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TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 1: Fundamentos da EAD ........................................................................................................ 2 
Introdução ............................................................................................................................. 2 
Conteúdo ................................................................................................................................ 3 
Tecnologia da Informação e do Conhecimento (TIC): relevância no contexto da 
EaD ........................................................................................................................................ 3 
Tecnologia da Informação e do Conhecimento (TIC): relevância no contexto da 
EaD ........................................................................................................................................ 3 
Um pouco de história ....................................................................................................... 4 
História da EaD em três gerações .................................................................................. 4 
Reflexão ............................................................................................................................... 5 
1ª geração: cursos por correspondência ...................................................................... 5 
2ª geração: novas mídias e universidades abertas ..................................................... 7 
3ª geração: EaD online ..................................................................................................... 8 
Qual o amparo legal para a Educação a Distância no Brasil? ................................... 9 
Crescimento exponencial das matrículas ................................................................... 12 
Definição e fundamentos da EAD ................................................................................ 12 
Informação ........................................................................................................................ 13 
Sociedade do conhecimento ou sociedade da informação ................................... 13 
Informação x conhecimento ......................................................................................... 13 
Competência .................................................................................................................... 13 
A mesma qualidade de ensino do presencial ............................................................ 14 
Guia do estudante ........................................................................................................... 15 
Conclusão ......................................................................................................................... 15 
Atividade proposta .......................................................................................................... 16 
Referências........................................................................................................................... 17 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 18 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 23 
Aula 1 ..................................................................................................................................... 23 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 23 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 2 
 
Introdução 
Nesta aula abordaremos a importância das Tecnologias da Informação e 
Comunicação no contexto da Educação a Distância no Ensino Superior no Brasil. 
Conheceremos a história da EaD no Brasil, apresentando uma reflexão sobre os 
fundamentos da Educação a Distância. 
 
Objetivo: 
1. Perceber a importância das TIC no contexto da EAD no Ensino Superior no 
Brasil; 
2. Conhecer a História da EAD no Brasil, refletindo sobre os marcos da 
Educação a Distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Tecnologia da Informação e do Conhecimento (TIC): relevância 
no contexto da EaD 
Com o advento das inovações tecnológicas, sobretudo a expansão do uso do 
computador e da Internet, a Educação a Distância (EAD) ganha um novo 
formato de ensino-aprendizagem. Atualmente, variadas instituições oferecem 
cursos a distância e procuram integrar as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) às suas práticas pedagógicas. 
 
Nota-se que a adoção dessas novas tecnologias utilizadas na educação 
proporciona mudanças significativas na maneira de ensinar e aprender, que 
utilizam das mídias para realizar o acesso, a veiculação e outras articulações da 
comunicação no mundo contemporâneo. 
 
Assim como as Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram influxos 
importantes aos processos de Educação a Distância, abrindo possibilidades de 
ação e comunicação entre os estudantes, independente do espaço real 
(VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 54), é visível o papel das ferramentas 
tecnológicas para a ampliação da EAD. 
 
Para Castells: “O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação 
caracterizado pelo seu alcance global, integração de todos os meios de 
comunicação e interatividade potencial está mudando e mudará para sempre 
nossa cultura”. (CASTELLS, 1999, p. 414) 
 
Tecnologia da Informação e do Conhecimento (TIC): relevância 
no contexto da EaD 
Com o advento das inovações tecnológicas, sobretudo a expansão do uso do 
computador e da Internet, a Educação a Distância (EAD) ganha um novo 
formato de ensino-aprendizagem. Atualmente, variadas instituições oferecem 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 4 
cursos a distância e procuram integrar as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) às suas práticas pedagógicas. 
 
Nota-se que a adoção dessas novas tecnologias utilizadas na educação 
proporciona mudanças significativas na maneira de ensinar e aprender, que 
utilizam das mídias para realizar o acesso, a veiculação e outras articulações da 
comunicação no mundo contemporâneo. 
 
Assim como as Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram influxos 
importantes aos processos de Educação a Distância, abrindo possibilidades de 
ação e comunicação entre os estudantes, independente do espaço real 
(VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 54), é visível o papel das ferramentas 
tecnológicas para a ampliação da EAD. 
 
Para Castells: “O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação 
caracterizado pelo seu alcance global, integração de todos os meios de 
comunicação e interatividade potencial está mudando e mudará para sempre 
nossa cultura”. (CASTELLS, 1999, p. 414) 
 
Um pouco de história 
Estudar a História da Educação a distância no Brasil significa compreender que 
os avanços educacionais nos possibilitam a inserção social, a propagação do 
conhecimento individual e coletivo contribuindo para uma sociedade onde as 
diferenças sociais sejam diminuídas. 
 
Vamos assistir agora ao vídeo: “O sentido de aprender e o sucesso na EAD”, da 
Professora Joelma. 
 
História da EaD em três gerações 
Que tal uma viagem na linha do tempo da EaD, conhecendo seu ponto de 
partida até a chegada nos dias atuais. (Escrita, Imprensa, Rádio, TV e 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 5 
Internet), analisando como a EaD se consolidou nas instituições de ensino e 
corporativas? 
 
Vamos dividir a história da EaD em três gerações: 
 
1ª geração: cursos por correspondência 
 
2ª geração: novas mídias e universidades abertas 
 
3ª geração: EaD online 
 
Reflexão 
"Mas sobre as invenções estupendas, que eminência de mente foi aquela de 
quem imaginou encontrar o modo de comunicar seus própriospensamentos 
mais recônditos a qualquer pessoa, mesmo que distante por enorme intervalo 
de lugar e de tempo? Falar com aqueles que estão na Índia, falar com aqueles 
que ainda não nasceram e só nascerão dentro de mil e 10 mil anos? E com que 
facilidade? 
 
Com várias junções de vinte pequenos caracteres num pedaço de papel. Seja 
este o segredo de todas as admiráveis invenções humanas. (GALILEU GALILEI, 
Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo)." 
 
1ª geração: cursos por correspondência 
Ao analisarmos a História da Humanidade iremos perceber que as pessoas se 
comunicavam através de correspondência, com o intuito de troca de 
informações sobre o cotidiano privado e/ou da comunidade, transmitindo 
informações, notícias úteis ao desenvolvimento econômico e social das 
comunidades. Sendo assim, as cartas tinham finalidades familiares, comerciais 
e políticas. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 6 
Podemos perceber a ideia de ensino a distância através das primeiras cartas de 
São Paulo aos Tessalonicenses. Elas são consideradas por todos os estudiosos 
como as primeiras cartas de São Paulo (e primeiras do Novo Testamento). 
Foram escritas em Corinto entre os anos 50 e 52. Essas cartas tratam 
fundamentalmente da Parusia, ou segunda vinda de Cristo e da ressurreição 
dos mortos. O Apóstolo diz que desconhece o tempo dos acontecimentos 
porque não foram revelados por Cristo e por ênfase na vigilância e na 
importância do trabalho. Chega a dizer o Apóstolo: “quem não quiser trabalhar, 
que também não coma” (2 Tes 3,10). Fonte: 
http://www.presbiteros.com.br/site/as-cartas-de-sao-paulo/>. 
 
As primeiras iniciativas de ensino a distância entre professor (preceptor) e 
aluno (aprendiz) estão na modernidade, mais precisamente na Europa no 
século XIX. 
 
Segundo Alves (2009), em 1883 na Suécia registrou experiência de um curso 
de contabilidade por correspondência. 
 
Saraiva (1996 p.18) afirma que em 1891 a Universidade de Wisconsin passa a 
ofertar, em nível de extensão, cursos pelo correio. 
 
No início do século, mais precisamente no final da Primeira Guerra Mundial, 
houve procura muito grande por escolarização na Europa Ocidental, tendo em 
vista a falência dos Estados nacionais, a falta de recursos e a dispersão espacial 
dos demandantes, o que impulsionou a necessidade da institucionalização de 
um ensino a distância. 
 
Segundo Menezes (1998, p. 37), a URSS, em 1922, criava um sistema de 
ensino por correspondência para assegurar a formação dos trabalhadores que, 
em dois anos, atendeu em torno de trezentos e cinquenta mil estudantes. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 7 
Até a Segunda Guerra Mundial, várias experiências foram adotadas, 
desenvolvendo-se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por 
correspondência. 
 
2ª geração: novas mídias e universidades abertas 
Acompanhe na linha do tempo a 2ª geração: novas mídias e universidades 
abertas: 
 
1922 
No Brasil, as primeiras manifestações de ensino a distância se deram com a 
criação, por Roquete Pinto em 1922, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que 
tinha em seu horizonte a utilização da radiodifusão com fins educativos no 
sentido de ampliação do acesso da população à educação. 
 
1956 
Em 1956 surgiu o MEB - Movimento de Educação de Base, considerado como 
uma das maiores propostas de educação a distância não formal desenvolvida 
em nosso país. 
 
Tinha como pressuposto básico a alfabetização de jovens e adultos das classes 
populares por meio do rádio. 
 
1964 
Esse projeto político-pedagógico atingiu as regiões Norte e Nordeste do país. 
Em 1964 o golpe militar extinguiu o programa. 
 
1969 
A TVE do Ceará nessa mesma época desenvolveu um programa de TV escolar. 
O Estado da Bahia, em 1969, fundou o Instituto de Rádio e Difusão do Estado 
(IRDEB). Mas foi somente durante as décadas de 1960 e 1970 que começou a 
funcionar a Comissão para Estudos e Planejamento da Rádio Difusão Educativa, 
cujos trabalhos deflagraram o Programa Nacional de Tele-educação (PRONTEL). 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 8 
1980 
Nesse contexto, cabe destacar a criação de outros programas tais como: 
Fundação Brasileira de Educação (FUBRAE), Fundação Padre Anchieta (TV 
Cultura/SP), Fundação Roberto Marinho (TV-GLOBO), Programa LOGOS para 
qualificação de professores, Programa de Valorização do Magistério (1992); 
Centro de Educação Aberta, a Distância - CEAD(UNB) desde 1980, oferece 
cursos de educação continuada. 
 
Desde 1995 os Programas Salto Para o Futuro e TV-Escola são iniciativas do 
Governo Federal www.mec.gov.br> em parceria com a Fundação Roquete 
Pinto (TVE/RJ). 
 
3ª geração: EaD online 
Considerando a Educação a Distância baseada na Web, percebe-se que as 
NTIC, quando aplicadas à educação, promovem a aprendizagem cooperativa, a 
interação, a autonomia e o conhecimento. 
 
Podem-se denotar: 
 
Dentre os fatos que merecem destaque no âmbito das experiências nacionais 
em EAD, um desafio recente em novos ambientes e serviços se intitula "redes 
de cooperação". Esse novo patamar entre as instituições de ensino e a 
sociedade está representado pelo conceito de Universidade Virtual. 
 
A criação de Universidades Virtuais no Brasil, na forma de consórcios de 
cooperação universitários, integrados por Internet, tele e videoconferências, é 
um novo marco na história da Educação a Distância brasileira. 
 
“O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação caracterizado pelo seu 
alcance global, integração de todos os meios de comunicação e interatividade 
potencial está mudando e mudará para sempre nossa cultura”. (CASTELLS, 
1999, p. 414) Sendo assim, consideramos que os seres humanos fazem a 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 9 
história e tudo que produzem, inclusive a Educação a Distância faz parte de um 
processo histórico. 
 
Qual o amparo legal para a Educação a Distância no Brasil? 
Com a Lei Federal nº 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
(LDBEN - Brasil, 1996), a EaD iniciou uma nova trajetória, destacando o seu 
Artigo 80 onde "o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação 
de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de 
ensino e de educação continuada". 
 
LDBE - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e 
bases da educação nacional, e no Artigo 80 a EAD é reconhecida e oficializada 
na educação formal no Brasil. 
 
 Artigo 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, 
e de educação continuada. 
 
Em 10 de fevereiro de 1998 é publicado o Decreto 2.494 que regulamenta o 
Artigo 80 da Lei 9394/96. A Portaria MEC nº 301 assinada em 07 de abril de 
1998 realiza o credenciamento de instituições para a oferta de cursos de 
graduação e educação profissional tecnológica em EaD. 
 
Vejamos alguns artigos: 
 
Artigo 1º Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a 
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente 
organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados 
isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de 
comunicação. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11711077/art-1-do-decreto-2494-98
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 10 
Parágrafo único. Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância 
serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para 
admissão, horário e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e 
das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente. 
 
Artigo 2º Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de 
conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da 
educação profissional, e de graduação serão oferecidos por instituiçõespúblicas 
ou privadas especificamente credenciadas para esse fim, nos termos deste 
Decreto e conforme exigências a serem estabelecidas em ato próprio, expedido 
pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto. 
 
A Portaria MEC nº 2.253, de 18 de outubro de 2001 informa sobre o 
oferecimento de disciplinas utilizando "método não presencial" nos cursos 
presenciais já reconhecidos. 
 
•Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. 
 
Artigo 2º A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e 
modalidades educacionais: 
............................................ 
V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas: 
a) sequenciais; 
b) de graduação; 
c) de especialização; 
d) de mestrado; e 
e) de doutorado. 
 
Artigo 5º estabelece a validade no âmbito nacional dos diplomas e certificados 
de cursos de educação a distância. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11711055/art-1-1-do-decreto-2494-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11711029/art-2-do-decreto-2494-98
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 11 
A emissão de registro de diplomas dos cursos realizados na modalidade de 
educação a distância deverá seguir as diretrizes da legislação vigente. 
 
O registro do diploma dos cursos de educação a distância seguirá os ditames do 
registro dos diplomas dos cursos presenciais nos termos do parágrafo único do 
Artigo 5º. 
 
Vejamos o Histórico recente da legislação específica para regulação e avaliação 
da EaD no Ensino Superior 
 
Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007 
Estabelecia a Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da 
Educação (MEC) como responsável por formular, propor, planejar, avaliar e 
supervisionar políticas e programas de educação a distância. 
Altera a redação de alguns itens do Decreto nº 5.622. Trata sobre: 
 
 Equivalência entre ensino presencial e a distância; 
 Regulamentação do ensino superior a distância; 
 Regulamentação da educação básica a distância (apenas como 
complementação de aprendizagem e em situações emergenciais). 
 
Decreto nº 7.480, de 16 de maio de 2011 
Estabelecia uma reestruturação do MEC, com implicações para a EaD. 
Extinguiu a SEED e criou a Diretoria de Regulação e Supervisão em Educação a 
Distância. 
 
Decreto nº 7.690, de 02 de março de 2012 
Estabelece nova reestruturação do MEC, convergindo as modalidades presencial 
e a distância. 
 
Ambas as modalidades ficam sob a competência da Secretaria de Regulação e 
Supervisão da Educação Superior. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 12 
Crescimento exponencial das matrículas 
Levando em consideração esse amparo legal podemos perceber, na figura 
abaixo, um crescimento exponencial das matrículas no Ensino a Distância do 
Ensino Superior no Brasil nos últimos anos, como publicado pela Revista Veja. 
 
A implementação da modalidade EAD se tornou favorável e passou a ser 
utilizada como estratégia para satisfazer as amplas e diversificadas 
necessidades de qualificação das pessoas adultas no século XXI. 
 
Definição e fundamentos da EAD 
Antes de definir Educação a Distância no contexto atual é importante 
apresentar as várias terminologias que se apresentam para a sigla EAD. Em 
alguns momentos, a expressão Educação a Distância é acompanhada e/ou 
abreviada pelas siglas "EAD" e "EaD". 
 
Existem diversas publicações e uma gama enorme de definições diferentes para 
EaD. Vejamos: 
 
O que é EAD? 
 
Segundo MAIA E MATTAR (2007, p.6), “a EaD é uma modalidade de educação 
em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que 
utiliza diversas tecnologias de comunicação”. 
 
Já (MOORE, 1990 apud BELLONI) define a Educação a Distância como “uma 
relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para 
mediatizar a comunicação”. 
 
Partindo das definições identificamos que existe uma necessidade de 
necessidade de fundamentos teóricos e de um esforço conceitual diante de uma 
prática inovadora da EAD que carece de reflexão crítica. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 13 
Informação 
As tecnologias digitais têm modificado tanto as relações na sociedade como as 
noções de espaço e tempo. Se antes levávamos dias ou até semanas para 
obtermos informação a respeito de algum assunto, hoje podemos obter a 
informação de forma quase instantânea. 
 
Essa realidade possibilita a ampliação do conhecimento e, ao mesmo tempo, 
cria outras preocupações: o excesso de informação. 
 
Sociedade do conhecimento ou sociedade da informação 
Chamamos Sociedade do Conhecimento ou Sociedade da Informação esse novo 
grupo de pessoas cercado por informação. 
 
Mas será que toda essa informação tem gerado conhecimento? 
 
Qual o significado de informação e de conhecimento? 
 
Informação x conhecimento 
Informação é uma abstração informal, isto é, não pode ser formalizada através 
de uma teoria lógica ou matemática, que está na mente de alguém, 
representando algo significativo para essa pessoa. (SETZER, 2008). 
 
Conhecimento - uma abstração interior, pessoal, de algo que foi 
experimentado, vivenciado, por alguém (SETZER, 2008). 
 
Competência 
Competência é a capacidade de executar uma tarefa no "mundo real". Uma 
pessoa só pode ser considerada competente em alguma área se demonstrou, 
por meio de realizações passadas, a capacidade de executar uma determinada 
tarefa nessa área (POZO, 2000). 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 14 
Pozo (2000) descreve as competências* para Gestão do Conhecimento para o 
século XXI, como: 
 
Competências para a aquisição de informação. 
 
Competência para a interpretação da informação. 
 
Competências para a análise da informação. 
 
Competências para a compreensão da informação. 
 
Competências para a comunicação da informação. 
 
A mesma qualidade de ensino do presencial 
As universidades e o mundo corporativo têm encontrado na EaD a saída para 
seus problemas emergentes. 
 
A capacitação de mão de obra qualificada tem feito as empresas optarem por 
treinamentos online, minimizando tempo e custo com a mesma qualidade de 
ensino do presencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 15 
 
Atenção 
 De acordo com publicação no site Finanças, são considerados os 
melhores empregos aqueles que possuem salários atrativos, 
equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, oportunidade de 
crescimento e segurança no trabalho. Profissões voltadas para a 
área de Tecnologia da Informação tais como: Desenvolvedor de 
software, Analista de Sistemas, Desenvolvedor de Web, Analista 
de Segurança da Informação, Administrador de Banco de Dados, 
Analista de Pesquisa de Mercado, Flebotomista, Analista de 
Pesquisa de Operações, Gerente de TI, Programador. 
Fonte: https://br.financas.yahoo.com/noticias/site-lista-30-
melhores-profiss%C3%B5es-131000190.html>. 
 
Guia do estudante 
No vídeo a seguir você poderá compreender o que se espera das profissões 
futuristas. 
 
Com certeza esse aluno precisará aprender a trabalhar em equipe, adaptar-se a 
mudanças, aprender a resolver problemas e buscar informações para exercer 
sua cidadania plena. 
 
"É da educação a tarefa de fornecer instrumentos e condições que concretizem 
essa formação“ (MORAES, 1997). 
 
Conclusão 
Como vimos, as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram 
influxos importantes aos processos de Educação a Distância, abrindo 
possibilidades de ação e comunicação entre os estudantes, independente do 
espaço real (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005. p. 54). 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 16 
Concluindo, a EaD aponta a superação de um paradigma tradicional, 
identificando-se com uma pedagogia do diálogo e com metodologias ativas, a 
emergência das TIC e inovação tecnológica na mediação pedagógica e a 
pluralidade metodológica associada a umapluralidade tecnológica. 
 
Atividade proposta 
Vamos relacionar os artigos e decretos criados como Princípios Legais da EaD 
nas frases correspondentes? 
 
1. Lei 9394/96 Artigo 80 
2. Decreto nº 5.622/05 
3. Decreto nº. 6.303/07 
4. Decreto nº. 7.480/011 
5. Decreto nº. 7.690 
 
( ) Estabelece nova reestruturação do MEC, convergindo as modalidades 
presencial e a distância; 
( ) Estabelecia a Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da 
Educação (MEC) como responsável por formular, propor, planejar, avaliar e 
supervisionar políticas e programas de educação a distância; 
( ) Extinguiu a SEED e criou a Diretoria de Regulação e Supervisão em 
Educação a Distância; 
( ) O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, 
e de educação continuada; 
( ) Artigo 2A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e 
modalidades educacionais: V-educação superior, abrangendo os seguintes 
cursos e programas: a)sequenciais; b)de graduação; c)de especialização; d)de 
mestrado; e e)de doutorado. Artigo 5 estabelece a validade no âmbito nacional 
dos diplomas e certificados de cursos de educação a distância. 
 
Chave de resposta: sequência (5, 3, 4, 1, 2). 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 17 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre LDBE, Lei nº 9.394/96 – Artigo 80, sobre o 
Decreto nº 6.303/2007 e o Decreto nº 5.622/2005, acesse os textos 
disponívis em nossa biblioteca virtual. 
 
Para saber mais sobre “O que é EaD?”, acesse e veja o vídeo 
disponível em nossa galeria. 
 
Referências 
ALVES, José R. M. A história da EAD no Brasil. In: LITTO, F.; FORMIGA, M. 
Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: ABED; Pearson, 2008. p. 
9-13 
BELLONI. M. L. Educação a distância. Campinas-SP: Autores Associados, 
2003 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF: Presidência da 
República, 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
BRASIL. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Brasília, DF: Presidência 
da República, 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDEN (Lei nº 9.394/96). 
BRASIL. Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005. Brasília, DF: Presidência 
da República, 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
CASTELLS, M. Sociedade em rede - A era da informação: economia, 
sociedade e cultura. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 1. 
GOMES, Candido A. da C. A legislação que trata da EAD. In. LITTO, FredricM.; 
FORMIGA, Marcos (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2009, p. 21 a 27. 
FARIA, Adriano Antônio. O que e quem da EaD: história e fundamentos - 
Curitiba: IBPEX, 2013. (Série Fundamentos da Educação). 
MAIA, M. C.; MATTAR, J. ABC da EaD. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 18 
MENEZES, Cláudio. Experiências de educação a distância na América Latina, 
Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro (RJ), v. 26 (140) jan./fev./mar. 
1998, p. 37-40 
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 
1997. 
SÁ, Ricardo Antunes de. Educação a distância: bases conceituais e 
perspectivas mundiais. In: POLAK; MARTINS; SÁ (Org.). Educação a Distância - 
um debate multidisciplinar. Curitiba(PR), UFPR/NEAD/PROGRAD, 1999. 
SARAIVA. Terezinha. A educação a distância no Brasil. Brasília (DF), Em 
Aberto, Ano 16, n. 70, 1996. 
SETZER. V. W. Dado, informação, conhecimento e competência. 
Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info.html>. Acesso 
em: 10 out. 2008. 
POZO, J.I. Humana mente: aprendizes e mestres: a nova cultura da 
aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
VILLARDI, Raquel; OLIVEIRA, Eloiza Gomes de. Tecnologia na educação: 
uma perspectiva sócio-interacionista. Rio de Janeiro: Dunya, 2005. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A adoção das novas tecnologias utilizadas na educação proporciona mudanças 
significativas na maneira de ensinar e aprender. Qual a alternativa incorreta 
quanto aos benefícios das TIC aplicadas à educação: 
a) Cooperação 
b) Interação 
c) Autonomia 
d) Individualismo 
e) Conhecimento 
 
Questão 2 
As transformações que vem ocorrendo nos últimos anos na sociedade devido ao 
avanço das TIC estão impactando mundialmente o sistema educacional. Faz-se 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 19 
necessário um redimensionamento estrutural visando atender às novas e 
crescentes demandas por formação. Marque a alternativa que indica uma 
estratégia de mobilização do sistema educacional objetivando adaptá-lo ao 
contexto atual: 
a) Oportunizar uma educação contínua ao longo da vida para todos, 
suportada por uma institucionalização em redes; 
b) Distribuir computadores em escolas e universidades; 
c) Garantir o Instalar Internet em todos os setores da sociedade; 
d) Colocar no Currículo Escolar a disciplina de Informática a fim de ensinar 
aos alunos a utilizar os programas de Edição de Texto, Planilha 
Eletrônica, Criação de Slides; 
e) Distribuir Tablets para todos os alunos das modalidades do Ensino 
Fundamental, Médio e Superior. 
 
Questão 3 
Sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é correto 
afirmar: 
a) Que utilizam das mídias para realizar o acesso, a veiculação e outras 
articulações da comunicação no mundo contemporâneo; 
b) Sempre existiram deste a antiguidade; 
c) São utilizadas somente no contexto educacional; 
d) Utilizam suporte tecnológico para assegurar a aprendizagem eficiente; 
e) É somente um conjunto de instrumentos para transmitir informações 
desde a antiguidade até o mundo contemporâneo. 
 
Questão 4 
Não há dúvidas que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) estão 
cada vez mais presentes em nossas vidas. E, claro, também nas universidades, 
escolas, cursos etc. Porém, não devermos acreditar que apenas por existirem 
tecnologias instaladas nas escolas, o processo de aprendizagem obterá pelo 
sucesso. Afinal: 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 20 
a) Dependerá da boa vontade dos alunos aprenderem e não apenas ficarem 
se divertindo nos computadores, como é costume. 
b) As tecnologias podem falhar; 
c) Devemos valorizar apenas as novas tecnologias; 
d) Só terá sentido se houver conexão rápida para que os alunos não 
percam muito tempo nas aulas; 
e) A aprendizagem não está na implantação das tecnologias por si só, mas 
na capacidade de utilizarmos essas tecnologias como instrumento 
facilitador do processo ensino-aprendizagem. 
 
Questão 5 
“O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação caracterizado pelo seu 
alcance global, integração de todos os meios de comunicação e interatividade 
potencial está mudando e mudará para sempre nossa cultura”. (CASTELLS, 
1999, p.414). Marque a opção que se opõe a afirmativa de Castells: 
a) As TIC mudaram completamente a forma com que as pessoas se 
relacionam; 
b) A sociedade contemporânea está ficando cada dia mais sem cultura, 
devido a alienação que as TIC proporcionam a cada dia; 
c) Os meios de comunicação integrados proporcionam maior interatividade 
entre as pessoas; 
d) A Internet trouxe uma maior aproximação entre as pessoas do mundo 
inteiro criando uma nova cultura global; 
e) Somente as afirmativas a), b) e d) estão corretas. 
 
Questão 6 
Estudamos sobre as três gerações da EaD no Brasil. Assinale a opção que 
indicam o surgimento dessas gerações: 
a) 1ª cursos por correspondência, 2ª EaD on-line, 3ª novas mídias 
b) 1ª novas mídias, 2ª cursos por correspondência, 3ª EaD on-line 
c) 1ª EaD on-line, 2ª novas mídias, 3ª cursos por correspondência 
d) 1ª EaD on-line, 2ª cursos por correspondência, 3ª novas mídias 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 21 
e) 1ª cursos por correspondência,2ª novas mídias, 3ª EaD on-line 
 
Questão 7 
Mesmo com o crescimento acelerado dos últimos anos de alunos matriculados 
no Ensino Superior, a EaD ainda é vítima de preconceitos e discriminação. A 
legislação sobre EAD, tem contribuído para aumentar a credibilidade e a 
aceitação dessa modalidade de ensino. Marque a opção correta que tem 
ajudado para esse crescimento da EaD no Brasil: 
a) Metodologia e formas de gestão e avaliação iguais para essa modalidade 
e para o ensino presencial; 
b) Diferenciação de carga horária entre cursos presenciais e a distância; 
c) Realização de exames não presenciais, para fins de promoção e 
conclusão de estudos; 
d) Equivalência de títulos obtidos por essa modalidade em relação àqueles 
obtidos na educação presencial; 
e) Todas as respostas estão erradas. 
 
Questão 8 
De acordo com a LDB 9394/96 no seu art. 80, fica decidido que a modalidade 
de Educação a Distância: 
I) Apresenta diferença entre seus conteúdos curriculares e os da educação 
presencial. 
II) Possibilita ao estudante a escolha dos horários e do local de estudo. 
III) Faz-se obrigatória a avaliação presencial. 
IV) Faz restrições aos certificados expedidos. 
V) Baseia-se no estudo ativo e independente. 
Estão corretas: 
a) I, II e IV apenas 
b) II, III, IV e V apenas 
c) II, III e V apenas 
d) I e V apenas 
e) I, II, III, IV e V 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 22 
Questão 9 
Assinale a alternativa correta que identifica, o modelo mais antigo de educação 
a distância: 
a) Rádio 
b) Correspondência 
c) Multimídia 
d) TIC 
e) TV 
 
Questão 10 
A partir dos estudos realizados sobre a história da EaD no Brasil e seus marcos, 
assinale a alternativa correspondente as afirmativas verdadeiras: 
I - Em 1996, com a LDB 9394/96, o Brasil deu um grande salto na educação a 
distância, pois surgiram os primeiros cursos superiores, já regulamentados pelo 
MEC. 
II – Para a EaD ser plenamente implantada faz-se necessários profissionais bem 
preparados, um currículo bem estruturado, bibliotecas, salas de aula virtuais e 
canais de comunicação a fim de atender aos alunos, sanando suas dúvidas, 
oportunizando condições para uma formação plena do educando. 
III- Todos os cursos de graduação podem ser oferecidos na modalidade a 
distância. 
IV – Os cursos EaD tem sido plenamente valorizados no mercado de trabalho, 
pois as empresas acreditam que o aluno EaD tem muito mais compromisso, 
levando com mais seriedade seus estudos e o seu lado profissional. 
a) Somente a afirmativa III está incorreta 
b) As afirmativas I, II e II estão corretas 
c) As afirmativas I, II e IV estão incorretas 
d) Somente a afirmativa IV está incorreta 
e) Todas as afirmativas estão corretas 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 23 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: As TIC favorecem a aprendizagem cooperativa, a interação, a 
autonomia e o conhecimento, e isso leva o aluno a trabalhar em grupo, o que 
descarta o Individualismo. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: Garantir aos alunos o acesso a Informação através dos meios de 
comunicação desde a Formação Básica é uma forma de oportunizar ao aluno 
um espaço de busca pelo conhecimento através da pesquisa possibilitando um 
desenvolvimento de competências que irão garantir um o exercício pleno da 
cidadania nesta sociedade em constantes transformações. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: As Tecnologias da Informação e Comunicação por si só não 
servem para nada. Por isso utilizam mídias como rádio, jornal, TV, Internet e 
outras para o acesso e a veiculação das informações. 
 
Questão 4 - E 
Justificativa: Utilizar a tecnologia sem planejamento nas aulas, mesmo sendo 
elas sedutoras, não é garantia de aprendizagem significativa. 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: A sociedade contemporânea não está ficando sem cultura devido 
as TIC, pelo contrário, uma nova cultura está sendo estabelecida, a chamada 
Cibercultura. 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 24 
Questão 6 - E 
Justificativa: Os cursos por correspondências existiram desde o séc. XIX na 
Europa, seguido das novas mídias e universidades abertas, chegando ao atual 
Ensino a Distância online, ou seja, por intermédio da Internet. 
 
Questão 7 - D 
Justificativa: A equivalência, ou seja, mesma validade dos certificados recebidos 
pelos alunos, independe da modalidade escolhida (“presencial” ou “a distância”) 
tem acelerado o crescimento dos alunos matriculados na EaD. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: A Lei 9394/96 no seu artigo 80 estabelece a autonomia do aluno 
para escolhe o local e horário de estudo, desenvolvendo assim sua autonomia, 
mantendo- ativo e independente. Porém obriga que as avaliações sejam 
realizadas presencialmente. O currículo da modalidade presencial e a distancia 
possuem os mesmos conteúdos e os certificados expedidos não fazem 
nenhuma restrição quanto às modalidades de ensino. 
 
Questão 9 - B 
Justificativa: A correspondência é o modelo mais antigo que ainda é empregado 
por ser simples e barato: o material é impresso. Durante 150 anos esse modelo 
desenvolveu um número de abordagens típicas para EaD. 
 
Questão 10 - A 
Justificativa: Alguns cursos de graduação precisam da presença integral do 
aluno presencialmente, não podendo ser oferecidos na modalidade EaD. 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 2: Modelos e metodologias em EAD ..................................................................................... 2 
Introdução ............................................................................................................................. 2 
Conteúdo ................................................................................................................................ 3 
Paradigmas: do conservador ao emergente ................................................................ 3 
Novo paradigma ................................................................................................................ 3 
Tecnologia da Comunicação e Informação ................................................................. 3 
Reflexão ............................................................................................................................... 4 
Transição de paradigma ................................................................................................... 4 
Superação do paradigma pedagógico tradicional ...................................................... 5 
Abordagem construtivista ................................................................................................ 5 
Sujeito do conhecimento ................................................................................................. 5 
Processo de ensino-aprendizagem em EaD ................................................................ 6 
Behaviorismo ...................................................................................................................... 7 
Competência tecnológica x utilidade metodológica ................................................. 7 
Competência técnica ........................................................................................................ 8 
Possibilidades de interação viabilizadas pela tecnologia ........................................... 8 
O que é um bom curso a distância? ............................................................................ 10 
Características da EaD .................................................................................................... 11 
Características comentadas ........................................................................................... 12 
Importantes vantagens e complexas desvantagens ................................................. 13 
Encerramento ...................................................................................................................15 
Atividade proposta .......................................................................................................... 15 
Referências........................................................................................................................... 17 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 18 
Notas ........................................................................................................................................... 23 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 23 
Aula 2 ..................................................................................................................................... 23 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 23 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 2 
 
Introdução 
Nesta aula, refletiremos sobre os diferentes modelos e metodologias em 
Educação a Distância. 
 
Também refletiremos sobre as características da EaD, suas importantes 
vantagens e complexas desvantagens. 
 
Objetivo: 
1. Compreender os modelos e metodologias adotadas na EaD; 
2. Identificar as características da EaD, suas vantagens e desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Paradigmas: do conservador ao emergente 
Estamos vivendo uma visão de vida e de mundo distante do que esperamos em 
termos de ciência, vida social, valores, estruturas políticas e sociais, instituições 
e comportamentos – o que chamamos de paradigma –, ou seja, um padrão 
que orienta todas as nossas ações e percepções, permite ler a realidade de 
forma inusitada, afeta nossos valores e modifica as formas pelas quais agimos e 
como pensamos as instituições e a sociedade. 
 
Novo paradigma 
Temos como desafio a transição de um paradigma tradicional predominante 
para um novo paradigma que venha proporcionar a renovação de atitudes, 
valores e crenças exigidos neste início de século, chamado paradigma 
emergente. 
 
Com isso surgem opções metodológicas que representam um caminho para 
orientar a aprendizagem e o ensino como uma pesquisa – coletiva e 
compartilhada – cujo sucesso depende do envolvimento e da parceria do grupo 
que desenvolve "ações diferenciadas, como saber pensar, aprender a aprender, 
aprender a conviver, aprender a ser, a fazer, aprender a conhecer e se 
apropriar dos conhecimentos disponíveis e produzir conhecimentos próprios“ 
(BEHRENS, 2000, p. 128). 
 
Tecnologia da Comunicação e Informação 
O uso da Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC) não garante a 
inovação educacional, pois ela em si não transforma uma realidade. 
 
Essa transformação depende da forma como recursos são utilizados para 
superar a reprodução do conhecimento e contribuir com a produção de um 
saber significativo e contextualizado, desenvolvendo competências, habilidades 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 4 
e atitudes importantes à construção de um cidadão pleno, bem como melhores 
condições de vida para todos. 
 
