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ARTIGO-SIMONE SOARES CAMILO GOMES 1

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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
15
Curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade
SIMONE SOARES CAMILO GOMES 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
RESUMO
O presente trabalho trata da importância que os jogos e as brincadeiras têm para o desenvolvimento psicomotor, conduz o leitor a compreender sua relevância na Educação, qual o papel do Educador e brincar de ontem e de hoje. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão da leitura de livros, artigos e sites especializados. A conclusão sugere que a educação considere o lúdico como parceiro para bom desenvolvimento psicomotor e para a aprendizagem da criança de hoje.
PALAVRAS-CHAVE: Brincar. Desenvolvimento Psicomotor. Jogos. Expressividade.
ABSTRACT
The present work deals with the importance that games and games have for psychomotor development. It leads the reader to understand their relevance in Education, what is the role of the Educator and play of yesterday and today. The methodology used was the bibliographical research, based on the reflection of reading books, articles and specialized websites. The conclusion suggests that education considers play as a partner for good psychomotor development and for toddler learning today.
KEYWORDS : Play. Psychomotor Development. Games. Expressiveness.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem a intenção de ampliar os conceitos sobre jogos e brincadeiras para o desenvolvimento psicomotor. Acredita-se que ao aprofundar o conhecimento sobre o tema, passaremos a valorizá-lo como ação, como atitude e, principalmente como direito.
Considerou-se a principio que uma base histórica seria a melhor forma de começar o assunto, pois, para entender a influencia dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da criança, faz-se necessário uma caminhada pela sua origem e história e conhecer as transformações pelas quais passaram; é imprescindível falar sobre a base cultural que os fundamenta.
Para entender esse universo de ligação do lúdico com o desenvolvimento motor da criança à sua vida na escola construiu-se a parte que trata do brincar e o desenvolvimento motor.
A consciência do importante papel do Educador no brincar deu origem sequencia linear que trata desse assunto neste artigo e também o brincar de ontem e o de hoje foram abordados logo em seguida.
A metodologia escolhida é bibliográfica, utilizando-se de revisão de literatura em obras pertinentes ao assunto e pesquisas em sites relacionados ao tema. Optou-se por esse método, pois uma investigação cientifica requer um levantamento teórico que só pode ser obtido em uma bibliografia de referência.
O objetivo geral é analisar a importância da psicomotricidade na infância e como esta poderia auxiliar na aprendizagem do aluno, esclarecendo que o aprender não se restringe apenas em atividades isoladas, precisando haver objetivos a serem alcançados pelos professores, para que a partir daí os alunos possam criar e se expressar, no ambiente escolar.
O objetivo específico visa situar a grande influência do lúdico no desenvolvimento motor da criança e enfatizar a importância da aplicação dos jogos/brincadeiras para o aprendizado do aluno; 
A justificativa deste trabalho pauta-se na constatação de que o jogo, o brinquedo e a brincadeira são ferramentas fundamentais para a Educação. Brincar é um ato de liberdade e de expressão de que há de mais belo na humanidade.
O trabalho proposto é a necessidade de fundamentação e de subsídios teórico-científicos sobre a relação da Psicomotricidade com o desenvolvimento harmonioso da criança. Visando favorecer o desenvolvimento integrado dos domínios cognitivo e afetivo-social e psicomotor, mostrando a partir dos jogos e atividades lúdicas pode-se proporcionar um processo ensino-aprendizagem significativo e contextualizado, numa visão ampla e fundamentado na criança.
Nas brincadeiras as crianças se expressam culturalmente é um modo de interagir com diferentes objetos de conhecimento, culminando o processo de aprendizagem. Levar o ato de brincar e o jogo para a escola auxilia no desenvolvimento da inteligência, do ser humano, da sociedade e da cultura.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Considerações sobre a história dos jogos e brincadeiras.
A presença do jogo, brinquedo e brincadeiras na história da humanidade, segundo descobertas arqueológicas, remonta centenas de anos antes de Cristo, como nos diz Carneiro: “Os povos antigos ao praticarem os jogos desenvolveram suas culturas, seus costumes” (CARNEIRO, 2003, p.12).
