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equilibrio estático e dinâmico

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EQUILÍBRIO ESTATICO E DINÂMICO
O equilíbrio, ou estabilidade postural, é um termo usado para descrever o processo de manutenção do centro de gravidade (CG) dentro da base de apoio, e pode apresentar-se como estático ou dinâmico (KISNER, 2016) (MELO, et al, 2017).
No equilíbrio estático, a base de suporte, mantém uma posição antigravitacionaria estável, enquanto o centro de gravidade movimenta-se, sendo em bipedestação ou sentado. Já no equilíbrio dinâmico, tem como função a estabilização do corpo quando a superfície de apoio está em movimento, pois tanto o centro de gravidade, como a base de suporte dos pés estão em constante movimento, como por exemplo, nas transferências da posição sentada para em pé ou ao andar (KISNER, 2016) (MELO, et al, 2017).
O equilíbrio é uma tarefa complexa de controle motor que envolve a detecção e a integração de informações sensoriais para avaliar a posição e o movimento do corpo no espaço e a execução de respostas musculoesqueléticas apropriadas para controlar a posição do corpo dentro do contexto do ambiente e da tarefa. Portanto, o controle do equilíbrio requer a interação dos sistemas nervoso e musculoesquelético com os efeitos contextuais
O sistema nervoso fornece o processamento sensorial para percepção da orientação do corpo no espaço, dada principalmente pelos sistemas visual, vestibular e somatossensorial; a integração sensório-motora essencial para vincular a sensação às respostas motoras e para os aspectos adaptativos e antecipatórios (ou seja, ajustes posturais programados centralmente que precederem os movimentos voluntários) do controle postural; e estratégias motoras para planejamento, programação e execução das respostas de equilíbrio.
A contribuição musculoesquelética inclui alinhamento postural, flexibilidade musculoesquelética [tal como amplitude de movimento (ADM) articular], integridade articular, desempenho muscular (como força muscular, potência e resistência à fadiga) e sensação (toque, pressão, vibração, propriocepção e cinestesia). 
Os efeitos contextuais que interagem com os dois sistemas são o ambiente, seja ele fechado (previsível, sem distrações) ou aberto (imprevisível e com distrações); a superfície de apoio (firme ou escorregadia, estável ou instável, o tipo de calçado); a luminosidade, os efeitos da gravidade e as forças de inércia sobre o corpo; e as características da tarefa (bem aprendida ou nova, previsível ou imprevisível, simples ou múltipla).
A percepção da posição do próprio corpo e de seu movimento no espaço requer uma combinação de informações provenientes de receptores periféricos de múltiplos sistemas sensoriais, incluindo os sistemas visual, somatossensorial (receptores proprioceptivos, articulares e cutâneos) e vestibular.
O sistema visual fornece informações relativas à posição da cabeça com respeito ao ambiente, à orientação da cabeça para manter os olhos nivelados, e à direção e à velocidade dos movimentos da cabeça, pois conforme a cabeça se move, os objetos ao redor movem-se na direção oposta. Os estímulos visuais podem ser usados para melhorar a estabilidade da pessoa quando os impulsos proprioceptivos e vestibulares não são confiáveis.
O sistema somatossensorial fornece informações sobre a posição e o movimento do corpo e das partes do corpo, uma em relação à outra e em relação à superfície de apoio. As informações provenientes dos proprioceptores musculares, que incluem os fusos musculares, os órgãos tendinosos de Golgi, os receptores articulares e os mecanorreceptores da pele são os impulsos dominantes para a manutenção do equilíbrio quando a superfície de apoio é firme, plana e fixa.
O sistema vestibular fornece informações sobre a posição e o movimento da cabeça com respeito à gravidade e às forças de inércia. Os receptores nos canais semicirculares (CSC) detectam a aceleração angular da cabeça, ao passo que os receptores nos otólitos (utrículo e sáculo) detectam a aceleração linear e a posição da cabeça com respeito à gravidade. 
Testes de equilíbrio estático podem ser avaliados observando-se a habilidade do paciente de manter diferentes posturas. 
· O teste de Romberg examina a habilidade do paciente de ficar em pé com os pés paralelos e unidos, com os olhos abertos e depois fechados, durante 30 segundos.
