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22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/27
MÓDULO 6.
DOS LEGADOS.
Conceito.
É a deixa testamentária a título singular, particular. Aqui a liberalidade tem por
objeto coisa determinada, ou uma cifra em dinheiro.
É diferente da herança, em que o sucessor recebe a título universal, podendo ser
o herdeiro legítimo ou testamentário.
Há o herdeiro por força de lei ou testamentário, ambos recebendo
universalidade; e o legatário, que recebe por testamento a título particular.
______________//____________
Disciplina dos legados no CC:
Art. 1.912 e s.
- Disposições gerais.
- Dos efeitos dos legados e do seu pagamento.
- Da caducidade dos legados.
____________//____________
Disposições gerais:
Há regras sobre o legado de coisa alheia e regras interpretativas da vontade do
testador, para dirimir controvérsias sobre o exato sentido da cláusula
testamentária, quando o testador não for preciso.
Assim, a lei define legado de crédito, legado de alimentos e legado de usufruto.
E a lei determina o limite do legado que tiver por objeto bem imóvel.
_________________//_______________
Legado de coisa alheia.
Cf. o art. 1.912, esse legado é ineficaz. Não se pode fazer liberalidade com bens
de outrem. A coisa certa, objeto do legado, tem que pertencer ao testador no
momento da abertura da sucessão.
Exceções à regra (supra):
Art. 1.912, 1.913 e 1.915, CC.
1. Art. 1.912. Vale o legado se o testador vier a adquirir o bem.
Porque é no momento da morte do testador que ocorre a abertura da sucessão e
só então o testamento ganha eficácia como título traslativo de propriedade
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/27
E o comportamento do testador de adquirir a coisa legada é interpretado como
vontade de beneficiar o legatário. Ex.: testador determina que ficará para um
amigo a casa da praia, que é alugada. Mas o testador o compra. O legado é válido
e eficaz – porque no momento da abertura da sucessão pertencia ao testador.
__________//____________
2. Art. 1.913. Quando o testador ordena ao herdeiro (encargo) entregar ao
legatário a coisa de sua propriedade
Aqui o legado de coisa alheia é válido. Se o herdeiro não cumprir o encargo,
renunciou à herança.
____________//_______
3. Art. 1.915, CC. Legado de coisa genérica.
É válido o legado de coisa que se determina pelo gênero, ainda que tal coisa não
exista entre os bens deixados pelo testador.
Isto porque o gênero não pertence a ninguém. Assim, embora as coisas legadas
não se encontrem no patrimônio do testador, não se encontram também em
patrimônio alheio.
O testador tem que adquirir a coisa para que ela esteja no seu patrimônio na hora
da abertura da sucessão. Ou então o herdeiro tem que comprar o bem,
tratando-se de mais um caso de encargo.
O herdeiro deve fazer a escolha entre as coisas do gênero referidas no
legado. O herdeiro é devedor da obrigação de entregar coisa incerta,
determinada só pelo gênero e quantidade, regra do art. 244 do CC. O
devedor escolhe, se as partes não convencionaram de modo diverso (se
outra coisa não constar do título).
O herdeiro escolhe pela média: não pode escolher o pior e nem está obrigado a
prestar a melhor.
_____________//_________
Consequências da regra de que é ineficaz o legado de coisa (certa) alheia:
art. 1.914, 1.916 e 1.917.
- Se a coisa legada só pertence em parte ao testador, só vale em parte o legado
(art. 1.914, CC).
- Se o testador legar coisa certa, só tem efeito o legado se o bem se encontrar
entre os bens da herança na época do falecimento. Se não, a coisa será alheia
(art. 1.916, 1ª parte).
- Mas se a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade
inferior à constante do legado, este só valerá quanto ao montante existente (em
relação ao resto, a coisa será alheia). Cf. art. 1.916, 2a parte.
- Art. 1917, CC. Só é válido o legado de coisa ou quantidade que deva tirar-se de
certo lugar, até a quantidade que ali se achar, pois, no restante, o objeto do
legado será de coisa alheia, e como tal vedado por lei.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Art. 1.939, II, CC/02. Caducará o legado se o testador, por qualquer
título, alienar a coisa legada. Caso depois do testamento o legatário
adquira do testador a coisa, o legado é ineficaz (aquisição a título
gratuito ou oneroso).
_________//____________
Legado de coisa a ser retirada de determinado lugar.
Art. 1.917, CC. Coisa móvel que se deva tirar de certo lugar: o legado só vale se a
coisa ali for encontrada e somente até a quantidade que ali se achar.
Ex.: se mandou dar todo os livros que estavam em certo local, não se deve dar
tudo, só o que resta no local indicado no momento da morte do testador.
A remoção da coisa em caráter definitivo, de um lugar para outro, feita pelo
próprio testador, torna ineficaz o legado.
O legado vale se a coisa foi transferida do lugar provisoriamente.
_____________//______________
Legado de crédito.
A lei interpreta a vontade do testador.
1. Art. 1.918 – trata dos legados de crédito, ou de quitação;
Quando o objeto de um legado for crédito ao beneficiário, ele se cumpre pela
entrega, ao legatário, do título que representa a obrigação.
A seu total se incorporam os juros não pagos, pois a lei diz que o legado de
crédito abrange a importância deste ao tempo da morte do testador.
· Se o legado for de quitação de um crédito do testador contra o legatário
(testador é credor e quita a dívida do legatário), ele também se cumpre pela
entrega ao legatário do título representativo da obrigação.
Esse legado, que é remissão, podendo ser da totalidade ou apenas de parte da
dívida, não abrange as dívidas posteriores à data do testamento, pois, como estas
não existiam na ocasião, não poderiam ser objeto da liberalidade. O testador
pode abranger, no legado, os débitos posteriores.
2. Art. 1.919. Caso de ser o testador devedor do legatário.
A liberalidade não se reputará compensação da dívida. Salvo se expressamente
constar o contrário, o herdeiro tem que pagar ao legatário o crédito que tinha
contra o espólio, e ainda deve lhe entregar o legado.
__________//___________
Legado de alimentos.
Art. 1.920: regra interpretativa. Se o testador não dispuser em sentido contrário,
o legado de alimentos abrange: sustento, cura, vestuário, casa, e despesas de
educação, se o alimentário for menor.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A fixação do montante do legado, pelo juiz, deve levar em conta as necessidades
do alimentário e o montante da herança.
_____________//____________
LEGADO DE USUFRUTO.
Art. 1.921 – é vitalício o usufruto se o testador não determinou prazo menor de
duração.
Isto quando o beneficiário é pessoa física. Se for pessoa jurídica e o testador não
determinou o tempo de duração do usufruto, este durará 30 anos, salvo extinção,
antes desse prazo, da pessoa jurídica em favor de quem o usufruto foi constituído
(art. 1.410, III, CC).
_____________//____________
Legado de bem imóvel. Art. 1.922, caput – regra de caráter interpretativo.
Não se incorporam no legado de um imóvel, salvo expressa declaração em
contrário, as propriedades adquiridas pelo testador após a feitura do testamento,
ainda que se trate de terrenos contíguos.
Obs.: As benfeitorias feitas no imóvel depois do testamento são acessórios da
coisa deixada ao legatário, então a acompanham. O mesmo ocorre com as
acessões, como construções e plantações, por exemplo.
O valor ou espécie da benfeitoria não alteram a sua natureza de acessório (art.
1.922, parágrafo único).
____________//___________
Dos efeitos do legado e seu pagamento.
Direito do legatáriosobre a coisa legada.
Art. 1.784, CC – a herança se transmite, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
- Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a coisa certa,
existente no acervo, salvo se o legado estiver sob condição suspensiva.
§1º. Não se defere de imediato a posse da coisa, nem nela pode o legatário entrar
por autoridade própria.
· Então: o direito que tem o legatário é o de pedir aos herdeiros que lhe
entreguem a coisa legada.
