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Eletricidade Aplicada Clovis Andrade de Almeida 1 Introdução à EletricidadeEletricidade Aplicada A Eletricidade nossa de cada dia Se o homem não tivesse descoberto como utilizar a energia elétrica, a vida seria muito diferente, principalmente nas cidades. Sem luz elétrica, rádio, televisão nem geladeira, etc. Para quem está acostumado com todas essas comodidades, fica até difícil imaginar como a vida seria. A parte da física que estuda a energia elétrica e os fenômenos a ela relacionados chama-se eletricidade. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia É comum associarmos a noção de eletricidade a equipamentos, a algo criado pelo homem. Mas, na verdade, a energia elétrica sempre existiu, desde o surgimento do Universo. Mesmo antes do surgimento da vida em nosso planeta, a eletricidade já estava presente e se manifestava, por exemplo, nos intensos raios que costumavam ocorrer. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia Os nossos corpos são dotados de eletricidade. O sistema nervoso, por exemplo, só funciona por causa dos impulsos elétricos que passam de célula a célula. As batidas do coração também funcionam por meio de descargas elétricas. Como se vê, a eletricidade é um fenômeno natural. O homem apenas a descobriu e desenvolveu formas de usá-la. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia A energia elétrica pode ser produzida por vários processos . Cada processo de geração apresenta vantagens e desvantagens, não apenas de ordem técnica, mas, também, de ordem econômica e de ordem ecológica. As aplicações da energia elétrica são bem conhecidas no nosso dia a dia. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia Mas, CUIDADO!!! Energia elétrica pode causar alguns PROBLEMAS... Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia A ciência da eletricidade e do magnetismo só começou a desenvolver-se, de fato, há uns trezentos anos. Antes disso, apenas a bússola, um aparelho magnético, teve importância na história humana. A pesquisa cientifica da eletricidade e do magnetismo produziu a Segunda Revolução Industrial: a industria, até então tocada a carvão e vapor, passou a funcionar com aço, eletricidade e magnetismo. A energia elétrica demonstrou-se segura de manejar, limpa, barata quando extraída das quedas d'água, utilizável em motores, na produção de calor e luz, nas telecomunicações e na criação de milhões de dispositivos eletromagnéticos - das campainhas caseiras até os computadores e robôs. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Eletricidade nossa de cada dia Qualquer tipo de matéria é formada por átomos. Estes são tão minúsculos que nenhum microscópio comum permite vê-los. Uma fileira de dez milhões de átomos não chega a medir um milímetro. Contudo, os átomos não são as menores partículas da matéria: eles próprios se compõem de partículas ainda menores, chamadas partículas subatômicas. No centro de todo átomo existe um conjunto formado por dois tipos de partículas: os prótons e os nêutrons. Esse conjunto de partículas é o núcleo do átomo. À volta deste núcleo, como se fossem satélites, giram os elétrons, partículas em movimento permanente. As trajetórias desses elétrons se organizam em camadas sucessivas chamadas órbitas eletrônicas. Cargas Elétricas Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Normalmente, cada átomo é eletricamente neutro, em outras palavras, tem quantidades iguais de carga negativa e positiva, ou seja, há tantos prótons em seu núcleo, quantos elétrons ao redor, no exterior. Os prótons estão fortemente ligados ao núcleo dos átomos. Somente os elétrons podem ser transferidos de um corpo para outro. Podemos dizer que um corpo está eletrizado quando possui excesso ou falta de elétrons. Se há excesso de elétrons, o corpo está eletrizado negativamente; se há falta de elétrons, o corpo está eletrizado positivamente. A quantidade de elétrons em falta ou em excesso caracteriza a carga elétrica Q do corpo, podendo ser positiva no primeiro caso e negativa no segundo. Introdução à Eletricidade Cargas Elétricas Eletricidade Aplicada Os prótons do núcleo e os elétrons das órbitas se atraem entre si. A esta força de atração recíproca chamamos de força elétrica. É a força elétrica que mantém os elétrons girando à volta dos prótons do núcleo. Sem ela, os elétrons se perderiam no espaço e os átomos não existiriam. Os elétrons, entretanto, repelem outros elétrons e os prótons repelem outros prótons. Dizemos, por isto, que as partículas com carga igual se repelem e as partículas com carga oposta se atraem. Convencionou-se chamar a carga dos prótons de positiva (+) e as carga dos elétrons de negativa (-). Introdução à Eletricidade Força Elétrica Eletricidade Aplicada • Cargas de mesmo sinal se repelem. • Cargas de sinais opostos se atraem. Força Elétrica Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ➢Pode-se definir campo, de forma genérica, como sendo a propriedade de uma região do espaço caracterizada por um conjunto de valores de uma grandeza física que dependem apenas de coordenadas que utilizem uma determinada referência. ➢A referência em questão pode ser matemática ou física, como, por exemplo, o tempo. 