Buscar

ESTUDOS e casos clínicos avaliação bimeste 1 PATOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDOS DE PATOLOGIA 
Caso Clínico 1 
Um paciente do sexo masculino, 32 anos, branco, procura o serviço de emergência devido a febre 
e dispneia. Ele relata quadro de dor na garganta, tosse úmida e pouco produtiva, mialgia intensa, 
febre de até 38,7°C (temperatura axilar aferida) e episódios de cefaleia com início no dia anterior 
ao da consulta. Apresenta também dor ventilatório-dependente, mal-estar, astenia e adinamia. 
Refere piora significativa dos sintomas nas últimas 24 horas, com dificuldade progressiva para 
respirar e deambular. No aparelho respiratório, verifica-se murmúrio vesicular em ambos os 
hemitórax. Há raros sibilos em campos médios pulmonares, sem outros achados significativos. O 
hemograma e normal, apresentando apenas discreta leucopenia. O paciente afirma não ser 
tabagista, nem apresentar outras doenças. Relata também ter realizado vacinas apenas na infância. 
Não faz uso de qualquer medicação cronicamente. Após a realização de exame físico, foram 
coletados swabs de secreção orofaríngea, instalou-se suporte ventilatório por cateter nasal e 
realizou-se estabilização inicial dopaciente. Foi iniciada antibioticoterapia empírica 
para pneumonia por germes da comunidade (cefuroxima e azitromicina) e oseltamivir. 
O teste rápido para antígeno de influenza e a imunofluorescência para anticorpos 
contrainfluenza A evidenciaram resultados positivos. O tratamento inicial foi mantido, 
havendo melhora gradual dos sintomas respiratórios e do mal-estar geral. No segundo 
dia de internação, o RT-PCR foi positivo para influenza A H1N1. 
 
