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Tecendo linguagens - 8o ano

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8oano
4a edição
São Paulo
2015
TANIA AMARAL OLIVEIRA 
Formada em Letras, Pedagogia e Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). 
Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora 
de educadores nas áreas de Língua Portuguesa e de Comunicação. Professora do Ensino 
Fundamental das redes pública e privada de ensino de São Paulo.
ELIZABETH GAVIOLI DE OLIVEIRA SILVA
Bacharel e licenciada em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade de 
São Paulo (USP). Professora do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens 
e Adultos. Autora de livros didáticos de Língua Portuguesa e de Letramento e 
Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Professora do Ensino Fundamental 
da rede particular de ensino de São Paulo.
CÍCERO DE OLIVEIRA SILVA
Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo (PUC-SP). Graduando em Linguística e Língua Portuguesa pela 
Universidade de São Paulo (USP). Autor de livros didáticos de Língua Portuguesa 
e de Letramento e Alfabetização (Ensino Fundamental e EJA). Educador em 
projetos sociais nas áreas de Comunicação e Educação para a Cidadania.
LUCY APARECIDA MELO ARAÚJO
Bacharel e licenciada em Língua Portuguesa e Linguística pela Universidade de 
São Paulo (USP). Especialista em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestranda em Língua Portuguesa pela Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora do Ensino Fundamental 
da rede particular de ensino de São Paulo.
ENSINO FUNDAMENTAL
LÍNGUA PORTUGUESA
TECENDO 
LINGUAGENS
LÍNGUA PORTUGUESA
 MANUAL DO PROFESSOR
pnld2017_miolo_8TL_p3_U00_18ago15.indd 1 8/19/15 17:56
Coleção Tecendo Linguagens
Língua Portuguesa – 8o ano
© IBEP, 2015
4a edição – São Paulo – 2015
Todos os direitos reservados.
Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré
São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799
www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br
 Diretor superintendente Jorge Yunes
 Diretora editorial Célia de Assis
 Gerente editorial Maria Rocha Rodrigues
 Supervisora editorial de conteúdos e metodologias Márcia Cristina Hipólide
 Coordenadora editorial Simone Silva
 Editora Fabiana Panhosi Marsaro
 Assistente editorial Karina Danza
 Revisora técnica Márcia Chiréia
 Coordenadora de revisão Helô Beraldo
 Revisão Beatriz Hrycylo, Cássio Dias Pelin, Luiz Gustavo Bazana, 
Monalisa Neves, Salvine Maciel, Sheila Saad
 Secretaria editorial e Produção gráfica Fredson Sampaio
 Assistentes de secretaria editorial Carla Marques, Karyna Sacristan, Mayara Silva
 Assistentes de produção gráfica Ary Lopes, Eliane Monteiro, Elaine Nunes
 Coordenadora de arte Karina Monteiro
 Assistentes de arte Aline Benitez, Gustavo Lima, Gustavo Prado Ramos, 
Marilia Vilela, Thaynara Macário 
 Coordenadora de iconografia Neuza Faccin
 Assistentes de iconografia Bruna Ishihara, Thais Milson, Thiago Batista, 
Victoria Lopes, Wilson de Castilho
 Ilustração Jótah, Renato Arlem e Ulhôa Cintra
 Processos editoriais e tecnologia Elza Mizue Hata Fujihara, Fernando Cardille
 Projeto gráfico e capa Departamento de Arte – IBEP
 Imagens da capa Blend Images, Hugo Felix/Shutterstock
 Diagramação Bertolucci Estúdio Gráfico
Os textos e as imagens reproduzidos nesta coleção têm fins exclusivamente didáticos 
e não representam qualquer tipo de recomendação de produtos ou 
empresas por parte do(s) autor(es) ou da editora.
8TL.indb 2 6/15/15 10:20 AM
APRESENTAÇÃO
Caro aluno e cara aluna, 
Não sabemos quem vocês são, mas imaginamos que estejam 
curiosos para saber o que lhes trazem as páginas deste livro. Por 
isso adiantamos algumas respostas. Esta obra foi escrita especial-
mente para vocês que gostam de fazer descobertas por meio de 
trabalhos individuais ou em grupo e de se relacionar com as pessoas 
ao seu redor.
Para vocês que gostam de falar, de trocar ideias, de expor suas 
opiniões, impressões pessoais, de ler, de criar e escrever, foram pre-
paradas atividades que, certamente, farão com que gostem mais de 
estudar Língua Portuguesa. Estão duvidando disso? Aguardem os 
próximos capítulos e verão que estamos certos. 
Este livro traz algumas ferramentas para tornar as aulas bem mo-
vimentadas, cheias de surpresas. Vocês terão oportunidade de ler e 
interpretar textos dos mais variados gêneros: causos, mitos e lendas 
do Brasil e de outras regiões do planeta, textos teatrais, poemas, 
textos retirados de revistas e jornais, textos instrucionais, histórias 
em quadrinhos e muito mais. 
Mas não estamos rodeados apenas de textos escritos. Vivemos em 
um mundo em que a imagem, o som e a palavra falada ou escrita se 
juntam para construir atos de comunicação. Por isso, precisamos des-
vendar o sentido de todas essas linguagens que nos rodeiam para me-
lhor interagir com as pessoas e com o mundo em que vivemos. Assim, 
descobriremos os múltiplos caminhos para nos comunicar. 
Acreditem: vocês têm uma capacidade infinita e, por isso, a res-
ponsabilidade de desenvolvê-la. Pesquisem, expressem suas ideias, 
sentimentos, sensações; registrem suas vivências; construam e 
reconstruam suas histórias; sonhem, emocionem-se, divirtam-se, 
leiam por prazer; lutem por seus ideais e aprendam a defender as 
suas opiniões, oralmente e por escrito. Não sejam espectadores na 
sala de aula, mas agentes, alunos atuantes. Assim, darão mais senti-
do às atividades escolares, melhorarão seu desempenho nessa área 
e, com certeza, descobrirão a alegria de aprender.
Um abraço!
Os autores 
8TL.indb 3 6/15/15 10:20 AM
Para começo de conversa
Momento inicial de cada capítulo, que propõe uma discussão prévia sobre o gênero ou o tema a 
ser estudado.
CONhEÇA SEu livRO
Prática de leitura
Momento de ler textos verbais e não verbais e desenvolver a competência leitora.
ANTES DE LER
Momento de explorar os conhecimentos prévios dos alunos sobre determinado tema ou 
gênero, levantar hipóteses e fazer inferências.
 POR DENTRO DO TEXTO
Momento de verificar se o texto e as informações que ele apresenta foram compreendidos e 
de interpretar também aquilo que não está escrito. 
 TROCANDO IDEIAS
Momento de discutir oralmente sobre os aspectos apresentados pelo texto e de dividir com os 
colegas o que cada um compreendeu, as hipóteses e as opiniões. 
 CONFRONTANDO TEXTOS
Momento de comparar os textos já lidos ou esses textos e outros apresentados na seção. 
 TEXTO E CONSTRUÇÃO
Momento de organizar a aprendizagem sobre os textos, sua construção, forma, seus conceitos e 
sua definição. 
8TL.indb 4 6/15/15 10:20 AM
 TEXTO E CONTEXTO
Momento de ampliar a leitura e estabelecer relações entre texto e contexto.
Momento de ouvir
Momento em que o professor fará a leitura de textos para a turma.
De olho na ortografia
Momento de conhecer os aspectos ortográficos da língua e aprender a 
escrita correta das palavras.
Reflexão sobre o uso da língua
Momento de estudar e refletir sobre os aspectos gramaticais da língua escrita e oral.
 DE OLHO NO VOCABULÁRIO
Momento de conhecer os aspectos semânticos da língua e de usar o dicionário. 
 APLICANDO CONHECIMENTOS
Momento de colocar em prática aquilo que foi estudado.
 APRENDER BRINCANDO
Momento de fixar os novos conhecimentos por meio de atividades lúdicas variadas.
8TL.indb 5 6/15/15 10:20 AM
Hora da pesquisa
Momento de aprender de maneira mais autônoma por meio de pesquisas orientadas.
Atividade de criação
Momento de produzir colagens, ilustrações e pequenos textos.
Na trilha da oralidade
Momento de analisar questões próprias da língua oral.
Produção de texto \’
Momento de produzir textos orais e escritos.
8TL.indb 6 6/15/15 10:20 AM
Preparando-se para o próximo capítulo
Momento de realizar atividades que exploramo tema 
do capítulo seguinte.
iMPORTANTE SABER
Momento de organizar, ampliar e sistematizar os 
conhecimentos.