 
· No teste de equilíbrio unipodálico (SLB) requer que o paciente fique em pé com um pé adiante do outro, braços cruzados no peito e olhos fechados, por um minuto. Pede-se ao paciente para ficar em pé sobre apenas uma perna, sem calçados, braços cruzados na frente do tórax, sem deixar que uma perna toque a outra. São feitas tentativas de 30 segundos para cada perna, com uma pontuação máxima possível de 150 segundos por perna. O SLB é confiável e vem sendo considerado um previsor de quedas em idosos.
· O teste Stork stand e de entorses de tornozelo em atletas. É feito com o paciente posicionado em pé, sobre os dois pés, com as mãos nos quadris, depois levantando uma perna e colocando os dedos daquele pé contra o joelho da outra perna. Ao comando do avaliador, o paciente levanta o calcanhar para ficar em pé sobre os dedos e tenta equilibrar-se pelo tempo mais longo possível, sem deixar que o calcanhar toque o solo ou o outro pé se afaste do joelho. Adultos normais devem ser capazes de equilibrar-se por 20 a 30 segundos sobre cada perna.
· O Teste de apoio de Tandem mensura o tempo em que o sujeito consegue manter-se equilibrado, em pé, com os pés alinhados, de forma que a extremidade dos dedos de um pé toque o calcanhar do outro, podendo ser estipulado 30 segundos ou mais.
Testes de equilíbrio dinâmico podem ser avaliados observando-se a facilidade com que o paciente é capaz de ficar em pé ou sentado sobre superfícies instáveis (p. ex., espuma ou bola suíça), a transição de uma posição para outra (p. ex., transferências de decúbito dorsal para sentado ou de sentado para em pé) e fazer atividades como caminhar, saltar, pular com um pé e com os dois pés.
· O teste de sentar-levantar (TSL) onde a pessoa senta em uma cadeia com os braços cruzados no tórax e então levanta e senta o mais rápido possível, cinco vezes consecutivas cronometradas. Descobriu-se que uma pontuação de >15 segundos no TSL cinco vezes prediz quedas recorrentes (sensibilidade de 55%, especificidade de 65%) em idosos.
Testes de controle postural antecipatório é avaliado fazendo-se o paciente realizar movimentos voluntários que requerem o desenvolvimento de uma resposta postural para contrapor um distúrbio postural previsto. A habilidade do paciente de receber uma bola, abrir portas, levantar objetos de pesos diferentes e alcançar objetos distantes sem perder o equilíbrio
· O teste de alcance funcional e o teste de alcance multidirecional requerem que o paciente alcance em diferentes direções o mais distante possível, sem mudar a BA. Há dados normativos e os testes são confiáveis e válidos.
· O star excursion balance test (SEBT) é um teste de membro inferior que desafia os limites de estabilidade da pessoa. O paciente é instruído para alcançar o mais distante possível com uma perna em cada uma das oito direções prescritas, enquanto mantém o equilíbrio sobre a perna contralateral. O teste é confiável e pode detectar déficits em pessoas com instabilidade crônica do tornozelo.
Testes funcionais são usados para determinar as limitações nas atividades e restrições à participação e para identificar tarefas que um paciente precisa praticar.
A maioria desses testes foi elaborada para avaliar o risco de quedas no idoso. A escala de equilíbrio e mobilidade de idosos, e o instrumento de avaliação da mobilidade podem ser usados para avaliar o equilíbrio e a mobilidade em pessoas com alto nível de deambulação e função, que, contudo, tenham alguns déficits de equilíbrio.
Há três escalas de mobilidade:
· Escala de Tinetti de avaliação da mobilidade orientada pelo desempenho [POMA], onde é realizado a aplicação de questionário.
· Escala de equilíbrio de Berg, onde é realizado a aplicação de questionário.
· Four square step tes [FSST] é um teste ondeo paciente deve ficar direcionado para frente, e os movimentos serão de passar pelos 4 quadrados e depois ir voltando, porém deve permanecer direcionado a todo tempo para frente, ou seja, realizar movimentos anterior, lateral e posterior. Além disso, deve levar os dois membros para cada quadrado antes de trocar, devendo assim realizar no menor tempo possível. Sendo os pontos de corte de 12 segundos (s), classificando os indivíduos em risco de queda (>12s) e sem risco de quedas (<12s).
