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MACROECONOMIA - Módulo 1

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MACROECONOMIA
Módulo I
CONTEÚDO: 
Introdução à Macroeconomia. Contabilidade Social. O Sistema de Contas Nacionais do Brasil. 
Números Índices. Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Mercado de Bens e 
Serviços e o Lado Monetário. O Setor Externo. Inflação. O Setor Público. Crescimento e 
Desenvolvimento Econômico. Contabilidade Social. O Sistema de Contas Nacionais do Brasil. 
Números Índices. Determinação da Renda e do Produto Nacional
Adaptação do livro: Economia Micro e Macro 
de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos
Prof. Emir Koureiche
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Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a
determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais
agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
• Renda
• Emprego
• Produto Nacional
• Desemprego
• Investimento
• Estoque de Moeda 
• Poupança
• Taxa de Juros
• Consumo
• Balanço de Pagamentos
• Nível Geral de Preços
• Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais porém,
permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão
das interações entre estes.
Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial
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1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de
bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais
(pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
•inflação controlada não significa inflação zero;
•inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as classes baixas
e sobre as expectativas.
Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar
a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Equitativa de Renda
•política de longo prazo;
•aumento do poder de compra das classes mais baixas;
•desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser
conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres,
sem reduzir a dos ricos
(abranda conflitos sociais).
Em países 
subdesenvolvidos
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros
e da poupança dos mais ricos
na renda nacional (Teoria do
Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
(Inter-relações e conflitos entre objetivos)
Metas de 
Redução de
Emprego
e
Estabilidade 
de 
Preços
Com aumento
de compras
Reduz-se o desemprego.
Aproximando do pleno emprego,
os recursos tendem a escassear,
provocando um aumento dos
custos de produção. Podendo
aumentar a inflação (exceto,
quando estiver ocorrendo um
significativo aumento de
produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
(Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à
ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes
grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará
sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a
escolha alternativa é pior.
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Parte Real 
da Economia 
Parte Monetária
da economia
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Trabalho
Mercado Financeiro
(monetário e títulos)
Mercado de Divisas
Produto Nacional
Nível Geral de Preços
Nível de Emprego
Salários Nominais
Mercados Var. Determinadas
Taxa de Juros
Estoque de Moeda
Taxa de Câmbio
Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva
(Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada)
permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de
inflação e distribuição justa de renda.
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo;
• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de
juros e o crédito;
• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do
BP equilibrado;
• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários,
desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política 
Macroeconômica
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Instrumentos
disponíveis
Arrecadação de
tributos (política 
tributária)
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuição 
dos gastos
Aumento da
carga tributária
Aumento 
dos gastos
Diminuição da
carga tributária
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Impostos
progressivos
Gastos em
setores/ regiões
mais atrasados
Benefício a
grupos menos 
favorecidos
Controle de 
suas despesas
(política de gastos)
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política 
Macroeconômica (Política Fiscal)
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Instrumentos
disponíveis
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuir 
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento 
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Solução mais 
complexa
Estoque 
monetário
Reservas 
compulsórias
Open Market
Venda de
títulos
Compra 
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política 
Macroeconômica (Política Monetária)
Política Fiscal Política Monetária
Como política
econômica pode...
Combinação Combinação
Melhoria na
distr. de renda
Mais eficiente 
(tributação e gastos)
Mais difusa 
e genérica
Efeitos 
imediatos
Não tem. Depende de
mudança na Legislação e
Princípio da anterioridade.
Depende apenas de 
decisões diretas das
autoridades monetárias.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política 
Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da
economia.
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política 
Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica
(Política de Rendas)
Contabilidade Social
Introdução
Principais Agregados Macroeconômicos
• Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital 
• Economia a Dois Setores Com Formação de Capital
• Economia a Três Setores: O Setor Público
• Economia a Quatro Setores: O Setor Externo
Valores Reais e Nominais
Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
Aspectos Conceituais
Contas Básicas: 
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo• Capital
Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas
Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
Definição: o objetivo do sistema de contas nacionais é permitir a mensuração e a
agregação em uma única conta, onde a agregação é feita através dos preços.
Característica: não considera os chamados bens e serviços intermediários (que
são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse sistema
considera apenas os bens e serviços finais.
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são considerados
bens produzidos em período anterior, apenas a remuneração do vendedor
(que é remuneração a um serviço corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os agregados
correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao longo de um período
– dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como unidade
de medida e instrumento de trocas.
Contabilidade Social: Sistema de Contas Nacionais
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais
produzidos em determinado período de tempo.
PN =  pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas
pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na
compra de bens e serviços finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias,
que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus
serviços, em um período de tempo.
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(Fluxo Circular de Renda)
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Famílias Unid. Produtoras
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Fatores de Produção
Fornecimento de Bens e Serviços
Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção
Fluxo monetário
Fluxo real
RN = w + j + a + l
DN = C
PN = pi.qi
Contabilidade Social: Principais Agregados 
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A empresa
gasta com pagamentos a fatores de produção tudo o que recebe pela venda de
bens e serviços (PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado Consiste em calcular
o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa
do processo produtivo.
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. 
Intermed.
(Receita de vendas)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(Fluxo Circular de Renda)
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(Valor Adicionado)
Existem 04 formas diferentes de medir o resultado 
econômico de um país, todas conduzindo a um 
mesmo valor numérico:
Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)
Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN)
Orgão Responsável no Brasil: IBGE
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
Hipóteses:
• As Famílias além de consumir podem poupar;
• As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em
bens de capital.
POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:
S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
I = Ibk + E
Observações sobre o investimento:
1. E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao ano);
2. Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar com 
investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em ações não 
representa aumento da capacidade produtiva, a não ser que se 
esteja investindo, por exemplo, em instalações.
3. O investimento em ativos de segunda mão (imóveis,...) não é
contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma
transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”.
Esses bens já foram computados no passado.
4. Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não
sejam consumidos no presente e gerem fluxo de serviços no
futuro, não são considerados como investimento (há
controvérsias).
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
A identidade S = I “ex-post”
Como: e eS = RN – C I = PN – C PN = RN
Logo: S = I
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) 
as empresas remuneram as famílias (RN). Se as 
famílias decidem consumir apenas 80 (C = 80):
S = RN – C = 20
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as
famílias não gastaram tudo. Assim:
I = E = 20 e S = I = 20

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