Projetos em ação
Momento de realizar um conjunto de atividades que resultam na elaboração de um produto 
final comum à turma ou a um grupo de alunos.
Momento de ler curiosidades e informações interessantes 
sobre os gêneros ou os temas abordados no capítulo.
PARA vOCÊ QuE É CuRiOSO
Momento de conferir sugestões para ampliar as 
leituras feitas no capítulo.
leia mais
8TL.indb 7 6/15/15 10:20 AM
Capítulo 1
BAÚ DE PAlAvRAS ..................................................... 14
XX Para começo de conversa .................................... 14
XX Prática de leitura .................................................... 15
Texto 1 – Verbete ....................................................... 15
(Palavra, Adriana Falcão)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 16
TEXTO E CONSTRUçãO .............................................. 17
CONFRONTANDO TEXTOS .......................................... 17
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 17
Estrutura das palavras 
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 18
XX Prática de leitura .................................................... 19
Texto 2 – Crônica ....................................................... 19
(Trágico acidente de leitura, Mário Quintana)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 19
APRENDER BRINCANDO ..............................................20
XX Momento de ouvir .................................................20
XX Atividade de criação ..............................................20
Mural de palavras 
XX Prática de leitura ....................................................22
Texto 3 – Conto ..........................................................22
(Chuva: a abensonhada, Mia Couto) 
POR DENTRO DO TEXTO .............................................24
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................25
TROCANDO IDEIAS ......................................................26
DE OLHO NO VOCABULÁRIO .......................................26
XX Momento de ouvir .................................................28
XX Prática de leitura ....................................................28
Texto 4 – Prefácio de livro ........................................28
(Prefácio de Codinome Duda, Marcelo Carneiro da Cunha)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................29
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................29
XX Produção de texto ..................................................30
Prefácio
XX Na trilha da oralidade ...........................................31
Gírias 
Capítulo 1 
COMuNiCAÇÃO EM DifERENTES 
liNguAgENS ................................................................... 14
XX Para começo de conversa .................................... 14
XX Prática de leitura .................................................... 15
Texto 1 – Crônica ....................................................... 15
(Comunicação, Luis Fernando Verissimo)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 18
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 18
TEXTO E CONSTRUçãO .............................................. 19
DE OLHO NO VOCABULÁRIO ....................................... 20
APRENDER BRINCANDO .............................................. 21
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 22
Código, língua e linguagem
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 23
XX Hora da pesquisa .................................................. 24
Sinais
XX Prática de leitura .................................................... 24
Texto 2 – Crônica ....................................................... 24
(A vaguidão específica, Millôr Fernandes)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 25
TEXTO E CONSTRUçãO .............................................. 26
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 26
XX Reflexão sobre o uso da língua .......................... 26
Discurso, situação de comunicação e interlocutores
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 27
XX Prática de leitura .................................................... 30
Texto 3 – Bilhetes ...................................................... 30
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 31
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 32
TROCANDO IDEIAS ..................................................... 32
Texto 4 – Tela ...................................................................... 32
(O grito, Edvard Munch) 
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 33
TEXTO E CONTEXTO ................................................... 33
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 34
XX Hora da pesquisa ................................................... 34
SuMáRiO
XX Hora da pesquisa ...................................................33
Gírias 
XX Leia mais ..................................................................34
XX Preparando-se para o próximo capítulo ..........34
Capítulo 2
ADOlESCER ....................................................................... 35
XX Para começo de conversa ....................................35
XX Prática de leitura ....................................................35
Texto 1 – Reportagem ..............................................35
(Projeto Sonho Brasileiro analisa perfil do jovem, 
Marcos Bonfim)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................37
TROCANDO IDEIAS ......................................................37
TEXTO E CONTEXTO ...................................................37
XX Prática de leitura ....................................................38
Texto 2 – Poema ........................................................38
(Mascarados, Cora Coralina)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................38
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................39
Modos verbais
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................... 41
XX Prática de leitura ....................................................42
Texto 3 – Poema ........................................................42
(O adolescente, Mário Quintana)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................43
TROCANDO IDEIAS ......................................................44
XX Prática de leitura ....................................................44
Texto 4 – Poema ........................................................44
(Palavras de amor, Sérgio Capparelli)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................45
XX Prática de leitura ....................................................45
Texto 5 – Poema ........................................................45
(Atenção!, Sérgio Capparelli)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................45
XX Prática de leitura ....................................................46
Texto 6 – Poema visual .............................................46
(Chá, Sérgio Capparelli)
13
uNiDADE 1
vEM TROCAR COMigO!
8TL.indb 8 6/15/15 10:20 AM
Capítulo 1
lENDAS, CANTADORES E ABÓBORAS 
MágiCAS ............................................................................ 60
XX Para começo de conversa ....................................60
XX Prática de leitura ...................................................61
Texto 1 – Poema de cordel .......................................61
(O poeta da roça, Patativa do Assaré)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................62
XX Atividade de criação ..............................................63
Interpretação de estrofes 
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................63
XX Na trilha da oralidade ...........................................64
Tipos de registro
XX Prática de leitura ....................................................66
Texto 2 – Poema de cordel .......................................66
(O burro é o ser humano, José Acaci)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................68
TEXTO E CONTEXTO ...................................................69
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................69
XX Atividade de criação ..............................................70
Apresentação de poemas de cordel 
XX Momento de ouvir .................................................71
XX Prática de leitura ....................................................72
Texto 3 – Lenda .........................................................72
(Irapuru – o canto que encanta, Waldemar de 
Andrade e Silva)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................72
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................73
TROCANDO IDEIAS ...................................................... 74
XX Prática de leitura ....................................................75
Texto 4 – Mito ...........................................................75
(O príncipe infeliz e as abóboras desprezadas, 
Reginaldo Prandi)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................77
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................78
Tipos de predicado
APRENDER BRINCANDO ..............................................81
XX Produção de texto ..................................................82
Verbete
XX Leia mais ..................................................................83
XX Preparando-se para o próximo capítulo ..........83
Capítulo 2
DE REPENTE... O iNESPERADO ............................... 84
XX Para começo de conversa ....................................84
XX Prática de leitura ....................................................85
Texto 1 – Romance de aventura (fragmento I) ........85
59
uNiDADE 2
COM A PAlAvRA, NARRADORES E POETAS
POR DENTRO DO TEXTO .............................................46
CONFRONTANDO TEXTOS ..........................................47
XX Na trilha da oralidade ...........................................47
Declamação de poemas
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................48
Frase e oração
XX Prática de leitura ....................................................49
Texto 7 – Romance infantojuvenil (fragmento) .......49
(Um bom sujeito, Antônio Carlos Olivieri)
POR DENTRO DO TEXTO ............................................. 51
XX Prática de leitura ....................................................51
Texto 8 – Poema ........................................................51
(O medo, Carlos Drummond de Andrade)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................52
TEXTO E CONTEXTO ...................................................53
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................53
Oração sem sujeito
APLICANDO CONHECIMENTOS ...................................55
XX Prática de leitura ....................................................55
Texto 9 – Poema ........................................................55
(No caminho com Maiakóvsky, Eduardo Alves da Costa)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................56
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................56
Tipos de sujeito (revisão)
XX Produção de texto ..................................................57
Poema
XX Projetos em ação ...................................................58
Traduções do amor
Evento “Adolescer”
XX Preparando-se para o próximo capítulo ..........58
8TL.indb 9 6/15/15 10:20 AM
Capítulo 1
COM OS OlhOS NO CÉu ........................................ 106
XX Para começo de conversa .................................. 106
XX Prática de leitura .................................................. 107
Texto 1 – Romance (fragmento) ............................. 107
(Os semeadores da Via-Láctea, Paulo Rangel)
TROCANDO IDEIAS .................................................... 107
XX Prática de leitura .................................................. 108
Texto 2 – Romance (fragmento) ............................. 108
(Os alienígenas humanoides, Paulo Rangel)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 110
TEXTO E CONSTRUçãO .............................................111
TROCANDO IDEIAS .................................................... 112
TEXTO E CONTEXTO ................................................. 112
XX Produção de texto .................................................113
Conto de ficção científica
XX Reflexão sobre o uso da língua .........................114
Adjunto adnominal
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 115
XX Momento de ouvir ................................................116