Reflexão 
Como podemos compreender as formas como os conhecimentos são tecidos 
nas redes e teias virtuais? 
 
Como promover a interação de sujeitos, saberes e práticas, levando em conta 
as proposições de um novo paradigma: emergente? 
 
Podemos contar com a Educação a Distancia para nos ajudar a compreender 
melhor a transição desse paradigma. Sendo assim, a EaD trouxe a queda das 
barreiras de tempo e envolve diferentes mídias (material impresso, telefone, 
rádios, internet, CD-ROM, pendrive), promovendo a autonomia do aprendiz por 
meio de um estudo flexível e independente. 
 
Transição de paradigma 
Essa transição de paradigmas nos leva a pensar em um paradigma voltado 
para: 
 
• A multiplicidade dos saberes; 
• A complexidade da realidade; 
• A revalorização da subjetividade e do protagonismo do indivíduo; 
• A busca da visão de totalidade, as abordagens interdisciplinares e integradas; 
• A superação da reprodução de saberes e a valorização da construção do 
conhecimento centrada no sujeito aprendiz; 
• A preferência por metodologias ativas, abertas e colaborativas; 
• A constituição de um sujeito aprendiz autônomo. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 5 
Superação do paradigma pedagógico tradicional 
A superação do paradigma pedagógico tradicional é identificada pela pedagogia 
do diálogo e das metodologias ativas. 
 
“Professor e aluno tornam-se interlocutores e parceiros nessa empreitada. Com 
base nesse entendimento, o eixo da relação pedagógica desloca-se do 
professor para o processo de interlocução, de troca e diálogo, acenando às 
possibilidades de transição para a ruptura paradigmática pela densidade do 
protagonismo dos sujeitos. (...) 
Além disso, a opção por metodologias ativas, desafiadoras e colaborativas, tais 
como resolução de problemas concretos, projetos colaborativos, pesquisas 
coletivas, oficinas de trabalho, fóruns de discussão, intercâmbios de 
experiências etc., contribui para a formação do aprendiz adulto, autônomo, 
criativo, crítico e voltado para atitudes de investigação e colaboração.” 
(OLIVEIRA, 2003, p. 37). 
 
Abordagem construtivista 
Podemos considerar o propósito principal segundo o qual o sujeito é o 
construtor do conhecimento. Isso nos leva a uma abordagem construtivista. 
No modelo teórico construtivista, desenvolvido por Piaget e mais tarde 
renovado pelas contribuições interacionistas de Vygotsky, o conhecimento é 
construído – e não adquirido – por meio da significação e interpretação do 
mundo. 
 
Sujeito do conhecimento 
Dessa forma, o sujeito, para construir o conhecimento, torna-se observador e 
experimentador da realidade circundante de modo particular e ativo. 
 
O sujeito do conhecimento, na perspectiva construtivista, interage com o meio 
e interpreta as inúmeras perspectivas da realidade que o cerca. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 6 
Processo de ensino-aprendizagem em EaD 
Ao se discutir o processo de ensino-aprendizagem em EaD, reconhecem-se 
como pressupostos alicerçantes tanto o conceito de aprendizagem colaborativa 
estabelecida por Piaget quanto a teoria de Vigotsky, que enfatizam que: 
 
“(...) a aprendizagem se ancora no desenvolvimento histórico-social do sujeito, 
em zonas de desenvolvimento proximal – a distância entre aquilo que o sujeito 
já sabe fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e aquilo que 
só é capaz de realizar em colaboração com outros elementos de seu grupo 
social (nível de desenvolvimento potencial). 
 
A aprendizagem tem origem na ação do aluno sobre conteúdos específicos e 
sobre as estruturas previamente construídas que caracterizam seu nível real de 
desenvolvimento no momento da ação. 
 
A intervenção pedagógica, necessária no sentido de orientar o aluno no 
processo de apropriação dos instrumentos de mediação fornecidos pelo 
ambiente cultural, provoca a contínua reorientação dos processos de 
aprendizagem, provocando, continuamente, o desenvolvimento de novos e 
mais complexos esquemas mentais” (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 52-53). 
 
Pensando nessa nova concepção de aprendizagem, não é mais possível 
conceber o aluno a partir do conceito enraizado na etimologia do nome alumno, 
aquele que somente recebe instrução de forma passiva. 
 
No paradigma atual da EaD, o papel do aluno ultrapassa o conceito tradicional 
de receptáculo de informações e assume um posicionamento crítico na 
construção, e não aquisição, do conhecimento. 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 7 
 
Atenção 
 Considerando que a metodologia do ensino tradicional ainda se 
faz presente em perfis de professores e alunos,em cursos 
presenciais ou a distância, não é possível tipificar de forma 
generalizada o aluno da EaD como autogestor e autônomo, mas 
se deve ter em vista que é esse é o perfil desejado na 
modalidade de ensino a distância. Por isso se faz tão importante 
um ambiente virtual de aprendizagem e ferramentas que 
potencializem no aluno autonomia e autogestão. 
 
Behaviorismo 
Não reproduzir, nos ambientes virtuais de EaD, as práticas e as concepções 
tradicionais de aprendizagem é um desafio para estudantes e professores de 
ensino a distância. A construção da aprendizagem autônoma por parte do aluno 
de EaD implica a desconstrução de modelos behavioristas – que não 
consideram os conhecimentos inatos do aluno, tampouco suas experiências 
anteriores acumuladas. 
 
Behaviorismo – do termo inglês behaviour cuja forma americana é behavior – 
significa conduta, comportamento. É um conceito generalizado que engloba as 
mais paradoxais teorias sobre o comportamento dentro da Psicologia. 
 
Competência tecnológica x utilidade metodológica 
Há um consenso entre os estudiosos de EaD sobre o sucesso do aprendizado 
não se dar predominantemente por conta da instrumentação técnica do 
professor para lidar com as ferramentas tecnológicas, ou seja, o conhecimento 
técnico por parte do professor não ser suficiente para garantir um aprendizado 
de qualidade. Na mediação entre educação e tecnologia, a ação docente deve 
estar embasada por um pensamento que reconheça a efetiva aplicabilidade e 
utilidade da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 8 
Competência técnica 
Compreende-se, então, que competência técnica não é determinante para a 
atuação do professor no processo de ensino-aprendizagem mediado pelas TIC, 
mas sim utilizá-las adequadamente de modo a “aliar as especificidades do 
‘suporte pedagógico’ ao objetivo maior da qualidade de aprendizagem de seus 
alunos” (PALLOFF; PRATT, 2004, p. 57). 
 
Ainda que mediada pela tecnologia, a educação on-line permanece, segundo 
Palloff e Pratt (2004), baseada no texto, ou seja, pautada na capacidade 
racional, que enfoca a apresentação de conteúdos, leituras e tarefas. 
 
Como, então, as ferramentas Web 2.0 podem desenvolver outras 
capacidades por meio de atividades colaborativas, propiciando uma 
aprendizagem mais estimulante ao aluno? 
 
Possibilidades de interação viabilizadas pela tecnologia 
De acordo com Villardi e Oliveira (2005), as possibilidades de interação 
viabilizadas pela tecnologia devem-se estruturar em propostas pedagógicas, 
para que o suporte tecnológico não se torne uma oferta de ferramentas 
subutilizadas pelo aluno de EaD. 
 
“A indefinição das funções das diferentes ferramentas de interação em cursos a 
distância vem provocando uma desvalorização do que pode ser o diferencial de 
cursos em rede. Como ainda não se estudou em profundidade seu uso, cada 
uma das ferramentas acaba por ser utilizada de forma indiscriminada, levando 
os alunos a se valerem pouco desse tipo de recurso, que deveria ser o cerne do 
processo educativo a distância, mediado por recursos tecnológicos.” (VILLARDI; 
OLIVEIRA, 2005, p. 46) 
 
Segundo Villardi e Oliveira, “a subutilização das ferramentas de interação pode 
significar um retrocesso na definição das bases metodológicas que devem 
nortear cursos a distância, mantendo-os presos a um determinismo técnico” 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 9 
capaz de desumanizar o ensino. Ao contrário disso, o esforço empreendido por 
instituições e professores cujo foco está na aprendizagem – e não no ensino – é 
no sentido de usar as ferramentas como recursos pedagógicos que promovam 
um ambiente colaborativo e de cooperação. 
 
Sendo assim, os modelos de aprendizagens e metodologias adotadas precisam 
ser planejados visando o professor como orientador de estudo, o aluno como 
agente da aprendizagem e a sala de aula como ambiente de cooperação e 
construção, onde ninguém fica isolado e todos compartilham informações 
construindo a aprendizagem coletivamente. A troca de experiências entre 
aluno/aluno e aluno/professor parte do princípio que aprendizagem acontece 
em conjunto, o aluno aprende e estuda por motivação, as coisas são 
degustadas, saboreadas internamente; e existe grande prazer na busca de 
novos conhecimentos, gerando, assim, a vontade de aprender para crescer. Os 
conteúdos são flexíveis e abertos, e cada aluno pode traçar seu próprio 
caminho. As tecnologias são trabalhadas dentro do contexto de ensino-
aprendizagem. As mídias passam a ser excelentes recursos a fim de garantir 
aprendizagem significativa. Eis a tecnologia a serviço do homem. O professor as 
utiliza a fim de estimular a aprendizagem e troca ideias e conhecimentos com 
seus alunos. 
 
Nesse paradigma atual emergente, uma das práticas mais importantes é a do 
conhecimento construído, buscado pelo grupo, partilhado. Busca-se um aluno 
criativo; não há mais padrão único de estudo. À medida que o aluno constrói 
sua aprendizagem através de teias de conhecimento, partilham-se experiências 
e legitima-se o saber expondo-o às criticas, às divergências. Todo o exposto 
enriquece a aprendizagem coletiva. 
 
Parafraseando Paulo Freire podemos dizer que ninguém educa ninguém, 
ninguém é educado por ninguém; os homens se educam juntos, em comunhão. 
A Educação a Distância é um dos caminhos desse processo. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 10 
O que é um bom curso a distância? 
Vejamos o que Moran descreve como um bom curso a distância. 
 
Um bom curso a distância depende, em primeiro lugar, de educadores 
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, 
abertas e que saibam motivar e dialogar. 
 
Um bom curso depende também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, 
facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do 
professor e tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do 
professor-educador. 
 
Um bom curso depende também de termos administradores, diretores e 
coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões envolvidas no 
processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os 
professores inovadores equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e 
o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, 
intercâmbio e comunicação. 
 
Um bom curso depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem e 
com boa infraestrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas etc. 
 
Um bom curso é mais do que conteúdo: é pesquisa, troca, produção 
conjunta. Para suprir a menor disponibilidade da presença do professor, é 
importante existirem materiais mais elaborados e autoexplicativos, com mais 
desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades etc.). 
 
Um bom curso implica em montar uma equipe interdisciplinar com pessoas da 
área técnica e pedagógica que saibam trabalhar juntas, cumprir prazos e dar 
contribuições significativas. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 11 
Um bom curso depende muito da possibilidade de uma boa interação entre os 
seus participantes, estabelecimento de vínculos e fomentar ações de 
intercâmbio. 
 
Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem 
elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que 
uma aula presencial, mas também deve evitar a execução totalmente 
hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos. 
 
Características da EaD 
Vejamos o que Moran descreve como um bom curso a distância. 
 
Autonomia - A autonomia do educando é uma característica forte da 
modalidade EaD, sendo assim o aluno define horário de estudo, local mais 
adequado, ritmo a ser empregado e seu estilo de aprendizagem. O aluno 
gerencia seu aprendizado. 
 
Abordagem andragógica - Os alunos da modalidadeEaD são caracterizados 
pela sua maturidade. Isso nos leva a uma abordagem pedagógica chamada 
andragogia, voltada para a aprendizagem do adulto, já que esse é o perfil 
majoritário em EaD. 
 
Materiais didáticos - Os materiais didáticos existentes na EaD precisam 
favorecer a autoaprendizagem, a fim de favorecer o conhecimento. 
 
Comunicação - Essa característica diferencia a EaD, pois a comunicação é 
sempre mediatizada pelas TIC. Professor e aluno não estão no mesmo espaço 
físico, mas utilizam meios de comunicação que permitem a interação. Os meios 
que podem servir de canal para comunicação são: chats, web conferências, 
audioconferências, fóruns, entre outros. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 12 
Minimizando distâncias geográficas - Os alunos de um curso EaD são de 
diversas cidades diferentes. Por isso a modalidade EaD possui uma 
característica bem diferente: flexibilidade de acesso às aulas em locais e 
momentos diferentes. 
 
TIC - As tecnologias existentes hoje em dia facilitam a mediatização do 
professor que não está face a face com o aluno, mas consegue interagir por 
meio da comunicação multidirecional e do acesso aos conteúdos. 
 
Custos menores para O aluno - Os custos em EaD são menores para o 
aluno, pois não há gastos com deslocamento. Contudo, para a instituição ainda 
é uma modalidade cara, pois ela precisa gastar em materiais didáticos 
elaborados e equipe multidisciplinar para concretização do curso. 
 
Os profissionais envolvidos são professores, designers pedagógicos e equipe de 
produção. Além disso, necessita-se de uma logística de distribuição do material 
e de transmissão das aulas gravadas, bem como da manutenção da plataforma 
de ensino a distância, que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem. 
 
A oferta do curso em larga escala torna-se um bom investimento para as 
instituições. Verificamos então as principais características EaD. Ao analisarmos 
essas características perceberemos que as metodologias a serem adotadas 
precisam estar voltadas às necessidades do novo paradigma educacional visto 
anteriormente. 
 
Características comentadas 
Veja mais informações: 
 
Peters (2001) 
 
Peters (2001) afirma que a idade média dos alunos é entre 20 e 30 anos, sendo 
comum alunos com idade acima dos 30 anos. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 13 
Lagarto (1994) 
 
Lagarto (1994) trata os materiais didáticos como instrumentos elaborados por 
especialistas e equipes multidisciplinares ou transdisciplinares que se utilizam 
de técnicas mais adaptadas à autoinstrução com o objetivo de favorecer uma 
aprendizagem eficaz. 
 
O material didático é fundamental na EaD e precisa ser claro e objetivo, 
pensando-se no aluno como o centro do processo de ensino. 
 
Mattar Neto (2002) 
 
Mattar Neto (2002) reforça nossa afirmação quando diz que a comunicação é 
um aspecto em que a EaD difere da modalidade presencial: "o aprendizado se 
dá sem que, no mesmo instante, os personagens envolvidos estejam 
participando da atividade". 
 
Ruble e Oliveira (1992) 
 
Ruble e Oliveira (1992) reforçam o exposto dizendo que a EaD atende, "em 
geral, a população estudantil dispersa geograficamente e, em particular, àquela 
que se encontra em zonas periféricas, que não dispõem de redes das 
instituições convencionais“. 
 
Importantes vantagens e complexas desvantagens 
Vamos refletir sobre o vídeo de Pierre Lévy sobre as vantagens da EaD? Assista 
ao vídeo. 
 
Muitas são as discussões a respeito das vantagens e desvantagens dos cursos 
de ensino a distância. Os mitos já foram dissipados à medida que conhecemos 
a história da EaD no Brasil e as leis e os decretos que a estabelece. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 14 
Vantagens Desvantagens 
Uma das principais vantagens de um 
curso EaD está no preço oferecido 
pelas faculdades, pois as mensalidade 
chegam a custar 50 % menos que as 
oferecidas no presencial. Isso favorece 
o aumento da procura por cursos do 
ensino superior na modalidade EaD, 
pois o valor é acessível e compatível 
com seu orçamento. 
Uma das desvantagens da educação a 
distância no ensino superior é que a 
quantidade de cursos disponíveis ainda 
é relativamente pequena. Na verdade, 
existem diversos cursos que não estão 
sendo oferecidos a distância, sendo 
assim limitadas as opções para quem 
deseja fazer uma graduação. É 
verdade que o número de cursos EaD 
tem aumentado gradualmente, mas 
ainda é pouco a fim de dar mais 
opções de formação à população. 
A comodidade é outra vantagem: o 
aluno poderá estudar em casa ou em 
outro local sem precisar estar 
presencialmente na sala de aula. Se 
considerarmos que o tempo anda 
bastante escasso para as pessoas 
atualmente, esse modelo é bastante 
cômodo e permite que pessoas 
possam estudar e fazer outras 
atividades em paralelo sem precisar 
dedicar-se exclusivamente a estar em 
uma faculdade para fazer o curso. 
Para estudar a distância é preciso 
estar bem preparado e disciplinado a 
fim de não perder os prazos, assistir as 
aulas, participar dos fóruns e realizar 
as avaliações. 
O aluno precisa dedicar mais tempo ao 
estudo e ter maior comprometimento 
para continuar a construir seu 
conhecimento, buscando formas 
alternativas para complementar seus 
estudos. 
A flexibilidade de estudo permite ao 
aluno determinar o seu ritmo de 
aprendizagem e organizar seus 
horários a fim de realizar as 
atividades. Esse é um fator-chave no 
mundo em que as pessoas estão 
atarefadas e podem se organizar a fim 
Qualidade é algo que buscamos em 
tudo que fazemos, e na EaD muitos 
cursos de graduação são oferecidos 
com qualidade duvidosa. Portanto, faz-
se necessário que o aluno, antes de 
iniciar sua graduação, faça uma 
pesquisa aprofundada das instituições 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 15 
de não interromperem seus estudos, 
mas colocar o estudo integrado às 
suas atividades cotidianas. 
de ensino sérias e credenciadas pelo 
MEC. 
 
 
Atenção 
 Para que o ensino a distância no Brasil seja mais eficiente e 
acessível a todos, é preciso que haja uma conscientização da 
sociedade sobre a importância da modalidade em todos os 
níveis, além de capacitação dos profissionais envolvidos nos 
cursos EaD e avaliação continuada pelo MEC dos cursos 
oferecidos pelas instituições de ensino. 
 
Encerramento 
Não nos resta dúvida da relevância da modalidade de Ensino a Distância para a 
sociedade do mundo globalizado e tecnológico. 
 
A sociedade emergente do século XXI precisa crescer, e para isso a educação e 
a formação permanentes são de suma importância para o mundo competitivo 
onde novas competências são exigidas e novas profissões têm surgido. 
Basta aderirmos de maneira destemida às novas TIC e buscarmos, como 
professores, desenvolvimento pleno do cidadão e, como alunos, a busca 
constante na construção do conhecimento. 
 
Atividade proposta 
Relacione as colunas colocando V para as alternativas que considere Vantagens 
da EAD e D para Desvantagens da EaD, de acordo com o conteúdo da aula 
 
(V) Vantagens 
(D) Desvantagens 
( ) O preço das mensalidades oferecido pelas faculdades custa menos que as 
oferecidas no presencial; 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 16 
( ) A quantidade de cursos disponíveis ainda é relativamente pequena 
limitando as opções para quem deseja fazer uma graduação. 
( ) o aluno poderá estudar em casa ou em outro local sem precisar estar 
presencialmente na sala de aula. 
( ) O aluno determina o seu ritmo de aprendizagem e organiza seus horários a 
fim de realizar as atividSades. 
( ) Os erros no sistema virtual de aprendizagem são comuns, dificultando o 
acesso às aulas. 
( ) Os alunos atarefados podem se organizar a fim de não parar seus estudos, 
mas colocar o estudo integrado às suas atividades cotidianas. 
( ) É preciso estar bempreparado e disciplinado a fim de não perder os prazos, 
assistir as aulas, participar dos fóruns e realizar as avaliações. 
( ) A evasão dos alunos EaD é bem maior do que na modalidade presencial. 
( ) Muitos cursos de graduação são oferecidos com a qualidade duvidosa. 
( ) A aproximação geográfica, faz com que alunos de regiões distantes 
consigam realizar seu sonho de ingressar em um curso superior. 
( ) A falta de reposta do professor, desestimula o aluno na modalidade EaD. 
( ) A EaD permite que os alunos possam estudar e fazer outras atividades em 
paralelo sem precisar dedicar-se exclusivamente a estar em uma faculdade para 
fazer o curso. 
 
Chave de resposta: sequência (V, D, V, V, D, V, D, D, D, V, D, V). 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre EaD, acesse e veja o vídeo disponível em 
nossa galeria de vídeos. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 17 
Referências 
ALVES, José R. M. A história da EaD no Brasil. In:LITTO, F.; FILATRO, Andrea. 
Teorias Pedagógicas Fundamentais em Educação a Distância. 
BEHRENS, Maria Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num 
paradigma emergente. In: MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e 
mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. 
BELLONI, M. L. Educação a Distância. Campinas: Autores Associados, 2001. 
GUAREZI, Rita de Cássia Menegaz. Educação a distância sem segredos. 
Curitiba: InterSaberes, 2012. 
GUEDES, A.; MEHLECKE, Q.; COSTA, J. As percepções dos professores 
sobre o ensino a distância: uma reflexão sobre as teorias pedagógicas e a 
EaD. Novas tecnologias na Educação. CINTED/UFRGS, dez. 2008. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 1999. 
LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos. Educação a distância: o estado da 
arte. São Paulo: ABED/Pearson, 2009. 
OLIVEIRA, Elza G. Educação a distância na transição paradigmática. 3ª 
ed. Campinas: Papirus, 2003 (Coleção Magistério: Formação e Trabalho 
Pedagógico). 
PALLOFF, Rena M.; PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar 
com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
PORTAL FACULDADE A DISTÂNCIA. Vantagens e desvantagens EAD e das 
faculdades a distância. Disponível em: 
<http://www.faculdadeadistancia.blog.br/ead/vantagens-e-desvantagens-ead-
e-das-faculdades-a-distancia/>. Acesso em: 30 jan. 2015. 
RAMAL, Andrea Cecília. Internet e Educação. In: Revista Guia da Internet, 
Rio de Janeiro. 
VILLARDI, Raquel; OLIVEIRA, Eloiza Gomes de. Tecnologia na educação: 
uma perspectiva sócio-interacionista. Rio de Janeiro: Dunya, 2005. 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 18 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A superação do paradigma pedagógico tradicional é identificada pela pedagogia 
do diálogo e das metodologias ativas. Isso nos leva a pensar em um paradigma 
voltado para: 
I - a multiplicidade dos saberes e a complexidade da realidade; 
II - a revalorização da subjetividade e do protagonismo do indivíduo; 
III- a busca da visão de totalidade, as abordagens interdisciplinares e 
integradas; 
IV - a superação da reprodução de saberes e a valorização da construção do 
conhecimento centrada no sujeito aprendiz; 
V - a preferência por metodologias ativas, abertas e colaborativas; 
VI - a constituição de um sujeito aprendiz autônomo. 
Marque a alternativa correta: 
a) As afirmativas I, II e III estão corretas 
b) II, V e VI estão corretas 
c) Todas as afirmativas estão corretas 
d) As afirmativas II, IV e VI estão corretas 
e) Somente a alternativa IV está correta 
 
Questão 2 
Temos como desafio a transição de um paradigma tradicional predominante 
para um novo paradigma que venha proporcionar a renovação de atitudes, 
valores e crenças exigidos neste início de século, chamado: 
a) Paradigma Emergente 
b) Paradigma Superacional 
c) Paradigma Tradicional 
d) Paradigma Contemporâneo 
e) Paradigma Hibrido 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 19 
Questão 3 
Podemos considerar o propósito principal de que o sujeito é o construtor do 
conhecimento. Qual modelo foi desenvolvido por Piaget e mais tarde renovado 
pelas contribuições interacionistas de Vygotsky, onde o conhecimento é 
construído – e não adquirido - por meio da significação e interpretação do 
mundo. 
a) Modelo behaviorista 
b) Modelo comportamentalista 
c) Modelo instrucionista 
d) Modelo construtivista 
e) Modelo empirista 
 
Questão 4 
Mattar (2012), ao analisar o processo de ensino-aprendizagem na EAD, cita os 
estudos de Anderson e Dron (2011), que apresentam três gerações de 
pedagogia da EAD: behaviorista-cognitivista, sociocontrutivista e conectivista. 
Em relação à pedagogia conectivista, o autor ressalta a seguinte característica: 
a) A aprendizagem é mensurada por comportamentos, bastante utilizada 
em treinamentos e concebida como processo individual, pois o aluno 
segue o seu ritmo e o professor atua praticamente na produção de 
material didático; 
b) A aprendizagem propicia interações entre alunos e professores, sua 
característica predominante, enquanto o professor conduz a realização 
das atividades com propostas que provoquem reflexão individual; 
c) A aprendizagem é reforçada pelos conhecimentos e sinais deixados pelos 
outros enquanto navegam por atividades de aprendizagem, como 
referências e caminhos para o conhecimento que novos usuários podem 
seguir; 
d) A aprendizagem é concebida como processo individual e utiliza modelos 
computacionais direcionados ao armazenamento e à recuperação da 
memória individual controlados pelo professor e pelas tecnologias; 
e) A aprendizagem é concebida através do acesso à Internet. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 20 
Questão 5 
Moran descreve “ um bom curso a distância”. Sendo assim, após a leitura das 
alternativas abaixo, assinale as opções que correspondem as afirmativas 
incorretas com relação a descrição de Moran. 
I – Depende de educadores imaturos intelectual e emocionalmente, curiosos, 
entusiasmados, abertos e motivados a aplicar exercícios e estabelecer regras da 
EaD. 
II - Depende dos alunos curiosos, motivados, que estimulam as melhores 
qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de 
caminhada do professor-educador. 
III - Depende dos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, 
que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo 
pedagógico, que apoiem os professores inovadores, que equilibrem o 
gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que 
haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação. 
IV- Um bom curso depende de ambientes virtuais com textos, sem imagens e 
vídeos para não perder muito tempo e salas de aula virtuais com ar 
condicionado, tecnologias, bibliotecas... 
V - Um bom curso é mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção 
conjunta. Para suprir a menor disponibilidade ao vivo do professor, é 
importante ter materiais mais elaborados, mais autoexplicativos, com mais 
desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades. 
a) As afirmativas II e V estão incorretas 
b) As afirmativas I e V estão incorretas 
c) As afirmativas II e IV estão incorretas 
d) As afirmativas V e VI estão incorretas 
e) As afirmativas I e IV estão incorretas 
 
Questão 6 
Assinale a alternativa que demonstram as vantagens da EaD: 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 21 
a) Menor Autonomia, abordagem andragógica, materiais didáticos, 
comunicação, minimizando distancias geográficas, TIC, custos menores 
para o aluno; 
b) Mais Autonomia, abordagem pedagógica, materiais didáticos, 
comunicação, maximizando distancias geográficas, TIC, custos menores 
para o aluno; 
c) Autonomia, abordagem andragógica, materiais didáticos, comunicação, 
minimizando distancias geográficas, TIC, custos maiores para o aluno; 
d) Autonomia, abordagem andragógica, materiais didáticos, comunicação, 
minimizandodistancias geográficas, TIC, custos menores para o aluno; 
e) Autonomia, abordagem andragógica, materiais didáticos, comunicação, 
minimizando distancias geográficas, não há uso das TIC, custos menores 
para o aluno. 
 
Questão 7 
Uma desvantagem da modalidade EaD é justificada pela: 
a) Espaços geográficos minimizados pela presença das TIC; 
b) A existência de material didático; 
c) A obrigatoriedade de realizar as provas presencialmente; 
d) O custo do curso EaD é menor do que a modalidade presencial; 
e) Maior Autonomia do educando para organizar seus estudos. 
 
Questão 8 
As transformações decorrentes do avanço das TIC têm cada vez mais exigido a 
formação de um professor com capacidades de mediar o processo de 
descoberta, assimilação e construção de novos conhecimentos. Dentre as 
características da modalidade EaD, uma das mais importantes é interação 
constante professor/aluno. Esse professor seria o que inúmeros autores 
classificam como mediador. Sobre mediação pedagógica, leia os postulados 
dados e, em seguida, assinale a opção correta. 
I Uma prática, mediadora, depende fundamentalmente dos meios tecnológicos, 
sem os quais se torna inviável o processo de interação; 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 22 
II A mediação é a característica da interação especialmente na experiência de 
aprendizagem e na transmissão cultural; 
III A mediação pedagógica não é possível em situações em que o professor 
utiliza técnicas didático-pedagógicas tradicionais; 
IV O uso das TIC não garante a qualificação da prática docente mediadora, 
podendo até mesmo ser um obstáculo a essa realização. 
a) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas 
b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas 
c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas 
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas 
e) Todas as afirmativas estão corretas 
 
Questão 9 
Quanto as características da EaD, leia as relacionadas abaixo de acordo com 
(MORAN, 2002). 
I - Acompanhamento mais direto pelo tutor e monitor; 
II - Atendimento individual ou em grupo para solucionar dúvidas; 
III - Horários de atendimento flexíveis; Processo centrado no estudante; 
IV - Diversidade nas fontes de informação; Constituída por equipe 
multidisciplinar; 
V - Professor como gestor da aprendizagem; 
VI - Material didático produzido para a modalidade. 
Marque a alternativa que corresponde às características da EaD. 
a) I e III, VI estão incorretas 
b) II e IV estão corretas 
c) I, II, III, IV, V e VI estão corretas 
d) III, V, VI estão incorretas 
e) II, IV, VI estão corretas 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 23 
Questão 10 
Para o autor Litto, o processo de aprendizagem na modalidade a distância 
possui vantagens sobre o presencial, tendo o aluno de EAD maior possibilidade 
de sucesso nesse processo. Qual a razão para essa afirmação? 
a) Planejamento prévio do processo educacional; trabalho de equipe 
multidisciplinar; interatividade proporcionada pela utilização das TIC; 
b) Planejamento prévio do processo educacional, contratação de serviços 
terceirizados para elaboração e distribuição de material e trabalho de 
equipe multidisciplinar; 
c) Produção de material didático multimídia, contribuição pessoal do 
professor, pouca autonomia do aluno para se organizar nos estudos; 
d) Planejamento administrativo-pedagógico, formação do professor para 
produção de material didático impresso e utilização de ambiente virtual 
de aprendizagem; 
e) Planejamento prévio do processo educacional; trabalho de equipe 
multidisciplinar; interatividade proporcionada pela utilização das 
correspondências. 
 
Paradigma: Segundo o dicionário, significa um modelo ou padrão. 
 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: A pedagogia do diálogo e das metodologias ativas nos leva a 
pensar no indivíduo como um ser de múltiplos saberes e que reflete sobre a 
realidade que está inserida, dando um novo valor ao que é subjetivo e 
colocando o indivíduo no papel principal. O conteúdo aplicado é visto me 
maneira integrada, perpassando pelas demais áreas do conhecimento dando 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 24 
uma ideia de totalidade e não de partes isoladas. Por esse motivo a valorização 
da construção do conhecimento oposto a reprodução de saberes e a 
preferência por metodologias onde o aluno possa criar, trocar, alterar, 
compartilhar e colaborar, garantindo assim maior autonomia dos educandos. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: O paradigma emergente é aquele que surge da necessidade de 
desenvolver competências como “como saber pensar, aprender a aprender, 
aprender a conviver, aprender a ser, a fazer, aprender a conhecer e se 
apropriar os conhecimentos disponíveis e produzir conhecimentos próprios". 
(Behrens 2000 p. 128) 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: O modelo Construtivista é uma abordagem em que o aluno é o 
sujeito da aprendizagem e em constante busca na construção do 
conhecimento. 
 
Questão 4 - C 
Justificativa: O Conectivismo é uma abordagem pedagógica para a era digital e 
se baseia na premissa de que o conhecimento existe no mundo e não em um 
só indivíduo. Essa abordagem acontece nas oportunidades trazidas pelas trocas, 
colaboração, compartilhamento e diversificação de contextos e processos de 
aprendizagem. 
 
Questão 5 - E 
Justificativa: Um bom curso, de acordo com Moram, necessita de educadores 
maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, 
abertas, que saibam motivar e dialogar e de ambientes ricos de aprendizagem, 
de ter uma boa infraestrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas. 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 25 
Questão 6 - D 
Justificativa: Na EaD o aluno é mais autônomo, pois precisa pesquisar e se 
organizar para conseguir um bom desempenho. A abordagem andragógica é 
aquela voltada para as necessidades do aluno (adulto), independente, co-autor, 
pesquisador e responsável. Os materiais didáticos precisam ser bem 
elaborados. A comunicação precisa ser clara e bem estabelecida entre 
professor/aluno, aluno/aluno e os demais setores da Gestão EaD, as distâncias 
geográficas são minimizadas pela presença das TIC e os alunos pagam menos 
por um curso da modalidade a distância. 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: A Lei 9394/96 em seu artigo 80 estabelece que as provas dos 
cursos da modalidade EaD são realizados, obrigatoriamente, de maneira 
presencial. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: A tecnologia, por si só, não é garantia de uma aprendizagem 
eficaz. O professor é o responsável em fazer a aprendizagem acontecer de 
maneira prazerosa e criativa através da mediação. 
 
Questão 9 - C 
Justificativa: As características da modalidade EaD segundo Moran são: o 
acompanhamento mais direto pelo tutor e monitor; o atendimento individual ou 
em grupo para solucionar dúvidas; os horários de atendimento flexíveis; o 
processo centrado no estudante; a diversidade nas fontes de informação; um 
equipe multidisciplinar constituída; o professor como gestor da aprendizagem e 
o material didático produzido para a modalidade. 
 
Questão 10 - A 
Justificativa: O aluno EaD se desenvolve melhor, pois há um planejamento 
prévio do processo educacional com uma abordagem andragógica, onde o 
aluno é o centro do processo ensino-aprendizagem. Esse planejamento é 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 26 
realizado através de uma equipe multidisciplinar que está atenta às 
necessidades dos alunos. As TIC são responsáveis em fazer a prática 
pedagógica se tornar mais dinâmicas, aproximando professor e aluno e 
oportunizando uma aprendizagem significativa com trocas colaborativas e 
compartilhamento de informações e construção do conhecimento. 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 3: Professor – tutor ...............................................................................................................2 
Introdução ............................................................................................................................. 2 
Conteúdo ................................................................................................................................ 3 
O sistema de tutoria no contexto da Educação a Distância ..................................... 3 
Reflexão sobre o papel do tutor ...................................................................................... 3 
Vamos entender melhor o assunto? .............................................................................. 4 
Agora, vamos analisar algumas definições importantes. ........................................... 4 
Mas, de que forma podemos estimular a aprendizagem na EaD? ........................... 5 
Como desempenhar o papel mediador do saber? ...................................................... 6 
Conheça as características de um Tutor da EaD ......................................................... 7 
Conheça as atribuições de um Tutor da EaD .............................................................. 7 
Conheça as rotina de um Tutor da EaD ........................................................................ 9 
Conheça as qualidades de um Tutor da EaD ............................................................. 11 
Mas, você sabe qual a importância do trabalho corporativo entre tutor e alunos?
 ............................................................................................................................................. 11 
Como criar soluções eficazes para a EaD? ................................................................. 12 
Como diminuir a evasão da EaD?................................................................................. 12 
Infraestrutura fornecida .................................................................................................. 13 
E o que os alunos procuram numa instituição de ensino? ..................................... 13 
E de que forma a tutoria na educação a distância pode se tornar mais eficaz? . 14 
O papel do tutor frente às ferramentas de comunicação e interação .................. 15 
Negociação Prévia ........................................................................................................... 17 
Atividade proposta .......................................................................................................... 19 
Referências........................................................................................................................... 20 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 21 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 26 
Aula 3 ..................................................................................................................................... 26 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 26 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 2 
 
Introdução 
Nesta aula, analisaremos um sistema de tutoria em EaD. Conhecendo nosso 
aluno, como ele aprende, sua escolha por essa modalidade e o papel do tutor 
nessa modalidade cujo foco é o aluno, enfatizando a articulação entre a 
autonomia, ética e EaD necessária ao êxito da modalidade. Refletiremos sobre 
o perfil do aluno EaD e as exigências da sociedade emergente. 
 