Essas descobertas revelaram que, no Antigo Egito, os jogos de tabuleiros com certa complexidade nas regras estavam presentes, como por exemplo, o jogo denominado de Senet (Jogo de passagem). Referencias desse jogo foram verificadas nas pinturas em tumbas como a da rainha Nefertite (1295-1255 a.C.), e alguns pedaços e peças do mesmo jogo foram encontradas em diversas tumbas com mais de 3. 000 mil anos.
Historiadores acreditam na existência de jogos mais antigos e similares ao Jogo Real de Ur no Irã e atribuem, com base nas características do tabuleiro e das peças encontradas, tais jogos sejam antecessores do jogo de Gamão, comuns por volta do asno 600 a. C. entre os romanos e presente até a atualidade, com algumas variações nas regras.
Um dos mais antigos se trata de um exemplar de reco-reco, com cerca de quinze mil anos, encontrado por arqueólogos nos Pirineus. Objetos similares estão retratados em gravuras da Idade Média, na Itália e na França. Outro destaque de uso de pedaços de madeira como suporte de atividade lúdica está imortalizado em um mural na Índia com figuras humanas simulando cavalgada em pedaços de pau.
A trajetória histórica das bonecas merecia um estudo à parte, dada à variedade de representações e usos, que englobam desde a religião até a necessidade de a criança imitar o cotidiano, reproduzindo cuidados maternos. Atualmente, as meninas estão deixando de lado mais precocemente do que quando o mestre do cancioneiro popular, Luiz Gonzaga, cantava em o Xote das Meninas: “Toda menina se enjoa da boneca é sinal de que o amor já chegou ao coração...”.
Não poderíamos deixar de citar dois outros ícones da brincadeira popular: a pipa e a bola. Segundo historiadores a pipa teria origem religiosa para levar orações aos espíritos, ou militar para avisar sobre a localização de inimigos e até bombardeá-los. O que é certo é que esse brinquedo, que possui diferentes denominações e formas geométricas, conforme o país e a região (papagaio, pandorga, arraia, zoeira, estrela, barraca, cometa, etc.) consegue, quando sobe aos céus, satisfazer o desejo de voar do ser humano, dando todo um colorido especial ao planar entre as nuvens nos caprichos do vento.
Aas bolas, por sua vez, sejam pequenas ou grandes, rolam presas a fios ou soltas no ar. Arremessadas por mãos e pés, pulam e ultrapassam obstáculos, derrubam ou desvencilham-se de outros objetos. Companheiras de crianças e adultos desde a Pré-História, as bolas estão presente nas representações iconográficas mais antigas, desde os escritos de Homero sobre a Odisseia de Ulisses.
O jogo aprece nas manifestações culturais e tem acompanhamento a evolução da humanidade. Da mesma maneira que o bebê interage com o mundo exterior utilizando o brinquedo como instrumento de contato, no decorrer de cada fase de nossas vidas podemos identificar o brinquedo como elo entre nós e o mundo material ou o da fantasia.
Porém, com o decorrer do tempo e o progresso desorientado pela lógica do consumo, as crianças têm perdido espaços e tempo para usufruir dessa riqueza insubstituível. Brincar e jogar cada vez mais tem seu tempo restringindo e passam a ter “indicações e prescrições” escolarizadas.
2.2 O brincar para o desenvolvimento psicomotor.
O ato de brincar acompanha o desenvolvimento da inteligência, do ser humano, da sociedade e da cultura.
Muitos teóricos em diversas pesquisas reforçam que o brincar está ligado ao desenvolvimento integral (físico, motor e social) do ser humano. Portanto,o brincar, uma atividade tão simples e corriqueira para as crianças, para nós que estudamos, apresenta-se com grande complexidade.
Sociologicamente se pode analisar a interação da criança com seus colegas, como se processa a essa interação, como todos participam e cada um dos parceiros de brincadeira, sejam adultos ou crianças. Sob esse ponto de vista, ainda é possível analisar o surgimento e o papel da liderança, dos jogos de poder, a influência do gênero, o papel e o prestígio da mídia na escolha e aquisição de brinquedos, entre outras possibilidades.
Quando pensamos no desenvolvimento da criança numa perspectiva motora e psicológica, poderemos nos fundamentar em estudiosos como Piaget e Vygostsky, que utilizaram muitas vezes as atividades lúdicas como base para o estudo do desenvolvimento cognitivo e emocional e físico das crianças.