XX Prática de leitura ...................................................116
Texto 3 – Notícia .......................................................116
(Mares em luas geladas de Júpiter e Saturno 
podem abrigar vida, Salvador Nogueira)
DE OLHO NO VOCABULÁRIO ..................................... 117
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 117
TROCANDO IDEIAS .................................................... 118
XX Prática de leitura ...................................................118
Texto 4 – Charge .......................................................118
(Koizas da vida, Fabiano dos Santos)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 119
XX Prática de leitura .................................................. 120
Texto 5 – Texto de divulgação científica ................. 120
(Moléculas que podem ser precursoras de vida 
são encontradas no espaço, Revista Pesquisa Fapesp)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 121
CONFRONTANDO TEXTOS ........................................ 122
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 123
Adjunto adverbial
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 124
XX De olho na ortografia ......................................... 125
Mas e mais
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 126
XX Produção de texto ................................................ 127
Conto de ficção científica
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 129
Capítulo 2
ESTAÇÃO DO RiSO ...................................................... 130
XX Para começo de conversa .................................. 130
105
uNiDADE 3
ENTRE DuAS ESTAÇÕES
(Primeira parte – A origem da personagem Robinson Crusoé 
e sua primeira aventura, Daniel Defoe)
TROCANDO IDEIAS ......................................................86
POR DENTRO DO TEXTO .............................................88
TROCANDO IDEIAS ......................................................89
DE OLHO NO VOCABULÁRIO .......................................90
XX Reflexão sobre o uso da língua ..........................90
Transitividade verbal
APLICANDO CONHECIMENTOS ...................................92
XX Momento de ouvir .................................................93
XX Prática de leitura ....................................................93Texto 2 – Romance de aventura (fragmento II) .......93
(As aventuras de Robinson Crusoé, Daniel Defoe)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................94
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................95
XX Prática de leitura ....................................................96
Texto 3 – Conto ..........................................................96
(A terra dos meninos pelados, Graciliano Ramos)
POR DENTRO DO TEXTO .............................................99
TEXTO E CONSTRUçãO ..............................................99
CONFRONTANDO TEXTOS ........................................100
DE OLHO NO VOCABULÁRIO .....................................100
XX Produção de texto ................................................ 101
Diário
Conto para apresentação oral
XX Projetos em ação ................................................. 103
Coletânea de histórias
Conto
Exposição
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 104
8TL.indb 10 6/15/15 10:20 AM
Capítulo 1
OlhOS CRÍTiCOS ......................................................... 146
XX Para começo de conversa .................................. 146
XX Prática de leitura .................................................. 147
Texto 1 – Reconto de fadas ..................................... 147
(Dois beijos: o príncipe desencantado, Flávio de Souza) 
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................148
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................148
TROCANDO IDEIAS ....................................................148
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 149
Vocativo
APLICANDO CONHECIMENTOS .................................150
XX Prática de leitura .................................................. 150
Texto 2 – Reportagem ............................................. 150
(Propagandas mostram “força jovem” no consumo, 
Fernanda Mena) 
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 152
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................153
TROCANDO IDEIAS ....................................................153
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 154
Complemento nominal
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 155
XX Prática de leitura .................................................. 156
Texto 3 – Notícia ...................................................... 156
(Infratoras buscam sonho de consumo “cor-de-rosa”, 
Eliane Trindade) 
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 157
TROCANDO IDEIAS .................................................... 157
XX Hora da pesquisa ................................................. 158
Hábitos de consumo 
APRENDER BRINCANDO ............................................158
XX Prática de leitura .................................................. 159
Texto 4 – Carta do leitor .......................................... 159
(Cartas, Época) 
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................159
CONFRONTANDO TEXTOS ........................................160
145
uNiDADE 4
COMuNiCAÇÃO E CONSuMO
XX Prática de leitura .................................................. 130
Texto 1 – Crônica ..................................................... 130
(Amigos, Luis Fernando Verissimo) 
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................133
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................133
TROCANDO IDEIAS ....................................................133
XX De olho na ortografia .......................................... 133
Uso do x
XX Atividade de criação ............................................ 134
Uso do x
APRENDER BRINCANDO ............................................134
XX Prática de leitura .................................................. 135
Texto 2 – Anedotas .................................................. 135
(Pulga sonhadora, Brasil Almanaque de Cultura Popular; 
Bem explicado, Cornélio Pires) 
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 136
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................ 136
TROCANDO IDEIAS .................................................... 136
CONFRONTANDO TEXTOS ........................................ 137
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 137
Revisão
XX Prática de leitura .................................................. 138
Texto 3 – Causo ....................................................... 138
(Filhote não voa, Rolando Boldrin) 
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................138
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................139
TEXTO E CONTEXTO .................................................139
XX Momento de ouvir ............................................... 140
XX Na trilha da oralidade ......................................... 140
“Contação” de causos e de anedotas
XX Produção de texto ................................................ 141
Texto de humor
XX Projetos em ação ................................................. 143
Sarau
XX Leia mais ................................................................ 144
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 144
8TL.indb 11 6/15/15 10:20 AM
XX Apêndice ..........................................................................................................................................................188
XX Glossário ..........................................................................................................................................................217
XX Indicações de leituras complementares ..................................................................................................220
XX Produção de texto ................................................ 161
Carta do leitor
XX Na trilha da oralidade ......................................... 163
Jornal falado
XX Leia mais ................................................................ 165
XX Preparando-se para o próximo capítulo ........ 165
Capítulo 2
ENTRE O SER E O TER ................................................ 166
XX Para começo de conversa .................................. 166
XX Prática de leitura .................................................. 167
Texto 1 – Conto (fragmento) ................................... 167
(Kholstomér, Liev Tolstói)
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................169
TEXTO E CONTEXTO .................................................169
TROCANDO IDEIAS .................................................... 171
XX Prática de leitura .................................................. 172
Texto 2 – Propaganda .............................................. 172
(Havaianas, AlmapBBDO)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 174
TEXTO E CONSTRUçãO ............................................ 174
TROCANDO IDEIAS .................................................... 175
DE OLHO NO VOCABULÁRIO ..................................... 175
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 175
Aposto
APLICANDO CONHECIMENTOS ................................. 176
XX Prática de leitura .................................................. 177
Texto 3 – Propaganda .............................................. 177
(Vida urgente, Fundação Thiago de Moraes Gonzaga)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 177
XX Prática de leitura .................................................. 178
Texto 4 – Propaganda .............................................. 178
(HAM, Leiaute)
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................178
XX Prática de leitura .................................................. 179
Texto 5 – Propaganda .............................................. 179
(Dia das Crianças, Movimento Infância Livre de 
Consumismo)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 179
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 180
Advérbio e locução adverbial (revisão)
XX Prática de leitura .................................................. 180
Texto 6 – Propaganda .............................................. 180
(Água pede água, Akatu)
POR DENTRO DO TEXTO ........................................... 181
XX Reflexão sobre o uso da língua ........................ 181
Verbo – modo imperativo (revisão) 
XX Prática de leitura .................................................. 183
Texto 7 – Propaganda .............................................. 183
(Campanha de doação de órgãos e tecidos, Santa Casa de 
Misericórdia de Porto Alegre)
POR DENTRO DO TEXTO ...........................................183
XX Na trilha da oralidade ......................................... 184
Análise de propagandas na TV
XX Produção de texto ................................................ 184
Propaganda de conscientização
XX Projetos em ação ................................................. 187
Criação e divulgação de um produto
XX Leia mais ................................................................ 187
8TL.indb 12 6/15/15 10:20 AM
Unidade 1
vEM TROCAR COMigO!
Um poeta dizia que a palavra “horror” era horrorosa. Você con-
corda com ele? Você já parou para pensar nas sensações que uma 
palavra pode transmitir? 
Nesta unidade, você e seus colegas vão estudar as palavras. 
No Capítulo 1, brincarão com aquelas que acham estranhas e 
curiosas, farão entrevistas, desenharão e se divertirão com as 
produções da turma.
Ah! As gírias não ficaram de fora. Você conhecerá algumas que 
eram muito comuns em décadas passadas e, depois, será con-
vidado a pesquisar outras mais recentes. Também conhecerá o 
que é neologismo e aprenderá um pouco mais sobre a formação 
das palavras. Tudo isso, certamente, o aproximará do mundo das 
palavras e vai motivá-lo a produzir textos. 
O Capítulo 2 vai tratar de um assunto que é a sua cara: a ado-
lescência. Lá você vai ler a história de um garoto que resolveu 
estudar Língua Portuguesa para conquistar o amor de uma colega 
de turma. Nesse capítulo, também vai encontrar mais informa-
ções sobre os tipos de sujeito.
Fique ligado!
13
8TL.indb 13 6/15/15 10:20 AM
Professor, uma das atividades deste capítulo propõe uma consulta dos alu-
nos a alguns prefácios de livros. É interessante solicitar a eles que tragam 
alguns livros que contenham prefácio no dia da atividade.
