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A lógica das partituras em 10 passos - posso tocar

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índice
7 NOTAS? 
NÃO! 
SÃO 12!
Vamos 
ver como 
transformar 
este conjunto 
de sinais em 
sons musicais!
21
Seu caminho na música
47
18
O FORMATO 
DAS NOTAS
A MATEMÁTICA 
DA MÚSICA
8 PASSO 1 - A ESCRITA MUSICAL
 Onde escrevo música?
10 PASSO 2 - AS NOTAS MUSICAIS
 A sequência das notas!
11 PASSO 3 - DANDO UM NOME 
PARA CADA “BOLINHA”
 Ligando nome à nota.
15 PASSO 4 - O FORMATO DAS 
NOTAS
 As figuras musicais
18 PASSO 5 - AS PAUSAS NA MÚSICA
 Como funciona o silêncio na 
música?
21 PASSO 6 - 7 NOTAS? NÃO! SÃO 
12!
 Sinais que alteram as notas.
26 PASSO 7 - A MATEMÁTICA DA 
MÚSICA
 O valor das notas e como o 
cálculo ajuda na compreensão.
30 PASSO 8 - QUANDO AS NOTAS 
ESTÃO GRUDADAS
 A escrita empilhada de notas.
33 PASSO 9- QUANDO AS NOTAS 
ESTÃO LIGADAS
 Modos de tocar as notas.
34 PASSO 10 - A HARMONIA 
DA MÚSICA 
Entendendo os acordes.
46 BÔNUS - FINALIZANDO A 
MÚSICA
47 BÔNUS - NOSSA MÚSICA NAS 
OUTRAS CLAVES
50 BÔNUS - A LÓGICA DE TODAS AS 
CLAVES
34
15
26
A HARMONIA
DA MÚSICA
qu
em
 so
u 
eu
Olá, meu nome é DAIANY DEZEMBRO. Eu sou pianista, cantora 
e educadora musical, especialista em iniciação e desenvolvimento musical. 
Criadora do Canal Posso Tocar, hoje eu ajudo as pessoas à acreditarem 
que a música é para elas. De forma prazerosa, construtiva e passo-a-passo, 
eu ajudo com que elas descubram o potencial de aprendizado que trazem 
consigo e mais do que isso, que sintam o prazer que é pegar um instrumento 
e ser capaz de toca-lo. 
Sou Bacharel em Piano pela Universidade de São Paulo - USP, Pedagoga pela 
Universidade do Estado de São Paulo - UNESP/UNIVESP, e Pós-graduada 
em Música Popular pela Faculdade Souza Lima. Comecei meus estudos 
musicais junto ao piano aos 8 anos de idade. Desde então não parei mais de 
tocar. Encontrei na música uma razão de vida e de profissão.
Como educadora, me realizo ao ver o brilho nos olhos de cada aluno ao se 
verem tocando e apreciando a música. Estou nesta prática, de maneira efetiva, 
já há 13 anos. Trabalhei em conservatórios em minha região, e também em 
meu studio com aulas particulares. Acredito fortemente que talento não 
é algo nato, mas sim, uma habilidade que qualquer pessoa comum pode 
desenvolver quando se debruça com amor, dedicação e disciplina sobre os 
estudos musicais. E é isso que motiva a acordar todo dia e ensinar mais e 
mais pessoas. 
Sempre buscando atualização e formação continuada na área de Educação 
Musical, participo ativamente de palestras, cursos e workshops. Capacitei-
me na metodologia Suzuki de ensino musical, e hoje trago em minha bagagem 
importantes referências pedagógicas que ajudaram não só a construir minha 
personalidade profissional, mas me capacitaram para atuar com seriedade, 
cuidado, comprometimento e acima de tudo, amor!
Daiany Dezembro
Professora 
NOSSO CANAL POSSO TOCAR
O Canal Posso Tocar nasceu da iniciativa de levar ao máximo de 
pessoas a consciência de que a música é para todos e através dela 
podemos transformar nossa vida, nossa profissão, nossa família e 
nossa sociedade.
O foco é fazer com que você que já toca um instrumento tenha 
a oportunidade de se desenvolver e, você que nunca pensou em 
tocar (ou já pensou mas ainda não começou) tenha condições de 
conseguir de maneira prática, consistente e objetiva, a colher os 
benefícios que a música pode nos transmitir.
Queremos que você tenha a oportunidade de ver o mundo e a 
música de uma outra forma, e que transforme sonhos em realidade 
ao reconhecer que a música pode ser uma poderosa ferramenta de 
mudança pessoal e social.
Você sempre olhou aquele monte de 
bolinhas e ficou tentando entender 
como AQUILO TUDO FUNCIONA? 
Pois bem! Aqui você verá que há uma 
LÓGICA para cada um dos símbolos 
que aparecem na partitura, e que se 
transformarão em SONS pelas mãos 
dos músicos. 
Vamos então conhecer cada um deles. 
Observe esta partitura, ela será nosso 
guia de aprendizado neste livro.
A LÓGICA DAS 
PARTITURAS
em 10 passos
ESTA PARTITURA SERÁ O SEU 
GUIA!
7 Posso Tocar com Daiany Dezembro
8Como ler partituras em 10 passos
O primeiro sinal que aparece nas partituras é este conjunto de linhas sobre o qual todas as notas e símbolos são 
colocados. Seu nome é PAUTA ou PENTAGRAMA. 
Ele serve para abrigar a escrita da música.
