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Apostila de comandos - 2017

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EETTEECC JJAARRAAGGUUÁÁ -- CCuurrssoo TTééccnniiccoo ddee EElleettrroottééccnniiccaa 
 
Professor: William Banhos Paiva 
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INTRODUÇÃO 
 
 
Todos os componentes elétricos possuem uma condição inicial de funcionamento, 
esta condição esta vinculada se ele permite ou não a passagem de corrente. 
 
Um componente em estagio de repouso com o contato aberto e conhecido como 
normalmente aberto, porém quando ele é ativado ele passa do estado normalmente 
aberto para o estado fechado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COMANDOS ELÉTRICOS 
 
 
 
É a metodologia utilizada para automatizar partes funcionais de máquinas e 
equipamentos, baseada em operações mutua de contatos elétricos. 
 
Os comandos surgiram da necessidade da indústria em produzir com maior agilidade 
e trazendo consigo a padronização e qualidade 
 
Os contatos elétricos envolvidos possuem diferenciação quanto aos conhecidos por 
vocês, pois eles estão diretamente atrelados a uma condição bem definida dos 
dispositivos que estão incorporados, a condição de repouso. 
 
Esta condição, também chamada de condição inicial, é o modo no qual o dispositivo 
esta sem qualquer atuação mecânica funcional. 
 
“Todos os dispositivos – usados em comandos possuem esta condição e para 
filosofia de implementação sempre estarão nela”. 
 
 
Contatos Elétricos 
 
Existem três tipos de contatos elétricos para comandos elétricos são eles: 
• NA 
• NF 
• Reversor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NA ���� Normalmente Aberto 
 
São os contatos que, quando os dispositivos que eles estiverem incorporados se 
apresentarem na condição de repouso, não permitem a circulação de corrente 
elétrica. 
 
Simbologia 
 
 
Identificação 
 
Letras: NA = Normal Aberto 
 NO = Normally Open 
 
Numeração: 3 e 4, 13 e 14, 23 e 24, 33 e 34…93 e 94 
 
OBS.: Todas as variações decimais terminadas em 3 e 4 
 
Cor: Verde 
 
NF ���� Normalmente Fechado 
 
São os contatos que permitem a condução de corrente elétrica, quando os dispositivos 
estiverem em condição de repouso. 
 
Simbologia 
 
 
 
Identificação 
 
Letras: NF = Normal Fechado 
 NC = Normally Closed 
 
Numeração: 1 e 2, 11 e 12, 21 e 22, 31 e 32…91 e 92 
 
OBS.: Todas as variações decimais terminadas em 1 e 2 
 
Cor: Vermelho 
 
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REVERSORES 
 
São os contatos que permitem a circulação de corrente elétrica, de um ponto comum e 
mão permitem para o outro circuito em relação ao mesmo comum. 
 
 
Simbologia 
 
 
 
LEMBRANDO QUE SEMPRE NA É CONDIÇÃO DE REPOUSO 
 
 
Todo comando elétrico é composto por duas partes básicas, são elas: 
 
- Etapa de comando; 
- Etapa de potencia; 
 
 
ETAPA DE COMANDO: 
 
É a etapa responsável pela lógica de comando da automação. Nela estão localizados 
todos os contatos elétricos de comando, controle e realimentação bem como todos os 
componentes de interface com a etapa de potencia. 
 
Exemplo: Botões, pressostatos, bobinas de contatores e etc... 
 
 
ETAPA DE POTENCIA: 
 
É a etapa onde estão alocados todos os contatos para comutação de altas correntes 
elétricas e as cargas a serem acionadas 
 
Exemplo: Contatos de potência de contatores, motores elétricos, resistências e etc... 
 
 
 
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DISPOSITIVOS DE MONITORAMENTO: 
 
São dispositivos instalados em sistemas para monitorar as variáveis físicas do 
mesmo, através de contatos elétricos. 
 
• Pressostatos: São dispositivos que comutam um ou mais conjuntos de contatos 
quando a pressão do sistema exceder o (s) valor (es) ajustado (s) 
 
 
 
 
Simbologia: 
 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS 
 
• Pressão de operação; 
• Faixa de Ajuste; 
• Tensão máxima dos contatos; 
• Corrente máxima dos contatos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Fluxostatos: Dispositivos que atuam um ou mais conjuntos de contatos se a 
vazão de um fluido for superior à ajustada 
 
 
Simbologia: 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS 
 
• Vazão nominal; 
• Faixa de ajuste de vazão; 
• Tensão máxima dos contatos; 
• Corrente máxima dos contatos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Termostatos: São dispositivos que atuam um ou mais conjuntos de contatos 
de acordo com a variação da temperatura monitorada e a temperatura de ajuste. 
 
 
Simbologia 
 
 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 
• Temperatura máxima de Operação; 
• Faixa de ajuste de temperatura; 
• Tensão e corrente máxima dos contatos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA 
 
A proteção é uma ação automática provocada por dispositivos sensíveis a 
determinadas condições anormais, no sentido de evitar ou limitar danos a um sistema 
ou equipamento, a proteção também pode ser entendida como uma manobra 
automática. 
 
A escolha, aplicação e a coordenação seletiva adequadas ao conjunto de componentes 
que constituem a proteção de um sistema é um dos aspectos mais importantes da 
instalação elétrica industrial. A função da proteção é justamente minimizar os danos 
ao sistema e seus componentes, sempre que ocorrer uma falha no equipamento, no 
sistema elétrico ou falha humana. 
 
Vamos estudar os dois tipos de proteção mais usados nas indústrias. Os dispositivos 
de proteção contra correntes de curto-circuito, como: disjuntores e fusíveis. E os 
dispositivos de proteção contra correntes de sobrecarga, como os relés bimetálicos. 
 
Seguranças fusíveis 
 
As seguranças fusíveis são elementos inseridos nos circuitos para interrompê-los em 
situações anormais de corrente, como curto-circuito ou sobrecargas de longa duração. 
 
De modo geral, as seguranças fusíveis são classificadas segundo a tensão de 
alimentação em alta ou baixa tensão e também, segundo as características de 
desligamento em efeito rápido ou retardado. 
 
Fusíveis de efeito rápido 
 
Os fusíveis de efeito rápido são empregados em circuitos em que não há variação 
considerável de corrente entre a fase de partida e a de regime normal de 
funcionamento. 
Esses fusíveis são ideais para a proteção de circuitos com semicondutores (diodos e 
tiristores). 
 
 
 
 
 
 
 
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Fusíveis de efeito retardado 
 
Os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos cuja corrente de 
partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal e em 
circuitos que estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração. 
 
Como exemplo desses circuitos podemos citar motores elétricos, as cargas indutivas e 
as cargas capacitivas em geral. 
 
Os fusíveis de efeito retardado mais comumente usados são os NH e DIAZED 
 
 
 
Fusíveis NH 
Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante um certo tempo sem que ocorra 
fusão. 
 
