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Aula 11-Revestimento Cerâmico

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Materiais de construção civil
Anastácia E. F. Santos, D. Sc.
anastacia.santos@area1.edu.br 
Bibliografia
SANTOS, Andrade de Paula; JUNKLES, Antonio Edesio. Como gerenciar as compras de materiais na construção civil: diretrizes para a implantação da compra pró-ativa. São Paulo: Pini, 2008.
BAUER, L A Falcão. Materiais de construção. Rio de Janeiro: Ltc, 2003. v.1.
BERTOLINI, Luca. Materiais de construção: patologia, reabilitação e prevenção. São Paulo: Oficina de textos, 2010.
Revestimentos Cerâmicos
INTRODUÇÃO
A maior parte do solo Brasileiro é do tipo argiloso e este tem sido utilizado de maneiras diferentes ao longo da nossa história, desde as casas do período colonial até os modernos tijolos e telhas cerâmicas, além de azulejos e pisos cerâmicos.
Devido as suas características de impermeabilização e higiene, os azulejos passaram a ser utilizados em banheiros e cozinhas.
Inicialmente, se restringiam as áreas ao redor das pias e paredes de chuveiros até uma altura de cerca de 1,50m, após foram ampliados até o teto.
MATERIAIS CERÂMICOS
TIPOS DE MATERIAIS CERÂMICOS:
Cerâmica Vermelha ou Estrutural: tijolos cerâmicos, telhas cerâmicas, manilhas.
Cerâmica Branca (louça, porcelana, grês, etc): Revestimento (piso, azulejo, pastilhas) e louça sanitária.
Vidros: vidro plano, recozido, temperado, laminado, tijolos de vidro (bloco transparente e oco), lã isolante de vidro ou de rocha (mantas de fibras).
Agregado leve
Gesso
Cimento
Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletroeletrônicas, térmicas, mecânicas, ópticas, químicas, biomédicas.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
7
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
A monoqueima: são queimados ao mesmo tempo, a base e o
esmalte, em temperaturas que giram em torno de 1000°C a 1200°C.
Esse processo determina maior ligação do esmalte ao suporte (base) e melhor resistência à abrasão superficial.
A baixa ou alta absorção de água (Aa) depende do produto produzido, pois pode-se ter tanto um porcelanato esmaltado com um %Aa de 0,05, quanto uma monoporosa que tem %Aa acima de 10%.
A biqueima: processo mais obsoleto no qual o tratamento térmico é dado apenas ao esmalte, pois o suporte já foi queimado anteriormente.
A terceira queima, que consiste em criar efeitos de decoração sobre o esmalte já queimado e recoloca-lo no forno sob as temperaturas mais baixas, para obter o design definitivo.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
Absorção de água segundo a NBR 13817 determina a porosidade da peça:
TIPOLOGIA DE PRODUTO	ABSORÇÃO DE ÁGUA (%)
Porcelanato	0 a 0,5
Grês	0,5 a 3,0
Semi-grês	3,0 a 6,0
Semi-poroso	6,0 a 10,0
Poroso	Acima de 10,0
REVESTIMENTOS CERÂMICOS
É um produto constituído de um “biscoito” poroso, coberto em uma face com vidrado que lhe dá o acabamento final.
A outra face é a sua superfície de aderência, destinada ao assentamento chamada de tardoz.
As principais matérias primas que entram na composição do “biscoito” são: calcário, caulim, filito, talco, feldspato e quartzo.
Por suas propriedades os materiais fornecem a plasticidade, a coesão e a resistência necessárias ao produto final.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA MECÂNICA:
Caracterizado pelo módulo de resistência à flexão, resistência da peça cerâmica quando submetida a uma força aplicada linearmente em sua região central.
Piscinas: carga 400N
Escadas, rampas 800N
Calçadas, garagens 800N
Pisos industriais, supermercados 1000N
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA À ABRASÃO:
Desgaste superficial do material: Ocorre devido ao trânsito de pessoas e do contato com objetos.
A resistência à abrasão, associada principalmente a carga de ruptura e a outras características do esmalte vai determinar onde cada revestimento deve ser melhor aplicado.