Obs.: O art. 1.923, caput, parece contraditório com seu §1º e com o art. 1.924,
porque o 1.923 caput diz que pertence a coisa certa legada ao legatário desde a
morte do testador, e os outros dispositivos (§1º e 1.924) dizem que para obter a
coisa objeto do legado, deve o legatário pedi-la ao herdeiro, sendo-lhe mesmo
expressamente vedado entrar na posse dela, por sua exclusiva autoridade.
A (aparente) contradição se resolve diferenciando-se posse direta e indireta.
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O legatário no momento da morte do testador adquire o domínio da coisa certa
legada, e a posse indireta dela (art. 1.923, CC).
Mas a pose direta só é adquirida quando o herdeiro lhe entregar o objeto do
legado (art. 1.923, §1º, CC). Até esse momento, ele tem o direito de pedir a
entrega do que se tornou seu por força do testamento, e cuja propriedade
resultou da morte do testador.
Esse direito refere-se apenas ao legado puro e simples, e não ao condicional e a
termo.
· Legado condicional (a lei só se refere à condição suspensiva): para se incorporar
ao patrimônio do legatário, depende da ocorrência de um evento futuro e incerto.
Antes da condição, o legatário não pode exigir a entrega de um bem sobre o qual
ainda não tem direito deferido.
· Legado a termo: antes do termo, é direito inexigível. Por isso, ao reclamo do
legatário, pode o herdeiro opor tal defesa.
Mas ocorrida a condição ou advindo o termo, o legatário pode pedir a entrega do
legado.
O domínio do legado e a sua posse indireta são adquiridos pelo legatário desde a
morte do testador. Assim, se o legatário falece um instante depois do testador,
adquiriu o direito ao legado e o transmite aos seus sucessores, que poderão exigir
a entrega de seu objeto.
· Mas se o legatário faleceu fração de segundo antes do testador, nenhum direito
transmite a seus sucessores, porque o legado caduca pela pré-morte do legatário.
· Se o legatário morre depois do testador, mas antes da condição suspensiva,
também caduca o legado – porque não tendo o legado se incorporado ao seu
patrimônio, não podia, claro, se transmitir a seus herdeiros
· Caduca o legado se o legado é a termo e o legatário morre antes do testador –
embora se diga que o direito a termo é, ordinariamente, um direito deferido e não
eventual, porque, em matéria de sucessão causa mortis, o que vai tornar o direito
deferido não é o testamento, mas a morte do testador.
Obs.: o legatário não pode ter a posse direta do bem antes pleitear ao herdeiro,
pois compete ao herdeiro, antes de pagar o legado, verificar se a herança é
solvável ou não.
______________________//_______________
Pedida e deferida a entrega do legado, esta é feita depois de pago o imposto de
transmissão.
O legatário pede o legado ao juiz do inventário. O juiz ouve o testamenteiro e os
herdeiros, e outros interessados, como a Fazenda (sobre o pedido), e decide em
seguida. Deferido o pedido, lavra-se termo de entrega ou de pagamento,
observadas as formalidades legais. E o legado não pode ser entregue antes do
pagamento dos impostos.
· O direito de pedir o legado não pode ser exercido enquanto se litigue sobre a
validade do testamento (art. 1.924). Caso a sentença declare sem efeito o ato de
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última vontade, legado nenhum existirá.
· O legatário só tem o direito de pedir o legado. Mas como a propriedade do
legado se transmite ao legatário desde a morte do testador, a partir da morte do
testador os frutos da coisa pertencem ao legatário (art. 1.923, CC).
Obs.: legado a termo ou condição - como o legatário só o adquire a partir do
advento da condição ou do termo, só a partir de então tem direito aos frutos.
· Art. 1.925, CC: exceção à regra – caso do legado em dinheiro. Só vencem juros
desde o dia em que se constituir em mora a pessoa obrigada a prestá-lo.
Juros serão devidos pelo herdeiro ao legatário quando aquele,
interpelado, recusar-se injustamente a entregar.
______________//______________
Do legado em prestações periódicas.
Art. 1.926 a 1.928, CC – regras interpretativas.
Tratam de legados cujo pagamento deve ser feito em prestações periódicas, por
causa da própria natureza desses legados (ex.: legado de renda vitalícia ou de
pensão), ou por causa de assim o haver determinado o testador.
A lei fixa o momento em que o direito do legatário surge, a sua extensão e o
instante em que é exigível.
· Renda vitalícia: o termo inicial é a morte do testador, e o final é a morte do
legatário, que, enquanto viver, pode exigir do herdeiro, devedor, o seu
pagamento.
A finalidade é assistencial, como no legado de pensão periódica. Por isso a lei
cuida dos dois tipos com a mesma regra: a renda vitalícia ou a pensão periódica
correrão da morte do testador. Embora o legatário se atrase 1 ou 2 anos em pedir
a entrega do legado, terá direito a receber a renda ou pensão vencida desde a
morte do testador, desde que não deixe prescrever seu direito.
Pode o testador dispor de modo diferente.
· Art. 1.927 – traz norma genérica, que se aplica aos legados de renda vitalícia
ou de pensão, e a qualquer outro legado em que se imponha ao herdeiro o
encargo de pagar uma quantidade certa em prestação periódica.
Nela não se inclui, entretanto, o legado de uma importância fixa, paga em
prestações, como na disposição que deixa 100 ao legatário, pagáveis pelo
herdeiro em 5 prestações de 20. Aqui o legado não é em prestações
periódicas, mas de uma única cifra, dividida em pagamentos parciais.
O art. 1.927 fixa o montante do direito do legatário. A prestação periódica é
devida por inteiro desde o 1º dia de cada período. Assim, no dia do falecimento do
testador, o legatário tem direito a toda a pensão relativa ao 1º ano. Iniciado o ano
seguinte, o legatário tem direito, desde logo, à 2ª prestação inteira. E assim por
diante.
O importante é que o art. supra fixa, para a renda constituída causa mortis,
regime diverso do fixado pelo art. 811 para a renda constituída inter vivos.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/27
O art. 811, relativo ao contrato de constituição de renda, estabelece que o credor
adquire o direito à renda dia a dia.
A solução do 1.927 é diferente – este abrange o legado de renda, pois, como
vimos, o legatário não a adquire dia a dia, mas a adquire por inteiro, no 1º dia do
período.
Se, portanto, a renda era vitalícia e o legatário faleceu no 1º dia
subsequente ao início de um novo período, fez ele jus a toda a prestação,
que por isso se transmite aos herdeiros que deixar.
· O art. 1.928, CC trata do pagamento desses legados: só no termo de cada
período poderão se exigidos. Mas traz exceção para o caso de serem deixados a
título de alimentos, uma vez que, em tais casos, a sua natureza impõe que sejam
pagos adiantadamente, visto que supõe dele urgentemente necessitar o legatário,
para sobreviver (art. 1.928, parágrafo único, CC).
_________//___________
Do legado de coisa genérica:
· Regra da obrigação de dar coisa incerta.
O legatário é credor e o herdeiro, devedor da obrigação de entregar um legado
definido apenas pelo gênero e pela quantidade.
A escolha é do devedor (herdeiro), se nada constar do testamento.
E ao escolher as unidades do gênero,o herdeiro deve fazê-lo pelo meio-termo –
não é obrigado a dar o melhor, nem pode dar o pior (art. 1.929).
A mesma regra ocorre quando a escolha for deixada a terceiro, ou quando o juiz
tem que fazer a escolha, em face da recusa ou da impossibilidade de o terceiro
escolher (art. 1.930, CC).
É diferente se o testador der opção ao legatário. Aqui, presume-se que o testador
quis possibilitar ao beneficiário a escolha do melhor (art. 1.931, CC).
_____________//____________
Do legado alternativo (obrigação alternativa).
No silêncio do testamento, a escolha é do devedor (art. 252). O herdeiro é o
devedor da obrigação de entregar uma das várias liberalidades constantes da
cláusula testamentária (art. 1.932, CC). Mas a regra é dispositiva, o testador pode
dar ao beneficiário o direito de escolha.
Se o herdeiro, ou legatário, a quem couber a opção, morrer antes de exercê-la, o