Eles são empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas 
indutivas e capacitivas. 
 
Sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a1000 A. 
Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão máxima de 
500 V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Construção 
Os fusíveis NH são constituídos por duas partes: base e fusível. 
 
• Base: 
A base é fabricada de material isolante como a esteatita, o plástico ou o termofixo. 
Nela são fixados os contatos em forma de garras às quais estão acopladas molas que 
aumentam a pressão de contato. 
 
 
 
• Fusível 
O fusível possui corpo de porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo, estão o 
elo fusível e o elo indicador de queima imersos em areia especial. 
 
Nas duas extremidades do corpo de porcelana existem duas facas de metal que se 
encaixam perfeitamente nas garras da base. 
 
 
 
O elo fusível é feito de cobre em forma de lâminas vazadas em determinados pontos 
para reduzir a seção condutora. O elo fusível pode ainda ser fabricado em prata. 
 
 
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Fusíveis DIAZED 
 
Os fusíveis DIAZED podem ser de ação rápida ou retardada. Os de ação rápida são 
usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os de ação retardada 
são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de corrente. 
 
Esses fusíveis são construídos para valores de, no máximo 200 A. A capacidade de 
ruptura é de 70 kA com uma tensão de 500 V. 
 
Construção 
O fusível DIAZED (ou D) é composto por: 
- base (aberta ou protegida), 
- tampa, 
- fusível, 
- parafuso de ajuste 
- e anel. 
 
• Base: 
A base é feita de porcelana dentro da qual está um elemento metálico roscado 
internamente e ligado externamente a um dos bornes. O outro borne está isolado do 
primeiro e ligado ao parafuso de ajuste, como mostra a figura a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Tampa 
A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusível à base e não é inutilizada com a 
queima do fusível. Ela permite inspeção visual do indicador do fusível e sua 
substituição mesmo sob tensão. 
 
 
 
• Parafuso 
O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis de capacidade 
superior à desejada para o circuito. A montagem do parafuso é feita por meio de uma 
chave especial. 
 
 
 
• Anel 
O anel é um elemento de porcelana com rosca interna, cuja função é proteger a rosca 
metálica da base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do 
fusível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Fusível 
O fusível é um dispositivo de porcelana em cujas extremidades é fixado um fio de 
cobre puro ou recoberto por uma camada de zinco. Ele fica imerso em areia especial 
cuja função é extinguir o arco voltaico e evitar o perigo de explosão quando da 
queima do fusível. 
 
 
 
 
O fusível possui um indicador, visível através da tampa, cuja corrente nominal é 
identificada por meio de cores e que se desprende em caso de queima. Veja na tabela 
a seguir, algumas cores e suas correntes nominais correspondentes. 
Cor Intensidade de Corrente (A) Cor Intensidade de Corrente (A) 
Rosa 2 Azul 20 
Marrom 4 Amarelo 25 
Verde 6 Preto 35 
Vermelho 10 Branco 50 
Cinza 16 Laranja 63 
 
O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo com 
o elo fusível. Em caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se 
funde e provoca o desprendimento da espoleta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Características dos fusíveis NH e DIAZED 
 
As principais características dos fusíveis DIAZED e NH são: 
 
• Corrente nominal - corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem 
interromper o funcionamento do circuito. Esse valor é marcado no corpo de 
porcelana do fusível; 
• Corrente de curto-circuito - corrente máxima que deve circular no circuito e 
que deve ser interrompida instantaneamente; 
• Capacidade de ruptura (kA) - valor de corrente que o fusível é capaz de 
interromper com segurança. Não depende da tensão nominal da instalação; 
• Tensão nominal - tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis 
normais para baixa tensão são indicados para tensões de serviço de até 500 V 
em CA e 600 V em CC; 
• Resistência elétrica (ou resistência ôhmica) - grandeza elétrica que depende do 
material e da pressão exercida. A resistência de contato entre a base e o fusível 
é a responsável por eventuais aquecimentos que podem provocar a queima do 
fusível; 
• Curva de relação tempo de fusão x corrente - curvas que indicam o tempo que 
o fusível leva para desligar o circuito. Elas são variáveis de acordo com o 
tempo, a corrente, o tipo de fusível e são fornecidas pelo fabricante. Dentro 
dessas curvas, quanto maior for a corrente circulante, menor será o tempo em 
que o fusível terá que desligar. Veja curva típica a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
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Instalação 
 
Os fusíveis DIAZED e NH devem ser colocados no ponto inicial do circuito a ser 
protegido. 
 
Os locais devem ser arejados para que a temperatura se conserve igual à do ambiente. 
Esses locais devem ser de fácil acesso para facilitar a inspeção e a manutenção. 
 
A instalação deve ser feita de tal modo que permita seu manejo sem perigo de choque 
para o operador. 
 
Dimensionamento do fusível 
 
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, a malha ou 
circuito que se pretende proteger. Os circuitos elétricos devem ser dimensionados 
para uma determinada carga nominal dada pela carga que se pretende ligar. 
 
A escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade elétrica no 
circuito fique restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros. 
 
Para dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes 
grandezas elétricas: 
� Corrente nominal do circuito ou ramal; 
� Corrente de curto-circuito; 
� Tensão nominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISJUNTORES 
 
O disjuntor é um dispositivo que, entre outros, é capaz de manobrar o circuito nas 
condições mais críticas de funcionamento, que são as condições de curto-circuito. 
Ressalte-se que apenas o disjuntor é capaz de manobrar o circuito nessas condições, 
sendo que, interromper é ainda atributo dos fusíveis, que porém não permitem uma 
religação. 
 
A manobra através de um disjuntor é feita manualmente (geralmente por meio de 
uma alavanca) ou pela ação de seus relés de sobrecarga (como bimetálico) e de curto-
circuito (como eletromagnético). Observe nesse ponto que os relés não desligam o 
circuito: eles apenas induzem ao desligamento, atuando sobre o mecanismo de molas, 
que aciona os contatos principais. 
 
É válido mencionar que para disjuntor de elevadas correntes nominais, os relés de 
sobrecorrentes são constituídos por transformadores de corrente e módulo eletrônico 
que irá realizar a atuação do disjuntor por correntes de sobrecargas, correntes de 
curto-circuito com disparo temporizado e instantâneo e até disparo por corrente de 
falha à terra. 
 
Assim, podemos concluir que os disjuntores não protegem o sistema, pois são 
dispositivos de comando, destinados a abrir o circuito somente. 
 
Quem atua como proteção são os relés em seu interior, com ligação direta com o 
mecanismo disjuntor. Esses relés podem ser do tipo térmicos ou magnéticos. 
 
Os térmicosapresentam bimetais destinados as sobrecorrente (sobrecargas), enquanto 
os eletromagnéticos são mais eficazes à proteção de curto-circuito e as tensões 
anormais. 
 