GRIPE SUÍNA 
A gripe, ou infecção pelo vírus influenza, é a causa mais importante de doença respiratória aguda 
nos consultórios médicos. Caracteriza-se por ser uma doença febril aguda, geralmente 
autolimitada, causada pelo vírus influenza, tipos A e B. Em geral, provoca casos de quadros leves 
a moderados. Entretanto, pode determinar quadros graves, principalmente em indivíduos 
suscetíveis. 
Em 2009, nos Estados Unidos, foram relatados dois casos de um novo vírus influenza A em 
crianças. Simultaneamente no México foi descrito um surto de infecção respiratória em humanos. 
Identificou-se um novo vírus influenza A (H1N1), parcialmente derivado dos vírus influenza A 
que circula nos porcos e é antigenicamente distinto dos vírus influenza A humanos (H1N1) que 
circulam desde 1977. Poucos dias após a descrição dos dois primeiros casos, a Organização 
Mundial de Saúde (OMS) classificou a disseminação global do vírus como um evento de saúde 
pública de preocupação internacional. Em dois meses, detectou-se o vírus circulando nos cinco 
continentes, alcançando nível 6 da OMS, ou seja, o status de uma pandemia, globalmente 
conhecida como gripe suína. Influenza A, subtipo H1N1, também conhecido como A (H1N1), 
é um subtipo de Influenzavirus A, a causa mais comum da influenza (gripe) em humanos. A letra 
H refere-se à proteína hemaglutinina e a letra N à proteína neuraminidase, principais antígenos. 
Este subtipo deu origem, por mutação, a várias estirpes, incluindo a da gripe 
espanhola (atualmente extinta), estirpes moderadas de gripe humana, estirpes endémicas de gripe 
suína e várias estirpes encontradas em aves. 
Os vírus influenza são compostos de RNA de hélice única, da família dos Ortomixovírus e 
subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. São compostos 
por RNA de cadeia simples recobertos por glicoproteínas denominadas hemaglutininas (H – 
importantes para a adesão ao epitélio respiratório) e neuraminidases (N – importantes para a 
liberação do vírus das células infectadas).Os vírus podem sofrer mutações (transformações em 
sua estrutura). Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o 
tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao 
vírus influenza A. As principais características do processo de transmissão da influenza são: alta 
transmissibilidade, principalmente em relação à influenza A; maior gravidade entre os idosos, as 
crianças, as gestantes, os imunodeprimidos, os cardiopatas e os pneumopatas; rápida variação 
antigênica do vírus influenza A, o que favorece a rápida reposição do estoque de susceptíveis na 
população; apresenta-se como zoonose entre aves selvagens e domésticas, suínos, focas e eqüinos 
que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus. A patogênese da infecção 
humana pelo novo vírus influenza A (H1N1) compreende dois eventos: a) o dano celular primário 
ou citotóxico direto pela ação viral, por exemplo causando injúria direta no epitélio respiratório, 
e b) a liberação de citocinas e mediadores inflamatórias secundárias à infecção viral. A 
individualidade do hospedeiro quanto a magnitude da resposta inflamatória e dos mecanismos de 
defesa citotóxicos resultam em quadro clínico e gravidade variáveis. Em alguns subgrupos de 
pacientes com formas mais graves da doença, detecta-se coinfecção com outros vírus e infecção 
bacteriana secundária, o que resulta em altas taxas de morbi-mortalidade. O quadro clínico 
espectral depende da interação entre fatores do agente infectante (vírus) e a resposta do hospedeiro 
(homem). A detecção precoce do caso e o tratamento específico de subgrupos de maior risco pode 
resultar em redução da gravidade dos sintomas e na parada da progressão da doença que pode 
culminar em reposta inflamatória sistêmica e disfunção orgânica. A transmissão de pessoa para 
pessoa pode ocorrer facilmente, através de inalação de gotículas eliminadas pela tosse ou espirros 
das pessoas infectadas ou através do contato com superfícies que estejam contaminadas com os 
vírus da influenza e, em seguida, tocar os olhos, o nariz ou a boca. O período de incubação varia 
de 1 a 7 dias, em média de 1 a 4 dias. O período de transmissão inicia-se 24 horas antes do início 
dos sintomas e estende-se até 7 dias após. Em crianças, a transmissão pode durar até 14 dias após 
início dos sintomas e em indivíduos imunodeprimidos, pode ocorrer eliminação mais prolongada 
do vírus por até meses. 
Apesar da doença ter quadro benigno autolimitado na grande maioria dos casos, tem-se observado 
uma maior proporção de pacientes evoluindo com intenso acometimento pulmonar com 
insuficiência respiratória de evolução rápida. Clinicamente, na maioria dos casos, em torno de 
90% dos relatos, a doença caracteriza-se pela instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 
38oC, seguida de mialgia, dor de garganta, artralgias, prostração, dor de cabeça e tosse seca. 
Podem estar presentes diarréia, vômitos e fadiga. A febre é o sintoma mais frequente e dura em 
torno de três dias. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e 
mantém-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. 
Entre pessoas infectadas, síndromes clínicas variam desde sintomas respiratórios leves a 
pneumonia e insuficiência respiratória em sua forma mais grave, a síndrome do desconforto 
respiratório agudo. Os relatos da literatura demonstram mortalidade e complicações semelhantes 
às que ocorrem em pacientes com influenza sazonal, dentre elas: a) exacerbação de condição 
crônica de base b) sinusite, otite, bronquiolite, asma c) pneumonia, injúria pulmonar aguda, 
insuficiência respiratória d) miocardite, pericardite e) miosite, rabdomiólise f) encefalite, 
convulsões, mal epiléptico g) resposta inflamatória sistêmica h) insuficiência renal i) sepse j) 
disfunção multiorgânica k) morte. GRUPOS DE ALTO RISCO PARA COMPLICAÇÕES a) 
crianças menores que 5 anos b) adultos com idade maior ou igual a 65 anos c) gestantes d) obesos 
e) imunossuprimidos (infecção pelo HIV, transplantes, medicamentos imunosupressores) f) 
adultos e crianças portadores de doenças crônicas como diabetes, cardiopatias, pneumopatias, 
hepatopatias, doenças neuromusculares, hematológicas e metabólicas g) profissionais da saúde e 
cuidadoresde instituições de cuidados aos pacientes crônicos. 
A medicação de escolha para tratamento e profilaxia é o oseltamivir (antiviral inibidor de 
neuraminidase). O julgamento clínico é fator importante na decisão do tratamento. Pacientes com 
suspeita de infecção pelo novo vírus influenza A (H1N1) que apresentam com quadro febril não 
complicado não requerem tratamento a menos que façam parte dos grupos de alto risco para 
complicações. 
Para a gripe suína, descreva: 
1. Sua Etiologia. 
2. Sua Patogênese 
3. Sua Fisiopatologia 
4. Como age o antiviral de escolha para o tratamento¿ 
5. Por que foi administrado antibioticoterapia concomitantemente. 
 
