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1 APOSTILA DA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE

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APOSTILA DA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS DO CURSO 
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UMUARAMA 
 
2009 
 2
 
 
 
 
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
 
 Na pré história já acontecia a industrialização quando o homem polia a pedra para transformá-la em 
ferramentas. O artesão foi o primeiro a produzir organizadamente. Com o passar do tempo o artesão foi sendo 
substituído pela indústria. Neste caso podemos citar a evolução da produção em pequenas para grandes 
escalas, como a produção em série e utilizando cada vez mais a tecnologia para produzir mais com menos 
recurso, ou seja, buscando sempre maior produtividade para ter mais competitividade de mercado. A cultura 
de melhoria contínua através de técnicas sofisticadas sempre ocorreu através do tempo. 
 A industrialização são atividades que levam a transformação de um bem tangível para outro com maior 
utilidade. 
 Com a revolução industrial surge a necessidade de padronização em massa, a preocupação era produzir o 
máximo. O Japão após a Segunda Guerra Mundial desenvolvem estratégias empresariais, voltada para 
exportação e conquistar o mercado mundial. O americano estava atrelado em quantidade de produção e o 
Japonês se preocupava em atender em qualidade. 
 As empresas foram obrigadas a ouvir o mercado e saber o que o mercado quer. Isto define e revoluciona 
todo o processo industrial onde as empresa começam a traçar estratégias competitivas, como: inovação, 
flexibilidade, custo competitivo, qualidade, produtividade. 
 
 
2 - O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL 
 
 Auxilia no andamento eficaz da empresa, diz respeito ä capacidade de planejar as atividades, 
principalmente no sentido de fazer agora para chegar depois ao lugar ou situação desejada. 
 Fatores para o planejamento da micro e pequena empresa 
- Facilidades em adequar as novas situações 
- Relacionar diretamente com os clientes 
- Expansão de mercado 
- Diferencial da empresa 
- Recursos disponível 
- Sazonalidade 
- Parcerias com outras empresas 
- Tecnologia e informática 
 
 Benefícios do planejamento 
- Maior produtividade 
- Melhora o direcionamento da empresa 
- Antecede fatos importantes 
- Reduz a margem de erro 
 
 Etapas do planejamento 
- Reconhecimento da situação atual 
- Definição da situação ideal desejada 
- Identificação do que falta para chegar lá 
- Levantamento de solução possíveis 
- Escolha da melhor solução 
- Organização dos recursos e atividade para executar 
- Implantação ou ação 
- Controle ou acompanhamento 
 3
 
3 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
 
 As empresas buscam um melhor posicionamento competitivo nos mercados mundiais, mas principalmente 
quanto se trata de micro e pequenas empresas, a preocupação é a sua sobrevivência, e para isto deve ter todas 
as informações necessárias para antever os acontecimentos. 
 
3.1 CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO 
 
 Área da administração que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam o processo produtivo. Seu 
objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus fatores e recursos: 
 
Fatores: 
� Insumos – matéria-prima qualificada e mais barata; 
� Trabalho – mão-de-obra adequada, reciclada e atualizada; 
� Capital – dinheiro (investimento); 
 
 
3.2 SETORES DA PRODUÇÃO e SETORES DA ECONOMIA 
 
SETORES DA PRODUÇÃO 
O setor primário (no Brasil), ou sector primário (em Portugal), é o conjunto de atividades econômicas que 
produzem matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos 
primários. Muitos produtos do setor primário são considerados como matérias-primas levadas para outras 
indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. Os negócios importantes neste setor 
incluem agricultura, agronegócio, a pesca, a silvicultura e toda a mineração e indústrias pedreiras. 
As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam, empacotam, purificam ou processam as 
matérias-primas dos produtores primários, normalmente se consideram parte deste setor, especialmente se a 
matéria-prima é inadequada para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias. émbora o tráfego 
atualmente está um caos, vale a pena produzir alimentos para a subsistencia e comercializar. Segundo a 
nomenclatura econômica, o "setor primário" está dividido em seis atividades econômicas: 
• Agricultura - Pecuária - Extrativismo vegetal - Caça - Pesca - Mineração 
 
O setor secundário é o setor da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo setor primário 
em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem utilizados por outros 
estabelecimentos do setor secundário). 
Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas sociedades desenvolvidas. É nesse setor, que 
podemos dizer que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado. A indústria e a construção 
civil são, portanto, atividades desse setor. Existe grande utilização do factor capital. 
 
O setor terciário (no Brasil) ou sector terciário (em Portugal), também conhecido como setor serviços, no 
contexto da economia, envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento de serviços 
comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros. 
 4
Definição 
O setor terciário é definido pela exclusão dos dois outros setores[1]. Os serviços são definidos na literatura 
econômica convencional como "bens intangíveis". 
O setor terciário é o setor da economia que envolve a prestação de serviços às empresas, bem como aos 
consumidores finais. Os serviços podem envolver o transporte, distribuição e venda de mercadorias do 
produtor para um consumidor que pode acontecer no comércio atacadista ou varejista, ou podem envolver a 
prestação de um serviço, como o antiparasitas ou entretenimento. Os produtos podem ser transformados no 
processo de prestação de um serviço, como acontece no restaurante ou em equipamentos da indústria de 
reparação. No entanto, o foco é sobre as pessoas interagindo com as pessoas e de servindo ao consumidor, 
mais do que a transformação de bens físicos. 
As últimas décadas foram marcadas por importantíssimas conquistas científicas e fantásticas inovações 
tecnológicas, que acabaram por provocar profundas transformações no estilo de vida das pessoas. Diante 
dessa conjuntura as empresas, que vendem excelência, trataram de reinventar as suas estruturas. 
 
SETORES 
 Ao Primeiro Setor, representado pelo Governo, cabe a missão de dar oportunidades (iguais) para que a 
população tenha acesso a serviços públicos de excelente qualidade, como uma das formas de eliminar o 
perverso abismo que separa a ilha dos ricos do oceano dos pobres. A política de desenvolvimento econômico 
deve privilegiar a geração de empregos e a melhoria da distribuição de renda, como pré-requisitos para que o 
país melhore a sua classificação no ranking mundial do IDH - índice de desenvolvimento humano. 
 Na iniciativa privada vamos encontrar o Segundo Setor, que tem no lucro a sua singular motivação. 
Estatísticas divulgadas pela imprensa comprovam que o índice de mortalidade de pequenas empresas tem sido 
excessivamente elevado. Entre as causas desses tropeços destacam-se falhas de planejamento e de pesquisas 
de mercado, recursos financeiros insuficientes para capital de giro, inexperiência em gestão empresarial e 
relacionamento insatisfatório junto à clientela. Apostar na melhoria contínua do processo é uma das mais 
inteligentes estratégias gerenciais. 
 No Terceiro Setor encontram-se os mais diversostipos de instituições sem fins lucrativos e os 
investimentos em projetos sociais desenvolvidos pela iniciativa privada. Este setor,que movimenta bilhões de 
dólares mundialmente e gera milhões de empregos,tem como objetivo maior tornar a sociedade mais justa 
economicamente e mais igualitária socialmente. A importância do tema nos leva à uma reflexão sobre o 
editorial da revista "Falando de Qualidade" (edição de 04/2004): "Tem como base de sustentação a ética, que 
se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização,pois não adianta remunerar mal os 
funcionários, corromper a área de compras dos clientes, pagar propinas aos fiscais do governo e, de outro 
lado, desenvolver programas junto a entidades sociais da comunidade. Esse comportamento não segue uma 
linha de coerência entre o discurso e a ação." 
 O Quarto Setor, sinônimo da economia informal, sobrevive através de criativos artifícios para fugir das 
garras do leão do imposto de renda. Com passaporte multinacional, o setor não tem preconceito, não 
discrimina e não provoca exclusão social, profissional, racial, eleitoral, empresarial ou digital. 
 
Recursos: 
� De materiais (adm. De produção); 
� Financeiros (adm. Financeiro); 
� Humanos (adm. De pessoal); 
� Mercadológicos (adm. Mercadológica); 
� Administrativo (adm. Geral); 
 
 5
 
3.3 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
 Segundo Chiavenato, pg. 208, o desenho ou estrutura organizacional decorre da diferenciação de atividade 
dentro da empresa. Ou seja, a empresa é dividida em departamento, áreas no qual cada uma tem suas 
atividades sendo representada por um organograma. 
 
 
 
 
organograma 
 
 
 
 
 
 
Obs. “Aplicar aquilo que conhecemos e buscar aquilo que não conhecemos.” - Base do Administrador. 
 
 
3.4 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS / SERVIÇOS 
 
Área produtiva é classificada em produção de bens tangíveis e intangíveis: 
 
Bens tangíveis: 
De consumo 
 Duráveis (geladeira) 
 Semiduráveis (roupas) 
 Perecíveis (alimentos) 
De produção 
 Equipamentos industriais 
 
Bens intangíveis ou serviços 
 Prestadores de serviços 
 
 
3.5 COMPONENTES DOS PRODUTOS / SERVIÇOS 
 
A. Embalagem: madeira, plástico, vidro, etc... 
- Tem as funções técnicas sobre o produto; 
- Tem as funções logísticas sobre o transporte e armazenagem; 
- Tem as funções de comunicação, ou seja, as orientações ao consumidor; 
 
B. Qualidade: interna e externa 
 
C. Custo: custo de produção, custo de armazenagem/estocagem e custo de distribuição. 
- Custo de produção – direto e indireto: 
Direto – materiais (insumos) e mão-de-obra (direta); 
Indireto – despesas gerais de produção e despesas de mão-de-obra indireta; 
 
- Custo de armazenagem / estocagem: 
Aluguel de deposito / salário; 
 6
Seguro / despesas financeiras; 
Máquina / equipamentos de movimentação; 
 
- Custo de distribuição: 
Transporte. 
 