Diversos são os tipos de disjuntores de baixa tensão utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS COMPARATIVAS FUSÍVEL-DISJUNTOR. 
 
Disjuntor e fusível exercem basicamente a mesma função: ambos têm como maior e 
mais difícil tarefa, interromper a circulação da corrente de curto-circuito, mediante a 
extinção do arco que se forma. Esse arco se estabelece entre as peças de contato do 
disjuntor ou entre as extremidades internas do elemento fusível. Em ambos os casos, 
a elevada temperatura que se faz presente leva a uma situação de risco que podemos 
assim caracterizar: 
 
• A corrente de curto-circuito (Ik) é a mais elevada das correntes que pode vir a 
circular no circuito, e como é bem superior à corrente nominal, só pode ser mantida 
por um tempo muito curto, sob pena de danificar ou mesmo destruir componentes de 
um circuito. Portanto, o seu tempo de desligamento deve ser extremamente curto. 
 
• Essa corrente tem influência tanto térmica (perda joule) quanto eletrodinâmica, 
pelas forças de repulsão que se originam quando essa corrente circula entre 
condutores dispostos em paralelo, sendo por isso mesmo, fator de dimensionamento 
da seção condutora de cabos. 
 
• O seu valor é calculado em função das condições de impedância do sistema, e é por 
isso variável nos diversos pontos de um circuito. De qualquer modo, representa em 
diversos casos até algumas dezenas de quilo-ampéres que precisam ser manobrados, 
seja pela atuação de um fusível, seja pelo disparo por um relé de curto-circuito que 
ativa o mecanismo de abertura dos contatos do disjuntor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Entretanto, existem algumas vantagens no uso do fusível, e outras usando disjuntor. 
 
Vejamos a tabela comparativa, perante a corrente de curto-circuito Ik. 
 
 
 
Características para desempenho no curto circuito 
 
 
Fusíveis 
 
 Disjuntor 
Dispensa cálculo fino da corrente de 
curto circuito 
 Necessita de cálculo fino da corrente 
de curto circuito 
Alta capacidade de interrupção 
 
 Capacidade de Interrupção variadas 
 
Elevada limitação Limitação em alta capacidade de 
interrupção 
Otimização do tempo de interrupção 
 
 Tempo de interrupção variável 
Disponibilidade fácil Disponibilidade com restrições 
 
Baixo Custo 
 
 Custo Variavel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A confiabilidade de operação do fusível ou disjuntor é assegurada pela conformidade 
das normas vigentes e referências do fabricante quanto as condições de operação e 
controle, podemos traçar um paralelo entre disjuntor e fusível, como segue: 
 
 Fusíveis Disjuntor 
Religamento após anomalias 
 
 
Sobrecarga Não Sim 
Curto Circuito Não Sim, com restrições 
(estado dos contatos) 
Desligamento total da rede por 
anomalias 
 
Sim, com restrições (com 
supervisor de fusíveis) 
 Sim 
Manobra manual segura Sim, com restrições (com 
seccionador fusíveis) 
 
 Sim 
Comando Remoto Não Sim 
 
 
Identificação da condição de 
uso 
Sim, com restrições 
(evolução da temperatura) 
 Não, com restrições 
(registro de eventos 
evolução de temperatura) 
Sinalização remota Sim, com restrições 
(supervisor de fusíveis) 
 
 Sim 
Ocasiona parada do trabalho 
 
 
Sim Não com restrições 
(estado dos contatos 
Seletividade 
 
 
Sim, simples Sim, Onerosa 
Intertravamento Sim, com restrições (com 
seccionador com porta 
fusíveis) 
 Sim 
Intercambialidade Sim, São normatizados Não 
 
 
Requer Manuntenção Não, com restrições 
(acompanhar evolução da 
temperatura) 
 Não, com restrições 
(registro de eventos, 
evolução da temperatura) 
 
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RELÉS BIMETÁLICOS 
 
São construídos para proteção de motores contra sobrecarga, falta de fase e tensão. 
Seu funcionamento é baseado em dois elementos metálicos, que se dilatam 
diferentemente provocando modificações no comprimento e forma das lâminas 
quando aquecidas. O material que constitui as lâminas é em sua maioria é o níquel-
ferro. 
 
 
 
Esquema de ligação do Relé bimetálico : 
 
1. Ajustar a escala à corrente nominal da carga. 
2. Botão de destravação (azul): 
 
Antes de pôr o relé em funcionamento, apertar o botão de destravação. 
 
 
 
 
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O contato auxiliar é ajustado pela fábrica para religamento manual (com bloqueio 
contra religamento automático). Comutação para religamento automático: apertar o 
botão de destravação e girá-lo no sentido anti-horário, até o encosto, da posição H 
(manual) para A (automático). 
 
3. Botão "Desliga" (vermelho). O contato auxiliar abridor será aberto manualmente, 
se for apertado este botão. 
 
4. Indicador Lig./Desl - (verde). Se o relé estiver ajustado para religamento manual, 
um indicador verde sobressairá da capa frontal se ocorrer o disparo (desligamento) do 
relé. Para religar o relé, apertar o botão de destravação. Na posição "automático", não 
há indicação. 
 
5. Terminal para bobina do contator, A2. 
 
Relés de sobrecarga são usados para proteger INDIRETAMENTE equipamentos 
elétricos, como motores e transformadores, de um possível superaquecimento. O 
superaquecimento de um motor pode, por exemplo, ser causado por: 
 
• Sobrecarga mecânica na ponta do eixo; 
• Tempo de partida muito alto; 
• Rotor bloqueado; 
• Falta de uma fase; 
• Desvios excessivos de tensão e freqüência da rede. 
 
Em todos estes casos citados acima, o incremento de corrente (sobrecorrente) no 
motor é monitorado em todas as fases pelo relé de sobrecarga. Os terminais do 
circuito principal dos relés de sobrecarga são marcados da mesma forma que os 
terminais de potência dos contatores. 
 
Os terminais dos circuitos auxiliares do relé são marcados da mesma forma que os de 
contatores, com funções específicas, sendo o número de seqüência deve ser ‘9’ 
(nove) e, se uma segunda seqüência existir, será identificada com o zero. Na figura 
anterior temos: 95, 96, 97 e 98. 
 
 
 
 
 
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Na figura seguinte temos um exemplo de Relé Bimetálico. 
 
 
 
 
Existem também os relés para cargas trifásicas, onde existe 3 tiras bimetálicas 
percorridas direta ou indiretamente pela corrente principal. Depois do relé ser 
acionado, permanecerá na posição “desligado” até que seja apertado o botão “reset”. 
 
O relé só irá disparar quando a corrente que o percorrer for maior que 120 % da 
corrente nominal, isso é para evitar que pequenas sobrecargas desliguem o 
equipamento sem necessidade. Quanto maior a corrente, mais rápida será a atuação 
do relé. 
 