ORIENTAÇÃO QUANTO AS SITUAÇÕES DE USO
PORCELAIN ENAMEL INSTITUTE (PEI)
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA A ATAQUES QUÍMICOS: mede a resistência da placa cerâmica diante da ação de produtos químicos ( ex. amônia, água sanitária, ácido clorídrico).
São classificados como:
Classe A: não sofrem ataque químico
Classe B: ataque moderado (indicado para pisos residenciais, no mínimo)
Classe C: ataque acentuado.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA A MANCHAS:
Indica a facilidade de limpeza da superfície da placa cerâmica, numa escala de 1 a 5.
5 : mancha removida simplesmente com água quente;
1 : impossibilidade de remoção com agentes de limpeza fortes.
Tanto para pisos residenciais como para pisos industriais, exige-se c lassificação 4 ou 5.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA AO ESCORREGAMENTO: (resistência ao atrito)
Atesta a segurança do usuário ao caminhar pela superfície, principalmente na presença de água, óleo ou qualquer outro contaminante.
COEFICIENTE DE ATRITO:
M		enor que 0,40: é satisfatório para instalações normais.
M		aior ou igual a 0,40: para uso onde se requer maior resistência ao escorregamento.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
DILATAÇÃO TÉRMICA E EXPANSÃO POR UMIDADE:
Dilatação térmica ocorre principalmente em lugares sujeitos a aquecimentos como lareiras e churrasqueiras;
Expansão por umidade ocorre com maior intensidade em lugares com altos índices de umidade, como banheiros e piscinas.
GRETAMENTO: São fissuras na superfície esmaltada da peça:
Na expansão por umidade, quando o esmalte não acompanha esse movimento, ocorre a fissura em forma semelhante a um fio de cabelo.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
RESISTÊNCIA AO FOGO:
Os revestimentos cerâmicos são a prova de fogo em qualquer temperatura.
A cerâmica não queima nem propaga o fogo e sua superfície não exala qualquer tipo de gás tóxico ou vapores durante a presença do fogo.
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS:
Ortogonalidade: a peça está dentro do esquadro, ou seja, seus lados são perpendiculares e seus ângulos retos;
Retitude de lados: determina se os lados não estão curvados para dentro ou para fora.
Planaridade: existência de curvatura ou empenamentos.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA: São isolantes elétricos.
CONDUTIVIDADE TÉRMICA:
Tem um desprezível coeficiente de condutividade térmica: ( 0,5 a 0,9 Kcal/m.h.0C).
Excelente isolante térmico.
PESO:
Varia de acordo com o material utilizado, estando numa faixa de 10 a 15 kg/m2 para revestimento de parede e 19 a 24 kg/m2 para pisos.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A COR:
Placas claras ou escuras:
Placas cerâmicas escuras (ou quentes) apresentam maior capacidade de absorver calor dos raios solares, ficando sujeitas a maiores temperaturas, podendo ocorrer o aumento de tensões no caso de um choque térmico ocasionado pela incidência de chuva repentina.
CLASSIFICAÇÃO EM RELAÇÃO A TEXTURA:
Placas lisas ou rugosas:
Placas lisas:
Menor capacidade de absorção térmica que as rugosas.
Maior reflexão dos raios solares, contribuindo para o melhor comportamento térmico.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS - Características
Placas rugosas (em fachadas):
Maior capacidade de distribuir os fluxos de água, contribuindo para a sua proteção.
PASTILHAS CERÂMICAS
Mesmas características das placas cerâmicas.
Apresentam-se coladas sobre tela ou papel em determinadas quantidades, para facilitar a aplicação.
PLACAS CERÂMICAS
Produzidas a partir de argilas e/ou outras matérias primas inorgânicas que depois de misturadas e moldadas são queimadas em fornos sob altas temperaturas.
Podem ser esmaltadas ou não.
PORCELANATO
Porcelanato é um tipo de revestimento cerâmico caracterizado pelo seu modo de produção, ele pode ser usado tanto interna quanto externamente. Alguns são adequados para áreas de alto tráfego enquanto outros são usados em lojas, escritórios e residências. São muito versáteis e podem inclusive revestir bancadas de banheiros e cozinhas por exemplo.
