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Alexia Menezes – FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 FONETICA – RESUMO OBEJTIVOS ESPECÍF ICOS: Definir fonética e fonologia e seus objetos de estudos Descrever o aparelho fonador Explicar como são produzidos os sons da fala Descrever e classificar os segmentos vocálicos Definir e classifica os ditongos Descrever e classificar os segmentos consonantais PRODUÇÃO DOS SONS NA LINGUAGEM HUMANA Aparelho fonador (sistema) Pulmão (câmara iniciadora da corrente de ar) Laringe Faringe Cavidades oral e nasal (a nasal serve como câmara de ressonância na produção dos sons nasais) A linguagem é considerada uma função secundária já que se utiliza de estruturas que possuem outras funções primárias para produzí-la. FONÉTICA E FONOLOGIA Fonética estuda a produção, as características e a percepção dos sons da fala isolados. (objeto mais material) Fonologia estuda os fonemas de uma lingua, isolados ou combinados. (unidade virtual, que só existe na nossa mente) Unidade da fonetica: fone Unidade da fonologia: fonema As duas estudam os sons porém com perspectivas e objetivos diferentes, enquanto a fonética se preocupa com a articulação e acústica dos sons, a fonologia irá se preocupar com a funcionalidade e organizção dos sons Alofones: variações dos fones que não alteram o sentido e estão relacionados com a região e cultura do falante. PRODUÇÃO DA FALA As moléculas de ar que estão em vibração serão expelidas pela compressão do volume dos pulmões, tornando o fluxo de ar audivel pela vibração das pregas vocais que se encontram na laringe. Esse fluxo de ar irá sofrer modificaçoes devido as mudanças que ocorrem no interior do aparelho fonador a partir dos movimentos dos órgãos articulatórios que estão acima da laringe. Os sons do português brasileiro são gerados com corrente de ar egressiva, exceto o som de surpresa. Fonaçao: fenômenos em que as pregas vocais transforma o ar em som audivel. VOZ X FALA A voz diifere-se da fala, pois voz é o som produzidos através da vibração (ou não) das pregas vocais, já a fala caracteriza-se como a articulação desse som. APARELHO FONADOR Região subglótica (abaixo da glote): traqueia, pulmões e o diafragma. Responsáveis pelo suprimento da fonte energia que gera os sons da fala. Região supraglótica (acima da glote): cavidade faringe ou faringe, cavidade oral -- que é composta pela boca, na qual estao localizados a lingua o palato duro e mole, a úvula, os alvéolos, os dentes e os lábios –, e cavidade nasal na qual encontram-se as narinas. Articuladores ativos: aqueles que sem movimentam. São a lingua, lábio, dentes inferiores – que alteram a cavidade oral –, véu palatino (palato mole), - abre e fecha a cavidade nasal –, e pregas vocais – responsável pelo vozeamento dos sons. Articuladores passivos: lábio superior, dentes superiores, os alvéolos – região crespa logo atrás dos dentes superiores –, palato duro e palato mole. Sons produzidos com vibração das pregas vocais são chamados de vozeados ou sonoros e os sem vibração são os não vozeados ou surdos. Outro movimento classificatório dos sons da fala é o do véu palatino. Quando levantado bloqueia a passagem do ar para a cavidade nasal e os sons produzidos são chamados de oais. Já quando ele está abaixado sao Alexia Menezes – FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 produzidos sons nasais (passagem do ar deve ocorrer somente pela cavidade nasal). DIST INÇÃO ENTRE VOGAIS E CONSOANTES Vogais Produzidas sem impedimento da passagem de ar pelo trato vocal; São sempre vozeadas, ou seja, produzidas com vibração das pregas vocais; Classificação fonética: grau de abertura da cavidade oral, altura e movimento de recuo da lingua e arredondamento dos lábios Consoantes Articuladas a partir de alguma obstrução no trato oral, seja ela total ou parcial; Podem sem vozeadas ou desvozeadas Classificação fonética: modo e local onde se dá a articulação e ainda sobre seu vozeamento ou não vozeamento.. VOGAIS Os sons vocálicos são sons produzido com fluxo de ar egressivo e diferenciam dos consonantais pela inexistência de obstrução à saída de ar no trato vocal. São descritas segundo os seguintes aspectos articulatórios: Oralidade ou nasalidade; (4) Movimento de altura da lingua; (1) Movimento de avanço (anterioridade) e recuo (posterioridade) da lingua; (2) Protrusão ou estiramento da lingua (3) Altura da lingua: Alta: /i/, /u/ Média-alta: /E/, /o/ Média-baixa: /e/, /o/ (aberto) Baixa: /a/ Anterioridade/posterioridade da lingua: Anterior: /i/, /e/, /E/ Central: /a/ Posterior: /o/ (aberto), /o/, /u/ Arredondamento dos lábios: Estendidos: /i/, /e/, /a/, /E/ Arredondados: /o/, /o/ (aberto), /u/ ESQUEMA DE CLASSIF ICAÇÃO VOCÁLICA Anterior Arred / não Central Arred / não Posterior Arred / não Alta /i/ /u/ Média-alta /e/ /o/ Média-baixa /E/ /o/ (aberto) Baixa /a/ ARTICULAÇÕES SECUNDÁRIAS DOS SEGMENTOS VOCÁLICOS 1. Duração: medida relativa entre segmentos. Duração longa: [a:] Duração média: [a.] Duração breve: [a] Vogais acentuadas tendem a ser mais longas. 