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ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

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Administração da Produção e Operações 
1 
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o Administração da 
Produção e Operações 
Leandro Soares da Silva 
Administração da Produção e Operações 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Leandro Soares da Silva 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
S586a Silva, Leandro Soares da . 
Administração da produção e operações / Leandro Soares da 
Silva; revisão de Rafael Dias de Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, 
RJ: UNIVERSO: Departamento de Ensino a Distância, 2016. 
192 p. : il. 
 
 
1. Administração da produção. 2. Empresas - Localização. 3. 
Empresas - Layout. 4. Planejamento da produção. 5. Estudo do 
tempo. 6. Teoria das filas. 7. Ensino à distância. I. Moraes, Rafael Dias 
de Carvalho. II. Título. 
 
CDD 658.5 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
Administração da Produção e Operações 
3 
 
Palavra da Reitora 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo o 
momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora 
Administração da Produção e Operações 
4 
 
Administração da Produção e Operações 
5 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ............................................................................................. 07 
Plano da disciplina ............................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Introdução à Administração da Produção e Operações................... 13 
Unidade 2 – Localização de Empresas.......................................................................... 43 
Unidade 3 – Layout ........................................................................................................... 71 
Unidade 4 – Sistema PCP no Chão de Fábrica ............................................................ 89 
Unidade 5 – Técnicas Japonesas.................................................................................... 111 
Unidade 6 – Estudo de Tempo e Métodos .................................................................. 131 
Unidade 7 – Introdução à Teoria das filas .................................................................... 159 
Considerações finais ......................................................................................................... 181 
Conhecendo o autor ......................................................................................................... 183 
Referências .......................................................................................................................... 185 
Anexos.................................................................................................................................. 187 
 
 
Administração da Produção e Operações 
6 
 
Administração da Produção e Operações 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
O objetivo geral da disciplina Administração da Produção é proporcionar a 
você uma visão integrada das modernas técnicas de administração dos sistemas 
produtivos, de bens e de serviços, facultando embasamento teórico para subsidiá-
lo no mundo do trabalho, bem como a formação de profissionais para o exercício 
das funções gerenciamento da produção capacitando-o a definir, aperfeiçoar e 
administrar essas atividades de uma empresa. 
Entenderá também como a administração da produção / produção é 
importante para a empresa afetando diretamente a sua produtividade que através 
de sistemas planejamento e controle da produção e estudos de tempos e métodos 
é possível alavanca-la gerando uma agregação de valor para a Companhia. 
No mundo globalizado e com o aumento da competitividade entre as 
empresas é fundamental que as empresas estejam atentas à otimização dos seus 
processos produtivos para que consigam aumentar a sua produtividade e desta 
forma se manterem vivas no mercado. 
A disciplina foi dividida em sete unidades com objetivo de facilitar a 
compreensão e aplicação dos conteúdos e assim apresentaremos cada unidade, 
enfatizando seus objetivos para que você tenha uma visão do que será estudado. 
 
Bons estudos! 
 
 
Administração da Produção e Operações 
8 
 
Administração da Produção e Operações 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
Iniciaremos nossos estudos da disciplina de administração da produção a 
partir das ideias fundamentais do que é administração de operações, assim como 
os aspectos históricos e sua evolução na tentativa de demonstrar as escolhas que a 
organização deverá tomar no âmbito industrial para que ela consiga desenvolver o 
seu produto ou serviço da melhor maneira e agregando valor ao cliente. 
 
Unidade 1 – Introdução à Administraçãoda Produção e Operações 
Nesta unidade, iremos compreender como a área de administração da 
produção evoluiu ao longo dos anos assim como entender os seus objetivos e os 
fatores que afetam a sua estruturação atualmente e como ela afeta a produtividade 
da empresa. 
Objetivos da unidade: 
 Fornecer a você estudante os conceitos, conhecimentos histórico de 
evolução da administração da produção; 
 Fornecer uma visão geral do que é manufatura, serviços e processos; 
 Apresentar os objetivos da administração da produção assim como 
os fatores que afetam a sua estruturação. 
 
Unidade 2 – Localização de Empresas 
Nesta unidade, iremos compreender como a estratégia adequada adotada na 
localização da empresa influencia diretamente na sua estruturação de custos a 
também quais são os fatores que impactam nesta decisão da empresa. 
Objetivos da unidade: 
 Disponibilizar para o aluno os conhecimentos de quais fatores que 
influem na localização da empresa; 
 Apresentar as características das diferentes opções de escolhas na 
localização da empresa; 
 Fornecer uma visão das consequências e impactos gerados pela 
escolha da localização da empresa. 
Administração da Produção e Operações 
10 
 
Unidade 3 – Layout 
Nesta unidade, desenvolveremos um estudo profundo para conhecer as 
características dos diferentes tipos de layouts que uma indústria pode ter assim 
como seus impactos para o trabalhador e a melhor adaptabilidade ao negócio da 
empresa. 
Objetivos da unidade: 
 Apresentar aos alunos as características dos diferentes tipo de layout 
existentes que a empresa poderá implementá-lo; 
 Disponibilizar os fatores que influenciam na escolha do layout da 
empresa. 
 
Unidade 4 – Sistema de PCP no chão de fábrica 
Nesta unidade, conheceremos os diferentes tipos de sistemas de 
planejamento e controle da produção (PCP) que a empresa pode adotar, assim 
como as suas características e suas consequências na implantação e a sua melhor 
adaptabilidade ao negócio da empresa. 
Objetivos da unidade: 
 Compreender os conceitos, classificação e fundamentos dos 
sistemas de PCP; 
 Identificar os custos que estarão envolvidos na implantação de um 
sistema de PCP; 
 Compreender a importância da gestão do sistema de PCP para a 
produtividade da empresa; 
 Conhecer os possíveis problemas que a empresa pode enfrentar com 
cada um dos sistemas a serem adotados. 
 
Administração da Produção e Operações 
11 
 
Unidade 5 – Técnicas Japonesas 
Nesta unidade, faremos um estudo sobre as técnicas japonesas relacionadas à 
administração da produção. Serão conhecidas as características destas técnicas 
assim como a sua aplicabilidade nos dias atuais. 
Objetivos da unidade: 
 Compreender as características de cada uma das técnicas japonesas; 
 Compreender os procedimentos necessários para a sua implantação; 
 Compreender os procedimentos de gerenciamento da implantação 
de cada uma das técnicas para a efetiva obtenção de resultados 
satisfatórios a partir da implantação; 
 Compreender os procedimentos de escolha da técnica mais 
adequada à realidade e ao negócio da empresa. 
 
Unidade 6 – Estudo de Tempo e métodos 
Nesta unidade, você terá a oportunidade de compreender a finalidade do 
estudo de tempos e movimentos assim como qual a melhor metodologia e os 
equipamentos necessários para a realização do estudo. Entenderemos também de 
que maneira os processos e operações e o projetos do posto de trabalho influência 
nos resultados da empresa. 
Objetivos da unidade: 
 Compreender a finalidade do estudo de tempos e métodos na 
empresa. 
 Conhecer a metodologia para realização do tal estudo. 
 Conhecer as características de um processo e da operação da 
empresa. 
 Elaborar um projeto de posto de trabalho considerando os aspectos 
ergonômicos. 
 Ficar habilitado a realizar um projeto de melhoria de processos em 
serviço e também na organização. 
Administração da Produção e Operações 
12 
 
Unidade 7 – Introdução à teoria das filas 
Nesta unidade, o aluno compreenderá os aspectos históricos e os conceitos 
básicos relacionados à teoria das filas. Será demonstrada a sua importância no 
dimensionamento de postos de atendimento ao cliente assim como serão 
apresentados os diferentes modelos a serem aplicados na organização. 
Objetivos da unidade: 
 Conhecer os aspectos históricos da teoria das filas; 
 Compreender as caraterísticas de cada um dos modelos de teoria das 
filas; 
 Conhecer as diferentes variáveis que impactam no estudo da teoria 
das filas; 
 O aluno irá conhecer as características dos diferentes modelos de 
teoria das filas assim como a sua aplicabilidade na organização. 
 
 
Administração da Produção e Operações 
 
13 
 
Introdução à administração 
da produção e operações 1 
Administração da Produção e Operações 
 
14 
 
Caro aluno, 
Nessa unidade, vamos estudar os principais conceitos da administração da 
produção, abordando aspectos da sua evolução ao longo dos anos e sua 
importância para a organização. 
 
Objetivos da unidade: 
Apresentar os principais conceitos da administração da produção, abordando 
os aspectos da sua evolução ao longo dos anos os seus objetivos e detalhando os 
fatores que afetam a administração da produção e operação atualmente. 
 
Plano da unidade: 
 Evolução histórica da Administração da Produção 
 Visão geral de manufatura e serviços 
 O que é um Processo? 
 O que é Administração de Operações? 
 Fluxos de mercadorias, serviços e capitais. 
 Objetivos da Administração da Produção/Operações. 
 Fatores que afetam a APO hoje. 
 Avaliação da Produtividade. 
 
