(c) “Ilusão sua: amanhã, de ressaca, vai olhar no espelho e ver o alcoólatra machista de sempre.” 
(d) “Vai repetir o porre até perder os amigos, o emprego, a família e o autorrespeito.” 
(e) “Perco a piada, mas não perco a ferroada!”
Constatamos que a expressão “Horta de elite” estabelece um diálogo com o filme “Tropa de elite”. *
“E o coentro levou” apresenta-se como fruto do diálogo que se estabelece com o filme “E o vento levou”.*
Questão 1 
Alternativa “c”. A intertextualidade é um tema estudado pela Linguística Textual e é parte constituinte do processo de leitura e escrita. Trata-se do diálogo estabelecido entre dois ou mais textos, de maneira proposital ou não. Pode ocorrer de duas formas: implícita ou explicitamente.
Voltar a questão 
Questão 2 
Alternativa “a”. A intertextualidade está presente através da reiteração de imagens e pode ser notada através da repetição da estrutura. Note que os textos se revisitam, dando origem a outros textos, nos quais podemos notar a presença do texto-fonte.
Voltar a questão 
Questão 3 
 Alternativa “d”. Podemos observar que a intertextualidade é feita por meio de uma paródia com o texto-fonte de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Questão 4 
Alternativa “e”. A intertextualidade explícita cita expressamente o texto-fonte e tal procedimento é muito importante para a produção de sentidos do texto.
5 A
6 C
7 E
Tipos de intertextualidade
· Alusão: faz referência a elementos de outros textos de maneira indireta, ou seja, implícita.
· Citação: quando é acrescentado partes de outros textos em uma produção textual, o que gera a intertextualidade direta.
· Epígrafe: complemento de parágrafo ou frase no texto produzido que se relaciona com outro.
· Paráfrase: recriação de um texto com a mesma ideia do texto fonte.
· Paródia: a paródia é a subversão de um texto original, de maneira crítica ou satírica.
· Bricolagem: criação de um texto a partir de elementos retirados de outros.
· Sample: músicas, textos utilizados como base para outras novas produções.
· Pastiche: vários tipos de manifestações em uma mesma obra. 
A INTERTEXTUALIDADE
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23/09/2010
Autor e Coautor(es)
Autor: Tânia Guedes Magalhães 
JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora 
Coautor(es): 
Cristina Weitzel
Estrutura Curricular
	Modalidade / Nível de Ensino
	Componente Curricular
	Tema
	Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo
	Língua Portuguesa
	Linguagem escrita: leitura e produção de textos
	Ensino Fundamental Final
	Língua Portuguesa
	Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Esta aula tem o objetivo de Desenvolver a capacidade de relacionar textos diversos, identificando um intertexto.   
Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos 
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Habilidades básicas de leitura e escrita e conhecimentos sobre antíteses e paradoxos 
Estratégias e recursos da aula
Aula 1 
A) Professor, apresente a seguinte imagem aos alunos: 
“Mon Bijoux deixa sua roupa uma perfeita obra-prima.” 
Fonte: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-02.html   
B) Indague se eles já conheciam a propaganda e se sabem a que outra imagem famosa ela refere-se. Mostre então a imagem abaixo e explique sobre a tão famosa obra.  
Fonte: http://www.brasilescola.com/artes/mona-lisa.htm  
Informações sobre a obra: 
Mona Lisa (ou La Gioconda) é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano Leonardo da Vinci. O quadro, no qual foi utilizada a técnica do sfumato, retrata a figura de uma mulher com um sorriso tímido e uma expressão introspectiva.Atualmente, o quadro fica exposto no Museu do Louvre, em Paris, França. Mona Lisa é, quase que certamente, a mais famosa e importante obra de arte da história, sendo avaliada, na década de 1960, em cerca de 100 milhõesde dólares americanos, lhe conferindo também, o título de objeto mais valioso, segundo o Guinness Book. 
Texto http://www.brasilescola.com/artes/mona-lisa.htm  em 03/05/2010.   
C) Apresente então as demais imagens ( imagens capturadas em http://www.hortifruti.com.br/campanhas/campanhas-hortifruti.html ) :  
B) Chame a atenção dos alunos para a criatividade da marca Hortifruti em uma campanha publicitária e esclareça que todas as propagandas basearam-se em textos já existentes. Ajude-os a chegarem aos textos originais. 
C) Introduza o conceito de intertextualidade. 