 
3.6 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS / SERVIÇOS 
 
Estudo e pesquisa, criação, adaptação, melhorias na empresa. Levar em consideração os seguintes passos 
para desenvolvimento de novos produtos: geração da idéia, especificações funcionais, seleção do produto, 
projeto preliminar, construção do protótipo, testes, projeto final, introdução e avaliação. 
 
 
3.7 - SISTEMA DE PRODUÇÃO 
 
 O sistema produtivo pode ser exemplificado da seguinte forma: 
 
 Processo Produtivo 
 
 
 Almoxarifado Produção Almoxarifado/ 
Entrada de matérias-primas máquinas, mão-de-obra depósito de Saídas 
 Materiais e equipamentos prods acabados 
Fornecedores Clientes 
 
 
 Produção 
 
 Sob encomenda em lotes contínua 
 pedido volume volume 
 
 
 
 
3.8 - O IMPACTO NA TECNOLOGIA DO CONHECIMENTO E EQUIPAMENTO 
 
 Implementação da informática na empresa com intuito de dinamizar e otimizar tempo nas informações de 
dados. 
 Tecnologia no processo produtivo trazendo otimização de recursos, buscando maior eficiência na produção 
como rapidez, qualidade, segurança e produção. Nas áreas do: 
 
Conhecimento: 
- Mão-de-obra não qualificada; 
- Mão-de-obra qualificada; 
- Mão-de-obra especializada; 
 
Equipamento: 
- Com tecnologia – intensiva; 
- Com média tecnologia; 
 
 
 7
3.9 - CAPACIDADE INSTALADA E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 
 
Capacidade instalada - é a capacidade máxima que a empresa comporta produzir. 
Capacidade de produção - é a capacidade instalada com os recursos: materiais, humanos e financeiros. 
*obs. Para calcular esta capacidade terá que levar em consideração os seguintes itens: 
 
Medidas de tempo: Homens hora de trabalho; 
 Carga horária da maquina; 
 Tempo de atendimento; 
 
 
3.10 - LOCALIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES 
 
� Proximidade Da Mão-De-Obra; 
� Proximidade Da Matéria-Prima – Fornecedor; 
� Proximidade do mercado consumidor; 
� Facilidade do transporte; 
� Infra-estrutura; 
� Tamanho do local; 
� Incentivos fiscais; 
 
3.11 - LAYOUT / ARRANJO FÍSICO 
 
 É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da melhor maneira, mais adequada ao processo 
produtivo. 
Importância de um bom arranjo físico 
 
 
De acordo com Petrônio G. Martins e Fernando P. Laugeni (1998 – pg 108) 
“a sequência lógica a ser seguida para o layout é: localização da unidade 
industrial, determinação da capacidade, layout da empresa. Os tipos de 
layout são: por processo ou funcional; em linha; celular; por posição fixa e 
combinados. 
 
 Etapas para a elaboração do layout: 
- Determinar a quantidade a produzir 
- Planejar o todo e depois as partes 
- Planejar o ideal e depois o prático 
- Seguir a sequência: local – layout global – layout detalhado 
- Calcular o número de máquinas 
- Selecionar e elaborar o tipo de layout considerando o processo e as máquinas 
- Planejar o edifício 
- Desenvolver instrumentos que permitam a clara visualização do layout 
- Utilizar a experiência de todos 
- Verificar o layout e avaliar a solução 
- “Vender” o layout 
- Implantar 
- 
- Layout por produto – é a disposição que demonstra as operações do produto; 
 
Entrada Saída 
 
Matéria-prima Corte Prega 
 8
 
 
- Layout por processo – é a disposição que demonstra as etapas, seções de cada processo; 
 
 Seção Seção Seção 
Entrada A B C Saída 
 
 
 
3.12 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO 
 
 Tem a finalidade aumentar a eficiência e eficácia da produção. Planeja, organiza, direciona e controla op 
desempenho produtivo. 
 
São quatro as fases de Planejamento e Controle de Produção (P.C.P.). 
- Projeto de Produção: 
- Quantidade e características das maquinas e equipamentos; 
- Quantidade de pessoal disponível – inventario das pessoas, cargos e funções em cada área; 
- Volume de estoques e tipos de matéria-prima – inventario de estoques; 
- Métodos e procedimentos de trabalho – cálculos; 
 
- Coleta de informações: 
- Movimentação / fluxograma da produção – capacidade produtiva; 
- Horário de trabalho – cronograma; 
- Volume necessário – estoque (compra, venda, produção p/ alcançar as metas); 
- Tempo padrão / tarefas; 
 
- Planejamento de Produção: 
 Capacidade de produção 
 
 
- Previsão plano de 
de vendas produção 
 
 
 Nível de Estoque 
 
- Implementação do plano; 
 
 
 
 
 
 
 
- Execução do Plano de execução – emissão de ordens que deverão ser executadas: (ordem de 
produção, montagem, serviço, compra); 
 
- Controle de Produção – acompanhar, avaliar e regular as atividades produtivas; tem a finalidade de 
correção e prevenção das falhas, avaliandoa produção composta por: 
- Estabelecimento de padrões: padrão de quantidade, padrão de qualidade, padrão de tempo e 
padrão de custos; 
Seções 
A 
B 
JAN FEV MAR ABR MAI 
C 
 9
i. Padrão de quantidade: volume de produção, nível de estoque, nível de horas 
trabalhadas. 
ii. Padrão de qualidade: controle de qualidade de matérias-primas / produtos acabados, 
especificação de produtos. 
iii. Padrão de tempo: tempo padrão, tempo médio de estocagem, padrões de rendimento. 
iv. Padrão de custos: ver anterior 
 
- Avaliação e comparação de dados – Benchmarketing (melhor resultado). 
 
- Manutenção É a técnica utilizada para aumentar e aproveitar melhor a vida de máquinas e 
equipamentos. Há dois tipos de manutenção: preventiva e corretiva. 
 
- A manutenção preventiva estabelece parada periódicas para que sejam realizadas trocas de 
peças gastas, apertos, assegurando um funcionamento perfeito do maquinário ou equipamento. 
 
- Manutenção corretiva – quando repara os defeitos após problemas já ocorrido 
 
Principais objetivos do planejamento e controle da produção são: 
 
- Atender a clientela dentro dos prazos e quantidade negociadas 
- Reduzir Custos 
- Fornecer informações sobre o que, quando e quanto comprar de matérias-primas e insumos 
- Assegurar a plena utilização da capacidade instalada e do pessoal disponível 
- Aumentar a rapidez de circulação do material, evitando a formação de estoques intermediários 
desnecessários, reduzindo assim o prazo de produção 
- Para planejar melhor a produção é preciso conhecer todos os fatores que estão no processo 
produtivo como materiais, pessoas, qualidade desejada, capacidade de produção dos equipamentos, 
prazo de entrega, pedidos existentes e outros. Estabelecer sequência nas operações, elaborar um 
programa de produção 
 O controle da produção são os registros das atividades exercidas e comparando o que foi planejado e o 
realizado. 
 
Produtividade 
 Significa produzir o máximo possível com as pessoas, máquinas e materiais com menor recurso possível, 
podendo ser representado também pela fórmula: 
 
Produtividade = número de peças produzidas(Valor produzido)___________ 
 esforço e recurso utilizado p/ produzir(Valor Consumido) 
 
 
Quadro da pagina 3 da obra Controle da Qualidade Total - TQC de Vicente Falconi Campos - 1992. 
 
 Pessoas treinadas e motivadas aumentam em muito a produtividade, reduzindo sobremaneira os acidentes e 
o custo final do produto. 
 