Passo 1 
A Escrita Musical
Portanto, escrevemos as notas em um conjunto de 5 linhas e 4 
espaços, que devem ser contados sempre de baixo para cima:
9 Posso Tocar com Daiany Dezembro
10Como ler partituras em 10 passos
É importante saber a sequência destas notas em sua forma ascendente (subindo), mas também na descendência (descendo, 
voltando as notas): 
É porque as notas aparecem escritas na pauta como se estivessem a “subir” ou a “descer” (ou ainda, repousando 
no mesmo lugar), e para não confundir o nome de cada uma, é preciso memorizar bem estas duas sequências, 
que formam a escala musical:
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ (e) DÓ – SI – LA – SOL – FÁ – MI – RÉ – DÓ
Em alguns países, estas notas são nomeadas por letras do alfabeto
E veja: a letra B representa a nota SI em países que falam inglês. Já em países que falam alemão, usa-se a letra H 
para representar esta nota.
Passo 2
As notas
musicais
As notas musicais que 
usamos são sete:
DÓ - RÉ - MI - FÁ - SOL - LÁ - SI
11 Posso Tocar com Daiany Dezembro
PASSO 3 - DANDO UM NOME PARA 
CADA “BOLINHA”
12Como ler partituras em 10 passos
Este sinal é chamado de 
clave de sol 
A clave é a responsável por dar um nome para cada “bolinha” 
que está escrita na pauta.
Existem mais dois tipos de claves: a clave de FÁ e a clave de DÓ 
Repare bem que o primeiro sinal que aparece escrito 
na nossa pauta de estudo é este:
&
& B ?
CLAVE DE SOL CLAVE DE DÓ CLAVE DE FÁ
13 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Cada instrumento usa uma ou 
mais destas claves. No caso da 
partitura que estamos a analisar 
aqui, temos apenas a clave de 
sol.
Nesta clave, as notas 
ganham seus nomes 
quando estão assim:
14Como ler partituras em 10 passos
Esta é a primeira sequência (ascendente das notas). 
Mas, não para por aí. Esta sequência de nomes 
continua a se repetir na pauta, conforme as notas vão 
subindo. Veja:
Então, para que você olhe aquele monte de “bolinhas” na partitura e saiba dizer qual o nome delas é importante 
decorar a posição de cada uma destas notas na clave de sol. 
Assim, com calma e persistência, ao longo dos dias você vai decorando e quando menos espera, bate o olho na 
partitura e já sabe dizer qual o nome de cada uma das notas. 
DICA! Comece a praticar isso aos poucos. Memorize 3 notas por dia. Em menos de uma semana você já terá 
memorizado todas estas notas da clave de sol.
 
A partir disso, tente ler o nome das notas de todas as partituras que você puder encontrar, seja na internet ou 
pedindo para seus amigos, enfim. 
Atraia mais e mais partituras para você analisar. 
É muito gostoso este processo de descoberta. E quanto mais você praticar sua leitura de notas, melhor ficará em 
ler as melodias de cada partitura.
15 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Até agora você já deve ter observado que as no-
tas escritas na nossa partitura se apresentam com 
diferentes formatos, não é? 
Algumas são brancas, outras são pretas; algumas 
tem uma “perna para cima”, outras uma “perna 
para baixo”. Pois bem. Estes formatos diferentes 
são chamados de figuras musicais.
Todas as notas podem ser escritas nas partituras 
com até 7 formatos diferentes, que são:
Passo 4
O FORMATO DAS 
NOTAS
Cada figura musical tem um nome próprio: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa ou 
semifusa. Estes nomes são um tanto quanto estranhos, eu sei! Ainda assim, é importante que você crie intimi-
dade com estes nomes e acostuma-se a dialogar sobre os mesmos com naturalidade. Por isso, se esforce para 
memoriza-los também (aos poucos,um por dia), pois nós utilizaremos bastante esta nomenclatura em nosso 
dia-a-dia musical.
16Como ler partituras em 10 passos
Como eu estava falando, as notas podem vir escritas usando cada um destes formatos. Veja alguns exemplos:
• Escala de Dó – em formato de semibreves:
• Escala de Dó – em formato de mínimas:
• Escala de Dó – em formato de semínimas:
• Escala de Dó – em formato de colcheias:
ALGUMAS curiosidades: 
As figuras podem ser formadas por até 3 partes. Veja:
• Se a nota estiver abaixo da 3ª linha, a haste deve estar para cima, do lado 
direito;
• Se a nota estiver acima da 3ª linha, a haste deve estar para baixo, do lado 
esquerdo;
• Já se a nota estiver na 3ª linha, a haste pode ser tanto para baixo quanto 
para cima (aceita-se as duas formas).
Quando há duas ou mais colcheias próximas, elas também 
podem ser escritas unidas por um traço feito da esquerda 
para a direita:
A escolha por um ou outro formato (de 
figura musical) na hora de escrever as 
partituras, faz com que as notas ganham 
um TEMPO específico. É isso mesmo! 
O nome das notas não mudará em nada, 
mas o seu valor de duração, o número de 
tempos que cada nota terá, irá mudar. 
Assim, conforme as notas aparecem 
escritas com uma ou outra figura, iremos 
tocá-las mais rápido ou mais devagar, 
pois é para isso que as FIGURAS foram 
inventadas: para indicar por quanto 
tempo iremos tocar cada nota, e assim 
executamos o RITMO da música.
17 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Como isso funciona? Da seguinte maneira: 
Veja só:
Portanto, cada figura vai se dividindo em 2 da próxima figura. Ou seja, no tempo em que tocaríamos 
apenas 1 nota em formato de semibreve, podemos tocar até 64 notas se estas aparecerem escritas 
em formato de semifusas. 
Esta é a relação de proporção e divisão de valores que as figuras têm. Não há um único valor de 
tempo para cada uma, mas sim uma relação imutável onde a figura mais lenta é a semibreve (pois 
ela tem o maior número de tempos de todas as figuras) e a figura mais rápida para se tocar é a 
semifusa (pois é a figura que tem o menor número de tempos, à ponto de se tocar 64 semifusas, 
para cada semibreve).