Você já parou para pensar que importância tem a palavra na vida e no nosso dia a dia? Você já parou 
para imaginar a força que ela tem? Como é usada para ensinar, construir, destruir, enganar, mascarar, 
separar, reunir? As palavras têm dono? São livres? São domáveis? São fáceis ou difíceis? As palavras 
condenam ou absolvem?
Leia o texto a seguir para conhecer um enigma:
 1. Qual é a palavra que decifra o enigma apresentado no último parágrafo do texto? 
 2. Que consequência sofriam aqueles que não conseguiam decifrar os enigmas da esfinge? 
 3. Nesse contexto, qual era a importância das palavras que solucionavam os enigmas? 
A palavra é “homem”: quando é bebê engatinha, quando adulto anda sobre duas pernas e ao envelhecer necessita da terceira perna, que é a bengala.
Eram devorados.
Essas palavras eram decisivas, tinham muito poder, pois aqueles que as descobriam decifravam os enigmas e salvavam a própria vida.
Para começo de conversa
A esfinge era um monstro mitológico, com 
cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. 
Essa tradição mitológica originou-se no Egito e 
passou para a Grécia. Sua principal estátua ficava 
no templo de Apolo, no chamado oráculo de Del-
fos. “Esfinge” é uma palavra do egípcio arcaico 
que significa apertar a garganta até sufocar ou 
mesmo asfixiar. Já “oráculo” é uma palavra em 
parte grega e em parte latina que significa profeta, 
adivinho.
Delfos era um local sagrado onde Apolo, o 
deus da luz e das profecias, era consultado por 
meio da sua grande sacerdotisa, chamada de Pí-
tia ou Pitonisa, nome que quer dizer “aquela que 
vence a escuridão”. A esfinge era famosa por seus 
enigmas, mas todos tinham uma mesma finali-
dade: “Decifra-me ou te devoro”, ou seja, aquele 
que não os decifrasse era por ela devorado.
Um desses enigmas, muito conhecido, era 
mais ou menos assim: “O que é, o que é? De ma-
nhã anda de quatro, ao meio-dia, sobre duas per-
nas, e, pela tarde, com três pernas”.
SaliS, Viktor D. Mitologia viva: aprendendo com os deuses 
a arte de viver e amar. São Paulo: Nova alexandria, 2003.
O enigma da esfinge e o oráculo de Delfos
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Esfinge de Naxos, Delfos, Grécia, c. 560 a.C.
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14
8TL.indb 14 6/15/15 10:20 AM
Texto 1 – verbete
Como o primeiro trecho é mais explicativo, é possível que os alunos reconheçam um gênero cuja intenção principal seja também a 
de explicar, expor.
Prática de leitura
1. Leia o primeiro trecho em destaque no texto a seguir e responda: Que gênero de texto você 
acha que vai ler?
2. Leia agora o segundo trecho em destaque. Esse trecho se parece com o primeiro? Você con-
tinua com a mesma opinião sobre o gênero de texto?
Leia o texto integralmente e verifique suas hipóteses.
ANTES DE LER
As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjun-
ção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque 
gostam de brincar com elas e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da 
palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para di-
zer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. [...] A palavra nuvem chove. A palavra triste 
chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A 
palavra carro corre. A palavra palavra diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo 
e alma mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito 
e pronto. As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas. [...] As palavras 
também têm raízes mas não se parecem com plantas, a não ser algumas delas, verde, caule, folha, 
gota. As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes do que as outras. 
As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais para construírem sílabas e obrigam 
a língua a dançar dentro da boca. A boca abre ou fecha quando a vogal manda. As palavras 
fechadas nem sempre são mais tímidas. A palavra sem-vergonha está aí de prova. Prova é 
uma palavra difícil. Porta é uma palavra que fecha. Janela é uma palavra que abre. Entreaberto é 
uma palavra que vaza. Vigésimo é uma palavra bem alta. Carinho é uma palavra que falta. Miséria 
é uma palavra que sobra. A palavra óculos é séria. Cambalhota é uma palavra engraçada. A pala-
vra lágrima é triste. A palavra catástrofe é 
trágica. A palavra súbito é rápida. Demo-
radamente é uma palavra lenta. Espelho é 
uma palavra prata. Ótimo é uma palavra 
ótima. Queijo é uma palavra rato. Rato é 
uma palavra  rua. Existem palavras frias 
como mármore. Existem palavras quentes 
como sangue. Existem palavras mangue, 
caranguejo. Existem palavras lusas, Alen-
tejo. Existem palavras itálicas, ciao. Exis-
tem palavras grandes, anticonstitucional. 
Existem palavras pequenas, microscó-
pio, minúsculo, molécula, partícula, qui-nhão, grão, covardia. Existem palavras 
dia, feijoada, praia, boné, guarda-sol. 
Existem palavras bonitas, madrugada. 
Palavra
Jó
ta
h
Professor, o primeiro trecho é mais explicativo; sua linguagem se parece com 
a que é usada em textos didáticos. Já o segundo apresenta linguagem poé-
tica, lúdica e bem-humorada. Espera-se que os alunos façam algumas infe-
rências sobre as características dos trechos lidos; a intenção nesse momen-
to não é classificar o gênero textual, mas apenas fazer com que os alunos 
percebam a mistura de diferentes tipos de linguagem em um mesmo texto.
15
8TL.indb 15 6/15/15 10:20 AM
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. Você achou o texto interessante? Por quê?
 2. De acordo com o texto, gramáticos definem a palavra de um modo e poetas, de outro. Qual é essa 
diferença?
 3. Releia a classificação apresentada no início do texto e responda: O que você já sabe sobre esse 
assunto? A classificação se refere às classes gramaticais, já estudadas nesta coleção. 
 4. As definições apresentadas no texto correspondem às utilizadas em um dicionário? Que tipo de 
significado é atribuído às palavras no texto?
 5. Responda em seu caderno:
a) Por que o texto considera pequenas as palavras “microscópio”, “minúsculo”, “molécula”, “par-
tícula”, “quinhão”, “grão” e “covardia”? 
b) Por que o texto afirma que “shazam”, “abracadabra”, “pirlimpimpim”, “sim” e “não” são pala-
vras mágicas? 
c) Por que o texto associa “enigma”, “trigonometria”, “adolescente” e “casal” a palavras complicadas? 
d) Por que as palavras “eu”, “um”, “apenas” e “sertão” são relacionadas a palavras sozinhas? 
 6. No texto, a palavra “madrugada” é considerada bonita. Em seu caderno, escreva sua percepção 
sobre as palavras a seguir: Respostas pessoais.
a) abraço
b) casa
c) tristeza 
d) desculpa
e) amanhã
f) mágica
 7. Explique a seguinte afirmação encontrada no texto:
A palavra pela palavra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, pa-
lavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, pa-
lavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.
Os gramáticos entendem que a palavra pode ser classificada de acordo com sua forma e função. Já os poetas classificam as palavras pela alma, pois, 
para brincar com elas, precisam conhecer sua intimidade.
Não. O texto explica o significado das palavras de maneira lúdica, alterando o sentido original (encontrado em um dicionário) e estabelecendo alguma relação entre a 
palavra e outros significados: a linguagem figurada, a sonoridade, o conteúdo etc.
A maioria delas se refere ao tamanho do que representam, exceto pela palavra “covardia”, que está 
empregada em sentido figurado, pois se refere a algo pequeno do ponto de vista comportamental. 
Resposta pessoal.
Existem palavras complicadas, enigma, trigonometria, adolescente, casal. Existem palavras mágicas, 
shazam, abracadabra, pirlimpimpim, sim e não. Existem palavras que dispensam imagens, nunca, 
vazio, nada, escuridão. Existem palavras sozinhas, eu, um, apenas, sertão. Existem palavras plurais, 
mais, muito, coletivo, milhão. Existem palavras que são um palavrão. Existem palavras pesadas, 
chumbo, elefante, tonelada. Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom. 
Existem palavras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras 
cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas todas. Toda palavra tem a cara do seu signifi-
cado. A palavra pela palavra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, pala-
vra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, 
palavra não diz nada, é só letra e som.
Falcão, adriana. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Planeta, 2003.
Sugestão: As três primeiras palavras são encontradas no universo das narrativas de ficção dos contos maravilhosos e são responsáveis por 
mágicas, encantamentos e transformações. As outras duas, “sim” e “não”, dizem respeito às decisões de ação ou omissão do ser humano, 
que podem transformar ou não determinada realidade.
As palavras “enigma” e “trigonometria” estão relacionadas ao ato de desvendar situações-problema difíceis; enquanto as palavras “adolescente” e “casal” se 
referem às complicações de uma faixa etária e dos relacionamentos humanos, respectivamente.
Porque essas palavras podem ser relacionadas a situações de solidão, distanciamento.
