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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 1 MÓDULO DE: TUTORIA ON-LINE AUTORIA: ME. Doralice Veiga Alves ME. Odete Cecília Alves Veiga Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 2 Módulo de: Tutoria On-Line Autoria: ME. Doralice Veiga Alves ME. Odete Cecília Alves Veiga Primeira edição: 2008 CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática, beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização e direitos autorais. E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. Todos os direitos desta edição reservados à ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA http://www.esab.edu.br Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 Bairro Itaparica – Vila Velha, ES CEP: 29102-040 Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 3 Apresentação Este módulo constitui-se como material marcado pela facilidade na abordagem do processo de ensino-aprendizagem. Os textos, tanto básicos como complementares, serão os principais materiais didáticos a serem utilizados no desenvolvimento do módulo. Os textos básicos foram extraídos de pesquisas na internet. Os textos complementares constarão nas Referências. Além dos textos, outros materiais didáticos serão utilizados no processo de ensino- aprendizagem, tais como a videografia. Na prova presencial, sempre cairão perguntas similares ao que foi trabalhado nos exercícios on-line e nas atividades reflexivas existentes nas unidades. Portanto, para garantir o sucesso de sua aprendizagem, realize todos os exercícios e as propostas de estudos sugeridos. Lembre-se de que, na Educação a Distância (EaD), você é o grande responsável pelo sucesso da aprendizagem, que acontece de maneira independente e autônoma. Portanto, guie-se pelos objetivos que deverá atingir, que estarão mencionados na abertura de cada Unidade. Seja ativo no processo de ensino-aprendizagem, organize seu tempo para os estudos e para a realização das atividades on-line, siga as orientações de estudo fornecidas pela tutoria da ESAB e cumpra os prazos estabelecidos. Assim, com certeza, colherá bons resultados. Bons estudos! Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 4 Objetivo Qualificar profissionais de diversas áreas do conhecimento para atuação na tutoria on-line. Ementa Referenciais de qualidade para educação à distância. Paralelos entre educação e educação a distância. Competências essenciais à tutoria: categorias, definições e especificidades. Modalidades de comunicação. EaD e sistema tutorial. O que é ser tutor: definição, rotina, qualidades essenciais. O tutor e o estímulo à aprendizagem autônoma. Possibilidades pedagógicas e sistemas de avaliação em EaD Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 5 Sobre o Autor Doralice Veiga Alves: Mestrado em Serviço Social, PUC/SP, 2000; Especialização em Aperfeiçoamento em Didática do Ensino Superior, Universidade Braz Cubas, 1995; Especialização em Atualização em Psicologia Clínica, Universidade Federal do Espírito Santo, 1981; Graduação em Serviço Social, Universidade Federal do Espírito Santo, 1981. Odete Cecília Alves Veiga Mestrado em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, 2004. Graduação em Pedagogia, Universidade Federal do Espírito Santo, 1988. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 6 SUMÁRIO UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 9 REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EaD/SEED-MEC .................................................. 9 UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 14 REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EaD/SEED-MEC ................................................ 14 UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 18 DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO E DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA........................................ 18 UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 22 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA TUTORIA ON-LINE .......................................................... 22 UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 26 A ATUAÇÃO DA TUTORIA ON-LINE EM EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DE EAD ..... 26 UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 32 CATEGORIAS DE COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS À TUTORIA ON-LINE ....................... 32 UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 34 COMPETÊNCIAS DE APOIO: DEFINIÇÃO ........................................................................ 34 UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 37 COMPETÊNCIA DE APOIO: COMUNICAÇÃO .................................................................. 37 UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 42 COMPETÊNCIAS DE APOIO: MOTIVAÇÃO ...................................................................... 42 UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 44 COMPETÊNCIAS DE APOIO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ........................................ 44 UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 48 COMPETÊNCIA DE ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM ................................................ 48 UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 52 COMPETÊNCIAS DE CAPACITAÇÃO DA APRENDIZAGEM............................................ 52 UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 54 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS .............................................................................. 54 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 7 UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 56 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS À TUTORIA ON-LINE: RECAPITULAÇÃO ..................... 56 UNIDADE 15 .......................................................................................................................... 58 COMUNICAÇÃO EM EaD: MODALIDADES SÍNCRONA E ASSÍNCRONA ....................... 58 UNIDADE 16 .......................................................................................................................... 63 COMUNICAÇÃO EM EaD: MODALIDADES SÍNCRONA E ASSÍNCRONA ....................... 63 UNIDADE 17 ..........................................................................................................................65 EaD E SISTEMA TUTORIAL .............................................................................................. 65 UNIDADE 18 .......................................................................................................................... 71 O QUE É SER TUTOR ........................................................................................................ 71 UNIDADE 19 .......................................................................................................................... 76 O QUE É SER TUTOR ........................................................................................................ 76 UNIDADE 20 .......................................................................................................................... 78 A INTERATIVIDADE EM AMBIENTES WEB ...................................................................... 78 UNIDADE 21 .......................................................................................................................... 83 QUALIDADES ESSENCIAIS À TUTORIA ........................................................................... 83 UNIDADE 22 .......................................................................................................................... 88 POSSIBILIDADES DE MATERIAIS DIDÁTICOS NA EaD .................................................. 88 UNIDADE 23 .......................................................................................................................... 92 O PAPEL DO PROFESSOR-TUTOR NO ESTÍMULO À APRENDIZAGEM AUTÔNOMA . 92 UNIDADE 24 .......................................................................................................................... 98 APRENDIZAGEM AUTÔNOMA: COMPONENTES DO SABER ........................................ 98 UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 100 APRENDIZAGEM AUTÔNOMA: COMPONENTES DO SABER-FAZER .......................... 100 UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 102 APRENDIZAGEM AUTÔNOMA: COMPONENTES DO QUERER ................................... 102 UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 104 POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES VIRTUAIS .................................... 104 UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 110 DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO PRESENCIAL E DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: PARALELOS .......................................................................................................................................... 110 UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 116 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 8 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO EM EaD ............................................................................... 