 
Bons estudos! 
 
Administração da Produção e Operações 
 
15 
A administração da produção e operações é a área responsável por fazer a 
gestão das atividades de produção de bens materiais ou de prestação de serviços. 
Nas indústrias, as tarefas operações da produção ficam alocadas prioritariamente 
na fábrica ou chamada planta industrial, a planta é o termo usado para o desenho 
do edifício, ou seja, onde estão localizadas as instalações da indústria que são os 
maquinários e equipamentos. 
No lado operacional, os recursos transformadores que são aqueles que atuam 
como responsáveis em prover condições ideais para que os insumos/matérias-
primas sejam transformados em produto acabado/prestação de serviços ao cliente 
estão englobados. 
Para alcançar os objetivos organizacionais, a administração da produção busca 
utilizar juntamente com as funções gerenciais (Matéria-prima, equipamento e mão 
de obra) de uma forma eficiente e eficaz para obter produtos e serviços de 
qualidade que atendam aos consumidores no que diz, atender aos prazos 
estabelecidos, qualidade do produto, estética e durabilidade. 
Outro aspecto importante é o planejamento e controle da produção, ele faz 
com que os objetivos da organização sejam alcançados nos seus prazos, 
garantindo que os recursos produtivos estejam disponíveis e com suas 
especificações técnicas atendidas corretamente, para que o produto final saia da 
melhor forma e que atenda ao seu propósito. 
 
Evolução histórica da administração da produção 
 
A administração da produção e operações percorreu um grande caminho até 
chegar os tempos de hoje, se compararmos os tempos primórdios com os tempos 
atuais, encontraríamos traços iguais nas organizações modernas como, trabalhos 
braçais dos operários na linha de produção, manuseio dos equipamentos, 
estocagem de materiais com as atividades dos primórdios que são, caça, 
agricultura, pastoreio, entre outras. Os percursores das primeiras máquinas usadas 
nas indústrias seriam encontrados na idade média, com a chegada da revolução 
industrial, esta que prossegue até o século XIV. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
16 
A revolução industrial é marcada pelo começo de uma nova era na civilização, 
pois ela marca o início da produção industrialdos séculos XVIII e XIX, durante esse 
tempo houve intensa utilização de máquinas, criação de fábricas, houve 
movimentos de trabalhadores contra as condições desumanas de trabalho, que 
afetava mulheres e crianças que trabalhavam 14 horas. Nessa época o mundo 
avançou acentuadamente no que diz, tecnologia, indústria, transporte, comércio e 
inovações que mudaram o padrão de vida, como o aumento do uso de roupas de 
algodão feitas a baixo custo, em um período de dois séculos estima-se que a renda 
mundial per capita tenha aumentado dez vezes. O economista prêmio Nobel 
Robert Lucas declarou que "Pela primeira vez na história, o padrão de vida das 
massas formadas por cidadãos comuns começou a apresentar um crescimento 
contínuo e constante. Nada remotamente parecido com este fenômeno 
econômico havia acontecido até então”. 
A Inglaterra foi considerada o berço principal dessa revolução, pois ela possuía 
grandes reservas de carvão e minério que seria a principal energia para 
movimentar máquinas e locomotivas a vapor, além disso, os ingleses possuíam 
reservas de minério de ferro que é a principal fonte de matéria-prima, a mão de 
obra também os favoreceu, pelo grande número de trabalhadores a procura de 
emprego. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, 
para aquisição de matéria-prima, máquinas e contratar operários. Outro aspecto 
que favoreceu o pioneirismo na Inglaterra é que na metade do século XVIII, o 
mercado mundial sofria uma grande expansão no consumo e os ingleses eram 
grandes exportadores de tecidos feitos artesanalmente, com a nova demanda o 
País desenvolveu maquinários e com isso aumentou a sua linha de produção e 
consequentemente diminuiu seus custos. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
17 
 
Figura 1: Fábrica e trabalhadores do século XVIII 
 
 
Fonte: SLACK (1997) 
 
Falando em técnicas de Administração, elas nasceram e se desenvolveram nos 
Estados Unidos, marcando e predominando a política e a economia dos Estados 
Unidos, os mesmos eram responsáveis por 25% do comércio mundial de produtos 
manufaturados. Dos tempos modernos para os tempos atuais essas técnicas de 
administrar a produção se multiplicaram por vários países. Com a larga escala de 
produtos padronizados através das linhas de montagens que ficou conhecida 
como linha de montagem Ford, pois permite altas taxas de produção por 
trabalhadores e ao mesmo tempo disponibiliza produtos a baixos custos, essa 
produção em massa ficou considerada marca registrada dos Estados Unidos e em 
1913 o símbolo do seu poderio industrial pode ser encontrado. Falando em linhas 
de produção de Ford, surgem outro filósofo que marcou a época, como Frederick 
Taylor, conhecido como um engenheiro a serviço da máquina produtiva 
americana, ele aplicava a racionalidade e métodos científicos à administração do 
trabalho nas fábricas. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de 
produtividade fazendo com que o trabalhador produzisse mais em pouco tempo e 
sem elevar os custos com a produção, com esse pensamento ele conseguiu 
observar que os sistemas administrativos da época eram falhos, porque havia falta 
de padronização dos métodos de trabalho, desconhecimento da parte dos 
administradores e assim, trazendo também o desconhecimento e falta de 
treinamento dos operários, para Taylor a forma de remuneração utilizada foram 
uma das principais falhas. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
18 
 
Figura 2: Ford e seu Modelo T (1907 – 1925) 
 
Fonte: BARROS NETO, (1998) 
 
Figura 3: Linha de montagem em 1913 
 
Fonte: BARROS NETO, (1998) 
 
Administração da Produção e Operações 
 
19 
 
Veja no quadro abaixo alguns dos principais personagens desta fase e suas 
contribuições para a Administração da Produção: 
 
Tabela 1: Principais autores de Administração da Produção 
1767 – James Hargreaves 
Invenção da primeira máquina de fiar. 
A máquina consistia em diversos fusos dispostos verticalmente 
e movidos por uma roda, além de um gancho que segurava diversos novelos. 
1776 - Adam Smith 
Introdução de uma nova doutrina econômica 
Em sua célebre obra “A riqueza das nações” Smith advogava 
que o governo não precisava intervir na economia. Ele achava 
que, se os empresários tivessem liberdade de procurar seus 
próprios interesses, o mercado produziria bens na quantidade e no preço que a 
sociedade esperasse, levado por uma “mão invisível”, que atuaria adequadamente se 
não houvesse impedimento ao livre comércio. 
1776 - James Watt 
Aperfeiçoamento do motor a vapor 
O aperfeiçoamento do motor a vapor de Watt permitiu o seu uso prático na indústria . 
Instalada, inicialmente, em fábricas de artefatos de ferro, a máquina a vapor foi o 
gatilho que disparou a revolução industrial, mecanizando tarefas anteriormente 
manuais. 
1790 - Eli Whitney 
Criação do conceito da utilização de peças intercambiáveis 
O conceito de intercâmbio de peças foi originalmente aplicado à fabricação de 
mosquetes vendidos ao exército americano, mas acabou por permitir o processo de 
produção em massa, com estações de trabalho e fluxo ininterrupto de produção nas 
mais diversas indústrias. Whitney talvez seja mais conhecido pela invenção da Cotton 
gin, uma máquina revolucionária de processamento de algodão, que aumentou a 
produtividade da indústria têxtil, incentivando as plantações de algodão no sul dos 
Estados Unidos. 
1822 - Charles Babbage 
Criação da primeira calculadora mecânica Babbage concebeu a primeira calculadora 
mecânica e prática do mundo. Depois disto, Babbage desenvolveu a ideia do “motor 
analítico”, que serviu de base para as implementações dos computadores eletrônicos, 
mais de um século depois, quando, finalmente, a IBM conseguiu desenvolver a 
tecnologia necessária para colocar em prática os conceitos do inventor inglês. Em seu 
livro On the economy of machinery and manufactures, 
lançado em 1832, Babbage fornece ideias revolucionárias 
de administração da produção, que também vieram a ser 
exploradas no século seguinte. 
Fonte: BUFFA, 1976 (adaptado ao Novo acordo ortográfico de 1990) 
 