Objetivo: 
1. Analisar os sistemas de tutoria existentes; 
2. Perceber o aluno como foco do processo ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
O sistema de tutoria no contexto da Educação a Distância 
Vamos conhecer mais a fundo essas questões. 
 
O que é o sistema de tutoria? É um conjunto de elementos organizados 
entre si, de modo a formar um todo. Tem origem grega e significa combinar, 
ajustar, formar um conjunto. 
 
Neste sentido, qual seria o papel do tutor? Segundo Sá (1998), o tutor 
sempre assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos 
acadêmicos, e hoje tem seu papel fundamental nos atuais programas EaD. 
 
Como a tutoria pode acontecer? A tutoria pode acontecer por intermédio de 
material impresso, rádio, TV, integração das mídias, telefone, satélites, 
teleconferência, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Internet ou Intranet 
(rede interna, geralmente corporativa). 
 
A tutoria pode ser presencial, online ou virtual ou a distância e inteligente 
(através de sistemas que dão suporte às atividades da aprendizagem (GAMBA, 
2001). 
 
Um sistema de tutoria eficaz faz com que esse aluno aprenda com prazer e que 
encontre no tutor um aliado para continuidade da sua trajetória em busca do 
saber, mesmo em meio às dificuldades. 
 
Reflexão sobre o papel do tutor 
Assim, iniciaremos essa aula com o vídeo a seguir, apresentado no Schweppes 
Online Film Festival, uma pequena obra-prima do diretor Patrick Hughes... 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 4 
Uma poesia sensacional sobre os relacionamentos nos tempos modernos, cheio 
de virtualidade e distanciamento, que provoca medo e insegurança, mas que 
pode ser vencido com pequenas artimanhas. 
 
Vamos entender melhor o assunto? 
1- Qual a relação do vídeo com o papel do tutor EaD com seu aluno? 
 
Mesmo distantes fisicamente, precisam utilizar ferramentas de aproximação a 
fim de que a sensação de pertencimento a um grupo aconteça. 
 
2- No lugar da obrigação burocrática em torno das atividades de aprendizagem, 
o que o tutor precisa valorizar? 
 
O interesse na troca e na cocriação da aprendizagem e comunicação. No 
entanto, não basta estar junto online transmitindo e recebendo textos e 
imagens, mas é necessário ter o cuidado com a expressão de cada participante, 
o esforço mútuo de participação juntamente com a motivação pessoal e 
coletiva, livre e plural. 
 
 
Atenção 
 Cabe ao tutor observar que cada aluno não se resume apenas a 
uma presença virtual, e sim a uma pessoa com suas ansiedades, 
dúvidas, expectativas, sentimentos e vontade de aprender a 
partir do diálogo, construindo, em conjunto, seu conhecimento. 
 
Agora, vamos analisar algumas definições importantes. 
Você sabe o que significa o termo tutoria? 
 
O dicionário Aurélio define o seguinte: 
 
1. Indivíduo legalmente encarregado de tutelar alguém; 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 5 
2. Protetor, defensor; 
3. Vara ou estaca usada para amparar um arbusto, trepadeira ou árvore 
flexível. 
 
E como profissionais da educação, como podemos definir tal termo? 
 
Como um profissional com experiência em Educação a Distância que atua como 
facilitador da aprendizagem e está sempre atento às interações possíveis entre 
ele e o aluno, como, também, entre os próprios alunos, propiciando um 
ambiente favorável aos debates. É papel do tutor acompanhar a trajetória do 
aluno, estimulando-o e apoiando-o no processo de aprendizagem, ajudando-o a 
organizar seus objetivos, incentivando-o à análise dos conteúdos, 
acompanhando o desempenho do aluno, sobretudo nas atividades. 
 
Mas, de que forma podemos estimular a aprendizagem na EaD? 
Sabemos que o aluno EaD precisa se sentir estimulado todo o tempo a fim de 
realizar pesquisa de materiais além do oferecido pelo curso, criando autonomia 
para prosseguir nos seus estudos, superando as dificuldades e construindo seu 
conhecimento. Para isso o tutor deve criar uma metodologia baseada na 
reflexão, na cooperação e no trabalho colaborativo. 
 
 E o que podemos concluir com isso? 
 
O tutor deve utilizar procedimentos administrativos, pedagógicos e 
comunicacionais a fim de buscar atender de forma direta às necessidades dos 
alunos na educação a distância.TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 6 
 
Atenção 
 Landim (1997, p. 125) alerta que: 
“As pessoas que estudam à distância esforçam-se solitariamente 
para aprender. Entretanto, este esforço solitário nem sempre é 
suficiente, sendo necessários acompanhamento, apoios e 
incentivos a essa aprendizagem individual, que propiciem a 
superação de possíveis obstáculos cognitivos e afetivos. Tais 
obstáculos surgem porque, normalmente: os alunos não têm 
hábito de estudo independente; a sensação de solidão e o trato 
impessoal, causados pela distância, podem levá-los ao 
desânimo; há problemas estritamente acadêmicos inerentes à 
dificuldade de estudar.” 
Sendo assim, o tutor deve atuar cooperativamente no 
cumprimento de suas funções e responsabilidades a fim de 
possibilitar a gestão da aprendizagem. 
 
Como desempenhar o papel mediador do saber? 
Algumas dicas que podem legitimar o papel da tutoria: 
 
É preciso capacitação profissional para desempenhar esse papel de mediador 
do saber ou tutor EaD para preparar nossos alunos para viver melhor nesse 
mundo saturado de informações, onde o “congestionamento” dessas 
informações atrasam a chegada da aprendizagem significativa! 
 
Concluindo, cabe ao tutor acompanhar o aluno, saber se está acompanhando o 
conteúdo, se está tendo dificuldades ou sentindo prazer em estudar 
virtualmente. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 7 
Conheça as características de um Tutor da EaD 
Dar feedback constante ao aluno, respondendo aos questionamentos sempre 
que solicitado; 
 
Utilizar os canais abertos de comunicação para um pronto atendimento aos 
alunos; 
 
Estar constantemente atento para as necessidades de seus alunos sejam elas 
pedagógicas ou afetivas; 
 
Administrar situações de conflito, de euforia e de desânimos; 
 
Utilizar um tom adequado para as observações feitas a cada um nos fóruns; 
 
Relembrar sempre os objetivos a serem perseguidos e as etapas e o calendário 
a serem cumpridos; 
 
Cumprir os prazos e nunca deixar sem comentário ou resposta os trabalhos e 
perguntas dos alunos; 
 
Ser ponto de apoio e segurança para os alunos; 
 
Incentivar as discussões, debates, criações coletivas; 
 
Criar um ambiente descontraído, de confiança e solidariedade; 
 
Auxiliar o aluno a planejar suas horas de estudos. 
 
Conheça as atribuições de um Tutor da EaD 
As atribuições de um tutor quanto ao conteúdo e aos materiais do curso são: 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 8 
1 - Projetar as tarefas de forma clara para que o aluno consiga entender o que 
está sendo solicitado; 
2 - Elaborar as atividades levando em consideração o público a ser atingido; 
3 - Coordenar a seleção de conteúdos; 
4 - Fazer uma leitura prévia do material a ser utilizado pelos alunos; 
5 - Discutir estratégias de aprendizagem; 
6 - Ter domínio sobre o conteúdo do curso; 
7 - Estar em constante aperfeiçoamento. 
 
As atribuições de um tutor quanto ao Ambiente Virtual de Aprendizagem são: 
 
• Incentivar a participação e a cooperação dos alunos nas diversas ferramentas 
utilizadas no ambiente disponibilizando pequenos tutoriais sobre a utilização 
delas; 
 
• Verificar periodicamente se os alunos estão acompanhando, acessando e 
participando do curso. 
 
As atribuições de um tutor quanto à interação aluno/material didático, 
aluno/tutor, aluno/aluno são: 
 
Conhecer o perfil do aluno; 
 
Responder prontamente aos e-mails; 
 
Valorizar a opinião do aluno, evitando impor seus próprios valores, atendendo 
às dificuldades e necessidades dos alunos; 
 
Promover a interação aluno-aluno, aluno-tecnologia, aluno-conteúdo, aluno-
professor, propiciando o diálogo entre os alunos e tutor, de forma didática e 
criativa, capaz de fomentar a liberdade de pensamento e confronto de ideias; 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 9 
Orientar o aluno no desenvolvimento de suas próprias estratégias de 
aprendizagem de modo a tornar-se capaz de organizar e gerenciar suas 
atividades em EaD; 
 
Adequar-se à realidade do aluno e/ou curso. 
 
As atribuições de um tutor quanto ao estudo a ser desenvolvido pelo aluno são: 
 
Indicar e incentivar o aluno a consultar diferentes fontes sobre o tema que está 
sendo abordado; 
 
Auxiliar os alunos no planejamento de suas horas de estudo; 
 
Entrar em contato com os alunos ausentes e com aqueles que deixaram de 
realizar alguma atividade; 
 
Mediar o debate, levantar questões e intervir nos momentos necessários, 
evitando respostas prontas; 
 
Indicar livros, filmes, sites com temas abordados no curso; 
 
Levar o aluno a refletir sobre sua própria pergunta, levantando diferentes 
hipóteses sobre o problema. 
 
Conheça as rotina de um Tutor da EaD 
A rotina de um tutor quanto organização do conteúdo e do tempo é: 
 
• Selecionar materiais de apoio aos alunos para que possa dar sustentação 
teórica de forma qualificada; 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 10 
• Comentar as anotações feitas nos diários de bordo, dando um feedback aos 
anseios do aluno, dando sugestões ou fazendo encaminhamentos para as 
necessidades que surgirem. 
 
A rotina de um tutor quanto ao acompanhamento acadêmico é: 
 
1 - Verificar no ambiente do curso as contribuições postadas; 
2 - Acompanhar o desempenho de cada aluno; 
3 - Comentar os trabalhos realizados pelos alunos; 
4 - Lembrar os prazos estabelecidos para o cumprimento das atividades e 
etapas a serem realizadas. 
 
A rotina de um tutor no que diz respeito a prevenir a evasão é: 
 
• Estar em contato constante através de e-mail, central de mensagens e quadro 
de avisos para que o aluno se aproprie da dinâmica de comunicação do espaço 
virtual, estreitando a relação aluno/tutor, aluno/aluno; 
• Responder o mais breve possível às solicitações dos alunos diante das 
dificuldades encontradas por e-mail ou nos fóruns; 
• Avaliar os trabalhos publicados. 
 
Essas são estratégias que permitem que o aluno se sinta assistido, colaborando 
para que não haja desistência. 
 
A rotina de um tutor quanto a avaliação da aprendizagem do aluno é: 
 
Analisar a capacidade de reflexão crítica do aluno, através da leitura das 
interações realizadas nos fóruns, chat ou textos elaborados. 
 
Observar a produção do aluno na realização de trabalhos escritos, baseados em 
leituras e reflexões sobre os referenciais teóricos e/ou pesquisados por ele. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 11 
Verificar se o aluno está conseguindo compreender o conteúdo abordado, 
avaliando o material que está sendo disponibilizado pelo curso. 
 
Conheça as qualidades de um Tutor da EaD 
Demetrius Ribeiro Lima e Marta Costa Rosatelli destacam uma lista de 
qualidades que podemos tomar como ponto de partida para um bom tutor EaD. 
 
Possuir atitude crítica e criativa no desenvolvimento de suas atribuições; 
 
Capacidade de estimular a resolução de problemas; possibilitar aos alunos uma 
aprendizagem dinâmica; 
 
Ser capaz de abrir caminhos para a expressão e a comunicação; 
 
Fundamentar-se na produção de conhecimentos; 
 
Apresentar atitude pesquisadora; 
 
Possuir uma clara concepção de aprendizagem; 
 
Estabelecer relações em práticas com seus interlocutores, ter capacidade de 
inovação; 
 
Facilitar a construção de conhecimentos. 
 
Mas, você sabe qual a importância do trabalho corporativo entre 
tutor e alunos? 
O perfil desses profissionais requer adequações conforme as características de 
cada instituição ou Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) escolhido e de 
cada curso que será oferecido. O público-alvo do curso influencia de forma 
significativa nas atividades dos tutores. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 12 
E como melhorar o resultado de aprendizagem na EAD? 
 
Um melhor resultado do processo de aprendizagem na EaD passa, 
necessariamente, pela interatividadeentre os elementos e atores que compõem 
o ambiente de estudos. 
Cabe ao tutor a importante tarefa de promover essa interatividade, buscando 
reforçar o processo de socialização do grupo e favorecer o processo de 
construção do conhecimento através dos recursos didáticos, na perspectiva da 
aprendizagem colaborativa. 
 
Como criar soluções eficazes para a EaD? 
É preciso pensar que um curso com foco no aluno usa as novas tecnologias no 
ensino/aprendizagem para criar um ambiente baseado nas necessidades do 
educando que contribua para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade 
e criticidade que deverão estar presentes no cidadão que busca valores éticos, 
sociais, culturais e morais para a transformação da sociedade. 
 
Como diminuir a evasão da EaD? 
O trabalho colaborativo e a interação com os colegas facilitam a construção do 
conhecimento pelo aluno e desperta o seu interesse, diminuindo a evasão na 
EaD. 
 
No desenvolvimento de um curso EaD com foco no aluno é fundamental saber 
quais as características individuais dos alunos que influenciam o processo de 
aprendizagem, para apoiar os professores no desenvolvimento de conteúdos e 
tarefas e na definição das formas de interação e de tutoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 13 
 
Atenção 
 Além de identificar as características socioeconômicas dos alunos 
(faixa etária, sexo, inserção no mercado de trabalho, entre 
outras), é importante saber como os alunos constroem 
conhecimento (por meio da teoria, pela prática de exercício, por 
meio de esquemas, por trabalho em grupo, pela 
experimentação). 
O aluno da EaD é responsável pela organização de seu estudo e 
pela interação, via AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) e 
demais ferramentas da WEB 2.0 (ferramentas colaborativas e 
interativas existentes na Internet como fóruns, e-mails, 
GoogleDocs, Redes Sociais, Blogs etc.), com todos os 
participantes do processo pedagógico. 
 
Infraestrutura fornecida 
Na EaD o aluno precisa contar com um tutor, facilitador de sua aprendizagem, 
e com um AVA que favoreça a comunicação e a interação com colegas e 
coordenação. 
 
E quais resultados podemos esperar disso? 
 
Espera-se que o aluno atue com autonomia, motivação e organização. 
Espera-se que o aluno atue com autonomia, esteja motivado, seja organizado, 
saiba pesquisar conteúdos, tenha iniciativa para apresentar ideias, 
questionamentos e sugestões, saiba trabalhar em grupo, e seja disciplinado, a 
fim de cumprir os objetivos que estabeleceu para si mesmo. 
 
E o que os alunos procuram numa instituição de ensino? 
Veja o que Strong e Harmon (1997) dizem sobre isso: 
 
O que os alunos procuram? 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 14 
Um programa de ensino baseado na capacidade de atender às necessidades 
educacionais de alunos não tradicionais, com foco no aluno e não no professor, 
com bom custo-benefício, tecnologia confiável, de fácil navegação e 
transparente para o usuário, com níveis adequados de informação e de 
interação humana. 
 
O que os alunos exigem? 
 
Eles exigem cursos e programas de qualidade e também uma boa resposta 
tanto dos professores quanto da instituição. Se sentirem que suas necessidades 
não estão sendo atendidas em tempo adequado, podem frustrar-se e desistir 
do curso ou programa. 
 
Segundo Belloni (2001), as tendências atuais “apontam para uma EAD centrada 
no estudante”, significando uma educação focada no aluno e disposta a atender 
“às novas exigências dos mercados capitalistas”. 
 
Atender a essas exigências significa oferecer ao aluno de EaD uma formação 
pautada em duas importantes premissas: informação e autonomia. 
 
Belloni afirma ainda que: “Por suas características intrínsecas, por sua própria 
natureza, a EaD, mais do que as instituições convencionais de ensino superior, 
poderá contribuir para a formação inicial e continuada destes estudantes mais 
autônomos, já que a autoaprendizagem é um dos fatores básicos de sua 
realização” (2001, p. 39). 
 
E de que forma a tutoria na educação a distância pode se tornar 
mais eficaz? 
Conhecendo o agente do processo de aprendizagem, aluno, e suas 
necessidades, podem-se construir estratégias e metodologias que contribuam 
efetivamente para a formação de sujeitos autônomos e bem informados. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 15 
Partir para o estudo das expectativas e demandas do aluno significa, também, 
abandonar definitivamente conceitos sedimentados socialmente que figuram o 
professor como principal agente do processo de ensino-aprendizagem e não o 
aluno. 
 
 
Atenção 
 Para Lèvy: 
“É preciso superar a postura ainda existente do professor 
transmissor de conhecimentos. Passando, sim, a ser aquele que 
imprime a direção que leva a apropriação do conhecimento que 
se dá na interação. Interação entre aluno/professor e 
aluno/aluno, valorizando o trabalho de parceria cognitiva;(...) 
elaborando-se situações pedagógicas onde as diversas 
linguagens estejam presentes. As linguagens são, na verdade, o 
instrumento fundamental de mediação, as ferramentas 
reguladoras da própria atividade e do pensamento dos sujeitos 
envolvidos.” (1999, p. 170). 
 
O papel do tutor frente às ferramentas de comunicação e 
interação 
O tutor EaD pode utilizar uma gama variada de ferramentas comunicacionais a 
fim de interagir com seus alunos dentro ou fora do Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, pois elas favorecem a integração e o sentimento de 
pertencimento, trocas, críticas e autocrítica, discussões elaboração, 
colaboração, exploração, experimentação, simulação e descoberta. 
 
Vejamos como o tutor pode mediar a aprendizagem utilizando o chat, a lista de 
discussão e o fórum de discussão. 
 
Temos uma ferramenta online chamada chat que denominamos ferramenta 
síncrona, ou seja, os usuários precisa estar conectados ao mesmo tempo para 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 16 
que haja interação entre eles. Esse recurso possibilita um feedback imediato, 
além de oferecer envio e recebimento de imagens e textos. O tutor pode propor 
um tema e debatê-lo com o aluno em uma hora marcada, dando atendimento 
individual ou em grupo. Esses temas podem estar vinculados aos conteúdos de 
aula e o tutor pode convidar um participante externo para palestrar e sanar 
dúvidas específicas. A grande vantagem dessa ferramenta para o tutor é 
favorecer a socialização e promover o sentimento de pertencimento a um grupo 
de colegas que têm os mesmos ideais e dificuldades. Isso implulsiona a 
aprendizagem. O trabalho do tutor com a ferramenta chat é enriquecedor, pois 
trabalha de forma não linear, utilizando uma linguagem informal, estreitando 
laços e promovendo a Inteligência Coletiva, formando uma teia hipertextual 
(um texto vinculado a outro texto) das participações. Ao final de uma seção de 
chat o tutor pode enviar a conversa para todos os alunos ausentes. 
 
Outra ferramenta significativa e que favorece o papel do tutor é a lista de 
discussão, que é um espaço que utiliza o e-mail para trocas de mensagens 
dentro de uma comunidade virtual preestabelecida. Todos os participantes 
dessa lista podem colaborar e trocar informações com todos ao mesmo tempo 
ou com um integrante somente, se desejar. Esta ferramenta favorece o envio 
de arquivos, links, sugestões de áudio, vídeo, apostilas e outros assuntos que 
se fizerem necessários pertinentes ao curso ou em paralelo a ele. Nesta 
ferramenta é possível fazer críticas, realizar coautorias, fazer críticas e 
parcerias. O tutor pode usar essa ferramenta em paralelo com as disponíveis no 
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) a fim de oferecer suporte para 
organização de grupos, continuidade da discussão iniciada em aula, constuindo 
assim o conhecimento a partir do diálogo e da colaboração. 
 
Enfim, o fórum, ferramenta mais popular em um Ambiente Virtual deAprendizagem, mas ainda subutilizado em relação ao seu potencial. O tutor 
precisa provocar discussões a partir de fragmentos de textos utilizados pelos 
próprios alunos, realizando desdobramentos e elos dinâmicos de discussões 
sobre temas variados. Essa ferramenta é um excelente recurso, já que atua me 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 17 
forma assíncrona, ou seja o debate acontece em tempos diferentes sem perda 
do material já escrito. Independente da hora ou local que o aluno estiver 
“logado”, continuará a visualizar toda a discussão iniciada. O aluno pode 
participar dando sua opinião sobre o tema proposto como também provocar à 
participação. Basta clicar sobre um dos temas e postar o seu comentário, 
expressando assim sua posição sobre o assunto em debate. Cada participação 
abre novas possibilidades de discussão e permite optar, argumentar, 
contraargumentar e sanar dúvidas. Todo o material que está sendo produzido 
em um fórum fica armazenado para futuras visualizações. A sequência de 
participação quem define é o aluno, que irá verificar qual a mais pertinente a 
sua contribuição, sem obedecer a uma sequência linear de participações. 
 
As ferramentas à disposição do tutor são inúmeras e veremos melhor na aula 4 
onde abordaremos o tema sobre ferramentas da Web 2.0. Cabe ao tutor buscar 
as melhores metodologias de trabalho sempre visando à aprendizagem 
significativa dos seus alunos. 
 
Apontamos alguns temas importantes sobre tutoria nesta aula e percebemos 
que o conceito de tutoria, em tempos de web, pode abranger mecanismos 
automáticos de resposta mediados por programas ou por tutores humanos, 
essa segunda opção foi maciçamente aprofundada por nós nesta aula. 
 
Com a leitura realizada até aqui, você já assimilou o conceito de tutoria EaD e 
projetou sua própria prática pedagógica ao aderir a esse formato de trabalho. 
 
Assim, esperamos ter colaborado para que você desenvolvesse um conceito de 
tutoria capaz de orientar sua futura prática de tutoria em um curso online. 
 
Negociação Prévia 
Definição 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 18 
O professor, como ator do processo de aprendizagem na EaD, é alguém que 
busca desenvolver um espírito de criatividade de forma coletiva, colaborativa, e 
isso significa incluir o aluno como agente desse processo. 
 
Um docente criativo torna-se um dinamizador da autoaprendizagem por parte 
do aluno. Nesse contexto, podemos levantar a seguinte questão: qual é a 
importância do professor em um paradigma de aprendizagem que tem como 
centro o aluno autônomo e voltado para a autoaprendizagem? 
 
Situação Atual 
Esse conceito de aluno capaz de autogestão de seu aprendizado, ancorado na 
autonomia, não exclui a figura do professor e tampouco elimina sua 
importância como agente do processo de aprendizagem em EaD. 
 
Dissídio 
A perspectiva cujo professor é o orientador do conhecimento vai contra a 
tendência que, segundo Belloni, ainda está presente em EaD, que "considera o 
estudante como matéria prima de um processo industrial onde o professor é o 
trabalhador e a tecnologia educacional é a ferramenta. Neste modelo, o 
currículo funciona como o plano de modelagem do produto, que é o aluno 
educado" (2001, p. 42). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 19 
 
Atenção 
 Embora seja o aluno que realize a aprendizagem, é do professor 
a responsabilidade social de orientar o processo de construção 
do conhecimento pelo estudante, incentivando-o a aprender e 
pensar: 
O docente torna-se um animador da inteligência coletiva dos 
grupos dos quais se encarregou. Sua atividade terá como centro 
o acompanhamento e o gerenciamento dos aprendizados: 
incitação ao intercâmbio dos saberes, mediação relacional e 
simbólica, pilotagem personalizada dos percursos de 
aprendizagem etc. (LÈVY, 1999, p. 173). 
Esses sujeitos, ativos e orientadores, tornam-se modelos de um 
novo paradigma educacional que ainda enfrenta desafios para 
que se estabeleça de forma efetiva. Dentro desse paradigma, há 
outro importante apoio para a busca do significado e aplicação 
dos conhecimentos: o Ambiente Virtual de Aprendizagem. 
 
Atividade proposta 
Um aspecto bastante polêmico diz respeito ao volume de acessos dos alunos ao 
curso. Ele pode acessar várias vezes o Ambiente Virtual de Aprendizagem, o 
que não significa, necessariamente, que estudou. Por outro lado, se temos um 
cursista que nunca ou quase nunca entrou no ambiente ou enviou qualquer 
mensagem, esse exige cuidado de nossa parte. Podemos estar diante de um 
caso de evasão. Atuar no engajamento dos participantes, preventivamente, 
pode reverter um quadro de abandono do curso por alguma dificuldade 
encontrada. O que o tutor pode fazer para que o aluno participe ativamente das 
aulas evitando assim a evasão e criando uma atmosfera de aprendizagem 
significativa. 
 
Chave de resposta: Dar feedback constante ao aluno, respondendo aos 
questionamentos sempre que solicitado; Utilizar os canais abertos de 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 20 
comunicação para um pronto atendimento ao alunos; Estar constantemente 
atento para as necessidades de euforia e de desânimos; Utilizar um tom 
adequado para as observações feitas a cada um nos fóruns; Relembrar sempre 
os objetivos a serem perseguidos e as etapas e o calendário a serem 
cumpridos; Cumprir os prazos e nunca deixar sem comentário ou resposta os 
trabalhos e perguntas dos alunos; Se ponto de apoio e segurança para os 
alunos; Incentivar as discussões, debates, criações coletivas; Criar um ambiente 
descontraído, de confiança e solidariedade e Auxiliar o aluno a planejar suas 
horas de estudos. 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre EaD, leia o texto disponível em nossa 
biblioteca virtual. 
 
Para saber mais sobre tutoria, acesse e veja o vídeo disponível em 
nossa galeria de vídeos. 
 
Para saber mais sobre propostas relacionadas aos modelos de 
ensino, acesse e veja o vídeo disponível em nossa galeria de vídeos. 
 
Referências 
BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999. 
______. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2001. 
FLEMING, Diva; LUZ, Elisa; LUZ, Renato. Monitorias e tutorias: um trabalho 
cooperativo na educação a distância. Disponível em: 
http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTempl
ate=4abed&infoid=142&sid=114. Acesso em: 03 jun. 2014. 
GAMBOA, H FRED, A. Designing Intelligent Tutoring Systems: a Bauesian 
Approach. 3rd International Conference on Enterprise Information Systems, 
ICEIS, 2001. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 21 
LANDIM, C. M. M. Educação a distância: algumas considerações. Rio de 
Janeiro, 1997. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 1999. 
LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Org.). Educação a distância: o estado da arte. 
São Paulo: Prentice Hall, 2009. 
MATTAR, J. Tutoria e interação em educação a distância. São Paulo: 
Cegage Learning, 2011. 
MIZUKAMI, M da G.N. Ensino: abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. 
á I. M. A. Educação a distância: processo contínuo de inclusão social. 
Fortaleza: C.E.C., 1998. 
NEDER, Maria Lúcia C. Avaliação na educação a distância - significação 
para definições de percursos. Disponível em: 
http://www.nead.ufmt.br/documentos/AVALIArtf.rtf. Acesso em: 05 jun. 2014. 
PALLOFF, Rena M.; PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar 
com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
REBELO, Mauro. Prólogo: o professor em um mundo saturado de informação. 
Material fornecido pelo Curso de Especialização da UFF-Lantes – PIGEAD – 
2010. Prólogo por Palloff e Pratt (2004). 
VILLARDI, Raquel; OLIVEIRA, Eloiza Gomes de. Tecnologia na educação: 
uma perspectiva sócio-interacionista. Rio de Janeiro: Dunya, 2005. 
 
Exercícios de fixação 
Questão1 
O sistema de tutoria é um conjunto de elementos organizados entre si, de 
modo a formar um todo. Tem origem grega e significa combinar, ajustar, 
formar um conjunto. Segundo Sá (1998), o tutor sempre assumiu o papel de 
orientador e acompanhante dos trabalhos acadêmicos, e hoje tem seu papel 
fundamental nos atuais programas EAD. 
Analise os itens I, II, III e IV abaixo relacionados que demonstram os meios 
pelos quais o processo de tutoria pode acontecer: 
I - Material Impresso, Rádio, TV 
II- Telefone, Satélites, Teleconferência, 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 22 
III - Ambientes Virtuais de Aprendizagem 
IV - Sala de Aula, auditório e corredores 
Marque a opção correta 
a) Somente as alternativas I e III estão corretas 
b) Todas as alternativas estão corretas 
c) As alternativas II, III e IV estão corretas 
d) A alternativa IV está incorreta 
e) Nenhuma alternativa está correta 
 
Questão 2 
Um sistema de tutoria eficaz faz com que esse aluno aprenda com prazer e que 
encontre no tutor um aliado para continuidade da sua trajetória em busca do 
saber, mesmo em meio as dificuldades. Segundo Gamba (2001), qual ale a 
alternativa corresponde aos tipos de Sistema de tutoria Inteligente? 
a) Presencial, “On-line” ou “Virtual” ou “a distância” e Inteligente 
b) Presencial, Semi-presencial e Virtual 
c) Virtual, “a distância” e On-line 
d) Presencial e “a distância” 
e) Presencial, Semi-presencial e “a distância” 
 
Questão 3 
Quanto a rotina do tutor EaD, julgue as alternativas abaixo e marque a opção 
correta. 
I. Analisar possibilidades comunicacionais e a interatividade e sua implicação 
para o ensino e a aprendizagem 
II. Desenvolver estratégias para o uso de ferramentas de comunicação 
III. Utilizar ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas 
IV. Dar “feedback” constante ao aluno 
a) Somente as sentenças I, III estão corretas 
b) As sentenças I, II, II estão corretas 
c) A alternativa IV está errada 
d) As sentenças I, II, III e IV estão corretas 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 23 
Questão 4 
Podemos definir como um profissional com experiência em Educação a 
Distância que atua como facilitador da aprendizagem e está sempre atento às 
interações possíveis entre ele e o aluno, como, também, entre os próprios 
alunos, propiciando um ambiente favorável aos debates. 
a) Aluno 
b) Gestor 
c) Técnico 
d) Secretário 
e) Tutor 
 
Questão 5 
Landim (1997, p. 125) declara que: “As pessoas que estudam à distância 
esforçam-se solitariamente para aprender. Entretanto, este esforço solitário 
nem sempre é suficiente, sendo necessários acompanhamento, apoios e 
incentivos a essa aprendizagem individual, que propiciem a superação de 
possíveis obstáculos cognitivos e afetivos. Tais obstáculos surgem porque, 
normalmente: os alunos não têm hábito de estudo independente; a sensação 
de solidão e o trato impessoal, causados pela distância, podem levá-los ao 
desânimo; há problemas estritamente acadêmicos inerentes à dificuldade de 
estudar. 
Sendo assim o tutor é um dos profissionais que faz parte da equipe de 
educação a distância. Em uma abordagem de educação interativa, assinale a 
alternativa correta em relação ao papel do tutor nesse processo. 
a) Enviar uma mensagem somente no início do curso informando aos 
alunos sobre as atividades a serem realizadas. 
b) Apenas cadastrar o endereço eletrônico dos alunos e manter o cadastro 
atualizado. 
c) Apenas enviar o material impresso para os alunos via correio. 
d) Acompanhar a turma e criar situações de aprendizagem interativas. 
e) Apenas preencher as planilhas de avaliação dos alunos. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 24 
Questão 6 
Moore, em 1989, foi um dos primeiros autores a abordar as relações entre 
alunos, professores e conteúdo em educação a distância, por meio de três tipos 
de interação, são eles: 
a) aluno/professor, professor/professor, professor/conteúdo. 
b) professor/aluno, professor/conteúdo, aluno/conteúdo. 
c) aluno/aluno, aluno/professor, professor/conteúdo. 
d) aluno/professor, aluno/aluno, aluno/conteúdo. 
e) aluno/conteúdo, aluno/aluno, professor/professor. 
 
Questão 7 
O aluno da EAD é responsável pela organização de seu estudo e pela interação, 
via AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Sendo assim , marque a 
alternativa correta que mostra a competência necessária para que o aluno EaD 
tenha sucesso no curso escolhido: 
a) Pontual 
b) Autônomo 
c) Comunicativo 
d) Respeitador 
e) Assíduo 
 
Questão 8 
Os autores Strong e Harmon (1997) observam que os alunos procuram um 
programa de ensino baseado na capacidade de atender às necessidades 
educacionais de alunos não tradicionais, com foco no aluno e não no professor, 
com bom custo-benefício, tecnologia confiável, de fácil navegação e 
transparente para o usuário, com níveis adequados de informação e de 
interação humana. Eles exigem cursos e programas de qualidade e também 
uma boa resposta tanto dos professores quanto da instituição. Se sentirem que 
suas necessidades não estão sendo atendidas em tempo adequado, podem 
frustrar-se e desistir do curso ou programa. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 25 
Para que não haja evasão no curso, faz-se necessário um conjunto de atributos 
inerentes ao aluno EaD. Marque a opção incorreta: 
a) Motivação, Iniciativa 
b) Organização e Disciplina 
c) Alegre 
d) Saiba Trabalhar em grupo 
e) Pesquisador, Responsável 
 
Questão 9 
Segundo Belloni (2001), as tendências atuais “apontam para uma EAD centrada 
no estudante”, significando uma educação focada no aluno e disposta a atender 
“às novas exigências dos mercados capitalistas”. Atender a essas exigências 
significa oferecer ao aluno de EAD uma formação pautada em duas importantes 
premissas. Assinale a alternativa correta: 
a) Informação e autonomia 
b) Comunicação e Informação 
c) Autonomia e Alegria 
d) Feedback e conteúdo 
e) Iniciativa e Descontração 
 
Questão 10 
O tutor pode mediar a aprendizagem utilizando uma gama variada de 
ferramentas comunicacionais a fim de interagir com seus alunos dentro ou fora 
do Ambiente Virtual de Aprendizagem que favoreçam a integração e o 
sentimento de “pertença”, trocas, críticas e autocrítica, discussões elaboração, 
colaboração, exploração, experimentação, simulação e descoberta. 
Assinale a alternativa incorreta que mostre as ferramentas possíveis de serem 
utilizadas pelo tutor na mediação. 
a) Chat e Lista de Discussão e Fórum de Discussão 
b) Lista de Discussão e o Fórum de Discussão 
c) E-mail, Fórum de Discussão, Chat, Skype 
d) Lista de Discussão e Email, WhatsApp 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 26 
e) Windows, Word e PowerPoint 
 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: Somente as alternativas I e III estão corretas. 
 
Questão 2 - A 
Justificativa: A tutoria pode ser Presencial, On-line ou Virtual ou a distância e 
Inteligente. (Através de sistemas que dão suporte às atividades da 
aprendizagem) (Gamba, 2001). 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: O tutor precisa analisar as possibilidades de comunicação e 
interação, criando estratégias com para utilizar de maneira adequada as 
ferramentas síncronas e assíncronas, dando suporte necessário ao aluno 
durante todo o curso. 
 