direito de escolher se transmite aos seus herdeiros (art. 1.933, CC).
_________________//_____________
Do pagamento do legado.
Cabe ao herdeiro: Este tem a responsabilidade de retirar da herança,
universalidade, as coisas que são objeto de legados, e entregá-las aos legatários.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/27
Art. 1.934, CC – no silêncio do testamento, o cumprimento dos legados incumbe
aos herdeiros e, não os havendo, aos legatários, na proporção do que herdaram.
· O testador pode ainda encarregar certo herdeiro ou certo legatário de efetuar o
pagamento do legado. Ou indicar mais de um para pagar o legado, e apenas estes
por ele responderão.
Trata-se de instituição gravada de ônus. Quando indicados mais de um, os
onerados dividirão entre si o ônus, na proporção do que recebam da herança.
Se o testador (usando permissão do art. 1.913) ordenar a entrega ao legatário de
coisa pertencente a um dos herdeiros ou a um dos legatários, só a este incumbe o
cumprimento de tal legado. Se o onerado não cumprir a ordem do testador,
entender-se-á que renunciou à herança ou ao legado.
Art. 1.935. “Se algum legado consistir em coisa pertencente a herdeiro ou
legatário (art. 1.913), só a ele incumbirá cumpri-lo, com regresso contra os
coerdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrário expressamente dispôs o
testador”.
_________________//________________
Da entrega do legado.
Art. 1.936 e 1.937.
· O legado deve ser entregue no lugar e estado em que se achava ao falecer o
testador, devendo a entrega abranger seus acessórios.
O legatário a recebe com todos os encargos que a oneravam.
· As despesas, bem como os riscos da entrega da coisa legada, correm por conta
do legatário.
O legatário não participa das despesas advocatícias ou custos com o inventário, e
nem paga outros impostos de transmissão que não os recaintes sobre a coisa
legada.
O legatário tem que pagar o imposto referente à coisa legada (só será pago pelo
espólio quando o testamento ordenar).
__________________//______________
Descumprimento dos legados com encargo.
Encargo é limitação de liberalidade, por dar destino à coisa ou por impor ao
beneficiário contraprestação. Descumprido o encargo, revoga-se a liberalidade.
_______________//_____________
Da caducidade dos legados.
É a perda de eficácia, por circunstância superveniente, de legado válido.
Art. 1.939, CC: traz 6 hipóteses em que o legado caduca. E o rol é
exemplificativo, não esgota os casos.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/27
Os autores trazem outros casos em que a superveniência de um fato torna sem
efeito o legado.
Ex.: caduca o legado condicional se o legatário falecer após a abertura da
sucessão, mas antes da condição suspensiva.
Hipóteses de caducidade dos legados no CC:
Modificação substancial na coisa legada (art. 1.939, I).
O legado caduca se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada a
ponto de não ter a forma, nem lhe caber a denominação que tinha.
Justificativa: a mudança substancial da coisa feita pelo testador revela seu
propósito de cancelar a liberalidade.
Se a modificação não é fundamental a ponto de alterar a substância da coisa,
prevalece o legado.
___________________//____________
Alienação da coisa legada.
Quando o testador, após o testamento, dispõe da coisa legada, esta sai de seu
domínio e, portanto, caduca o legado, pois legado de coisa alheia é ineficaz.
Com a alienação, o testador demonstra intenção de revogar a liberalidade, pois
deu outro destino ao objeto legado.
· Se a alienação é forçada (desapropriação) e não espontânea, a intenção de
revogar a liberalidade não se manifesta, mas como a coisa passa para o domínio
do expropriante, perde o legado sua eficácia (é ineficaz o legado de coisa alheia)
[1].
A nulidade da alienação não restabelece a eficácia do legado, salvo vício de
vontade.
Obs.: a revogação da liberalidade decorre menos da alienação, que da intenção
revogatória, manifestada no ato de alienação.
O mesmo ocorre para o caso de alienação e subsequente reaquisição, pelo
testador, da coisa legada, pois, por ocasião da alienação, ficou evidente o intuito
de revogar a deixa testamentária.
· Por fim: a mesma lógica justifica a tese de que a promessa irretratável de venda
da coisa legada revoga a liberalidade.
____________//____________
Perecimento ou evicção da coisa legada.
Com o perecimento, vivo o testador, caduca o legado porque quando da morte
(abertura da sucessão), o objeto não se encontrará no espólio.
Mas se perecer após a morte do testador, sem culpa do herdeiro ou legatário
incumbido do seu cumprimento, o legado gerou seu efeito e a sua propriedade se
transmitiu ao legatário no momento da abertura da sucessão. O direito do
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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legatário (res perit domino) se perde - perde-se o direito de propriedade
perecendo seu objeto (art. 1.275, IV, CC).
Caso o perecimento da coisa legada se dê por culpa do herdeiro ou
legatário que devia cumpri-lo, deve este compor o prejuízo. O mesmo
ocorre se a coisa perecer por caso fortuito ou força maior quando estiver
o herdeiro ou legatário em mora de entregá-la. Salvo se provar que o
perecimento sobreviria ainda quando a entrega fosse tempestiva (art.
399).
· Evicção: faz caducar o legado. Porque a evicção decorre de sentença
judicial que reconhece pertencer a coisa ao reivindicante e não ao
testador – o objeto da liberalidade é alheio. E é ineficaz o legado de coisa
alheia.
Obs.: se o herdeiro ou legatário responsável pelo cumprimento é negligente,
deixando a ação reivindicatória correr à revelia, ou se agiu culposamente,
responde pela evicção e pelos consequentes prejuízos.
_________________//______________
Indignidade do legatário.
É possível excluir aquele que praticou contra o de cujus atos de ingratidão
relacionados na lei (vimos). Deve-se afastar da sucessão beneficiário ingrato.
O legado caduca se o legatário foi excluído da sucessão por indignidade, de modo
que, se algum interessado provar que o legatário, após o testamento, praticou um
dos atos relacionados no art. 1.814 do CC, torna-se ineficaz a cláusula
testamentária que o beneficia.
Tanto herdeiro como legatário pode ser afastado da sucessão se praticar um dos
atos de ingratidão, cf. art. 1.815.
_____________//___________
Pré-morte do legatário.
As disposições testamentárias são intuitu personae, visam beneficiar exatamente
a pessoa do herdeiro ou do legatário. Se o herdeiro ou legatário morre antes
do testador, a cláusula testamentária perde sua razão de ser, CADUCA.
Assim, é condição de eficácia da deixa testamentária que o beneficiário sobreviva
ao testador. Não quer o testador, necessariamente, beneficiar os sucessores do
legatário ou herdeiro testamentário.
________________//_____________Legado alternativo e caducidade.
Art. 1.940, 1ª parte: aplica ao legado alternativo, e em que perecem uma ou mais
das coisas alternativamente legadas, a regra referente às obrigações de igual
natureza.
O herdeiro é devedor, e o legatário é o credor de uma obrigação alternativa.
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Se uma das prestações alternativas se tornar inexequível, subsistirá o débito
quanto à outra.
Da mesma maneira, o art. 1.940, 1ª parte determina que: se o legado for de 2 ou
mais coisas, alternativamente e algumas delas perecerem, subsistirá a
liberalidade quanto às restantes.
Neste caso, concentra-se o legado na coisa remanescente.
· A 2a parte (do art. 1.940) contém hipótese diversa, que cuida da caducidade do
legado pelo perecimento de seu objeto.
Se o legado for de 2 ou mais coisas, alternativamente, perecendo parte de uma, o
legado valerá, no que diz respeito ao seu remanescente.
___________________//_________________
O direito de acrescer entre os herdeiros
Conceito.
Se a disposição testamentária caduca pela pré-morte do herdeiro ou do legatário,
ou pela recusa do beneficiário, ou quando o herdeiro ou legatário é afastado da
sucessão por indignidade, em todos esses casos a cláusula testamentária torna-se