3.13 - ESTOQUES 
A avaliação de estoques parece ter sido a primeira das aplicações gerenciais da Contabilidade de Custos é 
geralmente aceito que os problemas de avaliação de estoques estão na própria origem da Contabilidade de 
Custos – foi para resolvê-las que procedimentos típicos de análise e apuração de custos começaram a ser 
desenvolvidos. 
 10 
3.13.1 - CONCEITO DE ESTOQUE 
O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que: 
• São mantidos para venda futura; 
• Encontra-se em processo de produção; ou 
• São correntemente consumidos no processo de produção de produtos ou serviços a serem vendidos. 
Ativos considerados estoques: 
• Mercadorias para comércio ou produtos acabados (matéria-prima e mercadorias mantidas para venda); 
• materiais para produção (materiais comprado com a intenção de incorporá-los ao produto final através 
do processo produtivo); 
• materiais em estoque não destinados à produção normal, chamados também de indiretos, auxiliares ou 
não produtivos (itens fisicamente não incorporados ao produto final, como ferramentas, material de 
limpeza e segurança); 
• produtos em processo de fabricação ou elaboração (que inclui material direto, mão-de-obra direta e 
custos gerais de fabricação) – devem refletir o custo atual dos produtos em processo; 
• custo das importações em andamento referente a itens de estoque. 
As empresas comerciais – tendo como função a revenda de bens adquiridos prontos de seus fornecedores- têm 
avaliação de seus estoques simplificada. 
Os estoques limitam-se, em geral, ao estoque de produtos destinados à comercialização e ao estoque de 
materiais diversos ou auxiliares que, referindo-se a itens adquiridos prontos, tem o seu custo disponível nos 
documentos de aquisição, restando, apenas para a devida avaliação do estoque, aplicar, sobre esse custo, o 
método de apuração definido na legislação em vigor. 
As empresas industriais, por sua vez, transformando matérias-primas e acoplando componentes para compor o 
produto final, apresenta, além dos estoques encontrados nas empresas comerciais, os estoques de matérias-
primas para produção e os estoques de produtos em processamento, cujos itens, uma vez concluídos, são 
transferidos para o estoque de produtos acabados, correspondente ao estoque de bens para venda das empresas 
comerciais. 
 
3.13.2 – CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE ESTOQUE 
A empresa precisa conhecer seus estoques e obter as informações necessárias p/ saber o estoque ideal para um 
item. Para que isso ocorra há necessidade de pelo menos dois itens: fichário de estoque e classificação A, B, 
C. 
 
- Fichário de Estoque 
Banco de dados sobre os materiais, um conjunto de informações contendo: identificação 
(nome, número, especificações), controle (lote mínimo, demanda, preço unitário), rotação 
(pedido de reposição, recebimento e retiradas do material), saldo existente (pedido e reserva). 
 
- Classificação A,B, C, 
Dividir o estoque em três classes: 
Classe A- 15 a 20%- representa 80% valor do estoque. 
Classe B- 40%- representa 15% valor do estoque. 
Classe C- 40%- representa 05% valor do estoque. 
 11 
 
Classificação de estoques mais importantes 
 Recomenda-se controlar aqueles mais importantes, que consomem um grande volume de recursos. Para 
identificar quais os produtos a serem controlados, subdivide-se em três classes de ítens, A, B e C. 
Classe A – os mais importantes, consomem grande volume de recursos. 
Classe B – Corresponde a quantidade média de ítens e com um valor expressivo. 
Classe C – Representam grande quantidade de controle , mas com pouco volume de recursos. 
 
Níveis de estoque 
 Deve-se levar em consideração vários aspectos: 
- Tempo de reposição: emissão do pedido, preparação do pedido, transporte 
- Estoque Mínimo 
- Estoque Máximo 
 
3.13.3 – PRINCIPAIS TIPOS DE ESTOQUE 
- Matéria prima 
- Materiais de expediente e limpeza 
- Peças e componentes 
- Produtos em processo de elaboração 
- Produtos acabados 
- Mercadorias 
- Ferramentais 
- Embalagens 
 
 
3.13.4 - MÉTODOS HABITUAIS DE CODIFICAÇÃO DE ESTOQUE 
 O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especialização, 
normatização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa, para 
existir um controle eficiente dos estoques. 
 No método mais usual, as mercadorias ou produtos são classificados da seguinte maneira: 
1.GRUPO 
1.1 SUB GRUPO 
1.1.1 ESPECIFICAÇÃO 
EX. 1.1.1 CANETA AZUL 
GRUPO 1 – MATERIAL DE ESCRITORIO 
SUB-GRUPO 1.1 CANETA 
ESPECIFICAÇÃO 1.1.1 MARCA/COR 
 
3.13.5 - CONTROLE DE ESTOQUE 
As informações deverão estar sendo monitoradas para ajudar nas decisões, nestes controles também deve 
verificar a rotatividade dos produtos, para isto é calcular rotatividade = consumo médio : estoque médio. 
Podendo ser diário, semanal, quinzenal, mensal, bimestral, anual conforme a necessidade da empresa. 
 
3.13.6 - OBJETIVO PRINCIPAL DO CUSTEIO DOS ESTOQUE E A SELEÇÃO DOS MÉTODOS 
DE CUSTEIO. 
O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de custos adequados às vendas, de forma que o lucro 
apropriado seja calculado. 
Em adição ao fator lucro, existe um númerode outros fatores que influenciam as decisões relativas à seleção 
dos métodos de custeio de estoque. 
 12 
A lista destes fatores, excluindo a definição de lucro, incluiria: 
• aceitação do método pelas autoridades do Imposto de Renda; 
• a parte prática da determinação do custo; 
• objetividade do método; 
• utilidade do método para decisões gerenciais. 
3.13.7 - AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, além do preço, 
todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais 
recebidas. 
O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser reportado para um determinado período 
contábil. Permanecendo inalterados outros fatores, quanto maior for o estoque final avaliado, maior será o 
lucro reportado, ou menor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, menor será o lucro reportado, ou 
maior será o prejuízo. 
Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais 
compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de 
selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques. 
Os métodos mais comuns são: 
• Custo médio; 
• Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS); 
• Último a entrar, primeiro a sair (UEPS). 
Custo Médio 
Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação dos 
custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo 
Fisco e usado amplamente. 
Para ilustrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no início do mês de março, possua um estoque 
(inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a R$ 20 cada uma, ou seja, um total de R$ 400 de 
Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria em março é a seguinte: 
Data Operação 
5/mar. compra de 30 unidades a $ 30 cada 
11/mar. Venda de 10 unidades 
17/mar. Venda de 20 unidades 
23/mar. compra de 30 unidades a $ 35 cada 
29/mar. Venda de 10 unidades 
Suponha as seguintes informações: 
 13 
• As 10 unidades vendidas dia 11/mar. saíram do lote comprado dia 5/mar.; 
• As 20 unidades vendidas dia 17/mar. saíram do estoque inicial; 
• As 20 unidades vendidas dia 29/mar. saíram do lote comprado dia 23/mar. 
 
Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) 
Com base nesse critério, dá-se saída no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o primeiro que sai 
(PEPS). À medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixas no estoque a partir das primeiras compras, o 
que eqüivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades 
compradas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo 
de produção o ou a ser vendida. 
Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos mais recentes preços pagos apresentando, dessa 
forma, uma relação bastante significativa com o custo de reposição. Obviamente, com a adoção desse método, 
o efeito da flutuação dos preços sobre os resultados é significativo, as saídas são confrontadas com os custos 
mais antigos, sendo esta uma das principais razões pelas quais alguns contadores mostra-se contrários a esse 
método. Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e sim o conceito do resultado (lucro). 
As vantagens do método são: 
• Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira lógica e 
sistemática; 
• O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas; 
• O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, representa uma condição 
necessária para o perfeito controle dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos a 
deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc. Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS). 
 
Último a entrar, primeiro a sair (UEPS) 
O UEPS (último a entrar, primeiro a sair) é um método de avaliar estoque muito discutido. O custo do estoque 
é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as 
primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas 
unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o 
custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou 
produzidos, e assim, os preços mais recentes). Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma 
importância que, se colocada à disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações futuras da empresa. 
O método UEPS não alcança a realização do objetivo básico, porque são debitados contra a receita os custos 
mais recentes de aquisições e não o custo total de reposição de todos os itens utilizados. 
 
As vantagens e desvantagens do método UEPS são: 
• É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira sistemática e realista; 
• Nas indústrias sujeitas a flutuações de preços, o método tende a minimizar os lucros das operações; 
 14 
• Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes são apropriados mais 
rapidamente às produções reduzindo o lucro; 
• O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que procura determinar se a empresa 
apurou, ou não, adequadamente, deus custos correntes em face da sua receita corrente. De acordo com 
o UEPS, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da época, em que o UEPS foi introduzido. 
 
Outros Métodos 
• Custo de mercado na data de entrega para consumo – itens de estoque padronizados e comercializados 
em Bolsas de Mercadorias, tais como algodão, café, trigo cru, etc., são, às vezes, apropriados à 
produção pelo preço de cotação na Bolsa na data de entrega para consumo. Este procedimento 
substitui o custo de compra pelo custo de reposição e tem a virtude de apropriar os itens pelo custo 
corrente, que é, sem dúvida, mais significativo. 
• Custo de mercado ou reposição – através de um sistema pelo qual os ganhos ou perdas, na avaliação 
de estoques, sejam registrados separadamente dos lucros operacionais, a administração será informada 
sobre os efeitos da variação dos preços nos lucros da empresa e sobre o valor de mercado corrente, útil 
na área de planejamento e na de tomada de decisão. Um elemento-chave desse sistema é o valor de 
mercado (custo de reposição) dos itens de estoque. O objetivo principal do custo de reposição é 
determinar o custo de compra atual de um bem que pode estar no estoque há diversos meses, devendo 
prevalecer para fins de determinação inicial do preço de venda. 
 
