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TCC JARIS JUNIOR

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FACULDADE DE ALTA FLORESTA (FAF)
FACULDADE DE DIREITO DE ALTA FLORESTA (FADAF)
engenharia civil
jaris junior domingos
ANÁLISE DE MATERIAIS ALTERNATIVOS UTILIZANDO A SERRAGEM DE MADEIRA COMO AGREGADO MIÚDO
alta floresta
2020
jaris junior domingos
ANÁLISE DE MATERIAIS ALTERNATIVOS UTILIZANDO A SERRAGEM DE MADEIRA COMO AGREGADO MIÚDO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Faculdade de Direito de Alta Floresta (FADAF), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
alta floresta
2020
A minha família, razão de minha existência.
A Deus.
Agradeço a meu orientador pela paciência e grande ensinamentos.
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
SUMÁRIO
Sumário
1 JUSTIFICATIVA	1
2 OBJETIVO GERAL	2
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	3
4 REVISÃO TEÓRICA	4
5 METODOLOGIA	6
	1 JUSTIFICATIVA
A busca por novas tecnologias, a reciclagem de resíduos, o desenvolvimento sustentável tem sido um desafio encarado por arquitetos, engenheiros, pesquisadores e até pela própria sociedade na busca de soluções de diversos problemas que ocorrem nas cidades 
Um desses problemas é decorrente do setor madeireiro que origina em seu processo o resíduo serragem de madeira que pode causar impacto ambiental no solo, na agua ou no ar decorrente da queima, para o setor o destino adequado a este resíduo ainda é um grande desafio pois em função das suas características poucas alternativas são apresentadas e a maioria gera algum tipo de impacto, sendo mais utilizado como fonte de energia para caldeiras através de sua queima. 
Na região de Alta Floresta existe muitas industrias madeireiras, em função desta atividade a quantidade de resíduos gerado é muito grande e sendo poucos os estudos que orientem a diminuição da geração de resíduos. 
Segundo Dantas Filho, o pó de serra utilizado como agregado miúdo em substituição parcial ou total ao agregado miúdo mineral (areia) possibilita a redução significativa da areia na produção de blocos de concreto para vedação e/ou elementos de enchimento de pré-lajes, comportando-se como um material mais leve e termo isolante, em função da baixa condutividade térmica. As pesquisas revelaram que o material é 3,5 vezes mais isolante térmico que o concreto convencional. Segundo ele, materiais convencionais, como o concreto, por exemplo, precisam ser revestidos com isolantes térmicos para reduzir o calor gerado nos ambientes, o que além de encarecer o projeto nem sempre produz efeito estético satisfatório. 
Neste trabalho se busca o uso da serragem para utilização na fabricação de blocos maciços e vazados, melhorando assim em termos de peso, pois com a substituição parcial no bloco tende a ficar mais leve e melhorar o conforto térmico e acústico. 
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2 OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar de que forma o desenvolvimento de materiais alternativos pode refletir ou contribuir na redução da serragem, utilizando-a para fabricação de blocos maciços e vazados , com a finalidade de buscar ganhos em benefícios ambientais e sociais na cidade de Alta Floresta. 
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a)    Verificar quais são as madeiras que mais geram resíduos 
b)    Buscar normas e artigos que falam sobre blocos fabricados com serragem de madeira. 
c)    Desenvolver testes para determinar o melhor traço que proporcione uma resistência pedida pela norma 
d)    Examinar os resultados obtidos 
e)    Avaliar se a serragem pode ou não ser utilizada como aglomerado na produção de blocos maciços e vazados. 
4 REVISÃO TEÓRICA
A serragem ou pó de serra é uma substância orgânica alcançada através do corte, moagem, perfuração, raspagem ou, em geral, da madeira com serra ou qualquer outra ferramenta de corte usada em serrarias, fábricas ou nas funções domésticas. Dependendo da ferramenta usada para processar a madeira, ela gera vários formatos e tamanhos. 