Suas características principais são: uniformidade de coloração, alta resistência à abrasão física e química, massa homogênea e podem ser classificados como TodaMassa (ou Porcelanato Técnico) e Esmaltado.
PORCELANATO
Toda Massa ou Porcelanato Técnico:
Possui alta resistência mecânica e não recebe esmalte na superfície.
Podem ser de espessura normal e/ou Extra Finos com 4,7mm de espessura.
Com a espessura normal pode-se encontrar porcelanatos com os acabamentos de superfície natural (NAT), polido (POL) ou para uso em áreas externas (EXT).
Em relação ao	acabamento das bordas os porcelanatos são diferenciados: quando é bem retinho é chamado de retificado (RET) e quando as bordas são levemente arredondadas são chamados de bold.
Geralmente no caso do retificado, o acabamento final é mais uniforme, já que a peça e o rejunte ficam no mesmo nível, e os espaçamentos entre as peças são menores, enquanto no bold, o rejunte fica um pouco abaixo do porcelanato.
PORCELANATO
Esmaltado
O porcelanato esmaltado assim como o técnico também possui alta resistência mecânica, mas a diferença é que, como o próprio nome já diz, ele recebe esmalte na superfície.
O acabamento da superfície pode ser natural, que varia de acordo com o produto, por exemplo: o Travertino Navona é acetinado e o Pietra di Savóia é rústico. Para as áreas externas são utilizados porcelanatos um pouco mais ásperos, que evitam quedas em pisos molhados. Ideal para varandas, áreas lazer e piscinas.
PORCELANATO
Os porcelanatos são classificados por um teste a abrasão profunda.
O que difere este produto da cerâmica convencional é o seu processo de queima, as matérias primas que compõem a sua massa e a menor absorção de água (0,5%).
Monoqueima a mais de 1250 °C e é submetida a pressões de compactação acima das utilizadas pelas cerâmicas convencionais.
Características:
Alta resistência á abrasão;
Maior resistência mecânica (adequada para suportar os esforços das fachadas);
Baixíssima expansão por hidratação (indicados para fachadas)
Possibilidade de se utilizar juntas de assentamento mínimas (1mm).
PORCELANATO
REVESTIMENTO CERÂMICO
Como qualquer etapa de uma edificação a realização dos revestimentos cerâmicos deve ser previamente planejada.
Parâmetros do projeto:
tipo de base;
condições de exposição;
geometria dos painéis;
Deve constar no projeto:
locais de revestimento cerâmico;
características das alvenarias (posição das aberturas, peças estruturais);
tipos e características dos revestimentos;
técnicas de execução;
tubulações a serem embutidas na alvenaria;
FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO
Desempenhar sozinho ou associado ao seu suporte, uma ou mais funções:
estanqueidade;
isolamento térmico
isolamento acústico
estética
proteção
FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO
ESTANQUEIDADE À ÁGUA:
Não permitir a infiltração de água;
Ser permeável ao vapor: secagem da umidade do vapor de água originado nos ambientes internos.
ISOLAMENTO TÉRMICO:
deve ser assegurado tanto pela base como pelo revestimento;
maior umidade do material maior a quantidade de calor transmitido.
FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO
ISOLAMENTO ACÚSTICO:
O revestimento pode melhorar o desempenho acústico da parede.
Atenção: Com o aumento da espessura da alvenaria a contribuição do revestimento torna-se desprezível.
ESTÉTICA:
regularização de eventuais falhas;
acabamento das paredes, valorizar e personificar a edificação.
Atenção: A regularização em relação ao prumo e ao nível, risco de patologias.
FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO
PROTEÇÃO:
promover a durabilidade, vida útil esperada;
permitir e facilitar a manutenção preventiva e corretiva (impermeabilização);
CLASSIFICAÇÕES
São classificados pela forma de fixação:
Revestimento cerâmico aderido;
Revestimento cerâmico não aderido;
REVESTIMENTOS ADERIDOS
REVESTIMENTOS CERÂMICOS EM PAREDES
REVESTIMENTOS CERÂMICOS ADERIDOS:
Trabalham completamente aderidos sobre a base de suporte;
Com a argamassa de assentamento, argamassa colante ou por cola.