3.14 - CONTROLE DE QUALIDADE 
 
Programa do 5 S 
 De acordo com Vicente Falconi Campos (1992 – p 173) “O 5S é um programa para todas as pessoas da 
empresa, do presidente até os operadores. O programa deve ser liberado pela alta administração da empresa e 
é baseado em educação, treinamento e prática em grupo.” 
 Ferramenta de trabalho com os conceitos de qualidade que inicia com pequenas atitudes e que tem 
resultado rápido, fácil de aplicar e tem aceitação de todos os empregados. Por isto é utilizado em muitas 
empresas com muito êxito. Muitas empresas iniciam o processo de qualidade com certificação da ISO 9000 
com a implantação dos 5 sensos: 
1) Senso de utilização – Seiri 
 Descarte dos supérfluos, eliminar todas as coisas que não tem utilidade, vendendo, jogando fora, doando, 
etc. 
2) Senso de ordenação – Seiton 
 Organização da empresa – lugar certo para a coisa certa, evita acidente, rapidez na localização de objetos, 
é a arrumação de tudo. 
3) Senso de Limpeza – Seisou 
 Ambiente limpo, seguro, sadio para todos 
4) Senso de Saúde – SeiketsuManter todos empregados com a integridade física e mental, para isto programas de medicina no trabalho, 
combate a Lér, Aids, Cipas - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, Sipat – Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho. Programas que tem adesão e comprometimento de todos na segurança, 
dentro e fora da empresa. 
5) Senso de auto-disciplina – Shitsuke 
 Independência de cada colaborador em realizar os sensos individualmente, sabendo diferenciar o certo do 
errado, o justo do injusto, o companheirismo, a criatividade em participar e ajudar a empresa conseguir seus 
objetivos. 
 
 15 
Programas de melhorias da qualidade: Motivação; Treinamento; Melhorias / métodos; Aplicações de 
técnicas; 
 
C.C.Q. (Circulo de Controle de Qualidade): Pequeno grupo p/ estudar, desenvolver e aplicar as normas; 
 
Programa Zero Defeito: Envolvimento; Reuniões; Atualizar os colaboradores (empregados); Detectar / 
analisar; 
 
Técnicas de C.Q. (Controle de Qualidade): Estatísticas; 
- 
Tipos de C.Q. (Controle de Qualidade): 100%; Amostra; 
 
O controle de qualidade 
 Todo consumidor, ao adquirir o seu produto ou serviço, deseja duas coisas: 
- Qualidade do produto/serviço - satisfaça as suas expectativas quanto a durabilidade, eficiência. 
- Preço - seja o menor possível. 
 O controle de qualidade facilita você prever e eliminar os defeitos. Tem como benefício: aumento do 
prestígio de sua empresa no mercado, redução de seus custos de retrabalho (fabricar outro) e reprodução da 
devolução de peças com defeito. 
 De acordo com Antonio Robles Jr (1.996, p.101) “As premissas estratégicas para a utilização plena do 
Sistema de Custos da Qualidade são três: 1) para cada falha, sempre haverá uma causa, 2) as causas são 
evitáveis e 3) a prevenção sempre é mais barata”. 
 
3.15 - ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
Materiais necessários, na hora certa, no dia certo, na quantidade certa. Utilizam os conceitos básicos em: 
 
� Administração de Materiais: é o planejamento e controle de materiais, das compras, recepção, 
transporte, estocagem, movimentação; é a administração dos fluxos dos materiais. 
Classificamos em cinco etapas. 
- 1ª Etapa - em matéria-prima / insumos básicos p/ produção; 
- 2ª Etapa - materiais em processamento – processo produtivo; 
- 3ª Etapa - materiais semi-acabados (produtos parcialmente acabados); 
- 4ª Etapa - materiais acabados prontos p/ anexar (falta embalar, agregar valor); 
- 5ª Etapa - produtos acabados – prontos para consumo; 
 
� Conceito de Suprimento: aquisição e movimentação de materiais a disposição – é a programação das 
necessidades para suprir, fornecer os produtos p/ o processo produtivo. 
 
� Conceito de Compras: é a localização dos fornecedores, aquisição e pagamento de acordo com as 
necessidades. 
O ciclo de compra é: 
- Análise das ordens de compra; 
- Localização e seleção dos fornecedores; 
- Negociação com o fornecedor; 
- Acompanhamento e recebimento dos materiais; 
 
 
Funções e importância do responsável pela compra 
 
 Por ser uma atividade responsável pela maior fatia do Capital de Giro de uma empresa, comprar bem é tão 
importante quanto produzir e vender. As funções são: 
 
 16 
- Conhecer o mercado 
- Conhecer o nível de estoque 
- Manter atualizado o cadastro de fornecedores 
- Estar em sintonia com as áreas de produção, vendas e finanças da empresa. 
 
 Preços – pesquise, compare e negocie sempre para reduzir os custos dos produtos, ter um bom preço para o 
cliente e vender com certa margem de lucro. 
 Qualidade – conheça as exigências de seus clientes e compare o que melhor se adapte a eles; procure 
melhorar os produtos, evite desperdícios; conferir os produtos nos detalhes e especificações;. 
 Quantidade – Conheça os estoques mínimos e máximos, compre mais vezes em menos quantidade, evite 
ao máximo estoques. 
 Prazo de pagamento – o prazo de pagamento deverá ser superior ao giro dos estoques e maior que o prazo 
de recebimento das vendas. 
 Seleção de fornecedores – tenha no seu fornecedor um parceiro, onde atende os requisitos de prazo, valor, 
confiabilidade e qualidade. 
 
� Conceito de Logística: coordena a estocagem, o transporte, o inventário das informações e entrega de 
produtos acabados. 
 
 O ciclo da administração de materiais é ilustrado abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 4.1 Petrônio G Martins e Fernando P. Laugeni - Administração de produção 
 
 
A necessidade do cliente deverá ser analisado e atendido pelo estoque existente ou pela reposição da compra. 
O recebimento e armazenamento deverá estar sendo conferido e controlado pela área responsável, 
observando a qualidade. 
A distribuição dos materiais deverá ser considerada os seguintes fatores: local, prazo, custo, em condições de 
qualidade. 
 
3.16 – SEGURANÇA NO TRABALHO 
 A prevenção de acidentes, cujo objetivo principal é resguardar a vida e saúde do homem, deve ser 
preocupação não só do empresário, mas de todos na empresa. É preciso identificar as situações de riscos de 
acidentes (atos e ambientes inseguros). Implantando programas de caça aos riscos, com bonificações, prêmios. 
Cumprir e fazer cumprir as exigências de segurança estabelecida nas normas. 
 
 
 
 
RECEBIMENTO 
REPOSIÇÃO DOS 
MATERIAIS 
ANÁLISE 
ARMAZENAGEM 
LOGÍSTICA 
(DISTRIBUIÇÃO) 
ADM MATERIAIS 
 17 
4 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL 
 
4.1 - LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA COMPETITIVA 
 
O meio empresarial está vivenciando uma fase em que a competitividade esta cada vez mais acirrada 
nos diversos segmentos de mercado, isto devido a globalização econômica que tem se acompanhado. 
Neste ambiente as empresas têm buscado alternativas para manter sua competitividade através de dois 
tipos básicos de vantagem competitiva: menor custo e diferenciação nos serviços. 
Portanto, não basta às empresas tentarem se sustentar apenas na marca de seu produto, a qualidade 
também é um ponto muito importante. Qualidade entendida não apenas do produto, mas qualidade também no 
nível de serviço oferecido aos clientes, isto faz com que surja canais alternativos tal como a logística com o 
intuito de auxiliar a empresa tornar-se competitiva. 
 
Para que a logística possa obter êxito é necessário considerar um fator muito importante que é a 
capacitação e o treinamento. Deve haver a capacitação de profissionais nesta área para que estes possam 
desenvolver e aplicar programas de treinamento aos funcionários destas empresas. Mas, para alcançar o 
objetivo proposto, é necessário haver o comprometimento e a conscientização por parte das pessoas 
envolvidas no processo. 
No que se trata de pesquisas e publicações científicas, encontram-se vários estudos que tratam de 
problemas logísticos funcionais, como roteirização e dimensionamento de frota de veículos, localização, 
dimensionamento e layout de armazéns, seleção de fornecedores etc. Em contra partida são escassos 
estudos direcionados à integração das atividades logísticas na empresa, à quantificação e definição do nível 
de serviços aos clientes, transportadores e à integração de todos estes fatores dentro da cadeia logística. 
 Em outras palavras, a execução das atividades relativas à movimentação de materiais e ao fluxo de 
informações, é feita de forma segmentada. Este enfoque fracionado incutido nas empresas traz algumas 
conseqüências nocivas: 
� Ciclos logísticos de maior duração. 
� Custos logísticos elevados. 
� Nível de serviço ao cliente aquém do desejado. 
Aliado ao tratamento fracionado dado às atividades logísticas, deve-se destacar a falta de profissionais 
que dominem e possuam habilidades para planejar, executar e analisar todas as atividades de forma integrada. 
A logística busca o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa,estendendo-
se sobre toda a organização desde a aquisição da matéria-prima até a distribuição do produto ao seu cliente. 
O eficiente gerenciamento da cadeia logística pode ser alcançado através da logística integrada, a qual 
consiste no reagrupamento das atividades logísticas em um único processo, onde se busca a máxima 
coordenação entre as atividades logísticas, desde a entrada da matéria-prima, produção até a entrega do 
produto acabado. 
 