Assim, cada figura musical é chamada de figura de som – pois elas indicam um som (uma nota) que 
iremos tocar em nosso instrumento por um determinado número de tempos. 
Mas veja, a música não é feita apenas de sons. Os ritmos e melodias musicais são formados por 
sons assim como por períodos de silêncio. Pense nas músicas que você costuma cantar: há momen-
tos certos para cantar (que são representados nas partituras pelas notas musicais – figuras music-
ais), mas há também os momentos de se esperar, de ficar em silêncio, e só depois voltar a cantar.
A semibreve é a figura de maior valor. Ela tem mais tempos que todas as outras e se divide em 2 duas mínimas. 
Cada mínima se divide em 2 semínimas. No final, temos 4 semínimas que equivalem a 1 semibreve.
Cada semínima se divide em 2 colcheias. Logo, surgem 8 colcheias no total (equivalentes à 1 semibreve).
Cada colcheia se divide em 2 semicolcheias. Surgem então 16 semicolcheias (iguais à 1 semibreve).
Cada semicolcheia se divide em 2 fusas. Temos 32 fusas no total (para uma semibreve apenas)
E cada fusa, se divide em 2 semifusas! Ufa, 64 semifusas, onde só tocaríamos uma única semibreve!
1. Cada figura ganha um número de tempos por música.
2. Mas veja, o tempo de cada figura pode variar de uma música 
para a outra.
3. Então, não há um valor fixo para cada figura.
4. E sim, uma relação de divisão entre elas que NUNCA mudará.
18Como ler partituras em 10 passos
PASSO 5 - AS 
PAUSAS NA 
MÚSICA
Cada momento de 
silêncio que precisamos 
fazer, seja ele curtinho 
ou bem demorado (não 
importa), é indicado nas 
partituras por um outro 
sinal, conhecido como 
figura de pausa ou 
simplesmente, pausas.
19 Posso Tocar com Daiany Dezembro
As pausas são pequenos sinais que aparecem escritos no meio da pauta, para indicar períodos de silêncio na 
música, ou seja, períodos em que não tocaremos “nadica de nada”.
Agora, como saber por quanto tempo ficar em silêncio? 
Para responder à esta pergunta é preciso saber de cada figura de som que vimos até agora, possui uma figura 
de pausa correspondente, e assim as duas (tanto a figura de som quanto a de pausa), compartilham do mesmo 
número de tempos em uma dada música.
O que eu quero dizer com isso: que quando aparecer na sua partitura, uma semínima por exemplo, você vai 
tocar a nota no instrumento por um número X de tempos. Mas, se aparecer a pausa da semínima, você não vai 
tocar nada pelo mesmo número de tempos. Legal isso, não?
As figuras e as pausas compartilham a mesma quantidade de tempos, de duração – e também o mesmo nome, 
veja:
E como ficará a questão do número de tempos para cada pausa? 
Ficará exatamente igual às figuras de som.
 
1. Cada pausa ganha um número de tempos por música.
2. Mas, o tempo de cada pausa pode variar de uma música para a outra.
3. Então, não há um valor fixo para cada pausa (assim como não há para as figuras).
4. E sim, uma relação de divisão entre elas que NUNCA mudará – tal qual acontece com 
suas figuras de som correspondentes. Simples assim:
a. 1 pausa de semibreve é igual a 2 pausas de mínimas;
b. 1 pausa da mínima é equivalente à 2 pausas de semínimas;
c. 1 pausa da semínima é equivalente à 2 pausas de colcheias; e assim por diante...
20Como ler partituras em 10 passos
21 Posso Tocar com Daiany Dezembro
PASSO 6 
7 
NOTAS?
NÃO,
SÃO 12!
22Como ler partituras em 10 passos
Agora vamos avançar o seu olhar sobre esta partitura. Veja que logo 
após a clave de sol, aparece o seguinte sinal:
 #
Pois é! Este pequeno sinal é chamado de SUSTENIDO.
Ele tem mais dois “irmãos”, que podem também aparecer nas partituras 
ao lado das notas:
Estes três sinais são conhecidos como sinais de alteração ou acidentes.
Cada um deles tem seu próprio nome (sustenido, bemol ou bequadro), 
mas todos eles se enquadram na categoria de “acidentes”, pois fazem as 
notas naturais (que são as que já conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) 
alterarem o seu som.
Como isso acontece? Acontece por um deslocamento das notas nos in-
strumentos.
23 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Re
tr
o 
St
yl
e 
Bl
ac
k
Sim! Cada nota tem o seu local certo para ser tocada, em cada instrumento. 
Pois quando estas notas vêm acompanhadas por algum destes sinais, 
elas se deslocarão um passo para direita (se for o #) ou um passo para a 
esquerda no instrumento (se for o b), na seguinte maneira:
24Como ler partituras em 10 passos
Observe que entre as notas MI-FÁ e SI-DÓ não há nenhuma nota com sustenido ou bemol. Isso 
acontece porque entre estes dois pares de notas não há espaço para se colocar nenhuma outra 
nota. Em nosso sistema musical, estes dois pares estão distanciados por um SEMITOM – que é 
considerado a menor distância possível entre duas notas, e por isso não “cabe” mais nenhuma nota 
entre eles. Já entre todas as outras notas há a distância de um TOM (que é maior que o semitom), 
e então conseguimos encaixar as notas com sustenidos e bemóis no meio delas. Portanto,
• o # (sustenido) – sempre faz a nota aumentar um semitom, andando para a direita
• o b (bemol) – sempre faz a nota diminuir um semitom, andando para a esquerda
E se você observar atentamente, vai reparar que as notas com # e com b se localizam no mesmo 
lugar. Veja só:
Estas notas que se encontram no mesmo lugar (sempre dividindo o tom ao meio) são chamadas 
de notas enarmônicas, pois apesar de terem nomes diferentes (como por exemplo, a nota Dó# e 
a nota Réb) elas são tocadas no mesmo lugar em seu instrumento, e por isso tem o mesmo som. 