1 3 Conceito de Campo Introdução à Eletricidade Eletricidade Aplicada ✓ Exemplos de campos ▪ Campo de temperaturas (térmico) ▪ Campo de pressões ▪ Campo gravitacional ▪ Campo elétrico MPPT=Maximum Power Point Tracking 1 4 Conceito de Campo Introdução à Eletricidade Eletricidade Aplicada • Conceito inicial de campo gravitacional: massamassa→ massacampomassa → → • Conceito atual de campo gravitacional: Conceito de Campo Gravitacional 15 Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ➢A força que se manifesta entre dois corpos eletricamente carregados é uma força que age à distância. Ela se faz sentir sem que haja qualquer conexão material entre os dois corpos que interagem. ➢Provoca certa perplexidade a ideia de que uma força se faça sentir à distância, mesmo através do espaço vazio. Eletricidade Aplicada 1 6 Conceito de Campo Elétrico Introdução à Eletricidade ➢Essa dificuldade pode ser superada pensando-se da seguinte maneira: corpo q está eletricamente carregado, cria-se em todo o espaço circundante uma situação nova, diferente da que existia quando q estava descarregado. O fato de eletrizarmos esse corpo modifica as propriedades do espaço que o circunda. 1 7 Conceito de Campo Elétrico Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ➢Outro corpo eletricamente carregado (q0), colocado em um ponto P do espaço, começará, num dado instante, a "sentir" uma força elétrica causada por q. Dizemos que a carga do corpo q gera no espaço circundante um campo elétrico. 1 8 Conceito de Campo Elétrico Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ➢O campo elétrico gerado pela carga q num ponto P carregado. ➢Quando colocamos nesse ponto P um corpo carregado, a força que passa a agir sobre ele é devida ao campo elétrico que já preexistia ali, e não a uma ação direta, à distância, do corpo q sobre o segundo corpo. 19 Conceito de Campo Elétrico Introdução à Eletricidade Eletricidade Aplicada cargacarga→ cargacampocarga → → Conceito de Campo Elétrico 20 Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade prova decarga q V/m) (ou N/C qq = = → lim 0 0 00 F E Conceito de Campo Elétrico ➢Para que o conceito seja bem aplicado, é necessário que a carga de prova seja suficientemente pequena de modo a não perturbar a distribuição de cargas. Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Conceito de Campo Elétrico 22 Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 2 0 2 0 0 4 14 1 r q E V/m) (ou N/C q F E r qq F 0 = = = 23 Conceitode Campo Elétrico Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 24 Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Duas cargas iguais a 4 mC estão sobre o eixo dos x, uma na origem e outra em y = 2,0 m. Qual o campo elétrico no eixo dos x no ponto x = - 2,0 m? 25 Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Com relação a um campo elétrico, interessa-nos a sua capacidade de realizar trabalho, associada ao campo em si, independentemente do valor da carga q colocada num ponto desse campo. Para medir essa capacidade, utiliza- se a grandeza potencial elétrico. Para obter o potencial elétrico de um ponto, coloca-se nele uma carga de prova q e mede-se a energia potencial adquirida por ela. Essa energia potencial é proporcional ao valor de q. Portanto, o quociente entre a energia potencial e a carga é constante. Esse quociente chama-se potencial elétrico do ponto. Potencial elétrico Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A diferença de potencial entre dois pontos, em uma região sujeita a um campo elétrico, depende apenas da posição dos pontos. Assim, podemos atribuir a cada ponto um potencial elétrico, de tal maneira que a diferença de potencial entre eles corresponda exatamente à diferença entre seus potenciais, como o próprio nome indica. Fisicamente, é a diferença de potencial que interessa, pois corresponde ao trabalho da força elétrica por unidade de carga. Diferença de potencial Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼A diferença de potencial elétrico entre um ponto inicial, i, e um ponto final, f, pode ser expressa em termos da energia potencial elétrica de q em cada ponto ◼Por isso, podemos relacionar a variação no potencial elétrico ao trabalho feito pelo campo elétrico na carga f i f i U U U V V V q q q = − = − = eWV q = − Diferença de potencial – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ Tomando a energia potencial elétrica como nula no infinito, temos onde We, é o trabalho realizado pelo campo elétrico na carga enquanto ela é trazida do infinito ◼O potencial elétrico pode ser positivo, negativo ou nulo, mas ele não tem um sentido (i.e., é escalar, e não vetor) ◼A unidade SI para o potencial elétrico é o joules/coulomb, ou seja, o volt. ,eW V q = − Explicação: i = , f = x, então V = V(x) 0 Diferença de potencial – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ A unidade joules/coulomb comumente encontrada é chamada de volt, abreviada V, em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta (1745-1827). ◼ Com esta definição de volt, podemos expressar as unidades do campo elétrico como. ◼ Para o restante dos nossos estudos, usaremos a unidade V/m para o campo elétrico 1 J 1 V = 1 C [ ] N J/m V [ ] [ ] C C m F E q = = = = O volt Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Campo elétrico e o tubo de raios catódicos Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Campo elétrico e a experiência de Millikan Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 33 Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 34 Resposta do exercícios de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elementares. A corrente elétrica pode ser um simples jato de partículas no vácuo, como acontece num cinescópio de TV, em que um feixe de elétrons é lançado contra a tela. No entanto, na maioria dos casos, a corrente elétrica não ocorre no vácuo, mas sim no interior de um condutor. Por exemplo, aplicando uma diferença de potencial num fio metálico, surge nele uma corrente elétrica formada pelo movimento ordenado de elétrons. Corrente elétrica – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Não se pode dizer que todo movimento de cargas elétricas seja uma corrente elétrica. No fio metálico, por exemplo, mesmo antes de aplicarmos a diferença de potencial, já existe movimento de cargas elétricas. Todos os elétrons livres estão em movimento, devido à agitação térmica. No entanto, o movimento é caótico e não há corrente elétrica. Corrente elétrica – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Quando aplicamos a diferença de potencial, esse movimento caótico continua a existir, mas a ele se sobrepõe um movimento ordenado, de tal forma que, em média, os elétrons livres do fio passam a se deslocar ao longo deste. É assim que se forma a corrente elétrica. Corrente elétrica – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ Historicamente, imaginava-se que as cargas eram positivas. ◼ Por isso, adota-se o sentido das cargas positivas (sentido convencional), mesmo sabendo-se que as que se movem são as negativas (sentido real). 38 Corrente elétrica – IV Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ Corrente, i, é medida da quantidade de cargas que se movem através de uma seção reta de um elemento, por unidade de tempo. ◼ A unidade é o ampere (A), equivalente a um coulomb/segundo. 39 0t q q dq i i( t ) lim t t dt → = = = Corrente elétrica – V Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ Uma corrente que permanece constante no tempo é denominada Corrente Contínua (CC). ◼ Esta corrente é representada pela letra I (maiúscula). Quando a corrente varia no tempo, a letra deve ser minúscula. ◼ Uma bateria é um exemplo de uma fonte de corrente contínua. ◼ Uma corrente que varia senoidalmente com o tempo é denominada Corrente Alternada (CA). ◼ A corrente da concessionária é um exemplo de corrente alternada. 40 CC vs. CA Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ O sinal da corrente indica o sentido no qual as cargas se movem, com relação a um sentido de interesse definido. ◼ Não necessariamente o sentido real das cargas será tomado como referência neste estudo. 41 Sentido da corrente – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ◼ Uma corrente positiva através de um elemento equivale à uma corrente de negativa, mesmo módulo, fluindo no sentido oposto. 42 Sentido da corrente – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Quando uma corrente elétrica é estabelecida em um condutor metálico, um número muito elevado de elétrons livres passa a se deslocar nesse condutor. Nesse movimento, os elétrons colidem entre si e também contra os átomos que constituem o metal. Portanto, os elétrons encontram uma certa dificuldade para se deslocar, isto é, existe uma resistência à passagem da corrente no condutor. Para medir essa resistência, os cientistas definiram uma grandeza que denominaram resistência elétrica (R), medida em ohms (W). Resistência elétrica – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Fatores que influenciam no valor de uma resistência: 1) A resistência de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento. 2) A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção reta, isto é, quanto menor for a seção reta do condutor. 