 
4.2 - O AMBIENTE EMPRESARIAL 
 
 As empresas desenvolvem suas atividades no meio de um macroambiente com a qual elas interagem, o 
qual condiciona de forma considerável seu funcionamento. 
 O êxito destas empresas dependerá da sua capacidade em encontrar um ponto de equilíbrio dinâmico e 
permanente. 
 O ambiente não permanece estático ele está em constante mutação de época para época. Se fosse 
estabelecida uma comparação com um processo hidrodinâmico para caracterizar o macroambiente, poderia se 
distinguir uma mudança de caráter laminar e outra de turbulento (quadro 1). 
 
 
 18 
Características Ritmo da mudança 
Laminar Turbulento 
Demanda Crescente e sustentada Variável e restrita 
Custos materiais Baixos Altos 
Custos financeiros Baixos Altos 
Previsões Confiáveis Pouco confiáveis 
Modelo empresarial Produtividade 
Culto à Quantidade 
Competitividade 
Culto do serviço ao cliente 
Quadro 1 – Macroambiente Empresarial 
 
O primeiro caso consiste em um tipo de mudança em que as trajetórias do que está em movimento se 
mantêm estáveis com o decorrer do tempo. As previsões são confiáveis, a demanda é sustentada e o foco 
passa a ser o volume. 
No segundo tipo de mudança, de caráter turbulento, as trajetórias das mudanças não se mantêm 
estáveis. A demanda é variável, as previsões tornam-se pouco confiáveis e, por isso, a necessidade de realizar 
mais previsões, já que é essencial antecipar-se às mudanças que irão ocorrer para poder reagir com maior 
rapidez. 
Estas características da mudança do macroambiente condicionam a forma de gerenciar as empresas. 
Para que uma empresa possa sobreviver em um ambiente turbulento, precisa oferecer resultados – em 
quantidade, variedade, qualidade, preços, prazos – compatíveis com as necessidades e expectativas dos 
clientes (fig. 1). Nesse contexto, a logística pode tornar-se um diferencial competitivo para a empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 – Modelo de competitividade 
 
Para atingir esses resultados a empresa sofre pressões do ambiente externo com a qual ela mantem inter-
relação, como: políticas do governo, infra-estrutura, religioso, cultural, ecológico, jurídico, sanitário, 
financeiro. 
 
4.3 - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA 
 
 Ela é uma atividade muito antiga, porém experimentou uma grande evolução principalmente nas últimas 
décadas, como exemplos têm a II Guerra Mundial e mais recentemente na Guerra do Golfo em 1991. 
 A evolução da logística pode ser dividida em três períodos distintos: 
 
Inputs 
Quantidade 
Sistema 
Produtivo 
Outputs 
Variedade 
Preços 
 19 
1) Antes de 1950 
Diferentes áreas eram responsáveis pelas atividades logísticas. 
• Transporte era responsabilidade da gerência de produção 
• Estoque era responsabilidade de marketing, finanças ou produção. 
• Processamento de pedido era responsabilidade finanças ou produção. 
 
2) Entre 1950-1970 
• Ambiente propício para as novidades na área administrativa ocasionando uma decolagem tanto a 
nível prático como teórico. 
• Ênfase na importância da distribuição física por parte de professores e estudiosos americanos. 
• Mudanças na distribuição física - entregas mais rápidas e minimização de custo de estocagem. 
• Adoção de modelos matemáticos e programação linear, teoria de controle de estoques e simulação 
para solucionar problemas logísticos. 
 
3) Entre 1970-1990 
• Os princípios básicos amplamente estabelecidos começam a proporcionar benefícios as empresas. 
• Preocupação na geração de lucros e não no controle de custos. 
• Competição mundial dos bens manufaturados, a falta de matérias-primas, elevação do preço do 
petróleo e aumento da inflação, filosofia direcionada a gestão dos suprimentos em vez do estímulo à demanda. 
O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases, de acordo 
com o grau de inter-relação existente entre os diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento inicia-se na 
fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente em sua óptica interna, passa em seguida pelos 
primeiros rumos à integração empresa-cliente, progride posteriormente em direção ao tratamento integrado 
empresas-fornecedores e atinge a fase da logística integrada 
 
4.4 - FLUXOS LOGÍSTICOS 
 
 Os fluxos logísticos podem ser definidos como o mapeamento de todo o processo de atendimento ao 
cliente, através de um fluxograma. 
 O processo de atendimento ao cliente vai desde a emissão do pedido, administração de vendas, PCP, 
suprimento, fabricação, armazenagem até a distribuição física. 
A redução do “lead-time” deste processo trás benefícios e um melhor serviço, proporcionando assim 
uma real vantagem competitiva. 
São três os fluxos logísticos: 
� Fluxo material - é o mapeamento através de fluxograma, de como fluem as matérias-primas, produtos 
em processo e produtos acabados pelas diversas áreas por onde passam. 
� Fluxo de Informações - são todas as informações adjuntas ao fluxo material e onde são processadas, 
também descritas por meio de fluxograma. O fluxo informativo é que comanda o Fluxo Material. 
� Fluxo financeiro - também descrito em um fluxograma, demonstra como são feitos os pagamentos e 
cobranças que possibilitam a movimentação fluxo material. 
 
4.5 - CONCEITUAÇÃO DE LOGÍSTICA 
 
 O termo logística origina-se no verbo loger que significa alojar. Adotada como estratégia militar, era 
responsável pelo: planejamento, transporte, armazenamento e abastecimento das tropas no campo de batalha. 
Logística pode ser conceituada como sendo a atividade responsável pela aquisição, movimentação, 
armazenamento, produção e distribuição de produtos até o seu cliente final, através dos fluxos que os coloca 
em movimento. 
De acordo a maior organização profissional de logística no mundo The Council of Logistic 
Management dos Estados Unidos, logística é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e 
armazenagem eficiente e efetivo de matérias-primas, estoques em processo, produtos finais, serviços e a 
 20 
 
correspondente informação desde o ponto de origem até o ponto de consumo, incluindo movimentos de 
entrada de saída, internos e externos, para os propósitos e tendo em conta os requerimentos dos cliente. 
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos 
serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controles 
efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
 A logística, portanto, engloba desde a cadeia de suprimentos (supply chain) até a distribuição física, 
procurando administrar eficientemente o fluxo material, financeiro e de informações que os coloca em 
movimento. 
 A missão do profissional da área de logística, é portanto, colocar os bens e serviços certos, no lugar 
certo, na hora certa, na quantidade certa e nas condições desejadas, ao menor custo. 
 A logística empresarial pode ser representada pela seguinte relação: 
 
 
Logística empresarial = suprimento físico + logística de produção + distribuição física 
 
 
A logística está presente nos diversos tipos de empresa e para cada o desenho esta tem funções 
distintas. 
 
� Empresas transformadoras de matéria-prima em insumos para outras indústrias - dedicam especialatenção à Logística de suprimento, pois é nessa fase de seu sistema industrial que se concentram os 
maiores problemas. A distribuição de seus produtos é uma operação relativamente mais simples, 
pois são adquiridos em quantidades maiores, entregues em menor número de destinos. 
 
� Empresas atacadistas – se caracteriza pelo fato de que os produtos são idênticos aos insumos, uma 
vez que não há fabricação, mas apenas comercialização em larga escala. 
 
� Empresas transportadoras – possui semelhanças com os atacadistas. Recebem mercadorias diversas 
numa ponta, e as transportam para destinos diversos. O tempo de armazenagem é mínimo, apenas 
durante o curto período necessário para efetuar a triagem e o despacho. 
 
Certas empresas se especializam em carga fracionada ou parcelada. Nesse caso, o processo de 
coleta e distribuição adquire aspecto distinto em termos de frota (tipo de veículo), roteiros, 
operações nos depósitos. 
 
� Empresas varejistas – se caracterizam por receber mercadorias concentrada em grandes lotes, 
proveniente diretamente das indústrias ou de atacadistas, e distribuição pulverizada, atendendo aos 
inúmeros clientes que adquirem os produtos nas suas lojas. O processo de distribuição de produtos 
aos clientes é bastante complexo porque, muitas vezes, envolve veículos especiais, problemas de 
roteirização, etc., além de excessivo número de itens para processar, documentar e coordenar. 
 
� Banco – apesar da automação bancária, a maior parte das transações implica na emissão de 
documentos. O próprio cheque, quando é depositado numa conta corrente, deve chegar à agência 
do emitente para conferir assinatura, etc. Dessa forma, a operação bancária exige, com muita 
freqüência, o transporte de documentos que deve atender as restrições rígidas de temo (os cheques, 
compensados de uma agência devem chegar com tempo suficiente para serem verificados e 
retornados à compensação no caso de não terem fundos, quando a assinatura não confere, etc.). 
 
Em Logística, tanto o suprimento quanto a distribuição são igualmente importantes. A maior ênfase num 
ou noutro dependerá das características de cada empresa. 
 A logística para alcançar seus objetivos desempenha atividades primárias e de apoio. 
 