Esta é a principal característica das notas enarmônicas. 
Então, além das 7 notas naturais que já conhecíamos (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) vemos que há 
outras 5 notas enarmônicas entre elas, e por isso, temos um total de 12 notas em nosso sistema 
musical.
25 Posso Tocar com Daiany DezembroATENÇÃO!
O sustenido e o bemol podem aparecer de duas maneiras nas partituras:
1. Logo após a clave (como aconteceu nesta música)
2. Ou ao lado de uma nota, no meio da música (como também aconteceu na última pauta da 
nossa partitura, onde apareceu um bemol ao lado da nota mi)
SE APARECER APÓS A CLAVE
Indica que aquelas(s) nota(s) afetada(s) 
por ele será(ão) assim mantida(s) na 
música toda. Aqui em nosso exemplo, 
teremos a nota FA sendo sustenizada 
na música toda. Você terá que lembrar 
disso: toda nota FA que encontrar na 
partitura, terá que tocar com sustenido, 
obrigatoriamente! E por que é o Fá que 
está sendo afetado? Porque o sustenido 
está cruzando a última linha da pauta, 
onde mora a nota FÁ. Então, será esta a 
nota afetada. Na música toda!
Uma curiosidade: o conjunto de 
acidentes que aparecem ao lado da 
clave é chamado de ARMADURA DE 
CLAVE, e cada um deles é chamado de 
ACIDENTE FIXO.
SE APARECER AO LADO DA NOTA
Indica que aquela(s) nota(s) afetada(s) 
por ele será(ão) assim mantida(s) apenas 
dentro do compasso onde o acidente 
apareceu, e não mais na música toda. 
Ou seja, em nossa partitura, a nota MI 
apareceu com um bemol. Pois então 
ela será executada com bemol apenas 
neste compasso (inclusive se houver 
a repetição desta nota durante o 
compasso, em todas as vezes ela será 
tocada com bemol), mas nos compassos 
seguintes volta ao natural.
Uma curiosidade: este acidente que 
aparece uma vez ou outra no meio 
da música, é chamado de ACIDENTE 
OCORRENTE. 
E cadê o BEQUADRO nesta história toda?
O bequadro estava quietinho até agora porque a função dele é mais simples do que a de 
seus “irmãos”. Quando o bequadro aparece ao lado de uma nota nas partituras, é apenas para 
indicar que você não deve mais fazer aquela nota ser afetada por nenhum acidente (nem o 
bemol, nem o sustenido).
Portanto, o bequadro indica que a nota deve ser tocada de forma natural, sem acidentes, 
voltando ao seu “local” de origem.
 
 Fázzzz n = Fá natural Dó n = Dó natural
n
26Como ler partituras em 10 passos
Passo 7
A MATEMÁTICA 
DA MÚSICA
27 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Agora eu te pergunto: por um 
acaso você observou que há 
uma linha vertical que divide 
as pautas desta música, em 
pequenas partes – cada uma 
com uma quantidade diferente 
de figuras musicais?
Pois é! Corre lá para ver!
Estas linhas verticais são 
chamadas de barras de 
compasso.
O compasso é cada uma 
destas pequenas partes que 
foram divididas pelas barras 
de compasso. Cada divisão 
desta é chamada de compasso, 
e sua principal característica 
é ter a mesma quantidade de 
tempos em cada um deles. Eu 
disse a mesma quantidade de 
TEMPOS, e não de NOTAS! 
Sim, sim! Porque cada figura 
receberá um valor de tempos, 
e daí o compositor faz a 
combinação matemática destas 
figuras da maneira como 
ele quiser. É mais ou menos 
como se disséssemos que em 
cada compasso deve haver o 
equivalente a R$ 100,00.
 
Você pode escolher quais 
cédulas de dinheiro irá utilizar 
para colocar o equivalente 
a R$100,00 por compasso 
– podem ser 10 notas de 
R$10,00; ou 2 duas de 
R$50,00; ou ainda 5 notas de 
R$20,00, e etc. Mas o fato é 
que em cada compasso você 
distribui as cédulas de forma a 
juntar R$ 100.00 em cada um.
Acontece o mesmo na música. 
Cada figura receberá um valor, 
e então o compositor organiza 
e distribui estas figuras até 
que todas juntem o número de 
tempos total que deve haver 
em cada compasso!
COMO ESTA MATEMÁTICA FUNCIONA?
Esta matemática toda é regida 
pela fração que aparece logo 
após a clave. É sempre assim:
 
• Primeiro de tudo, vem a 
pauta; 
• Na pauta desenha-se a clave; 
• Se houver acidentes, então 
estes vêm escritos logo após a 
clave; 
• E a último sinal, antes das 
notas, é uma fração! 
Esta fração é chamada de 
fórmula de compasso. 
Veja como ela funciona:
O número de cima da fração indica quantos tempos deve haver em cada compasso 
(em nosso exemplo: 4 tempos).
O número de baixo indica qual a figura que ganhará um tempo no compasso. 
Este número é um “código”, pois cada figura possui um número para lhe representar. 
Veja:
28Como ler partituras em 10 passos
Em nossa partitura então, temos um compasso com quatro tempos (chamado de compasso quaternário), 
onde a semínima será a figura que ganhará o valor de 1 tempo.