A grafia e o som esvaziados de sentido deixam de cumprir a função de comunicar. 
Assim, a palavra ganha significado apenas no uso, no contexto.
16
8TL.indb 16 6/15/15 10:20 AM
 TEXTO E CONSTRUÇÃO
 1. No texto, há uma série de repetições de palavras e expressões. Releia o trecho a seguir:
Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom. Exis-
tem palavras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. 
Existem palavras cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas to-
das. Toda palavra tem a cara do seu signi ficado.
a) Que efeito foi produzido pela repetição da expressão “Existem palavras”? Com que intenção 
essa repetição pode ter sido utilizada? 
b) Identifique a rima empregada nesse trecho do verbete. Corcovado/significado.
c) É possível considerar o texto “Palavra” um verbete poético? Justifique sua resposta. 
 CONFRONTANDO TEXTOS
 1. Leia esta tira em quadrinhos:
A repetição da expressão reforça e intensifica a ideia da existência de uma grande variedade 
de palavras. Essa repetição foi utilizada como um recurso poético e contribuiu na construção da 
beleza do texto.
Professor, espera-se que o aluno responda que sim, pois o texto emprega a linguagem figurada, criando novos significados para as palavras por meio de combinações 
originais. A rima e as repetições do trecho são exemplos de recursos bastante empregados em textos poéticos.
• Agora, releia o trecho a seguir, retirado do texto “Palavra”: 
As palavras dizem o que querem, está dito e pronto. As palavras são since-
ras, as segundas intenções são sempre das pessoas.
• Que relação é possível estabelecer entre a tirinha e o trecho lidos?
Reflexão sobre o uso da língua
Estrutura das palavras
 Leia as palavras do quadro a seguir: 
 
reavaliar realizar receita recordar rede
reeducação reimprimir retardar revisão 
No segundo quadrinho, a fala de Calvin indica que ele não quer que o tio vá embora. Porém, o real motivo dessa fala, que não está declarado logo no início da tirinha, 
está relacionado ao fato de que, com a visita em casa, sua mãe fica mais paciente com ele. O fato de dizer uma coisa, mas querer expressar outra, é corroborado pelo 
trecho do texto “Palavra”, em que se lê que “As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas”.
C
on
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E
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17
8TL.indb 17 6/15/15 10:20 AM
 APLICANDO CONHECIMENTOS
 1. Identifique os morfemas das palavras a seguir:
a) certeza b) descobri c) completamente d) recomeça
 2. Forme novas palavras com os morfemas do quadro a seguir:
idade ista in izar des ação aria
Exemplos possíveis: mocidade, jornalista, infeliz, profetizar, desigual, malhação, sapataria.
 3. Conheça outras definições feitas por Adriana Falcão, autora do texto poético que você leu anteriormente:
recomendação: frase típica de mãe que geralmente é repetida mil vezes.
recordação: quando um pedacinho do passado volta ainda mais enfeitado.
resumir: ato de desenfeitar o que é essencial.
retrospectiva: tudo de novo, meu Deus, tomara que tenha sido bom.
Falcão, adriana. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Planeta, 2003.
a) No trecho, de quemaneira as palavras originais se aproximam dos novos significados atribuídos 
a elas?
b) É possível afirmar que re- é prefixo nas palavras “recomendação”, “recordação”, “resumir” e 
“retrospectiva”? Explique sua resposta. 
Elas se aproximam pela exemplificação de uma situação em que tal palavra ocorre ou pela sensação que ela provoca no interlocutor. Por exemplo: o 
novo significado da palavra “recomendação” aproveita-se de uma situação em que ela é bastante empregada; já a palavra “retrospectiva” provoca no 
ouvinte uma sensação ao mesmo tempo de temor (se ele torce para que tenha sido bom é porque teme que pode não ter sido) e de enfado. A aproximação 
é dependente de um saber compartilhado: leitor e produtor devem ter repertório social comum.
Não. Não há um prefixo atrelado a uma palavra original, alterando o seu significado. Se retirarmos o re-, elas se tornarão apenas pedaços de palavras.
No caso de “resumir”, teríamos “sumir”, que não possui relação com a palavra em seu sentido original.
 1. O que todas essas palavras têm em comum? 
 2. Procure os significados dessas palavras no dicionário e anote em seu caderno. 
 3. Algumas palavras da língua portuguesa são formadas pelo prefixo re-, que significa “de novo”. Em 
quais palavras do quadro a sílaba re tem essa função? 
2. Reavaliar: tornar a avaliar, fa-
zer nova avaliação. Realizar: fa-
zer, efetuar, colocar em prática. 
Receita: valor recebido; prescri-
ção médica; modo de preparo de 
uma iguaria. Recordar: lembrar, 
fazer lembrar. Rede: tecido de malhas com espaçamentos regulares; mesmo que internet. Reeducação: ato ou efeito de reeducar, nova educação. Reimprimir: tornar a imprimir, 
fazer nova impressão de. Retardar: adiar, procrastinar. Revisão: nova leitura, mais minuciosa, de um texto; inspeção para corrigir ou prevenir falhas em equipamentos, máquinas.
Nas palavras “reavaliar”, “reeducação”, “reimprimir” e “revisão”. Professor, é importante recordar com os alunos que prefixo é um elemento que faz parte da palavra 
e que vem antes da raiz. O quadro Importante saber, a seguir, traz alguns exemplos.
Todas são iniciadas pela sílaba re. 
As palavras são formadas por lexemas e morfemas.
O lexema dá o significado à palavra e com ele formam-se novos vocábulos. Veja o exemplo:
Lembr- lembrar, lembrança, relembrar
 
 
O que se acrescenta aos lexemas para formar palavras é chamado de morfema.
Os morfemas se classificam da seguinte maneira:
 • morfemas de gênero: indicam masculino ou feminino;
 • morfemas de número: indicam singular ou plural;
 • prefixos: aparecem antes do lexema;
 • sufixos: aparecem depois do lexema;
 • terminações verbais: indicam pessoa, número, tempo e modo.
iMPORTANTE SABER
-eza des-/-i -amente re-/-a
morfemalexema
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8TL.indb 18 6/15/15 10:20 AM
Texto 2 – Crônica 
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. O que o narrador considerou um acidente de leitura?
 2. Releia o trecho a seguir:
Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete má-
gico, num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava.
O fato de alguém ter encontrado uma palavra desconhecida no meio do livro que ele estava lendo.
a) Que ideia é apresentada pelo narrador nesse trecho?
b) As palavras foram empregadas no sentido literal ou figurado? Justifique sua resposta.
c) Podemos afirmar que o ato de ler dá prazer ao narrador? Explique sua resposta.
 3. No texto, o que está sendo comparado ao ato de ser fotografado?
 4. Quem fala no texto relata o aparecimento da palavra “abscôndito” no meio de sua leitura. Para 
você, ela é desconhecida? Em caso afirmativo, procure o significado da palavra no dicionário.
 5. Por que a palavra “abscôndito” aparece em letra maiúscula no texto?
 6. Localize o emprego de reticências no texto e explique que efeito de sentido elas criam.
 7. É possível imaginar uma cena relacionada com o que está sendo relatado no texto?
Resposta possível: Que estava envolvido na leitura, distante da realidade.
Em sentido figurado: um exemplo é o emprego da expressão “Nem lia: deslizava”, que dá a ideia da suavidade e desenvoltura com que vivia aquele momento.
Sim, ele declara que lê comodamente como quem viaja, quem vive um sonho.
O fato de um leitor (no caso, o próprio narrador) se ver diante de uma palavra desconhecida e parar estático diante dela, como se fosse ser fotografado por alguém.
Resposta pessoal. Abscôndito: invisível, escondido, secreto.
Resposta possível: Elas servem para marcar a pausa e indicar a perplexidade do leitor diante da palavra nova. Elas também são usadas para indicar a suspensão da 
narração, permitindo ao leitor imaginar os sentimentos do narrador.
Sim. Ao descrever o momento de perplexidade diante da palavra, o autor usa recursos que nos permitem criar imagens com base no que está sendo relatado.
Porque, escrita dessa maneira, ela se destaca, salta aos olhos do leitor, assim como saltou aos olhos do narrador da crônica.
Prática de leitura
O que a palavra “abscôndito” sugere? O que ela parece significar?
ANTES DE LER Resposta pessoal. Professor, faça um levantamento dos significados apresentados pelos alunos para essa palavra. Eles poderão 
verificar suas hipóteses a partir da leitura do texto e da realização das atividades propostas. 
Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja 
num raio de lua, num tapete mágico, num trenó, num sonho. 