Questão 4 - E 
Justificativa: O tutor é um profissional com experiência em EaD que interage 
com os alunos dando suporte ao ensino, evitando a evasão, realizando trocas 
significativas durante a trajetória do curso. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: O tutor não deve se prender somente aos procedimentos técnico-
administrativos da sua função, mas deve se preocupar, principalmente, com o 
acompanhamento dos alunos quanto às dificuldades encontradas com relação 
ao conteúdo, atividades e participação nos fóruns do curso. 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR27 
Questão 6 - D 
Justificativa: As interações acontecem entre aluno e professores nos avisos, 
dúvidas, questionamentos, entre os alunos e seus colegas de turma, através de 
emails e trocas nos fóruns e através da relação estabelecida entre o aluno e 
seu conteúdo de estudo. 
 
Questão 7 - B 
Justificativa: A competência necessária para que o aluno EaD tenha sucesso no 
curso escolhido é a AUTONOMIA, pois segue uma proposta de aprendizagem 
independente que leva o aluno a aprendizagem de forma flexível, no que tange 
ao espaço, tempo, ritmo, estilo e método de aprender. Com a AUTONOMIA o 
aluno se torna consciente de suas capacidades e possibilidades para sua 
autoformação podendo conciliar de maneira eficaz seu estudo com o tempo 
para a família, diversão e trabalho. Para Piaget (1998) “O aluno que possui 
autonomia não preenche sua memória com avalanches de conhecimento, mas 
utiliza os ensinamentos de forma relevante para tomar decisões ativamente”. 
Fonte: PIAGET, J. A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1998. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: O aluno não precisa demonstrar alegria para conseguir uma 
aprendizagem significativa em EaD. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: A EaD centrada no aluno deve oferecer ao aluno uma formação 
pautada na Informação e Autonomia. O aluno precisa aprender a buscar a 
informação, filtrá-la e aplicá-la à seu favor. Assim está sendo garantida a 
construção do seu conhecimento. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: O Windows é um sistema operacional que oferece interação entre 
o usuário e o computador, o Word é um Editor de Texto e o PowerPoint é um 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 28 
software de apresentação de slides. Os três programas não representam 
ferramentas de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 4: Utilização de ferramentas de EAD .................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Conteúdo online ................................................................................................................ 3 
Vamos entender melhor este assunto? ......................................................................... 4 
Agora, vamos analisar algumas definições importantes............................................ 5 
Vamos identificar algumas características do Ambiente Virtual de 
Aprendizagem em um curso EAD? ................................................................................ 5 
Quer mais um exemplo? .................................................................................................. 6 
Inteligência coletiva .......................................................................................................... 6 
E o que mudou com a WEB 2.0? .................................................................................... 6 
O que podemos concluir? ................................................................................................ 9 
Mas, o que é design instrucional na EAD? .................................................................. 11 
Entendendo o fluxo do design instrucional ............................................................... 11 
Design Instrucional .......................................................................................................... 12 
O que é Designer Instrucional e qual é sua função? ................................................ 13 
Considerações finais sobre Designer instrucional .................................................... 14 
Atividade proposta .......................................................................................................... 17 
........................................................................................................................... 18 Referências
 ......................................................................................................... 19 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 24 
 ..................................................................................................................................... 24 Aula 4
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 24 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 2 
 
Introdução 
Nesta aula, trataremos sobre temas ligados a tecnologias, como: “Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem” (AVA) e “Ferramentas da Web 2.0”, amplamente 
utilizadas em EaD. Também discutiremos sobre conceitos novos como “Design 
Instrucional”, encerrando a disciplina com um tema de fundamental importância 
que é a Avaliação em EaD, a ser encarada como um processo contínuo e 
abrangente do processo ensino-aprendizagem. 
 
Objetivo: 
1. Analisar os diferentes Ambientes Virtuais de Aprendizagem e ferramentas da 
Web 2.0 para EaD, bem como o conceito de Design Instrucional; 
2. Compreender os parâmetros da Avaliação em EaD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Conteúdo online 
Relembrando alguns conceitos: 
Como já vimos nas aulas anteriores, as TIC e a Internet têm colaborado para o 
avanço na Educação a Distância do Ensino Superior no Brasil e com isso tem 
crescido o desenvolvimento de cursos virtuais buscando sempre propostas de 
trabalhos cooperativos entre os alunos. 
 
A modalidade de Educação a Distância apoiada na Web necessita de uma 
Plataforma de Ensino denominada de Ambientes Virtuais de Aprendizagem, o 
que também chamamos de AVA. 
 
Mas o que é um AVA? 
 
Segundo ALMEIDA (2002): 
“Os sistemas computacionais que permitem apresentar as informações de 
maneira organizada e no momento apropriado, desenvolver interações e 
elaborar produções, são denominados ambientes virtuais de colaboração e 
aprendizagem constituídos a partir de um grupo de pessoas que utilizam 
softwares específicos para a comunicação a distância mediada pelas tecnologias 
do conhecimento”. 
 
Esses Ambientes Computacionais Virtuais permitem que a troca de informações 
seja mais imediata e interativa e que os envolvidos no processo ensino-
aprendizagem possam utilizá-lo de maneira eficaz auxiliando na construção do 
conhecimento dos educandos que estão dispersos fisicamente. 
 
Sendo assim, diversos estudos têm sido realizados a fim de que o AVA tenha 
um potencial de recursos didáticos onde a interatividade seja um 
diferencial no processo de ensino e aprendizagem, promovendo a autonomia 
e o processo de tomada de decisão do aluno. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 4 
Em um AVA, a troca de informações é mais imediata e interativa, através da 
expressão de opiniões e pensamentos em debates com professores e alunos, 
respeitando as opiniões dos colegas, concordando, discordando, questionando, 
sugerindo e dialogando saberes. 
 
Neste Ambiente Virtual de Aprendizagem existe uma gama de ferramentas 
síncronas e assíncronas que favorecem a comunicação e mediação da 
aprendizagem. A prática de EAD mostra que dentre as ferramentas síncronas 
mais utilizadas são o Chat e a Videoconferência e entre as ferramentas 
assíncronas se destacam o e-mail, o fórum de discussão, a lista de discussão, o 
glossário e o quadro de avisos. 
 
 
Atenção 
 A comunicação síncrona é realizada em tempo real, exigindo 
participação simultânea de todos os envolvidos. Disponível em: 
http://www.ricesu.com.br/colabora/n4/artigos/n_4/id02c.htm. 
A comunicação assíncrona é realizada em tempos diferentes,não 
exigindo a participação simultânea (em tempo real) dos 
envolvidos. Disponível em: 
http://www.ricesu.com.br/colabora/n4/artigos/n_4/id02c.htm. 
Acesso em: 10 jul. 2014. 
 
Vamos entender melhor este assunto? 
O que Moran afirma: 
 
É difícil desenhar as tecnologias no futuro, mas qualquer que sejam, caminham 
na direção da integração, da instantaneidade, da comunicação audiovisual e 
interativa. (MORAN. Tendências da educação online no Brasil). 
 
A escolha de um AVA deve levar em consideração as características de cada um 
a fim de definir as vantagens e desvantagens de cada para uma escolha mais 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 5 
acertada pela Instituição de Ensino ou Empresa que deseja utilizá-lo como 
ferramenta pedagógica. 
 
Agora, vamos analisar algumas definições importantes 
Você sabe a diferença entre interação e interatividade? O dicionário Aurélio 
define o seguinte: 
 
Interação 
É quando acontece a trocas de informação entre os sujeitos. 
 
Interatividade 
Envolve um contato com as tecnologias atuais. 
 
Vamos identificar algumas características do Ambiente Virtual de 
Aprendizagem em um curso EAD? 
Vantagens 
 
• Os recursos são otimizados; 
• Existem ferramentas síncronas e assíncronas para debate e comunicação; 
• Existe local para entrega de atividade; 
• Biblioteca para busca de material didático complementar; 
• Fácil navegabilidade e entendimento; 
• Seguro; 
• Compatível com vários sistemas operacionais; 
• Interação aluno/professor; aluno/aluno; 
• Estabilidade do sistema. 
 
Modelo de AVA 
A Universidade Estácio de Sá você utiliza o AVA webAula. 
 
O Ministério da Educação utiliza para capacitação de professores o e-Proinfo, 
disponível em: http://e-proinfo.mec.gov.br. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 6 
Quer mais um exemplo? 
A Fundação de apoio à Escola Técnica utiliza o MOODLE para implementar um 
curso de Capacitação de Professores para o uso de Tecnologias Educacionais. 
 
O vídeo “Moodle”. 
Foram apontados alguns exemplos de Plataformas de EAD ou Ambientes 
Virtuais de Aprendizagem (AVA) utilizados por algumas instituições a fim de 
oferecer cursos a distância. Cabe à gestão administrativa do curso escolher qual 
o AVA será utilizado, gratuito (MOODLE) ou proprietário. 
 
Inteligência coletiva 
Algumas dicas que podem legitimar o papel da tutoria: 
 
A Web 2.0 surgiu um novo conceito: “Webware”, definida pela Wikipédia como 
a segunda geração de serviços e aplicativos da Internet, que permite maior 
interação com o usuário, colaborando para a “Inteligência Coletiva”. 
 
“Inteligência Coletiva” foi aproveitada do termo que emergiu da Web 1.0, 
utilizando-se do conceito de “tecnologias da inteligência” de Lèvy (1998), que 
se caracteriza por um novo tipo de pensamento sustentado por conexões 
sociais que são viáveis mediante a utilização das redes abertas de computação 
da Internet. 
 
E o que mudou com a WEB 2.0? 
Em qualquer lugar do mundo pode-se ter acesso à Internet para verificar 
arquivos pessoais. Com a popularização desse serviço e redução dos custos da 
banda larga, os usuários passam a possuir uma conexão direta e a realizar as 
suas atividades cotidianas por meio de um navegador da Internet, também 
conhecidos como browser (Internet Explorer, Mozzila Firefox, GoogleCrome). 
O termo Plataforma veio da possibilidade de utilização do computador 
remotamente a fim de acessar as ferramentas da Web 2.0. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 7 
Povoa (2007) faz uma síntese dos principais padrões que são considerados 
como parte do grupo de tendências dessa segunda geração web, a saber: 
 
1. A web como plataforma – Os sites deixam de possuir uma característica 
estática para se tornarem verdadeiros aplicativos, funcionando como os 
softwares que rodam no microcomputador. 
 
2. Simplicidade – Objetivam uma integração mais eficiente com o usuário, com 
interfaces mais intuitivas como acessar, cadastrar e utilizar as ferramentas com 
mais praticidade. 
 
3. Rede Sociais – Houve uma explosão de audiência em sites que formam e 
catalisam comunidades, tais como Orkut, Facebook, My Space, Twitter, 
WhatsApp Linkedin,entre outros que ampliam os espaços de comunicação e 
trocas de experiências. 
 
4. Flexibilidade no Conteúdo – Essa característica ressalta a autonomia do 
usuário, que passa a gerar conteúdo (Blogs, Youtube, GoogleDocs), classificá-lo 
e editá-lo. 
 
Já Romani e Kuklinski (2007, p. 15) complementa com mais alguns princípios 
da Web 2.0: 
 
1. World Wide Web como plataforma de trabalho: a dinâmica da Web 2.0 passa 
a ter programas gratuitos. Começa a surgir o conceito de Webtop, oposto de 
desktop, pois as ferramentas e seus conteúdos estão disponibilizados na web. 
 
2. Fortalecimento da inteligência coletiva: o usuário define a forma de 
participação na Web. 
 
3. Gestão de base de dados como competência básica. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 8 
4. Fim do ciclo de atualização de versão de software: como os programas estão 
na plataforma web, não é necessário o pagamento por atualização de 
programas utilizados. 
 
5. Modelos de programação rápida associada à busca de simplicidade. 
 
6. Software não limitado apenas a um dispositivo: os produtos Web 2.0 não se 
limitam apenas aos computadores, podendo ser utilizados por outros meios 
como os telefones móveis. 
 
7. Experiência enriquecedora dos usuários: um exemplo são os blogues, pois a 
partir dessa ferramenta os usuários podem criar, editar, interagir com os 
leitores, sendo um elemento que reforça a cultura organizacional. 
 
Pode-se notar que as possibilidades da Web 2.0 são diversas, possibilitam a 
comunicação e interação muito-para-muitos e caracteriza uma sociedade em 
rede. Esse fato tem proporcionado à educação online uma participação efetiva 
nesse contexto evolutivo utilizando as tecnologias emergentes. 
 
Moran (2003, p.40) caracteriza a educação online como “um conjunto de ações 
de ensino-aprendizagem desenvolvidas por meios telemáticos, como a Internet, 
a videoconferência e a teleconferência”. E ainda complementa que a educação 
online pode ser composta por cursos totalmente virtuais, semipresenciais ou 
presenciais com atividades pela Internet. 
 
Logo, a educação online altera o conceito de “distância” incorporando novos 
elementos como a interatividade e a aprendizagem colaborativa, ou seja, “além 
de aprender com o material, o participante aprende na dialógica com outros 
sujeitos envolvidos (...) através de processos de comunicação síncronos e 
assíncronos (SANTOS, 2005, p. 34 apud Gouveia, 2000). 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 9 
Por outro lado, precisam desenvolver competências sociais como: trabalhar em 
grupo, com responsabilidade e respeito. E outras competências como: a 
aprendizagem autônoma, imaginação, criatividade, iniciativa, reflexão, 
resolução de problemas, capacidade de adaptação, prazer pela leitura, 
compreensão dos textos lidos e facilidade de se expressar em grupo expondo 
suas ideias e aceitando críticas e sugestões. 
 
Merces (In: MUNHOZ, 2011, p. 62) diz que “O conhecimento não é acumulado 
nem descoberto pelos alunos: ele é construído/moldado por meio da ação 
comunicativa entre as pessoas”. 
 
Com a percepção da Web 2.0 e futura “Web 3.0”, têm-se chances de alcançar 
os objetivos da educação que é formar cidadãos para a sua era, que é da 
informação e comunicação, em que neste novo paradigma versões finais podem 
nunca existir, pois a evolução é permanente. 
 
O que podemos concluir? 
É preciso observar que os recursos tecnológicos da Web 2.0 podem alterar o 
modelo de aprendizagem do sistema convencional (presencial) para a 
modalidade de educação a distância, usando os ambientes virtuais de 
aprendizagem como fonte para disseminação do conhecimento. 
 
A facilidade em publicarconteúdos e em comentar posts (mensagens 
publicadas em ferramentas Web 2.0) fez com que as redes sociais se 
desenvolvessem online. As ferramentas como Blogs, Wikis, Youtube, Podcast, 
redes de relacionamento como Orkut, Facebook, Myspace e Twitter estimulam 
o processo de interação social e de aprendizagem. A Wikipédia é um exemplo 
de Inteligência Coletiva e seu fundador, o presidente Jimmy Wales, defende 
que a Web 2.0 se baseia em confiar nos internautas, propiciar o aumento da 
interatividade entre eles e levar as Comunidades Virtuais a sério. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 10 
Outras ferramentas significativas e de sucesso da Web 2.0 são as ferramentas 
do Google Docs que oferecem acesso aos documentos de qualquer parte do 
mundo onde se tenha um ponto de Internet. A possibilidade de manuseio 
simultâneo desses documentos pelos usuários convidados para colaborar fez do 
Google Docs um grande aliado na construção do conhecimento. 
 
O Linkedin possui mais de milhares de usuários no mundo e agrega 
profissionais de várias áreas. Tem sido uma importante fonte de contatos entre 
trabalhadores e empresas e está repleta de oportunidades de emprego 
oferecidas pelos seus diversos membros que procuram profissionais 
especializados. 
 
OSecond Life é uma ferramenta que permite experiências tridimensionais, 
criando uma personagem e andando pelos ambientes produzidos por outros 
usuários. Com essa ferramenta atinge-se a possibilidade do ser humano ser 
representado, transportado virtualmente para um novo mundo e conviver com 
outras pessoas. 
 
 
Atenção 
 Com isso, podemos observar um desenvolvimento de atividades 
abrangentes na medida em que se utilizam as ferramentas da 
Web 2.0, pois os alunos se interessam mais pela produção de 
seus trabalhos, bem como pela publicação automática na rede, 
isso porque para tais ações não são necessários grandes 
conhecimentos de programação e de ambientes sofisticados. 
De acordo com Isotani et al. (2009), utilizando os recursos da 
Web 2.0 o professor poderá ajudar os alunos na elaboração de 
textos, auxiliar nas pesquisas, bem como na emissão de opiniões 
e debates com outros usuários, usando portfólios digitais em 
redes de colaboração, projetos de ensino-aprendizagem 
inseridos no novo paradigma educacional. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 11 
Mas, o que é design instrucional na EAD? 
Como podemos perceber, as tecnologias atuam como recursos pertencentes 
aos Ambientes virtuais de aprendizagem e o design instrucional irá organizá-las 
a fim de suprir as diversas necessidades educacionais existentes na Gestão de 
um Curso de Ensino a Distância. 
 
O design é um produto final de um AVA, onde é observado sua forma, 
funcionalidade, propósito e intenções. A instrução nada mais é que o ensino 
propriamente dito mediada pelas ferramentas de comunicação a fim de 
favorecer o processo ensino-aprendizagem. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Filatro (2008, p. 4), definimos design instrucional 
como a ação intencional e sistemática de ensino que envolve o 
planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos, 
técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais 
em situações didáticas específicas, a fim de promover, a partir 
dos princípios de aprendizagem e instrução conhecidos, a 
aprendizagem humana. 
Sendo assim, entendemos que o design instrucional tem grande 
importância na gestão de um curso a distância, no que tange ao 
processo de identificação e busca de solução para solução de um 
problema e envolve um conjunto de atividades, necessidades, 
desenho, implementação e avaliação. 
O design instrucional também utiliza da teoria para fundamentar 
os métodos de instrução mais adequados a diferentes tipos de 
aprendizagem. 
 
Entendendo o fluxo do design instrucional 
Veja a figura abaixo, onde Filatro ilustra os fundamentos do design instrucional 
e as áreas envolvidas. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 12 
 
 
 
Fonte: Adaptado de JOHSON K. FOALinJ. Instrucional designer new 
alternatives for effective education and training. Nova York: Colier 
Macmillan Publishers, 1989, p. 5. 
 
Design Instrucional 
Podemos perceber que o design instrucional está ligado as três áreas 
fundamentais do conhecimento: 
 
Ciências Humanas 
Envolve Psicologia do Comportamento, Psicologia do Desenvolvimento Humano, 
Psicologia Social e Psicologia Cognitiva. 
 
Ciências da Informação 
Envolve Comunicações, Mídias audiovisuais, Gestão da informação e Ciência da 
Computação e a terceira, Ciências da Administração: Abordagem Sistêmica, 
Gestão de Projetos e Engenharia de Produção. 
 
Ciências da Administração 
Envolve Comunicações, Mídias audiovisuais, Gestão da informação e Ciência da 
Computação e a terceira, Ciências da Administração: Abordagem Sistêmica, 
Gestão de Projetos e Engenharia de Produção. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 13 
 
Atenção 
 As ações do Design Instrucional estão divididas em fases como: 
• Analisar a necessidade; 
• Projetar a solução; 
• Desenvolver a solução; 
• Implementar a solução; 
• Projetar e avaliar a solução. 
 
O que é Designer Instrucional e qual é sua função? 
Qual a definição para DESIGNER INSTRUCIONAL? 
 
O Designer Educativo (DE) indica o profissional ressignificado com a 
emergência da Internet [...] um profissional genérico e especializado na área de 
planejamento educativo, que utiliza diálogo como princípio organizador a partir 
do qual vai desenvolvendo sua arte de criar condições para encontros 
educativos [...] trata-se de uma profissão constituída. (GOMES, 2004) 
 
Perfil do designer instrucional 
 
Qual o Perfil do profissional de DESIGNER INSTRUCIONAL? 
 
• Comunicar-se efetivamente, por meio, oral, escrito; 
• Aplicar pesquisas e teorias atualizadas à prática do design instrucional; 
• Atualizar e melhorar habilidades, atitudes e conhecimentos referentes ao 
design instrucional; 
• Refletir sobre os elementos de uma situação antes de finalizar decisões sobre 
soluções e estratégias de design; 
• Conduzir um levantamento de necessidades; 
• Projetar um currículo ou programa; 
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir; 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 14 
• Selecionar, modificar ou criar um modelo de design e desenvolvimento para 
determinado projeto; 
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir e encadear o 
conteúdo e as estratégias instrucionais; 
 
• Identificar e descrever as características da população alvo; 
• Analisar as características do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA); 
• Analisar as características de tecnologias existentes e emergentes em seus 
usos em um ambiente instrucional; 
• Selecionar, modificar ou criar um modelo de design e desenvolvimento para 
determinado projeto; 
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir e encadear o 
conteúdo e as estratégias instrucionais; 
• Selecionar ou modificar materiais instrucionais existentes; 
• Desenvolver materiais instrucionais; 
 
• Projetar uma solução educacional que se adapte a diversos perfis de alunos 
ou grupos de alunos; 
• Avaliar a instrução e seu impacto; 
• Planejar e gerenciar projetos de design instrucional; 
• Promover a colaboração, parcerias e relacionamentos entre os participantes 
de um projeto de design; 
• Aplicar habilidades de gestão de projetos ao design instrucional; 
• Projetar sistemas de gestão da instrução; 
• Implementar eficazmente produtos e programas para sistemas EAD. 
 
Considerações finais sobre Designer instrucional 
Viu como é ampla a carreira de um designer instrucional? Ele é considerado um 
profissional capaz de fazer parte de diversas áreas a fim de atingir o principal 
objetivo que é promover a aprendizagem significativa em ambientes virtuais de 
aprendizagem. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINOSUPERIOR 15 
Vimos a importância do planejamento de um bom curso EAD e o papel 
fundamental do Design Instrucional para o sucesso do curso EAD. 
Vamos refletir sobre a Avaliação em EAD? 
 
Para iniciar essa discussão vamos pensar na seguinte pergunta: O que avaliar? 
 
De acordo com Pavão (2003), o objetivo geral do ensino, no atual momento 
social, é o desenvolvimento de competências nos vários campos do saber. 
Entende-se por competência a capacidade de o indivíduo mobilizar recursos 
cognitivos e emocionais para enfrentar situações complexas (MORETTO, 2002). 
 
O mesmo autor aponta os quatro aspectos abaixo como os mais importantes 
relacionados com essa competência, e eles são alguns dos pontos a serem 
avaliados: 
 
a) Habilidade – Segundo Moretto (2001), habilidade significa saber fazer algo. É 
uma capacidade adquirida, física ou mental, dependente de aprendizado e/ou 
treino. O processo de aquisição de habilidades varia de indivíduo para indivíduo, 
pois depende de elementos próprios, que podem ser de origem genética ou até 
mesmo outras habilidades previamente adquiridas, que facilitam ou dificultam a 
nova aquisição. São habilidades importantes em várias áreas do conhecimento, 
as capacidades de identificar, relacionar, associar, analisar, avaliar, manipular 
com destreza, saber ouvir, entre outras. 
 
b) Domínio da linguagem – Entende-se por linguagem um conjunto de símbolos 
e/ou sinais que possuem sentido dentro de um contexto específico. Cada área 
do conhecimento possui a sua própria linguagem e a capacidade de dominar tal 
linguagem é um dos indicativos da competência do indivíduo naquela área 
determinada. Na interação professor/aluno a linguagem assume um aspecto 
importante, pois o aluno só conseguirá apropriar-se dos conteúdos ensinados 
pelo professor se este conseguir expressar-se na linguagem do aluno, que é 
fruto do contexto social dele. Podemos dizer que uma habilidade importante 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 16 
para um professor ou um tutor competente é a capacidade de saber ouvir e 
entender a expressão do aluno na sua própria linguagem. 
 
c) Valores culturais – Os valores culturais são próprios de uma determinada 
sociedade e estabelecem o contexto cultural da situação. Portanto o 
conhecimento dos valores culturais vigentes é importante para a resolução de 
qualquer situação complexa com a qual o indivíduo se depare. A solução de um 
problema, que é correta em um contexto sociocultural pode não o ser em um 
contexto diferente, mesmo que o problema seja o mesmo. 
d) Capacidade de administrar emoções – Deve ser criado um contexto de 
aprendizagem onde o aluno aprenda a administrar suas emoções, que o motive 
a aprender, integrando seus mundos intelectual e emocional, para que cresçam 
continuamente. 
 
As funções da avaliação 
Compreender a avaliação como um processo dinâmico é fundamental, na 
medida em que os seus elementos têm forte relação com o modo ou instruções 
que definem as suas funções na ação docente do cotidiano do professor, bem 
como na relação desses elementos com as realidades onde se aplica a 
avaliação. 
 
Nesse contexto, as cinco funções que se seguem apresentam, de certo modo, a 
expectativa sobre cada uma delas no processo avaliativo, sendo: 
 1. em processo - a visão contínua da avaliação (diagnóstica - diária, 
tendências, previsões, decisões, ajustes); 
 2. a autoavaliação - onde estou, quem sou e para onde quero ir (de 
propiciar a autocompreensão); 
 3. a motivação - motivar o crescimento de que modo? Estou motivando ou 
desmotivando esse crescimento?; 
 4. a de aprofundar a aprendizagem (a qualidade na prática avaliativa como 
elemento de aprofundamento da aprendizagem); 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 17 
 5. e a de auxiliar a aprendizagem – descobrir as conexões da aprendizagem 
(estilos de aprendizagem e intervenções etc.). 
 
Nos cursos que utilizam concepções pedagógicas tradicionais, os professores 
centralizadores, que se colocam como os que conhecem, organizam o curso a 
partir de textos e atividades que reforcem o papel principal do professor, o que 
difere da concepção socioconstrutivista, onde o professor possui uma visão 
mais participativa do processo educacional e estimula a criação de 
comunidades, a pesquisa em pequenos grupos, a produção individual e 
coletiva. O currículo pode ser flexibilizado! 
Um curso EAD que utilize somente as mídias (material impresso, televisão, 
rádio, vídeo, dispensa a figura dos mediadores - professores e/ou tutores, e os 
processos frequentes de interação e avaliação) dificulta a efetivação da prática 
interdisciplinar. 
 
Em se tratando da utilização das ferramentas de comunicação disponibilizadas 
em um AVA (correio eletrônico, fóruns, grupos de discussão, chats etc.), essa 
limitação pode ser superada, pelo menos potencialmente, devido à 
interatividade. 
 
Atividade proposta 
Nesta atividade você deverá analisar a plataforma de Ensino a Distância que 
você utiliza “Webaula” e descrever as vantagens de sua utilização em um curso 
EaD. 
 
Chave de resposta: Os Recursos são otimizados; Existem ferramentas 
síncronas e assíncronas para debate e comunicação Existe Local para entrega 
de tarefas, biblioteca para busca de material didático complementar; Fácil 
navegabilidade e entendimento; Seguro; Compatível com vários Sistemas 
Operacionais; Interação aluno/professor; aluno/aluno, Estabilidade do Sistema. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 18 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre tecnologias da educação, leia o texto 
disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
Para saber mais sobre Moodle e suas possibilidades, acesse e 
veja o vídeo disponível em nossa galeria de vídeos. 
 
Referências 
ALMEIDA, M. E. B. Educação, projetos, tecnologia e conhecimento. 
Ensinar e aprender com as tecnologias de informação e comunicação. São 
Paulo: PROEM, 2002. 
FARIA, Adriano Antônio. O que e quem da EaD: história e fundamentos. 
Curitiba: Ibpex, 2013. (Série Fundamentos da Educação). 
FILATRO, Andrea. Design instrucional na prática. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2008. 
ISOTANI, S. et al. Os rumos da web semântica e da web 2,0 nos 
ambientes educacionais. Disponível em: http://www.br-
ie.org/index.php/sbie/article/view/767/753. Acesso em: set. 2010. 
 GOMEZ, Margarita Victoria. Educação em rede: uma visão emancipadora. 
São Paulo: Cortez, 2004. 
GOUVEIA, L. M. B. Ambientes virtuais colaborativos: a procura de formas 
alternativas de interacção. In: Revista politécnica. Edições da cooperativa de 
ensino politécnico, Porto: dez., 2000. 
MAIA, Carmem, João Matar. ABC da EaD. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2007. 
MORAN, J M. Avaliação do Ensino Superior a Distância no Brasil. 
SãoPaulo: S.I., 2003. 
MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um 
acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. p.93-122. 
MUNHOZ, Antonio Siemsen. O estudo em ambiente virtual de 
aprendizagem: um guia prático. Curitiba: Ibpex, 2011. 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 19 
LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a 
escola? Disponível em: 
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p071-080_c.pdf. 
Acesso em: 08 jun. 2014. 
O'REILLY, Tim (2005). What is web 2.0? Design patterrns and business 
models for tehe NExt generation of software. Disponível em: 
http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.htm. Acesso em: 08 
jun. 2014. 
PÓVOA, Marcelo. O que é web 2.0? Disponível em; 
http://webinsider.uol.com.br/2006/10/30/o-que-e-web-20/. Acesso 
em: 10 jun. 2014. 
QUADROS, Teresinha; MARTINS, Joberto S. B. A prática interdisciplinar em 
programas de educação a distância num cenário de novas tecnologias 
da informação e comunicação. NUPPEAD/UNIFACS, BA, Brasil. 
ROMANÍ, Cristóbal C.; KUKLINSKI, Hugo P. Planeta web 2.0: inteligenciacolectiva o medios fast food. México: 2007. Disponível em: 
http://www.planetaWeb2.net. Acesso em: 08 jun. 2014. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
“[...] O designer Educativo (DE) indica o profissional ressignificado com a 
emergência da Internet [...] um profissional genérico e especializado na área de 
planejamento educativo, que utiliza diálogo como princípio organizador a partir 
do qual vai desenvolvendo sua arte de criar condições para encontros 
educativos [...] trata-se de uma profissão constituída. (Gomes, 2004). A partir 
desse fragmento, marque qual das opções abaixo, não são consideradas ações 
do Designer Instrucional em EAD: 
a) Analisar a necessidade 
b) Projetar a solução 
c) Desenvolver e Implementar soluções 
d) Estar em constante contato com os alunos 
e) Projetar e avaliar a solução 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 20 
 
Questão 2 
IFRN/2012. “Os recursos técnicos de comunicação têm protagonizado um 
avanço espetacular. Os meios de aprendizagem baseados em material 
impresso, laboratório, áudio, vídeo ou informática e a emissão das mensagens 
educativas em suas distintas variantes (correio, telefone, rádio, televisão, 
telefax, videoconferência, internet, etc.) eliminam ou reduzem substancialmente 
os obstáculos de caráter geográfico, econômico, profissional, familiar ou 
similares, para que o estudante possa ascender aos níveis escolares mais altos.” 
(GARCIA ARETIO, Lorenzo. Bases Conceptuales. In Garcia Aretio. La Educación 
a Distancia. De la teoría a la práctica. Barcelona: Ariel, 2001. Coleción Ariel 
Educación.) Sobre a utilização desses meios técnicos na Educação a Distância, é 
correto afirmar que: 
a) O uso integrado de recursos básicos e complementares substitui 
totalmente o professor e/ou tutor, uma vez que os instrumentos virtuais 
assumem os papéis que seriam deles; 
b) Assim como no ensino presencial, os meios técnicos na EaD podem ser 
substituídos totalmente pela atuação de professores sem prejuízos para 
o processo de aprendizagem; 
c) O uso integrado de recursos básicos e complementares é considerado 
como característica própria, que tem impulsionado o recente crescimento 
dessa modalidade de ensino; 
d) A eficácia de um programa ou curso de EaD depende exclusivamente da 
capacidade de estudo autônomo do aluno, o que não diz respeito à 
escolha e ao uso dos meios técnicos; 
e) Não há ligação entre recursos tecnológicos e modalidade EaD. 
 
Questão 3 
São exemplos de plataformas virtuais utilizadas em Educação a Distância: 
a) Moodle, FireFox, Linux 
b) Moodle, Webaula, e-ProInfo 
c) Webaula, Windows Explorer, Firefox 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 21 
d) Apple, Windows Explorer, Android 
 
Questão 4 
A Web 2.0 representa a segunda geração da Web. Ela oferece serviços online 
de conteúdos e programas que possibilitam a interatividade. Entre as 
alternativas, assinale aquela que não representa a Web 2.0: 
a) GoogleDocs 
b) Blogger 
c) Wikipédia 
d) Youtube 
e) Internet Explorer 
 
Questão 5 
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem têm um imenso potencial para modelos 
pedagógicos colaborativos. Entre as opções abaixo, qual não é considerada 
característica de umAmbientes Virtuais de Aprendizagem? 
a) Comunicação grupo a grupo 
b) Independência de lugar 
c) Independência de conexão com a Internet 
d) Independência de tempo 
e) Interação via computadores 
 
Questão 6 
O modelo de educação a distância adotado por uma instituição de ensino define 
o processo de avaliação de um curso. Desse modo, a avaliação não é neutra, é 
determinada pela concepção de educação e pela abordagem pedagógica 
definida no projeto pedagógico de curso (Mattar, 2012, p. 136). Nessa 
perspectiva, em cursos a distância é importante que a avaliação do aluno 
contemple três tipos de avaliação, segundo Bloom (1971). Sâo elas: Avaliação 
Diagnóstica, Formativa e Somativa. Assinale a alternativa correta que indica a 
aplicação da Avaliação Somativa: 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 22 
a) Permite que se acompanhe o processo de aprendizagem do aluno 
durante a aplicação da prova; 
b) Possibilita que se identifique o conhecimento sobre um tema pelo aluno 
antes do início do curso; 
c) Possibilita, ao final do curso, mensurar todo o processo de aprendizagem 
do aluno; 
d) Possui a preocupação de valorizar mais os instrumentos qualitativos do 
que os quantitativos; 
e) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
Questão 7 
Na modalidade EaD, a ideia de formação de equipes multidisciplinares para a 
estruturação e ofertas dos cursos se faz necessária. Uma das profissões que 
ganhou maior importância foi a do “Designer Instrucional”. Esse profissional 
tem diversas responsabilidades. Dentre elas: 
I) Analisar a produção final dos materiais organizados, verificando possíveis 
falhas na configuração de design gráfico que possam dificultar a leitura pelo 
aluno. 
II) Projetar soluções para problemas educacionais específicos em situações de 
aprendizagem por meios eletrônicos ou outros que se fizerem necessário. 
III) Avaliar o nível de coerência entre os objetivos de aprendizagem, a 
apresentação dos conteúdos e a estrutura das atividades de fixação, atentando 
para a clareza dos enunciados e os comandos. 
IV) Revisar o material didático impresso ao ser finalizado, buscando identificar 
possíveis erros de formatação gráfica, digitação, deslocamentos de textos ou 
imagens, entre outros. 
Assinale as sentenças corretas: 
a) I, II, III e IV 
b) I, II, III 
c) II, III, IV 
d) III e IV 
e) I e III 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 23 
Questão 8 
Na modalidade EaD, a aluno deve ser capaz de tomar conhecimento dos “erros” 
a fim de encontrar outros caminhos para a aprendizagem. Ou seja, o “erro” é 
encarado como um “futuro” acerto. Sobre avaliação, podemos afirmar que: 
a) Nunca somos avaliados nem nos avaliamos; 
b) A avaliação só existe em situações formais; 
c) Dificilmente emitimos julgamentos, avaliações; 
d) Em nossa família, somos avaliados como filhos, pais, amigos, maridos ou 
esposas; 
e) Não é possível avaliar porque não temos certas noções do que é 
considerado certo ou errado em determinadas épocas. 
 