116 UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 121 Avaliação do Módulo ......................................................................................................... 121 GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 124 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 138 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 9 UNIDADE 1 REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EaD/SEED-MEC Objetivo- Analisar princípios, diretrizes e critérios contidos nos Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância, elaborado pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação(MEC). Conteúdo da Unidade 1 Nesta Unidade trabalharemos com o fragmento do texto: Referenciais de qualidade para Educação Superior a Distância, pertinente às páginas 01-04 do referido documento. No entanto, como qualquer fragmento de texto só pode ser entendido no contexto geral do texto produzido, o ponto de partida desta unidade será a leitura integral do documento Referenciais de qualidade para Educação Superior a Distância – disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf O referido documento foi elaborado por um conjunto de especialistas da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação, com vista a definir princípios, diretrizes e critérios a serem tomados como Referenciais de Qualidade para as instituições que ofereçam cursos na modalidade à distância. Embora o módulo “Tutoria on-line” não se limite à educação à distância no ensino superior, o texto foi escolhido porque suscita reflexões pertinentes e relacionadas não apenas ao ensino superior, mas também às demais etapas de ensino comumente oferecidas na modalidade à distância. Consideramos importante apresentar-lhes os Referenciais porque: 1) sintonizam a educação a distância ao ordenamento legal vigente, em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996), do Decreto Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 10 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773, de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007; e 2) apresentam definições e conceitos norteadores da educação superior a distância no País, que subsidiarão, também, a perspectiva do Módulo Tutoria On Line. Há várias maneiras de organizar cursos à distância. Existem cursos concebidos por um único profissional, que, a partir de uma ideia inicial, planeja todas as etapas do processo. Esse profissional tanto concebe/planeja a proposta pedagógica do curso quanto administra sua veiculação numa plataforma virtual, encarregando-se, inclusive, da tutoria. Enfim, um único profissional determina e executa todo o processo. Esses cursos, geralmente conhecidos como livres ou independentes, são cursos de curta ou média duração. Muitas vezes são produzidos no âmbito de pequenas empresas, prescindido de equipes multiprofissionais. Existem cursos concebidos por equipes multiprofissionais, geralmente, ligados a instituições públicas, organismos internacionais e empresas privadas de médio ou grande porte. Esses cursos, principalmente voltados à educação superior e técnica, envolvem uma nítida divisão de trabalho de equipes multiprofissionais, e contam, por exemplo, com diretor da unidade; coordenador do centro de EaD; coordenador do curso; coordenador pedagógico; professores especialistas; designer instrucional; editor eletrônico; revisor de texto; técnicos responsáveis pela plataforma virtual; tutores a distância, tutores presenciais, tutores de laboratório; coordenadores de pólos. Portanto, esses cursos trazem visível movimento sistêmico de diversos profissionais/especialistas na preparação das distintas fases do processo de sua concepção, planejamento e veiculação. Bom estudo! Leia o texto com atenção e tranquilidade. Busque o significado das palavras desconhecidas. Faça as atividades sugeridas, pois estas lhe darão suporte para o entendimento do conteúdo da Unidade. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 11 FRAGMENTO DO TEXTO REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA. No contexto da política permanente de expansão da educação superior no País, implementada pelo MEC, a EaD coloca-se como uma modalidade importante no seu desenvolvimento. Nesse sentido, é fundamental a definição de princípios, diretrizes e critérios que sejam Referenciais de Qualidade para asinstituições que ofereçam cursos nessa modalidade. Por esta razão, a SEED/ MEC apresenta, para propiciar debates e reflexões, um documento com a definição desses Referenciais de Qualidade para a modalidade de educação superior à distância no País. Esses Referenciais de Qualidade circunscrevem-se no ordenamento legal vigente em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773 de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007 (em anexo). Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se referem aos processos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada. Por outro lado, as orientações contidas neste documento devem ter função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da educação à distância, mas também da organização de sistemas de EaD. Elaborado a partir de discussão com especialistas do setor, com as universidades e com a sociedade, ele tem como preocupação central apresentar um conjunto de definições e conceitos de modo a, de um lado, garantir qualidade nos processos de educação à distância e, de outro, coibir tanto a precarização da educação superior, verificada em alguns modelos de oferta de EAD, quanto a sua oferta indiscriminada e sem garantias das condições básicas para o desenvolvimento de cursos com qualidade. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 12 Muito embora o texto apresente orientações especificamente à educação superior, ele será importante instrumento para a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10 e 11 da Lei nº. 9.394, de 1996, nos quais se preceitua a padronização de normas e procedimentos nacionais para os ritos regulatórios, além de servir de base de reflexão para a elaboração de referenciais específicos para os demais níveis educacionais que podem ser ofertados a distância. Esta proposta de Referenciais de Qualidade para a modalidade de educação superior à distância, que ora apresentamos para discussão e aperfeiçoamento, tendo em vista sua posterior publicação, ainda neste ano de 2007, atualiza o primeiro texto oficial do MEC, de 2003. As mudanças aqui implementadas são justificadas em razão das alterações provocadas pelo amadurecimento dos processos, principalmente no que diz respeito às diferentes possibilidades pedagógicas, notadamente quanto à utilização de tecnologias de informação e comunicação, em função das discussões teórico-metodológicas que têm permeado os debates acadêmicos. Os debates a respeito da EaD, que acontecem no País, sobretudo, na última década, têm oportunizado reflexões importantes a respeito da necessidade de ressignificações de alguns paradigmas que norteiam nossas compreensões relativas à educação, escola, currículo, estudante, professor, avaliação, gestão escolar, dentre outros. Outro fator importante para o delineamento desses referenciais é o debate a respeito da conformação e consolidação de diferentes modelos de oferta de cursos à distância em curso em nosso País. Neste ponto, é importante destacar a inclusão de referências específicas aos pólos de apoio presencial, que foram contemplados com as regras dos Decretos supracitados e pela Portaria Normativa nº. 2, de janeiro de 2007. Destarte, o pólo passa a integrar, com especial ênfase, o conjunto de instalações que receberá avaliação externa, quando do credenciamento institucional para a modalidade de educação à distância. Finalmente, cumpre observar que essa proposta de atualização dos Referenciais de Qualidade para a educação superior a distância surge também norteada pelos resultados dos procedimentos avaliativos realizados pelo MEC em múltiplos programas de educação à Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 13 distância em andamento no País, sempre na busca de uma configuração que atenda aos requisitos de qualidade que todos almejamos. O documento preliminar foi submetido à consulta pública. Agradecemos as Instituições e aos colaboradores que atenderam a este chamado e encaminharam sugestões e críticas ao documento e que, de fato, muito contribuíram ao seu aprimoramento. Secretaria de Educação a Distância – MEC Leia o documento Referenciais de qualidade para educação superior a distância – disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 14 UNIDADE 2 REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EaD/SEED-MEC Objetivo:- Elaborar síntese capaz de inter-relacionar concepção de educação e concepção de ead, tomando por base os Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Conteúdo da Unidade 2: Nesta Unidade trabalharemos com outro fragmento do texto Referenciais de qualidade para Educação Superior a Distância, pertinente às páginas 05-08 do referido documento. Esperamos que você já tenha lido o texto integral, disponível no site