O tempo de disparo também é influenciado pela temperatura: 
 
Trabalhando a frio (temperatura ambiente), o tempo de disparo é 25% maior do que 
com o equipamento aquecido (estar sendo circulado por corrente), esse aspecto é 
importante em relação as descargas periódicas, que acorrem com o equipamento fora 
de uso, diferentemente do que ocorre com o equipamento em pleno funcionamento. 
Na figura 3 temos um exemplo do interior de um relé bimetálico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esquema interno deum relé bimetálico. 
 
RELÉS DE SOBRECORRENTE CONTRA CORRENTES DE CURTOCIRCUITO. 
 
Esses relés são do tipo eletromagnético, com uma atuação instantânea, e se compõe 
com os relés de sobrecarga para criar a proteção total dos componentes do circuito 
contra a ação prejudicial das correntes de curto-circuito e de sobrecarga, 
respectivamente. 
 
A sua construção é relativamente simples em comparação com a dos relés de 
sobrecarga (bimetálicos ou eletrônicos), podendo ser esquematizado, como segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esquema interno de um relé de sobrecorrente. 
 
A bobina eletromagnética do relé é ligada em série com os demais componentes do 
circuito. 
 
Sua atuação apenas se dá quando por esse circuito passa a corrente de curto circuito 
(Ik*), permanecendo inativo perante as correntes nominais (In**) e de sobrecarga 
(Ir***). 
 
Pelo que se nota, a sua função é idêntica à do fusível, com a diferença de que o 
fusível queima ao atuar, e o relé permite um determinado número de manobras. 
 
Por outro lado, como o relé atua sobre o mecanismo do disjuntor, abrindo-o perante 
uma corrente Ik, a capacidade de interrupção depende do disjuntor, enquanto que, 
usando fusível em série com o disjuntor, essa capacidade de interrupção depende do 
fusível. 
 
*Ik = Corrente de curto circuito. 
**In = Corrente nominal. 
***Ir = Corrente de sobracarga. 
 
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DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO 
 
São dispositivos elétricos responsáveis por sinalizar sonoramente ou 
luminosamente uma situação em um comando elétrico. 
 
 
• Sinalizador luminoso: São indicadores de condição em comandos elétricos 
compostos por lâmpadas e soquetes ou LEDS 
 
Simbologia 
 
 
 H = Letra dos 
 Sinalizadores 
 
 
Cores 
 
• Verde : Ligado 
• Vermelho : Desligado 
• Demais cores : Outras Aplicações 
 
Sinalizadores Luminosos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÂMPADAS 
 
 
LED´S 
Mais Barato Mais Caro 
Mais Comum Menos Comum 
Menos Durável Muito mais Durável 
Menos Eficaz Mais Eficaz 
 
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 
 
• Tensão nominal de alimentação; 
• Tipo de sinalizador; 
• Tipo de tensão (CA ou CC); 
• No caso de lâmpada, corrente nominal. 
 
 
• Sinalizador sonoro: São indicadores de condição de máquinas e dispositivos 
de modo sonoro. 
 
Simbologia 
 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 
• Tensão nominal; 
• Potência nominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISPOSITIVOS DO COMANDO DE PARTIDA E PARADA 
 
São dispositivos responsáveis por efetuar comandos de liga ou desliga nas máquinas 
e / ou equipamentos automatizados. 
Estes dispositivos são conhecidos como: 
 
- Botoeiras ou chaves botoeiras. 
 
Composição: São compostos por: 
 
• Atuador mecânico: É o componente responsável por determinar a condição de 
repouso da chave, é responsável por receber os comandos, afim de comutar os 
conjuntos de contatos. 
 
 
Temos atuadores dos tipos: 
 
- Acionador sem retenção; 
 
Símbolo: 
 
 
 
 
- Acionador com retenção 
 
Símbolo 
 
 
 
 
 
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- Cogumelo com retenção 
 
 Mesmo símbolo nos atuadores 
 
- Cogumelo com retenção ou gira-trava. 
 
 Usados em botões de emergência. 
 
Símbolo 
 
 
 
 
- Seletor de Posições 
 
 
 
 
A identificação de todas as botoeiras deve ser: 
 
- Sø, S1, S2..... Sn 
 
- BL = botão liga 
 
- BD = botão desliga 
 
- BE = botão de emergência 
 
- BA = botão de avanço 
 
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Conjunto de Contatos: 
 
Os contatos são acoplados aos atuadores mecânicos de acordo com a funcionalidade 
do mesmo e da concepção do projeto. Eles podem ser NA ou NF, identificados 
conforme matéria anterior. 
 
Condições de Máquina: 
 
As condições de máquinas são convencionais, podendo haver restrições. 
Normalmente temos; 
 
- Liga / Ligado: Geralmente, este tipo de comando é dado por botoeiras de cor verde 
e com contados NA incorporados; 
 
- Desliga / Desligado: Geralmente o comando desliga e dado por botoeiras, com ou 
sem retenção, vermelhas e com contatos NF incorporados. 
 
- Emergência – Vermelho: Obrigatoriamente por botoeiras com retenção do tipo 
gira trava e contatos NF incorporados. 
 
Os contatos devem ser NF devido a distância dos pólos dos contatos ser mínima, 
dificultando deposito de sujeira e oxidação não proporcionando falha de abertura em 
casos de atuação. 
 
Características: 
 
• Tipo de atuador; 
• Numero e tipos de contatos 
• Características dos contatos 
 
OBS.: As demais cores podem ser utilizadas de acordo com o projetista 
 
Ex.: Preto : Bi manuais 
 Amarelo : Retornar a máquina a posição de segurança 
 ETC 
 
 
 
 
 
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DISPOSITIVOS DE CONTROLE E INDICAÇÃO DE POSIÇÃO 
 
São dispositivos eletromecânicos responsáveis por através de um movimento 
mecânico em um acionador, comutar um conjunto de contatos elétricos com a 
finalidade de indicar uma posição física de um corpo constituído por: 
 
- Acionador: Conjunto mecânico com ou sem retorno prévio à condição de repouso 
através de molas que efetua a comutação dos contatos elétricos. 
 
Podem ser dos tipos: 
 
- Roldana fixa; 
- Roldana móvel; 
- Pino; 
- Lingüeta; 
- Etc. 
 
- Contatos: NA / NF / Reversor 
 
 
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
 
- Tipo de acionador 
- Numero de Contatos 
- Características nominais dos contatos 
- Tipo de montagem física 
 
UTILIZAÇÃO: 
 
• Controle de Posição: Inversão de sentido, parada de emergência ou simples 
parada. 
 
