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PELVIOLOGIA E PELVIOMETRIA 18/08/2020 - Pelve é proveniente dos ossos da pelve, canal do parto. Então pelviologia seria o estudo dos ossos da pelve, dos órgãos que compõem a pelve, não só a parte óssea mas também a parte mole. E a pelviometria é como faz para medir essa abertura interna que estes animais irão ter dos ossos da pelve. VIA FETAL É o conduto formado por parte do aparelho genital e regiões vizinhas pelo qual o feto transita durante o parto. - A via fetal vai ser dividida em dois tipos: via fetal óssea composta pelos ossos da pelve, articulações e ligamentos que compõem esses ossos, e a via fetal mole que é a parte de tecido mole composta pela cérvix, vagina, vestíbulo. VIA FETAL OSSEA É formada pelos ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras coccígenas + articulações e ligamentos. VIA FETAL MOLE É constituída pelos cornos uterinos (multíparas), corpo do útero (onde vai ter contrações uterinas para expulsar o feto no momento do parto), cérvix (uma barreira que vai se dilatar e por onde o feto vai ter que passar), vagina, vestíbulo da vagina e vulva. - Então todos esses órgãos do útero para frente compõe a via fetal mole. São todos os órgãos do tecido reprodutivo, de consistência mais mole que os demais por onde o feto irá transitar no momento do parto. VIA FETAL ÓSSEA – PELVE Compõe-se pelos óssos: × Ílio, isquio e púbis × Sacro e vértebras coccígeas Imagem: radiografia – é um exame interessante quando quer avaliar o estudo da pelviologia para ver se não tem nenhuma lesão, obstrução, nenhuma fratura, nenhum trincado nesta parte que compõe a via fetal óssea e mesmo para fazer a pelviometria que seria a medida do diâmetro da abertura da via fetal óssea por onde o feto vai ter que passar durante o momento do parto. - Então para ter uma ideia de diâmetro, no caso de pequenos animais e pequenos ruminantes, suínos onde não é possível fazer a palpação via transretal para sentir isto na mão por dentro, uma técnica muito indicada, principalmente em pequenos animais utilizada, é a radiografia da pelve e depois avaliar as imagens radiográficas. - Então a via fetal óssea vai ser composta pelos ósseos do íleo, isquio e púbis. Além do osso sacral que fica entre as asas do íleo e vai separar a ultima vertebra lombar das primeiras vertebras coccígeas da cauda, principalmente as iniciais. ARTICULAÇÕES DA PELVE 1-Sacro-lombar (lombo-sacral): formada pela extremidade anterior do sacro e a última vértebra lombar 2-Articulações sacro-ilíacas (íleo-sacrais): ligação da pelve com a coluna vertebral (íleo com o osso sacral). 3- Articulação sacro-coccígea: ligadas por meio de discos intervertebrais e lateralmente por fibras ligamentosas longitudinais (separa o osso do sacro da primeira vertebra coccígea). 4-Sínfise púbica: fixada por ligamentos (une o púbis ao ísquio). - As articulações são importantes quando pensamos no parto, porque as articulações e outros constituintes que vão promover um relaxamento no momento do parto para que ocorra a dilatação. A dilatação só é possível com o relaxamento das articulações. - Então os ligamentos vão se relaxar, algumas estruturas vão até se desfazer e depois que ocorre o parto, eles voltam ao normal novamente. PELVIMETRIA - Formas de medir a pelve, principalmente da abertura da pelve. Medidas das dimensões da pelve que podem ser obtidas por mensuração direta ou indireta. - Direta: será medida dentro do animal através da palpação, no caso da vaca e da égua. E em pequenos animais através da radiografia ou mensuração indireta onde pode fazer uma medida externa para ter uma noção ou ideia de como esta na parte interna. - Isso é importante para sabermos se a fêmea tem condições de parir, ou porque ela já esta gestante que as vezes ela emprenhou de um macho muito grande e temos que ver se ela tem espaço para ter o parto pela via normal ou vai ser um parto de risco. - O ideal é fazer essa avaliação antes de emprenhar para justamente não acontecer essas