Administração da Produção e Operações 
 
20 
 
Visão geral de manufatura e serviços 
 
Podemos afirmar que, até meados da década de 1950, a indústria de 
transformação era a que mais se destacava no cenário econômico mundial. As 
chaminés das fábricas eram símbolo de poder, pois empregavam mais pessoas e 
eram responsáveis pela maior parte do produto interno bruto dos países 
industrializados. 
Porém, a partir da década de 50, isso não é mais verdadeiro. O setor de 
serviços passou a empregar mais pessoas e gerar maior parcela do produto interno 
bruto na maioria das nações do mundo. Dessa forma, passou-se a dar ao 
fornecimento de serviços uma abordagem semelhante à dada à fabricação de bens 
tangíveis. Foram incorporadas praticamente todas as técnicas até então usadas 
pela engenharia industrial. Com isso, o conceito de Operações foi ampliado 
passando a contemplar não só a produção de produtos como também a prestação 
de serviços. 
De acordo com Machado (2014), a Administração da Produção, 
diferentemente do que o nome possa sugerir, não trata apenas das atividades 
relacionadas com as atividades fabris, ou seja, aquela que se preocupa na 
transformação física de uma determinada matéria-prima em um bem acabado, ela 
se preocupa também com as atividades relacionadas com a produção de serviços. 
As atividades relacionadas com a produção de um bem ou um serviço são muitas 
vezes completamente distintas em função das especificidades que caracterizam 
produtos e serviços. Com isso, podemos diferenciar produto e serviço da seguinte 
maneira: 
Tabela 2: Características de produtos e serviços 
 
Fonte: Slack (1997) 
 
Administração da Produção e Operações 
 
21 
 
Ainda de acordo com Machado (2014), normalmente chamamos de produto 
qualquer output de um sistema produtivo, seja ele bem ou serviço. É muito comum 
nos referirmos aum determinado serviço prestado por um banco, como um 
produto. Esta prática não está errada, a distinção feita nesta apostila serve, assim 
como nos livros que trato do assunto, para uma melhor compreensão das 
especificidades dos produtos e dos serviços. 
Podemos dizer então que: 
 Produtos: é um bem físico, tangível, que dependendo da conveniência 
pode ser estocado e/ou padronizados. Exemplo: automóvel, um aparelho 
de DVD ou um navio. 
 Serviços: sua principal característica é a intangibilidade, normalmente é 
necessário que o cliente ou o seu bem estejam presentes para que seja 
prestado o serviço. O serviço não prestado é serviço perdido, pois não 
existe a possibilidade de estocagem. 
 
Importante! 
Toda esta separação entre produtos e serviços é importante para que 
possamos compreender suas especificidades e, a partir daí, projetarmos o sistema 
produtivo mais adequado para um produto ou serviço. Estratégias de produção, 
objetivos, projetos, planejamento, controle e melhoria dependerão das 
características dos produtos ou serviços que serão entregues ao cliente. (Machado, 
2014) 
 
Se tomarmos por base um restaurante fast food percebemos que o que o 
cliente adquire ao entrar em uma loja é um misto de produtos – lanches - e serviços 
– o atendimento e o local para fazer a refeição -. Desta forma podemos dizer que 
diferentes produtos e serviços oferecem, na verdade, um composto dos dois. A 
gradação deste composto pode ser representada por um contínuo entre produtos 
e serviços. (Machado, 2014) 
 
Administração da Produção e Operações 
 
22 
 
De acordo com Slack (1997), as seguintes características de serviços e 
produtos: 
 Simultaneidade - Os serviços são produzidos e consumidos no mesmo 
momento, o que implica na impossibilidade de se formar estoques de 
serviços. Produtos podem ser produzidos e estocados. 
 Participação do cliente no processo dos serviços - Muitos autores já 
defenderam que a presença do cliente no momento da prestação do 
serviço é uma característica marcante dos serviços. Porém, com o advento 
da internet e dos serviços prestados por telefone, esse conceito mudou e, 
desde então, entende-se que a presença não é necessária, mas sim a 
participação do cliente no processo. 
 Intangibilidade – Assume-se que “serviços são ideias e conceitos; 
produtos são objetos”. Isso porque produtos são palpáveis e serviços não. 
Produtos são tangíveis e serviços intangíveis. 
 Perecibilidade - Tal e qual um alimento fora de validade, os serviços são 
perecíveis. Não podem mais ser comercializados. Há uma única ressalva 
na comparação: o alimento teve um tempo de validade, nossa 
comparação é depois do prazo vencido, apenas. 
 Heterogeneidade - Serviços estão atrelados a expectativas dos clientes. 
Pela sua própria razão de surgimento — melhoria da qualidade de vida 
das pessoas —, os serviços devem atender ao que o cliente espera e 
necessita. 
 Transportabilidade – Produtos podem ser transportados, já serviços 
não. Vale ressaltar que apesar de não ser possível transportar um serviço, 
o mesmo pode se deslocar de um lugar para outros para que ocorra a 
prestação. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
23 
 
O que é um processo produtivo 
 
Um processo produtivo consiste na transformação de entradas de insumos 
para fabricação de um determinado produto após sua solicitação e especificação 
do cliente e a saída desses insumos transformados 
no produto final. Quando falamos em 
transformação, nos referimos ao uso de recursos 
para mudar o estado ou condição de algo para 
produzir Outputs. A produção envolve os recursos 
de Inputs usados para transformar algo ou para 
ser transformado em Outputs de bens ou serviços. 
 
 
Figura 4: Processo de transformação Input e Output; 
 
 
Fonte: Slack (1997) 
 
Outputs: Saída do produto final 
ou serviço depois do seu processo de 
transformação. 
Inputs: É a entrada de insumos 
para transformação do produto final. 
Administração da Produção e Operações 
 
24 
 
A tabela abaixo mostra que é possível descrever uma ampla variedade de 
operações, mudando seus recursos de input, processo de transformação e seus 
Outputs, um exemplo disso é, uma fábrica de automóveis contém corte e 
conformação de metais e processos de montagem, enquanto o hospital contém 
diagnósticos, processos assistenciais e terapêuticos. 
A fábrica de automóveis usa seus funcionários e instalações para transformar 
aço, plástico, tecido, pneus entre outros materiais necessários para a fabricação. 
Por outro lado, os funcionários e a tecnologia, de um hospital transformam os 
próprios consumidores. Os pacientes fazem parte do input e do output de 
produção, eles que serão processados. 
 
Figura 5: Algumas operações descritas como processos de 
 input-transformação-outputs. 
 
Fonte: DAVENPORT, 1997 
 
Administração da Produção e Operações 
 
25 
 
Tipos de operações de produção 
Embora as operações sejam similares entre si na forma de transformar recursos 
de input em output de bens e serviços, apresentam diferenças em quatro aspectos: 
1. Volume de output; 
2. Variedade de output; 
3. Variação da demanda do output; 
4. Graus de visibilidade. 
 
Dimensão volume 
Para explicar a dimensão volume, considere um restaurante onde existe uma 
grande variedade de pratos em seu cardápio, mas por outro lado o volume de 
saídas desses pratos será consideravelmente menor. 
As operações de produção podem variar desde produzir volumes muito 
elevados de produtos ou serviços, com baixa variedade (como é o caso, por 
exemplo, das indústrias alimentícias ou do serviço de transportes metroviários) até 
volumes muito baixos com variedade elevada (como exemplo dos móveis 
artesanais, da alta costura ou da construção naval). Esta relação é sempre 
inversamente proporcional, quando volume alto, variedade baixa e vice-versa. 
 
Dimensão variedade 
A variedade do serviço oferecido permite atender bem às necessidades de 
seus consumidores; vejamos, o custo por quilômetro rodado para um taxi será mais 
alto do que para um transporte de ônibus, embora ambos atendam mais ou menos 
os mesmos consumidores, o serviço de táxi possui, teoricamente, um número 
infinito de rotas para oferecer a seus passageiros, enquanto o serviço de ônibus 
tem rotas definidas, deixando o passageiro sem muita escolha. Nos ônibus tudo é 
padronizado e regular, a falta de mudança e de interrupção da operação diária, 
resulta em custos relativamente baixos, comparados ao do taxi para o mesmo 
percurso. 
Administração da Produção e Operações 
 
26 
 
Dimensão variação 
Quando uma empresa tem diferentes tipos de produção, como por exemplo, 
indústrias de confecção de roupas, pode acontecer de alguns departamentos 
confeccionar poucas peças em determinadas épocas do ano, como no verão, a 
produção de calças e jaquetas são menores, enquanto a de shorts e blusas regatas 
são maiores, isso acontece por conta da variação das demandas. 
 
Dimensão visibilidade 
Visibilidade quer dizer o quanto das suas atividades são percebidas pelos 
clientes. Essas atividades são percebidas através do atendimento das necessidades 
dos clientes, como atendimento rápido, entregas no prazo, produto ou serviço com 
as devidas especificações conforme combinado. 
 
4 vs da produção 
Todas as quatro dimensões explicadas acima, possuem implicações para o 
custo dos produtos ou serviços, exemplificando, alto volume, baixa variedade, 
baixa variação e baixa visibilidade, todos ajudam a manter os custos de 
processamentos baixos. De forma inversa, baixo volume, alta variedade, alta 
variação e alta visibilidade. 
 
O que é administração da produção 
 
As funções gerenciais de uma empresa administram o sistema de produção, e 
seu principal objetivo é designar planejamento e metas, assim como, de qual 
maneira atingir de maneira rápida essas metas. 
 