3) A resistência de um condutor depende do material de que ele é feito, ou seja, da sua resistividade. Resistência elétrica – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 1) O inverso da resistência elétrica denomina-se condutância (G), medida em siemens (S). 2) A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção reta, isto é, quanto menor for a seção reta do condutor. 3) A resistência de um condutor depende do material de que ele é feito, ou seja, da sua resistividade (r). 4) O inverso da resistividade denomina-se condutividade (s). Resistência elétrica – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Resistência elétrica – IV Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 1 1 E V L V A A R j i A i L L L R A L L G R A A A G L r r s r s = = = = = = = = = Resistência elétrica – V Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixaçãoEletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Um bloco retangular de ferro tem dimensões de 1,2 cm X 1,2 cm X 15 cm. A resistividade do ferro à temperatura ambiente é 9,68 X 10-8 W•m. (a) Qual a resistência do bloco medida entre as duas faces quadradas? (b) Qual a resistência medida entre duas faces retangulares opostas? Suponha que duas lâmpadas estejam ligadas a uma pilha, de tal modo que haja apenas um caminho para a corrente elétrica fluir de um polo da pilha para o outro, dizemos que as duas lâmpadas estão associadas em série. Evidentemente, podemos associar mais de duas lâmpadas dessa maneira, como em uma arvore de Natal, onde geralmente se usa um conjunto de várias lâmpadas associadas em série. Associação de resistências em série – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Em uma associação em série de resistências observam-se as seguintes características: ✓ Como há apenas um caminho possível para a corrente, ela tem o mesmo valor em todas as resistências da associação (mesmo que essas resistências sejam diferentes). Associação de resistências em série – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ✓ Se o circuito for interrompido em qualquer ponto, a corrente deixará de circular em todo o circuito. ✓ Quanto maior for o número de resistências ligadas em série, maior será a resistência total do circuito. Logo, se mantivermos a mesma voltagem aplicada ao circuito, menor será a corrente nele estabelecida. ✓ A resistência única Req, capaz de substituir a associação de várias resistências R1, R2, R3, etc., em série, é denominada resistência equivalente do conjunto. Associação de resistências em série – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Associação de resistências em série – IV Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 1 1 2 2 3 3 1 2 3 . . 1 2 3 . 1 2 3 . R R R R R R eq eq eq eq n n V i R V i R V i R V V V i R iR i R i R i R R R R R R R = = = = + + = = + + = + + = Se duas lâmpadas forem associadas de tal maneira que existam dois caminhos para a passagem da corrente de um polo da pilha para o outro dizemos que as lâmpadas estão associadas em paralelo. Evidentemente, podemos associar mais de duas lâmpadas (ou outros aparelhos) em paralelo, abrindo vários caminhos para a passagem da corrente (isso acontece, por exemplo, com os aparelhos eletrodomésticos). Associação de resistências em paralelo – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Em uma associação de resistências em paralelo, observamos as seguintes características: ✓ A corrente total i, fornecida pela bateria, se divide pelas resistências da associação. A maior parte da corrente i passará na resistência de menor valor (caminho que oferece menor oposição). É possível interromper a corrente em uma das resistências da associação, sem alterar a passagem de corrente nas demais resistências. Associação de resistências em paralelo – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ✓ Quanto maior for o número de resistências ligadas em paralelo, menor será a resistência total do circuito (tudo se passa como se estivéssemos aumentando a área total da seção reta da resistência do circuito). Portanto, se mantivermos inalterada a voltagem aplicada ao circuito, maior será a corrente fornecida pela pilha ou bateria. Associação de resistências em paralelo – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 1 1 2 2 3 3 1 2 3 . . 1 2 3 . 1 2 3 . 1 1 1 1 1 1 eq eq eq neq n i R i R i R i i i i i R R R R R R R R R R R = = = = + + = = + + = + + = Associação de resistências em paralelo – IV Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade (a) Ache a resistência equivalente da associação mostrada na fig. a, usando os valores R1=4,6 W, R2=3,5 W e R3=2,8 W. (b) Qual é o valor da corrente através de R1 quando uma bateria de 12,0 V é ligada aos pontos a e b? Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A Fig. a mostra um cubo feito com 12 resistores, cada um de resistência R. Ache R12, a resistência equivalente entre os dois extremos de uma aresta do cubo. Lei de Ohm Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade ➢A lei de Ohm estabelece que a corrente (i) através de um dispositivo linear é diretamente proporcional à diferença de potencial (V) aplicada ao dispositivo. ➢Um dispositivo condutor linear obedece à lei de Ohm quando a resistência do dispositivo não depende da intensidade nem da polaridade da diferença de potencial aplicada. Transferência de energia Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade 2 2 2 ab ab ab ab ab V dW V dq dW dqV idtV dW dW dq P V i dt dq dt P R i i R i V V P R R R = = = = = = = = = = Na entrada de eletricidade de uma residência, existe um medidor, instalado pela companhia de eletricidade (procure observar o medidor de sua residência). O objetivo desse aparelho é medir a quantidade de energia elétrica usada na residência durante um certo tempo (normalmente 30 dias). Medição de energia elétrica – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Sabemos que energia = potência x tempo. Portanto, quanto maior for a potência de um aparelho eletrodoméstico e quanto maior for o tempo que ele permanecer ligado, maior será a quantidade de energia elétrica que ele utilizará. O valor registrado no medidor equivale à soma das energias utilizadas, durante um certo período, pelos diversos aparelhos instalados na casa. Medição de energia elétrica – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Essa energia poderia ser medida em joules (J) (unidade do SI). Em praticamente todos os países do mundo, entretanto, as companhias de eletricidade usam medidores calibrados em kWh. Medição de energia elétrica – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Um condutor metálico, ao ser percorrido por uma corrente elétrica, se aquece. Num ferro de passar roupa, num secador de cabelos ou numa estufa elétrica, o calor é produzido pela corrente que atravessa um fio metálico. Esse fenômeno, chamado efeito Joule, é devido aos choques dos elétrons contra os átomos do condutor. Em decorrência desses choques dos elétrons contra os átomos do retículo cristalino, a energia cinética média de oscilação de todos os átomos aumenta. Isso se manifesta como um aumento da temperatura do condutor. Efeito Joule Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Você dispõe de um certo comprimento de fio usado em aquecedores elétricos, feito com uma liga de níquel, cromo e ferro chamada Nicromo: a resistência R do fio é 72 W. A voltagem da rede à qual o fio será ligado é 120V. Sob que circunstâncias o fio dissipará mais calor: (a) O fio é conectado inteiro à rede elétrica ou (b) O fio é cortado em dois pedaços iguais e estes são ligados em paralelo à rede elétrica? Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade As afirmações abaixo referem-se à corrente elétrica. I. Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons em um condutor. II. Corrente elétrica é o movimento de íons em uma solução eletrolítica. III. Corrente elétrica, em um resistor ôhmico, é inversamente proporcional a ddp aplicada e diretamente proporcional à resistência elétrica do resistor. Sobre as afirmativas acima, pode-se concluir que apenas a) a I está correta. b) a II está correta. c) a III está correta. d) a I e a II estão corretas. e) a I e a III estão corretas. Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introduçãoà Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade A corrente que flui por um elemento de circuito é: A quantidade de cargas que atravessam o elemento entre 0 e 2 segundos é: a. 66,67 C. b. 2 C. c. 76 C. d. 6,667 C. e. 20 C. )60cos(5)( tti = dtditv /3)( = A corrente que entra no terminal positivo de um elemento é expressa por A. Considerando que a tensão é Conclui-se que a potência fornecida ao elemento no tempo t = 3 ms é: a. 6,396 kW. b. 63,96 kW. c. 60 kW. d. 127 kW. e. 220 kW. Dois condutores (chamados de armaduras) carregados formam um capacitor que, quando carregado, faz com que os condutores tenham cargas iguais em módulo e sinais contrários. Q e V são proporcionais em capacitor. A constante de proporcionalidade é denominada capacitância. Capacitância – I Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade F10pF1 F10μF1 voltcoulomb1farad1 12 6 − − = = = = CVq Capacitância – II Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade O capacitor é um dispositivo muito usado em circuitos elétricos. Este dispositivo