coisas, porque se tiver uma fêmea com estreitamento, ou uma pelviometria com diâmetro inferior e ela estiver prenha de um macho que da animais grandes, vai ter provavelmente uma distocia ou problemas no parto. - A pelvimetria direta ou indireta pode ser feita por vários aparelhos. E isto é possível com a medida interna, e isto só é possível com a vaca, a égua, na búfala, ou seja, nas espécies que a gente consegue fazer palpação retal ou vaginal, onde seja possível fazer uma mensuração do diâmetro pélvico, e na maioria das vezes palpação retal. Só vai conseguir por palpação vaginal no momento do parto, quando ela tiver dilatação. E se a égua estiver vazia conseguimos ter essa noção por palpação retal. PELVIMETRIA DIRETA OU INTERNA 1-Palpação retal ou vaginal 2-Pelvímetro – por via retal • Pelvímetro de rice • Pelvímetro de Martin • Pelvímetro de Ménissier-Vissac - Existem vários tipos de pelvimetro que podemos colocar por via retal, ou se for no momento do parto por via vaginal que vai nos dar a medida. - O que vamos ter que fazer? Seja com aparelho ou com a mão? Vamos medir o diâmetro da abertura desses ossos da pelve. Vamos medir a largura e a altura. A largura é obtida medindo o diâmetro bi- ilíaco (distância de um íleo até o outro, no centro ou na parte mais alta ) e a altura medindo o diâmetro sacro-pubiano. Depois vamos somar a altura e a largura e dividir por dois para vermos o diâmetro da abertura dos ossos da pelve. - Dependendo da espécie os animais podem ter pelves de formato diferente, podendo ter espécies com a pelve mais larga e mais baixa, ou mais alta e mais estreita ou a pelve bastante circular/ arredondada com a mesma altura e a mesma largura. - Nestes animais que vemos a pelve com aspecto diferente, que não for similar ao diâmetro de largura, existem algumas outras medidas que podemos fazer além da sacopubiana e a bi-ilíaca. Pelvimetria da face anterior - Distinguem-se 5 diâmetros: × a-b: sacro-pubiano vai do ângulo sacro-vertebral ao púbis × c-d: bi-ilíaco superior × e-f: bi-ilíaco inferior (crista ileopectínea) × i-j: sacro-ilíaco direito × h-k: sacro-ilíaco esquerdo - Nas espécies que tiverem o diâmetro por exemplo C e D bi- ilíaco superior e embaixo for mais estreita, e a medida bi-ilíaca inferior for menor, pode se fazer as duas para ter uma média. Como as demais medidas citadas acima. Pelvimetria da face posterior - Distinguem-se 2 diâmetros: × Sacrococcígeo-isquiático– sacro coccígeo a sínfise púbica × Intercotiloideo (bi- isquiático) - entre cristas supra-cotiloideas PELVIMETRIA: INDIRETA OU EXTERNA Dedução dos valores dos diâmetros pélvicos por medidas tomadas no exterior do corpo da fêmea. •1-2 bi-ilíaco externo •3-4 bi-isquiático externo •1-3 e 2-4 ilio isquiático Oliveira, PC. Pelvimetria em vacas. Braz. J. Vet Res., 2003. - Olhar o animal de costas, vamos observar mais saltado em cima as asas do íleo. E nas nádegas tem dois ossinhos que são o isquio, e ao ligar estes pontos é possível fazer uma medida, e por elas deduzir qual é a abertura interna desses ossos da pelve. Classificação dos tipos pélvicos: Dolicopélvico: × Diâmetro sacro-púbico × É maior que o bi-ilíaco. × A pelve é ovalada, mas é em pé, então ela é mais alta e mais estreita. × Visto mais em ruminantes e suínos. × Mais causas de distocia, ou demora no parto (até 6 horas). Ruminantes e suínos: Mesatipélvico: × diâmetro sacro-púbico é similar ao bi- ilíaco. × A pelve é bastante redonda, por este motivo a égua pari muito rápido. × Muito menos comum na égua um parto distocito do que na vaca. × A égua pari rápido e tem contrações violentas no parto. × Pode parir em 15 minutos. Equinos: Para cães (depende da raça): -Dolicopélvico: Ex:Galgos – mais ovalada, nos cães utilizados para corrida. -Mesatipélvico: Ex: Dálmatas, pointers – cães de porte médio e de caça. -Platipélvico: diâmetro sacro-púbico é menor que o bi-ilíaco. Ex: pequinês – ovalada de uma forma deitada, ou seja, mais larga do que alta.
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