Administração da Produçãoe Operações 
 
27 
Objetivos empresariais 
São os objetivos que uma organização pretende alcançar, esses objetivos são 
guias básicos que suportam a tomada de decisão e são também os critérios de 
avaliação dos resultados. Alguns exemplos de objetivos são: crescer, ter lucro, 
fornecer produtos de qualidade, progredir tecnologicamente, prover dividendos 
aos acionistas, prover o bem-estar dos empregados, satisfazer as necessidades dos 
consumidores etc. 
Um fator mais importante a ser considerado com relação aos objetivos é o 
tempo envolvido, que são objetivos de longo prazo, aqueles que devem ser 
atingidos em 5 anos ou mais, objetivos de médio prazo, que são de 1 a 5 anos e por 
último os objetivos de curto prazo, que envolvem de algumas semanas até 1 ano. 
Alguns desses objetivos citados podem ocasionar de estar em conflito e para 
perceber esses conflitos às vezes é difícil e depende de uma análise acurada do 
assunto, já outros são o contrário, estão em evidencia, tornando fácil a sua 
percepção, como por exemplo, pagar melhores salários versus minimizar os custos 
da mão de obra, reduzir impostos versus aumentar os benefícios sociais, reduzir 
investimentos versus desenvolver novos produtos, entre outros. 
 
Importante! 
É importante saber que é impossível todos os objetivos da empresa 
serem atingidos ao mesmo tempo, deverá ser decidido quais programas serão 
iniciados e quais programas já existentes deverão ser melhorados ou até pausá-los. 
Os objetivos devem ser distribuídos na ordem, primários, ou seja, no sentido dos 
que são fundamentais para consecução de outros, que são classificados como 
secundários. A distribuição dos objetivos seguindo uma hierarquia, ajudará a 
colocar ênfase nos objetivos prioritários. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
28 
As funções gerenciais 
A administração da produção e operações se preocupa em harmonizar os 
objetivos da organização, para isso, trabalha com o planejamento, organização, 
direção e controle. 
O planejamento estabelece linhas de ação para que sejam seguidas com o 
objetivo de satisfazer os objetivos estabelecidos. 
Organização tem como finalidade juntar todos os recursos produtivos, que são 
de mão de obra, matéria-prima, equipamentos e o próprio capital, esses recursos 
são importantes para as atividades que foram planejadas. 
Direção organiza todo o planejamento que já foi estabelecido, tira do papel e 
designa tarefas e responsabilidades aos empregados para que esse planejamento 
seja executado. 
O controle fica com a função de monitorar, fiscalizar as atividades e verificar se 
estão de acordo com os projetos que foram planejados, envolve também a 
avaliação de desempenho dos empregados e a consequente aplicação de medidas 
corretivas se necessário. 
O planejamento pode ser classificado em três grandes níveis, afetando fatias 
maiores ou menores da empresa: 
 
Nível Estratégico 
O planejamento estratégico envolve: políticas corporativas, escolha de linhas 
de produtos, localização de novas fábricas, unidades de atendimentos etc. O 
planejamento estratégico envolve a linha tempo de longo prazo e como 
consequência, altos graus de riscos e incertezas. 
Administração da Produção e Operações 
 
29 
Nível Tático 
O nível tático tem relação com a alocação e a utilização de recursos para a 
linha de produção. Nas indústrias, o planejamento tático ocorre no nível de fábrica, 
em médio prazo e com grau de risco moderado. 
 
Nível Operacional 
O planejamento operacional são as atividades de curto prazo, aquelas tarefas 
rotineiras e decorrem de um plano tático. A alta gerência é responsável pelos 
objetivos da organização, que são: lucro, posição de competição, etc. As decisões 
da alta gerência podem afetar o futuro da empresa a longo prazo. Os planos da alta 
gerência são reportados para a média gerência para que sejam cumpridos. O 
planejamento da média gerência é em tempos mais curtos e consequentemente 
mais tempo deve ser alocado as atividades da direção, pelo grande número de 
funcionários diretos sob esse nível. E por último o nível da supervisão, que atende 
os objetivos de curto prazo. 
 
Fluxos de mercadorias, serviços e capitais 
 
Toda e qualquer empresa tem como principal objetivo atender as 
necessidades e requisitos dos seus clientes/consumidores. Afinal são os 
consumidores que garantem a sobrevivência da empresa através da compra dos 
produtos/serviços oferecidos que geram receita para a empresa. Os produtos e/ou 
serviços produzidos por uma empresa, devem estar à disposição de seus clientes, 
na quantidade, no tempo, no local e com a qualidade desejada. 
As empresas necessitam de uma gestão da cadeia de suprimentos cada vez 
mais eficaz já que é o conjunto de abordagens utilizado para integrar de modo 
eficiente, fornecedores, fabricantes, armazéns e pontos de venda de tal forma que 
os produtos sejam fabricados e distribuídos nas quantidades certas para as 
locações adequadas e no tempo certo de forma a minimizar os custos globais1 do 
sistema e satisfazer os requerimentos relativos aos níveis de serviço exigido pelo 
cliente e com isso contribuindo fundamentalmente para administração das 
operações garantindo a satisfação plena dos consumidores desde a aquisição da 
matéria-prima até a entrega do produto ao cliente. 
Administração da Produção e Operações 
 
30 
 
Com a globalização das economias mundiais os produtos e seus insumos 
podem ser produzidos em qualquer lugar do mundo onde as empresas em busca 
de melhores condições localizam suas plantas produtivas a partir de 3 princípios: 
Foco no mercado, foco na família de produtos e foco no processo. Com o foco no 
mercado, a empresa localiza as plantas em diferentes mercados buscando sempre 
a maior proximidade possível ao mercado consumidor. Com foco na família de 
produtos, a empresa localiza as plantas em diferentes partes do mundo, orientada 
por economias de escala. Cada planta especializa-se em uma família específica de 
produtos. E o foco no processo a empresa localiza suas plantas em diferentes 
partes do mundo, mas cada planta especializa-se em passos específicos do 
processo de manufatura. 
No tocante aos serviços, o volume tende a ser ainda maior. Com a melhoria 
dos meios de comunicação, é normal encontrarmos empresas com seus 
departamentos de cobranças, de atendimento ao cliente, jurídico em cidades e até 
países diferentes. Na área de mercados de capitais, temos os fluxos de dinheiro 
que, como uma "nuvem”, vaga sobre o mundo à procura de locais onde possam 
"descer" e obter o máximo rendimento possível. 
 
Objetivos da administração da produção/operações 
 
O principal objetivo de toda e qualquer empresa e atingir o seu objetivo 
estratégico definido que passa pela transformação de insumos em produto 
acabado ou em um serviço prestado. Neste âmbito que aparece a Administração 
da Produção/Operações que tem como seu principal objetivo fazer com que esse 
processo de transformação ocorra da maneira mais eficaz e eficiente possível. 
Esta transformação ocorre na fábrica que atualmente vem se caracterizando 
pelo uso intensivo de tecnologia visando a automação e a minimização de erros 
humanos. Neste contexto, ferramentas como computer aided design (CAD), 
computer aided manufacturing (CAM), computer integrated manufacturing (CIM), 
manufacturing resource planning II (MRP II), enterprise resource planning (ERP), 
Electronic Data Interchange (EDI) são utilizadas, tudo isso alinhado com o novo 
perfil de trabalhador que passa a ser mais cerebral e deixa de ser braçal. 
Administração da Produção e Operações 
 
31 
 
Outro objetivo e foco da administração da produção/operações é a busca por 
elevados índices de produção a baixo custo, com isso a empresa elimina as 
atividades que não agregam valor, o retrabalho e o desperdício também é 
abominável, assim como a busca pela redução de custos também é incansável e 
um dos grandes vilões que éo estoque, este também é reduzido ao máximo 
buscando a implementação do modelo de just in time. 
Just in time é um modelo de gestão da produção, em que os insumos são 
fornecidos apenas no momento em que serão processados que é uma opção para 
substituir o modelo Just in Case, no qual grandes quantidades de materiais e 
produtos ficavam estocados para estarem disponíveis quando fossem necessários 
ao processo produtivo. 
Tendo como objetivo a diminuição dos estoques e a consequente redução de 
custos, pois, com ele, torna-se necessária menos área disponibilizada e menor 
capital empatado onde um produto só é fabricado quando é feito um pedido de 
compra por parte do cliente. É desencadeada, então, uma reação em cadeia para 
trás que vai até a requisição dos insumos necessários à produção junto aos 
fornecedores. 
Outro ponto que as empresas buscam em suas operações é a produção 
enxuta, onde a autoridade do colaborador, no que se refere à qualidade do 
produto, é praticamente ilimitada. Ele pode, a qualquer instante, parar a linha de 
produção, uma vez constatada uma não conformidade já ocorrida em vias de 
ocorrer. O espírito de grupo e de compromisso mútuo está presente. Todos os 
outros colaboradores procuram ajudar na solução de problemas para que a linha 
volte à normalidade o mais rápido possível. Metodologias de identificação e 
solução de problemas, como o diagrama de Ishikawa (causa e efeito ou espinha de 
peixe), são amplamente difundidas e incorporadas à cultura de todos os 
colaboradores. 
Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta gráfica utilizada para o 
gerenciamento e o Controle da Qualidade em diversos processos e desenvolvida 
pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, no ano de 1943, e foi aperfeiçoado nos 
anos seguintes. 
Administração da Produção e Operações 
 
32 
 
Esta ferramenta consiste em uma forma gráfica usada como metodologia de 
análise para representar fatores de influência (causas) sobre um determinado 
problema (efeito). 
Também é denominada de Diagrama de Ishikawa, devido ao seu criador, ou 
Diagrama Espinha de Peixe, devido à sua forma (MIGUEL, 2006). O diagrama de 
causa-efeito pode ser elaborado perante os seguintes passos: 
 Determinar o problema a ser estudado (identificação do efeito); 
 Relatar sobre as possíveis causas e registrá-las no diagrama; 
 Construir o diagrama agrupando as causas em “6M” (mão-de-obra, 
método, matéria-prima, medida e meio-ambiente); 
 Analisar o diagrama, a fim de identificar as causas verdadeiras; 
 Correção do problema. 
 