Agora começa a matemática. Lembra daquela relação de divisão entre as figuras? Pois bem!
Se uma q é sempre igual a 1 Tempo, podemos calcular o valor de todas as outras figuras.
Pensa comigo:
• Uma w é igual a 4 q , então a semibreve valerá 4 tempos.
• Uma h é igual a 2 q , então a mínima valerá 2 tempos.
• Uma q é igual a 2 e , então a colcheia é metade da semínima e valerá 0,5 tempo.
Logo, veja como fica a distribuição de tempos em cada compasso:
Agora você está começando a entender como tudo se organiza nas partituras, não é mesmo? 
Não basta apenas saber o nome das notas, nem onde tocá-las em seu instrumento. Para que a música tenha sentido, 
é preciso que você pense no valor de cada nota, enquanto está tocando.
Para isso, é preciso desenvolver o senso interno de PULSAÇÃO – de sentir o pulso da música.
A pulsação é uma batida sempre igual e constante como, por exemplo, a batida do coração, o tic-tac de um relógio, 
uma torneira pingando, dentre outros.
A pulsação deve estar presente nas músicas o tempo todo. Pense na canção “Parabéns à você”. Quando estamos a 
cantá-la em nossas confraternizações, batemos palmas constantes para acompanhar a música. Isto é a pulsação. 
Desenvolver esta regularidade de pulso requer treinamento e dedicação, pois é muito comum no começo acelerar 
ou diminuir a velocidade do pulso, sem nem ao menos perceber.
29 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Para lhe ajudar nisso, quando for tocar as notas da partitura pense em cada uma delas como uma unidade 
sonora, onde:
• q = é chamada de TA
• iq = é chamada de TATI
• h = é chamada de TA_A
• w = é chamada de TA_A_A_A
Assim, você vai literalmente falando estas silabações para cada uma das figuras trazidas na partitura. Cada 
sílaba é falada em um pulso. Sem correr, sem diminuir. Tentando, ao máximo, manter a regularidade na 
velocidade da fala.
Veja como seria feita esta leitura rítmica então:
Uma vez que você consiga tocar estas notas falando suas sílabas rítmicas em um pulso firme, você estará 
lendo a partitura de forma completa, dando sentido não apenas à altura do som (que é a melodia), mas 
também à sua duração (ao ritmo da música).
30Como ler partituras em 10 passos
Pa
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Q
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tã
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 g
ru
d
a
d
a
s
Um dos pontos 
que causa MEDO 
na leitura de 
partitura são os 
EMPILHAMENTOS 
de notas, pois 
eles sempre 
parecem mais 
COMPLICADOS 
do que realmente 
SÃO! 
Veja que nestas pautas a melodia está, em sua maioria, escrita com duas notas grudadas – uma 
sobre a outra. Sabe por que isso acontece?
Esta é uma escrita vertical da música. Quando as notas estão colocadas uma acima da outra, 
indica que teremos que tocar as duas notas ao mesmo tempo.
Sim! Serão duas notas que teremos que fazer soar em nosso instrumento ao mesmo tempo. 
Isto forma o que chamamos de INTERVALO.
Na música, um intervalo é a distância que encontramos entre duas notas. 
Toda vez que comparamos a distância entre duas notas, estamos a medir o intervalo entre elas. 
Fazemos isso contando o número de notas que há de uma até à outra, e então o nomeamos de 
“segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sétima ou oitava”.
Observe agora a nossa partitura a partir da quarta pauta (compasso 12 em diante):
32Como ler partituras em 10 passos
Em nossa partitura há apenas intervalos 
de 3ª, 5ª e 6ª. 
Para conseguir tocá-los será preciso 
cuidar de questões técnicas próprias 
de cada instrumento. E vale ressaltar 
que nem todo instrumento consegue 
fazer as duas notas juntas (como uma 
flauta, por exemplo, ou mesmo no 
cantar, onde é preciso ter pelo menos 
dois cantores).
Por isso, se você não consegue tocar 
estas duas notas juntas em seu 
instrumento,não se preocupe. Toque a 
nota superior, a mais aguda. Isso será 
suficiente, num primeiro momento, 
para que você faça a melodia da música 
soar. 
Com o tempo, e se o seu instrumento 
permitir, você vai evoluir em seu 
domínio técnico e aprenderá como 
tocar as duas notas juntas. 
Veja um exemplo:
33 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Por um acaso você observou que aparece, na última pauta de nossa partitura, uma pequena linha 
curva entre duas notas dó?
Passo 9
Quando as notas estão
ligadas
Portanto, na prática assim ficará a sonoridade rítmica deste compasso:
NÃO PRONUNCIAR A ÚLTIMA SEMIBREVE, MAS EMENDAR SUA DURAÇÃO DE 4 TEMPOS NA SEMÍNIMA ANTERIOR.
Pois esta pequena linha é chamada de ligadura.
A função dela é indicar que:
• Não devemos tocar a segunda nota DÓ. Isso mesmo! 
• Ela liga o som da segunda nota ao som da primeira nota DÓ. 
• É classificada como uma Ligadura de Prolongação, pois prolonga o som da 1ª nota, por 
estar entre duas notas com nomes iguais.
Uma curiosidade: Quando a ligadura aparece sobre duas ou mais notas de nomes diferentes, ela indica que 
devemos tocar as notas, mas com um tipo de toque conhecido como “legato”. Portanto, ela indica um tipo de 
articulação musical, além de delimitar as frases musicais. 
Agora chegou o momento de falar destas letrinhas que estão 
“sobrevoando” as pautas. Com certeza você já as observou 
desde o começo, não? Elas chamam a nossa atenção!