 21 
4.5.1 - ATIVIDADES PRIMÁRIAS 
As atividades primárias são essências para a coordenação e realização da tarefa logística: 
� Transportes: 
• É a atividade logística mais importante, pois nenhuma empresa moderna pode operar sem 
movimentar suas matérias-primas ou produtos. 
• Encontra problemas financeiros quando há a ocorrência de greves e aumento no preço dos 
combustíveis, ocasionando atrasos na entrega e deterioração dos produtos. 
• Adiciona valor de lugar ao produto. 
• Existem vários modais utilizados para movimentar produtos, tais como: rodoviário, ferroviário 
e aeroviário. 
• Envolve decisões quanto a escolha de modal, roteirização e utilização da capacidade do 
veículo. 
� Manutenção de estoques: 
• Agem como amortecedores entre oferta e demanda. 
• Agrega valor de tempo ao produto. 
• Produtos mais próximos aos consumidores e/ou fábricas. 
• Manutenção de baixos estoques provendo disponibilidade de produtos aos clientes. 
� Processamento de pedidos: 
• Elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. 
• Refere-se a coleta, verificação e transmissão de informações sobre vendas. 
• Atividade que inicializa a movimentação de produto e entrega de serviços. 
• 
Este conjunto de atividades formam o ciclo crítico de atividades logísticas, conforme exposto na figura 
abaixo. 
 
 
 
 
 
PROCESSAMENTO DOS PEDIDOS 
DOS CLIENTES (TRANSMISSÃO) 
 TRANSPORTE 
 
 
 
 
 
 
 
MANUTENÇÃO DE ESTOQUE 
 
Fig. 4 – Relação entre as atividades logísticas primárias para atender clientes – Ciclo Crítico 
 
 
4.5.2 - ATIVIDADES DE APOIO 
As atividades primárias necessitam de uma série de atividades adicionais que lhes dão apoio. As 
atividades de apoio são: 
� Armazenagem: administração do espaço necessário para manutenção de estoques. Localização, 
dimensão da área, layout, recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de atracação e 
configuração do armazém. 
CLIENTE 
 22 
� Manuseio de materiais: é uma atividade relacionada a armazenagem. Refere-se à movimentação do 
produto no armazém. São problemas importantes: seleção do equipamento de movimentação, 
procedimentos para formação de pedidos e balanceamento da carga de trabalho (formação de pedidos). 
� Embalagem de proteção: a embalagem de proteção do produto tem o objetivo de garantir a 
movimentação sem quebras, além do que também propiciam o manuseio e armazenagem de forma 
eficiente. 
� Obtenção: Trata do fluxo de entrada (suprimento). Refere-se a seleção das fontes de suprimentos, 
quantidades a serem adquiridas, programação de compras e a forma pela qual o produto é comprado. 
� Programação do produto: A programação trata do fluxo de saída (distribuição). Que quantidades 
devem ser produzidas e quando e onde devem ser fabricadas. 
� Manutenção de informação: essências para o correto planejamento e controle logístico. Fornece 
informações importantes sobre custo e desempenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5 – Relações entre as atividades logísticas primárias e de apoio e o nível de serviço planejado. 
 
 
4.6. A LOGÍSTICA COMO SISTEMA 
 
4.6.1 - ENFOQUE SISTÊMICO DE LOGÍSTICA 
 Sistema pode ser definido como um conjunto de partes coordenadas que interagem entre si para realizar 
um conjunto de finalidades. 
 Na logística, o enfoque sistêmico é vital. Os setores que se inter-relacionam dentro de uma empresa, 
quando um problema logístico surge, são vários e possuem visões diferentes: marketing, produção, 
comercialização, transporte, finanças etc. Portanto, os conceitos de Teoria de Sistemas constituem uma das 
bases fundamentais da Logística Aplicada. 
 
 
 
 
 
Nível 
De 
Serviço 
 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 6 – Visão geral das atividades logísticas dentro das atividades tradicionais da empresa. 
 
 Segundo o enfoque sistêmico é muito importante a identificação com clareza das relações de causa e 
efeito entre os elementos que constituem o sistema. 
 A logística numa visão moderna procura rearranjar as atividades existentes na firma de modo que o 
gerenciamento seja facilitado. Na fig. 6 a logística ocupa posição intermediária entre produção e marketing, 
ela procura criar atividades de interface que facilitem a otimização entre os elementos que formam o sistema. 
 Exemplo: a formação de preços ou embalagens são exemplos de atividades administradas 
conjuntamente por logística e marketing. A formação de preço tem componentes tanto geográficos como 
competitivos. Já compras e programação de produção são exemplos de áreas de interface entre logística e 
produção. A produção deve adquirir bens a custo e qualidade aceitáveis, enquanto a logística se preocupa 
com a localização das fontes de suprimentos e os tempos para abastecimento. O setor de compras toma estas 
decisões. A programação da produção toma decisões similares. Ela se interessa pela seqüência e tamanho 
dos lotes de produção a serem fabricados, enquanto a logística novamente se preocupa com a localização e 
os tempos da produção. 
 
 Os sistemas apresentam diversas características dentre as quais podem ser destacadas sete. 
 
� O sistema é formado por componentes que interagem. 
Os sistemas, sejam eles mais ou menos complexos, são formados por componentes que se inter-
relacionam entre si e com o meio ambiente. 
Os componentes que formam parte de um sistema– seus subsistemas – não são apenas colocados 
juntos, numa simples justaposição de elementos um ao lado do outro. Ao contrário, quanto mais 
complexo o sistema, maior a interação entre eles: o funcionamento de um deles resulta, quase 
sempre, na participação orquestrada dos demais, ou de boa parte deles. 
� Quando o sistema está otimizado, os componentes também o estão. 
A EMPRESA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interface Interface 
Produção/logística Marketing/logística 
PRODUÇÃO 
Atividades típicas: 
 
• Controle de 
qualidade 
• Planejamento 
detalhado 
• Manuseio 
interno 
• Manutenção de 
equipamento 
LOGÍSTICA 
 
Atividades típicas: 
 
• Manutenção de 
estoques 
• Processamento 
de pedidos 
• Armazenagem 
• Manuseio 
de Materiais 
Atividades de 
interface: 
 
• Padrões de 
níveis de 
serviço 
• Formação 
de preço 
• Embalagem 
• Localização 
de 
depósitos 
Atividades de 
interface: 
 
• Programaçã
o de 
produção 
• Localização 
industrial 
• Compras 
 
MARKETING 
Atividades 
típicas: 
 
• Promoção/ 
propaganda 
• Pesquisa de 
mercado 
• Administraçã
o da força de 
vendas 
 24 
Não se pode analisar de modo isolado cada componente do sistema e otimizá-lo separadamente, 
como se os outros componentes e o conjunto não existissem. Isso levaria a resultados errôneos e sem 
conseqüências práticas. 
Para se chegar a sistemas bem projetados, é necessário que seus subsistemas também estejam 
otimizados, porém não de forma autônoma, e sim considerando as inter-relações entre eles. 
� Todo sistema tem pelo menos um objetivo. 
Os sistemas de alguma forma têm um ou mais objetivos bem definidos, pois o homem, antes de 
mais nada, precisa definir claramente o que ele pretende com a sua criação. 
No que se refere aos problemas logísticos, a definição dos objetivos, geralmente implica na 
compatibilização de metas conflitantes entre diversos setores, como por exemplo : venda x 
produção. 
� A avaliação do desempenho de um sistema exige medida(s) de rendimento. 
As medidas de rendimentos são úteis para nos indicar em que estágio estamos no processo 
evolutivo, ou se já alcançamos nosso objetivo. Como medidas de rendimento temos: nível de 
serviço, produtividade, qualidade, eficácia, eficiência, etc.. 
� Sistemas criados pelos homens requerem planejamento. 
Como a aplicação do enfoque sistêmico não é fácil, deve ser desenvolvido um planejamento, 
seguindo as seguintes etapas: 
 
1. Identificar claramente os componentes (subsistemas), formando uma estrutura adequada à 
análise. 
2. Considerar cada componente como um sistema. 
3. Estabelecer com clareza o objetivo pretendido. 
4. Estabelecer as medidas de rendimento do sistema e definir as variáveis que irão representá-las. 
5. Criar alternativas viáveis, envolvendo processos e/ou tecnologias diferentes e cobrindo uma 
gama ampla de rendimento. 
6. Analisar as implicações de cada alternativa em cada um dos componentes (subsistemas). 
7. Otimizar os subsistemas de forma integrada. 
8. Calcular o rendimento e o custo, para cada alternativa, de cada componente ou subsistema. 
9. Integrar os subsistemas de cada uma das alternativas de forma a gerar soluções consistentes 
para o sistema. 
10. Avaliar as alternativas por meio da relação custo/benefício, custo/nível de rendimento ou outra 
metodologia de avaliação econômica. 
11. 
� A manutenção do nível de desempenho requer controle permanente. 
Não basta planejar e implantar bem um sistema. Para garantir seu bom funcionamento sem perder 
o seu objetivo e nível de serviço é necessário estabelecer formas de controle. 
Para se efetuar o controle, há a necessidade de garantir os objetivos pretendidos, não se pode 
deixar os objetivos mudarem conforme as circunstâncias vão se apresentando. Deve-se atuar sobre 
as variáveis que influem no rendimento, nos custos e na interação do sistema com o ambiente 
externo. Em termos práticos são estabelecidos controle de qualidade, controle de custos, controle 
dos prazos de entrega, controle jurídico. Estes controles servirão como feedback (retroalimentação) 
no sistema, o quais permitem que se façam correções de rumo, de forma a garantir os objetivos 
desejados. 
 