 
 
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• Controle de velocidade: Comutação de velocidade do corpo monitorado 
 
 
Botoeiras: 
 
 
 
A Botoeira não aciona cargas altas, botoeiras são 
utilizadas para cargas de até 5A 
 
 
 
 
 
Reles: 
 
 
 
 
 
Botoeira aciona a bobina que gera um 
campo magnético que aciona o contato 
do rele que aciona a carga 
 
Rele é utilizado para cargas de até 30A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contatores: 
 
 
Contatores são utilizados para 
correntes elevadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPOSITIVOS DE COMANDOS ELÉTROMAGNETICOS PELA ABNT 
 
São dispositivos mecânicos de manobra não manuais, que possuem uma posição de 
repouso e são capazes de conduzir e interromper correntes sob condição normal do 
circuito, ou em sobre cargas previstas. 
 
Reles: 
 
São dispositivos eletromecânicos de comando e interface eletromagnética que através 
de um sinal elétrico excitando uma bobina, comuta um conjunto de contatos elétricos. 
 
Esse procedimento tem por objetivo comutar cargas de grandes proporções mediante 
um sinal de pequena intensidade 
 
Compostos por: 
 
• Bobina: Elemento de excitação para atração dos contatos elétricos 
 
• Conjunto mecânico: Responsável pelo retorno dos contatos a posição de 
repouso 
 
 
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• Contatos elétricos: Elemento responsável porcomutar a alimentação das 
cargas a serem acionadas 
A capacidade de comutação de corrente dos contatos de um rele é reduzida a 
ordem de 30 A. 
 
Simbologia 
 
 
 
 
OBS.: Todos as bobinas, em comandos elétricos possuem a mesma simbologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características: 
 
• Tensão nominal da Bobina 
(12 VDC / 24 VDC / 110 VCA / 220 VCA) 
 
• Corrente nominal dos contatos 
 
• Tensão máxima dos contatos 
 
 
 
 
 
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Contatores: 
 
São dispositivos similares quanto ao funcionamento aos relés porém, projetados para 
elevados números de operações e elevadas corrente de manobra. 
 
Tipos de Contatores: 
 
Auxiliares: Contatores utilizados para auxiliar os componentes principais e manobrar 
cargas através de seus contatos auxiliares, de baixa intensidade de corrente. 
Possuímos contatores auxiliares com diversos contatos auxiliares incorporados. 
 
Simbologia 
 
 
 
 
Normalmente são usados para sinalização, selo, comutação de contatores com 
elevada corrente de bobina etc. 
 
Potência: São contatores que possuem três contatos destinados a manobra de 
elevadas correntes (cargas) e contatos auxiliares destinados a auxiliar no circuito de 
comando. 
 
Os contatores sempre devem ser dimensionados em função de sua tensão de bobina e 
de sua corrente nominal dos contatos. Outro fator que determina o dimensionamento 
dos contatos é o tipo de carga a ser manobrada (auxiliar ou potência) denominada 
categoria de aplicação. 
 
 
 
 
 
 
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Simbologia: 
 
 
Características: 
 
• Características da bobina; 
• Corrente nominal dos contatos elétricos; 
• Categoria de aplicação; 
• Tipo de fixação e montagem; 
 
CATEGORIA DE APLICAÇÃO 
 
São as categorias que caracterizam as cargas que podem ser manobradas por 
determinado contato elétrico, em função dos seus números de manobras e suas 
características nominais 
 
Contatos de Potencia em CA 
 
• AC1 : Resistências; 
• AC2 : Motores trifásicos com rotor bobinado; 
• AC3 : Motor gaiola de esquilo (indução) – Regime nominal; 
• AC4 : Motores de indução – Regime Intermitente; 
• AC5 : Lâmpadas de descarga a gás; 
• AC5b : Lâmpadas Incandescentes; 
• AC6A : Transformadores; 
• AC6b : Banco de capacitores 
• AC7A : Aparelhos residenciais de baixa indutância; 
• AC7b : Motores de aparelhos Residenciais 
• AC8 : Motocompressores para refrigeração; 
 
 
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Contatos em CC 
 
• DC1 : Resistências; 
• DC3 : Motores Shunt; 
• DC5 : Motores Série; 
• DC6 : Lâmpadas Incandescentes; 
 
 
Contatos Auxiliares 
 
• AC12 : Cargas Resistivas e Eletrônicas; 
• AC13 : Cargas Eletrônicas com trafo de isolação; 
• AC14 : Cargas eletromagnéticas menores que 72 VA; 
• AC15 : Cargas eletromagnéticas maiores que 72 VA; 
 
Reles Temporizadores: 
 
 
 
 
 
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• No RE – O retardo acontece na energização; 
 
• No RD – O retardo acontece na desenergização; 
 
DISPOSITIVOS TEMPORIZADORES 
 
São conhecidos como reles temporizadores ou reles de tempo e são chamados assim 
por oferecerem retardos específicos nos conjuntos de contatos 
 
O Retardo oferecido pode ser ajustado dentro de dois limites pré-estabelecidos, 
através de um potenciômetro. 
 
São compostos por um circuito eletrônico que, quando alimentado oferece 
basicamente dois retardos 
 
• Retardo na energização; 
• Retardo na desenergização; 
 
Para ambos temos diversas faixas de ajuste e diversos contatos reversores de 
comutação de cargas. 
 
Reles de Retardo na Energização: 
 
Este rele tem por característica principal oferecer um retardo na energização da 
bobina (A1 / A2), da seguinte forma. 
 
1 – Energização: Contatos mantém-se na condição de repouso 
 
2 – Temporização: Conta o tempo ajustado no potenciômetro mantendo os contatos 
em repouso. 
 
3- Comutação: Após transcorrido o tempo, comuta os contatos elétricos e mantem 
comutados enquanto A1 / A2 estiver energizado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Simbologia: 
 
 
 
 
Reles de Retardo na Desenergização: 
 
Este rele oferece temporização no seguinte funcionamento: 
 
1 – Energização: Quando energizado comuta os contatos e permanece nesta 
condição enquanto A1 / A2 estiverem energizados; 
 
 
2 – Desenergização: Quando desenergizado, os contatos permanecem comutados; 
 
3 – Temporização: Após a desenergização, inicia-se a temporização de acordo com 
o tempo ajustado no potenciômetro. 
 
4- Retorno a condição de repouso: Transcorrida a temporização após 
desenergização os contatos elétricos retornam à condição de repouso. 
 
 
Simbologia: 
 
 
 
 
 
 
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Características: 
 
• Tensão nominal da bobina; 
• Numero de contatos; 
• Características dos contatos; 
• Faixa de ajuste da temporização: 
- 0,3 seg. 
- 3,0 seg. a 30 seg. 
 - 3,0 min. a 30 min. 
• Tipo de temporização; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Diagrama de potencia e de comando: 
 
- Diagrama de potencia representa a forma de alimentação da carga à fonte de energia 
 
- Diagrama de comando representa a lógica de controle do circuito de potência. 
 