Instruções para indivíduos saudáveis assintomáticos: 
 Manter distância de no mínimo um metro de qualquer indivíduo com sintomas de gripe, e 
evitar levar as mãos à boca e ao nariz. 
 Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou soluções alcoólicas, 
especialmente se tocar a boca e nariz ou superfícies potencialmente contaminadas. 
 Reduzir o máximo possível o tempo de contato com pessoas potencialmente doentes. 
 Reduzir o máximo possível a permanência em ambientes com aglomeração de pessoas. 
 Nos ambientes que estiver frequentando, melhorar o fluxo de ar, abrindo as janelas por 
exemplo. 
 Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. 
 Evitar tocar olhos, nariz ou boca. 
Instruções para indivíduos com sintomas respiratórios (febre, tosse, dor de cabeça, dor 
muscular, dor nas articulações ou dificuldade respiratória) 
 Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou soluções alcoólicas, 
especialmente se tocar a boca e nariz ou superfícies potencialmente contaminadas, 
principalmente após tossir ou espirrar 
 Cobrir o rosto (boca e nariz) quando tossir ou espirrar (com antebraço ou papel descartável) 
 Permanecer em casa durante dez dias, utilizando máscara cirúrgica descartável 
 Reduzir contatos sociais desnecessários; mensurar a temperatura três vezes ao dia; Ficar atento 
para o surgimento de febre ≥ 38º C e tosse. 
Profissionais da saúde (inclui atendentes de farmácia) 
 Higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou soluções alcoólicas, 
especialmente se tocar a boca e nariz ou superfícies potencialmente contaminadas, 
principalmente após tossir ou espirrar 
 Higienizar bancada e demais superfícies com álcool líquido à 70% e papel toalha após o 
atendimento do paciente suspeito. 
 Os profissionais de saúde devem utilizar máscara de proteção respiratória que apresenta eficácia 
mínima de filtração de 95% das partículas dispersas (máscaras do tipo N95, N99, N100, PFF2 
ou PFF3) quando: Entrar em quarto com paciente com diagnóstico ou suspeita de infecção pelo 
novo vírus influenza A/H1N1. Estiver trabalhando a distância inferior a um metro do paciente 
cm diagnóstico ou suspeita de pelo novo vírus influenza A/H1N1. A máscara deve ser 
corretamente utilizada, cobrindo a boca e o nariz e ajustando-a corretamente para melhor 
adaptação ao formato do rosto 
 
 
Casos clínicos 2: Pé diabético 
Complicações relacionadas aos pés são uma importante causa de morbidade em pacientes com 
diabetes mellitus (DM). Estima-se que mais de 5% desses pacientes apresentem história de úlceras 
nos pés, com uma incidência cumulativa, ao longo da vida, de cerca de 25%. Um evento inicial, 
mais frequentemente um trauma menor causador de dano cutâneo, costuma ser identificado na 
maioria dos casos. Cerca de 85% das amputações relacionadas ao DM são precedidas por lesões 
ulceradas, muitas delas passíveis de prevenção. RELATO DO CASO: Paciente do sexo 
masculino, 52 anos, branco, com história de DM há cerca de 20 anos, sem outras co-morbidades, 
procurou o serviço de emergência do hospital, por início, há 10 dias, de dor, eritema, edema e 
aumento de temperatura no pé direito após trauma leve. Fazia uso irregular de metformina, na 
dose de 2000 mg ao dia, sem outras medicações. Ao exame físico, apresentava-se em bom estado 
geral, afebril, com pressão arterial e frequência cardíaca normais. Pé direito com discreto edema, 
eritema e calor local, que se estendia até o terço distal da perna. No quinto pododáctilo, 
visualizava-se necrose seca e, em área adjacente, no dorso do pé, lesão ulcerada (6 x 4 cm), 
exposição de tendão, sem exposição óssea, e com secreção purulenta. 
 