ineficaz e os bens que eram objeto da liberalidade ficam no espólio para partilha
entre os herdeiros legítimos ou testamentários.
Havendo numa disposição testamentária vários herdeiros ou legatários, a
renúncia ou exclusão de um deles, bem como a caducidade do legado em
relação a um só, tem os mesmos efeitos acima apontados: o quinhão do
herdeiro excluído é dividido entre os herdeiros legítimos; o do legatário
renunciante se incorpora ao patrimônio do herdeiro, que só deve pagar o quinhão
dos demais colegatários e não o do legatário que renunciou.
Mas tal solução não ocorre em duas hipóteses:
a) Se houver designação de substituto, pois neste caso o substituto recolhe o
quinhão do excluído ou do renunciante.
b) Se houver direito de acrescer entre os herdeiros ou legatários, pois nessa
hipótese a parte que era do renunciante ou excluído, em vez de ser devolvida ao
herdeiro legítimo, ou ao encarregado de pagar o legado, acresce ao quinhão dos
seus coerdeiros ou colegatários.
Assim, o direito de acrescer ocorre quando sendo vários os herdeiros
testamentários, ou os legatários, o quinhão de um deles, que o não quer ou não o
pode receber, aumenta o dos outros.
Desta forma, três soluções[2] podem se apresentar quando, na sucessão
testamentária, favorecidos por uma liberalidade vários herdeiros ou
legatários, um deles não quer ou não pode receber a sua quota:
a) O quinhão recusado retorna à sua fonte original – volta ao monte para ser
dividido entre os herdeiros legítimos, ou para se incorporar ao patrimônio do
herdeiro testamentário, que se exime do dever de pagar aquela parte do legado.
b) O referido quinhão é recolhido pelo substituto se o testamento o indicou.
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
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c) O citado quinhão acresce aos quinhões dos coerdeiros, ou colegatários, se
houver direito de acrescer entre eles.
O problema não é importante quando o testamento é claro e o testador foi
preciso, mandando, por exemplo, que em caso de caducidade do legado em
relação a um dos legatários, de sua renúncia ou exclusão, sua quota deverá
acrescer à dos outros.
Mas cláusulas assim são raras, e se impõe sempre o dever de interpretar.
As regras do CC se destinam a interpretar a vontade do testador.
Quando uma pessoa deixa vários herdeiros, cada um deles tem direito a toda a
sucessão e apenas não a recebe integral porque seu direito colide com o dos
coerdeiros, que desfrutam de igual direito. Então, procede-se à divisão – concursu
partes fiunt.
Se o direito de todos os herdeiros, menos de um, se extingue, aquele que
conservou o seu direito recebe toda a sucessão, por direito próprio, porque o seu
direito não encontra obstáculo. Ele não toma o direito de seus concorrentes, pois
o destes se extinguiu.
O mesmo se dá com os legatários, a quem o testador destinou uma coisa inteira.
Cada um deles tem direito ao todo, e se recebe só uma parte do todo é porque
seu direito colide com o dos colegatários.
Portanto, procede-se à divisão. Mas, se todos os legatários, menos um, são
afastados da sucessão, o direito do 1º não encontra mais barreiras e, portanto,
recebe ele a coisa inteira.
Não porque acresça o direito dos outros, pois estes, por definição, não o tinham.
Mas, por efeito do direito de não decrescer – jure non decrescendi -, visto que seu
direito original era ao todo.
Direito de acrescer é direito do colegatário de receber a totalidade de uma coisa
da qual ele não teria senão parte, se os seus colegatários tivessem aceitado, como
ele.
· O CC/02 regula o assunto nos art. 1.941 a 1.946.
______________//_____________
Princípios tradicionais do direito de acrescer.
No direito romano se distinguiam três espécies de disposições conjuntas, para
efeito de verificar a existência ou não do direito de acrescer:
a) A conjunção re et verbis, em que, por meio de uma única disposição, o
testador nomeia sucessor para uma coisa, ou para uma universalidade, sem
menção de frações.
Ocorre tal conjunção quando a cláusula declara deixar um prédio, ou a parte
disponível da herança, a A ou B.
Há uma conjunção verbal, visto que a deixa testamentária se encontra em uma
cláusula do testamento, e uma conjunção real, pois há unidade do objeto –
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portanto, conjunctio re et verbis.
b) A disposição se diz re tantum quando a unidade se encontra apenas no objeto
e não na disposição.
Existem duas ou mais cláusulas, com referência a um único objeto.
Ex.: deixo minha chácara a A. E, noutra cláusula: deixo também a B a chácara
deixada a A.
c) A conjunção se denomina verbis tantum quando se deixa a vários herdeiros ou
legatários bens, com a cominação de que a cada um caberá uma parte.
As duas primeiras espécies de conjunções implicam a existência de direito de
acrescer.
A última (conjunção verbis tantum) não.
No direito romano, como ocorre hoje, as regras acima eram interpretativas,
aplicáveis quando não havia clareza.
O CC/1916 trouxe os mesmos princípios. E o mesmo ocorreu com o CC/02.
_____________//_______________
Direito de acrescer entre os herdeiros:
Art. 1.941: determina verificar-se o direito de acrescer entre os coerdeiros quando
estes, pela mesma disposição, são conjuntamente chamados à herança em
quinhões não determinados.
É repetição da regra romana, a respeito da conjunção re et verbis: para haver o
direito de acrescer, reclama-se a conjunção verbal, nomeação conjunta dos
herdeiros em uma única disposição testamentária, e a conjunção real, quinhões
não determinados.
Art. 1.943: se um dos herdeiros nomeados morrer antes do testador, renunciar ou
for excluído da herança, seu quinhão acrescerá à parte dos coerdeiros conjuntos.
Exceção: o testador pode evitar o direito de acrescer indicando substituto ao
herdeiro pré-morto, renunciante ou excluído.
______________//_______________
Direito de acrescer entre os legatários:
Fonte: Direito Romano (conjunção re et verbis).
Art. 1.942: competirá aos legatários aquele direito quando nomeados
conjuntamente (conjunctio verbis), a respeito de uma só coisa, determinada e
certa (conjunctio re).
Ainda, há o direito de acrescer entre os legatários quando a coisa objeto do
legado não se pode dividir sem risco de se desvalorizar.
__________//______________
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Obs.: não há direito de acrescer quando se determina aos herdeiros ou
legatários, ainda que nomeados conjuntamente, a quota ou objeto que lhes é
deixado. Neste caso, é manifesta a vontade contrária do testador.
_____________//____________
Consequências do acrescimento.
- Aos beneficiários se transmitem as vantagens e os encargos que deveriam
caber ao herdeiro ou legatário renunciante, excluído ou falecido antes do testador.
Então: se a vários herdeiros se impôs o ônus de pagar um legado e um deles é
excluído da sucessão, acrescendo aos outros seu direito, a estes se transmite,
também, a obrigação de pagar o legado; e se um colegatário pré-morreu ao
testador e o seu direito acresceu aos demais, a este incumbe cumprir os encargos
do legado (art. 1.943, parágrafo único).
· Art. 1.945: o beneficiário do acréscimo não pode repudiá-lo separadamente da
herança ou legado que lhe caiba, salvo se o acréscimo comportar encargos
especiais impostos pelo testador.
O herdeiro ou legatário, então, aceitando a herança ou o legado, poderá repudiar
o acréscimo sujeito a encargo, mas, nesse caso, uma vez repudiado, reverte o
acréscimo para pessoa a favor de quem os encargos foram instituídos.
________________//___________________
Destino da deixa quando não há direito de acrescer.
Art. 1.944. Não havendo o direito de acrescer entre os herdeiros, a quota, que se
vagou pela pré-morte, renúncia ou exclusão de um dos herdeiros instituídos
conjuntamente, é devolvida aos sucessores legítimos do falecido.
Art. 1.944, parágrafo único, CC. Se se tratar de legado conjunto e inexistir
direito de acrescer entre os legatários, a quota do que faltar acresce ao quinhão
do herdeiro, ou legatário, incumbido de satisfazer esse legado. Mas, se o legado
se deduziu da herança, referida quota a ela será devolvida, beneficiando todos os