Estas letras são usadas em alguns países para representar 
o nome das notas, como já conversamos. Porém, em nosso 
país, estas letras são conhecidas como CIFRAS, e elas 
aparecem nas partituras não para representar as notas 
musicais, mas sim os ACORDES.
Você já ouviu falar sobre isso? 
Passo 10
A harmonia da música
Os acordes fazem 
parte do dia-a-dia 
dos estudantes e 
profissionais da música. 
Compreender o que 
são, como se formam, 
como se relacionam e 
por que estão presentes 
aqui ou ali, nos leva a 
compreender um dos 
elementos que estrutura 
a música: a HARMONIA.
Um acorde é 
um conjunto 
de, no mínimo, 
TRÊS notas – 
separadas pelo 
intervalo de 
terças. 
Ou seja, não 
são quaisquer 
três notas, 
mas sim as 
que formam 
DUAS TERÇAS 
seguidas e 
sobrepostas. 
Em toda música há acordes. Às 
vezes eles aparecem escritos sob 
a forma das cifras, e às vezes não, 
aparecem escondidos no meio das 
notas escritas na própria pauta. 
Em todo caso, para reconhece-los 
é preciso entender a sua formação. 
NA PRÁTICA
Tomamos uma primeira nota (que é chamada de tônica) e então calculamos 
as próximas duas terças seguidas. Veja alguns exemplos: 
• O acorde de Dó é formado pelas notas DÓ, MI e SOL – porque uma terça 
acima da nota Dó é Mi; e uma terça acima da nota Mi é o Sol.
• O acorde de Fá é formado pelas notas FÁ, LA e DÓ – porque uma terça 
acima da nota Fá é La; e uma terça acima da nota La é o Dó.
Portanto, é a nota tônica que dá nome para o acorde assim como a sua cifra 
correspondente.
• No acorde de Dó, a tônica é o Dó – e a sua cifra correspondente é a letra C. 
• No acorde de Fá, a tônica é o Fá – e a sua cifra correspondente é a letra F.
37 Posso Tocar com Daiany Dezembro
E como saber todas as CIFRAS?
Lembrando das sete primeiras letras do alfabeto que são associadas às notas musicais (em alguns 
países):
Os acordes são classificados como TRÍADES justamente por terem três notas em sua formação 
básica. Se houver mais do que três notas no acorde (e pode haver), ele passa a ser classificado 
como uma TÉTRADE.
Os tipos de tríades
Existem 4 tipos de tríades: MAIOR, MENOR, DIMINUTA E AUMENTADA.
Sabe o que isso significa?
Que para cada tônica podemos ter 4 diferentes acordes. É verdade! Não existe, por exemplo, um 
único acorde de Dó, mas sim 4: Dó maior, Dó menor, Dó diminuto e Dó aumentado.
Vamos conhecer cada um deles?
1) O acorde MAIOR
Há diferentes maneiras de se abordar este assunto, mas eu adotarei aqui um esquema prático que 
fará com que você visualize estes acordes de maneira muito rápida. 
Vamos pensar primeiro nos acordes formados pelas tônicas das 7 notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol, 
lá e si). Eu os divido em três diferentes grupos. Veja só:
38Como ler partituras em 10 passos
Olhando a tabela acima com calma, você vai perceber que as três notas que formam cada um 
destes acordes maiores variam de um grupo para outro. 
1. No primeiro grupo, as notas que o formam são todas naturais – sem nenhum sustenido. 
Apenas contamos duas terças seguidas, e pronto: temos as 3 notas dos acordes C, F e G.
2. No segundo grupo, temos um sustenido na nota central de cada acorde. Isso acontece 
por regras teórico-harmônicas do campo de escalas e intervalos que agora não abordaremos. 
Mas, nem por isso você ficará sem conhecer os acordes. Basta lembrar de contar duas terças 
seguidas, colocar um na nota central, e pronto: temos as 3 notas dos acordes D, A e E.
3. No último grupo, temos apenas o acorde de si maior. Este acorde apresenta dois sustenidos 
em suas notas. Isso se explica pelas mesmas regras teórico-harmônicas já citadas, que por ora 
não abordaremos. Basta contar duas terças seguidas e colocar em cada uma delas. Pronto! 
Você terá as notas que formam o acorde B.
2) O acorde MENOR
Uma vez que você tenha entendido o esquema dos acordes maiores, reconhecer os acordes menores 
será ainda mais rápido. 
Antes, porém, eu preciso lhe explicar um conceito. 
Você já sabe que as tríades são formadas por três notas, separadas por terças. Certo? 
Contudo, podemos também dizer que as notas das tríades estão separadas não apenas por terças, e sim 
por uma terça e uma quinta. 
Este tipo de visualização das notas do acorde está baseado na comparação da distância que cada nota 
mantém em relação à sua tônica. Veja melhor: 
1. No exemplo A as notas são medidas com a distância de terças pois são sempre comparadas com a 
nota anterior.
2. No exemplo B as notas são medidas com a distância de uma terça e depois de uma quinta, pois são 
comparadas sempre com a nota tônica. Veja:
Então, podemos assim resumir a formação das 
tríades: Tônica + intervalo 3ª + intervalo de 5ª
T + 3ª + 5ª
39 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Pois bem!
A diferença entre os acordes maiores e os menores está apenas na nota central do acorde. Ou seja, na terça 
do acorde! Se você já sabe fazer o acorde maior, basta diminuir um semitom da terça e pronto! Já estará 
tocando o acorde menor!
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter um b na nota 
do meio (para diminui-la).
2. O segundo grupo de acordes que tinha um # na nota do meio, agora perde este sustenido, e 
todas as notas ficam naturais (diminuindo assim a terça).
3. E o último grupo, do acorde de si, também perde o # na nota do meio, e fica apenas com um # , 
na 5ª nota (diminuindo assim a terça).