Nem lia: deslizava. Quando de súbito a terrível palavra apare-
ceu, apareceu e ficou, plantada ali diante de mim, focando-me: 
ABSCÔNDITO. Que momento passei!... O momento de imo-
bilidade e apreensão de quando o fotógrafo se posta atrás da 
máquina, envolvidos os dois no mesmo pano preto, como um 
duplo monstro misterioso e corcunda... O terrível silêncio do 
condenado ante o pelotão de fuzilamento, quando os soldados 
dormem na pontaria e o capitão vai gritar: Fogo!
QuiNtaNa, Mário. Nova antologia poética. 5. ed. São Paulo: Globo, 1995.
Trágico acidente de leitura
R
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A
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m
19
8TL.indb 19 6/15/15 10:20 AM
 8. Releia este trecho:
O terrível silêncio do condenado ante o pelotão de fuzilamento, quando os 
soldados dormem na pontaria e o capitão vai gritar: Fogo!
• Que relação existe entre esse trecho do texto e o surgimento da palavra “abscôndito”?
 9. Avalie as atividades que você realizou anteriormente nas seções Aplicando conhecimentos e 
Por dentro do texto. 
a) O que você aprendeu com elas? Respostas pessoais. 
b) Qual atividade você teve mais dificuldade em realizar?
c) Houve dificuldade na hora de procurar as palavras no dicionário? Por quê? 
d) Ao encontrar a palavra “abscôndito” no dicionário, você percebeu que ela apresenta mais de um 
significado. Como podemos, então, saber qual é o significado mais adequado dessa palavra em 
determinado texto? 
 APRENDER BRINCANDO
 1. Procure no dicionário cinco palavras que, para você, sejam curiosas, engraçadas, estranhas. Anote 
o significado delas em seu caderno.
 2. Depois de realizar a tarefa anterior, escreva essas mesmas palavras em uma folha de papel avulsa 
e troque-a com um dos colegas. Então, dê um significado a cada uma das palavras encontradas 
pelo seu colega, de acordo com as ideias que vêm à sua mente ao lê-las. Escreva as respostas em 
seu caderno.
 3. Para terminar, escreva um pequeno texto, empregando essas palavras no sentido imaginado por 
você. Dê um tom de humor à redação, criando situações engraçadas.
 4. A apresentação oral das redações deverá ser precedida da leitura por parte do aluno que pes-
quisou as palavras no dicionário e que foram incorporadas ao texto criado. Em seguida, conforme 
orientação do professor, cada aluno deverá apresentar seu trabalho para a turma.
Pode estar comparando a angústia do condenado, seu medo pelo que vai lhe acontecer, com a situação do leitor, provocada pelo 
surgimento da palavradesconhecida. Pode também estar comparando o silêncio do condenado à espera de ser executado ao silêncio 
provocado pelo aparecimento da palavra “abscôndito” no meio da leitura. 
Podemos perceber seu significado observando o contexto em que ela foi empregada. Professor, se necessário, retome com a turma 
os procedimentos para uso do dicionário. 
Professor, se necessário, adapte a atividade, conforme seu planejamento e a realidade de sua turma. Seria 
interessante expor os textos produzidos no mural da sala ou da escola. A turma pode elaborar, coletivamente, um 
pequeno texto e afixá-lo no mural, explicando o processo de elaboração das redações. 
Ouça o poema que o professor vai ler e inspire-se nele para realizar a próxima tarefa.
Momento de ouvir
O poema “Vocabulário”, de Carlos Queiroz Telles, encontra-se no Manual do Professor (daqui por diante, referido simplesmente como Manual).
Mural de palavras
Vamos criar um mural de palavras “malucas”? Siga as orientações.
Etapa 1
Sente-se com um dos colegas e entreviste-o. Você fará uma série de perguntas que exigirão do 
entrevistado apenas uma palavra como resposta. Veja, a seguir, algumas sugestões.
Atividade de criação
20
8TL.indb 20 6/15/15 10:20 AM
Novocabulário
Paulillo, Maria célia R. a. (org.). Millôr Fernandes: 
literatura comentada. São Paulo: Ed. abril, 1980.
•	 Por qual nome você gosta de ser chamado?
•	 Que palavra diz muito sobre você?
•	 Que palavra você usa bastante?
•	 De qual palavra você quer distância?
•	 Qual palavra é proibida em seu dicionário?
•	 Cite uma palavra chata.
•	 Cite uma palavra doce.
•	 Cite uma palavra triste.
•	 De qual palavra você mais gosta?
Durante a entrevista, tenha papel e caneta em mãos para anotar as respostas de seu colega. 
Após entrevistá-lo, será a sua vez de ser entrevistado.
Depois, cada um apresentará o seu companheiro para a turma por meio das respostas obtidas.
Etapa 2
Escolha algumas das palavras de sua apresentação e brinque com o formato delas, sugerindo 
seu significado pela forma de desenhá-las no papel. Veja como o escritor e humorista Millôr Fer-
nandes brincou com algumas palavras:
E
d.
 A
br
il
21
8TL.indb 21 6/15/15 10:20 AM
Agora, deixe fluir sua criatividade. Para isso, siga estas etapas:
•	 Deixe chover palavras. Solte sua imaginação, escrevendo em uma folha avulsa as que ima-
ginou e, uma a uma, relacione-as a outras palavras que estejam ligadas aos significados 
que você deu a elas.
• Selecione as melhores palavras e imagine como elas podem ser representadas na forma 
de um desenho feito de letras. Brinque com os formatos, atrelando-os ao significado, como 
fez Millôr Fernandes em seu “Novocabulário”.
• Teste o resultado do seu trabalho, mostrando-o a um colega e solicitando dele uma inter-
pretação de sua produção. A interpretação de seu colega não precisa ser semelhante à sua. 
Só precisa fazer sentido. Você poderá se surpreender com a riqueza de significados que 
seu trabalho pode sugerir.
• Encerrada a fase de criação, é hora de expor os trabalhos no mural da turma ou em um lu-
gar visível e permitido no espaço escolar, para que todos possam fazer as próprias leituras.
Prática de leitura
1. Você sabe em quantos países a língua portuguesa é a oficial? 
2. Você já leu textos em língua portuguesa escritos por autores de outros países? Resposta pessoal. 
3. Você imagina que encontraria dificuldades ao ler um texto em português escrito por um autor 
que não é brasileiro? 
ANTES DE LER
Texto 3 – Conto 
Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o 
molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. 
Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emudecendo a nossa miséria. O céu 
olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que 
ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?
Agora, a chuva cai, cantarosa, abençoada. O chão, esse indigente indígena, vai ganhando varie-
dades de belezas. Estou espreitando a rua como se estivesse à janela do meu inteiro país. Enquanto, 
lá fora, se repletam os charcos a velha Tristereza vai arrumando o quarto. Para Tia Tristereza a chuva 
não é assunto de clima, mas recado dos espíritos. E a velha se atribui amplos sorrisos: desta vez é que 
Chuva: a abensonhada 
1. Resposta pessoal. Professor, a língua portuguesa é falada oficialmente em oito países: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-
-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Além disso, está presente em pequenos povoados em Zanzibar, na Tanzânia, 
costa oriental da África, em Macau, ex-possessão portuguesa na China, em Goa, Diu e Damão, na Índia, e em Málaca, na Malásia.
Resposta pessoal. Professor, talvez os alunos citem dificuldades com a forma de escrita das palavras, com o vocabulário e 
com as referências contextuais. 
O texto que você lerá agora é de autoria de Mia Couto, premiado escritor de Moçambique, país do 
continente africano onde a língua portuguesa é idioma oficial. O momento descrito no conto refere-se 
à época logo após a longa guerra civil em Moçambique (1977-1992). Nesse período, o povo moçam-
bicano superava as consequências do violento conflito, ao mesmo tempo em que convivia com uma 
forte estiagem. A guerra na qual o país ficou mergulhado, assim como qualquer outra, deixou sequelas 
com as quais a população ainda tem de conviver: inúmeras minas terrestres que mutilam pessoas até 
os dias de hoje.
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eu envergarei o fato que ela tanto me in-
siste. Indumentária tão exibível e eu en-
vergando mangas e gangas. Tristereza 
sacode em sua cabeça a minha teimosia: 
haverá razoável argumento para eu me 
apresentar assim tão descortinado, sem 
me sujeitar às devidas aparências? Ela 
não entende.