Segundo Dantas Filho (2004) as fibras vegetais tem baixo módulo de elasticidade e elevada resistência à tração. Sua utilização como reforço proporciona às matrizes cimentíceas maior resistência ao impacto, causada por absorção de energia, possibilidade de trabalho no estágio pós-fissurado e aumento na capacidade de isolamento termo acústico. 
A utilização do pó de serra como agregado miúdo em blocos de concreto e em argamassas visa melhorar o conforto ambiental da edificação e dá ao resíduo um destino mais nobre que a combustão.(GRANDI, 1995). 
Segundo SOUZA (2010), entre as possíveis alternativas de reciclagem, estão a fabricação de painéis de madeira compensada, a queima para a produção de energia e a utilização destes resíduos como fibras na produção de concretos com potencial de isolação térmica e acústica. 
Em busca de novas alternativas para melhorar os aspectos  e reduzir os resíduos de serragem de madeira tem sido testado na fabricação de blocos  tendo com  características: 
A mistura de pedaços de palha ou fibras, por exemplo, reduz acentuadamente o efeito de retração quando da secagem do material úmido. A utilização de produtos tais como óleos de origem vegetal ou animal, ou emulsões asfálticas tem a finalidade de aumentar significativamente a impermeabilidade, melhorando as condições de durabilidade (TAVEIRA, 1987). 
De acordo com HORVATH (2004), na Austrália, Finlândia, Alemanha, Holanda e Estados Unidos, dos resíduos sólidos gerados, de 13 a 29% são provenientes de construção e demolição. No Brasil, esse número é em torno de 50% do total de resíduos sólidos gerados (SPOSTO, 2006). 
Tal qual GUIMARÃES (1990) os primeiros trabalhos no Brasil empregando fibras como materiais de reforço do compósito cimentício foram realizados a partir de 1980, no Centro de Pesquisa do Governo do Estado da Bahia, utilizando materiais naturais como as fibras vegetais provenientes das culturas de sisal, piaçava, coco, bambu e cana-de-açúcar, originários da região nordeste. 
"Conforme citado acima" SANTOS (2009 ) as pesquisas relativas a resíduos de madeira proveniente de construção civil no Brasil são incipientes. Este fato estimula a investigação sobre esse tema e contribui para a formação de uma cultura relacionada a soluções para os problemas ambientais e de novas alternativas para o setor da construção civil. 
O doutor em Engenharia Ambiental e diretor do Núcleo de Tecnologia das Madeiras e Fibras do Departamento de Desenho e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Sanatiel de Jesus Pereira, está empenhado em produzir conhecimento utilizando as sobras das madeiras como componente para edificações de interesse social, destinadas às famílias de baixa renda. 
Os blocos ecológicos elaborados a base das sobras da paparaúba, árvore comum em região de rios, foram submetidos a testes de resistência mecânica e, ao longo de seis anos de pesquisa, comprovou-se que o material sustentável apresenta o dobro de resistência se comparado com os blocos de concreto tradicionais. "A serragem da paparaúba é a madeira ideal. Os ensaios demonstram que esta espécie é a que apresenta maior compatibilidade com a água e o cimento na fabricação", explica Sanatiel. 
A produção envolve três etapas: a seleção da madeira, a separação por granulometria (processamento da serragem em grãos de diferentes espessuras)e, após a fabricação, é realizado o teste de resistência mecânica para verificar a capacidade de sustentação do bloco. O peso do bloco ecológico é três vezes menor que o peso tradicional, feito com cimento, areia, pedra e água. 
Devido à dificuldade para o uso desse resíduo essa pesquisa se justifica através da utilização desses resíduos na fabricação de blocos em contribuição para o meio ambiente e ao meio económico. 
Segundo DANTAS Filho (2004 ) assim sendo, a recuperação dos resíduos da indústria madeireira na forma de pó de serra é uma forma mais atraente de solucionar o problema do destino final dos resíduos,tanto do ponto de vista comercial como do ponto de vista ambiental. 