Conforme demonstrado na figura abaixo: 
 
Figura 6: Diagrama de Ishikawa 
 
 
Fonte: Martins, 2005 
 
Administração da Produção e Operações 
 
33 
Apesar da preocupação com a administração da produção/operação, a gestão 
dos processos também tem uma importância fundamental onde é feita a utilização 
de indicadores de desempenho amplamente discutidos e aceitos por todos os 
colaboradores que estiverem intimamente ligados aos objetivos estratégicos e 
táticos da empresa. 
A atenção aos objetivos dos clientes guia o projeto, e a utilização de técnicas 
como o desdobramento da função qualidade (Quality Function Deployment - QFD) 
conhecido também como a casa da qualidade e a análise de falhas (Jailure Mode 
and Effect Analysis - FMEA) asseguram maior qualidade e confiabilidade aos 
produtos. O QFD foi desenvolvida pelos japonês Yoji Akao na década de 60 e tem 
como objetivo auxiliar a equipe que está trabalhando no desenvolvimento de 
produtos, pois com essa ferramenta é possível incorporar as necessidades do 
cliente. Com a ferramenta QFD é possível conhecer as necessidades dos clientes e 
com elas ordená-las de modo que a empresa possa avaliar quais e quando elas 
serão incorporadas ao novo produto em desenvolvimento, através das quatro 
matrizes conforme abaixo: 
 
Figura 7: Figura ilustrativa do QFD 
 
Fonte: Moreira, 1998 
 
Administração da Produção e Operações 
 
34 
Outra ferramenta utilizada é o FMEA (failure mode and effect analysis) que 
consiste no processo de submeter determinado produto a uma série de atividades 
no intuito de detectar possíveis falhas e a sua respectiva probabilidade de 
ocorrência. 
Com os resultados obtidos com o FMEA, a empresa obterá uma lista das 
possíveis falhas e conseguirá ordená-la ao seu critério (dano caso ocorra, maior 
probabilidade de ocorrência) e assim buscará eliminar tais falhas e verificar quais 
alterações seriam necessárias no processo produtivo e no produto. 
Existem quatro tipos de FMEAs que se distinguem a partir do que está sendo 
avaliado, os tipos são: 
 FMEA de design: São analisadas as falhas que poderão ocorrer ao longo 
do projeto do produto. 
 FMEA de processos: São analisadas as falhas que ocorrem decorrentes 
do planejamento e execução do processo. 
 FMEA de sistemas: São analisadas as falhas que ocorrem decorrentes 
dos sistemas utilizados. 
 FMEA de serviços: São analisadas as falhas que ocorrem decorrentes dos 
serviços prestados ao consumidor. 
 
Segundo BARKAI (1999), os mecanismos utilizados no FMEA são relativamente 
simples, a empresa precisa identificar as falhas em potencial e analisa-las e 
classifica-las em relação à 3 aspectos: Severidade, detectabilidade e probabilidade. 
Pela ponderação desses 3 índices, tem-se à disposição, os modos de falha 
ordenados de acordo com a sua importância. Desta maneira, obtêm-se uma tabela 
que auxilia na tomada de decisões de mudanças (relacionadas com o aumento de 
confiabilidade) no projeto. (BARKAI, 1999), 
As empresas buscam produtos com um menor número de componentes, pois 
assim fica mais fácil o gerenciamento do seu estoque. Elas buscam produtos 
modulados, onde a partir deste produto consegue-se obter flexibilidade e assim 
obter uma gama de outros produtos a partir destes componentes moduláveis. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
35 
 
A comunicação visual está cada vez mais presente nas fábricas e escritórios. A 
informação passa a ser compartilhada entre todos os funcionários da empresa 
deixando de ficar apenas nas mãos dos gerentes e coordenadores. Com isso, 
informações da meta semanal, quantidade produzida, percentual de defeitos etc. 
ficam espalhadas por toda a organização. 
As informações são disponibilizadas em tempo real, com a utilização de 
painéis eletrônicos conectados a vários terminais de entrada de dados e de leitoras 
ópticas que, como parte integrante de sistema de código de barras, são 
responsáveis pelo monitoramento do processo produtivo, pelo recebimento de 
matéria-prima, pela expedição de produtos acabados, pelo ponto dos 
colaboradores etc. 
Dessa forma, é baixa a necessidade de papéis circulando no ambiente de 
trabalho - tudo está à vista de todos. A utilização das cores é explorada ao máximo, 
com cartões kanban, contêineres, bancadas etc., coloridos de forma a transmitir 
uma ou mais informações sobre o andamento dos processos; 
Em muitas empresas, o sistema just-in-time utiliza colaboradores que fazem a 
distribuição dos componentes em roller skates (desde que o peso e o volume 
permitam), que possibilitam maior rapidez e menor cansaço. 
Outra tendência é que vários funcionários são virtuais, ou seja, trabalham com 
laptop e se conectam cada dia em um lugar diferente - dentro ou fora da empresa. 
Há tomadas espalhadas por todo lugar: na lanchonete, no jardim de inverno ou no 
"redário". O funcionário chega e conferem na tela os locais disponíveis. 
Outro foco é a gestão do conhecimento, onde o conhecimento não está 
centralizado na figura do chefe de seção, mas compartilhado com todos os 
colaboradores. A prioridade não é a simples produção massificada, mas a produção 
em que os conhecimentos são aplicados para melhorar o desempenho. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
36 
 
Fatores que afetam a administração da produção/operação hoje 
 
Diversos são os fatores que influenciam a administração daprodução/operação atualmente, dentre eles podemos destacar: 
Competição global – A grande competição mundial entre as empresas tem 
feito que elas se aperfeiçoem cada vez mais em suas atividades de administração 
de produção/operação, pois qualquer diferencial obtido neste processo pode gerar 
uma grande vantagem competitiva para a empresa. Como por exemplo, um custo 
inferior ou uma entrega mais ágil etc. 
Qualidade do serviço/produto e desafios de custo – Os consumidores têm 
aumentado a sua preocupação e nível de exigência em relação à qualidade do 
produto e do serviço que lhe é prestado, muito influenciado pela o aumento da 
competição global onde o consumidor passa a ter mais opções de escolhas o 
tornando mais exigente em relação à qualidade desejada. Desta forma, as 
empresas por questões mercadológicas ou judiciais estão aperfeiçoado as suas 
condições de qualidade fazendo com que obtenham níveis mínimos de qualidade. 
No que se refere aos desafios de custos, as empresas estão cada vez mais 
pressionadas para reduzi-los, muito motivadas pela grande competição existente, 
o cliente não aceita mais pagar preços altos para ter um produto/serviço de 
qualidade, pelo contrário, atualmente, os clientes querem qualidade com preços 
baixos; daí, as empresas são obrigadas a reduzir seus custos para que não impacte 
a sua rentabilidade. 
Avanços tecnológicos – Os avanços tecnológicos afetem e muito a 
administração da produção/operações atualmente. Esses avanços são responsáveis 
por muitas mudanças operacionais nas empresas. Com esses avanços as empresas 
conseguiram aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. Novos 
equipamentos automatizados geraram uma redução no número de funcionários e 
maior velocidade ao processo produtivo, gerando também um aumento no 
controle da qualidade reduzindo os erros produtivos ocorridos. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
37 
Questões de sustentabilidade – A sustentabilidade que podemos entender 
como sendo a perfeita harmonização dos aspectos econômicos, social e ambiental 
tem impactado demasiadamente a administração da produção/operações hoje em 
dia. As empresas se veem obrigadas a cumprir/atender a esses 3 aspectos o que 
culmina na alterações dos processos produtivos. No Âmbito ambiental, produtos 
ou processos produtos que gerem resíduos danos ao meio ambiente não são mais 
bem aceitos pelos consumidores fazendo com que a empresa modifique sua 
produção. No aspecto social, o funcionário passa a ser respeitado e valorizado não 
sendo mais admissível a utilização de uma mão de obra sem ser lhe dada as 
devidas condições de saúde e segurança para exercício de sua atividade. E no 
âmbito financeiro cada vez mais as empresas tem se preocupado, pois estão 
pressionadas pelos seus acionistas a dar lucro ao investimento feito. Sendo assim, a 
sustentabilidade influencia e ainda influenciará por muito tempo a administração 
da produção/operação das empresas. 
 