Enquanto alisa os lençóis, vai puxan-
do outros assuntos. A idosa senhora não 
tem dúvida: a chuva está a acontecer 
devido das rezas, cerimónias oferecidas 
aos antepassados. Em todo o Moçambi-
que a guerra está parar. Sim, agora já as 
chuvas podem recomeçar. Todos estes 
anos, os deuses nos castigaram com a 
seca. Os mortos, mesmo os mais veteranos, já se ressequiam lá nas profundezas. Tristereza vai es-
covando o casaco que eu nunca hei-de usar e profere suas certezas:
– Nossa terra estava cheia do sangue. Hoje, está ser limpa, faz conta é essa roupa que lavei. Mas nem 
agora, desculpe o favor, nem agora o senhor dá vez a este seu fato?
– Mas, Tia Tristereza: não será está chover de mais?
De mais? Não, a chuva não esqueceu os modos de tombar, diz a velha. E me explica: a água sabe quantos 
grãos tem a areia. Para cada grão ela faz uma gota. Tal igual a mãe que tricota o agasalho de um ausen-
te filho. Para Tristereza a natureza tem seus serviços, decorridos em simples modos como os dela. 
As chuvadas foram no justo tempo encomendadas: os deslocados que regressam a seus lugares já 
encontrarão o chão molhado, conforme o gosto das sementes. A Paz tem outros governos que não 
passam pela vontade dos políticos.
Mas dentro de mim persiste uma desconfiança: esta chuva, minha tia, não será prolongadamente 
demasiada? Não será que à calamidade do estio se seguirá a punição das cheias?
Tristereza olha a encharcada paisagem e me mostra outros entendimentos meteorológicos que 
minha sabedoria não pode tocar. Um pano sempre se reconhece pelo avesso, ela costuma me dizer. 
Deus fez os brancos e os pretos para, nas costas de uns e outros, poder decifrar o Homem. E apon-
tando as nuvens gordas me confessa:
– Lá em cima, senhor, há peixes e caranguejos. Sim, bichos que sempre acompanham a água.
E adianta: tais bichezas sempre caem durante as tempestades.
– Não acredita, senhor? Mesmo em minha casa já caíram.
– Sim, finjo acreditar.E quais tipos de peixes?
Negativo: tais peixes não podem receber nenhum nome. Seriam precisas sagradas palavras e 
essas não cabem em nossas humanas vozes. De novo, ela lonjeia seus olhos pela janela. Lá fora con-
tinua chovendo. O céu devolve o mar que nele se havia alojado em len tas migrações de azul. Mas 
parece que, desta feita, o céu entende invadir a inteira terra, juntar os rios, ombro a ombro. E volto 
a interrogar: não serão demasiadas águas, tombando em maligna bondade? A voz de Tristereza se 
repete em monotonia de chuva. E ela vai murmurrindo: o senhor, desculpe a minha boca, mas parece um 
bicho à procura da floresta. E acrescenta:
– A chuva está limpar a areia. Os falecidos vão ficar satisfeitos. Agora, era bom respeito o senhor usar 
este fato. Para condizer com a festa de Moçambique...
Tristereza ainda me olha, em dúvida. Depois, resignada, pendura o casaco. A roupa parece sus-
pirar. Minha teimosia ficou suspensa num cabide. Espreito a rua, riscos molhados de tristeza vão 
descendo pelos vidros. Por que motivo eu tanto procuro a evasão? E por que razão a velha tia se 
Sv
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Homem pedala ao longo de estrada vazia. Ao fundo, 
tempestade se aproxima. Mocuba, Moçambique, 2008. 
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aceita interior, toda ela vestida de casa? Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, 
como eu, a atração de sair. Ela acredita que acabou o tempo de sofrer, nossa terra se está lavando do 
passado. Eu tenho dúvidas, preciso olhar a rua. A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?
A velha acabou o serviço, se despede enquanto vai fechando as portas, com lentos vagares. En-
trou uma tristeza na sua alma e eu sou o culpado. Reparo como as plantas despontam lá fora. O 
verde fala a língua de todas as cores. A Tia já dobrou as despedidas e está a sair quando eu a chamo:
– Tristereza, tira o meu casaco.
Ela se ilumina de espanto. Enquanto despe o cabide, a chuva vai parando. Apenas uns restantes 
pingos vão tombando sobre o meu casaco. Tristereza me pede: não sacuda, essa aguinha dá sorte. 
E de braço dado, saímos os dois pisando charcos, em descuido de meninos que sabem do mundo a 
alegria de um infinito brinquedo.
 couto, Mia. Estórias abensonhadas. São Paulo: companhia das letras, 2012.
 POR DENTRO DO TEXTO
 1. Quem são as personagens do conto? Descreva-as. 
 2. Em que lugar ocorre o diálogo entre essas personagens? Elas estão dentro de uma casa.
 3. Descreva o assunto sobre o qual as personagens conversam. Elas concordam sobre o assunto 
que está sendo tratado? 
 4. Transcreva em seu caderno apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem Tris-
tereza sobre a chuva.
a) A chuva era um castigo dos deuses, assim como o período de estio que o povo havia enfrentado.
b) A chuva serviria para limpar o povo de qualquer pecado e excesso que houvesse cometido du-
rante o período de guerra.
c) A chuva estava lavando a terra do triste passado de guerra. Alternativa “c”. 
 5. Releia este trecho: 
A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a ale-
gria ainda tem cabimento? 
a) A alegria que as personagens experimentam refere-se somente à chuva que cai após o período 
de seca? Não. Na verdade, elas estão alegres porque a guerra está no fim. 
b) Comprove sua resposta ao item anterior com um trecho do terceiro parágrafo. Transcreva-o em 
seu caderno. “Em todo o Moçambique a guerra está parar”.
 6. Releia este outro trecho: 
A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.
• Em seu caderno, explique seu significado. 
O narrador-personagem, provavelmente jovem, bastante pensativo e reflexivo, e tia Tristereza, que é idosa e mostra-se sábia e conhecedora das crenças do seu país.
As personagens conversam sobre uma festa que ocorrerá em breve e sobre a chuva. Os dois não têm a mesma opinião: ela 
acredita que a chuva é um recado dos espíritos e ele não. Ela quer que ele se vista bem para ir à festa de Moçambique, mas 
ele não quer usar a roupa que ela lavou e preparou.
De acordo com o trecho, a paz não depende da vontade dos políticos, mas é influenciada 
por outras razões. No conto, a paz é atribuída à chegada da chuva, ou seja, à ocorrência de 
um fenômeno da natureza. 
Professor, há nota biográfica sobre Mia Couto no Manual.
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Alguns escritores são reconhecidos pela inovação quanto ao uso da linguagem. Uma das caracte-
rísticas dos textos de Mia Couto é a utilização de neologismos, ou seja, de palavras ou expressões 
criadas ou recriadas pelo próprio autor. O autor moçambicano já revelou ter como inspiração o gran-
de autor brasileiro Guimarães Rosa, cujas obras são muito conhecidas pelo uso desse mesmo recurso. 
Uma maneira possível de atribuir significado aos neologismos é observar sua forma de constru-
ção. Geralmente, o novo termo relaciona-se a alguma palavra já existente na língua portuguesa. 
iMPORTANTE SABER
 TEXTO E CONSTRUÇÃO
 1. Em sua opinião, que característica mais se destaca no texto? Por quê? 
 2. Releia o título e o primeiro parágrafo do conto:
Chuva: a abensonhada 
Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me 
fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em 
véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emude-
cendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se 
via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria 
ainda tem cabimento?
a) As palavras destacadas podem ser localizadas no dicionário? Não.
b) Observando o contexto, é possível definir o significado de “tintintinar”. Explique qual é ele. 
c) E quanto à palavra “indaguava”, por que também é possível defini-la? Explique.
d) As palavras “abensonhada” e “perfumegante” também são criações do autor. Observe-as e 
indique a partir de que outras palavras foram formadas.
e) Agora, explique o significado de “abensonhada” e “perfumegante”, no contexto em que foram 
utilizadas.
 3. No texto de Mia Couto, há outras palavras formadas pela junção de termos existentes, como: “can-
tarosa”, “Tristereza” e “murmurrindo”. Explique como se deu a formação nesses exemplos. 
Resposta possível: barulho intermitente do chuvisco caindo, provavelmente batendo em alguma superfície metálica.
Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos citem o uso criativo da linguagem e a presença de muitas palavras diferentes das que estamos acostumados.
É muito próxima de outra palavra que usamos: “indagava”, que significa “perguntava/ questionava”. Professor, incentive os alunos a perceberem que há uma junção 
entre o termo “indagar” com a palavra “aguar”, em uma provável tentativa de se referir à água da chuva.
Abensonhada – formada por meio da junção de duas palavras: 
“abençoada” e “sonhada”.
Perfumegante – formada por meio da junção de duas palavras: “per-
fumada” e “fumegante”.
Abensonhada – a chuva era abençoada e sonhada (desejada) porque o período de seca fora muito longo.