Uma observação: a cifra dos acordes menores deve ter a letra “m” ao lado da letra do alfabeto. Desta 
forma, reconhecemos pela cifra quando é um acorde menor.
40Como ler partituras em 10 passos
3) O acorde DIMINUTO
Daqui em diante, tudo ficará ainda mais fácil e rápido. Sabe por que?
Porque a diferença entre os acordes maiores e os diminutos está não apenas na terça, mas na quinta tam-
bém! 
Se você já sabe fazer o acorde maior, basta diminuir um semitom da terça e da quinta, e você encontrará as 
notas que formam o acorde diminuto.
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter b nas duas 
notas seguintes (diminuindo assim a terça e a quinta).
2. O segundo grupo de acordes que tinha um # na nota do meio, agora perde este sustenido e 
ganha um b na quinta nota (assim diminuindo a terça e a quinta).
3. E o último grupo, do acorde de si, perde os dois sustenidos e passa agora a ter todas as notas 
naturais (assim diminuindo a sua terça e quinta).
Uma observação:
A cifra dos acordes diminutos pode ser feita de maneiras diferentes, veja só: 
Cº Cm( 5) Cdim
41 Posso Tocar com Daiany Dezembro
4) Oacorde AUMENTADO
O acorde aumentado é o que menos aparece em nossas músicas. No entanto, é importante saber 
encontrar suas notas. E isso será bem simples, pois a diferença entre os acordes maiores e os 
aumentados está apenas na quinta nota do acorde. 
Se você já sabe fazer o acorde maior, basta aumentar (como o próprio nome diz) um semitom da 
quinta e pronto! Já estará tocando o acorde aumentado!
Desta forma,
1. O primeiro grupo de acordes que tinha todas as notas naturais, agora passa a ter um # 
na sua quinta nota (aumentando a quinta).
2. O segundo grupo de acordes que tinha apenas um # na nota do meio, agora passar a ter 
dois # , nas duas notas (aumentando a quinta).
3. E o último grupo, do acorde de si, que já tinha dois sustenidos, passa agora a ter um 
dobrado sustenido na quinta nota (aumentando a quinta).
Uma observação:
A cifra dos acordes diminutos pode ser feita de maneiras diferentes, veja só: 
C+ C aum 
42Como ler partituras em 10 passos
MAS AGORA FICA A PERGUNTA: O QUE É ESTE TAL DE DOBRADO SUSTENIDO ( X )?
Quando alguma nota já tem um sustenido, e ainda assim, precisa aumentar mais um semitom 
aparece este sinal ao lado dela: X . O seu nome é DOBRADO SUSTENIDO.
Ele é considerado mais um sinal de alteração (ao lado do sustenido, bemol e bequadro). 
Por vezes, pode acontecer também de uma nota já estar com bemol e ainda assim, precisar di-
minuir um semitom. Neste caso, aparece um outro sinal de alteração: º - o Dobrado BEMOL.
Assim, existe um total de cinco sinais de alteração:
Então, nossa tabela final das tríades fica assim:
Não se preocupe em memorizar 
esta tabela toda. 
O que você precisa compreender 
é a lógica dos acordes maiores 
(com o grupo que tem 0#, o que 
tem 1# e o que tem 2#). 
Se você compreender e assimilar 
bem este grupo, facilmente 
encontra os outros acordes: 
Diminuindo a 3ª 
encontra o acorde menor
Diminuindo a 3ª a e a 5ª 
encontra o acorde diminuto
Aumentando a 5ª 
encontra o acorde aumentado
0#
43 Posso Tocar com Daiany Dezembro
OUTRAS TRÍADES
Até agora, vimos os acordes formados pelas tônicas das 7 notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si). 
Porém, as tônicas dos acordes nem sempre serão apenas notas naturais. 
Podemos encontrar cifras com # ou b também:
B bm Ab C# F# m Eb +
E aí, o que fazer?
Continuando a pensar num esquema prático, para fazer: 
 •Acordes com b - pense no acorde “natural” e então diminua um semitom em todas as suas notas
 •Acordes com # - pense no acorde “natural” e então aumente um semitom em todas as suas notas
Para que isso não fique confuso é preciso estar consciente de quando os sinais de alteração estão a 
aumentar ou a diminuir os semitons.
Observe o diagrama abaixo:
Da esquerda para a direita: os sinais vão aumentando um semitom cada
Da direita para a esquerda: os sinais vão diminuindo um semitom cada
44Como ler partituras em 10 passos
CONHECENDO AS TÉTRADES
Quando os acordes apresentam 4 notas, passam a ser classificados como TÉTRADES.
Em essência, a tétrade é uma tríade com mais uma nota.
Assim, a tétrade é formada pelos intervalos de:
A cifra das tétrades baseia-se na cifra das tríades, acrescentando o número 7 (ao seu lado). Então,
• Se a tríade for maior, a cifra é escrita assim: D7 (lê-se: Ré maior com sétima)
• Se a tríade for menor, a cifra é escrita assim: Dm7 (lê-se: Ré menor com sétima)
• Se a tríade for diminuta, a cifra é escrita assim: Dø7!(lê-se: Ré meio-diminuto)
• Se a tríade for aumentada, a cifra é escrita assim: D7(#5) (lê-se: Ré maior com sétima e 5ª 
aumentada)
Por isso, se você conhece bem as cifras é preciso apenas encontrar a nova nota (7ª) e acrescenta-la 
ao acorde.
Há diversas maneiras para encontrar esta nova nota, mas uma muito prática é buscar pela nota que 
fica um tom abaixo da tônica do acorde. Simples assim!
Veja: o acorde de Dó M (C) A nota que fica um tom abaixo de Dó é Si .