Questão 9 
A Educação online exige dos alunos competência para trabalhar em grupo, 
resolver problemas, capacidade de adaptação, prazer pela leitura, compreensão 
dos textos lidos e facilidade de se expressar expondo suas ideias e aceitando 
críticas e sugestões. Quanto à competência, não podemos afirmar que: 
a) É a capacidade de memorizar o maior número de informações que for 
possível; 
b) É a capacidade de o sujeito mobilizar recursos, sob o ponto de vista 
"cognitivo", para enfrentar situações complexas; 
c) Precisamos entendê-la como uma capacidade de o sujeito "ser capaz 
de“; 
d) Está relacionada ao verbo mobilizar, que significa movimentar com força 
interior, o que é diferente de apenas deslocar, que corresponde a 
transferir de um lado para o outro; 
e) Seu conceito está ligado à sua finalidade: abordar (e resolver) situações 
complexas. 
 
Questão 10 
O professor, ao elaborar a avaliação deve levar em consideração algumas 
recomendações importantes. Abaixo estão relacionadas algumas, exceto: 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 24 
a) Abordar assuntos relevantes da matéria, evitando aqueles de menor 
valor; 
b) Usar sempre assuntos polêmicos, principalmente em se tratando de 
expressar opiniões pessoais sobre eles; 
c) Construir perguntas claras e objetivas, sem "pegadinhas", as quais 
somente para o desinteresse e a insatisfação dos alunos; 
d) Prever apenas uma resposta certa para cada questão, evitando assim, 
colocações ambíguas; 
e) Redigir com clareza os enunciados, usando vocabulário simples e 
acessível. 
 
Aula 4 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: É papel do Tutor Ead e não do Designer Instrucional, secomunicar 
constantemente com o aluno. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: A modalidade EaD vem crescendo aceleradamente devido ao uso 
integrado dos recursos tecnológicos que minimizam distâncias e favorece uma 
atuação do tutor como mediador do processo ensino-aprendizagem, além de 
proporcionar ao aluno uma autonomia para organizar seus estudos. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: As plataformas Moodle (Solftware Livre), Webaula (utilizado pela 
Estácio) e e-ProInfo (utilizada pelo Governo Federal em capacitações) são 
exemplos de plataformas utilizadas em Educação a Distância. O Firefox e 
Windows Explorer são navegadores, o Linux e Android são Sistemas 
Operacionais Livres e a Apple é a marca de uma empresa de hardware. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 25 
Questão 4 - E 
Justificativa: O software “Internet Explorer” é somente um navegador (browser) 
da Internet criado pela Empresa Microsoft. Sendo assim, não pode ser 
considerado uma ferramenta da Web 2.0. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem dependem de conexão 
com a Internet a fim de oportunizar os recursos necessários de comunicação 
tão necessários na modalidade EaD. 
 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Segundo Bloom (1971), a Avaliação Somativa se constitui num 
ponto de parada para análise das informações recolhidas no decorrer do curso. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: O Designer Instrucional é o profissional que tem habilidades e 
competências técnicas e pedagógicas analisar e revisar a produção final dos 
materiais tanto online como impressos, identificando falhas que possam 
dificultar a leitura pelo aluno, buscando também possíveis erros de formatação 
gráfica, digitação, deslocamentos de textos ou imagens, entre outros; Projetar 
soluções para problemas educacionais específicos em situações de 
aprendizagem e Avaliar o nível de coerência entre os objetivos de 
aprendizagem, a apresentação dos conteúdos e a estrutura das atividades de 
fixação, atentando para a clareza dos enunciados e os comandos. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: Somos avaliados e nos avaliamos o tempo. Nossas famílias, 
amigos e pessoas do trabalho estão sempre lançando opiniões ao nosso 
respeito e até julgando nossas condutas que, muitas das vezes nos levam a 
reflexão e mudança de comportamento. 
 
 
 TICS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR 26 
Questão 9 - A 
Justificativa: Competência é a capacidade de o sujeito mobilizar recursos sob o 
ponto de vista "cognitivo'” a fim de enfrentar situações complexas. 
 
Questão 10 - B 
Justificativa: Na elaboração de avaliações, devem ser evitados os assuntos 
polêmicos, principalmente, em se tratando de expressar opiniões pessoais sobre 
os mesmos. 
   Fechar  
 O resultado desta avaliação ficará disponível a partir do dia 19/11/2016.
 
   TICS E EDUCAÇÃO A DIST.NO ENSINO SUPERIOR
Simulado: NPG1016_AV_201407218085 
Aluno(a): MARCO ANTONIO SILVA JORGE Matrícula: 201407218085
Data: 12/11/2016 14:59:07 (Finalizada)
 
  1a Questão (Ref.: 201407900592)
No Ambiente Virtual de Aprendizagem existe uma gama de ferramentas síncronas e assíncronas que favorecem
a comunicação e mediação da aprendizagem. Pedro é um aluno que definiu que sua comunicação com o tutor
se dará somente através de ferramenta síncrona. Ele está usando somente:
Glossário
chat
Lista de discussão
Email
Fórum de discussão
 
  2a Questão (Ref.: 201407900565)
No modelo teórico construtivista, desenvolvido por Piaget e renovado pelas contribuições interacionistas de
Vygotsky, o conhecimento é construído por meio da significação e interpretação do mundo. O sujeito do
conhecimento interage com o meio e interpreta as inúmeras perspectivas da realidade que o cerca. Assim
sendo no paradigma atual da EaD, o papel do aluno ultrapassa o conceito tradicional de receptáculo de
informações e assume um outro papel. Assinale a opção que NÃO representa este papel:
Sujeito ativo no processo de apropriação dos instrumentos de mediação fornecidos pelo ambiente
cultural
Papel de agente de uma aprendizagem colaborativa e participativa
Posicionamento crítico na construção, e não aquisição, do conhecimento
Sujeito passivo e espectador da construção do conhecimento dos demais colaboradores
Posicionamento ativo no processo de contínua reorientação dos processos de aprendizagem,
provocando, continuamente, o desenvolvimento de novos e mais complexos esquemas mentais
 
  3a Questão (Ref.: 201407872426)
Embora continue crescendo no Brasil e aumentando a quantidade de adeptos, a EaD ainda é vítima de
preconceitos e discriminação. A legislação sobre EaD, no entanto, tem contribuído para aumentar a credibilidade
e a aceitação dessa modalidade de ensino, assegurando:
Diferenciação de carga horária no currículo entre cursos presenciais e a distância.
diferenciação entre os diplomas emitidos para alunos EaD e Presencial
Metodologias e formas de gestão e avaliação iguais para a modalidade EaD e para o ensino presencial.
realização de exames não presenciais, para fins de promoção e conclusão de estudos.
equivalência de títulos obtidos pelos alunos EaD em relação àqueles obtidos na educação presencial.
 
javascript:window.close();
  4a Questão (Ref.: 201407872442)
A EaD trouxe a queda das barreiras de tempo e envolve diferentes mídias como material impresso, telefone,
rádios, Internet, CD­ROM, Pendrive, promovendo a autonomia do aprendiz, por meio de um estudo flexível e
independente.
Essa transição de paradigmas, nos leva a pensar em um paradigma voltado para:
I ­ multiplicidade dos saberes; a complexidade da realidade;
II ­a revalorização da subjetividade e do protagonismo do indivíduo;
III ­ a busca da visão de totalidade, as abordagens interdisciplinares e integradas;
IV ­ a superação da reprodução de saberes e a valorização da construção do conhecimento centrada no sujeito
aprendiz
V ­a preferência por metodologias ativas, abertas e colaborativas; a constituição de um sujeito aprendiz
autônomo.
Baseado nas alternativas acima, podemos afirmar que:
As alternativas I, II, III, IV e V estão corretas
Somente o IV e V estão corretas
Somente I e IV estão corretas
Somente II, II e IV estão corretas
Somente I e III estão corretas
 
  5a Questão (Ref.: 201407872086)
O processo de aprendizagem aliadas às TIC estão alterando as formas de ensinar e aprender. Neste sentido,
que situação é mais condizente com o cenário descrito?
O computador substituindo o professor; o aluno interagindo com o computador.
Não há relação entre a inserção das TIC e as mudanças no processo ensino­aprendizagem
O professor transmissor de fatos e conhecimentos; o aluno memorizador.
O processo comunicativo unidirecional; o aluno participativo.
O professor como organizador de situações de aprendizagem; o aluno ativo.
 
  6a Questão (Ref.: 201407851793)
A Comunicação Síncrona em EaD é realizada simultaneamente, em tempo real. A Comunicação Assíncrona
permite que se insiram as ideias que podem ser acessadas no momento em que o usuário acessa um Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA). São consideradas, respectivamente, ferramentas de comunicação síncrona e
assíncrona:
Chat e Fórum.
Notas e Chat.
Perfil e Notas.
Chat e Notas.
Fórum e Perfil.
 
  7a Questão (Ref.: 201407851792)
O Decreto n.º 5.800/2006 é um grande marco da educação a distância no Brasil. Ele dispõe sobre:
o Sistema Universidade Aberta do Brasil
o Programa Nacional de Informática na Educação.
o Banco Internacional de Objetos Educacionais.
o Portal do Professor.
a TV Digital.
 
  8a Questão (Ref.: 201407851791)
A pedagogia diz respeito à aprendizagem infanto­juvenil. A Andragogia diz respeito a aprendizagem do adulto.
Eis que um novo termo surge em 2000, que estuda o comportamento do aluno a distância. É o conceito de
heutagogia, que significa aprendizagem_____________. Marque a alternativa que completa corretamente a
sentença.
de idosos.
de adolescentes.
autodeterminada
pela experiência.
significativa.9a Questão (Ref.: 201407851785)
Marque a alternativa correta quanto aos exemplos de plataformas virtuais utilizadas no Ensino a Distância:
Moodle, Freire e Windows Vista
Freire, FireFox, Linux
Moodle, e­ProInfo, Webaula
e­ProInfo, Windows Explorer, Firefox
Webaula, Windows Explorer, Mackintosh
 
  10a Questão (Ref.: 201407900551)
Chamamos Sociedade do Conhecimento ou Sociedade da Informação esse novo grupo de pessoas cercado por
informação. Mas há diferença entre os conceitos de informação e conhecimento. Assinale a resposta que
apresenta o conceito de conhecimento:
Abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém
Abstração exterior, pessoal, de algo que foi vivenciado por alguém
Capacidade de interpretar a informação exterior
Abstração informal que não pode ser formalizada através de uma teoria lógica ou matemática
Capacidade de executar uma tarefa no mundo real ou imaginário
 
 
 
javascript:abre_colabore('37264','51434257','885598859');
  Fechar 
 
 
 
 
Disciplina:  TICS E EDUCAÇÃO A DIST.NO ENSINO SUPERIOR
Avaliação:  NPG1016_AV_201407218085      Data: 12/11/2016 14:59:07 (F)      Critério: AV
Aluno: 201407218085 ­ MARCO ANTONIO SILVA JORGE
Professor: CRISTIANE DE CARVALHO GUIMARAES Turma: 9001/AA
Nota da Prova: 5,0       Nota do Trab.: 2,5      Nota de Partic.: 2,5
 
  1a Questão (Ref.: 660699) Pontos: 0,5  / 0,5
No Ambiente Virtual de Aprendizagem existe uma gama de ferramentas síncronas e assíncronas que favorecem
a comunicação e mediação da aprendizagem. Pedro é um aluno que definiu que sua comunicação com o tutor
se dará somente através de ferramenta síncrona. Ele está usando somente:
Glossário
  chat
Lista de discussão
Email
Fórum de discussão
 
  2a Questão (Ref.: 660672) Pontos: 0,5  / 0,5
No modelo teórico construtivista, desenvolvido por Piaget e renovado pelas contribuições interacionistas de
Vygotsky, o conhecimento é construído por meio da significação e interpretação do mundo. O sujeito do
conhecimento interage com o meio e interpreta as inúmeras perspectivas da realidade que o cerca. Assim
sendo no paradigma atual da EaD, o papel do aluno ultrapassa o conceito tradicional de receptáculo de
informações e assume um outro papel. Assinale a opção que NÃO representa este papel:
Sujeito ativo no processo de apropriação dos instrumentos de mediação fornecidos pelo ambiente
cultural
Papel de agente de uma aprendizagem colaborativa e participativa
Posicionamento crítico na construção, e não aquisição, do conhecimento
  Sujeito passivo e espectador da construção do conhecimento dos demais colaboradores
Posicionamento ativo no processo de contínua reorientação dos processos de aprendizagem,
provocando, continuamente, o desenvolvimento de novos e mais complexos esquemas mentais
 
  3a Questão (Ref.: 632533) Pontos: 0,5  / 0,5
Embora continue crescendo no Brasil e aumentando a quantidade de adeptos, a EaD ainda é vítima de
preconceitos e discriminação. A legislação sobre EaD, no entanto, tem contribuído para aumentar a credibilidade
e a aceitação dessa modalidade de ensino, assegurando:
Diferenciação de carga horária no currículo entre cursos presenciais e a distância.
diferenciação entre os diplomas emitidos para alunos EaD e Presencial
javascript:window.close();
javascript:alert('C%C3%B3digo da quest%C3%A3o: 660699.');
javascript:alert('C%C3%B3digo da quest%C3%A3o: 660672.');
javascript:alert('C%C3%B3digo da quest%C3%A3o: 632533.');
Metodologias e formas de gestão e avaliação iguais para a modalidade EaD e para o ensino presencial.
realização de exames não presenciais, para fins de promoção e conclusão de estudos.
  equivalência de títulos obtidos pelos alunos EaD em relação àqueles obtidos na educação presencial.
 
  4a Questão (Ref.: 632549) Pontos: 0,5  / 0,5
A EaD trouxe a queda das barreiras de tempo e envolve diferentes mídias como material impresso, telefone,
rádios, Internet, CD­ROM, Pendrive, promovendo a autonomia do aprendiz, por meio de um estudo flexível e
independente.
Essa transição de paradigmas, nos leva a pensar em um paradigma voltado para:
I ­ multiplicidade dos saberes; a complexidade da realidade;
II ­a revalorização da subjetividade e do protagonismo do indivíduo;
III ­ a busca da visão de totalidade, as abordagens interdisciplinares e integradas;
IV ­ a superação da reprodução de saberes e a valorização da construção do conhecimento centrada no sujeito
aprendiz
V ­a preferência por metodologias ativas, abertas e colaborativas; a constituição de um sujeito aprendiz
autônomo.
Baseado nas alternativas acima, podemos afirmar que:
  As alternativas I, II, III, IV e V estão corretas
Somente o IV e V estão corretas
Somente I e IV estão corretas
Somente II, II e IV estão corretas
Somente I e III estão corretas
 
  5a Questão (Ref.: 632193) Pontos: 0,5  / 0,5
O processo de aprendizagem aliadas às TIC estão alterando as formas de ensinar e aprender. Neste sentido,
que situação é mais condizente com o cenário descrito?
O computador substituindo o professor; o aluno interagindo com o computador.
Não há relação entre a inserção das TIC e as mudanças no processo ensino­aprendizagem
O professor transmissor de fatos e conhecimentos; o aluno memorizador.
O processo comunicativo unidirecional; o aluno participativo.
  O professor como organizador de situações de aprendizagem; o aluno ativo.
 
  6a Questão (Ref.: 611900) Pontos: 0,5  / 0,5
A Comunicação Síncrona em EaD é realizada simultaneamente, em tempo real. A Comunicação Assíncrona
permite que se insiram as ideias que podem ser acessadas no momento em que o usuário acessa um Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA). São consideradas, respectivamente, ferramentas de comunicação síncrona e
assíncrona:
  Chat e Fórum.
Notas e Chat.
Perfil e Notas.
Chat e Notas.
Fórum e Perfil.
 
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  7a Questão (Ref.: 611899) Pontos: 0,5  / 0,5
O Decreto n.º 5.800/2006 é um grande marco da educação a distância no Brasil. Ele dispõe sobre:
  o Sistema Universidade Aberta do Brasil
o Programa Nacional de Informática na Educação.
o Banco Internacional de Objetos Educacionais.
o Portal do Professor.
a TV Digital.
 
  8a Questão (Ref.: 611898) Pontos: 0,5  / 0,5
A pedagogia diz respeito à aprendizagem infanto­juvenil. A Andragogia diz respeito a aprendizagem do adulto.
Eis que um novo termo surge em 2000, que estuda o comportamento do aluno a distância. É o conceito de
heutagogia, que significa aprendizagem_____________. Marque a alternativa que completa corretamente a
sentença.
de idosos.
de adolescentes.
  autodeterminada
pela experiência.
significativa.
 
  9a Questão (Ref.: 611892) Pontos: 0,5  / 0,5
Marque a alternativa correta quanto aos exemplos de plataformas virtuais utilizadas no Ensino a Distância:
Moodle, Freire e Windows Vista
Freire, FireFox, Linux
  Moodle, e­ProInfo, Webaula
e­ProInfo, Windows Explorer, Firefox
Webaula, Windows Explorer, Mackintosh
 
  10a Questão (Ref.: 660658) Pontos: 0,5  / 0,5
Chamamos Sociedade do Conhecimento ou Sociedade da Informação esse novo grupo de pessoas cercado por
informação. Mas há diferença entre os conceitos de informação e conhecimento. Assinale a resposta que
apresenta o conceito de conhecimento:
  Abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém
Abstração exterior, pessoal, de algo que foi vivenciado por alguém
Capacidade de interpretar a informação exterior
Abstração informal que não pode ser formalizada através de uma teoria lógica ou matemática
Capacidade de executar uma tarefa no mundo real ou imaginário
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30/10/2016 Evernote Export
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TICs e Educação a Distância no Ensino Superior
Conteudista: Carmelita Vieira de Melo Freitas
Tutora: Cristiane de Carvalho Guimarães
Fórum 2
1. O que mais chama a atenção é o firme propósito da empresa em organizar todas as informações do mundo e torná­las acessíveis a todos, mesmo que leve 300 anos. 
2. A filosofia que mais tem a ver com educação, acredito que é a 7ª, Sempre há mais informações lá fora. Pois ainda tem muito conhecimento guardado com as pessoas através de
suas experiências que elas mesmas ainda não sabem como externalizá­las corretamente. 
3. Neste caso fica difícil relacionar o foco das empresas nas pesquisas com a educação, pois os motores de buscas sempre visaram a indexação por palavras chaves relevantes para
venda de produtos ou serviços, e neste artigo, apenas o google procura por algorítmos com mais relevância para conteúdo, mas mesmo assim continua focado nas palavras­chaves
para os anunciantes. 
4. Dados Direcionam as decisões, entendo que a organização das informações(dados), fazendo ligações e sincronizando com outras informações podem gerar algum tipo de
conhecimento, mesmo que um pouco artificial. 
Na minha sincera opinião, vejo esse artigo como muito desatualizado para o tema que estamos tratando, pois o próprio Google já dispõe de uma plataforma para Educação,
Google for Education, e já está se movimento bastante para colocá­la nas mãos das escolas, mesmo com o intuíto comercial, pois só são gratuítos os aplicativos na nuvem, mas
realizam seminários constantemente para divulgá­la e oferecer como junto com o sistema na nuvem, seu ChromeBook(com carrinhos de 48 aparelhos, e mais a capacitação para
os professores. Que fui convidado a participar no Hotel Windsor em Copacabana, apesar de ser um pouco limitado em questão de plataforma educacional, seria um tema mais
atual para discutirmos por aqui. 
Prezados queridos alunos
Em nosso Caso Google Inc., há muitas informações importantes que podem e devem ser articuladas com o conteúdo de nossa disciplina. Proponho 4 questões e
vocês podem escolher uma delas para começar o debate. Ou podem responder a todas elas.
 