Perfumegante – a terra seca e quente da estiagem, ao ser molhada pela chuva, libera um vapor como o odor agradável de um perfume. 
Cantarosa – chuva que “canta” e que é “maravilhosa”, “gostosa” etc.
Tristereza – fusão de “triste” com “Tereza”, provavelmente definindo uma característica marcante da personagem.
Murmurrindo – rindo em murmúrio, rindo e falando baixo ao mesmo tempo.
 4. Além do uso de neologismos, Mia Couto e Guimarães Rosa têm em comum a recriação da fala 
daqueles que vivem longe dos grandes centros urbanos. Nos textos desses autores, o linguajar 
simples e despojado das pessoas comuns ajuda a construir trechos poéticos, recheados de cita-
ções populares que demonstram sabedoria. Localize e transcreva,em seu caderno, o trecho de 
uma fala de Tia Tristereza que comprove essas afirmações.
 5. Releia outro trecho:
Tristereza ainda me olha, em dúvida. Depois, resignada, pendura o casaco. A roupa 
parece suspirar. Minha teimosia ficou suspensa num cabide. Espreito a rua, riscos molha-
dos de tristeza vão descendo pelos vidros.
Sugestões: “[...] a água sabe quantos grãos tem a areia. Para cada 
grão ela faz uma gota. Tal igual a mãe que tricota o agasalho de um 
ausente filho.”; “A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.”; “Um pano sempre se reconhece pelo avesso, ela costuma me dizer. Deus fez os 
brancos e os pretos para, nas costas de uns e outros, poder decifrar o Homem.”
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Muitas palavras da língua portuguesa apresentam mais de um significado. É por isso que só é 
possível compreender o sentido delas na situação de comunicação em que estão sendo empregadas. 
Damos o nome de polissemia à variedade de sentidos que uma palavra pode ter.
iMPORTANTE SABER
• Outro aspecto marcante dessa prosa poética é a personificação de elementos que possuem 
características de seres vivos. Localize, no trecho anterior, três elementos que foram personifi-
cados e indique que ações praticam. 
 TROCANDO IDEIAS
 1. No texto lido, embora não concorde com algumas das ideias de Tristereza, que postura o narrador-
-personagem assume em relação ao que ela diz? Ele a escuta e a respeita.
 2. Podemos dizer que Tristereza e o narrador-personagem representam aspectos opostos da socieda-
de: o antigo e o novo. Tendo em vista essa afirmação, responda: Em sua opinião, o que o diálogo 
entre eles pode representar? 
 3. Como é a sua convivência com pessoas de outras gerações e/ou com crenças diferentes das 
suas? Cite exemplos de situações em que existem divergências e explique como elas são admi-
nistradas. Resposta pessoal. 
 DE OLHO NO VOCABULÁRIO
 1. Releia este trecho do conto: 
Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, como eu, a 
atração de sair.
a) Nas frases a seguir, a palavra “atração” foi empregada com o mesmo sentido da expressão em 
destaque no trecho? Justifique sua resposta. 
 I. A atração principal do circo era um mágico estrangeiro. 
 II. A lei de atração é também conhecida como a lei da gravidade.
b) Escolha, dentre as palavras a seguir, aquela que corresponde ao sentido do termo “atração” 
no trecho: Alternativa “II”.
 I. força;
 II. vontade;
 III. espetáculo;
 IV. distração;
 V. divertimento;
 VI. interesse.
A roupa suspira, a teimosia fica em um cabide e gotas de chuva (aqui chamadas de riscos molhados) descem pelos vidros.
Resposta pessoal. Professor, espera-se que a resposta do aluno contemple a ideia de que as gerações precisam 
dialogar em todas as situações e os mais jovens devem respeitar as tradições e as crenças dos mais velhos, mesmo 
que não concordem totalmente com elas. 
O sentido não é o mesmo em nenhum dos casos. I. sentido de apresentação pública; 
II. Lei da física.
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BROWNE, Dik. Hagar, o Horrível. In: Folha de S.Paulo, 6 jun. 2005.
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LAERTE. Suriá. In: Folha de S.Paulo, 10 abr. 2004.
 2. Leia esta tira em quadrinhos:
a) No primeiro quadrinho, qual era a intenção do irmão Olaf? Ele queria pregar, transmitir ensinamentos religiosos.
b) A personagem com quem Olaf conversa entende essa intenção de modo adequado à situação? 
Explique. Não. A personagem pensa que Olaf está vendendo velas.
c) Identifique a palavra responsável pela dupla interpretação de sentido. 
d) Você acha que a polissemia foi utilizada como recurso para causar humor na tira? Explique sua resposta. 
 3. Agora, leia esta história em quadrinhos:
A palavra é “iluminar”: o frei a usou em sentido religioso, de orientação espiritual, discernimento, esclarecimento, mas seu interlocutor a compreendeu em seu 
sentido literal.
Sim, o fato de a palavra “iluminar” apresentar mais de um significado contribuiu para a construção do humor, uma vez que é esse recurso que possibilita que a 
personagem a interprete de outra maneira. 
a) Que palavra da história em quadrinhos possui mais de um significado? Quais são eles, conside-
rando-se o texto? A palavra “pilha”. No texto, ela adquire o sentido de “bateria” e de “monte, porção de livros”. 
b) Descreva o efeito gerado em cada uma das cobras após engolirem as pilhas. 
c) Explique a relação entre o título da história em quadrinhos e a polissemia presente no texto. 
d) Considerando o contexto de cada uma das frases a seguir, em seu caderno, substitua a palavra 
“pilha” por outra de significado semelhante. Faça as adaptações necessárias.
• A minha tia anda uma pilha. nervosa, irritada
• Trouxe uma pilha de serviço para casa. um monte, muito trabalho
Uma das cobras não consegue parar de sacodir o chocalho, enquanto a outra não para de ter ideias. 
Foi a polissemia presente no texto, na duplicidade de sentido da palavra “pilha”, que gerou o efeito de humor, fazendo dela uma anedota, uma “piada de cobra”.
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Prática de leitura
Uma linguagem informal, com a presença de marcas de oralidade.
Resposta pessoal.
Texto 4 – Prefácio de livro 
• A pilha do controle remoto acabou. bateria
• O bandido pilha o espaço público sempre que pode. rouba
 4. Crie duas frases para cada palavra a seguir de modo a demonstrar a polissemia destes termos:
coberta banco cortar terra desarmar
Ouça com atenção a história que o seu professor vai ler. Nela, as personagens se expressam 
em uma linguagem própria dos adolescentes. É fundamental que você observe as falas das per-
sonagens para participar das atividades sobre o próximo texto.
Momento de ouvir
Professor, o texto está no Manual. Este Momento de ouvir apresenta, além da fruição do texto, a antecipação da leitura do prefácio do livro Codinome Duda do qual o texto 
foi retirado. Algumas atividades que se seguem tratarão da gíria. Como o texto deste Mo mento de ouvir é rico em gírias, sugerimos duas leituras: na primeira, os alunos 
poderão ouvir o texto e conversar sobre ele. Na segunda leitura, os alunos anotarão 
todas as gírias que puderem identificar. Essa anotação será retomada adiante, na 
subseção Texto e construção.
O texto a seguir é o prefácio do livro Codinome Duda. Nele, o autor Marcelo Carneiro apre-
senta o livro ao leitor, dando-lhe algumas explicações sobre as opções que fez para registrar a 
fala das personagens na história. Responda às próximas questões com base na história que você 
acompanhou no Momento de ouvir.
1. Que tipo de linguagem o autor emprega na fala das personagens?
2. Que tipo de explicação você imagina que o autor vai dar para justificar o uso dessa linguagem?
ANTES DE LER
Contar a história do Duda foi legal pra mim, porque tem esse jei-
to dele, de guri, de contar tudo assim, rápido, bem videogame mesmo. 
Também foi um pouco difícil, porque existe o lance da linguagem – 
vocês sabem, da diferença que muitas vezes existe entre a forma que 
a gramática diz que é correta (que também chamam de linguagem 
culta), e o jeito que a gente usa para falar. Assim, como quando a gente 
fala “Tu foi?” e devia escrever “Tu foste?”. Mas como eu queria escrever 
de um jeito que fosse a cara do Duda, preferi manter a linguagem bem 
parecida com o jeito que ele fala. Pode não ser lá como a gramática 
manda. Mas saber a gramática é uma coisa, e eu acho que é superim-
portante. Contar histórias é outra. Às vezes elas se juntam sem pro-
blemas. Às vezes não. Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.
cuNha, Marcelo carneiro da. Codinome Duda (Prefácio). 
Porto alegre: Projeto, 1992.
Prefácio de Codinome Duda

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