http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/referenciaisqualidadeead.pdf, imprescindível para o seu processo de abstração de conhecimentos. Bom estudo! FRAGMENTO DO TEXTO REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA. INTRODUÇÃO No Brasil, a modalidade de educação a distância obteve respaldo legal para sua realização com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 –, que estabelece, em seu artigo 80, a possibilidade de uso orgânico da modalidade de educação à distância em todos os níveis e modalidades de ensino. Esse artigo foi regulamentado posteriormente pelos Decretos 2.494 e 2.561, de 1998, mas ambos revogados pelo Decreto 5.622, em vigência desde sua publicação em 20 de dezembro de Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 15 2005. No Decreto 5.622, ficou estabelecida a política de garantia de qualidade no tocante aos variados aspectos ligados à modalidade de educação à distância, notadamente ao credenciamento institucional, supervisão, acompanhamento e avaliação, harmonizados com padrões de qualidade enunciados pelo Ministério da Educação. Entre os tópicos relevantes do Decreto, tem destaque: a) A caracterização de EaD visando instruir os sistemas de ensino; ] b) O estabelecimento de preponderância da avaliação presencial dos estudantes em relação às avaliações feitas à distância; c) Maior explicitação de critérios para o credenciamento no documento do plano de desenvolvimento institucional (PDI), principalmente em relação aos pólos descentralizados de atendimento ao estudante; d) Mecanismos para coibir abusos, como a oferta desmesurada do número de vagas na educação superior, desvinculada da previsão de condições adequadas; e) Permissão de estabelecimento de regime de colaboração e cooperação entre os Conselhos Estaduais e Conselho Nacional de Educação e diferentes esferas administrativas para: troca de informações; supervisão compartilhada; unificação de normas; padronização de procedimentos e articulação de agentes; f) Previsão do atendimento de pessoa com deficiência; g) Institucionalização de documento oficial com Referenciais de Qualidade para a educação a distância. Sobre o último tópico destacado cabe observar que muito embora no ano de 2002, não houvesse determinação legal explícita, naquela ocasião o MEC instituiu a primeira comissão de especialistas, por meio da Portaria Ministerial nº 335/2002, com o objetivo de discutir amplamente a questão dos referenciais de qualidade para educação superior à distância. O Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 16 relatório da comissão serviude texto-base para a elaboração dos Referenciais de Qualidade para EAD, pelo MEC, em 2003, sendo, portanto, o ponto de partida para a atualização ora proposta, que está focada na oferta de cursos de graduação e especialização. REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA Não há um modelo único de educação à distância! Os programas podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos. A natureza do curso e as reais condições do cotidiano e necessidades dos estudantes são os elementos que irão definir a melhor tecnologia e metodologia a ser utilizada, bem como a definição dos momentos presenciais necessários e obrigatórios, previstos em lei, estágios supervisionados, práticas em laboratórios de ensino, trabalhos de conclusão de curso, quando for o caso, tutorias presenciais nos pólos descentralizados de apoio presencial e outras estratégias. Apesar da possibilidade de diferentes modos de organização, um ponto deve ser comum para todos aqueles que desenvolvem projetos nessa modalidade: é a compreensão de EDUCAÇÃO como fundamento primeiro, antes de se pensar no modo de organização: A DISTÂNCIA. Assim, embora a modalidade a distância possua características, linguagem e formato próprios, exigindo administração, desenho, lógica, acompanhamento, avaliação, recursos técnicos, tecnológicos, de infraestrutura e pedagógicos condizentes, essas características só ganham relevância no contexto de uma discussão política e pedagógica da ação educativa. Disto decorre que um projeto de curso superior a distância precisa de forte compromisso institucional em termos de garantir o processo de formação que contemple a dimensão técnico-científica para o mundo do trabalho e a dimensão política para a formação do cidadão. Devido à complexidade e à necessidade de uma abordagem sistêmica, referenciais de qualidade para projetos de cursos na modalidade a distância devem compreender Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 17 categorias que envolvem, fundamentalmente, aspectos pedagógicos, recursos humanos e infraestrutura. Para dar conta destas dimensões, devem estar integralmente expressos no Projeto Político Pedagógico de um curso na modalidade à distância os seguintes tópicos principais: i. Concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem; ii. Sistemas de Comunicação; iii. Material didático; iv. Avaliação; v. Equipe multidisciplinar; vi. Infraestrutura de apoio; vii. Gestão Acadêmico-Administrativa; viii. Sustentabilidade financeira. Tendo por base a afirmação: “Apesar da possibilidade de diferentes modos de organização, um ponto deve ser comum a todos que desenvolvem projetos nessa modalidade: é a compreensão de EDUCAÇÃO como fundamento primeiro, antes de se pensar no modo de organização: A DISTÂNCIA”, 1. Reflita sobre a importância da EDUCAÇÃO. 2. Elabore três justificativas que corroborem com o principio de EDUCAÇÃO como fundamento primeiro, independente da modalidade e forma de organização. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 18 UNIDADE 3 DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO E DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Objetivos: - Pesquisar na web diferentes conceitos de educação e de educação a distância. Formular conceitos de educação e de educação à distância, tendo por base pesquisas realizadas. Conteúdo da Unidade 3: Nesta Unidade, trabalharemos com as conceitualizações de educação e educação a distância. A qualidade da EaD pressupõe, entre outros aspectos, a elaboração de conceitos, já que estes ocupam papel relevante na construção/evolução do conhecimento. Ao conceitualizar a realidade, por intermédio de palavras exteriorizadas, trazemos à consciência o que antes se encontrava difuso no nosso universo interior. Foi Vygotski (1993, p.289) quem afirmou: Pero en el aspecto psicológico, el significado de la palabra no es más que una generalización o un concepto, como hemos podido convencernos repetidas veces a lo largo de la investigación. Generalización y significado de la palabra son sinónimos. Toda generalización, toda formación de un concepto constituye le más específico, más auténtico y más indudable acto de pensamiento. Portanto, use e abuse de sua autonomia e da sua capacidade de elaboração. Não se limite a “copiar e colar” os conceitos pesquisados. Primeiro, explore diversos conceitos e analise-os criticamente. Depois, eleja, entre eles, quatro com os quais você tenha mais afinidade. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 19 Finalmente, ao realizar a atividade pertinente a esta unidade, construa seus próprios conceitos de educação e de educação à distância, considerando tanto a forma como o conteúdo que desejar garantir. Boa pesquisa e ótima elaboração! No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, insira quatro conceitos de educação – pesquisados na web. Conceito de educação Autor Endereço eletrônico 1 Educação é um dos principais meios de realização de mudança social ou, pelo menos um dos recursos de adaptações das pessoas a um mundo em mudança. Carlos Rodrigues Brandão http://www.alb.com.br/ap oioprof/resenhas/007oqu educacrbrandao.asp 2 3 4 5 No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, insira quatro conceitos de educação à distância – pesquisados na web. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 20 Conceito de educação à distância Autor Endereço eletrônico 1 Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Governo do Brasil/ Ministério da Educação www81.dataprev.gov.br /sislex/paginas/23/2005 /5622.htm 2 3 4 5 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 21 Defina/conceitualize, com suas próprias palavras: 1) Educação _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 2) Educação a distância _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 22 UNIDADE 4 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA TUTORIA ON-LINE Objetivo: - Analisar aspectos necessários à atuação da tutoria, relacionando o ambiente de ensino-aprendizagem aos campos, modalidades e à natureza de atuação da tutoria. Conteúdo da Unidade 4: Nesta Unidade, iremos situar aspectos relevantes à atuação de tutores, tendo por base fragmento do artigo A prática pedagógica em educação à distância: novas articulações de tempos e espaços, de Jovanira Lazaro, Juliane Corrêa e Leonardo Zenha, disponível em http://www.artmed.com.br/patioonline/fr_conteudo_patio.php?codigo=1074&secao=54&pai=53 O artigo em questão, que se reporta à experiência de EaD do Projeto Veredas/MG, de forma geral: 1. pontua aspectos necessários à atuação de tutoria, qualificando a intervenção pedagógica em programas de formação a distância; 2. detalha cada um desses aspectos; e3. aprofunda a organização de tempos/espaços e a contextualização da prática pedagógica. Já o fragmento do artigo, que constará abaixo, de forma específica: 1. vincula o ambiente de ensino-aprendizagem ao campo de atuação da tutoria; 2. situa modalidades de tutoria; 3. relaciona a natureza da atuação da tutoria à concepção do material didático; 4. detalha aspectos necessários à atuação da tutoria. Bom estudo! Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 23 Fragmento do artigo A prática pedagógica em educação à distância: novas articulações de tempos e espaços Consideramos que abordar o cotidiano da prática pedagógica dos programas de educação à distância (EAD) implica abordar a organização e o desenvolvimento do trabalho de tutoria. O tutor irá, ao participar de cursos que utilizam propostas didáticas à distância, interagir com o ambiente de ensino e aprendizagem proposto, os materiais didáticos produzidos pelos especialistas, a organização do tempo/espaço de sua própria instituição, o contexto institucional e o processo de aprendizagem de seus orientandos. Essa exposição visa a pontuar aspectos necessários à atuação de tutoria, qualificando sua intervenção pedagógica em programas de formação à distância. Inicialmente, vamos detalhar cada um desses aspectos e, em seguida, aprofundar a organização de tempos/espaços e a contextualização da prática pedagógica. 1. O ambiente de ensino e aprendizagem proposto define o campo de atuação, a modalidade de tutoria a ser adotada e a natureza de sua atuação. Quanto ao campo de atuação, temos a tutoria de conteúdo, a tutoria de aprendizagem e a tutoria de apoio de acordo com cada proposta de ensino e aprendizagem. Quanto à modalidade de tutoria, temos a possibilidade da tutoria presencial, da tutoria postal, da tutoria telefônica ou da tutoria on-line (Peters, 2001), ou seja, a modalidade permanece vinculada ao meio de comunicação utilizado para os contatos com os orientandos. Além disso, as tecnologias de comunicação e informação utilizadas consistem em tecnologias educativas, mediações pedagógicas que determinarão o desenvolvimento de competências de conteúdo, tecnológicas e colaborativas. “Os meios de comunicação” que diferenciam as modalidades de tutoria não são apenas suportes para a entrega de conteúdo ou de informações, mas também novas possibilidades de formação e de expressão dos sujeitos da aprendizagem. A natureza da atuação da tutoria, por sua vez, dependerá da concepção pedagógica presente nos materiais didáticos. Por exemplo, materiais didáticos mais autoinstrucionais necessitam de um tutor mediador, ao passo que materiais didáticos menos autoinstrucionais necessitam Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 24 de um tutor mais convencional. 2. O material didático adotado no curso deve ser utilizado pela tutoria a partir de sua concepção pedagógica, de modo que se possa ao longo do processo detectar suas limitações e possibilidades. O tutor, ao se apropriar da estrutura e dinâmica do material a ser utilizado, tem condições de orientar o processo de aprendizagem do aluno, auxiliando-o em seu percurso e prevendo possíveis dificuldades. 3. A organização do tempo e do espaço para o trabalho da tutoria não é algo tão simples como parece, pois implica rever a lógica de organização dos tempos/espaços educativos própria do ensino totalmente presencial. Saber administrar níveis diferenciados de presencialidade é algo novo em nossa cultura educacional. Romper com a lógica linearizada de tempo exige rever a forma de administrar o nosso próprio tempo. E, mais ainda, rever e negociar o tempo que compartilhamos nas instituições em que estamos inseridos. 4. O reconhecimento do contexto institucional em que nossos orientandos estão inseridos possibilita a formação de competências individuais e institucionais, qualificando, assim, o campo profissional. A identificação da maneira como administram o tempo e o espaço, bem como a articulação com a formação pedagógica à distância, é imprescindível para o sucesso do curso. 5. O acompanhamento do processo de aprendizagem é o aspecto mais enfatizado nos cursos de formação à distância. Consideramos que consiste em um aspecto fundamental, mas que perde o valor na medida em que é abordado isoladamente, pois o sujeito se qualifica dialogando com um determinado contexto, com determinadas práticas profissionais, com determinada organização e uso dos tempos e espaços. Portanto, se quisermos desenvolver um processo de formação significativo, que ultrapasse a mera certificação, será necessário dialogar com os demais aspectos, inclusive para que realmente possamos intervir e auxiliar o orientando em suas dificuldades de aprendizagem e em seus dilemas profissionais. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 25 Tendo por base o texto A prática pedagógica em educação à distância: novas articulações de tempos e espaços, responda às seguintes questões: Quais são os campos de atuação dos tutores? Quais são as modalidades/tipos de tutoria? Por que a natureza da atuação da tutoria depende da concepção pedagógica? Leia o artigo Monitorias e Tutorias: um trabalho cooperativo na educação à distância, que se encontra disponível no endereço eletrônico www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=4abed&infoid =142&sid=114 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 26 UNIDADE 5 A ATUAÇÃO DA TUTORIA ON-LINE EM EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DE EAD Objetivos: - Situar a formação de equipes multidisciplinares como o ponto de partida para o alcance da qualidade nos cursos de ead, identificando os recursos humanos apontados pela SEED/MEC como necessários à composição de tais equipes Analisar a abordagem da SEED-MEC sobre os campos de atuação da tutoria on-line. Conteúdo da Unidade 5 Nesta Unidade voltaremos a trabalhar com os Referenciais de qualidade para Educação Superior a Distância. “Navegaremos”, de forma específica, nas páginas 19 a 24 do referido documento. Ao voltar aos Referenciais, desejamos que você avance na construção de conhecimentos já tratados na Unidade 4, pertinentes à constituição de equipes multidisciplinares e aos campos de atuação da tutoria on-line. Bom estudo! FRAGMENTO DO TEXTO REFERENCIAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA Equipe Multidisciplinar Em educação à distância, há uma diversidade de modelos, que resulta em possibilidades diferenciadas de composição dos recursos humanos necessários à estruturação e ao funcionamento de cursos nessa modalidade. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 27 No entanto, qualquer que seja a opção estabelecida, os recursos humanos devem configurar uma equipe multidisciplinar com funções de planejamento, implementação e gestão dos cursos à distância, onde três categorias profissionais são essenciais para uma oferta de qualidade: Docentes; Tutores e Pessoal técnico-administrativo. Seguem os detalhes das principais competências de cada uma dessas classes de autores. Docentes Em primeiro lugar, é enganoso considerar que programas a distância minimizam o trabalho e a mediação do professor. Muito pelo contrário, nos cursos superiores à distância, os professores veem suas funções se expandirem. Em uma instituição de ensino superior que promova cursos à distância, os professores devem ser capazes de: a) Estabelecer os fundamentos teóricos do projeto; b) Selecionar e preparar todo o conteúdo curricular articulado a procedimentos e atividades pedagógicas; c) Identificar os objetivos referentes a competências cognitivas, habilidades e atitudes; d) Definir bibliografia, videografia, iconografia, audiografia, tanto básicas quanto complementares; e) Elaboraro material didático para programas a distância; Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 28 f) Realizar a gestão acadêmica do processo de ensino-aprendizagem, em particular motivar, orientar, acompanhar e avaliar os alunos. g) Avaliar-se continuamente como profissional participante do coletivo de um projeto de ensino superior à distância. O projeto pedagógico deve especificar claramente em um quadro a qualificação dos docentes responsáveis pela coordenação do curso como um todo, pela coordenação de cada disciplina do curso, pela coordenação do sistema de tutoria e outras atividades concernentes. É preciso a apresentação dos currículos e outros documentos necessários para comprovação da qualificação dos docentes, inclusive especificando a carga horária semanal dedicada às atividades do curso. Além disso, a instituição deve indicar uma política de capacitação e atualização permanente destes profissionais. Tutores O corpo de tutores desempenha papel de fundamental importância no processo educacional de cursos superiores à distância e compõem quadro diferenciado, no interior das instituições. O tutor deve ser compreendido como um dos sujeitos que participa ativamente da prática pedagógica. Suas atividades desenvolvidas a distância e/ou presencialmente devem contribuir para o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico. Um sistema de tutoria necessário ao estabelecimento de uma