� Interação do sistema com o ambiente. 
Tudo aquilo em que o responsável pelo sistema (gerente) não pode interferir, faz parte do ambiente 
(mundo externo). O ambiente limita o desenvolvimento livre de um determinado sistema por meio 
de restrições, normas, premissas etc. 
Há restrições reais e fictícias, sendo que as fictícias muito perigosas pois impedem muitas vezes a 
evolução e o progresso. O homem sistêmico, trabalhando na área de logística, deve sempre 
 25 
considerar as restrições externas como fictícias, enquanto estivem no papel, na cabeça ou na boca 
dos outros. 
Esta postura, de supor fictícia até que se prove em contrário é saudável. As pressões contrárias que 
se seguirão, devidamente discutidas e esplanadas, fazem com que o responsável pelo sistema 
perceba com segurança as fronteiras do possível, encontrando os verdadeiros limites das restrições. 
 
4.6.2 - NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO 
 
O nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. 
De acordo com especialistas, o nível de serviço refere-se especificamente à cadeia de atividades que 
atendem as vendas, em geral inicia na recepção do pedido e termina na entrega do produto ao cliente, sendo 
que em alguns casos, continua com serviços ou manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico. 
O nível de serviço está composto dos seguintes fatores: prazo de entrega, avarias na carga, extravios e 
reclamações diversas, sendo que cada um destes fatores pode ser medido através de um indicador. 
Há três grupos que estão ligados diretamente ao controle da logística os quais são classificados de 
acordo com a venda do produto. Estes são: 
� Elementos de pré-transação: refere-se a políticas ou programas adotados pela empresa (por 
escrito) para a realização de um serviço. 
� Elementos de transação: são elementos que estão diretamente relacionados aos resultados obtidos 
com a entrega do produto ao cliente. 
� Elementos de pós-transação: correspondem aos serviços realizados após a entrega do produto 
que se encontra em uso pelo cliente 
A reunião de todos estes elementos forma o nível de serviço, e os clientes reagem a todo este conjunto. 
Se uma empresa não oferecer um bom nível de serviço ao seu cliente, provavelmente perderá uma grande 
fatia do mercado. 
A figura 7 representa os elementos do nível de serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 7 – Elementos do nível de serviço logístico. 
 NÍVEL DE SERVIÇOS 
ELEMENTOS DE 
PRÉ-TRANSAÇÃO 
 
• Política posta por 
escrito 
• Política nas mãos do 
cliente 
• Estrutura 
organizacional 
• Flexibilidade do 
sistema 
• Serviços Técnicos 
ELEMENTOS DE 
TRANSAÇÃO 
 
• Nível de estoque 
• Habilidade no trato 
de atrasos 
• Elementos do ciclo 
de pedido 
• Tempo 
• Transbordo 
• Precisão 
• Conveniência do 
pedido 
• Substitubilidade do 
• produto 
ELEMENTOS DE 
PÓS-
TRANSAÇÃO 
 
• Instalação, 
garantias, reparos, 
peças de reposição 
• Rastreamento do 
produto 
• Queixas e 
reclamações dos 
clientes 
• Embalagem 
• Reposição 
temporária do 
 26 
 
 
 
Um fator muito importante a ser observado é que a medida que a empresa aumenta o seu nível de 
serviço o seu custo logístico também tende a aumentar, pois parte-se do pressuposto que melhores níveis de 
serviços custam mais caros, figura 8. 
 Portanto, deve-se estabelecerpatamares de nível de serviço que suportem o serviço logístico, 
identificando-se quais os elementos que determinam o serviço e estabelecer medidas que permitam a 
administração e planejamento deste serviço. 
 A partir de pesquisas e teorias disponíveis, foi comprovado que as vendas tender a aumentar ser o 
serviço for melhorado além daquele oferecido por fornecedores concorrentes. Nota-se na figura 8 que a 
curva tem três estágios distintos: limiar, retornos decrescentes e declínio. Cada estágio mostra que 
melhorias no nível de serviço não trazem os mesmos ganhos de vendas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 8 – Relação geral entre nível de serviço da distribuição física e vendas 
 
 
4.6.3 - CUSTOS LOGÍSTICOS 
 
O gerenciamento, controle e minimização dos custos logísticos têm se mostrado cada vez mais 
necessário se a empresa quiser competir no mercado. 
Um dos grandes desafios da logística está no gerenciamento do binômio custo/nível de serviço. 
Isto se deve ao fato de que os clientes têm exigido diariamente melhores níveis de serviço, entretanto 
sem querer pagar a mais por isso. Assim o fator preço tem sido o ponto mais importante em relação ao nível 
de serviço o qual é considerado como fator secundário, além de que este deve ser capaz de agregar valor aos 
seus clientes. 
Os seguintes serviços de acordo com a necessidades e características de cada cliente podem agregar 
valor: 
a) Redução no prazo de entrega de um produto. 
b) Disponibilidade de produtos. 
c) Confiabilidade na entrega (tempo, n.º de entrega). 
d) Entrega do pedido na hora certa. 
e) Maior facilidade de colocação do pedido. 
LIMIAR RETORNOS 
DECRESCENTES 
DECLÍNI
Nível de serviço da distribuição física aumenta 
(relativo ao melhor nível de serviço da competição) 
 27 
Para atenderem a todas estas exigências e manterem-se competitivas no mercado as empresas têm 
segmentado seus canais de distribuição e atendimento. 
Os principais custos logísticos são: 
a) Transporte: roteirização, frota própria ou de terceiros, número e capacidade de veículos e modo de 
transporte. 
b) Armazenagem e movimentação: número de armazéns, localização, tamanho, mecanização e 
automação próprios e ou de terceiros. 
c) Processamento de pedidos: automação, informação. 
d) Estocagem: estoque básico, estoque de segurança, freqüência de compras, tamanho do pedido. 
e) Custo de produção: programação da produção. 
f) Serviço ao cliente: custo da venda perdida. 
Assim, a administração integrada de custos logísticos pressupõe “trade-offs”, ou seja, custos 
individuais não otimizados para permitir a redução do Custo Total. 
 
4.6.4. LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS 
 
4.6.4.1 - SISTEMA LOGÍSTICO DE SUPRIMENTOS (ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS) 
 
A logística de suprimento se refere a relação fornecedor-empresa. 
Os suprimentos são o primeiro passo na cadeia logística e também a maior distância até o consumidor, por 
isso é a mais afetada pelas variações do mercado e o mais difícil de sincronizar com a demanda dos 
consumidores. 
Suprimentos são a fonte de todas as matérias-primas, embalagens, componentes e outros insumos para 
preencher as necessidades de conversão da logística de produção. 
Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades de administração de 
materiais são compartilhadas com a distribuição física. 
Para reduzir os tempos de fornecimento de materiais, receber produtos de melhor qualidade, reduzir os 
estoques tanto na empresa quanto no fornecedor, ter produtos disponíveis sempre que necessário, planejar de 
forma precisa a produção, é vital integrar os processos da empresa com os fornecedores e estabelecer relações 
estreitas e duradouras. 
A logística de suprimentos é um subsistema dentro da indústria e seus principais componentes são: 
a) Aquisição da matéria-prima no seu ponto de origem e preparo da mesma para o transporte. 
b) Deslocamento da matéria-prima desde a jazida até o local de manufatura, que corresponde ao 
transporte da mesma. 
c) Estocagem da matéria-prima na fábrica, aguardando que os produtos sejam manufaturados. 
As atividades identificadas no canal de suprimento podem ser consideradas fundamentais para a 
administração de materiais, pois elas afetam principalmente a economia e a eficácia do movimento de 
materiais. 
As tarefas mais importantes são: 
� Inicialização e transmissão das ordens (pedidos) de compras, 
� Transporte dos carregamentos até o local da fábrica. 
� Manutenção dos estoques na planta. . 
 
Dentre os problemas encontrados na logística de suprimentos podem ser citados a diversificação da 
aquisição de matéria-prima. Muitas vezes não é ideal para a indústria ter apenas um fornecedor, por questões 
estratégicas. 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 10 - Descrição do canal de suprimento físico 
 
 
4.6.4.2 – OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
A importância da boa administração de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens 
necessários não estão disponíveis no momento correto para atender as necessidades de produção ou operação. 
Boa administração significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de 
operação. Ou seja, o objetivo da administração de materiais é prover o material certo, no local certo, no 
instante correto, em condição utilizável ao menor custo possível. 
 A administração de materiais atende a poucos clientes sendo que as vezes um único, enquanto que a 
distribuição física atende a muitos. 
 O cliente da administração de materiais é o sistema de operações. Existem duas maneiras de 
providenciar os suprimentos: 
� Suprimentos para produção. 
� Suprimentos para estoque. 
Suprimento para Estoque 
Estoques agem como amortecedores entre suprimento e demanda ou, neste caso, entre suprimento e 
necessidade de produção. São benéficos ao sistema de suprimento porque garantem: 
� Maior disponibilidade de componentes para a produção. 
� Diminuem o tempo para manter a disponibilidade desejada. 
� Podem reduzir custos de transporte. 
Para item ser mantido economicamente em estoque, ao invés de ser comprado sob encomenda, deve 
geralmente seguir as seguintes características: 
� Ser comprado em quantidades maiores ou iguais a um lote mínimo. 
� A tabela de preços do fornecedor deve ter desconto por volume. 
Compras 
� Estoque Produção 
� Estoque Revenda. 
� Preparação da 
ordem de entrega 
 
� Colocação do pedido 
� Seleção fontes de suprimento: 
Prazo, preço, qualidade 
� Acompanhar pedidos 
� CIF 
� FOB 
Recepção e inspeção 
 
 29 
� Ser de valor relativamente baixo. 
� Ser econômico comprá-lo juntamente com outros itens. 
� Poder ser usado numa larga variedade de modelos ou produtos. 
� Ter tabelas de fretes ou requisitos de manuseio que facilitem a compra em grandes lotes. 
� Ter algo grau de incerteza na entrega ou na continuidade do suprimento. 
 