Intertextualidade é a relação entre dois textos em que um cita o outro. Assim, qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos é exemplo de intertextualização. A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas etc. Esclareça que, dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida. 
D) Pergunte aos alunos: Sabendo que os textos acima fazem parte de propagandas, qual a intenção do autor ao utilizar intertextos? Você acha que essa foi uma boa ferramenta para as propagandas?  
Aula 2    
E) Entregue aos alunos o texto abaixo:    
Texto 1: 
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.    
(Bíblia, I Coríntios 13) 
F) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, faça você, professor, uma leitura em voz alta para os alunos. Procure dar a entonação e as pausas adequadas, fazendo desta uma leitura bastante expressiva e contagiante.      
G) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram, (por quê?) e se o compreenderam.     
H) Entregue aos alunos o texto abaixo: 
Texto 2:    
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer; 
É um não querer mais que bem querer; 
É solitário andar por entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É cuidar que se ganha em se perder; 
É querer estar preso por vontade; 
É servir a quem vence, o vencedor; 
É ter com quem nos mata lealdade. 
Mas como causar pode seu favor 
Nos corações humanos amizade, 
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)      
I) Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto. Em seguida, distribua cada verso do poema para cada aluno da turma. Dependendo do número de alunos da turma, divida-a em 2 grupos e então distribua os versos do poema para cada aluno de cada grupo. Peça para que os grupos reunam seus participantes e elaborem uma forma de recitar o poema. Cada aluno deverá apresentar um verso, atentando-se para a entonação necessária e a emoção que deve passar.     
J) Pergunte aos alunos o que acharam do texto, se gostaram, se não gostaram (por quê?) e o que sentiram ao ter que recitá-lo.    
K) Entregue aos alunos os exercícios abaixo:  
  
Exercícios    
1.      Em poucas linhas, escreva o assunto do texto I. 
2.      Tendo em vista que o texto I foi tirado da Bíblia, qual é o seu público alvo? 
3.      Agora, em poucas linhas escreva o assunto do texto II. 
4.      Em sua opinião, qual é o objetivo comunicativo do texto II.        
5.      Considere as definições: 
	Antítese – Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. 
Paradoxo - é uma afirmação ou opinião que à primeira vista parece ser contraditória, mas na realidade expressa uma verdade possível. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antítese   
O poema de Camões é composto por antíteses e paradoxos. 
a) Dê um exemplo de antítese. 
b) Dê um exemplo de paradoxo. 
c) Que sentido essas figuras de linguagem trazem para o texto?    
6. Qual o aspecto semelhante entre os dois textos?    
7. A concepção de amor é diferenciada nos dois textos. Explicite essa diferença.   
(Professor, guie os alunos para a percepção do tratamento diferenciado dado ao amor nos dois textos. No texto I, o amor é tratado como generoso, caridoso, enquanto no texto II, temos o amor possessivo, contraditório.)    
L) Peça que os alunos façam os exercícios e depois os corrija juntamente com os alunos. 
Aula 3 
M) Relembre os dois textos estudados na aula passada. Se julgar necessário, releia-os  ou peça que os alunos leiam em voz alta. 
N) Entregue o texto abaixo aos alunos. Professor, a sugestão é que você leve a música para os alunos ouvirem e peça que acompanhem a música com a leitura silenciosa da letra. 
Link para baixar a música: http://dc168.4shared.com/download/123803192/70bb3462/Renato_Russo_-_Monte_Castelo.mp3?tsid=20100504-193600-881bd664   
Texto III 
Monte Castelo 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor, eu nada seria... 
É só o amor, é só o amor 
Que conhece o que é verdade 
O amor é bom, não quer o mal 
Não sente inveja Ou se envaidece... 
O amor é o fogo 
Que arde sem se ver 
É ferida que dói 
E não se sente 
É um contentamento 
Descontente 
É dor que desatina sem doer... 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor, eu nada seria... 
É um não querer 
Mais que bem querer 
É solitário andar 
Por entre a gente 
É um não contentar-se 
De contente 
É cuidar que se ganha 
Em se perder... 
É um estar-se preso 
Por vontade 
É servir a quem vence 
O vencedor 
É um ter com quem nos mata 
A lealdade 
Tão contrário a si 
É o mesmo amor... 
Estou acordado 
E todos dormem, todos dormem 
Todos dormem 
Agora vejo em parte 
Mas então veremos face a face 
É só o amor, é só o amor 
Que conhece o que é verdade... 