Avaliação da produtividade 
 
A produtividade e os indicadores de produtividade vêm sendo utilizados ao 
longo do tempo por pessoas, organizações e nações para medir e acompanhar o 
próprio desempenho. Porém, em muitos casos, tais indicadores de produtividade 
são subutilizados, ou seja, por não serem trabalhados de forma sistêmica acabam 
por não fornecer uma visão integral das atividades. (King et al, 2011). 
O conceito produtividade foi introduzido e desenvolvido nas organizações 
com o intuito de avaliar e melhorar o desempenho delas. Inicialmente, a 
produtividade era calculada pela razão entre o resultado da produção e o número 
de empregados. Por um longo período, esta fórmula representou a produtividade 
da organização. Com ela almejava-se o aumento da produção por empregado 
utilizado. Outras formas de medir a produtividade surgiram ao longo do tempo, 
relacionando o resultado da produção com a utilização de outros recursos como, 
por exemplo, energia, matéria-prima, insumos, entre outros. (King et al, 2011) 
 
Administração da Produção e Operações 
 
38 
 
Até assumir o presente conceito econômico da razão entre entradas e saídas, a 
produtividade veio sendo definida de diferentes maneiras por diferentes pessoas 
no decorrer dos séculos. Entradas correspondem aos recursos empregados no 
processo produtivo como matéria-prima, equipamentos, trabalho e outros fatores 
de produção, enquanto que saídas correspondem aos resultados do processo 
produtivo, obtidos por intermédio da utilização desses recursos. Em outras 
palavras, produtividade corresponde a uma medida para se verificar quão bem os 
recursos para se produzir um determinado resultado são empregados (SHIMIZU; 
WAINAI; AVEDILLO-CRUZ, 1997). 
 
Na próxima unidade aprenderemos tudo sobre a localização de empresas. 
Perguntas do tipo, onde, como, quais fatores levar em consideração, serão 
respondidos. 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
39 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
1.Contribuíram significativa para a evolução da administração da produção, 
Exceto: 
a) James Hargreaves. 
b) Adam Smith. 
c) James Watt. 
d) Eli Whitney. 
e) Thomas Edson. 
 
2.São características de produtos e serviços respectivamente: 
a) Estoque é comum; estoque impossível. 
b) Padronização dos insumos é difícil; Padronização dos insumos é comum. 
c) Influência da mão de obra é alta em ambos. 
d) Padronização do produto final é comum em ambos. 
e) Produto final é intangível em ambos. 
 
3.O que é Input: 
a) Saída do produto final. 
b) Um tipo de produto. 
c) É a entrada de insumos para transformação do produto final. 
d) Nome de um importante personagem para a evolução da administração 
da produção. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
Administração da Produção e Operações 
 
40 
4.Os 4 Vs da produção são: 
a) Volume, variedade, variação e velocidade. 
b) Variedade, variação, velocidade e visibilidade. 
c) Volume, variedade, velocidade de visibilidade. 
d) Volume, variedade, variação e visibilidade. 
e) Volume, variedade, variação e validade. 
 
5.Quais são os três níveis de planejamento: 
a) Alto, médio e baixo. 
b) Estratégico, tático e operacional. 
c) Diretoria, Gerencial e operacional. 
d) Estratégico, Gerencial e operacional. 
e) Estratégico, tático e execução. 
 
6.O desenvolvedor do diagrama de causa e efeito foi: 
a) Kaoru Ishikawa. 
b) Yoji Akao. 
c) James Hargreaves. 
d) Adam Smith. 
e) James Watt. 
 
7.O Quality Function Deployment (QFD) também é conhecido como: 
a) Casa da Irmandade. 
b) Casa da Qualidade. 
c) Asa da Qualidade. 
d) Matriz da Qualidade. 
e) Casa da Não Qualidade. 
Administração da Produção e Operações 
 
41 
 
8.São 4 tipos de failure mode and effect analysis (FMEA): 
a) Design, processo, produto e sistema. 
b) Processo, produto, sistema e serviço. 
c) Design, produto, sistema e serviço. 
d) Design, processo, produto e serviço. 
e) Design, sistema, serviço, operação. 
 
9.Defina Just in time: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10.Defina Processo produtivo 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Administração da Produção e Operações 
 
42 
Administração da Produção e Operações 
 
43 
 
Localização de empresas 2
Administração da Produção e Operações 
 
44 
 
Caro aluno, 
Nesta unidade, vamos estudar sobre a localização de empresas e ao final dela 
seremos capazes de entender todo o processo de escolha da localização de uma 
planta produtiva. 
 
Objetivos da unidade: 
Temos como objetivos desta unidade apresentar os principais aspectos que 
influenciam e impactam na decisão das empresas em qual localidade deverão se 
instalar. 
 
Plano da unidade: 
 O fator globalização da economia 
 O cenário da localização 
 Fatores que influem na localização 
 Localização de empresa industrial 
 Localização de lojas 
 Modelos adicionais 
 
 
Bons estudos! 
 
 
Administração da Produção e Operações 
 
45 
 
No quesito localização, podemos dizer que são decisões estratégicas e que 
fazem parte do processo de planejamento, localizar significa determinar o local 
onde será a base de operações, que será onde serão fabricados os produtos ou 
prestação de serviços. Alguns critérios na hora de escolher a localização são 
primordiais para a tomada de decisão correta, como por exemplo, algumas 
empresas consideram mais importante ficarem próximas aos clientes (como no 
caso de um supermercado, uma delegacia, ou um hospital), outras empresas 
optam em estar localizadas próximas das matérias-primas e/ou dos componentes 
(como uma fábrica de materiais de construção), existem ainda aquelas que 
preferem estar localizadas nas proximidades onde a mão de obra seja abundante. 
A localização parece aplicar-se somente para novas empresas no mercado, na 
maioria das vezes sim, mas isso também acontece para empresas antigas no 
mercado, isso acontece quando, por exemplo, os insumos básicos à operação da 
empresa se esgotam, tornando-se insuficientes ou muito caros sua aquisição. Às 
vezes, o crescimento da demanda não pode ser satisfeito com a mera expansão da 
capacidade da localização existente, tornando necessária a busca de um novo local 
de operações. Para a tomada de decisão sobre a melhor estratégia a ser tomada 
para melhor localizar uma empresa não é fácil, requer grandes esforços de projetos 
e implantação, que podem durar vários anos. 
Quanto à questão de opções de localizações, existem muitas opções, será 
necessário selecioná-las em um número limitado entre as opções. Essa pré-seleção 
deve levar a escolhas potencialmente aceitáveis, sem o que não haverá o problema 
de localização. Em alguns casos, o estudo da localização pode envolver, ainda, a 
determinação de um local distinto para a sede administrativa, ou da área comercial 
da empresa, que não necessariamente precisa estar junto à base operacional. Este 
estudo leva em consideração, basicamente, os seguintes fatores: 
 Disponibilidade de recursos e facilidade de obtenção de matéria-prima; 
 Disponibilidade de mão de obra; 
 Infraestrutura do local; 
 Localização dos mercados consumidores. 
 
Administração da Produção e Operações 
 
46 
 
O fator globalização da economia 
 
De acordo com Deluiz (2016), os anos 90 têm presenciado a intensificação e o 
aprofundamento de mudanças substantivas na dinâmica do capitalismo 
internacional gestadas nas duas décadas anteriores. A mundialização dos 
mercados, sua crescente integração, a deslocalização da produção para outros 
mercados, a multiplicidade e multiplicação de produtos e de serviços, a tendência à 
conglomeração das empresas, a mudança nas formas de concorrência e a 
cooperação interindustrial alicerçada em alianças estratégicas entre empresas e em 
amplas redes de subcontratação, a busca de estratégias de elevação da 
competitividade industrial, através da intensificação do uso das tecnologias 
informacionais e de novas formas de gestão do trabalho, são alguns dos elementos 
de sinalização das transformações estruturais que configuram a globalização 
econômica. O avanço deste processo - que transcende os fenômenos meramente 
econômicos, invadindo as dimensões políticas, sociais e culturais traz como 
consequências, mudanças no tamanho e nas atribuições do Estado, a 
desregulamentação das economias nacionais, a reestruturação do mercado de 
trabalho, novas formas de organização do trabalho, a flexibilização do trabalho, o 
crescimento dos empregos precários, o desemprego cíclico e estrutural, e a 
exclusão de contingentes de trabalhadores do mercado formal. A forte 
segmentação da força de trabalho ocorre num quadro de desmobilização de 
movimentos reivindicatórios e de dificuldades de organização e sindicalização dos 
trabalhadores. À globalização econômica corresponde, pois, a globalização do 
mundo do trabalho e da questão social. 
Conforme Lastres et al, (1998) a ideia predominante subjacente ao termo 
globalização econômica é que se caminharia para um mundo sem fronteiras, com a 
predominância de um sistema internacional autônomo e socialmente sem raízes, 
onde os mercados de bens e serviços se tornam crescentemente globais. Nessa 
perspectiva, sustenta-se que a economia mundial é dominada por “forças de 
mercado incontroláveis”, cujos principais atores econômicos são grandes 
corporações transnacionais que não devem lealdade a nenhum Estado-nação e 
que se estabelecem em qualquer parte do planeta, exclusivamente, em função de 
vantagens oferecidas pelos diferentes mercados. Assim, apregoa-se que a única 
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forma de evitar se tornar um perdedor - seja como nação, empresa ou indivíduo - é 
ser o mais articulado e competitivo possível no cenário global. Neste quadro, o 
papel dos Estados nacionais, particularmente da periferia menos desenvolvida, é 
descrito como extremamente diminuído senão anulado, só lhes restando a 
aceitação incondicional e o azeitamento do crescente processo de 
desenvolvimento das forças econômicas em escala global. Paralelamente, a 
ideologia da globalização tem servido aos governos como bode expiatório, ao se 
transferir a responsabilidade pelas vicissitudes econômicas e sociais nacionais para 
o âmbito das forças supranacionais, fora de seu controle. 
 