educação a distância de qualidade deve prever a atuação de dois profissionais: o tutor à distância e o tutor presencial. O tutor à distância atua a partir da instituição mediando os processos pedagógicos junto a estudantes, geograficamente distantes, e referenciados aos pólos descentralizados de apoio presencial. Sua principal atribuição é o esclarecimento de dúvidas através fóruns de discussão pela Internet, pelo telefone, participação em videoconferências, entre outros, de acordo com o projeto pedagógico. O tutor à distância tem também a responsabilidade de promover espaços de construção coletiva de conhecimento, selecionar material de apoio e Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 29 sustentação teórica aos conteúdos e, frequentemente, faz parte de suas atribuições participar dos processos avaliativos de ensino-aprendizagem. O tutor presencial atende os alunos nos pólos, em horários preestabelecidos. Deve conhecer o projeto pedagógico do curso, o material didático e o conteúdo específico dos conteúdos sob sua responsabilidade, a fim de auxiliar os alunos no desenvolvimento de suas atividades individuais e em grupo, fomentando o hábito da pesquisa, esclarecendo dúvidas em relação a conteúdos específicos, bem como ao uso das tecnologias disponíveis. Participa de momentos presenciais obrigatórios, tais como avaliações, aulas práticas em laboratórios e estágios supervisionados, quando se aplicam. O tutor presencial deve manter-se em permanente comunicação tanto com os alunos quanto com a equipe pedagógica do curso. Cabe ressaltar que as funções atribuídas a tutores a distância e a tutores presenciais são intercambiáveis em um modelo de educação a distância que privilegie forte mobilidade espacial de seu corpo de tutores. Em qualquer situação, ressalta-se que o domínio do conteúdo é imprescindível, tanto para o tutor presencial quanto para o tutor à distância e permanece como condição essencial para o exercício das funções. Esta condição fundamental deve estar aliada à necessidade de dinamismo, visão crítica e global, capacidade para estimular a busca de conhecimento e habilidade com as novas tecnologias de comunicação e informação. Em função disto, é indispensável que as instituições desenvolvam planos de capacitação de seu corpo de tutores. Um programa de capacitação de tutores deve, no mínimo, prever três dimensões: Capacitação no domínio específico do conteúdo; Capacitação em mídias de comunicação; e Capacitação em fundamentos da EaD e no modelo de tutoria. Por fim, o quadro de tutores previstos para o processo de mediação pedagógica deve especificar a relação numérica entre alunos/tutor capaz de permitir uma real interação no processo de aprendizagem. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 30 O corpo técnico-administrativo O corpo técnico-administrativo tem por função oferecer o apoio necessário para a plena realização dos cursos ofertados, atuando na sede da instituição junto à equipe docente responsável pela gestão do curso e nos pólos descentralizados de apoio presencial. As atividades desempenhadas por esses profissionais envolvem duas dimensões principais: a administrativa e a tecnológica. Na área tecnológica, os profissionais devem atuar nos pólos de apoio presencial em atividades de suporte técnico para laboratórios e bibliotecas, como também nos serviços de manutenção e zeladoria de materiais e equipamentos tecnológicos, enquanto que a atuação destes profissionais, nas salas de coordenação dos cursos ou nos centros de educação a distância das instituições, tem como principais atribuições o auxílio no planejamento do curso, o apoio aos professores conteudistas na produção de materiais didáticos em diversas mídias, bem como a responsabilidade pelo suporte e desenvolvimento dos sistemas de informática. No que tange à dimensão administrativa, a equipe deve atuar em funções de secretaria acadêmica, no registro e acompanhamento de procedimentos de matrícula, avaliação e certificação dos alunos, envolvendo o cumprimento de prazos e exigências legais em todas as instâncias acadêmicas; bem como no apoio ao corpo docente e de tutores nas atividades presenciais e a distância, distribuição e recebimento de material didático, atendimento a alunos usuários de laboratórios e bibliotecas, entre outros. Entre os profissionais do corpo técnico-administrativo, destaca-se o coordenador do pólo de apoio presencial como o principal responsável pelo bom funcionamento dos processos administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. Este coordenador necessita conhecer os projetos pedagógicos dos cursos oferecidos em sua unidade, atentando para os calendários, especialmente no que se refere às atividades de tutoria presencial, zelando para que os equipamentos a serem utilizados estejam disponíveis e em condições de perfeito uso, enfim prezar para que toda a infraestrutura esteja preparada para a viabilização das atividades. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 31 Outra importante atribuição do coordenador do pólo é a supervisão do trabalho desenvolvido na secretaria da unidade, providenciando para que o registro dos alunos e todas as demais ocorrências, tais como notas, disciplinas ou módulos cursados, frequências, transferências, sejam feitas de forma organizada e em tempo hábil. Portanto, para o exercício de suas funções, o coordenador do pólo deve possuir prévia experiência acadêmica e administrativa e ser graduado. Tendo a abordagem da SEED/MEC, responda às questões abaixo: 1. Por que a formação de equipes multidisciplinares pode ser considerada o ponto de partida para o alcance da qualidade de cursos de EaD? 2. Quais são as atribuições do tutor presencial? 3. Qual a principal atribuição e quais as demais responsabilidades de um tutor à distância? Visite no site do Ministério da Educação, a Secretaria de Educação a Distância – SEED. http://portal.mec.gov.br/seed/. Você encontrará informações sobre políticas, programas, regulamentações em EaD; revista eletrônica etc. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 32 UNIDADE 6 CATEGORIAS DE COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS À TUTORIA ON-LINE Objetivo: Categorizar competências essenciais à eficácia da tutoria on-line. Conteúdo da Unidade 6 NestaUnidade você começará a estudar as competências essenciais da tutoria on-line – conteúdo que será tratado, com detalhamento, também nas Unidades 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13. Tal detalhamento deve-se à relevância de que, ao se qualificar para o exercício da tutoria, você perceba a estreita relação entre o domínio de competências e o alcance de uma atuação eficaz e eficiente. Os fragmentos de textos a serem utilizados nesta Unidade, assim como nas Unidades 7-13, reportam-se ao documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, publicado, em 2003, pela The Commonwealth of Learning, sob a autoria de Jenniffer O’Rourke. Disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf O fragmento referente à Unidade 6 foi extraído da página 42 do referido Manual. Vale salientar que os fragmentos de textos pertinentes às Unidades aqui em questão foram extraídos de uma versão do documento que se encontra traduzida para a língua portuguesa falada em Portugal – razão pela qual, por vezes, você irá se deparar com diferenças em relação à língua portuguesa circulante no Brasil. Bom estudo! Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 33 CATEGORIAS DE COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS À TUTORIA ON-LINE Educadores experientes da EaD costumam agrupar as competências essenciais para uma tutoria eficaz no EaD em quatro categorias gerais: Competências de apoio: ajudam os alunos a lidar com questões não relacionadas com o conteúdo, que possam afetar a sua aprendizagem; Competências de orientação: ajudam os alunos a compreender o conteúdo e a sua relação com os objetivos de aprendizagem; Competências de capacitação: ajudam os alunos a desenvolver e a aplicar, com eficiência, recursos de aprendizagem; Competências administrativas: criam ligação entre os alunos e a administração em questões administrativas. Tendo por base o texto Categorias de competências essenciais à tutoria on-line, responda: Quais as categorias de competências essências à tutoria? Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 34 UNIDADE 7 COMPETÊNCIAS DE APOIO: DEFINIÇÃO Objetivos: Identificar o apoio aos alunos como uma das competências essenciais à tutoria on-line; Definir competências de apoio. Conteúdo da Unidade 7 Nesta Unidade você continuará o estudo sobre as competências essenciais à tutoria on-line, voltando-se, especificamente, à competência de apoio. O fragmento de texto a ser utilizado no desenvolvimento da Unidade corresponde às páginas 43 e 44 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, mencionado na abertura da Unidade 6. O apoio de professores aos alunos na EaD, em muito, se difere do apoio necessário ao ensino presencial convencional – razão pela qual esse conteúdo será tratado, de forma mais detalhada, também nas Unidades 8, 9 e 10. Se a tarefa de apoiar alunos fisicamente presentes é um dos grandes desafios de professores que atuam em salas de aula convencionais, na EaD não poderia ser diferente. Ocorre que, na modalidade da Educação a Distância, essa tarefa ganha um novo contorno: o da interatividade on-line. Trata-se de uma interatividade capaz de: 1. Conectar o processo de ensino-aprendizado aos reais interesses e necessidades dos aprendentes; 2. Estabelecer vínculos com os alunos, por intermédio de diálogos que imprimam confiança, leveza, espontaneidade e descontração ao processo de ensino-aprendizagem; e 3. Sobretudo, criar mecanismos capazes de diminuir o sentimento de solidão, de isolamento, que geralmente afeta a motivação dos alunos da EaD. Como você pode ver, o apoio é uma tarefa bastante desafiadora, para a qual você já se prepara com este Curso. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 35 COMPETÊNCIAS DE APOIO Este grupo de competências essenciais é apresentado primeiro, porque: • é um elemento sempre presente em toda a experiência dos alunos no EAD • difere, na sua natureza e intensidade, do nível de apoio que normalmente é necessário receber dos professores em contextos do ensino presencial convencional. Um aluno descreveu da seguinte forma a importância do apoio do tutor: ‘Quero partilhar convosco a minha profunda apreciação do trabalho do meu tutor. O seu apoio contínuo no processo da minha aprendizagem e o seu feedback regular sobre o meu trabalho ajudaram-me muito a concluir o curso. Apreciei em particular o esforço que ele desenvolveu para tornar o processo da aprendizagem relaxante, e até mesmo divertido. Penso que a forma apoiante, pessoal, e por vezes humorada como ele comunica com os estudantes deveria ser usada como fórmula para todos os cursos à distância que inicialmente possam parecer frios e despersonalizados’. (Aluno do Writing Effectively for UNHCR) No EAD, ‘apoio ao aluno’ é usado de maneiras diferentes, o que se pode tornar confuso. Muitas vezes é usado como um termo muito genérico que se refere a todas as actividades levadas a cabo por uma instituição para recrutar, inscrever, orientar, leccionar, aconselhar e comunicar com os alunos. Thorpe (2002) define o apoio aos alunos como: ‘todos os elementos capazes de responder a um aluno ou grupo de alunos conhecidos, antes, durante e depois do processo de aprendizagem'. Contudo, quando falamos do papel do tutor no apoio aos alunos, referimo-nos a um conjunto de responsabilidades e competências muito mais específico. Estas requerem um contacto personalizado com os alunos individualmente, para os ajudar a manter o seu empenho no processo de aprendizagem e a resolverem questões nas suas vidas que possam impedir a aprendizagem. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 36 A referência de Thorpe a um ‘aluno ou grupo de alunos conhecidos’ é relevante para a tutoria no EAD, porque os tutores conhecem os seus alunos, contrastando com os elaboradores dos materiais dos cursos, que poderão conhecer as características gerais dos alunos, mas que poderão nunca se encontrar com eles. Assim, os tutores são quem está em melhor posição para adaptar estratégias de apoio para responder às necessidades específicas dos seus alunos. Através de um contacto regular e feedback, os tutores mantêm uma constante presença de fundo demonstrando que estão atentos aos seus alunos, mesmo que o aluno não os tenha contactado, ou mesmo em situações em que o aluno está empenhado nos seus estudos ou preocupado por estar a perder a continuidade. Para um tutor, as competências de apoio incluem: • comunicação • motivação • resolução de problemas. Após ler o fragmento do texto pertinente à Unidade 7, use suas próprias palavras para: Explicar por que as competências de apoio são essenciais à tutoria on-line? Definir competência de apoio. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 37 UNIDADE 8 COMPETÊNCIA DE APOIO: COMUNICAÇÃO Objetivos: Vincular a qualidade da interação da tutoria on-line ao desenvolvimento da competência de comunicação. Identificar potenciais causas das barreiras de comunicação existentes entre tutores e alunos da Ead. Conteúdo da Unidade 8 Nesta Unidade você continuará o estudo sobre as competências essenciais à tutoria on-line, voltando-se, especificamente, à comunicação – primeira competência de apoio a ser detalhada. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 8 corresponde às páginas 44, 45 e 46 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, mencionado na abertura da Unidade 6 e disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. Para seu estudo, conte com meu apoio. Lembre-se da célebre frase de Fernão Capelo Gaivota: longe é um lugar que não existe. Um abraço. COMUNICAÇÃO Uma boa comunicação é importante no apoio aos alunos no EAD. Inclui: • escutar • responder Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 38 •manter contacto • uso eficiente dos meios de comunicação. Isto tem de ser acompanhado da capacidade de identificar potenciais barreiras à comunicação, e de ver as questões sob a perspectiva dos alunos. ‘A interação, especificamente a interação interpessoal, é central em todas as principais teorias sobre o apoio ao aluno, porque é a única maneira de responder às necessidades dos alunos nos termos em que esses alunos desejam exprimir-se’. (Thorpe, 2002) As competências de escuta são importantes, quer se esteja a ouvir a voz de um aluno ou a mensagem de um aluno numa comunicação por escrito. O tutor deve interpretar ambas as mensagens explícitas e implícitas. Por exemplo, um aluno que diz, 'Não sei se estarei a usar esta fórmula corretamente', poderá estar explicitamente a pedir uma explicação para a fórmula, e implicitamente a pedir que lhe confirmem que está dentro das suas capacidades. Você pode confirmar que compreendeu a mensagem do aluno corretamente, interpretando- a, clarificando-a, e exprimindo-a novamente. Depois poderá responder a dois níveis: • à questão explícita; ‘veja uma breve explicação de como esta fórmula é aplicada' • à mensagem implícita; ‘Como já aplicou com êxito os dois primeiros elementos, estou certo que agora já conseguirá fazer o resto’. É necessário lidar com as questões dos alunos de uma forma atenta e construtiva. O contato deve ser regular e de apoio, de forma a que os alunos se sintam capazes de colocar questões que de outra forma poderiam pensar não ser 'suficientemente importantes' para serem colocadas ao tutor. ‘Essencialmente, qualquer contacto com os tutores parecia criar confiança e motivação, e funcionava regularmente como que uma espécie de verificação de rotina, em que eles podiam ficar tranqüilos em como estavam a seguir na direção certa'. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 39 (Rickwood and Goodwin, 1997). A convicção intuitiva dos educadores do ensino à distância quanto à importância de os tutores manterem contacto com os alunos foi confirmada por uma pesquisa recente. Um estudo com alunos vulneráveis na Open University em Inglaterra revelou que os alunos que tinham sido contatados pelos seus tutores antes da data do seu primeiro trabalho tinham maiores probabilidades de receberem um A ou um B pelo trabalho (SSRG, 2002). Os alunos vulneráveis incluíam: • os que tinham entrado em estudos universitários pela primeira vez • os que tinham baixas habilitações anteriores • os que tinham desistido ou sido reprovados num curso • os que tinham necessidades especiais • os que se tinham matriculado tardiamente • aqueles cujos tutores os tinham identificado como tendo problemas de estudo • os que tinham recebido ajuda financeira, indicando dificuldades econômicas. Os alunos neste estudo mostraram também que era importante que fosse o tutor a contatá- los, não alguém que não lhes fosse familiar ou ao curso. Seguem-se os comentários de dois alunos: ‘O contato com o meu tutor foi-me muito útil, dando-me incentivo e uma pessoa de verdade com quem falar’. ‘Encontrando-me geograficamente muito distante do meu tutor, gostei que ele me tivesse contatado e perguntado sobre os meus progressos. Fiquei agradavelmente surpreendida, e senti--me confiante que quaisquer outras questões seriam tratadas com simpatia’. As tecnologias da comunicação são instrumentos de facilitação essencial para um tutor no EAD. A sua utilização eficaz requer que os tutores do EAD compreendam os efeitos da Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 40 distância e da tecnologia de forma a poderem escolher o método certo de fazer chegar a mensagem, e criarem as mensagens de forma a utilizarem a tecnologia da melhor forma. Por exemplo, é muito melhor transmitir informações detalhadas sob a forma impressa do que através do telefone, para que o aluno possa consultar a mensagem impressa mais tarde e não precise tentar tomar notas extensas durante uma conversa telefônica. Os meios mais utilizados para comunicar com os alunos para lhes dar apoio são os meios impressos, por telefone, e-mail, e por conferência por computador. Contudo, se os alunos estiverem a utilizar uma tecnologia informática pela primeira vez, será melhor fornecer as instruções iniciais sob a forma impressa, para que não fiquem sem quaisquer meios de comunicação. Reconhecer as potenciais barreiras à comunicação poderá ser difícil, porque as pistas de que existe uma barreira poderão ser muito subtis ou difíceis de interpretar, ou um aluno que enfrenta uma barreira às comunicações poderá simplesmente não entrar em contacto. As barreiras à comunicação podem ser causadas por: • diferenças culturais entre aluno e tutor • conhecimento incompleto da língua de ensino • diferenças de linguagem sutis, como dialeto ou coloquial. • idéia de os tutores serem inabordáveis • deficiência que impeça os alunos de falar ou escrever fluentemente. Se a sua instituição de ensino tiver especialistas que possam ajudar alunos com deficiências, poderá ser útil consultá-los para o diagnóstico e planejamento de um método adequado. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 41 Assista a entrevista com o filósofo Pierre Lévy, sobre o cenário atual e as perspectivas para a educação à distância. Disponível em http://br.youtube.com/watch?v=08rVXi55yjE Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 42 UNIDADE 9 COMPETÊNCIAS DE APOIO: MOTIVAÇÃO Objetivos: Identificar a motivação como suporte imprescindível aos processos de ensino- aprendizagem da Ead; Conceitualizar motivação, situando o ato de motivar alunos como tarefa constante de tutores. Conteúdo da Unidade 9 Nesta unidade você continuará o estudo sobre as competências essenciais à tutoria on-line, voltando-se, especificamente, à motivação – segunda competência de apoio a ser detalhada. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 9 corresponde à página 47 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, mencionado na abertura da Unidade 6 e disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. MOTIVAÇÃO Os professores de alunos adultos por vezes perguntam: ‘Por que preciso motivar alunos que escolheram estudar?’. Promover a motivação é uma competência importante na tutoria, porque os alunos do EAD enfrentam muitos desafios, e poderão precisar de um incentivo extra para enfrentar esses desafios. A motivação, juntamente com as competências de comunicação e de resolução de problemas, pode incentivar os alunos a desenvolverem estratégias para enfrentar dificuldades que afetam a sua aprendizagem. Além de motivar o aluno a resolver problemas específicos, um bom tutor inclui mensagens de incentivo na sua comunicação com os alunos. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 43 No quadro abaixo, seguindo o exemplo destacado em azul, insira dois conceitos de motivação – pesquisados na web. Conceito de motivação Autor Endereço eletrônico 1 Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira http://pt.wikipedia.org/wi ki/Dicion%C3%A1rio_Au r%C3%A9lio 2 3 Considerando a motivação como o “processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta”, Liste, abaixo, pelo menos quatro atitudes que devem ser adotadas por tutores, com vista à motivação dos alunos. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 44 UNIDADE 10 COMPETÊNCIAS DE APOIO: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Objetivo: Analisar a abrangência da atuação da tutoria, no que diz respeito à identificação e à resolução de problemas afetos àsua área de atuação. Conteúdo da Unidade 10 Nesta unidade você continuará o estudo sobre as competências essenciais à tutoria on-line, voltando-se, especificamente, à resolução de problemas – terceira competência de apoio a ser detalhada. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 10 corresponde às páginas 47 e 48 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, mencionado na abertura da Unidade 6 e disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS As competências de identificação e resolução de problemas são essenciais. Incluem a capacidade de • clarificar problemas • identificar qual o tipo de ajuda que é necessária • determinar se o tutor pode e deve ajudar. Os problemas que os tutores normalmente encontram incluem: • problemas acadêmicos; dificuldades em: Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 45 - compreender o conteúdo do curso - fazer o trabalho do curso - dominar as competências necessárias para a disciplina. • exigências conflitantes de trabalho ou família, que poderão fazer com que os estudantes, por vezes, não possam dedicar tempo ao estudo. • problemas de gestão do tempo; em contraste com a situação anterior, os alunos têm dificuldades em: - organizar o seu tempo - planejar um tempo de estudo - prever e trabalhar segundo prazos. • problemas pessoais, como seja um familiar doente ou a perda do emprego, que afectem a capacidade do aluno em se concentrar nos estudos. Iremos abordar os problemas acadêmicos, em maior detalhe, nas secções sobre a orientação e capacitação da aprendizagem. É provável que o tutor seja a primeira pessoa que o aluno contata sobre um problema, ou a primeira pessoa a reconhecer que um problema existe. Você não precisa resolver todos os problemas, mas deve ajudar os alunos a obterem a ajuda de que necessitam. O seu papel irá depender dos recursos disponíveis no seu contexto: poderá ter de encaminhar alunos para um conselheiro acadêmico, para um workshop de técnicas de estudo ou de gestão de tempo, ou para um serviço de aconselhamento. Os tutores precisam também de se comunicar com outro pessoal sobre trabalhos atrasados, pedidos de suspensão temporária dos estudos, etc. Alguns problemas poderão estar fora da sua área de conhecimentos, ou das suas competências como tutor, e um dos aspectos na resolução de problemas é você decidir o que não deve fazer. Poderá ser tentador dar atenção a um aluno que esteja nitidamente angustiado, mas, se o aluno estiver a enfrentar problemas pessoais, você poderá Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 46 rapidamente ultrapassar as suas competências. O aconselhamento é uma função especializada, e os alunos devem ser encaminhados para os recursos apropriados, se possível. A máxima de um tutor experiente é ‘Quando o nosso sexto sentido nos diz que não devemos procurar resolver uma situação, provavelmente não o devemos fazer’. Outros tutores descreveram a resolução de problemas como uma ‘operação de salvamento’: ajudando os alunos à beira de desistirem dos seus estudos a encontrarem maneiras de gerirem o seu trabalho, planejarem as suas atividades de aprendizagem ou lidarem com crises na aprendizagem. Tendo por base a leitura do fragmento do texto pertinente à Unidade 10, responda às questões abaixo. Que tipos de problemas exigem resolução por parte da tutoria? Por que alguns tutores costumam descrever a resolução de problemas como ‘operação de salvamento’? Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 47 FÓRUM I Quais são as atribuições do tutor presencial? Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 48 UNIDADE 11 Competência de orientação da aprendizagem Objetivo: Analisar a abrangência das competências de orientação. Conteúdo da Unidade 11 Nesta unidade você estudará competências pertinentes à orientação da aprendizagem. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 11 corresponde às páginas 48, 49 e 50 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. Lembre-se da recomendação que lhe foi feita na apresentação do Módulo: você deverá atingir os objetivos previstos para cada unidade. Atingir objetivos significa atingir metas, ou seja, garantir qualificação para o exercício da tutoria. Lembre-se, também, de que, na prova presencial, sempre cairão perguntas similares ao que foi trabalhado nos exercícios on-line e nas atividades reflexivas existentes nas unidades. Você organizou seu tempo? Tem realizando todos os exercícios e atividades? Bom estudo! ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM Orientação é o termo que utilizamos quando nos referirmos às atividades que ajudem os alunos a compreender e a aplicar conteúdo. Segue-se um exemplo de como o trabalho de um tutor na orientação da aprendizagem influenciou um estudante: ‘As suas explicações e comentários foram muito claros para mim. A ideia de trabalhar em Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 49 seções menores e usar uma linguagem simples é útil não só para ser mais claro, como também para exprimir uma mensagem num idioma em que não se é proficiente. A situação obriga-nos a encontrar a maneira mais curta de comunicar eficazmente’. (Aluno no Writing Effectively para o UNHCR) COMPETÊNCIAS ENVOLVIDAS NA ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM • usar conhecimentos do conteúdo para dar uma orientação • dar feedback aos alunos no seu trabalho • familiarizar os alunos com as convenções da disciplina • estabelecer elos • resolver problemas acadêmicos. USAR O CONHECIMENTO DO CONTEÚDO PARA DAR ORIENTAÇÃO Isto envolve ajudar os alunos a encontrar o seu sentido de orientação no conteúdo: • fornecendo pistas que eles possam usar para organizarem as suas ideias • sugerindo fontes de informação adicionais ou alternativas • apresentando maneiras diferentes de ver as questões. DAR FEEDBACK AO TRABALHO DOS ALUNOS Este será provavelmente o aspecto mais visível e que exige mais tempo na função do tutor. O tutor precisa ser proficiente em: • estabelecer e comunicar expectativas claras para o trabalho dos alunos • identificar pontos, fortes e fracos, na