herdeiros, na proporção de seus quinhões.
_______________//____________
Acrescimento no legado de usufruto.
Aqui o beneficiário recebe o direito de usar e gozar da coisa alheia, por certo
tempo ou vitaliciamente.
Legado um só usufruto a duas ou mais pessoas, haverá direito de acrescer entre
elas se a nomeação for conjunta. A hipótese é a de conjunção mista (re et verbis,
se a determinação constar da mesma cláusula testamentária), ou de conjunção
real (re tantum, se o mesmo usufruto for deixado a mais de um usufrutuário, em
mais de uma disposição de última vontade).
Mas se não houve conjunção entre os legatários, ou, apesar de conjuntos, a cada
um foi legada parte certa ou fração determinada do usufruto, não quis o testador
contemplá-los com o direito de acrescer.
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Se não houver direito de acrescer, a quota do legatário que faltar se consolida na
propriedade: o titular do domínio adquire a parte do usufruto que caberia ao
legatário renunciante ou excluído, sendo que o seu prédio será onerado apenas
parcialmente pelo usufruto de que serão titulares os outros legatários.
________________________//____________________
Redução das disposições testamentárias.
Vimos que a liberdade de testar é relativa se há herdeiros necessários (cônjuge,
ascendente e descendente). Só pode testar sobre a metade dos bens. A outra
metade é a reserva (legítima).
O herdeiro necessário prejudicado pelas excessivas liberalidades (as que excedem
a quota disponível) do testador pode pleitear a redução destas, para resguardar a
legítima.
- Se na partilha por ato entre vivos (permitida pelo art. 2.018) a legítima de um
herdeiro necessário for lesada pelo benefício excessivo concedido a outro herdeiro,
ou a um legatário, o prejudicado tem ação contra o beneficiado com o excesso,
para compor o desfalque experimentado.
Aqui, a ação do herdeiro é a de anulação de partilha. Prazo para a ação: 1 ano.
- A mesma solução é para o caso de doação feita em vida pelo de cujus, e que
pode afetar a legítima (doação inoficiosa).
___________________//____________
Redução nas doações feitas pelo autor da herança.
A doação inoficiosa é a que excede a metade dos bens do testador, prejudicando o
direito à legítima.
Art. 549, CC – é nula a doação quanto à parte que exceder a de que o doador
poderia dispor por testamento, no momento da liberalidade.
O doador que tem herdeiro necessário só pode dispor por testamento da metade
de seus bens.
O cálculo do valor da doação deve ser efetuado no momento da liberalidade (se
no momento o doador era homem rico e a doação foi de valor inferior à metade
de seus bens, o negócio é lícito e eficaz, mesmo que haja empobrecimento depois
e morte na miséria).
Tal solução é melhor para o interesse público e para a segurança jurídica, não fica
a estabilidade a depender de acontecimento futuro e incerto – eventual
empobrecimento do doador.
___________//___________
Como se opera a redução:
Se as liberalidades do de cujus atingem a legítima, deve-se verificar antes se há
doações inoficiosas, suscetíveis de serem reduzidas. Se as houver, procede-se
à redução.
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Se forem várias doações inoficiosas:
· Primeiro são reduzidas as mais recentes, até as mais remotas, até eliminar o
excesso – art. 2.007, §4º, CC/02.
Depois, verificando que as disposições testamentárias ainda excedem à quota
disponível, seriam proporcionalmente reduzidos os quinhões do herdeiro, ou dos
herdeiros instituídos.
- A redução é feita ao quinhão do herdeiro instituído, porque este, sucedendo a
título universal, substitui a pessoa do de cujus e em tese só lhe cabe o domínio do
remanescente da herança, ou seja, daquilo de que o testador podia dispor.
Assim, só tem direito a receber o que sobrar do espólio, depois de deduzidas as
dívidas que o oneram, entre as quais se pode, sem recurso a uma excessiva
ficção, incluir a legítima do herdeiro instituído até recompor-se a legítima.
Se a quota do herdeiro instituído for insuficiente, procede-se então à redução nos
legados (art. 1.967, §1º).
· O legatário tem preferência em relação ao herdeiro porque, sendo o legado como
uma doação causa mortis, entende-se que o testador ordenou ao herdeiro que a
efetivasse.
Como o testador só pode gratificar até o montante de sua quota disponível, é
inegável que, se os legados a ultrapassarem, devem ser reduzidos.
** A redução nos legados é proporcional aos seus valores.
O CC não estabelece preferência entre os legados, manda ratear todos os legados,
ressalvando, porém, a vontade do testador, em benefício de certos herdeiros ou
legatários.
· É possível que o testador, antevendo a hipótese de suas disposições
testamentárias desfalcarem as legítimas, ordene que a redução seja feita em
quinhões de determinados herdeiros, ou em determinados legados. Neste caso,
cumpre-se a determinação, pois não colide com a ordem pública e nada mais é do
que uma redução em certa liberalidade (art. 1.967, §2º).
___________//___________
Redução em legado de bem imóvel.
Antes deve ser analisado se o bem é divisível ou indivisível.
- Se for divisível: faz-se a redução dividindo-se proporcionalmente o imóvel (art.
1.968).
A lei não é rígida a ponto de levar o juiz a soluções inconvenientes. Ex.: quando
a redução for excessivamente pequena, ou quando trouxer imenso prejuízo ao
legatário, deve-se exigir ou permitir a redução em dinheiro.
- Se não for possível a divisão: o juiz deve atentar para o montante da redução.
Se o excesso é de mais de ¼ do valor do imóvel, o legatário o deixará inteiro na
herança e receberá do herdeiro o restante do valor, em pecúnia.
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A lei não dá escolha ao legatário. Não pode ele, contra a vontade do herdeiro,
guardar o prédio, a despeito de o desfalque ser daquelealcance, e repor o
excesso em pecúnia.
Tal solução só será admitida se assentir o herdeiro
Se o excesso for menor que ¼ do valor, guarda o legatário o prédio e entrega, em
pecúnia, aos herdeiros, a importância correspondente à diferença (art. 1.968,
§1º).
Se o legado inoficioso tiver beneficiado herdeiro necessário, este fica obrigado a
devolver o excesso, em respeito ao direito dos outros herdeiros da mesma classe.
Apenas, se o legado excessivo teve por objeto bem imóvel, dá-se preferência ao
legatário para inteirar sua legítima no mesmo prédio. Mas tal preferência só é
assegurada se a legítima mais a parte subsistente do legado forem de
importância igual ou superior ao valor do prédio (art. 1.968, §2º).
____________//__________
Ação de redução.
Silvio de Salvo Venosa afirma que: “O objetivo da ação de redução é reconhecer a
inoficiosidade e obter a reintegração do bem à legítima. É ação de natureza
tipicamente sucessória, porque os bens voltam a reintegrar-se no monte, para sua
distribuição aos herdeiros necessários. Se o bem não mais existir, ou tiver sido
alienado de boa-fé, deve o acionado devolvê-lo em valor atualizado. Enquanto de
boa-fé, não deve o beneficiado responder pelos frutos, devendo ser indenizado
pelas benfeitorias da coisa”[3].
É proposta pelo herdeiro necessário para recuperar a integralidade de sua
legítima, quando esta for diminuída por liberalidades efetuadas pelo de cujus,
quer por meio de atos entre vivos, ou por disposição de última vontade.
É preciso distinguir um caso do outro, pois são diversas as soluções, cf. se trate
de liberalidade feita em vida, ou por testamento.
Em caso de doação inoficiosa, a ação pode e deve ser proposta desde logo. Cabe
ao herdeiro provar a inoficiosidade.
· A ação de redução de liberalidade testamentária excessiva só pode ser proposta
após a abertura da sucessão, quando o testamento já pode ser cumprido.
· A ação de redução é divisível: não se exige a sua propositura por todos os
herdeiros necessários prejudicados. Se só um propuser a ação e vencer, os
sucessores testamentários apenas integram a legítima daquele herdeiro. Quanto
aos outros, a lei presume que aceitaram a vontade do testador.
___________//_____________
 