Caracterize o tipo de necrose: 
 
 
Casos clínicos 3: Úlcera por pressão 
 
História clínica: Paciente possui diabetes mellitus tipo 2, amputação parcial do pé D devido 
consequências de diabetes mal controlada. Estava em tratamento da lesão e uso de muleta quando 
desenvolveu essa úlcera por pressão devido ficar muito tempo com o calcanhar D apoiado em um 
"banco" o que favoreceu o desenvolvimento da úlcera devido isquemia tecidual. Relata que não 
sentia o desconforto no calcanhar, o que nos levou a constatar presença de neuropatia diabética 
(danificação dos nervos periféricos) uma complicação do diabetes. 
 
 
a) Caracterize o tipo de lesão como reversível ou irreversível, justificando sua resposta. 
b) Qual a causa da lesão. 
 
Questões Lesões: 
 
1. Quis são as causas das lesões¿ 
2. Diferencie lesão reversível de irreversível. 
3. Ao observar ao MO um tecido que apresenta células anucleares e membranas 
fragmentadas, o que pode ser concluído quanto ao estágio de uma lesão¿ 
4. O que é apoptose e necrose. Diferencie seus mecanismos. 
5. Identifique os padrões morfológicos de necrose tissular, caracterizados em cada caso 
abaixo: 
a) Células mortas mas tecido preservado (dias); textura firme; desnaturação de proteínas 
estruturais e enzimáticas (bloqueio de proteólise); fagocitose das células mortas por 
leucócitos; Característica de infartos (necrose isquêmica); células anucleares . 
b) Comum nas pernas; perda de suprimento sanguíneo. Necrose coagulativa + infecção 
= gangrena úmida. 
c) Focos de destruição gordurosa; liberação de lipases pancreáticas; Hidrólise de TAG: 
saponificação de gorduras; depósitos de sabões de cálcio. 
d) Reações imunes em vasos sanguíneos; Imunocomplexos fibrinoides; Ocorre em 
doenças imunologicamente mediadas. 
e) Ocorre em infecções bacterianas/fúngicas; Acúmulo de células inflamatórias, 
recrutamento de leucócitos; liquefação do tecido; Massa viscosa/líquida amarelada. 
f) Infecção tuberculosa; Células mortas = morfologia granular amorfa; Tecido totalmente 
danificado ; sem contorno celular; Borda inflamatória (granuloma) 
6. Interprete o gráfico abaixo e responda: 
 
a) O que ocorre com as células no ponto 1. 
b) Quais são os eventos que levam a célula ao ponto 2. 
c) Que alterações ocorrem na célula no ponto 3. 
d) O que pode ser observado no ponto 3. 
 
Questões Adaptações: 
1. Qual é o processo fisiológico que sucede a uma agressão. 
2. O que são adaptações celulares. 
3. Quais os tipos de adaptações celulares. 
4. Que tipo de alteração ocorre quando o miocárdio é submetido a uma carga elevada e 
persistente. O que ocorre se a carga não for atenuada. 
5. O que são adaptações fisiológicas e adaptações patológicas. Exemplifique. 
6. Que processos adaptativos fisiológicos ocorrem na musculatura lisa do útero grávido. 
7. Que tipo de adaptação ocorre na musculatura esquelética quando sobrecarregada. 
8. Quais são os fatores limitantes na hipertrofia. 
9. Quais os tipos de hiperplasia e como são controladas. 
10. Em que tipo de órgão ocorre hiperplasia. 
11. Cite exemplos de hiperplasia patológica. 
12. Como são formadas as verrugas nos casos de papilomaviroses. 
13. O que diferencia a hiperplasia patológica benigna de um câncer. 
14. Quais são os tipos de hipoplasia e suas causas. Exemplifique. 
15. O que é metaplasia. Exemplifique. 
 
 
 
1 
2 
4 
3

Continue navegando