(Recomenda-se começar sempre os diagramas pelo diagrama de potencia): 
 
Exemplo de diagrama de potencia para ligação simples de um motor (carga) 
 
 
(Etapa de potencia) 
 
 
 
 
 
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Exemplo de diagrama de comando para ligação simples com duas lâmpadas 
 
(Etapa de comando) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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........................(EXERCICIOS).................. 
 
 
FECHAMENTO DE MOTORES 
 
• Motor de 6 pontas (ligação ∆∆∆∆ – 220 V) 
 
 
 
• Motor de 6 pontas (Trifásico Y 380V) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Motor de 12 pontas (Trifásico ∆∆∆∆ 220 V) 
 
 
 
 
• Motor de 12 pontas (Trifásico Y 380 V) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Motor de 12 pontas (Trifásico ∆∆∆∆ 440 V) 
 
 
 
 
• Motor de 12 pontas (Trifásico Y 760 V) 
 
 
 
 
 
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MOTORES TRIFÁSICOS ASSINCRONOS 
 
O motor assíncrono em C.A. é o, mas empregado por ser de construção simples, forte 
e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte autossuficiente que 
não necessita de conexões externas. Esse motor também é conhecido como motor de 
indução, porque as correntes de C.A são induzidas no circuito do rotor pelo campo 
magnético rotativo do estator. No estator do motor assíncrono C.A. estão alojados 
três enrolamentos referentes a três fases. Estes três enrolamentos estão montados com 
uma defasagem de 120º. 
Funcionamento: Quando a corrente alternada trifásica e aplicada aos enrolamentosdo estator do motor assíncrono C.A, produz-se um campo magnético rotativo (campo 
girante). 
 
TIPOS DE MOTORES ASSINCRONOS 
 
Os motores assíncronos diferenciam-se pelo tipo de enrolamento do rotor. Assim 
temos: 
 
• Motor com rotor em gaiola de esquilo 
• Motor com rotor bobinado 
 
- Motor com rotor em gaiola de esquilo: O motor com rotor em gaiola de esquilo 
tem um rotor constituído por barras de cobre ou de alumínio colocadas na ranhuras 
do rotor. 
As extremidades são unidas por um anel também de cobre ou de alumínio. 
Esses motores são usados para situações que não exijam velocidade variável e que 
possam partir com carga. Por isso, são usados em moinhos, prensas e bombas 
centrifugas por exemplo. 
 
- Motor com rotor bobinado: Permite um arranque vigoroso com pequena corrente 
de partida. Ele é indicado, quando se necessita de partida com carga e variação de 
velocidade como e o caso de compressores, transformadores, guindastes e pontes 
rolantes. 
 
 
 
 
 
 
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DADOS DE PLACAS (NOMINAIS) 
 
 
DADOS 
 
 
ESPECIFICAÇÃO 
 
PMEC 
Potência mecânica nominal no eixo do motor, a unidade de medida 
e o CV ou HP. 
 
Cos ϕϕϕϕ 
 
Fator de Potência 
 
ηηηη 
 
Rendimento é o medidor de eficiência quanto as perdas do motor 
 
IN 
 
Corrente nominal (depende da tensão) 
 
VN 
 
Tensão nominal de alimentação 
 
IP / IN 
É a relação de quantas vezes a corrente de partida é maior que a 
corrente nominal. Caso não tenha esse dado estimar 7 x IN 
 
Rotação 
É a rotação real do rotor em RPM, também chamada de velocidade 
assíncrona 
Regime de 
Serviço 
É o tipo de aplicação do motor (S1 ~ S8) 
 
REGIME DE SERVIÇO 
 
• S1 : Serviço continuo 
• S2 : Serviço de breve duração 
• S3 : Serviço intermitente sem influência da partida 
• S4 : Serviço intermitente com influência da partida 
• S5 : Serviço intermitente com influência da frenagem elétrica 
• S6 : Serviço continuo com carga intermitente 
• S7 : Serviço ininterrupto com partida e frenagem elétrica 
• S8 : Serviço ininterrupto com variações periódicas de velocidade 
 
 
 
 
 
 
 
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CALCULO DE VARIAVEIS DO MOTOR 
[ELETRICO] 
 
� Putil = Pmec x 736 ou 746 (*) [W] 
 η 
* 
 1 CV = 736 
 Depende da Pmec 
 1 HP = 746 
 
�S = Putil [VA] Potencia Aparente 
 Cos ϕ 
 
� IN = S [A] Corrente Nominal 
 VNx √3 
 
���� IP = IP/IN ou 7 x IN [A] Corrente de partida 
 
Exemplo: 
 
Motor: Pmec: 5 CV / Cos ϕϕϕϕ = 0,92 / ηηηη = 0,85 / Vn = 220 / 380 V / IP/IN = 6,2 
 
 
Exercicios: 
 
Para os motores descritos abaixo calcule todos os parâmetros: 
 
 
Pmec 
 
Cos ϕϕϕϕ 
 
ηηηη 
 
Vn (V) 
 
IP/IN 
 
10 CV 0,93 0,90 220/380 7 
200 CV 0,96 0,93 380/660 7 
400 HP 0,97 0,96 440/760 
15 HP 0,92 0,98 220/380 
500 HP 0,97 0,99 220/380 6,3 
350 CV 0,94 0,91 380/660 6,7 
200 HP 0,95 0,94 440/760 
 
 
 
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES 
 
Este método de partida efetuada por comandos elétricos é efetuado constantemente 
em maquinas e equipamentos industriais, porém a potencia mecânica máxima é de 
5 CV para não prejudicarmos a rede de alimentação. 
 
Etapa de Comando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Etapa de Potencia: 
 
 
 
Sobre Carga (Dimensionamento) 
 
A corrente de ajuste de rele deve ser 1,1 a 1,5 vezes a corrente nominal do motor e o 
rele deve ser escolhido de acordo com a faixa de cada fabricante 
 
• Padronizados para nosso estudo 
 
 
 
 
 
 
 
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RELE 
 
Faixas: 1 – 2,5 / 2,5 – 4 / 4 – 6,3 / 6,3 – 10 / 10 – 16 / 16 – 25 / 25 – 32 / 
32 – 40 / 40 – 63 / 63 – 85 / 85 – 100 / 100 – 150 / 150 – 200 / 200 – 300 / 
300 – 350 A 
 
Ex.: 5 CV / cos ϕ 0,92 / η 0,85 / VN 220 / 380 / IP/IN 6,2 
 
Curto Circuito (Dimensionamento) 
 
O maior fusível a ser utilizado por norma em função da corrente de partida é 
utilizando a seguinte tabela 
 
IPI FATOR 
Até 40A, Inclusive 0,5 
De 40 A a 500 A, inclusive 0,4 
Acima de 500 A 0,3 
 
* IP220 = 12,34 * 6,2 = 76,5 A 
 
I max Fusível: 76,5 * 0.4 = 30,65 
 
Fusível Utilizado 30A 
 
Padronizamos para o nosso Estudo 
 
Fusível: 
2 / 4 / 6 / 10 / 16 / 20 / 25 / 30 / 40 / 63 / 100/ 125 / 150 / 175 / 200 / 250 / 300 / 
400 / 500 
 
OBS.: Por este calculo dimensionamos o maior fusível que pode ser aplicado, 
para o menor necessitamos da curva de atuação dos fusíveis e do tempo de 
partida do motor. 
 