[1] Há julgado em sentido contrário – TJSP.
[2] Silvio Rodrigues. Direito Civil. Vol. 7. Direito das Sucessões. 26ª ed. Editora
Saraiva, 2007. P. 222
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn3
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref2
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[3] Silvio de Salvo Venosa, Código Civil Interpretado, 2ª ed. Editora Atlas, 2011.
P. 2033.
Exercício 1:
O legado caduca se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada a
ponto de não ter a forma, nem lhe caber a denominação que tinha.
PORQUE
A mudança substancial da coisa feita pelo testador revela seu propósito de
cancelar a liberalidade. Se a modificação não é fundamental a ponto de alterar a
substância da coisa, prevalece o legado.
Com a análise das proposições acima pode-se afirmar que:
 
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são falsas.
Comentários:
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Exercício 2:
Considere as afirmações seguintes e assinale a alternativa correta:
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref3
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I. A alienação da coisa legada faz caducar o legado, pois legado de coisa alheia é
ineficaz. Se o testador alienar a coisa revela-se a sua intenção de revogar a
liberalidade, visto que deu outro destino ao objeto legado.
II. A nulidade da alienação não restabelece a eficácia do legado, salvo vício de
vontade.
III. O legado caduca se o legatário foi excluído da sucessão por indignidade, de
modo que, se algum interessado provar que o legatário, após o testamento,
praticou ato de indignidade relacionado na lei, torna-se ineficaz a cláusula
testamentária que o beneficia.
IV. Tanto herdeiro como legatário pode ser afastado da sucessão se praticar um
dos atos de ingratidão.
São corretas:
A)
Somente I, II e III.
B)
Somente I, III e IV.
C)
Somente II e IV.
D)
Somente I e III.
E)
Todas as afirmações.
Comentários:
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Exercício 3:
Examine as proposições que seguem e assinale a alternativa correta:
Se o herdeiro ou legatário morre antes do testador, a cláusula testamentária
perde sua razão de ser, CADUCA.
Porque
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As disposições testamentárias são intuitu personae, visam beneficiar exatamente
a pessoa do herdeiro ou do legatário, não quer o testador, necessariamente,
beneficiar os sucessores do legatário ou herdeiro testamentário.
Pode-se afirmar que:
 