· Teste timed up-and-go TUG é um teste funcional amplamente utilizado, principalmente na população idosa, que avalia a mobilidade funcional e o equilíbrio dinâmico, envolve potência, velocidade e agilidade em atividades que incluem levantar, caminhar e sentar. A manutenção da independência passa por uma mobilidade e equilíbrio normais. O teste vai avaliar quanto tempo o sujeito leva para levantar de uma cadeira com altura entre 43 e 46 cm de altura, caminhar 3 metros, contornar um marcador e retornar à cadeira e sentar-se. O avaliador procura incentivar o avaliado a andar na maior velocidade possível. Lembrando que o avaliado pode usar um dispositivo auxiliar de marcha, como uma bengala, durante o teste. Quanto maior o tempo menor o desempenho. Consideram como normal a realização do teste em até 10 segundos; valores entre 11-20 segundos indica idosos com deficiência ou frágeis, com independência parcial e com baixo risco de quedas; tempos acima de 20 segundos indica um idoso com risco maior de quedas decorrentes de uma importante deficiência na mobilidade e no equilíbrio. Considera-se também que idosos que executam o TUG em um tempo maior que 14 segundos apresentam alto risco de quedas.
· Escalas de marcha índice dinâmico da marcha (Dynamic Gait Index- DGI);
Testes de organização sensorial, o teste clínico de interação sensorial e equilíbrio (CTSIB), também chamado de teste da “espuma e cúpula”, habilidade do paciente de equilibrar-se sob seis condições sensoriais diferentes. 
1. Em pé sobre uma superfície firme, com olhos abertos;
2. Em pé sobre uma superfície firme, com olhos fechados;
3. Em pé sobre uma superfície firme, usando uma cúpula feita de uma lanterna japonesa modificada; 
4. Em pé sobre uma almofada de espuma com olhos abertos;
5. Em pé sobre uma espuma com olhos fechados; 
6. Em pé sobre uma espuma usando a cúpula; 
O paciente fica em pé com os pés paralelos e braços ao lado do corpo, ou mãos sobre os quadris. É feito um mínimo de três tentativas de 30 segundos em cada condição. Neste teste é possível se verificar qual o tipo de impulso que o paciente mais necessita para o equilíbrio, seja ele visual, somatossensorial, adaptações generalizadas ou a perda vestibular.
As pessoas que dependem fortemente dos impulsos visuais para o equilíbrio (ou seja, dependentes visuais) se tornarão instáveis ou cairão nas condições 2, 3, 5 e 6. Aqueles que dependem fortemente dos impulsos somatos-sensoriais (ou seja, dependentes da superfície) mostrarão déficits nas condições 4, 5 e 6. Com problemas de adaptação generalizados, as pessoas são instáveis nas condições 3, 4, 5 e 6. Pessoas com perda vestibular são muito instáveis nas condições 5 e 6.
Referências
APÓSTOLO, João Luís Alves. Instrumentos para avaliação em geriatria (Geriatric Instruments). Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Disponível em: https://web. esenfc. pt/v02/include/download. php, 2012.
BRETAN, Onivaldo et al. Risco de queda em idosos da comunidade: avaliação com o teste Timed up and go. Braz. j. otorhinolaryngol. [online]. 2013, vol.79, n.1, pp.18-21. ISSN 1808-8694.
DA SILVA, PAULO CESAR RICARTE. AUTONOMIA FUNCIONAL E COMPORTAMENTO NEUROMUSCULAR DE IDOSOS. 58pg. Dissertação- PósGraduação em Saúde e Sociedade, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, 2015.
DE CASTRO, Sandra Meirelles; PERRACINI, Monica Rodrigues and GANANCA, Fernando Freitas.Versão brasileira do Dynamic Gait Index. Rev. Bras. Otorrinolaringol. [online]. 2006, vol.72, n.6, pp.817-825. ISSN 0034-7299. 
MELO, Renato de Souza et al. Equilíbrio estático e dinâmico de crianças e adolescentes com perda auditiva sensório-neural. Einstein (São Paulo), v. 15, n. 3, p. 262-268, 2017.
KISNER, Carolyn. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. Barueri, SP: Manole, 2016.
BRETAN, Onivaldo et al. Risco de queda em idosos da comunidade: avaliação com o teste Timed up and go. Braz. j. otorhinolaryngol. [online]. 2013, vol.79, n.1, pp.18-21. ISSN 1808-8694.

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