Questão 01: Sobre a história da empresa, o que mais chamou sua atenção?
Questão 02: Sobre a Declaração sobre a filosofia do Google, são apresentadas 10 coisas que sabemos (eles sabem)  serem verdadeiras. Escolha uma com a qual
mais se identifica na educação e nos diga por que.
Questão 03: Por que foi realizado um investimento na pesquisa e o que isso gerou para a empresa? Articule a informação com a educação.
Questão 04: Destaque e discuta um dos valores corporativos apontados e sua importância para a educação.
Aguardo vocês
Cristiane
Fórum 1
Vamos começar nossas discussões!
A  Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC) não garante a inovação educacional, pois ela em si não transforma uma realidade. Essa transformação depende de diversos
fatores. Quais seriam estes fatores? Esclareça sua resposta com exemplos, se possível.
Cristiane
1a.  Participação
Bom dia Professora e colegas,
      Um dos fatores mais importante é justamente o docente, a diretoria das instituições, estarem dispostos a aceitarem todas as possibilidades que a tecnologia pode
proporcionar, e juntos assumirem a responsabilidade e os custos para uma capacitação prática nas tecnologias, investirem tempo para essa capacitação(docentes), investir
recursos para essa preparação proporcionando mais oportunidades de trabalho(para técnicos e especialistas nas tecnologias) para juntos criarem novas propostas interativas com
so Devices(tablets, smartphones, notebooks).
     Apenas os docentes juntos com os alunos, apesar de ser uma boa opção, tem uma resistência muito grande dos docentes, mas também os alunos não são tão capacitados
assim, os alunos sabem como consumir certas tecnologias em certos devices, mas não têm expertise em tudo que a tecnologia pode proporcionar, acredito que com essa
integração, a princípio vai gerar um custo, mas em compensação, vai desenvolver uma metodologia, os investidores estão investindo em startups, porque as instituições de ensino
não investem em juntar esses empreendedores de startUps com os docentes das instituições para gerarem soluções juntos com os docentes e alunos?
Como você sabe, nos últimos anos, a Educação a Distância (EAD) tem crescido exponencialmente no Brasil e no mundo. Os cursos de extensão, Graduação e Pós­Graduação vêm
sendo amplamente divulgados nas instituições de ensino. Por sua vez, crescem, também, os fornecedores de tecnologia, os livros, artigos e as publicações sobre o assunto.
Além das escolas e universidades, o mundo corporativo encontrou na EAD a saída para seus problemas emergentes. Para capacitar mão de obra, hoje, as empresas optam por
treinamentos online, o que minimiza tempo e custo com a mesma qualidade do ensino presencial.
Sabemos que a EAD era oferecida, no passado, via correspondência, mas, com a chegada das novas tecnologias, outros modelos vêm sendo implementados nessa modalidade
educacional.
Com o advento da internet na década de 1990 e a possibilidade de convergência midiática, surgiu a educação online e, junto dela, novas profissões e alternativas de estudo.
A partir desse momento, todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem foram ganhando mais espaço: professores, alunos, conteudistas, web designers, pedagogos,
administradores e gestores – cada um desempenhando um papel específico.
Com a velocidade dessas mudanças na sociedade, tornou­se necessário qualificar os profissionais para atuar dentro desse novo paradigma educacional. Essa é a proposta da
disciplina.
Mas é impossível fazer EAD sem um estudo teórico e sem metodologia. Ao contrário do que muitos pensam, essa modalidade da educação não é um modismo, mas parte de um
processo contínuo e amplo que democratiza o ensino e transforma paradigmas educacionais preexistentes.
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos:
1.    Analisar os fundamentos da EAD, seus modelos e suas metodologias;
2. Explicar o sistema de tutoria na modalidade EAD;
3. Identificar a importância do uso das ferramentas da web 2.0 no processo de ensino e aprendizagem;
4. Examinar os processos de avaliação na educação online.
Aula 1: Fundamentos da EAD
Nesta aula, abordaremos a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no contexto da Educação a Distância (EAD) no Ensino Superior do Brasil. Além disso,
conheceremos a história da EAD no País, refletindo sobre seus fundamentos.
Aula 2: Modelos e metodologias em EAD
Nesta aula, refletiremos sobre os diferentes modelos e as diversas metodologias em EAD. Apresentaremos, também, as características dessa modalidade de ensino, bem como
suas vantagens e desvantagens.
Aula 3: Professor­tutor
Nesta aula, analisaremos um sistema de tutoria em EAD, identificando o perfil do aluno, como ele aprende, o motivo de sua escolha por essa modalidade de ensino e o papel do
tutor em um curso online. Em seguida, enfatizaremos a articulação entre a autonomia, a ética e a EAD – necessárias ao êxito dessa vertente do ensino. Por fim, refletiremos sobre
as exigências da sociedade emergente nesse contexto.
Aula 4: Utilização de ferramentas de EAD
Nesta aula, trataremos de temas relacionados a tecnologias, tais como: Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e ferramentas da web 2.0 amplamente utilizadas em EAD.
Também discutiremos sobre conceitos novos, como Design Instrucional (DI), encerrando a disciplina com um assunto de fundamental importância: a avaliação online – um
processo contínuo e abrangente do processo de ensino e aprendizagem.
VideoAula1
Estamos cercados de tecnologia.
Tecnologias vieram trazer mais conforto, mais rapidez. Mais interação.
Estamos cercados de tecnologia, elas estão para fazer a diferença no ambiente educacional.
Surgimento da educação a distância criada por um professor de taquigrafia.
A realidade da Educação a Distância no Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=R8UomipLmxc
Em 1920 o Instituto técnico Monitor 1º curso derádio técnico.
LEI FEDERAL LDB Nº 9.394/96  artigo 80
30/10/2016 Evernote Export
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Decreto nº 5.622/05 Art2. Ampara o ensino à distância Nível superior. Art 5.
Aprender a Aprender ­ 7’50’’
https://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&list=PL8F75E1FD35036037
Andragogia = ensino e aprendizado de adultos
Aula 01 ­ Fundamentos da EAD
Nesta aula abordaremos a importância das Tecnologias da Informação e Comunicação no contexto da Educação a Distância no Ensino Superior no Brasil.
Conheceremos a história da EaD no Brasil, apresentando uma reflexão sobre os fundamentos da Educação a Distância.
Objetivos:
1. Perceber a importância das TIC no contexto da EAD no Ensino Superior no Brasil;
2. Conhecer a História da EAD no Brasil, refletindo sobre os marcos da Educação a Distância.
Tecnologia da Informação e do Conhecimento (TIC): relevância no contexto da EaD
Com o advento das inovações tecnológicas, sobretudo a expansão do uso do computador e da Internet, a Educação a Distância (EAD) ganha um novo formato de ensino­
aprendizagem. Atualmente, variadas instituições oferecem cursos a distância e procuram integrar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) às suas práticas
pedagógicas.
Nota­se que a adoção dessas novas tecnologias utilizadas na educação proporciona mudanças significativas na maneira de ensinar e aprender, que utilizam das
mídias para realizar o acesso, a veiculação e outras articulações da comunicação no mundo contemporâneo.
Assim como as Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram influxos importantes aos processos de Educação a Distância, abrindo possibilidades de ação e comunicação
entre os estudantes, independente do espaço real (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 54), é visível o papel das ferramentas tecnológicas para a ampliação da EAD.
Para Castells: “O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação caracterizado pelo seu alcance global, integração de todos os meios de comunicação e
interatividade potencial está mudando e mudará para sempre nossa cultura”. (CASTELLS, 1999, p. 414)
Um pouco de história
Estudar a História da Educação a distância no Brasil significa compreender que os avanços educacionais nos possibilitam a inserção social, a propagação do
conhecimento individual e coletivo contribuindo para uma sociedade onde as diferenças sociais sejam diminuídas.
Vamos assistir agora ao vídeo: “O sentido de aprender e o sucesso na EAD”, da Professora Joelma. O sentido de aprender e o o sucesso na EAD . Fonte: 7 SENAED
O vídeo mostra como o perfil dos estudantes na Educação a Distância vai mudar com o tempo. Esse é o assunto discutido nesse vídeo pela Professora Joelma De Riz.
Ensino a distância ­ possibilidade de continuar estudando. Inicialmente voltada para os excluídos, os que tinham vontade de agarrar uma oportunidade de ser alguém, de sair de
uma situação complicada de vida. A educação traz um sentido de mudança na nossa vida.
História da EaD em três gerações
Que tal uma viagem na linha do tempo da EaD, conhecendo seu ponto de partida até a chegada nos dias atuais. (Escrita, Imprensa, Rádio, TV e Internet), analisando como a EaD
se consolidou nas instituições de ensino e corporativas?
Vamos dividir a história da EaD em três gerações:
1ª geração: cursos por correspondência
2ª geração: novas mídias e universidades abertas
3ª geração: EaD online
Reflexão
"Mas sobre as invenções estupendas, que eminência de mente foi aquela de quem imaginou encontrar o modo de comunicar seus próprios pensamentos mais recônditos
a qualquer pessoa, mesmo que distante por enorme intervalo de lugar e de tempo? Falar com aqueles que estão na Índia, falar com aqueles que ainda não
nasceram e só nascerão dentro de mil e 10 mil anos? E com que facilidade?
Com várias junções de vinte pequenos caracteres num pedaço de papel. Seja este o segredo de todas as admiráveis invenções humanas. (GALILEU GALILEI, Diálogo
sobre os dois máximos sistemas do mundo)."
1ª geração: cursos por correspondência
Ao analisarmos a História da Humanidade iremos perceber que as pessoas se comunicavam através de correspondência, com o intuito de troca de informações sobre o cotidiano
privado e/ou da comunidade, transmitindo informações, notícias úteis ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. Sendo assim, as cartas tinhas finalidades
familiares, comerciais e políticas.
Podemos perceber a ideia de ensino a distância através das primeiras cartas de São Paulo aos Tessalonicenses. Elas são consideradas por todos os estudiosos como as
primeiras cartas de São Paulo (e primeiras do Novo Testamento). Foram escritas em Corinto entre os anos 50 e 52. Essas cartas tratam fundamentalmente da Parusia, ou segunda
vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos. O Apóstolo diz que desconhece o tempo dos acontecimentos porque não foram revelados por Cristo e por ênfase na vigilância e na
importância do trabalho. Chega a dizer o Apóstolo: “quem não quiser trabalhar, que também não coma” (2 Tes 3,10). Fonte: <http://www.presbiteros.com.br/site/as­cartas­de­
sao­paulo/>.
As primeiras iniciativas de ensino a distância entre professor (preceptor) e aluno (aprendiz) estão na modernidade, mais precisamente na Europa no século
XIX.
Segundo Alves (2009), em 1883 na Suécia registrou experiência de um curso de contabilidade por correspondência.
Saraiva (1996 p.18) afirma que em 1891 a Universidade de Wisconsin passa a ofertar, em nível de extensão, cursos pelo correio.
No início do século, mais precisamente no final da Primeira Guerra Mundial, houve procura muito grande por escolarização na Europa Ocidental, tendo em vista a
falência dos Estados nacionais, a falta de recursos e a dispersão espacial dos demandantes, o que impulsionou a necessidade da institucionalização de um ensino a distância.
Segundo Menezes (1998, p. 37), a URSS, em 1922, criava um sistema de ensino por correspondência para assegurar a formação dos trabalhadores que, em dois anos, atendeu
em torno de trezentos e cinquenta mil estudantes.
Até a Segunda Guerra Mundial, várias experiências foram adotadas, desenvolvendo­se melhor as metodologias aplicadas ao ensino por correspondência.
2ª geração: novas mídias e universidades abertas
Acompanhe na linha do tempo a 2ª geração: novas mídias e universidades abertas:
No Brasil, as primeiras manifestações de ensino a distância se deram com a criação, por Roquete Pinto em 1922, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que
tinha em seu horizonte a utilização da radiodifusão com fins educativos no sentido de ampliação do acesso da população à educação.
Em 1956 surgiu o MEB ­ Movimento de Educação de Base, considerado como uma das maiores propostas de educação a distância não formal desenvolvida em nosso país.
Tinha como pressuposto básico a alfabetização de jovens e adultos das classes populares por meio do rádio.
Esse projeto político­pedagógico atingiu as regiões Norte e Nordeste do país. Em 1964 o golpe militar extinguiu o programa.
A TVE do Ceará nessa mesma época desenvolveu um programa de TV escolar. O Estado da Bahia, em 1969, fundou o Instituto de Rádio e Difusão do Estado (IRDEB).
Mas foi somente durante as décadas de 1960 e 1970 que começou a funcionar a Comissão para Estudos e Planejamento da Rádio Difusão Educativa, cujos
trabalhos deflagraram o Programa Nacional de Tele­educação (PRONTEL).
1980 ­ Nesse contexto, cabe destacar a criação de outros programas tais como: Fundação Brasileira de Educação (FUBRAE), Fundação Padre Anchieta (TV
Cultura/SP), Fundação Roberto Marinho (TV­GLOBO), Programa LOGOS para qualificação de professores, Programa de Valorização do Magistério (1992);
Centro de Educação Aberta, a Distância ­ CEAD(UNB) desde 1980, oferece cursos de educação continuada.
Desde 1995 os Programas Salto Para o Futuro e TV­Escola são iniciativas do Governo Federal <www.mec.gov.br> em parceria com a Fundação Roquete Pinto
(TVE/RJ).
3ª geração: EaD online
Considerando a Educaçãoa Distância baseada na Web, percebe­se que as NTIC, quando aplicadas à educação, promovem a aprendizagem cooperativa, a interação, a autonomia e
o conhecimento. Ensino à distância ganha qualidade e reconhecimento com a ajuda da tecnologia  Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br>. O vídeo mostra como o
Ensino à distância ganha qualidade e reconhecimento com a ajuda da tecnologia.
Podem­se denotar:
Dentre os fatos que merecem destaque no âmbito das experiências nacionais em EAD, um desafio recente em novos ambientes e serviços se intitula "redes de cooperação".
Esse novo patamar entre as instituições de ensino e a sociedade está representado pelo conceito de Universidade Virtual.
A criação de Universidades Virtuais no Brasil, na forma de consórcios de cooperação universitários, integrados por Internet, tele e videoconferências, é um novo
marco na história da Educação a Distância brasileira.
“O surgimento de um sistema eletrônico de comunicação caracterizado pelo seu alcance global, integração de todos os meios de comunicação e interatividade potencial
está mudando e mudará para sempre nossa cultura”. (CASTELLS, 1999, p. 414) Sendo assim, consideramos que os seres humanos fazem a história e tudo que
produzem, inclusive a Educação a Distância faz parte de um processo histórico.
Qual o amparo legal para a Educação a Distância no Brasil?
30/10/2016 Evernote Export
file:///C:/Users/MarcoJorge/OneDrive/00000000_Academico_Estudo/Forma%C3%A7%C3%A3o/0_P%C3%B3s_Doc%C3%AAncia%20e%20Ge… 3/10
Com a Lei Federal nº 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBEN ­ Brasil, 1996), a EaD iniciou uma nova trajetória, destacando o seu Artigo 80 onde "o Poder
Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educação continuada".
LDBE ­ Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e no Artigo 80 a EAD é reconhecida e oficializada na
educação formal no Brasil.
Crescimento exponencial das matrículas
Levando em consideração esse amparo legal podemos perceber, na figura abaixo, um crescimento exponencial das matrículas no Ensino a Distância do Ensino Superior no Brasil
nos últimos anos, como publicado pela Revista Veja.
A implementação da modalidade EAD se tornou favorável e passou a ser utilizada como estratégia para satisfazer as amplas e diversificadas necessidades de
qualificação das pessoas adultas no século XXI.
Definição e fundamentos da EAD
Antes de definir Educação a Distância no contexto atual é importante apresentar as várias terminologias que se apresentam para a sigla EAD. Em alguns momentos, a expressão
Educação a Distância é acompanhada e/ou abreviada pelas siglas "EAD" e "EaD".
Existem diversas publicações e uma gama enorme de definições diferentes para EaD. Vejamos:
O que é EAD?
Segundo MAIA E MATTAR (2007, p.6), “a EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que
utiliza diversas tecnologias de comunicação”.
Já (MOORE, 1990 apud BELLONI) define a Educação a Distância como “uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para mediatizar
a comunicação”.
Partindo das definições identificamos que existe uma necessidade de necessidade de fundamentos teóricos e de um esforço conceitual diante de uma prática inovadora da EAD
que carece de reflexão crítica.
Salto para o Futuro (24/04/2000): O que é Educação a Distância. https://www.youtube.com/watch?v=Riwqmxnv7p4
Informação
As tecnologias digitais têm modificado tanto as relações na sociedade como as noções de espaço e tempo. Se antes levávamos dias ou até semanas para obtermos
informação a respeito de algum assunto, hoje podemos obter a informação de forma quase instantânea.
Essa realidade possibilita a ampliação do conhecimento e, ao mesmo tempo, cria outras preocupações: o excesso de informação.
Sociedade do conhecimento ou sociedade da informação
Chamamos Sociedade do Conhecimento ou Sociedade da Informação esse novo grupo de pessoas cercado por informação.
Mas será que toda essa informação tem gerado conhecimento?
Qual o significado de informação e de conhecimento?
Informação x conhecimento
Informação é uma abstração informal, isto é, não pode ser formalizada através de uma teoria lógica ou matemática, que está na mente de alguém, representando
algo significativo para essa pessoa. (SETZER, 2008).
Conhecimento ­ uma abstração interior, pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém (SETZER, 2008).
Competência
Competência é a capacidade de executar uma tarefa no "mundo real". Uma pessoa só pode ser considerada competente em alguma área se demonstrou, por meio de
realizações passadas, a capacidade de executar uma determinada tarefa nessa área (POZO, 2000).
Pozo (2000) descreve as competências* para Gestão do Conhecimento para o século XXI, como:
Competências para a aquisição de informação.
Competência para a interpretação da informação.
Competências para a análise da informação.
Competências para a compreensão da informação.
Competências para a comunicação da informação.
A mesma qualidade de ensino do presencial
As universidades e o mundo corporativo têm encontrado na EaD a saída para seus problemas emergentes.
A capacitação de mão de obra qualificada tem feito as empresas optarem por treinamentos online, minimizando tempo e custo com a mesma qualidade de ensino do presencial.
De acordo com publicação no site Finanças, são considerados os melhores empregos aqueles que possuem salários atrativos, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho,
oportunidade de crescimento e segurança no trabalho. Profissões voltadas para a área de Tecnologia da Informação tais como: Desenvolvedor de software, Analista de
Sistemas, Desenvolvedor de Web, Analista de Segurança da Informação, Administrador de Banco de Dados, Analista de Pesquisa de Mercado, Flebotomista, Analista de Pesquisa
de Operações, Gerente de TI, Programador.  Fonte: <https://br.financas.yahoo.com/noticias/site­lista­30­melhores­profiss%C3%B5es­131000190.html>.
Guia do estudante
No vídeo a seguir você poderá compreender o que se espera das profissões futuristas. Futuro das profissões ­ novas profissões que vão bombar muito no futuro ­ Disponível em
<http://guiadoestudante.abril.com.br>. No quarto vídeo da série Futuro das profissões, o Guia mostra, através de animações e entrevistas com especialiastas, quais são as novas
profissões que vão bombar no futuro.
Com certeza esse aluno precisará aprender a trabalhar em equipe, adaptar­se a mudanças, aprender a resolver problemas e buscar informações para exercer sua
cidadania plena.
"É da educação a tarefa de fornecer instrumentos e condições que concretizem essa formação“ (MORAES, 1997).
Conclusão
Como vimos, as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram influxos importantes aos processos de Educação a Distância, abrindo possibilidades de ação
e comunicação entre os estudantes, independente do espaço real (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005. p. 54).
Concluindo, a EaD aponta a superação de um paradigma tradicional, identificando­se com uma pedagogia do diálogo e com metodologias ativas, a emergência das
TIC e inovação tecnológica na mediação pedagógica e a pluralidade metodológica associada a uma pluralidade tecnológica.
Aula 02 ­ Modelos e metodologias em EAD
Nesta aula, refletiremos sobre os diferentes modelos e metodologias em Educação a Distância.
Também refletiremos sobre as características da EaD, suas importantes vantagens e complexas desvantagens.
Paradigmas: do conservador ao emergente
Estamos vivendo uma visão de vida e de mundo distante do que esperamos em termos de ciência, vida social, valores, estruturas políticas e sociais, instituições
e comportamentos – o que chamamos de paradigma(modelo/padrão) –, ou seja, um padrão que orienta todas as nossas ações e percepções, permite ler a realidade de
forma inusitada, afeta nossos valores e modifica as formas pelas quais agimose como pensamos as instituições e a sociedade.
Novo paradigma
Temos como desafio a transição de um paradigma tradicional predominante para um novo paradigma que venha proporcionar a renovação de atitudes, valores e crenças
exigidos neste início de século, chamado paradigma emergente.
Com isso surgem opções metodológicas que representam um caminho para orientar a aprendizagem e o ensino como uma pesquisa – coletiva e compartilhada – cujo
sucesso depende do envolvimento e da parceria do grupo que desenvolve "ações diferenciadas, como saber pensar, aprender a aprender, aprender a conviver,
aprender a ser, a fazer, aprender a conhecer e se apropriar dos conhecimentos disponíveis e produzir conhecimentos próprios“
(BEHRENS, 2000, p. 128).
Tecnologia da Comunicação e Informação
O uso da Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC) não garante a inovação educacional, pois ela em si não transforma uma realidade.
Essa transformação depende da forma como recursos são utilizados para superar a reprodução do conhecimento e contribuir com a produção de um saber
significativo e contextualizado, desenvolvendo competências, habilidades e atitudes importantes à construção de um cidadão pleno, bem como melhores condições de
vida para todos.
Reflexão
Como podemos compreender as formas como os conhecimentos são tecidos nas redes e teias virtuais?
Como promover a interação de sujeitos, saberes e práticas, levando em conta as proposições de um novo paradigma: emergente?
https://www.youtube.com/watch?v=Riwqmxnv7p4
https://www.youtube.com/watch?v=Riwqmxnv7p4
30/10/2016 Evernote Export
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Como promover a interação de sujeitos, saberes e práticas, levando em conta as proposições de um novo paradigma: emergente?
Podemos contar com a Educação a Distancia para nos ajudar a compreender melhor a transição desse paradigma. Sendo assim, a EaD trouxe a queda das
barreiras de tempo e envolve diferentes mídias (material impresso, telefone, rádios, internet, CD­ROM, pendrive), promovendo a autonomia do aprendiz por meio de
um estudo flexível e independente.
Transição de paradigma
Essa transição de paradigmas nos leva a pensar em um paradigma voltado para:
• A multiplicidade dos saberes;
• A complexidade da realidade;
• A revalorização da subjetividade e do protagonismo do indivíduo;
• A busca da visão de totalidade, as abordagens interdisciplinares e integradas;
• A superação da reprodução de saberes e a valorização da construção do conhecimento centrada no sujeito aprendiz;
• A preferência por metodologias ativas, abertas e colaborativas;
• A constituição de um sujeito aprendiz autônomo.
Superação do paradigma pedagógico tradicional
A superação do paradigma pedagógico tradicional é identificada pela pedagogia do diálogo e das metodologias ativas.
“Professor e aluno tornam­se interlocutores e parceiros nessa empreitada. Com base nesse entendimento, o eixo da relação pedagógica desloca­se do professor para o
processo de interlocução, de troca e diálogo, acenando às possibilidades de transição para a ruptura paradigmática pela densidade do protagonismo dos sujeitos. (...)
Além disso, a opção por metodologias ativas, desafiadoras e colaborativas, tais como resolução de problemas concretos, projetos colaborativos, pesquisas
coletivas, oficinas de trabalho, fóruns de discussão, intercâmbios de experiências etc., contribui para a formação do aprendiz adulto, autônomo, criativo, crítico e
voltado para atitudes de investigação e colaboração.” (OLIVEIRA, 2003, p. 37).
Abordagem construtivista
Podemos considerar o propósito principal segundo o qual o sujeito é o construtor do conhecimento. Isso nos leva a uma abordagem construtivista. No modelo teórico
construtivista, desenvolvido por Piaget e mais tarde renovado pelas contribuições interacionistas de Vygotsky, o conhecimento é construído – e não adquirido – por meio
da significação e interpretação do mundo.
Sujeito do conhecimento
Dessa forma, o sujeito, para construir o conhecimento, torna­se observador e experimentador da realidade circundante de modo particular e ativo.
O sujeito do conhecimento, na perspectiva construtivista, interage com o meio e interpreta as inúmeras perspectivas da realidade que o cerca.
Processo de ensino­aprendizagem em EaD
Ao se discutir o processo de ensino­aprendizagem em EaD, reconhecem­se como pressupostos alicerçantes tanto o conceito de aprendizagem colaborativa estabelecida por Piaget
quanto a teoria de Vigotsky, que enfatizam que:
“(...) a aprendizagem se ancora no desenvolvimento histórico­social do sujeito, em zonas de desenvolvimento proximal – a distância entre aquilo que o sujeito
já sabe fazer de forma autônoma (nível de desenvolvimento real) e aquilo que só é capaz de realizar em colaboração com outros elementos de seu grupo social
(nível de desenvolvimento potencial).
A aprendizagem tem origem na ação do aluno sobre conteúdos específicos e sobre as estruturas previamente construídas que caracterizam seu nível real de desenvolvimento no
momento da ação.
A intervenção pedagógica, necessária no sentido de orientar o aluno no processo de apropriação dos instrumentos de mediação fornecidos pelo ambiente
cultural, provoca a contínua reorientação dos processos de aprendizagem, provocando, continuamente, o desenvolvimento de novos e mais complexos
esquemas mentais” (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 52­53).
Processo de ensino­aprendizagem em EaD
Pensando nessa nova concepção de aprendizagem, não é mais possível conceber o aluno a partir do conceito enraizado na etimologia do nome alumno, aquele que somente
recebe instrução de forma passiva.
No paradigma atual da EaD, o papel do aluno ultrapassa o conceito tradicional de receptáculo de informações e assume um posicionamento crítico na construção, e não aquisição,
do conhecimento.
Considerando que a metodologia do ensino tradicional ainda se faz presente em perfis de professores e alunos, em cursos presenciais ou a distância, não é possível
tipificar de forma generalizada o aluno da EaD como autogestor e autônomo, mas se deve ter em vista que é esse é o perfil desejado na modalidade de ensino a distância. Por isso
se faz tão importante um ambiente virtual de aprendizagem e ferramentas que potencializem no aluno autonomia e autogestão.
Behaviorismo
Não reproduzir, nos ambientes virtuais de EaD, as práticas e as concepções tradicionais de aprendizagem é um desafio para estudantes e professores de ensino a distância. A
construção da aprendizagem autônoma por parte do aluno de EaD implica a desconstrução de modelos behavioristas – que não consideram os conhecimentos
inatos do aluno, tampouco suas experiências anteriores acumuladas.
Behaviorismo – do termo inglês behaviour cuja forma americana é behavior – significa conduta, comportamento. É um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais
teorias sobre o comportamento dentro da Psicologia.
Competência tecnológica x utilidade metodológica
Há um consenso entre os estudiosos de EaD sobre o sucesso do aprendizado não se dar predominantemente por conta da instrumentação técnica do professor para lidar com as
ferramentas tecnológicas, ou seja, o conhecimento técnico por parte do professor não ser suficiente para garantir um aprendizado de qualidade. Na mediação entre
educação e tecnologia, a ação docente deve estar embasada por um pensamento que reconheça a efetiva aplicabilidade e utilidade da tecnologia no processo de
ensino­aprendizagem.
Competência técnica
Compreende­se, então, que competência técnica não é determinante para a atuação do professor no processo de ensino­aprendizagem mediado pelas TIC, mas sim utilizá­las
adequadamente de modo a “aliar as especificidades do ‘suporte pedagógico’ ao objetivo maior da qualidade de aprendizagem de seus alunos” (PALLOFF; PRATT,
2004, p. 57).
Ainda que mediada pela tecnologia, a educação on­line permanece, segundo Palloff e Pratt (2004), baseada no texto, ou seja, pautadana capacidade racional, que
enfoca a apresentação de conteúdos, leituras e tarefas.
Como, então, as ferramentas Web 2.0 podem desenvolver outras capacidades por meio de atividades colaborativas, propiciando uma aprendizagem mais estimulante ao aluno?
Possibilidades de interação viabilizadas pela tecnologia
De acordo com Villardi e Oliveira (2005), as possibilidades de interação viabilizadas pela tecnologia devem­se estruturar em propostas pedagógicas, para que o
suporte tecnológico não se torne uma oferta de ferramentas subutilizadas pelo aluno de EaD.
“A indefinição das funções das diferentes ferramentas de interação em cursos a distância vem provocando uma desvalorização do que pode ser o diferencial de cursos em rede.
Como ainda não se estudou em profundidade seu uso, cada uma das ferramentas acaba por ser utilizada de forma indiscriminada, levando os alunos a se valerem pouco desse
tipo de recurso, que deveria ser o cerne do processo educativo a distância, mediado por recursos tecnológicos.” (VILLARDI; OLIVEIRA, 2005, p. 46)
O que é um bom curso a distância?
Vejamos o que Moran descreve como um bom curso a distância.
Um bom curso a distância depende, em primeiro lugar, de educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas e que saibam motivar e
dialogar.
Um bom curso depende também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor e tornam­se
interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor­educador.
Um bom curso depende também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões envolvidas no processo pedagógico,
além das empresariais ligadas ao lucro; que apoiem os professores inovadores, equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um
ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.
Um bom curso depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem e com boa infraestrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas etc.
Um bom curso é mais do que conteúdo: é pesquisa, troca, produção conjunta. Para suprir a menor disponibilidade da presença do professor, é importante existirem
materiais mais elaborados e autoexplicativos, com mais desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades etc.).
Um bom curso implica em montar uma equipe interdisciplinar com pessoas da área técnica e pedagógica que saibam trabalhar juntas, cumprir prazos e dar
contribuições significativas.
Um bom curso depende muito da possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, estabelecimento de vínculos e fomentar ações de
intercâmbio.
Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que uma aula presencial, mas
também deve evitar a execução totalmente hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos.
Características da EaD
Vejamos o que Moran descreve como um bom curso a distância.
Autonomia ­ A autonomia do educando é uma característica forte da modalidade EaD, sendo assim o aluno define horário de estudo, local mais adequado, ritmo a ser
empregado e seu estilo de aprendizagem. O aluno gerencia seu aprendizado.
Abordagem andragógica ­ Os alunos da modalidade EaD são caracterizados pela sua maturidade. Isso nos leva a uma abordagem pedagógica chamada andragogia, voltada
para a aprendizagem do adulto, já que esse é o perfil majoritário em EaD.
Materiais didáticos ­ Os materiais didáticos existentes na EaD precisam favorecer a autoaprendizagem, a fim de favorecer o conhecimento.
Comunicação ­ Essa característica diferencia a EaD, pois a comunicação é sempre mediatizada pelas TIC. Professor e aluno não estão no mesmo espaço físico, mas utilizam
meios de comunicação que permitem a interação. Os meios que podem servir de canal para comunicação são: chats, web conferências, audioconferências, fóruns, entre outros.
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meios de comunicação que permitem a interação. Os meios que podem servir de canal para comunicação são: chats, web conferências, audioconferências, fóruns, entre outros.
Minimizando distâncias geográficas ­ Os alunos de um curso EaD são de diversas cidades diferentes. Por isso a modalidade EaD possui uma característica bem diferente:
flexibilidade de acesso às aulas em locais e momentos diferentes.
TIC ­ As tecnologias existentes hoje em dia facilitam a mediatização do professor que não está face a face com o aluno, mas consegue interagir por meio da comunicação
multidirecional e do acesso aos conteúdos.
Custos menores para O aluno ­ Os custos em EaD são menores para o aluno, pois não há gastos com deslocamento. Contudo, para a instituição ainda é uma modalidade cara,
pois ela precisa gastar em materiais didáticos elaborados e equipe multidisciplinar para concretização do curso.
Os profissionais envolvidos são professores, designers pedagógicos e equipe de produção. Além disso, necessita­se de uma logística de distribuição do material e de
transmissão das aulas gravadas, bem como da manutenção da plataforma de ensino a distância, que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem.
A oferta do curso em larga escala torna­se um bom investimento para as instituições. Verificamos então as principais características EaD. Ao analisarmos essas
características perceberemos que as metodologias a serem adotadas precisam estar voltadas às necessidades do novo paradigma educacional visto anteriormente.
Características comentadas
Veja mais informações:
Peters (2001) afirma que a idade média dos alunos é entre 20 e 30 anos, sendo comum alunos com idade acima dos 30 anos.
Lagarto (1994) trata os materiais didáticos como instrumentos elaborados por especialistas e equipes multidisciplinares ou transdisciplinares que se utilizam de técnicas mais
adaptadas à autoinstrução com o objetivo de favorecer uma aprendizagem eficaz.
O material didático é fundamental na EaD e precisa ser claro e objetivo, pensando­se no aluno como o centro do processo de ensino.
Mattar Neto (2002) reforça nossa afirmação quando diz que a comunicação é um aspecto em que a EaD difere da modalidade presencial: "o aprendizado se dá sem que, no
mesmo instante, os personagens envolvidos estejam participando da atividade".
Ruble e Oliveira (1992) reforçam o exposto dizendo que a EaD atende, "em geral, a população estudantil dispersa geograficamente e, em particular, àquela que se
encontra em zonas periféricas, que não dispõem de redes das instituições convencionais“.
Importantes vantagens e complexas desvantagens
Vamos refletir sobre o vídeo de Pierre Lévy sobre as vantagens da EaD? Assista ao vídeo.
Pierre Levy ­ Vantagens da EAD ­ Fonte: programaformacaocdc's channel ­ O filósofo Pierre Lévy discute por que a escola perdeu o monopólio sobre a transmissão do
conhecimento e como será a educação do nosso tempo.
Muitas são as discussões a respeito das vantagens e desvantagens dos cursos de ensino a distância. Os mitos já foram dissipados à medida que conhecemos a história da
EaD no Brasil e as leis e os decretos que a estabelece.
Para que o ensino a distância no Brasil seja mais eficiente e acessível a todos, é preciso que haja uma conscientização da sociedade sobre a importância da modalidade
em todos os níveis, além de capacitação dos profissionais envolvidos nos cursos EaD e avaliação continuada pelo MEC dos cursos oferecidos pelas instituições de
ensino.
Encerramento
Não nos resta dúvida da relevância da modalidade de Ensino a Distância para a sociedade do mundo globalizado e tecnológico.
A sociedade emergente do século XXI precisa crescer, e para isso a educação e a formação permanentes são de suma importância para o mundo competitivo onde
novas competências são exigidas e novas profissões têm surgido.
Basta aderirmos de maneira destemidaàs novas TIC e buscarmos, como professores, desenvolvimento pleno do cidadão e, como alunos, a busca constante na
construção do conhecimento.
Vídeo:  O sentido de aprender e o o sucesso na EAD (https://youtu.be/Zn4mhAulPzo)
Atividade proposta
Relacione as colunas colocando V para as alternativas que considere Vantagens da EAD e D para Desvantagens da EaD, de acordo com o conteúdo da aula 2.
(V) Vantagens
(D) Desvantagens
( v ) O preço das mensalidades oferecido pelas faculdades custa menos que as oferecidas no presencial;
( d ) A quantidade de cursos disponíveis ainda é relativamente pequena limitando as opções para quem deseja fazer uma graduação.
( v ) o aluno poderá estudar em casa ou em outro local sem precisar estar presencialmente na sala de aula.
(v  ) O aluno determina o seu ritmo de aprendizagem e organiza seus horários a fim de realizar as atividSades.
(d  ) Os erros no sistema virtual de aprendizagem são comuns, dificultando o acesso às aulas.
(v  ) Os alunos atarefados podem se organizar a fim de não parar seus estudos, mas colocar o estudo integrado às suas atividades cotidianas.
( d ) É preciso estar bem preparado e disciplinado a fim de não perder os prazos, assistir as aulas, participar dos fóruns e realizar as avaliações.
( d ) A evasão dos alunos EaD é bem maior do que na modalidade presencial.
(d  ) Muitos cursos de graduação são oferecidos com a qualidade duvidosa.
( v ) A aproximação geográfica, faz com que alunos de regiões distantes consigam realizar seu sonho de ingressar em um curso superior.
(d ) A falta de reposta do professor, desestimula o aluno na modalidade EaD.
(  v) A EaD permite que os alunos possam estudar e fazer outras atividades em paralelo sem precisar dedicar­se exclusivamente a estar em uma faculdade para fazer o curso.
O Conectivismo é uma abordagem pedagógica para a era digital e se baseia na premissa de que o conhecimento existe no mundo e não em um só indivíduo. Essa abordagem
acontece nas oportunidades trazidas pelas trocas, colaboração, compartilhamento e diversificação de contextos e processos de aprendizagem.
Nesta aula:
Refletiu sobre os diferentes modelos e metodologias em Educação a Distância e Também sobre as características da EaD, suas Importantes Vantagens e Complexas desvantagens.
Na Próxima Aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
Analisaremos um sistema de tutoria em EaD. Conhecendo nosso aluno, como ele aprende, sua escolha por essa modalidade e o papel do tutor nesta modalidade onde o foco é o
aluno, enfatizando a articulação entre a autonomia, ética e EaD necessárias ao êxito da modalidade. Refletiremos sobre o perfil do aluno EaD e as exigências da sociedade
emergente.
VideoAula02
EaD ­ Dicas, orientações e sugestões para você Tutor
https://www.youtube.com/watch?v=CXlG8P1PE5c
O Aluno Virtual https://www.youtube.com/watch?v=_bYQC6J04SQ
AVA ­ Ambiente Virtual de Aprendizagem
WebAula (Estácio)
E­Proinfo (Governo Federal)
Moodle (Livre)  (FAETEC utiliza moodle)
O que é Web 2.0?
https://www.youtube.com/watch?v=NMRgbheT8TM
“[...] O Designer Educativo (DE) indica o profissional ressignificadocom a emergência da Internet [...] um profissional genérico e especializado na área de planejamento educativo,
que utiliza diálogo como princípio organizador a partir do qual vai desenvolvendo sua arte de criar condições para encontros educativos [...] trata­se de uma profissão constituída.
(Gomes, 2004)
AÇÕES DO DESIGNER INSTRUCIONAL
­ Analisar a necessidade;
­ Projetar a solução;
­ Desenvolver a solução;
­ Implementar a solução;
­ Projetar e avaliar a solução
A importância do Desenho Instrucional para a EAD
https://www.youtube.com/watch?v=4KuLn2A_mks
DI = Canal de ligação entre a teoria(base) e a tecnologia que suporta essa prática.
Envolvido em todas as etapas dos projetos educacionais à distância.
Site de Designer Instrucional
www.ibdin.com.br
NUNCA DEIXE DE VOAR
https://www.youtube.com/watch?v=GAuZNcS­V3s
Aula 03 ­ Professor­tutor
Nesta aula, analisaremos um sistema de tutoria em EaD. Conhecendo nosso aluno, como ele aprende, sua escolha por essa modalidade e o papel do tutor nessa
modalidade cujo foco é o aluno, enfatizando a articulação entre a autonomia, ética e EaD necessária ao êxito da modalidade. Refletiremos sobre o perfil do aluno EaD e
https://youtu.be/Zn4mhAulPzo
http://www.ibdin.com.br/
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modalidade cujo foco é o aluno, enfatizando a articulação entre a autonomia, ética e EaD necessária ao êxito da modalidade. Refletiremos sobre o perfil do aluno EaD e
as exigências da sociedade emergente.
O sistema de tutoria no contexto da Educação a Distância
Vamos conhecer mais a fundo essas questões.
O que é o sistema de tutoria? É um conjunto de elementos organizados entre si, de modo a formar um todo. Tem origem grega e significa combinar, ajustar, formar
um conjunto.
Neste sentido, qual seria o papel do tutor? Segundo Sá (1998), o tutor sempre assumiu o papel de orientador e acompanhante dos trabalhos acadêmicos, e hoje tem seu
papel fundamental nos atuais programas EaD.
Como a tutoria pode acontecer? A tutoria pode acontecer por intermédio de material impresso, rádio, TV, integração das mídias, telefone, satélites,
teleconferência, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Internet ou Intranet (rede interna, geralmente corporativa).
A tutoria pode ser presencial, online ou virtual ou a distância e inteligente (através de sistemas que dão suporte às atividades da aprendizagem (GAMBA,
2001).
Um sistema de tutoria eficaz faz com que esse aluno aprenda com prazer e que encontre no tutor um aliado para continuidade da sua trajetória em busca do
saber, mesmo em meio às dificuldades.
Reflexão sobre o papel do tutor
Assim, iniciaremos essa aula com o vídeo a seguir, apresentado no Schweppes Online Film Festival, uma pequena obra­prima do diretor Patrick Hughes... (Signs  Fonte: Jefferson
Petrecca) Este vídeo foi apresentado no Schweppes Online Film Festival e aborda os relacionamentos nos tempos modernos.
Uma poesia sensacional sobre os relacionamentos nos tempos modernos, cheio de virtualidade e distanciamento, que provoca medo e insegurança, mas que pode
ser vencido com pequenas artimanhas.
Vamos entender melhor o assunto?
1­ Qual a relação do vídeo com o papel do tutor EaD com seu aluno?
Mesmo distantes fisicamente, precisam utilizar ferramentas de aproximação a fim de que a sensação de pertencimento a um grupo aconteça.
2­ No lugar da obrigação burocrática em torno das atividades de aprendizagem, o que o tutor precisa valorizar?
O interesse na troca e na cocriação da aprendizagem e comunicação. No entanto, não basta estar junto online transmitindo e recebendo textos e imagens, mas é
necessário ter o cuidado com a expressão de cada participante, o esforço mútuo de participação juntamente com a motivação pessoal e coletiva, livre e plural.
Cabe ao tutor observar que cada aluno não se resume apenas a uma presença virtual, e sim a uma pessoa com suas ansiedades, dúvidas, expectativas,
sentimentos e vontade de aprender a partir do diálogo, construindo, em conjunto, seu conhecimento.
Agora, vamos analisar algumas definições importantes.
Você sabe o que significa o termo tutoria?
O dicionário Aurélio define o seguinte:
1. Indivíduo legalmente encarregado de tutelar alguém;
2. Protetor, defensor;
3. Vara ou estaca usada para amparar um arbusto, trepadeira ou árvore flexível.
E como profissionais da educação, como podemos definir tal termo?
Como um profissional com experiência em Educação a Distância que atua como facilitador da aprendizagem e está sempre atento às interações possíveis entre ele e o
aluno, como, também, entre os próprios alunos, propiciando um ambiente favorável aos debates. É papel do tutor acompanhar a trajetória do aluno,
estimulando­o e apoiando­o no processo de aprendizagem, ajudando­o a organizar seus objetivos, incentivando­o à análise dos conteúdos,acompanhando o
desempenho do aluno, sobretudo nas atividades.
Mas, de que forma podemos estimular a aprendizagem na EaD?
Sabemos que o aluno EaD precisa se sentir estimulado todo o tempo a fim de realizar pesquisa de materiais além do oferecido pelo curso, criando autonomia para
prosseguir nos seus estudos, superando as dificuldades e construindo seu conhecimento. Para isso o tutor deve criar uma metodologia baseada na reflexão, na
cooperação e no trabalho colaborativo.
E o que podemos concluir com isso?
O tutor deve utilizar procedimentos administrativos, pedagógicos e comunicacionais a fim de buscar atender de forma direta às necessidades dos alunos na educação a distância.
Landim (1997, p. 125) alerta que:
“As pessoas que estudam à distância esforçam­se solitariamente para aprender. Entretanto, este esforço solitário nem sempre é suficiente, sendo necessários
acompanhamento, apoios e incentivos a essa aprendizagem individual, que propiciem a superação de possíveis obstáculos cognitivos e afetivos. Tais obstáculos
surgem porque, normalmente: os alunos não têm hábito de estudo independente; a sensação de solidão e o trato impessoal, causados pela distância, podem levá­los ao
desânimo; há problemas estritamente acadêmicos inerentes à dificuldade de estudar.”
Sendo assim, o tutor deve atuar cooperativamente no cumprimento de suas funções e responsabilidades a fim de possibilitar a gestão da aprendizagem.
Como desempenhar o papel mediador do saber?
Algumas dicas que podem legitimar o papel da tutoria:
É preciso capacitação profissional para desempenhar esse papel de mediador do saber ou tutor EaD para preparar nossos alunos para viver melhor nesse mundo saturado de
informações, onde o “congestionamento” dessas informações atrasam a chegada da aprendizagem significativa!
Concluindo, cabe ao tutor acompanhar o aluno, saber se está acompanhando o conteúdo, se está tendo dificuldades ou sentindo prazer em estudar virtualmente.
Conheça as características de um Tutor da EaD
Dar feedback constante ao aluno, respondendo aos questionamentos sempre que solicitado;
Utilizar os canais abertos de comunicação para um pronto atendimento ao alunos;
Estar constantemente atento para as necessidades de seus alunos sejam elas pedagógicas ou afetivas;
Administrar situações de conflito, de euforia e de desânimos;
Utilizar um tom adequado para as observações feitas a cada um nos fóruns;
Relembrar sempre os objetivos a serem perseguidos e as etapas e o calendário a serem cumpridos;
Cumprir os prazos e nunca deixar sem comentário ou resposta os trabalhos e perguntas dos alunos;
Ser ponto de apoio e segurança para os alunos;
Incentivar as discussões, debates, criações coletivas;
Criar um ambiente descontraído, de confiança e solidariedade;
Auxiliar o aluno a planejar suas horas de estudos.
Conheça as atribuições de um Tutor da EaD
As atribuições de um tutor quanto ao conteúdo e aos materiais do curso são:
1 ­ Projetar as tarefas de forma clara para que o aluno consiga entender o que está sendo solicitado;
2 ­ Elaborar as atividades levando em consideração o público a ser atingido;
3 ­ Coordenar a seleção de conteúdos;
4 ­ Fazer uma leitura prévia do material a ser utilizado pelos alunos;
5 ­ Discutir estratégias de aprendizagem;
6 ­ Ter domínio sobre o conteúdo do curso;
7 ­ Estar em constante aperfeiçoamento.
As atribuições de um tutor quanto ao Ambiente Virtual de Aprendizagem são:
• Incentivar a participação e a cooperação dos alunos nas diversas ferramentas utilizadas no ambiente disponibilizando pequenos tutoriais sobre a utilização delas;
• Verificar periodicamente se os alunos estão acompanhando, acessando e participando do curso.
As atribuições de um tutor quanto à interação aluno/material didático, aluno/tutor, aluno/aluno são:
Conhecer o perfil do aluno;
Responder prontamente aos e­mails;
Valorizar a opinião do aluno, evitando impor seus próprios valores, atendendo às dificuldades e necessidades dos alunos;
Promover a interação aluno­aluno, aluno­tecnologia, aluno­conteúdo, aluno­professor, propiciando o diálogo entre os alunos e tutor, de forma didática e criativa, capaz de
fomentar a liberdade de pensamento e confronto de ideias;
Orientar o aluno no desenvolvimento de suas próprias estratégias de aprendizagem de modo a tornar­se capaz de organizar e gerenciar suas atividades em EaD;
Adequar­se à realidade do aluno e/ou curso.
As atribuições de um tutor quanto ao estudo a ser desenvolvido pelo aluno são:
Indicar e incentivar o aluno a consultar diferentes fontes sobre o tema que está sendo abordado;
Auxiliar os alunos no planejamento de suas horas de estudo;
Entrar em contato com os alunos ausentes e com aqueles que deixaram de realizar alguma atividade;
Mediar o debate, levantar questões e intervir nos momentos necessários, evitando respostas prontas;
Indicar livros, filmes, sites com temas abordados no curso;
Levar o aluno a refletir sobre sua própria pergunta, levantando diferentes hipóteses sobre o problema.
Conheça as rotina de um Tutor da EaD
A rotina de um tutor quanto organização do conteúdo e do tempo é:
• Selecionar materiais de apoio aos alunos para que possa dar sustentação teórica de forma qualificada;
• Comentar as anotações feitas nos diários de bordo, dando um feedback aos anseios do aluno, dando sugestões ou fazendo encaminhamentos para as necessidades que
surgirem.
A rotina de um tutor quanto ao acompanhamento acadêmico é:
1 ­ Verificar no ambiente do curso as contribuições postadas;
2 ­ Acompanhar o desempenho de cada aluno;
3 ­ Comentar os trabalho realizados pelos alunos;
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3 ­ Comentar os trabalho realizados pelos alunos;
4 ­ Lembrar os prazos estabelecidos para o cumprimento das atividades e etapas a serem realizadas.
A rotina de um tutor no que diz respeito a prevenir a evasão é:
• Estar em contato constante através de e­mail, central de mensagens e quadro de avisos para que o aluno se aproprie da dinâmica de comunicação do espaço virtual, estreitando
a relação aluno/tutor, aluno/aluno;
• Responder o mais breve possível às solicitações dos alunos diante das dificuldades encontradas por e­mail ou nos fóruns;
• Avaliar os trabalhos publicados.
Essas são estratégias que permitem que o aluno se sinta assistido, colaborando para que não haja desistência.
A rotina de um tutor quanto a avaliação da aprendizagem do aluno é:
Analisar a capacidade de reflexão crítica do aluno, através da leitura das interações realizadas nos fóruns, chat ou textos elaborados.
Observar a produção do aluno na realização de trabalhos escritos, baseados em leituras e reflexões sobre os referenciais teóricos e/ou pesquisados por ele.
Verificar se o aluno está conseguindo compreender o conteúdo abordado, avaliando o material que está sendo disponibilizado pelo curso.
Conheça as qualidades de um Tutor da EaD
Demetrius Ribeiro Lima e Marta Costa Rosatelli destacam uma lista de qualidades que podemos tomar como ponto de partida para um bom tutor EaD.
Possuir atitude crítica e criativa no desenvolvimento de suas atribuições;
Capacidade de estimular a resolução de problemas; possibilitar aos alunos uma aprendizagem dinâmica;
Ser capaz de abrir caminhos para a expressão e a comunicação;
Fundamentar­se na produção de conhecimentos;
Apresentar atitude pesquisadora;
Possuir uma clara concepção de aprendizagem;
Estabelecer relações em práticas com seus interlocutores, ter capacidade de inovação;
Facilitar a construção de conhecimentos.
Mas, você sabe qual a importância do trabalho corporativo entre tutor e alunos?
O perfil desses profissionais requer adequações conforme as características de cada instituição ou Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) escolhido e de cada curso que será
oferecido. O público­alvo do curso influencia de forma significativa nas atividades dos tutores.
E como melhorar o resultado de aprendizagem na EAD?
Um melhor resultado do processode aprendizagem na EaD passa, necessariamente, pela interatividade entre os elementos e atores que compõem o ambiente de
estudos.
Cabe ao tutor a importante tarefa de promover essa interatividade, buscando reforçar o processo de socialização do grupo e favorecer o processo de construção
do conhecimento através dos recursos didáticos, na perspectiva da aprendizagem colaborativa.
Como criar soluções eficazes para a EaD?
É preciso pensar que um curso com foco no aluno usa as novas tecnologias no ensino/aprendizagem para criar um ambiente baseado nas necessidades do
educando que contribua para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e criticidade que deverão estar presentes no cidadão que busca valores éticos,
sociais, culturais e morais para a transformação da sociedade.
Como diminuir a evasão da EaD?
O trabalho colaborativo e a interação com os colegas facilitam a construção do conhecimento pelo aluno e desperta o seu interesse, diminuindo a evasão na EaD.
No desenvolvimento de um curso EaD com foco no aluno é fundamental saber quais as características individuais dos alunos que influenciam o processo de
aprendizagem, para apoiar os professores no desenvolvimento de conteúdos e tarefas e na definição das formas de interação e de tutoria.
Além de identificar as características socioeconômicas dos alunos (faixa etária, sexo, inserção no mercado de trabalho, entre outras), é importante saber como os
alunos constroem conhecimento (por meio da teoria, pela prática de exercício, por meio de esquemas, por trabalho em grupo, pela experimentação).
O aluno da EaD é responsável pela organização de seu estudo e pela interação, via AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) e demais ferramentas da WEB 2.0
(ferramentas colaborativas e interativas existentes na Internet como fóruns, e­mails, GoogleDocs, Redes Sociais, Blogs etc.), com todos os participantes do processo pedagógico.
Infraestrutura fornecida
Na EaD o aluno precisa contar com um tutor, facilitador de sua aprendizagem, e com um AVA que favoreça a comunicação e a interação com colegas e coordenação.
E quais resultados podemos esperar disso?
Espera­se que o aluno atue com autonomia, motivação e organização.
Espera­se que o aluno atue com autonomia, esteja motivado, seja organizado, saiba pesquisar conteúdos, tenha iniciativa para apresentar ideias,
questionamentos e sugestões, saiba trabalhar em grupo, e seja disciplinado, a fim de cumprir os objetivos que estabeleceu para si mesmo.
E o que os alunos procuram numa instituição de ensino?
Veja o que Strong e Harmon (1997) dizem sobre isso:
O que os alunos procuram?
Um programa de ensino baseado na capacidade de atender às necessidades educacionais de alunos não tradicionais, com foco no aluno e não no professor, com bom custo­
benefício, tecnologia confiável, de fácil navegação e transparente para o usuário, com níveis adequados de informação e de interação humana.
O que os alunos exigem?
Eles exigem cursos e programas de qualidade e também uma boa resposta tanto dos professores quanto da instituição. Se sentirem que suas necessidades não estão sendo
atendidas em tempo adequado, podem frustrar­se e desistir do curso ou programa.
Segundo Belloni (2001), as tendências atuais “apontam para uma EAD centrada no estudante”, significando uma educação focada no aluno e disposta a atender “às novas
exigências dos mercados capitalistas”.
Atender a essas exigências significa oferecer ao aluno de EaD uma formação pautada em duas importantes premissas: informação e autonomia.
Belloni afirma ainda que: “Por suas características intrínsecas, por sua própria natureza, a EaD, mais do que as instituições convencionais de ensino superior, poderá contribuir
para a formação inicial e continuada destes estudantes mais autônomos, já que a autoaprendizagem é um dos fatores básicos de sua realização” (2001, p. 39).
Negociação Prévia
Definição: O professor, como ator do processo de aprendizagem na EaD, é alguém que busca desenvolver um espírito de criatividade de forma coletiva, colaborativa, e
isso significa incluir o aluno como agente desse processo.
Um docente criativo torna­se um dinamizador da autoaprendizagem por parte do aluno. Nesse contexto, podemos levantar a seguinte questão: qual é a importância do
professor em um paradigma de aprendizagem que tem como centro o aluno autônomo e voltado para a autoaprendizagem?
Esse conceito de aluno capaz de autogestão de seu aprendizado, ancorado na autonomia, não exclui a figura do professor e tampouco elimina sua importância como agente do
processo de aprendizagem em EaD.
Dissídio: A perspectiva cujo professor é o orientador do conhecimento vai contra a tendência que, segundo Belloni, ainda está presente em EaD, que "considera o estudante
como matéria prima de um processo industrial onde o professor é o trabalhador e a tecnologia educacional é a ferramenta. Neste modelo, o currículo funciona
como o plano de modelagem do produto, que é o aluno educado" (2001, p. 42).
Embora seja o aluno que realize a aprendizagem, é do professor a responsabilidade social de orientar o processo de construção do conhecimento pelo estudante,
incentivando­o a aprender e pensar:
O docente torna­se um animador da inteligência coletiva dos grupos dos quais se encarregou. Sua atividade terá como centro o acompanhamento e o gerenciamento dos
aprendizados: incitação ao intercâmbio dos saberes, mediação relacional e simbólica, pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem etc. (LÈVY, 1999,
p. 173).
Esses sujeitos, ativos e orientadores, tornam­se modelos de um novo paradigma educacional que ainda enfrenta desafios para que se estabeleça de forma efetiva. Dentro desse
paradigma, há outro importante apoio para a busca do significado e aplicação dos conhecimentos: o Ambiente Virtual de Aprendizagem
E de que forma a tutoria na educação a distância pode se tornar mais eficaz?
Conhecendo o agente do processo de aprendizagem, aluno, e suas necessidades, podem­se construir estratégias e metodologias que contribuam
efetivamente para a formação de sujeitos autônomos e bem informados.
Partir para o estudo das expectativas e demandas do aluno significa, também, abandonar definitivamente conceitos sedimentados socialmente que figuram o
professor como principal agente do processo de ensino­aprendizagem e não o aluno.
Para Lèvy:
“É preciso superar a postura ainda existente do professor transmissor de conhecimentos. Passando, sim, a ser aquele que imprime a direção que leva a
apropriação do conhecimento que se dá na interação. Interação entre aluno/professor e aluno/aluno, valorizando o trabalho de parceria cognitiva;(...)
elaborando­se situações pedagógicas onde as diversas linguagens estejam presentes. As linguagens são, na verdade, o instrumento fundamental de mediação, as
ferramentas reguladoras da própria atividade e do pensamento dos sujeitos envolvidos.” (1999, p. 170).
O papel do tutor frente às ferramentas de comunicação e interação
O tutor EaD pode utilizar uma gama variada de ferramentas comunicacionais a fim de interagir com seus alunos dentro ou fora do Ambiente Virtual de Aprendizagem, pois elas
favorecem a integração e o sentimento de pertencimento, trocas, críticas e autocrítica, discussões elaboração, colaboração, exploração, experimentação, simulação e descoberta.
Considerações finais
Apontamos alguns temas importantes sobre Tutoria nesta aula e percebemos que o conceito de tutoria, em tempos de web, pode abranger mecanismos automáticos de resposta
mediados por programas ou por tutores humano, esta segunda opção foi maciçamente aprofundada por nós nesta aula.
Com a leitura realizada até aqui, você já assimilou o conceito de tutoria EAD e projetou sua própria prática pedagógica ao aderir esse formato de trabalho. Assim esperamos ter
colaborado para que você desenvolvesse um conceito de tutoria capaz de orientar sua futura prática de tutoria em um curso on line.
30/10/2016 Evernote Export
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Atividade proposta
Um aspecto bastante polêmico diz respeito ao volume de acessos dos alunos ao curso. Ele pode acessar várias vezes o Ambiente Virtual de Aprendizagem, o que não significa,
necessariamente, que estudou. Por outro lado, se temos um cursista que nunca ou quase nunca entrou no ambiente ou enviou qualquer mensagem, esse exige cuidado de nossa
parte. Podemos estar diante de um caso de evasão. Atuar no engajamento dos participantes, preventivamente, pode reverter um quadro de abandono do curso por alguma
dificuldade encontrada. O que o tutor pode fazer para que o aluno participe ativamente das aulas evitando assim a evasão e criando uma atmosfera de aprendizagem significativa.
Chave de resposta: Dar feedback constante ao aluno, respondendo aos questionamentos sempre que solicitado; Utilizar os canais abertos de comunicação para um pronto
atendimento ao alunos; Estar constantemente atento para as necessidades de euforia e de desânimos; Utilizar um tom adequado para as observações feitas a cada um nos fóruns;
Relembrar sempre os objetivos a serem perseguidos e as etapas e o calendário a serem cumpridos; Cumprir os prazos e nunca deixar sem comentário ou resposta os trabalhos e
perguntas dos alunos; Se ponto de apoio e segurança para os alunos; Incentivar as discussões, debates, criações coletivas; Criar um ambiente descontraído, de confiança e
solidariedade e Auxiliar o aluno a planejar suas horas de estudos.
Aula 04 ­ Utilização de ferramentas de EaD
Nesta aula, trataremos sobre temas ligados a tecnologias, como: “Ambientes Virtuais de Aprendizagem” (AVA) e “Ferramentas da Web 2.0”, amplamente utilizadas em
EaD. Também discutiremos sobre conceitos novos como “Design Instrucional”, encerrando a disciplina com um tema de fundamental importância que é a Avaliação em EaD,
a ser encarada como um processo contínuo e abrangente do processo ensino­aprendizagem.
Objetivos:
1. Analisar os diferentes Ambientes Virtuais de Aprendizagem e ferramentas da Web 2.0 para EaD, bem como o conceito de Design Instrucional;
2. Compreender os parâmetros da Avaliação em EaD.
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
Relembrando alguns conceitos:
Como já vimos nas aulas anteriores, as TIC e a Internet têm colaborado para o avanço na Educação a Distância do Ensino Superior no Brasil e com isso tem crescido
o desenvolvimento de cursos virtuais buscando sempre propostas de trabalhos cooperativos entre os alunos.
A modalidade de Educação a Distância apoiada na Web necessita de uma Plataforma de Ensino denominada de Ambientes Virtuais de Aprendizagem, o que
também chamamos de AVA.
Mas o que é um AVA?
Segundo ALMEIDA (2002):
“Os sistemas computacionais que permitem apresentar as informações de maneira organizada e no momento apropriado, desenvolver interações e elaborar
produções, são denominados ambientes virtuais de colaboração e aprendizagem constituídos a partir de um grupo de pessoas que utilizam softwares específicos para
a comunicação a distância mediada pelas tecnologias do conhecimento”.
Esses Ambientes Computacionais Virtuais permitem que a troca de informações seja mais imediata e interativa e que os envolvidos no processo ensino­
aprendizagem possam utilizá­lo de maneira eficaz auxiliando na construção do conhecimento dos educandos que estão dispersos fisicamente.
Sendo assim, diversos estudos têm sido realizados a fim de que o AVA tenha um potencial de recursos didáticos onde a interatividade seja um diferencial no processo
de ensino e aprendizagem, promovendo a autonomia e o processo de tomada de decisão do aluno.
Em um AVA, a troca de informações é mais imediata e interativa, através da expressão de opiniões e pensamentos em debates com professores e alunos, respeitando
as opiniões dos colegas, concordando, discordando, questionando, sugerindo e dialogando saberes.
Neste Ambiente Virtual de Aprendizagem existe uma gama de ferramentas síncronas e assíncronas que favorecem a comunicação e mediação da aprendizagem. A
prática de EAD mostra que dentre as ferramentas síncronas mais utilizadas são o Chat e a Videoconferência e entre as ferramentas assíncronas se destacam o e­
mail, o fórum de discussão, a lista de discussão, o glossário e o quadro de avisos.
A comunicação síncrona é realizada em tempo real, exigindo participação simultânea de todos os envolvidos. Disponível
em: <http://www.ricesu.com.br/colabora/n4/artigos/n_4/id02c.htm.>
A comunicação assíncrona é realizada em tempos diferentes, não exigindo a participação simultânea (em tempo real) dos envolvidos. Disponível
em <http://www.ricesu.com.br/colabora/n4/artigos/n_4/id02c.htm>.  Acesso em: 10 jul. 2014.
Vamos entender melhor este assunto?
1­ o que Moran afirma:
É difícil desenhar as tecnologias no futuro, mas qualquer que sejam, caminham na direção da integração, da instantaneidade, da comunicação audiovisual e interativa.
(MORAN. Tendências da educação online no Brasil).
A escolha de um AVA deve levar em consideração as características de cada um a fim de definir as vantagens e desvantagens de cada para uma escolha mais
acertada pela Instituição de Ensino ou Empresa que deseja utilizá­lo como ferramenta pedagógica.
Agora, vamos analisar algumas definições importantes
Você sabe a diferença entre interação e interatividade? O dicionário Aurélio define o seguinte:
Interação: É quando acontece a trocas de informação entre os sujeitos.
Interatividade: Envolve um contato com as tecnologias atuais.
Vamos identificar algumas características do Ambiente Virtual de Aprendizagem em um curso EAD?
Vantagens:
• Os recursos são otimizados;
• Existem ferramentas síncronas e assíncronas para debate e comunicação;
• Existe local para entrega de atividade;
• Biblioteca para busca de material didático complementar;
• Fácil navegabilidade e entendimento;
• Seguro;
• Compatível com vários sistemas operacionais;
• Interação aluno/professor; aluno/aluno;
• Estabilidade do sistema.
Modelo de AVA
A Universidade Estácio de Sá você utiliza o AVA webAula.
O Ministério da Educação utiliza para capacitação de professores o e­Proinfo, disponível em: <http://e­proinfo.mec.gov.br>
Quer mais um exemplo?
A Fundação de apoio à Escola Técnica utiliza o MOODLE para implementar um curso de Capacitação de Professores para o uso de Tecnologias Educacionais. Veja:
Vamos assistir ao vídeo “Moodle”. O vídeo mostra as usabilidades da plataforma Moodle. ­ O que é Moodle ­ Moodle Academy Fonte: Moodle Academy,
Esses foram alguns exemplos de Plataformas de EAD ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) utilizados por algumas instituições a fim de oferecer cursos a distância. Cabe à
gestão administrativa do curso escolher qual o AVA será utilizado, gratuito (MOODLE) ou proprietário.
Conheça também as principais vantagens da Web 2.0 na Modalidade EAD.
Assista ao vídeo de sensibilização – Rafinha: O vídeo mostra a revolução da comunicação e na economia causada pelas mudanças tecnológicas.   ­   Rafinha 2.0 ­ Fonte: Arthur
Calefe
Inteligência coletiva
Algumas dicas que podem legitimar o papel da tutoria:
A Web 2.0 surgiu um novo conceito: “Webware”, definida pela Wikipédia como a segunda geração de serviços e aplicativos da Internet, que permite maior
interação com o usuário, colaborando para a “Inteligência Coletiva”.
Inteligência Coletiva” foi aproveitada do termo que emergiu da Web 1.0, utilizando­se do conceito de “tecnologias da inteligência” de Lèvy (1998), que se caracteriza
por um novo tipo de pensamento sustentado por conexões sociais que são viáveis mediante a utilização das redes abertas de computação da Internet.
E o que mudou com a WEB 2.0?
Em qualquer lugar do mundo pode­se ter acesso à Internet para verificar arquivos pessoais. Com a popularização desse serviço e redução dos custos da banda larga, os usuários
passam a possuir uma conexão direta e a realizar as suas atividades cotidianas por meio de um navegador da Internet, também conhecidos como browser (Internet Explorer,
Mozzila Firefox, GoogleCrome).
O termo Plataforma veio da possibilidadede utilização do computador remotamente a fim de acessar as ferramentas da Web 2.0. Para saber mais sobre os principais padrões
dessa plataforma, clique aqui.
O que podemos concluir?
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O que podemos concluir?
É preciso observar que os recursos tecnológicos da Web 2.0 podem alterar o modelo de aprendizagem do sistema convencional (presencial) para a modalidade de educação a
distância, usando os ambientes virtuais de aprendizagem como fonte para disseminação do conhecimento.
A facilidade em publicar conteúdos e em comentar posts (mensagens publicadas em ferramentas Web 2.0) fez com que as redes sociais se desenvolvessem online. As
ferramentas como Blogs, Wikis, Youtube, Podcast, redes de relacionamento como Orkut, Facebook, Myspace e Twitter estimulam o processo de interação
social e de aprendizagem. A Wikipédia é um exemplo de Inteligência Coletiva e seu fundador, o presidente Jimmy Wales, defende que a Web 2.0 se baseia em confiar nos
internautas, propiciar o aumento da interatividade entre eles e levar as Comunidades Virtuais a sério.
Outras ferramentas significativas e de sucesso da Web 2.0 são as ferramentas do Google Docs que oferecem acesso aos documentos de qualquer parte do mundo
onde se tenha um ponto de Internet. A possibilidade de manuseio simultâneo desses documentos pelos usuários convidados para colaborar fez do Google Docs
um grande aliado na construção do conhecimento.
O Linkedin possui mais de milhares de usuários no mundo e agrega profissionais de várias áreas. Tem sido uma importante fonte de contatos entre trabalhadores e empresas e
está repleta de oportunidades de emprego oferecidas pelos seus diversos membros que procuram profissionais especializados.
O Second Life é uma ferramenta que permite experiências tridimensionais, criando uma personagem e andando pelos ambientes produzidos por outros
usuários. Com essa ferramenta atinge­se a possibilidade do ser humano ser representado, transportado virtualmente para um novo mundo e conviver com outras pessoas.
Com isso, podemos observar um desenvolvimento de atividades abrangentes na medida em que se utilizam as ferramentas da Web 2.0, pois os alunos se interessam
mais pela produção de seus trabalhos, bem como pela publicação automática na rede, isso porque para tais ações não são necessários grandes conhecimentos de programação e
de ambientes sofisticados.
De acordo com Isotani et al. (2009), utilizando os recursos da Web 2.0 o professor poderá ajudar os alunos na elaboração de textos, auxiliar nas pesquisas, bem
como na emissão de opiniões e debates com outros usuários, usando portfólios digitais em redes de colaboração, projetos de ensino­aprendizagem inseridos
no novo paradigma educacional.
Mas, o que é Design Instrucional na EaD?
Como podemos perceber, as tecnologias atuam como recursos pertencentes aos Ambientes virtuais de aprendizagem e o design instrucional irá organizá­las a fim de suprir
as diversas necessidades educacionais existentes na Gestão de um Curso de Ensino a Distância.
O design, é um produto final de um AVA, onde é observado sua forma, funcionalidade, propósito e intenções. A instrução nada mais é que o ensino propriamente
dito mediada pelas ferramentas de comunicação a fim de favorecer o processo ensino­aprendizagem.
De acordo com Filatro (2008, p. 4), definimos design instrucional como a ação intencional e sistemática de ensino que envolve o planejamento, o desenvolvimento
e a aplicação de métodos, técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações didáticas específicas, a fim de promover, a partir dos
princípios de aprendizagem e instrução conhecidos, a aprendizagem humana.
Sendo assim, entendemos que o design instrucional tem grande importância na gestão de um curso a distância, no que tange ao processo de identificação e busca de
solução para solução de um problema e envolve um conjunto de atividades, necessidades, desenho, implementação e avaliação.
O design instrucional também utiliza da teoria para fundamentar os métodos de instrução mais adequados a diferentes tipos de aprendizagem.
Entendendo o fluxo do design instrucional
Veja a figura abaixo, onde Filatro ilustra os fundamentos do design instrucional e as áreas envolvidas.
Design Instrucional
Podemos perceber que o design instrucional está ligado as três áreas fundamentais do conhecimento:
Ciências Humanas:
Envolve Psicologia do Comportamento, Psicologia do Desenvolvimento Humano, Psicologia Social e Psicologia Cognitiva.
Ciências da informação:
Envolve Comunicações, Mídias audiovisuais, Gestão da informação e Ciência da Computação.
Ciências da Administração:
Abordagem Sistêmica, Gestão de Projetos e Engenharia de Produção.
As ações do Design instrucional estão dividas em fases como:
• Analisar a necessidade;
• Projetar a solução;
• Desenvolver a solução;
• Implementar a solução;
• Projetar e avaliar a solução.
Mas o que é Designer Instrucional e qual é sua função?
Qual a definição para DESIGNER INSTRUCIONAL?
O Designer Educativo (DE) indica o profissional ressignificado com a emergência da Internet [...] um profissional genérico e especializado na área de
planejamento educativo, que utiliza diálogo como princípio organizador a partir do qual vai desenvolvendo sua arte de criar condições para encontros
educativos [...] trata­se de uma profissão constituída. (GOMES, 2004)
Qual o Perfil do profissional de DESIGNER INSTRUCIONAL?
• Comunicar­se efetivamente, por meio, oral, escrito;
• Aplicar pesquisas e teorias atualizadas à prática do design instrucional;
• Atualizar e melhorar habilidades, atitudes e conhecimentos referentes ao design instrucional;
• Refletir sobre os elementos de uma situação antes de finalizar decisões sobre soluções e estratégias de design;
• Conduzir um levantamento de necessidades;
• Projetar um currículo ou programa;
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir;
• Selecionar, modificar ou criar um modelo de design e desenvolvimento para determinado projeto;
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir e encadear o conteúdo e as estratégias instrucionais;
• Identificar e descrever as características da população alvo;
• Analisar as características do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA);
• Analisar as características de tecnologias existentes e emergentes em seus usos em um ambiente instrucional;
• Selecionar, modificar ou criar um modelo de design e desenvolvimento para determinado projeto;
• Selecionar e usar uma variedade de técnicas para definir e encadear o conteúdo e as estratégias instrucionais;
• Selecionar ou modificar materiais instrucionais existentes;
• Desenvolver materiais instrucionais;
• Projetar uma solução educacional que se adapte a diversos perfis de alunos ou grupos de alunos;
• Avaliar a instrução e seu impacto;
• Planejar e gerenciar projetos de design instrucional;
• Promover a colaboração, parcerias e relacionamentos entre os participantes de um projeto de design;
• Aplicar habilidades de gestão de projetos ao design instrucional;
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• Aplicar habilidades de gestão de projetos ao design instrucional;
• Projetar sistemas de gestão da instrução;
• Implementar eficazmente produtos e programas para sistemas EAD.
Considerações finais sobre Designer instrucional
Viu como é ampla a carreira de um designer instrucional? Ele é considerado um profissional capaz de fazer parte de diversas áreas a fim de atingir o principal objetivo
que é promover a aprendizagem significativa em ambientes virtuais de aprendizagem.
Vimos a importância do planejamento de um bom curso EAD e o papel fundamental do Design Instrucional para o sucesso do curso EAD.
Saiba mais(O que é Moodle) https://www.youtube.com/watch?v=lptxP6v­RjA
Avaliação em EAD
Para iniciaressa discussão vamos pensar na seguinte pergunta: O que avaliar?
De acordo com Pavão (2003), o objetivo geral do ensino, no atual momento social, é o desenvolvimento de competências nos vários campos do saber. Entende­se
por competência a capacidade de o indivíduo mobilizar recursos cognitivos e emocionais para enfrentar situações complexas (MORETTO, 2002). O mesmo autor
aponta os quatro aspectos abaixo como os mais importantes relacionados com essa competência, e eles são alguns dos pontos a serem avaliados:
Habilidade: Segundo Moretto (2001), habilidade significa saber fazer algo. É uma capacidade adquirida, física ou mental, dependente de aprendizado e/ou treino.
O processo de aquisição de habilidades varia de indivíduo para indivíduo, pois depende de elementos próprios, que podem ser de origem genética ou até mesmo
outras habilidades previamente adquiridas, que facilitam ou dificultam a nova aquisição. São habilidades importantes em várias áreas do conhecimento, as
capacidades de identificar, relacionar, associar, analisar, avaliar, manipular com destreza, saber ouvir, entre outras.
Domínio da linguagem: Entende­se por linguagem um conjunto de símbolos e/ou sinais que possuem sentido dentro de um contexto específico. Cada área do
conhecimento possui a sua própria linguagem e a capacidade de dominar tal linguagem é um dos indicativos da competência do indivíduo naquela área determinada. Na
interação professor/aluno a linguagem assume um aspecto importante, pois o aluno só conseguirá apropriar­se dos conteúdos ensinados pelo professor se
este conseguir expressar­se na linguagem do aluno, que é fruto do contexto social dele. Podemos dizer que uma habilidade importante para um professor ou um tutor
competente é a capacidade de saber ouvir e entender a expressão do aluno na sua própria linguagem.
Valores culturais: Os valores culturais são próprios de uma determinada sociedade e estabelecem o contexto cultural da situação. Portanto o conhecimento dos
valores culturais vigentes é importante para a resolução de qualquer situação complexa com a qual o indivíduo se depare. A solução de um problema, que é
correta em um contexto sociocultural pode não o ser em um contexto diferente, mesmo que o problema seja o mesmo.
Capacidade de administrar emoções: Deve ser criado um contexto de aprendizagem onde o aluno aprenda a administrar suas emoções, que o motive a
aprender, integrando seus mundos intelectual e emocional, para que cresçam continuamente.
As funções da avaliação
Compreender a avaliação como um processo dinâmico é fundamental, na medida em que os seus elementos têm forte relação com o modo ou instruções que
definem as suas funções na ação docente do cotidiano do professor, bem como na relação desses elementos com as realidades onde se aplica a avaliação.
Nesse contexto, as cinco funções que se seguem apresentam, de certo modo, a expectativa sobre cada uma delas no processo avaliativo, sendo:
1­ Em processo ­ a visão contínua da avaliação (diagnóstica ­ diária, tendências, previsões, decisões, ajustes);
2­ A autoavaliação ­ onde estou, quem sou e para onde quero ir (de propiciar a autocompreensão);
3­ A motivação ­ motivar o crescimento de que modo? Estou motivando ou desmotivando esse crescimento?;
4­ A de aprofundar a aprendizagem (a qualidade na prática avaliativa como elemento de aprofundamento da aprendizagem);
5­ E a de auxiliar a aprendizagem – descobrir as conexões da aprendizagem (estilos de aprendizagem e intervenções etc.).
Nos cursos que utilizam concepções pedagógicas tradicionais, os professores centralizadores, que se colocam como os que conhecem, organizam o curso a partir de textos e
atividades que reforcem o papel principal do professor, o que difere da concepção socioconstrutivista, onde o professor possui uma visão mais participativa do
processo educacional e estimula a criação de comunidades, a pesquisa em pequenos grupos, a produção individual e coletiva. O currículo pode ser flexibilizado!
Um curso EAD que utilize somente as mídias (material impresso, televisão, rádio, vídeo, dispensa a figura dos mediadores ­ professores e/ou tutores, e os processos
frequentes de interação e avaliação) dificulta a efetivação da prática interdisciplinar.
Em se tratando da utilização das ferramentas de comunicação disponibilizadas em um AVA (correio eletrônico, fóruns, grupos de discussão, chats etc.), essa
limitação pode ser superada, pelo menos potencialmente, devido à interatividade.
Considerações finais
A Avaliação na modalidade EaD precisa ser contínua, flexível e qualitativa. Deve servir como instrumento de inclusão do aluno no processo educativo. O aluno
deve ser capaz de tomar conhecimento dos erros a fim de encontrar outros caminhos para a aprendizagem. Ou seja, o erro deve ser encarado como um futuro
acerto. Cabe ao professor, mediador do processo ensino­aprendizagem, saber utilizar com consciência os instrumentos de avaliação onde o foco é o aluno.
Atividade proposta
Nesta atividade você deverá analisar a plataforma de Ensino a Distância que você utiliza “Webaula” e descrever as vantagens de sua utilização em um curso EaD.
Chave de resposta:  Os Recursos são otimizados; Existem ferramentas síncronas e assíncronas para debate e comunicação Existe Local para entrega de Tarefas, biblioteca para
busca de material didático complementar; Fácil navegabilidade e entendimento; Seguro; Compatível com vários Sistemas Operacionais; Interação aluno/professor; aluno/aluno,
Estabilidade do Sistema.
O Designer Instrucional é o profissional que tem habilidades e competências técnicas e pedagógicas analisar e revisar a produção final dos materiais
tanto online como impressos, identificando falhas que possam dificultar a leitura pelo aluno, buscando também possíveis erros de formatação gráfica,
digitação, deslocamentos de textos ou imagens, entre outros; Projetar soluções para problemas educacionais específicos em situações de
aprendizagem e Avaliar o nível de coerência entre os objetivos de aprendizagem, a apresentação dos conteúdos e a estrutura das atividades de
fixação, atentando para a clareza dos enunciados e os comandos.
Somos avaliados e nos avaliamos o tempo. Nossas famílias, amigos e pessoas do trabalho estão sempre lançando opiniões ao nosso respeito e até
julgando nossas condutas que, muitas das vezes nos levam a reflexão e mudança de comportamento.
https://www.youtube.com/watch?v=lptxP6v-RjA
10/10/2016 A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/001­TC­A1.htm 1/7
A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria
em Educação a Distância
Abril/2004
 