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são incorretas.
Comentários:
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Exercício 4:
Não havendo o direito de acrescer entre os herdeiros, a quota, que se vagou pela
pré-morte, renúncia ou exclusão de um dos herdeiros instituídos conjuntamente,
 
A)
É devolvida aos sucessores legítimos do falecido.
B)
É entregue à Fazenda Pública municipal ou distrital.
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C)
É entregue à União Federal.
D)
É entregue aos legatários.
E)
É entregue ao cônjuge supérstite.
Comentários:
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Exercício 5:
O legado de coisa alheia é ineficaz. Não se pode fazer liberalidade com bens de
outrem,
 
A)
Mesmo que se trate de coisa genérica.
B)
Salvo aquisição do bem antes da abertura da sucessão, ou encargo de adquirir o
bem estabelecido a herdeiro.
C)
Mas se a coisa legada pertence em parte ao testador, vale plenamente o legado.
D)
Então se a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade
inferior à constante do legado, valerá o legado na quantidade estabelecida no
testamento.
E)
Mas não caducará o legado se o testador, por qualquer título, alienar a coisa
legada.
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Exercício 6:
Assinale a alternativa correta:
 
A)
No legado de crédito, não se incorporam os juros, pois tal legado não abrange a
importância desde o tempo da morte do testador.
B)
Não há legado de quitação de crédito do testador contra o legatário.
C)
O legado de quitação, que é remissão, pode ser da totalidade ou apenas de parte
da dívida, e abrange sempre as dívidas posteriores à data do testamento.
D)
Se o testador é devedor do legatário, o legado de quitação é liberalidade que
compensa a dívida: o herdeiro não tem mais que pagar ao legatário o crédito que
este tinha contra o espólio.
E)
Quando o objeto de um legado for crédito ao beneficiário, ele se cumpre pela
entrega, ao legatário, do título que representa a obrigação.
Comentários:
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Exercício 7:
Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
I.O legado de alimentos, se o testador não dispuser em sentido contrário,
abrange: sustento, cura, vestuário, casa, e despesas de educação, se o
alimentário for menor.
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II. A fixação do montante do legado de alimentos, pelo juiz, deve levar em conta
as necessidades do alimentário e o montante da herança.
III. O legado de usufruto é vitalício se o beneficiário é pessoa jurídica e o testador
não determinou prazo menor de duração.
Pode-se afirmar que:
 