maneira como os alunos elaboram o trabalho. •identificar áreas do conteúdo que eles tenham compreendido e áreas que sejam menos Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 50 claras para eles • sugerir estratégias para consolidarem o que sabem e para melhorarem as suas proficiências. Para dar um bom feedback aos alunos é necessária uma boa proficiência na orientação e capacitação. FAMILIARIZAR OS ALUNOS COM AS CONVENÇÕES DA DISCIPLINA Cada disciplina tem as suas próprias convenções. Por exemplo, os trabalhos escritos são apresentados de uma maneira diferente em Inglês e em Psicologia. Como tutor, você poderá estar tão familiarizado com estas convenções, que elas são de importância secundária para si, mas os alunos poderão não as conhecer. O seu papel como tutor poderá envolver, familiarizar os alunos com: • a maneira como as ideias são desenvolvidas e apresentadas na disciplina • as estratégias de pesquisa, aceitáveis e não aceitáveis • requisitos específicos de redação na sua área. ESTABELECER ELOS DE LIGAÇÃO Muitos alunos querem estabelecer ligações, compreender a relação entre segmentos de aprendizagem. Os alunos adultos se interessam, sobretudo, pelas implicações e aplicações daquilo que aprenderam. Os tutores podem ajudar os alunos a estabelecerem a ligação entre o conteúdo do curso e os seus objetivos de aprendizagem específicos, e a compreenderem potenciais aplicações doconteúdo à sua área de interesses. Para o efeito, os tutores precisam de: • conhecer os objetivos dos alunos e qual a sua aprendizagem anterior • iniciar um diálogo com os alunos sobre as suas ideias e perspectivas. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 51 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ACADÊMICOS O tutor precisa saber identificar problemas acadêmicos que tragam dificuldades aos alunos, tais como: • bases insuficientes na área do conteúdo • falta de acesso a recursos apropriados • falta de conhecimento sobre como utilizar os recursos • falta de conhecimentos numa área específica • problemas com os materiais do curso. Para resolver problemas acadêmicos individuais, o tutor pode ajudar os alunos a: • reconhecerem lacunas na sua aprendizagem • desenvolverem os conhecimentos base ou proficiências de que necessitam • desenvolverem proficiências na localização dos recursos apropriados ou a aprenderem a usá-los. Para problemas relacionados com os materiais do curso, o tutor pode: • desenvolver recursos retificativos que permitam aos alunos trabalhar com essa seção ou tópico • recomendar alterações aos materiais do curso. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 52 UNIDADE 12 COMPETÊNCIAS DE CAPACITAÇÃO DA APRENDIZAGEM Objetivo: Identificar atribuições da tutoria, no que tange às competências de capacitação da aprendizagem. Conteúdo da Unidade 12 Nesta unidade você estudará competências pertinentes à capacitação da aprendizagem. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 12 corresponde à página 51 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. Bom estudo! CAPACITAÇÃO DA APRENDIZAGEM A capacitação da aprendizagem envolve ajudar os alunos a desenvolverem competências de aprendizagem (gerais ou específicas da disciplina) e a aplicarem essas competências adequadamente como indivíduos ou em grupos. Um aluno descreve assim a sua experiência: ‘Eu apenas queria dizer que, tendo pouca experiência anterior no ensino à distância, dois meses depois de termos tido a nossa primeira aula estou a sentir-me muito mais à vontade com a estrutura da classe. Estou a adquirir alicerces sólidos nesta disciplina, e penso que irei continuar a consolidar os meus conhecimentos, tijolo-por-tijolo. Sei que queria total autonomia na minha aprendizagem, mas agora sei que, antes de poder prosseguir com total autonomia, preciso de... estrutura. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 53 (Aluno da Universidade de Maryland/Oldenburg) A capacitação da aprendizagem envolve: • ajudar os alunos a desenvolverem as suas competências na organização de conceitos, a desenvolverem ‘mapas mentais’ que lhes permitam estruturar a sua aprendizagem de uma maneira que faça sentido para eles. • ajudar os alunos a articularem as suas ideias por escrito ou verbalmente, e a debaterem- nas produtivamente. • fomentar a capacidade dos alunos de atingirem objetivos de aprendizagem através de interações como sejam projetos realizados em cooperação, ou o feedback de colegas • definir tópicos apropriados e estimulantes para debate entre os alunos, ajudando-os a centrarem-se no tópico, e fornecendo uma estrutura que desenvolva as suas competências na gestão de debates. • moldar estratégias de aprendizagem eficazes para os alunos, mostrando métodos alternativos para um tópico, tornando o processo de aprendizagem transparente, e fornecendo exemplos de caminhos diferentes para a aprendizagem. • resolução de problemas, ajudando os alunos a identificarem e lidarem com métodos de aprendizagem ineficientes, ou com déficits de competência que dificultem a sua aprendizagem, como sejam competências linguísticas ou matemáticas. Assista ao vídeo sobre ensino a distância. Disponível em http://br.youtube.com/watch?v=UNz91Cq6xUw&NR=1 Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 54 UNIDADE 13 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS Objetivo: Identificar as atribuições da tutoria, no que tange às competências administrativas. Conteúdo da Unidade 13 Nesta unidade você estudará as competências administrativas pertinentes à tutoria. O fragmento de texto utilizado no desenvolvimento da Unidade 13 corresponde às páginas 52 e 53 do documento Tutoria no EaD: um manual para tutores, disponível em http://www.abed.org.br/col/tutoriaead.pdf. Bom estudo! COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS Depois de um aluno ter se matriculado, o tutor poderá ser o seu principal contato com a instituição de ensino. Os tutores necessitam de competências administrativas para gerirem o relacionamento entre os alunos e a instituição de ensino, e são responsáveis perante ambos. Como diz um tutor, mesmo quando os tutores não podem resolver todos os problemas administrativos, eles podem incentivar os alunos a procurarem resolvê-los. ‘Quando os alunos estão descontentes, por qualquer razão, com o serviço prestado pelo Centro, eles acham que o tutor deve intervir para resolver o problema. Em muitos casos, o problema ultrapassa o controle da administração no centro local. O meu papel é então pacificar os estudantes e incentivá-los a concentrarem-se em questões que lhes estão mais próximas... Cumprindo a parte deles do contrato de concluírem o curso com êxito’. (Claudia Drakes, UWI) Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 55 Em nome dos estudantes, os tutores usam as suas competências administrativas para: • comunicação – os tutores poderão ser responsáveis por assegurar que os alunos sejam informados sobre os prazos e procedimentos relativos a avaliações, desistência de cursos, requerimentos etc. • resolução de problemas – os tutores utilizam a sua familiaridade com os processos acadêmicos e administrativos para ajudarem os alunos a entrarem em contato com a unidade ou a pessoa responsável que pode ajudar a resolver problemas específicos. Os tutores podem também ter um papel a desempenhar em situações envolvendo alunos individualmente, como sejam questões relacionadas com a integridade acadêmica, plágio, etc. • planejamento – os tutores muitas vezes estão em posição de ajudar os alunos a identificarem as suas necessidades de aprendizagem para além do curso específico, e a planejarem a forma mais apropriada de ir ao encontro das suas necessidades. Os tutores utilizam também as suas competências administrativas em nome da instituição de ensino, para: • gerir e transmitir informações dos alunos, manutenção de registros, comunicação de notas, e assegurar que as informações sobre os alunos são transmitidas à pessoa certa na altura certa. • manter standards de práticas, assegurando a familiarização dos alunos com as práticas acadêmicas, e identificando qualquer possível violação dos standards acadêmicos, de uma forma que seja justa para todos a quem diz respeito. Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 56 UNIDADE 14 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS À TUTORIA ON-LINE: RECAPITULAÇÃO Objetivo :Sistematizar estudos relativos à tutoria on-line, fixando conteúdos programáticos trabalhados nas 08 últimas unidades. Conteúdo da Unidade 14 Nesta unidade vamos trabalhar com exercícios de recapitulação, pertinentes aos conteúdos trabalhados nas Unidades 06, 07, 08, 09, 10, 11,12 e 13. Ao realizar os exercícios, você fará uma síntese reflexiva sobre o conjunto de competências que deverá dominar, para assumir a responsabilidade social de uma tutoria on-line. Fará, também, uma sistematização de estudos, aprimorando seu processo de ensino- aprendizagem. Antes de realizar os exercícios, releia, em sequência, os fragmentos de textos disponibilizados da Unidade 06 até a Unidade 13. Depois, realize os exercícios, mediante consulta aos referidos textos. Bons exercícios!
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