 
5 METODOLOGIA
A granulometria do pó de serra será feita da seguinte forma, iremos pegar 300g do resíduo, esse material será submetido ao peneiramento conforme procedimento da NBR 7211, as séries de peneiras indicadas pela norma são, 4,8mm; 2,4mm; 1,2mm; 0,60mm; 0,30mm; 0,15mm e o fundo. 
Para a caracterização da areia será feita do mesmo modo do pó de serra. Após caracterização dos agregados e do resíduo será desenvolvido traços de concreto com a substituição em massa do agregado miúdo por quatro teores de fibra vegetal 15%, 25%, 50% e 75% e o traço base sem adição dos resíduos, o cimento utilizado para os traços será o CP II 32. 
Na sequência serão moldado os corpos de prova referente a cada traço conforme a NBR 5738 . Após moldagem de todos os corpos de prova os mesmos ficaram protegidos e livres de qualquer vibração, ficando em descanso por 24h e cobertos com material não reativo e não absorvente. 
Depois de iniciado o tempo de cura e desmoldados os corpos de provas serão armazenados na câmara úmida. Para os traços de concreto com o resíduo da madeira serão feito o tratamento do pó de serra segundo o método utilizado por Dantas Filho, o pó de serra será imerso por 24h em uma substância alcalina, o Cal Hidratado, a quantidade de cal empregada será de 5% p/p (peso/peso) da massa unitária do pó de serra e diluída na proporção de 10 litros de água para 1 kg de pó de serra seco, esse processo serve para impermeabilização parcial do resíduo vegetal, garantindo a compatibilidade do material no traço do concreto, após esse processo o material será lavado em água corrente e posto para secar ao ar livre por três dias. 
O pó de serra utilizado será retirado de madeireiras , localizada na cidade de Alta Floresta-MT, a qual não tem um local definido para o descarte desse resíduo, ficando no pátio a céu aberto. 
Os ensaios de resistência à compressão dos corpos de prova cilíndricos serão feitos conforme a NBR 5739, com rompimento nas idades: 7, 14 e 28 dias de idade. 
Esse realizado para identificar a influência do resíduo de madeira com tratamento e sem tratamento na resistência à compressão do concreto aos seus 28 dias de idade.
6 REFERÊNCIAS
SANTOS, Raquel do Carmo. Serragem substitui materiais da construção civil. Jornal da Unicamp, Campinas - SP, 06 de jun. de 2004. Edição 275. Disponível em: . acesso em. 13/03/2020. 
DANTAS F, F. P. Contribuição ao estudo para aplicação do pó de serra da madeira em elementos de alvenaria não estrutural. 136p. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.
GRANDI, L. A. C. Placas pré-moldadas de argamassa de cimento e pó de serra. 1995. 128f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
SOUZA, F.R. Compósito de lodo de estação de tratamento de água e serragem de madeira para uso como agregado graúdo em concreto.2010 . Tese ( Doutorado) - Universidade de São Paulo, Instituto de química de São Carlos.
TAVEIRA, E. S. N. O solo-cimento no campo e na cidade. Construir, morar, habitar. Coleção Brasil Agrícola, Ícone editora. 2ª edição. São Paulo, SP, 1987.
SPOSTO, R.M. Os resíduos da construção: Problema ou solução? Revista Espaço Acadêmico. No 61, ano VI, Junho de 2006. 
HORVATH, A. Construction materials and the environmental. Annual Review of Environment and Resources. California, 2004.
SANTOS, M .P- FABRICAÇÃO DE SOLO-CIMENTO COM ADIÇÃO DE RESÍDUOS DE MADEIRA PROVENIENTES DA CONSTRUÇÃO CIVIL , 2009.
GUIMARÃES, S.S. Vegetable fibre-cement composites, Proceedings of the second International Symposium on Vegetable Plants and their Fibres as Building Materials by RILEM 7, Salvador, Bahia, pp 98-107, 1990.
https://imirante.com/sao-luis/noticias/2014/11/28/blocos-de-concreto-sao-fabricados-com-reaproveitamento-de-madeira.shtml

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