 
 
 
 
 
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Contator 
 
O contator deve ser escolhido em função da corrente nominal padrão da tensão da 
bobina e da categoria já passada 
 
Correntes padronizadas para estudo 
 
Contatos 
 
5 / 9 / 16 / 25 / 40 / 80 / 120 / 145 / 200 / 500 A 
 
Ex IN220: 12,34 Contator de 16 A, VN 220 V Categoria AC3 
 
 
 
 
EXERCICIOS 
 
1) Motor: 3 CV / VN = 220 V / Cos ϕϕϕϕ 0,9 / ηηηη 0,8 / IP/IN = 5,5 
 Utilizar comando em 220 V 
 Dimensionar considerando Partida Direta 
 
 
2) Motor: 2 CV / VN = 220 / 380 V / Cos ϕϕϕϕ 0,94 / ηηηη 0,94 / IP/IN = 5,2 
 Regime de Serviço: S1 
 Comando: 220 V 
 Partida direta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARTIDA DIRETA DE MOTORES COM REVERSÃO 
 
É o ato de podermos inverter a rotação dos motores elétricos, através de comandos 
elétricos. 
 
Etapa de Comando: 
 
 
 
 
 
 
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OBS.: Intertravamento: É o método de proteção contra o acionamento dos 2 
contatores que ocasionaria curto circuito na potência. 
 
Etapa de Potencia: 
 
 
Observações: 
 
• O método de dimensionamento é o mesmo do anterior 
 
• Para ajuste do rele térmico podemos considerar para múltiplas partidas 
I ajuste = 1,15 a 1,20 x IN 
 
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Exercícios: 
 
1) Calcular os parâmetros do(s) motor(es), e dimensionar proteções e 
contator(es) 
 
a) 3 CV / cos ϕϕϕϕ 0,95 / ηηηη 0,83 / VN 220/380 V / IP/IN 5,9 
Considerar partida direta com reversão, comando 24 vcc e utilizar 
1,2 x IN para rele. 
 
2) Considere um sistema com um motor trifásico assíncrono, onde este deve 
ser ligado. Quando acionada a botoeira S0 por 10 segundos em seguida 
aos 10 segundos de repouso o motor deve inverter a rotação e parar 
após 15 segundos 
 
Dados: Motor 4 CV / cos ϕϕϕϕ 0,96 / ηηηη 0,9 / VN 220 /380 V / IP/IN 6 
 - Utilizar comando em 220 V 
 - Utilizar 1,2 IN para ajuste 
 - Rede Trifásica 220V 
 
 
PARTIDA ESTRELA (Y) / TRIANGULO (∆∆∆∆) 
 
É o método de partida mais usado para motores de 5 CV a 250 CV para redução da 
corrente de partida. Isto pode ser conseguido pois a tensão de alimentação e √3 vezes 
menor que a nominal, resultando em uma corrente de partida 3 vezes menor que a 
tensão plena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo:Motor 220 / 380 V 
 
 
VNF: 220 V VAF: 127 V 
VNL: 380 V VAL: 220 V 
 
 
 √3 vezes menor 
 
Y = VL = VF x √3 
 VF = VL . 
 √3 
 
VF = VL = VL = VL 
 √3 (√3)2 3 
 √3 . 
 1 
 
IF = IF 
 IL = V . 
 Z 
 IL = VL � IL 
 3x Z 
 IL = Y / ∆ = ILN . 
 3 
 
EXERCICIO: 
 
Motor 100 CV / cos ϕϕϕϕ 0,95 / ηηηη 0,92 / VN 220V 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES E AJUSTES 
 
 
Sobre Carga: A corrente nos contatores sempre será √3 vezes menor que a IN, 
portanto os critérios são: 
 
Cargas Leves: IRT 1,0 x IN � 1,0 x IN = [0,58 do IN do Motor] 
 √3 
 
Carga Pesada: IRT = 1,1 x IN � 1,1 x IN = [0,64 do IN do Motor] 
 √3 
 
CURTO CIRCUITO 
 
O critério usado deve ser o mesmo para partida direta, porém desconsidera-se a 
redução de 3 vezes proporcionada para partida Y/∆ 
 
CONTATORES: 
 
Os contatores devem ser dimensionados da seguinte forma: 
 
Principal 
 I contator = Inominal do motor . 
Triangulo √3 
 
 
OBS.: A tensão da bobina deve ser especificada e a categoria da aplicação. 
 
Exercício: 
 
Calculo os parâmetros do motor e dimensione as proteções e os contatores: 
 
Motor 75 CV / cos ϕϕϕϕ 0,94 / ηηηη 0,93 / VN 220 / 380 V / IP/IN 6 / Partida Y/∆∆∆∆ 
 
 
 
 
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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA COMANDOS ELÉTRICOS. 
 
 
Ex 1: Considere um sistema, controlado por comandos elétricos, que deve 
acionar três motores trifásicos assíncronos (M1, M2, M3). O funcionamento do 
circuito esta descrito abaixo: 
 
• O operador liga e desliga o sistema através por botões sem retenção; 
• O motor M1 é ligado imediatamente. Após 4 segundos M2 é ligado e 
Decorridos 15 segundos de funcionamento de M2, M3 é ligado. Após 20 
segundos dos três motores estarem em funcionamento, ambos os três motores 
devem ser desligados. Prever que em caso de queda por sobre carga de um dos 
três motores os outros dois deverão permanecer em funcionamento até o tempo 
de 20 segundos 
 
Dados: 
 
- Segue abaixo características de cada motor: 
� M1: 4 CV / Cos ϕ = 0,96 / η = 0,90/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 6 
� M2: 3 CV / Cos ϕ = 0,95 / η = 0,83/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 5,9 
� M3: 2 CV / Cos ϕ = 0,94 / η = 0,94/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 5 
 
Todos os motores são de 6 pontas 
Utilizar comando em 220 V 
Calcular Iajuste com mutiplicador 1,2 
Tensão de rede trifásica 220 V 
 
Com base nos dados acima execute 
a) Desenhe os diagramas de comando e de potencia 
b) Calcule os todos os parâmetros para os três motores 
c) Dimensione as proteções para sobrecorrente e curto circuito para todos os 
motores 
d) Dimensione os contatores a serem utilizados para acionar cada um dos três 
motores 
e) Usar as seguintes sinalizadores luminosos para o funcionamento da maquina 
- Motor 1: Lâmpada verde 
- Motor 2: Lâmpada amarela 
- Motor 3: Lâmpada azul 
- Os três motores desligados vermelha 
 
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EX 2: Uma estufa deverá ser comandada por um circuito semi automático 
controlado pelo conceito de comandos elétricos. A estufa é composta por: 
 
• Motor de recirculação (M1) de 220 V/ 3F 
• Banco de Resistência trifásica de 40W – 220 V (R1) 
• Idem a R1 
 
Funcionamento 
 
O operador deverá dispor de dois botões sem retenção, um para ligar, outro para 
desligar! Segue o procedimento 
 
- Quando o comando liga for dado R1 e R2 são ligados e imediatamente deverá 
iniciar um temporização de 5 minutos para ligar a moto-recircilador. 
A temperatura máxima é 200 ºC e quando a mesma for alcançada R1 e R2 devem 
desligar. 
 