Quanto ao tipo de colagem:
Método tradicional: com argamassa;
Através de colagem: argamassa colante ou cola.
MÉTODO DE COLAGEM
COM ARGAMASSA COLANTE:
ETAPAS:
chapisco
camada de argamassa de regularização (se necessária);
reboco
camada de argamassa colante (2 a 5 mm, dependendo das dimensões da superfície da peça cerâmica), ou cola (1 a 2 mm);
posicionamento das placas cerâmicas e rejuntamento;
MÉTODO DE COLAGEM
Pequenos reparos devem ser feitos pelo menos 48 horas antes da aplicação da argamassa colante.
A base deve estar curada no mínimo há 14 dias, firme, seca e limpa, tendo ocorrido todas as retrações próprias do cimento e tendo sido estabilizadas possíveis fissuras.
Os resíduos como pó, óleo e tinta comprometem a aderência da argamassa colante devendo ser retirados.
Preparar a argamassa com água limpa, nas proporções indicadas na embalagem de cada produto, até obter uma pasta homogênea.
Após o preparo, deixar em repouso por 15 minutos e misturar novamente.
MÉTODO DE COLAGEM
A argamassa colante deve ser estendida com uma desempenadeira dentada, formando cordões ou sulcos.
Estes deverão ser amassados através do assentamento da peça de cerâmica com pequeno escorregamento lateral, provocado pelas mãos e com a leve batida de um martelo de borracha.
MÉTODO DE COLAGEM
CONTROLE
Realizar o teste de aderência em obra, removendo aleatoriamente algumas peças logo após o seu assentamento.
Observe o seu tardoz (geometria do verso da placa cerâmica) que deverá estar impregnado com argamassa colante, sem vazios e com os cordões amassados.
Tardoz sem argamassa colante.
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA A TRAÇÃO
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA A TRAÇÃO
Pastilhas metálicas coladas nos revestimentos.
Corte no revestimento
ENSAIO DE RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA A TRAÇÃO
Realização do ensaio de tração
Realização do ensaio, é feita
posicionando o equipamento de tração hidráulico para aplicação da carga lentamente até o desprendimento da pastilha sobre a superfície.
A resistência de aderência à tração é calculada pela expressão:
Onde:
Ra = resistência de aderência à tração, em MPa. 
P = carga de ruptura, em N
A = área da pastilha, em mm2
JUNTAS ENTRE COMPONENTES CERÂMICOS
As juntas entre os componentes cerâmicos (ou rejunte) são obrigatórias, não podendo as placas cerâmicas serem assentadas sem juntas abertas.
JUNTAS ENTRE COMPONENTES CERÂMICOS
O material de preenchimento (rejunte) deve:
ter capacidade de absorver deformações;
garantir impermeabilidade;
ser resistente à abrasão	(para limpeza);
ser durável;
apresentar fácil limpeza;
apresentar resistência a fungos e bactérias;
ter estabilidade de pigmentação;
JUNTAS ENTRE COMPONENTES CERÂMICOS
Tipos de materiais de rejuntamento:
A rgamassas à base de cimento prontas para o uso: basta acrescentar água na mistura ou preparadas com aditivos líquidos (bi componentes).
A rgamassas orgânicas, à base de resina epóxi, apresentam elevada resistência ao ataque químico, mas são de difícil aplicação.
O rejunte deve ser aplicado no mínimo três dias (72h) após o assentamento das peças cerâmicas para que a argamassa da base tenha tempo de curar e sofrer alguma deformação.
JUNTAS ENTRE COMPONENTES CERÂMICOS
Aplicação do rejunte e limpeza.
JUNTAS ENTRE COMPONENTES CERÂMICOS
Limpeza das juntas:
	Remoção de pó e umedecimento, também deve ser feita antes da aplicação da argamassa com escova ou jato de ar, para não prejudicar aderência do material.
O uso dos espaçadores não apenas garante a simetria entre as peças mas também o tamanho correto da junta.
•
Espaçador para porcelanato
DETALHES CONSTRUTIVOS
Aplicação de selantes para juntas de trabalho.
CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA COLANTE
TEMPO DE VIDA: É o tempo durante o qual a argamassa permanece com suas características de uso.