é destinado a armazenar cargas elétricas e é constituído por dois condutores separados por um isolante: os condutores são chamados armaduras (ou placas) do capacitor e o isolante é o dielétrico do capacitor. Costuma-se dar nome a esses aparelhos de acordo com a forma de suas armaduras. Assim temos o capacitor plano, capacitor cilíndrico, capacitor esférico, etc. O dielétrico pode ser um isolante qualquer como o vidro, a parafina, o papel e, muitas vezes, o próprio ar. Capacitância – III Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Quando o capacitor possui um isolante elétrico entre suas placas, sua capacitância aumenta. O isolante dificulta a passagem das cargas de uma placa a outra, o que descarregaria o capacitor. Dessa forma, para uma mesma diferença de potencial, o capacitor pode armazenar uma quantidade maior de carga. Os capacitores são amplamente utilizados em rádios, gravadores, televisores, circuitos elétricos de veículos, etc. Capacitância – IV Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Amostras de capacitores. Exemplos de capacitores Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Exercício de fixação Um capacitor de armazenamento numa memória de acesso aleatório (RAM) – as iniciais em inglês de random access memory – tem capacitância igual a 55 pF. Ele está carregado, sendo a voltagem entre as suas armaduras igual a 5,3 V. Qual o excesso de elétrons na sua armadura negativa? CVq = Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Cálculo da capacitância Capacitor de placas planas paralelas d A C = Capacitância – V Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Cálculo da capacitância Capacitor cilíndrico Seção transversal de um capacitor cilíndrico longo. ( )ab L C ln 2 = Capacitância - VI Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade As armaduras paralelas de um capacitor imerso no ar estão separadas de 1,0 mm. Qual deve ser a área das armaduras para que sua capacitância seja igual a 1,0 F? Exercício de fixação d A C = Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade O espaço entre os dois condutores de um cabo coaxial longo, usado para transmitir sinais de TV, tem raio interno a = 0,15 mm e raio externo b = 2,1 mm. Qual a capacitância por unidade de comprimento deste cabo, considerando-se a constante dielétrica igual a 2,4? ( )ab L C ln 2 = Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade = ++= n neq eq CC CCCC 321 Capacitores em paralelo Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade = ++= n neq eq CC CCCC 11 1111 321 Capacitores em série Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Ache a capacitância equivalente à associação mostrada na figura a seguir. Exercício de fixação Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Energia armazenada no campo elétrico do capacitor 2 2 1 VCU = Propriedades de alguns dielétricos Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Alguns valores de capacitância Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade O valor do capacitor,"B", é de 3300 pF (picofarad = 10-12 F) ou 3,3 nF (nanofarad = 10-9 F) ou 0,0033 µF (microfarad = 10-6 F). No capacitor "A", devemos acrescentar mais 4 zeros após os dois primeiros algarismos. O valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000 pF ou 100 nF ou 0,1µF. Códigos dos capacitores Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade O desenho acima mostra capacitores que tem os seus valores, impressos em nanofarad (nF) = 10-9F. Quando aparece no capacitor uma letra "n" minúscula, como um dos tipos apresentados ao lado por exemplo: 3n3, significa que este capacitor é de 3,3nF. No exemplo, o "n" minúsculo é colocado ao meio dos números, apenas para economizar uma vírgula e evitar erro de interpretação de seu valor. Códigos dos capacitores Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Alguns fabricantes fazem capacitores com formatos e valores impressos como os apresentados abaixo. O nosso exemplo, de 3300pF, é o primeiro da fila. Códigos dos capacitores Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade Em alguns capacitores, surge o aparecimento de uma letra maiúscula ao lado dos números. Esta letra refere-se a tolerância do capacitor, ou seja, o quanto que o capacitor pode variar de seu valor em uma temperatura padrão de 25° C. A letra "J" significa que este capacitor pode variar até ±5% de seu valor, a letra "K" = ±10% ou "M" = ±20%. Segue na tabela abaixo, os códigos de tolerâncias de capacitância. Até 10pF Código Acima de 10pF ±0,1pF B ±0,25pF C ±0,5pF D ±1,0pF F ±1% G ±2% H ±3% J ±5% K ±10% M ±20% S -50% -20% Z +80% -20% ou +100% -20% P +100% -0% Códigos dos capacitores Eletricidade Aplicada Introdução à Eletricidade
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