O cenário da localização 
 
A análise da posição geográfica de uma planta produtiva ou de um armazém 
de uma organização leva em consideração diversos aspectos, dentre eles, pode-se 
destacar: 
 Disponibilidade de matéria-prima; 
 Facilidade de obtenção de matéria-prima; 
 Disponibilidade de mão de obra; 
 Infraestrutura do local; e 
 Localização dos mercados consumidores. 
 
De acordo com Peinado & Graeml (2011) a escolha da localização da empresa, 
trata-se de uma decisão de longo prazo, pois requer planejamento e implantação 
do mesmo - as decisões de localização, principalmente no caso de grandes plantas 
industriais ou comerciais, levam a um compromisso de longo prazo com o novo 
local escolhido. Não é possível mudar uma empresa de local com frequência. 
Tampouco é possível “testar” as alternativas de instalação, previamente. Convém 
ressaltar que, em alguns casos, particularmente no Brasil, a negociação entre a 
empresa, interessada em benefícios fiscais e a administração pública local, 
interessada na geração de empregos e atração de outros empreendimentos para a 
região, pode durar meses, alimentando um verdadeiro jogo de interesses políticos 
entre as administrações públicas dos locais pré-selecionados como alternativas de 
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48 
localização. Envolve elevado investimento, investimento esses com custo de um 
projeto adequado individualmente para cada necessidade: via de regra, os custos 
de compra do terreno, construção, reformas, montagem de equipamentos, 
contratação de pessoal e com aspectos burocráticos são consideráveis, fazendo 
com que a decisão precise ser tomada com o necessáriocuidado além do mais, o 
processo de desmanche também é igualmente difícil e custoso. Tem impacto 
direto nos custos da operação - uma decisão de localização de caráter emocional 
ou sem critério pode levar a custos desnecessários de transporte, deficiência de 
mão de obra na comunidade local, problemas com os órgãos de proteção 
ambiental, falta de infraestrutura adequada, além de inúmeros outros problemas 
que podem acarretar sérios transtornos posteriores à instalação da operação no 
local escolhido. 
Desta forma, segue abaixo, a figura que ilustra as abordagens gerais para se 
tomar decisões sobre localização: 
 
Figura 8: Abordagens gerais nas decisões sobre localização 
 
Fonte: LEVY, M. B. Administração de Varejo. São Paulo: Editora Atlas, 2000. 
 
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Fatores que influem na localização 
 
Existe uma lista de fatores que podem influenciar nas decisões sobre a 
localização da empresa, nem todos são igualmente importantes, pois a localização 
é um problema específico para cada empresa. Segundo Slack (1997) e Peinado & 
Graeml (2011) destacam-se como os principais fatores que impactam na escolha da 
localização das empresas: 
 
1 - Localização das matérias-primas 
Um dos motivos para a empresa optar em estar localizada próximo à obtenção 
de sua matéria-prima é para diminuir os custos com transporte desses materiais, se 
demandarem condições muito especiais e custosas para esse transporte, isso 
poderá atrair a empresa para perto do depósito, fonte de sua matéria-prima. 
Matérias-primas perecíveis são geralmente utilizadas em empresas do ramo de 
alimentos, como cooperativas agrícolas, indústrias pesqueiras, processadoras de 
alimentos frescos como frutas, legumes e verduras. Para evitar que ocorra 
deterioração no transporte, empresas que utilizam matéria-prima perecível 
também optam por localizar-se próximo à sua fonte de abastecimento. O mesmo 
acontece com empresas que utilizam animais vivos como matéria-prima, os quais 
geralmente requerem cuidados especiais de transporte. É conveniente localizar 
abatedouros e frigoríficos nas adjacências das regiões produtoras de gado. 
 
Importante! 
Existem empresas que possuem mais de um fornecedor, desta forma 
fica impossível à empresa estar locada próximo de todos eles ou até mesmo dos 
mais importantes, pois em um processo produtivo cada fornecedor tem seu peso e 
sua importância para a produção de um produto. 
 
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50 
2 - Mão de obra 
As principais considerações sobre mão de obra dizem respeito ao salário 
médio praticado na região à disponibilidade de profissionais qualificados e ao 
poder dos sindicatos com quem a empresa precisará negociar. Empresas que 
dispõem de processos intensivos em mão de obra provavelmente estarão mais 
preocupadas com seu custo. Existem diferenças salariais não somente entre as 
diversas regiões brasileiras como também entre capitais e pequenas cidades do 
interior e também entre países. Via de regra, o poder dos sindicatos da região que 
determina o valor do piso salarial, de modo que a atuação do sindicato e o seu 
“poder de barganha” também devem ser levados em consideração. Naturalmente, 
a qualidade, a produtividade e habilidades desta mão de obra também são fatores 
importantes a serem considerados. Algumas empresas não desejam se onerar com 
altos custos de treinamento de pessoal. 
Outro fator mais subjetivo, mas não menos importante diz respeito à cultura 
da mão de obra regional. Questões como absenteísmo, rotatividade, hábitos de 
higiene pessoal e saúde física podem estar fortemente ligados à cultura da região e 
têm impacto na produtividade. Convém lembrar que mesmo uma excelente 
escolha do local, do ponto de vista da qualidade da mão de obra local não elimina 
a necessidade de um bom trabalho de seleção, treinamento e ambientação, 
orientado pela área de recursos humanos da empresa. 
Um ponto a ser considerado diz respeito à relativa dominação que a empresa 
exercerá sobre a comunidade. Quanto maior a dominação, ou seja, quanto mais a 
cidade depender da empresa em questão de emprego, mais dificuldades serão 
criadas para a redução da produção e demissão de empregados, podendo gerar 
alguns problemas sociais que qualquer empresa gostaria de evitar. 
Quando ocorrer da mudança de localização da empresa, ela precisará pensar 
nas transferências de seus funcionários, em termos de pagamento extra, devido à 
legislação vigente no Brasil, isso gerará um custo, muitos funcionários se recusam a 
transferência, por valorizar o local onde moram e o estilo de vida que levam. 
 
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3 - Energia elétrica 
A oferta de energia elétrica e a garantia de sua disponibilidade para 
ampliações é um fator que se tornou mais relevante para as empresas que 
dependem muito deste insumo. O colapso do fornecimento de energia elétrica no 
Brasil, em 2001, conhecido como “apagão”, que obrigou a imposição de quotas de 
utilização de energia, prejudicou as empresas brasileiras. A garantia de 
disponibilidade de energia elétrica a preços competitivos pode representar fator 
decisivo para as indústrias que exigem grande quantidade de energia elétrica em 
seu processo produtivo, como é o caso, por exemplo, da extração eletrolítica do 
alumínio. 
 
4 - Água 
Muitas indústrias precisam de grande quantidade de água, tanto como 
matéria-prima de seus produtos, como para o funcionamento de seus processos. 
Fábricas de papel e celulose, refinarias de açúcar e álcool, indústrias de alimentos, 
indústrias de perfumaria, bebidas e refrigerantes representam alguns exemplos de 
empresas que necessitam de grandes quantidades de água. A água também é 
bastante utilizada em processos de vulcanização da borracha, para o resfriamento 
dos moldes de injetoras plásticas e resfriamento de prensas hidráulicas de 
estampagem. Em muitos casos, as empresas lançam mão de poços artesianos para 
captação da água necessária aos seus processos ou desviam água de rios ou 
riachos. Em qualquer destas situações, é necessário um estudo de impactos 
ambientais e a negociação com órgãos oficiais e ONGs que podem levar meses ou 
até anos! O Brasil, a exemplo de outros países, tem rigorosas leis ambientais para o 
uso e devolução de águas utilizadas pelas empresas. O custo da implantação das 
instalações de tratamento das águas utilizadas nos processos industriais, em 
função de características locais, também deve ser levado em consideração por 
ocasião da decisão de localização. 
 