Se a temperatura reduzir em relação aos 200 °C, R1 e R2 estiverem ligados, deve 
sinalizar nas cores verde e branco, quando M1 sinalizar Azul. Estufa desligada 
(R1/R2) sinalizar vermelho 
 
Potencia em 220 V (3F) 
Comando em 220 V (3F) 
 
OBS.: No comando desliga todas as cargas devem ser ligadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EX 3. Em um prédio comercial, necessitamos de implementar um portão 
automático que obedeça o seguinte funcionamento 
 
- O operador possui três botões sem retenção para efetuar o comando 
 
- O motor redutor possui potência mecânica de 5 cv trifásico 
 
- O portão deve operar de um ponto 1 a um determinado ponto 2 
 
- Para a segurança dos automóveis se o portão estiver fechando um sensor deve 
detectar a passagem e parar o portão em seguida acionando para abertura; 
 
- No lado externo um pisca pisca de atenção deve ser implandtado com intervalos de 
1 segundo; 
 
- A potencia deve operar com 220 V 
 
- O comando deverá operar em 24 vdc, com projeto executado por vocês 
 
- Sinalização 
• Portão aberto – Azul 
• Portão fechado – Amarelo 
• Portão em movimento – Verde 
• Portão Parado – Vermelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EX.4. Uma máquina composta por 4 motores nos quais 01 é uma moto bomba de 
40CV e 03 são ventiladores de 2CV que devem funcionar em conjunto para 
processamento de um fluido. O fluido devera circular por dutos a uma pressão 
de 4 bar onde deve ser aquecido momentaneamente e resfriado em seguida 
 
Segue funcionamento: 
 
O operador devera ligar / desligar o sistema por botões sem retenção e no 
primeiro comando deverá ligar R1. Segue procedimento: 
 
• Quando a temperatura for igual a 100 ºC. A bomba (M1) deverá ser ligada 
• Quando a pressão atingir 4 bar deve partir o primeiro ventilador (M2) 
seguido pelos demais com uma diferença de 5 segundos um do outro. 
• O sistema deverá ser desligado completamente se: 
a) O operador der o comando desliga 
b) Se a pressão for maior ou igual a 6 bar 
c) Se a temperatura for maior ou igual a 120 ºC 
Em qualquer das situações de desligamento, os ventiladores (M2, M3 e 
M4) devem permanecer ligados por 2 minutos, depois desligarem 
 
 Sinalização 
 
• Sistema ligado : Verde 
• Sistema desligado : Vermelho 
• Pressão > 6 bar ou T > 120 °C: Amarelho 
 
Comando : 220 V 
Potencia : 220 V 
 
 
 
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EX. 5. Uma empresa que reforma compressores de ar necessita efetuar os 
comando elétrico do mesmo e convidou você para faze-lo. O compressor é 
constituído por: 
 
 
 
O operador terá duas botoeiras sem retenção para ligar e desligar o 
equipamento 
 
Quando ligado deverá gerar ar até a pressão no reservatório chegar à 10 Bar, 
depois devera parar. Caso a pressão caia devera religar automaticamente 
 
Há um dispositivo de purga de água que deve ligar a cada 2 horas em seguida 
reiniciar o ciclo 
 
Sinalização 
 
• Verde ligado 
• Vermelho desligado 
• Amarelo pressão no reservatório > 10 Bar 
• Azul – sistema de Purga ativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EX.6. Considere um tacho automático de 2000 litros para fabricação de queijo, 
controlado por comandos elétricos, que deve acionar três motores trifásicosassíncronos (M1-Bomba de leite, M2 - Agitator, M3- Bomba de Água Quente). O 
funcionamento do tacho encontra-se descrito abaixo: 
 
 
• O operador liga e desliga o sistema através de botões sem retenção; 
• A bomba de leite (M1) é ligada imediatamente. Após 10 minutos o agitador 
(M2) é ligado e decorridos 15 minutos de funcionamento do agitador (M2), a 
bomba de água quente (M3) é acionada para circular água quente pela 
serpentina do tacho e aquece-lo. O tanque é monitorado por um sensor de nível 
que assim que indica que o tacho esta cheio deve desligar a bomba de produto. 
Após decorridos 20 minutos que a bomba de água quente é acionada (M3), o 
agitador (M2) deve parar, aguardar 10 minutos e ser acionado novamente 
porem, agitando o produto em sentido contrario do inicio do processo. Todo 
processo deve ser desligado decorridos mais 15 minutos do agitador ter entrado 
em funcionamento pela segunda vez. 
• Todos os motores devem ter proteções sobrecorrente e curto circuito e no caso 
de as proteções atuarem somente a carga a ela acoplada deve parar 
 
 
Dados: 
- Segue abaixo características de cada motor: 
� M1: 2,5 CV / Cos ϕ = 0,90 / η = 0,96/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 6,5 
� M2: 1,5 CV / Cos ϕ = 0,95 / η = 0,70/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 4 
� M3: 5,0 CV / Cos ϕ = 0,85 / η = 0,92/ Vn = 220 /380 V / IP/IN= 3 
 
Todos os motores são de 6 pontas 
Utilizar comando em 220 V 
Calcular Iajuste com mutiplicador 1,15 
Tensão de rede trifásica 220 V 
 
 
 
 
 
 
 
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Com base nos dados acima execute 
f) Desenhe os diagramas de comando e de potencia 
g) Demonstre o esquema de fechamento dos três motores 
h) Calcule os todos os parâmetros para os três motores 
i) Dimensione as proteções para sobrecorrente e curto circuito para todos os 
motores 
j) Dimensione os contatores a serem utilizados para acionar cada um dos três 
motores e indique a categoria de trabalho dos mesmos. 
k) Usar as seguintes sinalizadores luminosos para o funcionamento da maquina 
- Bomba de Produto (M1) : Lâmpada verde 
- Agitar (M2) - Sentido horario : Lâmpada amarela 
- Agitar (M2) - Sentido anti-horario : Lâmpada cinza 
- Bomba de Água Quente : Lâmpada azul 
- Os três motores desligados : Lâmpada vermelha

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