Nessa perspectiva se pode constatar que o significado dos objetos e ações pode ser modificado de acordo com cada faixa etária e a maneira pela qual a crianças.
Nessa perspectiva se pode constatar que o significado dos objetos e ações pode ser modificado de acordo com cada faixa etária e a maneira pela qual a criança organiza sua ação, imita os adultos e utiliza a linguagem para expressar conhecimentos, preferências, competências e habilidades.
Assim podemos afirmar que brincar e jogar são atividades muito importantes para o desenvolvimento das crianças, porque brincando a criança atua com e sobre seu corpo, experimentando e superando seus próprios limites com o auxilio e participação do “outro”, adulto ou criança.
Os brinquedos com apelo a motricidade, ao movimento, as cores e as formas são mais estimulantes e grandes companheiros para as crianças pequenas desenvolverem seu corpo e a coordenação motora ampla. À medida que cresce seu interesse muda para o jogo simbólico e a imitação e para jogos que apresentem certo desafio, os jogos de memória e também os quebra-cabeças, por exemplo, começam com poucas peças e com o passar do tempo podem passar de centenas de peças com temáticas variadas.
Nesse contexto, também percebemos uma sensível evolução da recreação. As atividades e jogos recreativos estão evoluindo na Educação Infantil, sendo cada vez mais valorizados.
Quando falamos de crianças e movimento, é muito importante pensar em espaço físico disponível para suas atividades, convivência e aprendizagem. A escola de Educação Infantil deve ter espaços funcionais, a fim de atender à diversidade de ações pedagógicas e às necessidades do seu público-alvo.
A diminuição do espaço escolar afeta o desenvolvimento integral das crianças à medida que implica a restrição de movimentos físicos e de certas atividades pedagógicas. Na infância, o movimento é fundamental para o desenvolvimento da inteligência e de habilidades motoras especificas.
É importante ressaltar algumas necessidades especificas da criança, as quais devem ser consideradas durante a organização dos espaços da escola. Cada necessidade requer um tipo de ambiente.
As necessidades afetivas: ambientes interligados que sugiram segurança e estabilidade para a criança: Necessidade de autonomia: ambientes onde a criança possa interagir livremente: Necessidade de movimento: espaços apropriados às atividades corporais; que proponham desafios para o desenvolvimento de habilidades motoras; Necessidade de socialização: ambientes para a convivência, a comunicação e o relacionamento entre as crianças; Necessidades fisiológicas: locais específicos para dormir e comer, banheiros adequados a cada faixa etária; Necessidades de descoberta e exploração: espaços ricos em estímulos e objetos.
A importância de uma educação mais abrangente tem mobilizado os educadores à busca de alternativas que supram as carências encontradas em vários métodos de ensino. As experiências do brincar na escola auxiliam a formação de vínculos entre alunos e professores e certamente facilitam a aprendizagem.
2.3 O educador, as brincadeiras e os jogos.
Um dos objetivos nessa parte do artigo é contribuir para a conscientização dos profissionais que atuam na Educação sobre seu papel como mediadores e sua responsabilidade em proporcionar um desenvolvimento motor com qualidade, utilizando o jogo, o brinquedo e a brincadeira como companheiros de trabalho.
Ao organizar os espaços para jogos e brinquedos, um dos principais componentes está na escolha adequada que o transformarão em ambientes educativos, na medida em que houver interação entre o espaço com o ato de movimentar-se, os materiais (objetos, brinquedos e jogos) e os brincantes.
Compreendendo a educação como processo permanente e que acontece em todos os espaços, durante todas as etapas da vida, conclui-se que esses espaços e tempos precisam de pessoas mais experientes que compreendam o significado do jogo, que participem desses ambientes de forma ativa (movimentos gerados pela expressividade), colaborativa e reflexiva, tanto durante a atividade em si como também na sua preparação.
A atitude de brincar exige um lugar, um espaço onde o faz de conta passe a existir. Vamos lembrar nosso tempo de criança. Você certamente fez, ou viu alguma criança fazer, uma “cabaninha” com lençóis, tecidos, folhas, etc. pode também já ter visto ou feito uma casa na árvore ou entrado numa grande caixa de papelão.