Suprimento para a produção 
 Manter em estoque todo material necessário para a produção pode ser ineficiente. Se em algum dos 
materiais tiver alto valor individual e puder ser utilizado apenas num número limitado de modelo e produtos, 
encomendá-lo diretamente para atender às necessidades de produção torna-se o modo mais econômico de 
realizar seu suprimento. Estes materiais fluem em quantidades pequenas comparadas com os volumes 
daqueles comprados para estoques e precisam de maior atenção por parte da administração, como aumentar 
comunicações ou acelerar os pedidos. 
 A idéia de “puxar” peças, materiais e subconjuntos através do canal de suprimento à medida que haja 
necessidade operacional, é comum em empresas industriais. Um nome freqüentemente utilizado para esta 
técnica é planejamentoou cálculo de necessidades. 
 
Escolha de Fornecedores 
 
Para se realizar a escolha de seus fornecedores é necessário estabelecer um banco de dados de 
fornecedores de classe mundial. Para estabelecer este banco de dados podem ser utilizadas as seguintes fontes: 
consultoria de especialistas nos diversos ramos de indústria, federações de indústria, órgãos de classe, câmaras 
de comércio dos diversos países, consulados, referências de outras empresas etc. 
Uma equipe composta de membros de diversas áreas da empresa (suprimentos, engenharia, 
planejamento, custos e logística) vai definir a lista final de fornecedores de classe mundial, sejam eles locais 
ou do exterior. Eles serão selecionados segundo critérios estabelecidos pela equipe. Os critérios são: 
� Preço, prazo, quantidade e qualidade. 
� Localização geográfica (próxima ao mercado) 
� Garantia e assistência técnica. 
Um método adotado para a seleção do fornecedor é a medição do desempenho. 
De acordo com Ching, estabelece-se pesos para cada critério a ser analisado variando de acordo com o grau 
de importância do item conforme as características de cada empresa. O resultado é uma média ponderada. 
O resultado dessa avaliação vai mostrar se o fornecedor está em condições de seguir fornecendo o material 
ou se deve ser rejeitado e descontinua seu fornecimento. 
 
A título de exemplo, imaginemos que uma empresa tenha escolhido os seguintes critérios e aplicado os 
respectivos pesos para cada um deles: 
� Qualidade: peso 3; 
� Prazo de entrega: peso 3; 
� Quantidade: peso 2; 
� Preço: peso 2; 
� Total: peso 10. 
Ao final de um período de tempo, o desempenho do fornecedor foi mensurado da seguinte maneira: 
� Qualidade : 98% de lotes aprovados x peso 3 = 2,94; 
� Prazo de entrega: 95% de lotes entregues na hora certa x peso 3 = 2,85; 
� Quantidade: 100% lotes entregues na quantidade certa x peso 2 = 2,00; 
� Preço: 95% das vezes competitivo x peso 2 = 1,90; 
� Total: 9,69. 
 
 
 30 
A tabela de graduação dos resultados dessa empresa mostra o seguinte: 
 
Resultado de 0 a 7 - reprovado 
Resultado de 7,1 a 8 - aprovado 
Resultado de 8,1 a 9 - qualificado 
Resultado de 9,1 a 10 - certificado 
 
Este fornecedor, portanto, pelos resultados obtidos, teria condições de seguir fornecendo material 
para a empresa. 
 
Produto Logístico 
Uma empresa pode oferecer dois tipos básicos de produto: bens ou serviços. 
O produto serviço é composto de intangíveis como: conveniência, distinção e qualidade. Se o produto 
oferecido for um bem físico, ele tem atributos físicos, tais como: peso, volume, forma os quais têm influência 
no custo logístico. 
Os produtos podem ser classificados em bens de consumo e bens industriais. 
Os bens de consumo são dirigidos aos consumidores finais e estes podem ser: de conveniência, de 
comparação e de uso especial. 
Os bens industriais são dirigidos a indivíduos ou organizações que os utilizam para produzir outros 
produtos ou serviços. Os bens industriais podem ser: matérias-primas, edifícios, equipamentos, material de 
escritório ou serviços administrativos. 
Outro fator muito importante a ser considerado é o ciclo de vida do produto (fig. 11) que passa por 
quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A cada fase haverá uma estratégia de 
distribuição distinta, e isto deve ser acompanhado e ajustado com máxima eficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 11 - Curva do ciclo de vida do produto. 
 
O conhecimento do ciclo de vida permite: antecipar as necessidades de distribuição e o planejamento 
com maior brevidade possível. 
São características do produto, que influenciam a estratégia de distribuição os seguintes atributos: 
a) Peso-volume (densidade). Este atributo está diretamente relacionado aos custos de transporte e 
armazenagem. Para produtos densos os custos de armazenagem e transporte tendem a serem 
baixos, enquanto que, para produtos pouco densos a capacidade volumétrica do modal de 
transporte é preenchida antes de seus limites de carregamento em peso ser atingido. Ex.: pisos 
cerâmicos. 
 
 
b) Relação valor-peso. O valor do produto que está sendo movimentado e estocado é um fator muito 
importante para o desenvolvimento de uma estratégia logística. Custos de estoques são 
particularmente susceptíveis ao valor. Quando expressamos o valor com relação ao peso , algumas 
compensações óbvias de custos emergem e auxiliam a planejar o sistema logístico. 
Tempo 
 31 
 
 
 
c) Substitubilidade. um produto é substituível quando o comprador não percebe muita diferença entre 
o produto de uma empresa e de seus concorrentes, caso do “commodities”. 
A logística não tem controle sobre a substitubilidade do produto e trata esta situação como vendas 
perdidas, através de alternativas como: transporte, estocagem ou ambas. 
 
 
d) Características de riscos (periculosidade). são consideradas características de risco: valor, 
perecibilidade, flamabilidade, tendência à explosão e facilidade de roubo. Tanto os custos de transporte como 
de estoque são maiores em termos tanto absolutos como em termos de porcentagem do preço de venda, 
conforme pode se observa na fig. 15. Estas características implicam em várias restrições ao sistema de 
distribuição. 
 
 
Embalagem do produto 
“Elemento que protege o que vende, além de vender o que protege”. 
 
A embalagem tem por objetivo oferecer aos produtores uma forma que garanta sua integridade, facilite a 
armazenagem e manuseio, ao menor custo possível. 
O embalamento do produto pode ter os seguintes objetivos: 
a) Facilitar o manuseio e armazenagem. 
b) Promover melhor utilização do equipamento de transporte. 
c) Proteger o produto. 
d) Promover a venda do produto. 
e) Alterar a densidade do produto. 
f) Facilitar uso do produto. 
g) Prover valor de reutilização para o consumidor. 
 Nem todos estes objetivos podem ser atingidos mediante a administração logística, porém alterações na 
densidade do produto e em sua embalagem protetora pode fazer diferença. 
 O custo da embalagem pode ser compensado em forma de fretes, custos de estoques menores e menor 
número de quebras. 
 
4. 7 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA DE PRODUTOS 
 
4.7.1 - O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
A distribuição física torna-se cada vez mais importante na solução de problemas logísticos, é o ramo 
da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma. 
Hoje as empresas têm buscado trabalhar com uma menor quantidade de produtos em estoque visando à 
diminuição no custo de armazenagem procurando agilizar o manuseio, transporte e distribuição de seus 
produtos. 
 No caso brasileiro é comum encontrar problemas mais ou menos sérios na distribuição física de 
produtos. Este problemas envolvem desde o planejamento (frota, depósitos, coleta, transferência, 
distribuição, etc.) e projetos dos sistemas até sua operação e controle. 
 
4.7.2 - CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
Existem basicamente dois tipos de mercados: 
 a) Usuários finais: são aqueles que usam o produto para satisfazer suas necessidades ou para criar novos 
produtos. 
 32 
b) Usuários intermediários: não consomem o produto, revendem-no para outros consumidores finais. 
Ex.: distribuidores, varejistas e usuários finais. 
As cadeias de distribuições são canais através dos quais os produtos chegam ao mercado de consumo, 
e podem ser: 
• Fábrica - consumidor. 
• Fábrica – centro de distribuição – consumidor. 
• Fábrica – atacado - consumidor. 
• Fábrica – varejista – consumidor. 
• Fábrica – atacadista – varejista – consumidor. 
• Fábrica – centro de distribuição – atacadista – varejista – consumidor. 
• Fábrica – operador logístico – consumidor. 
• Fábrica – operador logístico – atacadista – varejista – consumidor.

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