Começa a partir do momento em que se mistura a argamassa em pó com a água.
CARACTERÍSTICA DA ARGAMASSA COLANTE
TEMPO DE ABERTO:
Período de tempo entre o espalhamento da argamassa e momento em que a argamassa perde sua propriedade de aderência, percebido pela película esbranquiçada sobre os cordões de argamassa.
CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA COLANTE
	TIPOUSO	Tempo em aberto
	I	Áreas Internas	>= 15 minutos
	II	Áreas Externas	>= 20 minutos
	III	Argamassa de alta resistência, indicada para fachadas ou para aplicação de placas cerâmicas de grande dimensões.	>= 20 minutos
	III E	Argamassa especial, indicada para o assentamento de placas sob condições adversas.	>= 30 minutos
CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA COLANTE
TEMPO DE AJUSTABILIDADE:
Período de tempo em que após o assentamento das placas cerâmicas, estas podem ter suas posições corrigidas sem que aja redução na capacidade de aderência.
ARGAMASSA COLANTE X ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO DOSADA EM OBRA
Atualmente a argamassa colante é o material mais utilizado e permite a separação entre a obra bruta e a obra limpa.
A argamassa colante tem melhor resistência de aderência e a sua retração não provoca tensões nas placas cerâmicas.
A argamassa colante utiliza técnica de assentamento produtiva mais simples e limpa.
A argamassa colante apresenta menor custo global considerando o aumento de produtividade.
COLAS
Produtos a base de resinas orgânicas (vinílica, acrílica, epoxídica e borracha sintética).
Vendidas na forma de pastas, prontas para o uso, com exceção das expoxídicas, que são bi componentes e devem ser misturadas antes do uso.
COLAS
Compatível com bases de gesso, usada para o assentamento de revestimento cerâmico em paredes de gesso acartonado.
COLAS
CUIDADOS NO USO DAS COLAS:
Preços superiores as argamassa colantes, por isso o material deve ser utilizado de forma controlada;
As colas necessitam de bases lisas e pouco absorventes, pois devem ser aplicadas em camadas de 1 a 2 mm para que sejam técnica e economicamente viáveis.
Não permitem ajustes nas placas cerâmicas após o assentamento devido a pequena espessura.
As técnicas de assentamento com cola diferem das demais não sendo do domínio de toda a mão de obra exigindo treinamento diferenciado o que torna o seu custo mais alto.
REVESTIMENTOS NÃO ADERIDOS
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REVESTIMENTOS CERÂMICOS NÃO ADERIDOS
Fixados por meio de dispositivos especiais, pois podem possuir camadas (entre a base e o revestimento) com função de isolamento térmico, acústico ou de impermeabilização.
Não apresentam aderência ou propositadamente são instalados afastados da base (fachadas ventiladas e cortinas).
CLASSIFICAÇÃO CONFORME A FORMA DE EXECUÇÃO:
Fachada cortina
Fachada ventilada
REVESTIMENTOS CERÂMICOS NÃO ADERIDOS
FACHADA CORTINA:
O revestimento cerâmico é fixado através de estruturas metálicas, afastado da base, criando uma camada de ar. A subestrutura que suporta o revestimento é de aço inoxidável ou alumínio.
Para assentamento de placas de granito e porcelanato.
Placas vedadas, de forma a não permitir a entrada de umidade, nem ocorre ventilação do espaço vazio.
REVESTIMENTOS CERÂMICOS NÃO ADERIDOS
FACHADAS VENTILADAS:
O revestimento cerâmico é fixado afastado da base, formando uma cavidade de 10 cm a 15 cm de largura.
placas não são vedadas (efeito chaminé)
passagem de instalações
colchão de ar renovável (conforto, economia);
FACHADA VENTILADA
FACHADA VENTILADA COM ISOLAMENTO:
O espaço entre as placas do invólucro (as juntas) não recebem vedação completa nas aberturas inferiores e superiores, possibilitando, assim, a criação da lâmina de ar na cavidade entre as duas paredes.
Essa lâmina de ar é a característica dominante do sistema de fachada ventilada, uma vez que é responsável pelo desencadeamento do efeito chaminé - um sistema eficaz e natural de ventilação.