Algumas instituições, em geral as que trabalham com crianças pequenas, destinam uma sala para a finalidade de brincar e a denominam como brinquedoteca. Esse espaço tem cada vez mais ganhado importância nas instituições públicas e privadas.
Há brinquedotecas em grandes centros comerciais, supermercados, lojas, consultórios médicos e odontológicos e também hospitais, principalmente depois da promulgação da Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. As brinquedotecas são organizadas por cantos temáticos com uma variedade de objetos, materiais e brinquedos em que as crianças possam desenvolver e criar uma infinidade de brincadeiras. Tudo o que tiver na brinquedoteca é válido conforme o contexto do grupo e não há o que não pode ter como uma regra a ser seguida.
Esse tipo de espaço pode ser construído junto com as crianças. E também deve ser modificado a partir das observações das brincadeiras. Ou seja, os profissionais que optam por utilizar jogos, brinquedos e brincadeiras em espaços estruturados (brinquedotecas) ou não, precisam sempre observar como elas acontecem, quis os espaços preteridos, conversar com as crianças sobre os motivos de sua preferência ou rejeição. 
A participação estimulada valoriza o espaço e o cuidado com brinquedos e materiais existentes. As crianças apropriam-se do espaço, valorizam o acervo, procuram cuidar e ampliar sua quantidade e qualidade. Lembre-se que a criança imita o adulto, então onde o adulto valoriza o cuidado e respeita a participação da criança, essa por sua vez aprende a respeitar e passa a valorizá-lo também.
Quando na instituição não há um espaço especifico para brincar com liberdade para o movimento, pode toda a instituição se transformar em uma “brinquedoteca”. As crianças e outros colegas podem tornar-se parceiros de brincadeiras. Se existem espaços ociosos eles podem servir para “abrigar” brinquedos, por exemplo: no pátio: tambores coloridos podem armazenar bolas, cordas, pernas de pau e outros brinquedos para serem utilizados durante o recreio.
Nas salas, é necessário reorganizar o espaço com estantes, caixas plásticas ou de papelão decoradas. Dentro de cada uma, brinquedos e materiais compatíveis com o interesse das crianças, organizados de modo a provocar brincadeiras, por exemplo, para uma sala com crianças em idade pré-escolar, caixas temáticas: de faz de conta, com objetos de casinha, de médico, mecânico, salão de beleza, escritório, fantasias ou roupas e adereços.
É importante salientar que todos eles devem ser seguros, de fácil acesso, boa iluminação e ventilação. Os espaços de brincar transformam-seem ambientes educativos quando neles ocorrem à interação entre o espaço físico, os objetos, jogos, brinquedos e as pessoas. Se não houver essa interação, o “espaço físico” não tem valor em si mesmo.
Os brinquedos e jogos devem estar afinados com a faixa etária e o interesse de quem brinca. Compete ao adulto mais experiente iniciar a seleção dos objetos, jogos e brinquedos que estarão à disposição das crianças. Porém, essa tarefa, sempre que possível, deve ser compartilhada com os demais parceiros de brincadeira, sejam adultos ou crianças.
Não podemos esquecer que livros e revistas ajudam a ampliar o repertório lúdico das crianças da mesma forma que o computador, a televisão e os vídeos. Se for possível, deixe máquinas fotográficas, câmeras de vídeo e outros equipamentos eletrônicos á disposição das crianças para que elas documentem as brincadeiras e depois divulguem o que registraram.
2.4 O brincar de ontem e hoje.
Através dos jogos temos a possibilidade de conhecer os povos, seus costumes e cultura. Na Educação temos jogos que são passados de geração em geração. Alguns estudiosos acreditam que apesar de toda modernidade, os jogos e brincadeiras do passado ainda são importantes para o universo infantil, tais como, pega-pega, cinco marias, amarelinha, ovo podre, esconde-esconde, entre outras brincadeiras que divertiram nossos pais e avós.
Essas brincadeiras parecem desconectadas com o nosso tempo, mas, são encaradas como folclore que aproximam as gerações, para que haja entendimento entre o brincar de hoje e de antigamente entre várias gerações da família das crianças. As cartas, bolas, bonecas e carrinhos divertem e possuem riqueza cultural.