2. Desvozeamento: geralmente as vogais são vozeadas Em português, o desvozeamento de segmentos vocálicos geralemente ocorrem em vogais não acentuadas em final de palavras, como por exemplo as vogais finais das palavras pata, sapo, bote. 3. Nasalização Se durante a articulação de um vogal ocorrer o abaixamento do véu palatino, parte do fluxo de ar passará para a cavidade nasal sendo expelido pelas narinas e produzindo assim uma qualidade vocáica anasalada. Vogais articuladas com lingua em posição necessita de pequeno abaixamento do véu palatino, o contrário ocorre quando a posição da lingua é baixa. DITONGOS Ditongos são uma sequência de segmentos no qual um é interpretado como vogal e o outro como glide. Glides podem apresentar caracteristicas foneticas de segmentos vocálicos e consonantais. São vogais sem proeminência acentual na silaba. Ditongo difere de duas vogais em sequência (hiato). Ditondo crescente: aqueles em que a proeminência acentual ocorre na segunda vogal; glide-vogal. Ditongo decrescente: aquele em que a proeminência acentual ocorre na primeira vogal; vogal-glide. DESCRIÇÃO DOS SEGMENTOS CONSONANTAIS Segmento consonantal: som que seja produzido com algum tipo de obstrução total ou parcial da passagem de ar pelas cavidades supraglotais, podendo haver fricção ou não. Classificação dos segmento consonantais: Mecanismo e direção da corrente de ar: podem ser pulmonar (usados no português e é o Alexia Menezes – FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 mecanismo utilizado normalmente ao respirar), glótica (não utilizamos), velar (ocorre em algumas exclamações de deboche e negação). Corrente de ar ingressiva ou egressiva: a forma egressiva é a utilizada no português e o ar se dirige para fora dos pulmões por meio da pressão exercida pelos músculos do diafragma. Estado da glote: o estado da glote é vozeado quando as pregas vocais estão vibrando durante a produção de um determinado som; o estado da glote é desvozeado quando não há vibração das pregas vocais Posição do véu palatino: véu palatino levantado segmento oral; véu palatino abaixado segmento nasal. Articulador ativo: movimentam-se até o articulador passivo modificando a configuração do trato vocal. São eles: lábio inferior, a lingua, o véu palatino e as cordas vocais. Articulador passivo: são o lábio superior, dentes superiores e o céu da boca (alvéolos, palato duro, véu palatino e úvula) Lugar de articulação dos segmentos consonantais (ativo / passivo) Bilabial: lábio inferior e superior Labiodental: lábio inferior e dentes incisivos superiores Dental: apice ou lâmina da lingua e todos os dentes incisivos superiores Alveolar: apice ou lâmina da lingua e os alveolos Alveopalatal: parte anterior da lingua e parte medial do palato duro Palatal: parte média da lingua e parte final do palato duro Velar: parte posterior da lingua e véu palatino Glotal: músculos ligamentais da glote comportam- se como articuladores. Modo ou maneira de articulação está relacionado ao tipo de obstrução da corrente de ar causada pelos articuladores durante a produção de um segmento. Oclusão: obstrução completa; são consoantes orais; /p/, /t/, /k/, /b/ /d/, /g/ Nasal: obstrução completa da passagem de ar através da boca; /m/, /n/ /n/(nhã) Fricativa: articuladores se aproximam produzindo fricção quando ocorre a passagem de ar, /f/, /v/, /z/, chã, jã, /x/ Africada: na fase inicial é igual oclusiva, já na fase final é igual fricativa; consoantes orais; tchia e djia Liquidas: podem ser laterais quando o obstaculo está no meio da boca e o ar sai pelos lados; lã, lhã. Podem ser tambem vibrantes quando o articulador ativo toca algumas vezes o articulador passivo causando vibração; /r/, /x/, exemplo: “orra meu” ARTICULAÇÃO SECUNDÁR IA Ocorre a partir de efeitos de segmentos adjacentes. Labialização: arredondamento dos lábios durante a produção de um segmento consonantal Palatização: levantamento da lingua em direção a parte posterior do palato duro, ou seja, a lingua se direciona para uma parte mais anterior do que normalmente ocorre quando se articula um determinado segmento consonantal. Velarização: levantamento da parte posterior da lingua em direção ao véu palatino concomitantemente com a articulação de uma consoante. Exemplos: sal e salta (sotaque do sul) Dentalização: consoantes articuladas como dentais ou alveolares. Exemplo: o “t” de tapa; depende de variação dialetal para ser dental ou alveolar TABELA FONÉTICA CONSONANTAL Desvozeado/vozeado* Lugar de articulação: na horizontal Modo de articulação: na vertical Bila bial Labiod ental Linguo dental linguo palatal linguo velar alveop alatar Oclu sivas ou plosi vas p / b t / d K / g nasai s / m / n / n (nhã) fricati vas f / v s / z s (chã) / z (jã) Liqui das / r / y (llhã) / x africa das ts (tch) / dz (dj) AQUIS IÇÃO DAS CONSOANTES 2 anos: /p/, /t/, /k/, /b/, /d/, /g/, /m/, /n/, /n/ (nhã) 3 anos: /f/, /s/, /s/ (chã), /v/, /z/, /z/ (jã) 4 anos: /l/, /y/ (lhã), /r/, /x/
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