Matias Gonzalez de Souza
Ministério da Educação e Cultura – SEED ­ Proinfo
mathiassouza@mec.gov.br – magoso5@hotmail.com
 
A ­ Formação de Profissionais para Educação a Distância
1. Educação Fundamental, Média e Tecnológica
O objetivo do presente artigo é refletir os limites e possibilidades do educador na função
de professor/tutor na modalidade de Ensino a Distância. As reflexões apresentadas advêm
da  leitura de obras dedicadas às  práticas  pedagógicas,  essencialmente  voltadas  para  o
processo  educacional  não  presencial,  bem  como  da  experiência  adquirida  no  contexto
acadêmico de instituições públicas e privadas. 
A natureza deste artigo é didático­descritiva e procura abstrair alguns elementos da arte
de  seduzir  pedagogicamente  o  aprendiz  como  forma  de  cumprir  a  contento  a  nobre
missão  de  educar  a  distância.  Invoca  o  estar  presente  de  modo  afirmativo,  sem  estar
fisicamente ao lado do aluno, mas de modo marcante, suprindo a falta quase visceral que
o processo ensino­aprendizagem impõe.
A  educação  sedutora,  como  expressa  neste  texto,  é  praticada  pelos  educadores
comprometidos com a ética e o amor à missão pedagógica de facilitadora da apreensão
do saber. É, em última instância, configura­se como uma alternativa competitiva com os
meios  de  comunicação  globalizantes,  podendo  atingir  o  âmago  daqueles  que  anseiampela autonomia do aprender libertando­se das amarras de suas próprias limitações.
PALAVRAS­CHAVE
Educação  a  Distância;  Motivação;  Pedagogia  progressista  libertária;  Pedagogia
libertadora; Psicopedagogia; Reforço negativo; Recompensa; Tutoria.
A  notável  relevância  e  complexidade  do  papel  do  tutor  nos  programas  de  Educação  a
Distância,  demonstra  a  necessidade  de  um  perfil  profissional  com  habilidades  e
competências  quase  paradigmáticas.  Espera­se  que  o  tutor,  além  de  possuir  domínio  da
política  educativa  da  instituição  onde  está  inserido  e  conhecimento  atualizado  das
disciplinas  sob  sua  responsabilidade,  exerça  uma  sedução  pedagógica  adequada  no
processo educativo.
No  modelo  tradicional  de  ensino  com  a  presença  viva  dos  professores,  o  carisma
acentuado  de  alguns,  reduz  o  desprazer  e  dificuldades  encontradas  por  alunos  menos
mailto:mathiassouza@mec.gov.br
mailto:magoso5@hotmail.com
10/10/2016 A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância
http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/001­TC­A1.htm 2/7
empolgados  na  aquisição  do  saber.  No  passado,  presente  e  provavelmente  no  futuro,  a
regra comum deve ser a de gostar­se das disciplinas quando o professor desperta simpatia,
quer inovando seus métodos de ensino, quer pela utilização de seus recursos persuasivos
naturais  ou  trabalhados.  O  professor­tutor  investe  na  construção  de  uma  relação  de
respeito e confiança buscando despertar o amor para o conteúdo, visando a superação dos
obstáculos encontrados pelo aprendiz.
Os meios de comunicação,  imitam a arte da  sedução pedagógica ou  aprendem com ela,
exercendo  sobre  as massas um efeito quase hipnótico,  ao utilizar­se  de  imagens,  sons  e
movimentos, para cativar seu público, levando­o ao caminho desejado.
No  cenário  da  Educação  a Distância,  o  papel  do  tutor  extrapola  os  limites  conceituais,
impostos na sua nomenclatura,  já que ele, em sua missão precípua, é educador como os
demais envolvidos no processo de gestão, acompanhamento e avaliação dos programas. É
o tutor, o tênue fio de ligação entre os extremos do sistema instituição­aluno. O contato a
distância,  impõe  um  aprimoramento  e  fortalecimento  permanente  desse  elo,  sem  o  que,
perde­se o foco.
A relação pedagógica conclama a uma construção cotidiana. Sozinho, o aprendiz caminha
vacilante,  perdendo  o  rumo  desejado.  Nisso  o  tutor  pode  ampará­lo,  conduzi­lo  e
encaminhá­lo. À medida que o processo de aprendizagem se efetiva, a  relação do aluno
com o tutor, muda, se aprofunda, estreitando o laço afetivo, propiciando a permeabilidade
educativa, uma vez que a educação deve ser vista sempre como uma prática social ligada à
formação de valores e práticas do indivíduo para a vida social, com possibilidade de ir em
direção a uma maior autonomia, liberdade e diferenciação. Um caminho e alternativa para
consecução  de  sua  missão  educativa  encontrada  pelo  tutor  em  EAD  é  a  sedução
pedagógica .
“Diante  de  tão  grande  número  de  ofertas  visuais,  performáticas  e
espetaculares  na  sociedade,  a  escola  encontra­se  em  desvantagem,
pois os  chamados  auxiliares  de  ensino  audiovisual,  a  comunicação
corporal  do  professor,  sua  retórica,  não  convencem.  O  mundo  da
escola é um mundo cinza, parado e passivo. As  imagens na escola,
são  manipuladas  como  se  fossem  neutras  e  inofensivas,  além  de
serem mal aproveitadas em  termos de possibilidade educativa. Não
se  prepara  o  professor  para  desempenhos  comunicativos  e
expressivos ao nível do desafio do ensino e das crianças atuais, não
se  prepara  o  professor,  sobretudo,  para  dialogar  com  o  mundo
através de um universo imaginal” ( Meira, 1999, p.132)
A  educadora  Marly  Meira,  que  possui  uma  longa  trajetória  dentro  da  arte­educação,
demonstra com a sua visão humanista, a necessidade de atualização e aperfeiçoamento das
práticas  pedagógicas,  seduzindo  intencionalmente  o  aprendiz  na  direção  do  saber
libertador.
Com  essa  visão,  entendemos  que  uma  pedagogia  progressista  libertária,  valoriza  a
experiência  de  autogestão  e  autonomia  consoante  aos  pressupostos  desejáveis  nos
programas  de  Educação  a  Distância.  Pode­se  dizer  que  a  pedagogia  libertária  tem  em
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comum com a pedagogia  libertadora "a valorização da experiência vivida como base da
relação  educativa  e  a  idéia  de  autogestão  pedagógica"  (LUCKESI,  1993,  p.  64).  Tal
experiência  demonstra  que  a  concepção,  a  idéia  de  conhecimento  não  é  a  investigação
cognitiva do real mas, sim, a descoberta de respostas relacionadas às exigências da vida
social.  É  essencial  que  o  tutor  exerça  sua  práxis  em  duas  direções:  valorização  das
necessidades do aluno tanto quanto aos conteúdos de ensino.
É essencial portanto, que o profissional atuando como professor/tutor, possua entre outras
qualidades  a  facilidade  de  comunicação,  dinamismo,  criatividade,  liderança  e  iniciativa
para  realizar  com  eficácia  o  trabalho  de  facilitador,  junto  ao  grupo  de  alunos  sob  sua
tutoria.
A capacidade para atuar como mediador e conhecer a realidade de seus alunos em todas as
dimensões (pessoal, social, familiar e escolar) é de fundamental importância para que, de
algum modo,  ele  ofereça  possibilidades  permanentes  de  diálogo,  sabendo  ouvir,  sendo
empático  e  mantendo  uma  atitude  de  cooperação  e  possa  oferecer  experiências  de
melhoria de qualidade de vida, de participação, de tomada de consciência e de elaboração
dos próprios projetos de vida.
Com o enfoque de uma tutoria voltada para captar a atenção do aluno, é importante que o
tutor demonstre competência individual e de equipe para analisar realidades, formulando
planos de  ação  coerentes  com os  resultados  de  análises  e  de  avaliação, mantendo  deste
modo uma atitude reflexiva e crítica sobre a teoria e a própria prática educativa envolvida
no processo.
Verifica­se  dentro  de  uma  abordagem  humanista  que,  para  Rogers,  “as  experiências  de
vida,  o  clima psicológico  da  sala  de  aula,  a  integração professor/tutor­aluno  são  fatores
importantes para a aprendizagem”. (ROGERS, Carl, Belo Horizonte, Interlivros: 1977:73­
76). Rogers enfatiza os aspectos dinâmicos e ativos do ensino que reforçam o processo de
interação na aprendizagem e considera o aluno capaz de auto­direcionar­se, desde que em
ambiente propício e  interessante. Sendo portanto,  fundamental que o  tutor  seja capaz de
utilizar estratégias psicopedagógicas e  técnicas diversificadas, bem como alternativas de
previsão, conhecimento e intervenção nos âmbitos e locais adequados.
O  tutor  estará  aplicando  coerentemente  todo  o  poder  de  uma  pedagogia  sedutora,  ao
identificar suas próprias capacidades e limitações para atuar de forma realista com visão
de  superação.  Tal  percepção  possibilitará  uma  efetiva  comunicação  entre  os  diferentes
níveis, quer institucional ou no corpo dos alunos tutorados.
Uma vez que, segundo Roger, o ser humano tem uma propensão para aprender, o papel do
tutor também será o de facilitar a apreensão do saber estimulando o interesse do aprendiz
pela discussão de suas expectativas e auxiliando­os a superar os obstáculos transitórios.
É  fundamental  que  o  tutor  seja  capaz  de  auxiliar  os  seus  alunos  no  planejamento  das
atividades  programadas,  promovendo  e  provocando  a  intercomunicação  de  modo  a
atingirem os objetivos da formação e desenvolvam a capacidade de analisar problemas e a
raciocinar criticamente.
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A construção da autonomia pelo reforço positivo
A  prática  e  a  observação  pedagógicasnos  demonstram,  que  os  sentimentos  de
inferioridade  começam  cedo  em  crianças  durante  o  seu  processo  formativo  na  primeira
infância. Elas precisam ser notadas, apreciadas e amadas do modo como são. Necessitam
sentir que têm um significado, que “estão­no­mundo” e são alguém. Os conflitos entre os
pais, as constantes mudanças de escola, bairro ou cidade acrescida da falta de disciplina
adequada,  são  condições  que  podem  gerar  insegurança  numa  criança.  O  conseqüente
reforço  negativo  e  punições  sofridos  na  adolescência,  pode  conduzir  o  aprendiz  a  uma
possível  cristalização  de  inseguranças  múltiplas  que  afetariam  seu  processo  de
aprendizagem durante toda a vida.
"O pai reclama do filho até que cumpra uma tarefa: ao cumpri­la, o
filho  escapa  às  reclamações  (reforçando  o  comportamento  do  pai).
...Um  professor  ameaça  seus  alunos  de  castigos  corporais  ou  de
reprovação,  até  quem  resolvam  prestar  atenção  à  aula;  se
obedecerem estarão afastando a  ameaça de  castigo  (e  reforçam  seu
emprego pelo professor). De uma ou outra forma, o controle adverso
intencional é o padrão de quase todo o ajustamento social ­ na ética,
na religião, no governo, na economia, na educação, na psicoterapia e
na vida familiar.(Skinner, 1971, pp. 26­27)
Skinner demonstra em seu programa experimental na sua  teoria da aprendizagem, que a
eficácia  do  reforço  depende  da  proximidade  temporal  e  espacial  em  relação  ao
comportamento  que  se  que  pretende modelar,  sob  pena  de  incidir  sobre  outro  que  não
esteja em questão e que um reforço positivo fortalece a probabilidade do comportamento
pretendido que segue. O seu registro é a presença (positividade) de uma recompensa e por
outro lado um reforço negativo enfraquece um determinado comportamento em proveito
de  outro  que  faça  cessar  o  desprazer  com  uma  situação.  Portanto,  o  seu  registro  é  a
ausência (retirada) de um estímulo que cause desprazer após a resposta pretendida.
Em  linguagem  laica,  crianças  severamente  punidas  na  infância  exibem  comportamentos
desajustados com os padrões sociais da nossa sociedade e  têm mais probabilidade de se
tornarem  adultos  e  aprendizes  não­qualificados.  No  entanto,  indivíduos  que  recebam
recompensas adequadas passarão a exibir comportamentos sociais mais ajustados e terão
melhores qualificações ligadas ao processo de aprendizagem.
Por  esta  visão,  cabe  ao  tutor  promover  recompensas  positivas  aos  seus  aprendizes.  É
incontestável a alegria de uma criança ou adulto ao receber publicamente do mestre, um
elogio sincero pelo trabalho entregue no prazo, pela avaliação acima da média ou mesmo
pelo  simples  esforço  e  dedicação  aos  estudos.  Tal  recompensa  propiciará  o  reforço  da
auto­estima, encaminhando o aprendiz na direção da sua autonomia, que no entender de
Piaget  ,  significa  estar  apto  a  cooperativamente  construir  o  sistema  de  regras morais  e
operatórias  necessárias  à  manutenção  de  relações  permeadas  pelo  respeito  mútuo.  Ele
também  caracterizava  autonomia  “como  a  capacidade  de  coordenação  de  diferentes
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perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco". (Kesselring T. Jean Piaget.
Petrópolis: Vozes, 1993:173­189).
A criança nasce sem saber amar, portanto ela tem que aprender a amar. Quando se ama, se
confia.  O  amor  exige  disposição  para  ouvir,  significa  compartilhar  experiências.  É
importante,  elogiar  o  desempenho  do  aprendiz  ,  louvando  sua  responsabilidade,
pontualidade e desempenho.
 