Então, a tétrade C7 fica assim:
Sabendo a correta distância entre as notas, não haverá erro ao buscar pela sétima da tétrade. Veja:
45 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Uma curiosidade:
Nem sempre as tétrades se apresentam com o número 7 sozinho. 
Algumas tétrades trazem outros símbolos junto do número 7, como:
 maj7 7M 7,,,^ 7+ 
 Bmaj7 Ab7M C7^ Dm7+ 
Em todos estes casos, a cifra está nos pedindo para colocar outra nota como sétima do acorde 
– a que fica a um semitom abaixo da tônica do acorde.
Esta sétima é chamada de 7ª maior. Por isso, as tétrades que apresentam símbolos ao lado do 
número 7 está pedindo que calculemos uma 7ª maior para o acorde. 
Veja: o acorde de Láb M (A ) A nota que fica um semitom abaixo de Láb é Sol.
 
Então, a tétrade Ab7M fica assim: (lê-se: Láb maior com sétima maior)
Pensando desta forma, você encontra todas as sétimas maiores que precisar.
Em nossa música, há duas tétrades: D7 e G7. Veja como elas ficam:
O acorde de Ré M (D) é A nota que fica um tom abaixo de Ré é Dó.
Então, a tétrade D7 fica assim:
O acorde de Sol M (G) é A nota que fica um tom abaixo de Sol é Fá.
Então, a tétrade G7 fica assim:
46Como ler partituras em 10 passos
Bônus 
Finalizando a música
Agora nós já falamos tudo sobre nossa música! Chegou o momento de você se desafiar a ler esta 
partitura. Que tal?
Comece devagar, sem pressa. Se precisar, coloque o nome debaixo de cada nota – até que você 
esteja muito seguro e não precise mais (então apague).
Pense nas notas mas pense sobretudo no ritmo em que deve toca-las. Lembre-se do pulso firme e 
regular. Pense nos “ta” e “tati”. E lembre-se do fá# (que está na armadura). 
Se não consegue tocar os acordes junto com a melodia, não há problema. Faça um de cada vez: leia 
apenas a melodia, e depois apenas os acordes. 
Mais para frente você tenta tocar as duas coisas juntas (se o seu instrumento permitir esta forma de 
execução). Vá firme e adiante. Uma pauta por dia. Fique craque, e então me responda: reconheceu 
a melodia desta música? Ela é bem conhecida!
UM ÚLTIMO CONCEITO: O RITORNELLO
Observe que quando você chegar na última pauta da música, no penúltimo compasso, você vai 
encontrar este sinal cortando a pauta:
 
 } 
Pois bem! O seu nome é ritornelo.
E a sua função é indicar que você deve repetir todo o trecho musical.
Sim sim! Você não deve seguir para o próximo compasso sem antes voltar e repetir todo o trecho 
que você já tocou. O ritornelo é uma abreviatura musical. 
Quando o encontrar, você deve voltar imediatamente do começo da música ou do ponto onde 
apareça um ritornelo na posição contrária ( ] ), e só então seguir com sua leitura.
Agora, “ritornelle” este livro e recomece a sua leitura musical! 
Quero ver você responder a pergunta a seguir:
QUAL É O NOME DA NOSSA MÚSICA?
Resposta:________________________________
47 Posso Tocar com Daiany DezembroBônus
Nossa 
música 
nas outras 
 CLAVES
48Como ler partituras em 10 passos
NA CLAVE DE FÁ
49 Posso Tocar com Daiany Dezembro
NA CLAVE DE DÓ
50Como ler partituras em 10 passos
BÔNUS
A LÓGICA de 
todas as claves
Se você quer aprender, 
e deveria querer, 
a ler as notas em todas as 
claves aqui vai um Bônus 
para você. 
Há um princípio lógico que 
facilitará muito a sua vida.
Este princípio é:
51 Posso Tocar com Daiany Dezembro
Ou seja, cada clave tem uma linha da pauta que é atribuída para ela:
 A clave de Sol pertence à segunda linha da pauta.
 A clave de Fá pertence à quarta linha da pauta.
 A clave de Dó pertence à terceira linha da pauta.
Assim, a nota que se posicionar na linha da clave ganhará o nome dela. 
Toda Clave dá o seu 
próprio nome para a nota 
que está escrita em sua 
linha.
52Como ler partituras em 10 passos
Esta nota será nossa referência de leitura para cada clave.
A partirdela, fica fácil encontrar os nomes de todas as outras notas: basta seguir 
a ordem ascendente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó) ou descendente (Dó, Si, Lá, 
Sol, Fá, Mi, Ré, Dó) para nomear as notas vizinhas da nota de referência. 
53 Posso Tocar com Daiany Dezembro
AGRADECIMENTOS
Eu espero de coração que este material lhe seja de grande 
valia, e ajude a ressignificar sua relação com a leitura musical. 
Ele foi preparado com grande carinho para que você entenda 
a lógica que está por trás de tudo, e comece a ver que ler 
partituras não é algo tão confuso quanto parece. 
Vale dizer que, não teria sido possível concretizar este livro se 
não tivesse o apoio da minha família, que carinhosamente é 
peça fundamental em tudo isso, e de cada um de vocês que 
me motivaram a escrever este material e hoje o estão lendo, 
buscando aprender cada vez mais. 
Você poderia estar fazendo outra coisa, mas resolveu tirar um 
tempinho para estar aqui, se dedicando a este universo que 
tanto nutre a nossa mente e a nossa alma – a música. 
Parabéns por isso! E muito obrigada, pois nada disso seria 
possível sem cada um de vocês.
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eu não posto em nenhum dos nossos 
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não o conhece e não faz parte dele, 
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