A)
Somente I e II são corretas.
B)
Somente II e III são corretas.
C)
Somente I e III são corretas.
D)
Todas são corretas.
E)
Todas são incorretas.
Comentários:
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Exercício 8:
Quanto à redução das disposições testamentárias, assinale a alternativa incorreta:
 
A)
 A liberdade de testar é relativa se há herdeiros necessários: cônjuge, ascendente
e descendente.
B)
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 Aquele que possui herdeiros necessários pode testar somente sobre a metade
dos bens, pois a outra metade é a reserva ou legítima.
C)
 O herdeiro necessário prejudicado pelas excessivas liberalidades, as que
excedem a quota disponível, do testador pode pleitear a redução destas, para
resguardar a legítima.
D)
 Se na partilha por ato entre vivos a legítima de um herdeiro necessário for lesada
pelo benefício excessivo concedido a outro herdeiro, ou a um legatário, o
prejudicado tem ação contra o beneficiado com o excesso, para compor o
desfalque experimentado.
E)
 A ação do herdeiro para a anulação de partilha tem prazo de 4 anos.
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Exercício 9:
No legado de bem imóvel,
A)
Incorporam-se sempre as propriedades adquiridas pelo testador após a feitura do
testamento.
B)
Incorporam-se as propriedades adquiridas pelo testador após a feitura do
testamento, desde que sejam terrenos contíguos.
C)
As benfeitorias feitas no imóvel depois do testamento são acessórios da coisa
deixada ao legatário, então a acompanham.
D)
As acessões, como construções e plantações, por exemplo, feitas no imóvel
depois do testamento, não acompanham o principal.
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E)
As benfeitorias feitas no imóvel depois do testamento somente acompanham o
legado se forem úteis ou necessárias.
Comentários:
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Exercício 10:
Quanto ao modo como se opera a redução de disposição testamentária, analise as
seguintes proposições:
I. Se as liberalidades do de cujus atingem a legítima, deve-se verificar antes se
há doações inoficiosas, suscetíveis de serem reduzidas, pois, se as houver,
procede-se à redução.
II. Se forem várias doações inoficiosas, primeiro são reduzidas as mais remotas,
até as mais recentes, até eliminar o excesso.
III. Verificando-se que as disposições testamentárias ainda excedem à quota
disponível, seriam proporcionalmente reduzidas as vantagens dos legatários e,
após, os quinhões do herdeiro, ou dos herdeiros instituídos.
 
É (são) falsas(s):
 
A)
Somente I e II.
B)
Somente II e III.
C)
Somente I e III.
D)
Todas as proposições.
E)
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Nenhuma das proposições.
Comentários:
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Exercício 11:
Considere as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
 
I. A redução de disposição testamentária atinge antes o quinhão do herdeiro
instituído, porque este, sucedendo a título universal, substitui a pessoa do de
cujus e em tese só lhe cabe o domínio do remanescente da herança, ou seja,
daquilo de que o testador podia dispor.
 
II. O herdeiro instituído só tem direito a receber o que sobrar do espólio, depois
de deduzidas as dívidas que o oneram, entre as quais se pode, sem recurso a
uma excessiva ficção, incluir a legítima do herdeiro instituído até recompor-se a
legítima.
 
III. Se a quota do herdeiro instituído for insuficiente para a recomposição da
legítima, procede-se então à redução nos legados.
 
É (são) falsas(s):
 
A)
Somente I e II.
B)
Somente II e III.
C)
Somente I e III.
D)
Todas as proposições.
22/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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E)
Nenhuma das proposições.
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Exercício 12:
A redução de disposições testamentárias que estabelecem legados:
 
A)
 é ilícita.
B)
 ocorre antes da redução que atinge quinhão de herdeiro instituído.
C)
 ocorre se for insuficiente a redução que atinge quinhão de herdeiro, porque o
legatário tem preferência em relação ao herdeiro.
D)
 ocorre sem a observação de proporcionalidade quanto aos valores dos legados.
E)
 não leva em conta a vontade do testador, em benefício de certos legatários.
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