Ainda que eu falasse 
A língua dos homens 
E falasse a língua dos anjos 
Sem amor, eu nada seria... 
(Renato Russo – Legião Urbana, “As quatro estações”, 1989.) 
O) Após a leitura/escuta, pergunte aos alunos se eles já conheciam a música, o que acharam dela e por quê. 
P) Pergunte se eles conseguem ver semelhanças entre a letra da música e os dois textos lidos anteriormente. Ressalte que essas semelhanças compõem uma relação de intertextualidade. 
Q) Peça que grifem na letra as partes que “dialogam” com o Texto I e as que “dialogam com o Texto II. 
R) Comente com os alunos sobre a relevância da música Monte Castelo ao trazer para os jovens dos anos 80 (quando a música foi lançada) dois escritores tão distantes. Vale ressaltar que o poema de Camões data do século XVI e compõe a vasta gama de produção do período do Classicismo; já a carta do apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, registrada na Bíblia, foi escrita em Éfeso, no século I d.C 
S) Apresente a imagem abaixo para os alunos em retroprojetor. 
T) Pergunte se já conheciam tal hino e com qual outro hino ele tem relaçãode intertextualidade.     
U) Apresente os conceitos abaixo aos alunos.    
A intertextualidade pode ocorrer sob as formas abaixo:    
Paráfrase - A paráfrase consiste em refazer um texto fonte em função de seu conteúdo. É uma categoria que abrange resumos, condensações, atas, adaptações relatórios. 
Paródia - A paródia é a recriação de viés crítico, com intenção cômica ou satírica. Na paródia, o texto fonte não é apenas o ponto de partida. Ele permanece entrevisto no espaço do texto recriado, sem o que se perde o efeito de sentido da paródia. 
Plágio - O plágio consiste na apropriação ou imitação, essencialmente ilícita, de texto alheio. Pode ser parcial ou total, distinguindo-se da paráfrase e da paródia por ocultar seu processo de criação. A facilidade, criada pela internet, do acesso a textos alheios aumentou consideravelmente a prática do plágio nos meios acadêmicos. 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u487420.shtml     
V) Pergunte se o “Hino Nacional da Propaganda” pode ser classificado como paráfrase, paródia ou plágio. 
Recursos Complementares
Recomendamos consultar o link abaixo: 
· http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-02.html   
Avaliação
Entregue uma cópia dos textos abaixo para os alunos    
Texto IV    
Canção do exílio    
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.    
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores.    
Em  cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.    
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar –sozinho, à noite– 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.    
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.  
Gonçalves Dias (1843) 
Texto V    
Trecho do Hino Nacional Brasileiro    
(...) Do que a terra mais garrida 
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, 
“Nossos bosques têm mais vida”, 
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.    
Joaquim Osório Duque Estrada (1909) 
Texto VI 
Canção do Exílio 
Minha terra tem macieiras da Califórnia 
onde cantam gaturamos de Veneza. 
Os poetas da minha terra 
são pretos que vivem em torres de ametista, 
os sargentos do exército são monistas, cubistas, 
os filósofos são polacos vendendo a prestações. 
gente não pode dormir 
com os oradores e os pernilongos. 
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda 
Eu morro sufocado 
em terra estrangeira. 
Nossas flores são mais bonitas 
nossas frutas mais gostosas 
mas custam cem mil réis a dúzia. 
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade 
e ouvir um sabiá com certidão de idade!                                                               
 Murilo Mendes (1930) 
Peça aos alunos que leiam os textos silenciosamente.  Após a leitura silenciosa, peça aos alunos que façam uma leitura em voz alta. Cada aluno deverá ler uma parte dos textos. Ressalte a importância da impostação de voz e da entonação. 
PROFESSOR: essa é uma sugestão. Caso queira fazer um círculo, ou outra dinâmica para a leitura, adapte a atividade à sua turma. 
Quanto ao texto IV( "Canção do exílio" de Gonçalves Dias ), peça que os alunos relacionem o título ao texto. 
Foi escrito em julho de 1843, em Coimbra, Portugal.Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo. Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Can%C3%A7%C3%A3o_do_ex%C3%ADlio  
Proponha as atividades abaixo que deveram ser feitas individualmente e entregues a você, que após corrigi-las as devolverá: 
Leia atentamente os textos para responder às questões abaixo: 
1. Levando em consideração que o poema de Gonçalves Dias foi escrito primeiro, qual a relação estabelecida entre ele e o Hino Nacional (são semelhantes ou opostos)? Trata-se de uma paródia, uma paráfrase ou um plágio? Justifique suas respostas. 