Temos alguns autores que acham que a criatividade, coordenação motora, o raciocínio, interação, solidariedade desenvolviam mais a criatividade através dos brinquedos do passado, pois, como não havia muita oferta de brinquedos, as brincadeiras com objetos simbólicos exigiam um uso maior da imaginação.
Há uma constatação de que atualmente brinca-se menos nas ruas, nos pátios e nos parques, brinca-se muito mais em pequenos grupos e que os jogos eletrônicos não permitem um uso maior do movimento corporal, porém, temos que aceitar a realidade de que somos fruto de nosso tempo e de nossa cultura e que não podemos comprovar que as crianças do passado eram mais criativas porque usavam menos brinquedos concretos, também não podemos dizer que a motricidade da infância de gerações anteriores era mais desenvolvida sendo que, hoje temos crianças que deslizam facilmente seus dedinhos aos três anos em tabletes, controle remotos entre outros.
Não tem relevância saber se as brincadeiras e os brinquedos de outras gerações eram melhores ou piores; é necessário entender que precisamos respeitar a nossa realidade e o tempo em que vivemos para que possamos acompanhar o desenvolvimento das crianças da nossa atualidade, a linguagem de hoje.
Há um fator muito importante que influência a relação da criança de hoje com as atividades lúdicas feitas ao ar livre, é a insegurança das grandes cidades; cada vez menos podemos deixar as crianças brincarem nas ruas, nas praças, em espaços verdes, nos antigos campinhos de futebol. Isso modificou o brincar e a relação entre as pessoas.
Segundo Fonseca e Muniz (2000, p.81) as brincadeiras são importantes como espaço fundamental na vida, em que haja conquista da liberdade, da autonomia, da compreensão do mundo vivido, de autorreflexão e principalmente de emancipação.
Os jogos e brincadeiras devem ter os seguintes objetivos: trabalhar a ansiedade, rever limites, desenvolver autonomia, aprimorar a coordenação motora, aumentar a concentração, a atenção e o raciocínio, desenvolver a criatividade.
As brincadeiras e os jogos, tanto os antigos como os atuais devem ser mais incentivados, pois, caso contrário, vamos correr o risco de nos tornarmos obsoletos em meio a tantas mudanças e transformações.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse trabalho foram tratados assuntos sobre a origem dos jogos, brincadeiras, para que pudéssemos introduzir uma reflexão mais profunda sobre a sua influência e benefícios à educação.
Foi abordada a importância do brincar e o desenvolvimento motor. Discorremos sobre o papel dos educadores e os jogos na educação; considerou-se falar sobre o brincar de ontem e de hoje, pois, foi necessário saber e entender as transformações sociais por qual o brincar passou. O brincar na atualidade foi imprescindível para fechar a pesquisa de forma a compreender que esse assunto é pauta de permanente reflexão dentro da área educacional, é uma abertura para continuidade do estudo de forma democrática e construtiva.
A partir de pesquisa bibliográfica estudou-se que a criança aprende e se desenvolve muito enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.
Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
Além da interação, vimos que a brincadeira, o brinquedo e o jogo são fundamentais como mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade, a aprendizagem e principalmente a psicomotricidade.
Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades.
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com o objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.
A necessidade de introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar foi uma linear muito importante no desenvolvimento do artigo, devido a influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de brincar aprendendo.
Conclui-se que o lúdico facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolve o individuo como um todo, sendo assim, a educação deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança.
REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
SÁNCHEZ, Pilar A.: MARTINEZ, Marta R.: PEÑALVER, Iolanda V. A Psicomotricidade na Educação Infantil: uma prática preventiva e educativa. Porto Alegre: Armed, 2003.
SEBER, Maria da G. Construção da Inteligência pela Criança. São Paulo: Scipione, 2002.
_______. Piaget: o diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. São Paulo: Scipione, 1997.
SLADE, Peter. O Jogo Dramático Infantil. São Paulo: Summus, 1978.
UNESCO. Fontes para a educação infantil. São Paulo: Fundação Orsa, 2003.
VAYER, P. O Equilíbrio Corporal: uma abordagem dinâmica dos problemas da atitude e do comportamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
http://brinquedoteca.net.br/. Acesso em 02/05/2018.
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/. Acesso em 02/05/2018.

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