O fenômeno fundamenta-se em um princípio simples da física: o ar mais quente sobe e, pela diferença de pressão, suga para dentro da cavidade o ar mais fresco. O ar da cavidade é continuamente renovado e não
chega a aquecer a face do corpo da edificação, que permanece protegida.
FACHADA VENTILADA
Encaixes na peça extrusada facilitam a montagem. O espaço entre os dois parâmetros funciona como uma câmara de circulação e renovação de ar.
As peças cerâmicas com os bordos superior e inferior a 45° induzem o escoamento das águas das chuvas.
FACHADA VENTILADA
Detalhe do tardoz do "biscoito" extrudado, com frisos para encaixe dos grampos.
Os grampos são encaixados nas ranhuras nas extremidades das placas deslocando-os pelos frisos da cerâmica.
FACHADA VENTILADA
Subestrutura de alumínio
Alvenaria Impermeabilização Material isolante
Porcelanato
FACHADA VENTILADA
A fixação das placas é feita em subestrutura auxiliar de alumínio, composta por perfis verticais e horizontais. Devido a sua fina espessura, as chapas seguem a técnica de instalação de fachada-cortina. As placas são presas a um perfil periférico por um selante estrutural, formando um quadro de aproximadamente 4 kg/m². O sistema construtivo da fachada ventilada apresenta peso total de 12 kg/m². A fixação por presilhas e a montagem e desmontagem quadro a quadro possibilitam a troca individual do porcelanato. Para que ocorra o efeito chaminé, o afastamento da fachada ventilada é de aproximadamente 12 centímetros.
FACHADA VENTILADA
As fachadas ventiladas, são compostas de painéis de grandes formatos em cerâmica extrudada, fabricada com argilas, pigmentos, água, aditivos e cerca de 20% a 30% de materiais cerâmicos reciclados. As placas cerâmicas apresentam elevada resistência mecânica, baixa absorção de água e chegam a reduzir em até 30% o consumo de energia elétrica por garantir maior conforto ambiental no interior do edifício.
Para a instalação das placas utiliza-se uma subestrutura metálica, chumbada na própria estrutura da edificação ou na alvenaria de vedação. Normalmente, os perfis de alumínio da subestrutura ficam atrás das juntas verticais, formadas pelo encontro das placas cerâmicas. Após a aplicação da cerâmica, os componentes da estrutura do sistema ficam ocultos atrás das placas. A fixação destas na subestrutura se dá por meio de presilhas de alumínio e borracha.
67
FACHADA VENTILADA
Instaladas independentemente umas das outras, as placas cerâmicas formam juntas horizontais e verticais abertas. Para o tratamento das juntas horizontais, as placas cerâmicas são desenhadas para ter encaixe trespassado entre a placa superior e a inferior. As juntas abertas possibilitam a entrada e a saída de ar na câmara entre o revestimento e a alvenaria, mas sem permitir o acesso das gotas de chuva, mesmo com a ação do vento. Nas juntas verticais são utilizados perfis de PVC, que, além de evitar a entrada da chuva, ocultam a estrutura de alumínio.
O processo de produção da cerâmica extrudada - queimada em fornos contínuos com gás natural e temperaturas de cozimento em torno de 1.300 graus - confere a ela densidade superior, alta carga de ruptura, elevada resistência à abrasão e ao choque mecânico e baixa absorção de água, entre 4% e 6%, em função do fechamento dos poros superficiais. O resultado são produtos resistentes e pouco absorventes, que reduzem a adesão de sujeiras oriundas da poluição atmosférica e mantêm-se limpos com a ação das chuvas.
FACHADA VENTILADA
VANTAGENS:
Maior agilidade no prazo de execução da obra
Alta produtividade e facilidade de manutenção
Melhor desempenho do conforto térmico
Não sofre deterioração das características estéticas e técnicas com o decorrer do tempo, ( não altera a cor do revestimento)
Eliminação do problema com umidade, eflorescência ou infiltração de fachadas
Pode ser usada em reformas de fachada de edifícios sem necessidade de remover o revestimento antigo.
FACHADA VENTILADA

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