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5 - Facilidade e Incentivos Fiscais 
No Brasil, estados e municípios empreendem verdadeiras batalhas entre si de 
modo a atrair para si a instalação de novas empresas potenciais geradoras de 
emprego e futuras receitas fiscais na região. Por isso, é fundamental levantar o 
interesse da administração local. Não são raros os casos em que prefeituras doam 
terrenos, realizam obras de pavimentação nos arredores ou providenciam outras 
benfeitorias, e/ou proporcionam isenção de impostos municipais por determinado 
período, pois a presença da empresa é vista como desejável, pela geração de 
empregos, pelos impostos que serão arrecadados e pelos efeitos em cadeia no 
sentido da pujança econômica da comunidade. De outro lado, existem 
comunidades que colocam restrições à entrada de novas empresas, principalmente 
se estiverem associadas à poluição ambiental, e a questão de tráfego de veículos 
que podem levar a região a um congestionamento no trânsito. 
 
6 - Qualidade de vida e serviços essenciais 
É importante levar em consideração a qualidade de vida existente no local 
candidato às novas instalações. A qualidade da rede de ensino público e a 
oportunidade de acesso a ela têm representado um grande desafio para o país. A 
existência de universidades, faculdades e escolas técnicas deve serlevada em 
conta, porque elas representam a origem de recursos humanos para atuação nas 
empresas. Condições relacionadas ao idioma falado no local em que a planta 
produtiva será instalada e questões relacionada à violência do local o que pode 
impactar diretamente na administração da produção/operação da empresa 
comprometendo a segurança da circulação de cargas e pessoas. 
Devem ser levantados em conta, também, a qualidade dos serviços de 
transporte urbano, a infraestrutura de comunicações, creches, postos de saúde, 
hospitais, pronto-socorro, corpo de bombeiros e policiamento, assim como os 
índices de criminalidade, assaltos e furtos. Determinados locais impossibilitam a 
realização de um segundo turno de trabalho por falta de transporte ou de 
segurança em horários noturnos, por exemplo. Os custos adicionais com vigilância 
e o risco ao patrimônio da empresa e a integridade física dos seus funcionários não 
devem deixar de ser considerados. 
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53 
 
7 - Localização dos mercados consumidores 
Os custos operacionais de transporte estão ligados à localização das fontes de 
suprimentos e à localização dos mercados consumidores, em relação à localização 
do próprio empreendimento. A melhor condição para minimizar os custos de 
captação de matéria-prima e distribuição de produtos acabados é uma localização 
próxima aos fornecedores e aos clientes. Infelizmente, isto nem sempre é possível 
devido ao elevado número de fornecedores e clientes e à grande extensão 
territorial do Brasil, quando nos referimos apenas ao mercado interno. Na avaliação 
deste quesito, é importante considerar os custos logísticos do transporte e do 
armazenamento, mas também a tolerância com relação ao tempo de entrega. 
Algumas instituições governamentais, sem fins lucrativos, normalmente são 
orientadas pelas necessidades dos clientes tais como: hospitais, postos de correio, 
delegacias, agências para atendimento de cidadãos. 
 
8 - Custos do terreno 
O custo de aquisição do terreno ou o seu aluguel deve ser também levado em 
consideração no momento da escolha. Esses custos variam entre países, estados e 
cidades. A maior atenção deve ser dada em uma operação do varejo onde se opte 
por atingir ao público de alta classe, o valor da compra/aluguel do terreno acaba 
tendo ainda uma maior relevância. 
 
Localização de empresa industrial 
 
A localização de um parque industrial é afetada por todos os fatores/variáveis 
abordados no tópico anterior. Como já mencionado, a relevância de cada variável 
será definida pela empresa levando em consideração o negócio que atua e o 
produto que fabrica. 
De acordo com Peinado & Graeml (2011) além da consideração das variáveis, a 
decisão deverá ser tomada em três níveis, são eles: 
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1 - Escolha da região ou pais 
A globalização e o avanço das tecnologias de informação possibilitaram as 
empresas a se instalarem em qualquer lugar do mundo. As empresas não precisam 
mais ficar limitadas as suas áreas de atuação na escolha do local a instalar a sua 
planta produtiva, elas agora podem escolher qualquer lugar do mundo que julgue 
conveniente como uma mão de obra mais barata ou mais qualificada. Empresas 
como a Nike, Accenture, McDonald´s são empresas mundiais com franquias em 
diversos lugares do mundo que fazem valer todos esses benefícios ao seu favor. 
 
2 - Escolha da área dentro de um país ou região 
Após a definição/escolha da região/ país a empresa precisa definir qual área 
deste país irá se instalar. Muitos fatores são levados em consideração nesta fase, 
dentre eles: 
 Custo do terreno; 
 Custo e qualificação da mão de obra; 
 Condições de infraestrutura da região; 
 Fatores da comunidade local. 
 
3 - Escolha de um local 
A escolha de um local em uma área é diferente de decisões tomadas nos níveis 
anteriores, normalmente o número de alternativas é muito menor. Os fatores 
usados para aceitar ou rejeitar um local em geral dizem respeito à: 
 Aparência do local; 
 Composição do solo (pode limitar a natureza dos edifícios construídos no 
local); 
 Facilidade do acesso ao local através de rodovias e ferrovias; 
 Espaço para expansão; 
 Disponibilidade de mão de obra. 
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Localização de lojas 
 
A localização de lojas comerciais e serviços levam em consideração todas as 
variáveis já citadas anteriormente, porém com uma especificidade diferente de 
uma empresa industrial já que a natureza do negócio é distinta. 
Os fatores mais influentes para tomada de decisão com respeito à localização 
de instalações comerciais, lojas ou prestadoras de serviço, segundo Slack (1997) 
são: 
1 - Proximidade com o mercado consumidor 
No caso de empresas comerciais ou prestadoras de serviço, em que o 
cliente/consumidor interage intensamente com a organização e, em alguns casos, 
faz parte do próprio produto é fundamental que as decisões de localização sejam 
convenientes aos clientes. 
Deve-se pensar na distância, facilidade de acesso pelo público-alvo, 
disponibilidade de estacionamento etc. Lojas sofisticadas precisam estar 
localizadas em regiões com população de maior poder aquisitivo ou shopping 
centers mais luxuosos. Lojas de produtos populares, com preços convidativos à 
maior parte da população precisam se localizar em regiões de grande tráfego de 
pessoas, bem servidas de transporte público, facilitando o acesso da população de 
faixa de renda inferior. 
Por exemplo, os supermercados que levam a marca “Zona Sul”, que são lojas 
mais sofisticadas, direcionadas a atender às necessidades de segmentos mais 
exigentes, se localizam, normalmente, em bairros de maior poder aquisitivo, com 
predomínio de população de classe média ou alta. Já as que levam a marca 
“Guanabara”, e têm um posicionamento mais popular, encontram melhor 
localização em regiões residenciais de classe média baixa. 
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2 - Localização dos concorrentes 
De maneira geral, as empresas comerciais ou prestadoras de serviço são mais 
suscetíveis à proximidade de empresas concorrentes, se comparadas às empresas 
do tipo industrial. Isto acontece em função do menor raio de atuação destas 
empresas. O mercado pode se tornar saturado rapidamente, se duas ou três 
panificadoras decidirem se instalar na mesma rua, por exemplo. 
 
Modelos adicionais 
 
Para auxiliar na decisão da escolha da melhor opção para implantação de uma 
planta produtiva ou uma loja comercial, muitos modelos têm sidos desenvolvidos. 
Alguns dos modelos consideram como problema de localização de uma só 
unidade, enquanto outros trabalham com diversas unidades ao mesmo tempo. 
Os dados necessários variam de acordo com o modelo em questão, indo desde 
os que usam apenas informações qualitativas até os que partem para apurações 
numéricas rigorosas. Os métodos que iremos estudar são: 
 Ponderação qualitativa; 
 Comparação de custos fixos e variáveis; 
 Análise dimensional; 
 Método do centro de gravidade; 
 Método da mediana. 
 
Ponderação qualitativa 
A ponderação qualitativa pode ser usada quando não se consegue apropriar 
uma estrutura de custos a cada localidade considerada. Este modelo determina 
uma série de fatores julgados relevantes para a decisão, nos quais cada opção de 
localidade recebe um julgamento e este é convertido numa nota, através de um 
escala numérica arbitrária. A cada fator, segundo sua importância relativa, é então 
atribuído um peso. A soma ponderada das notas pelos pesos dos fatores dará a 
pontuação final para cada localidade, sendo escolhida a opção que ostentar a 
maior pontuação final. 
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Sejam k fatores, indicados por Fij, onde i refere-se à localidade e j ao particular 
fator. Assim, F23 indica o valor do fator 3 para a localidade 2. Chamando de pj ao

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