2. Comparando os textos IV e VI que relação percebemos (são semelhantes  ou opostos)? Podemos dizer que o texto VI é uma paródia, uma paráfrase ou um plágio? Justifique suas respostas. 
Solicite que os alunos pesquisem na internet vídeos ou figuras que apresentem intertextualidade. Marque uma data para que eles apresentem sua pesquisa para a turma e expliquem a intertextualidade encontrada nas fotos ou vídeos. 
Cebolinha - O Pensador de Planos Infalíveis FOI BASEADA EM "O PENSADOR" DE AUGUST RODIN.
Magali e Monica de Rosa e Azul Rosa e Azul”, do pintor impressionista francês Auguste Renoir,
"Mônica no Nascimento de Vênus"
a) Parataxe
b) Estilística
c) Intertextualidade
d) Polissemia
e) Comparação
4) A noção de intertextualidade se refere à 
aX) relação entre um texto e outros textos pré-existentes
b) dependência entre as modalidades oral e escrita
c) existência de muitos gêneros textuais
d) conexão entre os textos e seus gêneros discursivos. 
5) A frase abaixo que não apresenta intertextualidade com um texto amplamente conhecido é: 
a) A Universidade Santa Úrsula adverte: frequentar certos cursos faz mal ao bolso! 
 b) A situação econômica do Brasil é grave e quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça: todos devemos colaborar para que isso não piore!
 c) A ocasião faz o roubo, pois o ladrão já nasce feito! 
 d) Juntos salvaremos o Brasil!
8) A frase abaixo que NÃO mostra intertextualidade é: 
a) Mais vale um pássaro voando que dois na mão
b) Brasil? Fraude explica
c) Rock in Rio está pronto para decolar.
d) Presidente diz que facínoras roubam a verdade.
 a) Há uma referência a um famoso painel, divulgado em várias cidades e revistas, na qual se mostra uma família feliz, como as representadas acima. 
b) A intertextualidade é estabelecida entre a descrição de “família feliz” e de novos modelos familiares igualmente ideais. 
c) Há uma paródia em relação aos adesivos que vem representar a “família feliz”. 
d) Há uma paráfrase em relação aos adesivos de carros nos quais as famílias são ideais, assim como as exibidas acima. 
e) Não há intertextualidade, mas apenas uma remodelagem da “família feliz” tradicional.
9) A Intertextualidade estabelece uma relação entre dois textos. São exemplos de intertextualidade EXCETO: 
a) Epígrafe. Ex.: "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." (Paulo Freire) 
b) Pastiche. Ex.: “Pois é. Tenho dito. Tudo aleivosia que abunda nesses cercados. Maisquenada. Foi assim mesmo, eu juro, Cumpadre Quemnheném não me deixa mentir e mesmo que deixasse, eu mentia. Lorotas! Porralouca no juízo dos povos além das Gerais! Menina Mágua Loura deu? Não deu.(...)” 
c) Bricolagem. Ex.: “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. (Paulo Freire) 
d) Nenhuma das alternativas.
1. A que gênero pertence?
Pertence ao gênero “propaganda”. 
2. De que forma ele foi construído? Explique:
Pode-se observar que a propaganda do “Hortifruti” foi construída, tomando-se como referência uma revista famosa no país, que publica reportagens sobre pessoas famosas. A estrela que faz a declaração é o alho, alimento à venda no “Hortifruti”. O campo semântico da referida revista é transportado para o contexto da propaganda. Em “O sucesso não me fez perder a cabeça”, nota-se a duplicidade do sentido que transmuta entre os dois campos citados. A esse diálogo entre textos distintos, dá-se o nome de intertextualidade. 
3. Qual o objetivo de quem o produziu? A que público se destina?
O objetivo de quem produziu a propaganda é divulgar, de forma bastante criativa, a rede “Hortifruti”, por meio da figura do alho. Nele, “a natureza é a estrela”. A propaganda se destina às pessoas que buscam por legumes, verduras ou frutas.
 4. Justifique o empregodo sinal de aspas, em:
“O SUCESSO NÃO ME FEZ PERDER A CABEÇA”
As aspas foram utilizadas para a transcrição da fala (feita de forma direta) da estrela estampada na capa da revista: o alho.

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