Habilidades e competências essenciais na tutoria
Para  exercer  o  fascínio  dos  aprendizes  e  mantê­los  atentos,  motivados  e  orientados  é
necessário  captar  a  atenção  dos  mesmos,  demonstrando  domínio  das  ferramentas  de
trabalho  que  irá  utilizar  na  tutoria.  O  tutor  sedutor  impressiona  pela  capacidade  de
demonstrar os atalhos, o manejo eficaz das ferramentas que estão à sua disposição para o
exercício da tutoria. Para tanto é imprescindível gostar do que faz e fazê­lo com amor. É
vital  que  demonstre  interesse  pela  melhoria  do  processo  ensino­aprendizagem  e  esteja
com disponibilidade para o contato com o aluno, sobretudo quando solicitado. O tutor, tal
qual um pai, deve dentro das suas limitações temporais, estar pronto para ouvir, apoiar e
orientar o filho quando este solicitar. Sem essa disponibilidade, o fio se rompe, tornando­
se difícil à retomada da relação pedagógica em níveis satisfatórios. A falta de confiança no
tutor, o desamparo sofrido pelo aprendiz num determinado momento da sua jornada, em
geral,  leva à evasão  irreversível e ao desapontamento  indesejável para os envolvidos no
sistema educacional. É o sentimento sofrido por uma criança quando se atira  sem medo
nos braços do pai­protetor e este a deixa cair indesculpavelmente. A indiferença machuca
e afasta.
Apesar do tutor não ser um terapeuta, é fundamental que ele seja continente, controlando
as angústias e necessidades que possam emergir do grupo tutorado, assim como, por outro
lado, conter as suas próprias angústias frente aos sentimentos, dúvidas e outros fenômenos
emergentes do processo dinâmico do processo ensino­aprendizagem.
Da mesma forma que se requer em outras atividades profissionais, cabe ao professor­tutor
manter  um  comportamento  profissional  e  ético  irrepreensível. O  bom  exemplo moral  e
ético  é  uma  das  formas mais  poderosas  de  sedução  a  ser  exercida  por  um  educador. O
tutor evitará impor os próprios valores e expectativas, mas sim, favorecer um alargamento
do espaço de cada um dos membros do grupo através da escuta e valorização de diferentes
idéias  e  opiniões, mantendo  o  sigilo  daquilo  que  lhe  foi  dado  em confiança,  apontando
alternativas de solução para as questões apresentadas,  indicando os  recursos disponíveis
na  instituição  e  estimulando  que  o  próprio  grupo  se  mobilize  para  as  necessidades
detectadas.
Dentre as várias habilidades de um bom tutor, a empatia que resulta da capacidade de se
colocar  no  lugar  do  outro,  propiciando  uma  sintonia  afetiva  e  a  capacidade  de
comunicação, expressa na escuta atenta e respeitosa, são elementos componentes vitais no
exercício da  tutoria sedutora. A arte da paciência e  tolerância deve fazer parte da práxis
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pedagógica, uma vez que é importante a tolerância às limitações dos membros do grupo,
assim como a compreensão das eventuais inibições e ritmo de cada um deles.
No  papel  de  mediador  entre  o  saber  e  o  aprendiz,  o  tutor  sedutor  tem  a  perfeita
consciência de que não é ele o detentor exclusivo do conhecimento, mas antes de tudo, é
uma  ponte  para  a  fluência  dos  saberes  em  construção.  O  mestre  sapientíssimo,  Paulo
Freire aponta o papel crucial que o professor deverá desempenhar:
“Se  a  educação  é  dialógica,  é  óbvio  que  o  papel  do  professor,  em
qualquer situação, é importante. Na medida em que ele dialoga com
os educandos, deve chamar a atenção destes para um ou outro ponto
menos claro, mais ingênuo, problematizando­os sempre. O papel do
educador não é o de «encher» o educando com ‘conhecimento’, de
ordem técnica ou não, mas sim o de proporcionar, através da relação
dialógica educador­educando, a organização do pensamento correto
de ambos. (Freire, 1992).
No  exercício  da  arte  de  seduzir  pedagogicamente,  o  professor­tutor  deve  buscar  a
autenticidade dos seus atos pedagógicos e pessoais, já que é visto como um todo, devendo
zelar pela verdade, já que esta, no campo pessoal e intelectual, simboliza o caminho para
exercício da confiança, da criatividade e da liberdade dentro do grupo e fora dele.
Finalmente, como bem afirmao mestre Anísio Teixeira, vale ressaltar que “o mais perfeito
método de aquisição, de uma habilidade, não poderá ser aplicado rigidamente. O educador
terá  de  levar  em  conta  que  o  aluno  não  aprende  nunca  uma  habilidade  isolada;  que,
simultaneamente, estará aprendendo outras coisas no gênero de gostos, aversões, desejos,
inibições, inabilidades, enfim que toda a situação é um complexo de radiações, expansões
e  contrações",  (TEIXEIRA, Ciência  e  arte  de  educar. Educação  e Ciências  Sociais.  v.2,
n.5, ago. 1957. p.5­22), o que implica na linguagem de Dewey, que não se deve permitir
um comportamento uniforme ou rígido.
É importante ousar na arte de educar, buscando conhecer todos os métodos e recursos já
experimentados  e  provados.  Torna­se  imperativo  a  todos  envolvidos  na  tutoria  em
Educação a Distância, romper velhos paradigmas e abraçar a missão de educar sem medo.
Sem o  receio de  se aproximar demais, de estreitar os  laços de afeto e,  sobretudo  sem o
excessivo  pudor  de  exercer  por  amor  a  sutil  arte  de  seduzir  pedagogicamente  os  que
esperam com avidez pelo saber libertador.
BIBLIOGRAFIA
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CECHINEL, José Carlos. Manual do Tutor. UDESC/CEAD, Florianópolis, 2000. 
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1957. p.5­22.
 
 
 
Novas Tendências da Web 
Povoa (2007) faz uma síntese dos principais padrões que são considerados como parte do 
grupo de tendências dessa segunda geração web, a saber: 
1. A web como plataforma – Os sites deixam de possuir uma característica estática para se 
tornarem verdadeiros aplicativos, funcionando como os softwares que rodam no 
microcomputador. 
2. Simplicidade – Objetivam uma integração mais eficiente com o usuário, com interfaces 
mais intuitivas como acessar, cadastrar e utilizar as ferramentas com mais praticidade. 
3. Rede Sociais – Houve uma explosão de audiência em sites que formam e catalisam 
comunidades, tais como Orkut, Facebook, My Space, Twitter, WhatsApp Linkedin,entre 
outros que ampliam os espaços de comunicação e trocas de experiências. 
4. Flexibilidade no Conteúdo – Essa característica ressalta a autonomia do usuário, que 
passa a gerar conteúdo (Blogs, Youtube, GoogleDocs), classificá-lo e editá-lo. 
 
Já Romani e Kuklinski (2007, p. 15) complementa com mais alguns princípios da Web 2.0: 
1. World Wide Web como plataforma de trabalho: a dinâmica da Web 2.0 passa a ter 
programas gratuitos. Começa a surgir o conceito de Webtop, oposto de desktop, pois as 
ferramentas e seus conteúdos estão disponibilizados na web. 
2. Fortalecimento da inteligência coletiva: o usuário define a forma de participação na Web. 
3. Gestão de base de dados como competência básica. 
4. Fim do ciclo de atualização de versão de software: como os programas estão na 
plataforma web, não é necessário o pagamento por atualização de programas utilizados. 
5. Modelos de programação rápida associada à busca de simplicidade. 
6. Software não limitado apenas a um dispositivo: os produtos Web 2.0 não se limitam 
apenas aos computadores, podendo ser utilizados por outros meios como os telefones 
móveis. 
7. Experiência enriquecedora dos usuários: um exemplo são os blogues, pois a partir dessa 
ferramenta os usuários podem criar, editar, interagir com os leitores, sendo um elemento 
que reforça a cultura organizacional. 
 
Pode-se notar que as possibilidades da Web 2.0 são diversas, possibilitam a comunicação e 
interação muito-para-muitos e caracteriza uma sociedade em rede. Esse fato tem 
proporcionado à educação online uma participação efetiva nesse contexto evolutivo 
utilizando as tecnologias emergentes. 
Moran (2003, p.40) caracteriza a educação online como “um conjunto de ações de ensino-
aprendizagem desenvolvidas por meios telemáticos, como a Internet, a videoconferência e 
a teleconferência”. E ainda complementa que a educação online pode ser composta por 
cursos totalmente virtuais, semipresenciais ou presenciais com atividades pela Internet. 
Logo, a educação online altera o conceito de “distância” incorporando novos elementos 
como a interatividade e a aprendizagem colaborativa, ou seja, “além de aprender com o 
material, o participante aprende na dialógica com outros sujeitos envolvidos (...) através de 
processos de comunicação síncronos e assíncronos (SANTOS, 2005, p. 34 apud Gouveia, 
2000). 
Por outro lado, precisam desenvolver competências sociais como: trabalhar em grupo, com 
responsabilidade e respeito. E outras competências como: a aprendizagem autônoma, 
imaginação, criatividade, iniciativa, reflexão, resolução de problemas, capacidade de 
 
 
 
adaptação, prazer pela leitura, compreensão dos textos lidos e facilidade de se expressar 
em grupo expondo suas ideias e aceitando críticas e sugestões. 
Merces (In: MUNHOZ, 2011, p. 62) diz que “O conhecimento não é acumulado nem 
descoberto pelos alunos: ele é construído/moldado por meio da ação comunicativa entre as 
pessoas”. 
Com a percepção da Web 2.0 e futura “Web 3.0”, têm-se chances de alcançar os objetivos 
da educação que é formar cidadãos para a sua era, que é da informação e comunicação, 
em que neste novo paradigma versões finais podem nunca existir, pois a evolução é 
permanente. 
Cipriano Carlos Luckesi* 
Verificação ou Avaliação: 
O Que Pratica a Escola? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se 
articula com um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de ensino. A 
avaliação, tanto no geral quanto no caso específico da aprendizagem, não possui uma 
finalidade em si; ela subsidia um curso de ação que visa construir um resultado 
previamente definido. 
 
No caso que nos interessa, a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem 
dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos 
construindo. Por isso, não pode ser estudada, definida e delineada sem um projeto 
que a articule. 
 
Para os desvendamentos e proposições sobre a avaliação da aprendizagem, que serão 
expostos neste texto, teremos sempre presente este fato, assumindo que estamos 
trabalhando no contexto do projeto educativo, que prioriza o desenvolvimento dos 
educandos - crianças, jovens e adultos - a partir de um processo de assimilação ativa 
do legado cultural já produzido pela sociedade: a filosofia, a ciência, a arte, a 
literatura, os modos de ser e de viver. 
 
Deste modo, os encaminhamentos que estaremos fazendo para a prática da avaliação 
da aprendizagem destinam-se aservir de base para tomadas de decisões no sentido de 
construir com e nos educandos conhecimentos, habilidades e hábitos que 
possibilitem o seu efetivo desenvolvimento, através da assimilação ativa do legado 
cultural da sociedade. 
 
Tendo por base a compreensão exposta neste texto, abordaremos a prática da aferição 
do aproveitamento escolar, tendo como matriz de abordagem os conceitos de 
verificação e avaliação, na perspectiva de, ao final, retirar proveitos para a prática 
docente. 
 
 
 
* Professor de Filosofia da Educação, com mestrado em Educação pela universidade Federal da Bahia. 
 
 
71 
Importa enfatizar que estaremos trabalhando com os conceitos de verificação e avaliação, 
e não com os termos verificação e avaliação. Isso significa que iremos trabalhar com esses 
conceitos a partir de suas "determinações" no movimento real da prática escolar com a 
qual convivemos. 
 
O conceito é uma formulação abstrata que configura, no pensamento, as determinações de 
um objeto ou fenômeno. No contexto do pensamento marxista, o conceito equivale a uma 
categoria explicativa, que ordena, compreende e expressa uma realidade empírica 
concreta, como um "concreto pensado", "síntese de múltiplas determinações'". 
 
O nosso esforço, ao longo deste texto, é expor os elementos do movimento real na prática 
escolar, relativos ao tratamento dos resultados da aprendizagem dos alunos, tentando 
responder à seguinte pergunta: a configuração formada pelos dados da prática escolar, 
referentes aos resultados da aprendizagem dos educandos, define-se como verificação ou 
como avaliação? 
 
Da resposta que pudermos dar a esta questão, estaremos retirando conseqüências para a 
prática docente, acreditando que o esforço científico visa fundamentar a ação humana de 
forma adequada. 
 
A ciência constitui um instrumento com o qual se trabalha no desvendamento dos objetos 
e, por isso, ela nos permite, com alguma segurança, escolher um caminho de ação. No 
caso deste texto, no limite do possível, a análise crítica que pretendemos proceder da 
prática avaliativa, identificando-a com o conceito de verificação ou de avaliação, deixa-nos 
aberta a possibilidade de encaminhamentos, que cremos serem coerentes e consistentes. 
 
Fenomenologia da Aferição dos Resultados da Aprendizagem Escolar 
 
Na prática da aferição do aproveitamento escolar, os professores realizam, basicamente, 
três procedimentos sucessivos: 
 
• medida do aproveitamento escolar; 
 
• transformação da medida em nota ou conceito; 
 
• utilização dos resultados identificados. 
 
 
Iniciaremos nossa análise pela descrição fenomenológica dessas três condutas dos 
professores. Tal descrição delimita um quadro empírico, que nos permitirá, 
posteriormente, abstrair características que nos indicarão se os atos de aferição do 
aproveitamento escolar, praticados pelos professores, são de verificação ou de avaliação. 
 
 
OBTENÇÃO DA MEDIDA DOS RESULTADOS DA APRENDIZAGEM 
 
Em nossa prática escolar, os resultados da aprendizagem são obtidos, de início, pela 
medida, variando a especificidade e a qualidade dos mecanismos e dos instrumentos 
utilizados para obtê-la. 
 
Medida é uma forma de comparar grandezas, tomando uma como padrão e outra como 
objeto a ser medido, tendo como resultado a quantidade de vezes que a medida padrão 
cabe dentro do objeto medido. 
 
 
 
Sobre a questão do que é um "conceito", ver Karl MARX, "Método da Economia Política in: 
Contribuição ã Critica da Economia Política São Paulo, Livraria Martins Fontes. 
 
 
72 
O mais simples exemplo de medida dá-se com a utilização do metro (grandeza padrão) 
como marcador de extensão linear (grandeza a ser medida). A extensão do metro é 
comparada à do objeto a ser medido, possibilitando saber quantas vezes cabe a extensão 
do metro dentro da extensão do objeto. Por exemplo, depois de medida, pode-se dizer que a 
extensão linear de uma determinada rua da cidade é de 245 metros. 
 
No caso dos resultados da aprendizagem, os professores utilizam como padrão de 
medida o "acerto:' de questão. E a medida dá-se com a contagem dos acertos do 
educando sobre um conteúdo, dentro de um certo limite de possibilidades, equivalente 
à quantidade de questões que possui o teste, prova ou trabalho dissertativo. Num 
teste com dez questões, por exemplo, o padrão de medida é o acerto, e a extensão 
máxima possível de acertos é dez. Em dez acertos possíveis, um aluno pode chegar ao 
limite máximo dos dez ou a quantidades menores. 
 
A medida da aprendizagem do educando corresponde à contagem das respostas 
corretas emitidas sobre um determinado conteúdo de aprendizagem que se esteja 
trabalhando. 
 
Usualmente, na prática escolar, os acertos nos testes, provas ou outros meios de 
coleta dos resultados da aprendizagem são transformados em "pontos", o que não 
modifica o caráter de medida, desde que os acertos adquiram a forma de pontos. O 
padrão de medida, então, passa a ser os pontos. A cada acerto corresponderá um 
número de pontos, previamente estabelecido, que pode ser igual ou diferenciado para 
cada acerto. 
 
Por exemplo, dez questões de um teste podem ser transformadas em cem pontos. Na 
forma equalizada, cada acerto equivale, indistintamente, a dez pontos. Na forma 
diferenciada, em decorrência de ênfases neste ou naquele aspecto, os cem pontos são 
distribuídos desigualmente pelas questões e, então, os acertos equivalem a 
quantidades variadas de pontos; assim, a primeira questão pode valer dez pontos, a 
segunda vinte, a terceira cinco, a quarta cinco, e assim, sucessivamente, até 
completar os cem pontos. 
 
A atribuição de pontos às questões, e seus correspondentes acertos, não muda a 
qualidade da prática; ela continua sendo medida. 
 
Para coletar os dados e proceder à medida da aprendizagem do educando, os 
professores, em sala de aula, utilizarn-se de instrumentos que variam desde a simples 
e ingênua observação até sofisticados testes, produzidos segundo normas e critérios 
técnicos de elaboração e padronização. 
 
Pode-se questionar, é claro, se o processo de medir, utilizado pelos professores em 
sala de aula, tem as qualidades de uma verdadeira medida, mas isto não vem ao caso 
aqui. Precária ou não, importa compreender que, na aferição da aprendizagem, a 
medida é um ato necessário e assim tem sido praticada na escola. Importa-nos ter 
clareza que, no movimento real da operação com resultados da aprendizagem, o 
primeiro ato do professor tem sido, e necessita ser, a medida, porque é a partir dela, 
como ponto de partida, que se pode dar os passos seguintes da aferição da 
aprendizagem. 
 
TRANSFORMAÇÃO DA MEDIDA EM NOTA OU CONCEITO 
 
A segunda conduta do professor no processo de aferição do aproveitamento escolar 
tem sido a conversão da medida em nota ou conceito. 
 
 
 
73 
Com o processo de medida, o professor obtém o resultado - por suposto, objetivo - da 
aprendizagem do educando que, por sua vez, é transformado ou em nota, adquirindo 
conotação numérica, ou em conceito, ganhando conotação verbal. Neste último caso, o 
resultado é expresso ou por símbolos alfabéticos, tais como SS = superior, MS = médio 
superior, ME = médio, MI = médio inferior, IN = inferior, SR = sem rendimento, ou por 
palavras denotativas de qualidade, tais como Excelente, Muito Bom, Bom, Regular, 
Inferior, Péssimo. 
A transformação dos resultados medidos em nota ou conceito-dá-se através do 
estabelecimento de uma equivalência simples entre os acertos ou pontos obtidos pelo 
educando e uma escala, previamente definida, de notas ou conceitos. 
 
Um exemplo é suficiente para compreender como se dá esse processo. Para um teste 
de dez questões, as correspondências entre acertos e notas são simples: cada questão 
equivale a um décimo da nota máxima, que seria dez. Assim, um aluno que acertou 
oito questões obtém nota oito. A transformação de acertos em conceitos poderia ser 
feita por uma escala como a que segue: SR (sem rendimento) = nenhum acerto; IN 
(inferior) = um ou dois acertos; MI (médio inferior)= três ou quatro acertos; ME (médio) 
= cinco ou seis acertos; MS (médio superior) = sete ou oito acertos; SS (superior) = 
nove ou dez acertos. As escalas de conversão poderão ser mais complexas que estas, 
mas sem nenhuma grande dificuldade. 
 
Para proceder a essa transformação tem-se estabelecido variadas tabelas de 
conversão. Se não há uma tabela oficial na escola, cada professor cria a sua, em 
função do instrumento de coleta de dados que constrói ou utiliza. 
 
Notas e conceitos, em princípio, expressam a qualidade que se atribui à aprendizagem 
do educando, medida sob a forma de acertos ou pontos. 
 
Caso o professor, por decisão pessoal ou por norma escolar, multiplique as situações e 
os momentos de aferição do aproveitamento escolar, para obter o resultado final de 
um bimestre ou ano letivo, ele se utiliza da média de notas ou conceitos. 
 
No caso das notas, a média é facilitada pelo fato de se estar operando com números, 
que de símbolos qualitativos se transformam indevidamente em quantitativos; no caso 
dos conceitos, a média é obtida após a conversão dos conceitos em números. Por 
exemplo, pode-se estabelecer a equivalência entre S e a nota dez, entre MS e a nota 
oito, e assim sucessivamente. A partir daí, basta fazer uma média simples ou 
ponderada, conforme a decisão, obtendo-se o que seria a média da aprendizagem do 
educando no bimestre ou no semestre letivo. Aqui também ocorre a transposição 
indevida de qualidade para quantidade, de tal forma que se torna possível, ainda que 
impropriamente, obter uma média de conceitos qualitativos. 
 
UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
Com esse resultado em mãos, o professor tem diversas possibilidades de utilizá-lo, tais como: 
 
• registrá-lo, simplesmente, no Diário de Classe ou Caderneta de Alunos; 
 
• oferecer ao educando, caso ele tenha obtido uma nota ou conceito inferior, uma 
"oportunidade" de melhorar a nota ou conceito, permitindo que ele faça uma nova 
aferição; 
 
• atentar para as dificuldades e desvios da aprendizagem dos educandos e decidir 
trabalhar com eles para que, de fato, aprendam aquilo que deveriam aprender, 
construam efetivamente os resultados necessários da aprendizagem. 
 
 
74 
Se os dados obtidos revelarem que o educando se encontra numa situação negativa de 
aprendizagem e, por isso, possui uma nota ou um conceito de reprovação, usualmente 
tem-se utilizado a primeira e, no máximo, a segunda opção; neste caso, no mínimo 
registram-se os dados em cadernetas e, no máximo, chama-se a atenção do aluno, 
pedindo-lhe que estude para fazer uma segunda aferição, tendo em vista a melhoria 
da nota e, nesta circunstância, deve-se observar que a orientação, no geral, não é para 
que o educando estude a fim de aprender melhor, mas para que estude "tendo em 
vista a melhoria da nota". 
 
A partir dessa observação, poder-se-á argüir: estudar para melhorar a nota não 
possibilita uma aprendizagem efetiva? É possível que sim; contudo, importa observar 
que o que está motivando e polarizando a ação não é a aprendizagem necessária, mas 
sim a nota. E isso, do ponto de vista educativo, é um desvio, segundo nossa 
concepção. 
 
A terceira opção possível de utilização dos resultados da aprendizagem é a mais rara 
na escola, pois exige que estejamos, em nossa ação docente, polarizados pela 
aprendizagem e desenvolvimento do educando; a efetiva aprendizagem seria o centro 
de todas as atividades do educador. Contudo, esta não tem sido a nossa conduta 
habitual de educadores escolares; usualmente, estamos preocupados com a aprovação 
ou reprovação do educando, e isso depende mais de uma nota que de uma 
aprendizagem ativa, inteligível, consistente. 
 
Em síntese, as observações até aqui desenvolvidas demonstram que a aferição da 
aprendizagem escolar é utilizada, na quase totalidade das vezes, para classificar os 
alunos em aprovados ou reprovados. E nas ocasiões onde se possibilita uma revisão 
dos conteúdos, em si, não é para proceder a uma aprendizagem ainda não realizada 
ou ao aprofundamento de determinada aprendizagem, mas sim para "melhorar" a nota 
do educando e, por isso, aprová-lo'. 
 
A Escola Opera Com Verificação e Não Com Avaliação da Aprendizagem 
 
Iniciemos pelos conceitos de verificação e avaliação, para, a seguir, identificarmos se a 
fenomenologia da aferição do aproveitamento escolar, descrita no item anterior, se 
configura como verificação ou avaliação. 
 
O termo verificar provém etimologicamente do latim - verum facere - e significa "fazer 
verdadeiro". 
Contudo, o conceito verificação emerge das determinações da conduta de, 
intencionalmente, buscar "ver se algo é isso mesmo..:", "investigar a verdade de 
alguma coisa. .:". O processo de verificar configura-se pela observação, obtenção, 
análise e síntese dos dados ou informações que delimitam o objeto ou ato com o qual 
se está trabalhando. A verificação encerra-se no momento em que o objeto ou ato de 
investigação chega a ser configurado, sinteticamente, no pensamento abstrato, isto é, 
no momento em que se chega à conclusão que tal objeto ou ato possui determinada 
configuração. 
 
A dinâmica do ato de verificar encerra-se com a obtenção do dado ou informação que 
se busca, isto é, "vê-se" ou "não se vê" alguma coisa. E.. . pronto! Por si, a verificação 
não implica que o sujeito retire dela conseqüências novas e significativas. 
 
 
 
Em "Avaliação Educacional Escolar. Para Além do Autoritarismo", revista Tecnologia Educacional, n. 61, ABT/Rio de 
Janeiro, desenvolvi uma análise crítica da prática da avaliação escolar, que valeria a pena ser retomada para 
compreender o seu cunho classificatório. 
 
 
 
75 
O termo avaliar também tem sua origem no latim, provindo da composição a-valere, 
que quer dizer"dar valor a..:". Porém, o conceito "avaliação" é formulado a partir das 
determinações da conduta de "atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou 
curso de ação...", que, por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em 
relação ao objeto, ato ou curso de ação avaliado. Isto quer dizer que o ato de avaliar 
não se encerra na configuração do valor ou qualidade atribuídos ao objeto em questão, 
exigindo uma tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com 
uma conseqüente decisão de ação. 
 
O ato de avaliar importa coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto 
da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a 
partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão 
de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de objeto. O valor ou 
qualidade atribuídos ao objeto conduzem a uma tomada de posição a seu favor ou 
contra ele. E, o posicionamento a favor ou contra o objeto, ato ou curso de ação, a 
partir do valor ou qualidade atribuídos, conduz a uma decisão nova, a uma ação nova: 
manter o objeto como está ou atuar sobre ele. 
 
A avaliação, diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção 
de configuração do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com ele. A 
verificação é uma ação que "congela" o objeto; a avaliação, por sua vez, direciona o 
objeto numa trilha dinâmica de ação. 
 
As entrelinhas do processo descrito no tópico anterior demonstram que, no geral, a 
escola brasileira opera com a verificação e não com a avaliação da aprendizagem. 
 
Este fato fica patente ao observarmos que os resultados da aprendizagem usualmente 
têm a função de estabelecer uma classificação do educando, expressa em sua 
aprovação ou reprovação. O uso dos resultados encerra-se na obtenção e registro da 
configuração da aprendizagem do educando, nada decorrendo daí. 
 
Raramente, só em situações reduzidas e específicas, encontramos professores que 
fogem a esse padrão usual, fazendo da aferição da aprendizagem um efetivo ato de 
avaliação. Para estes raros professores, a aferição da aprendizagem manifesta-se como 
um processo de compreensão dos avanços, limites e dificuldades que os educandos 
estão encontrando paraatingir os objetivos do curso, disciplina ou atividade da qual 
estão participando. A avaliação é, neste contexto, um excelente mecanismo subsidiário 
da condução da ação. 
 
A partir dessas observações, podemos dizer que a prática educacional brasileira opera, 
na quase totalidade das vezes, como verificação. Por isso, tem sido incapaz de retirar 
do processo de aferição as conseqüências mais significativas para a melhoria da 
qualidade e do nível de aprendizagem dos educandos. Ao contrário, sob a forma de 
verificação, tem-se utilizado o processo de aferição da aprendizagem de uma forma 
negativa, à medida que tem servido para desenvolver o ciclo do medo nas crianças e 
jovens, através da constante "ameaça" da reprovação. 
 
Em síntese, o atual processo de aferir a aprendizagem escolar, sob a forma de 
verificação, além de não obter as mais significativas conseqüências para a melhoria do 
ensino e da aprendizagem, ainda impõe aos educandos conseqüências negativas, como 
a de viver sob a égide do medo, através da ameaça de reprovação - situação que 
nenhum de nós, em sã consciência, pode desejar para si ou para outrem. 
 
O modo de trabalhar com os resultados da aprendizagem escolar - sob a modalidade da 
verificação- reifica a aprendizagem, fazendo dela uma "coisa" e não um processo. O momento 
 
 
76 
de aferição do aproveitamento escolar não é ponto definitivo de chegada, mas um 
momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade que 
deveria ter. Neste sentido, a verificação transforma o processo dinâmico da 
aprendizagem em passos estáticos e definitivos. A avaliação, ao contrário, 
manifesta-se como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o reencaminhamento da 
ação, possibilitando conseqüências na direção da construção, dos resultados que se 
deseja. 
 
Encaminhamentos 
 
Diante do fato de que, no movimento real da aferição da aprendizagem escolar, nos 
deparamos com a prática escolar da verificação e não da avaliação, e tendo ciência de 
que o exercício efetivo da avaliação seria mais significativo para a construção dos 
resultados da aprendizagem do educando, propomos, neste segmento do texto, 
algumas indicações que poderão ser estudadas e discutidas na perspectiva de gerar 
encaminhamentos para a melhor forma de condução possível do ensino escolar. 
 
USO DA AVALIAÇÃO 
 
Em primeiro lugar, propomos que a avaliação do aproveitamento escolar seja 
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos 
educandos, tendo por base seus aspectos essenciais e, como objetivo final, uma 
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente, o 
desenvolvimento do educando. 
 
Com isso, fugiremos ao aspecto classificatório que, sob a forma de verificação, tem 
atravessado a aferição do aproveitamento escolar. Nesse sentido, ao avaliar, o 
professor deverá: 
 
• coletar, analisar e sintetizar, da forma mais objetiva possível, as manifestações das 
condutas cognitivas, afetivas, psicomotoras - dos educandos, produzindo uma 
configuração do efetivamente aprendido; 
 
• atribuir uma qualidade a essa configuração da aprendizagem, a partir de um 
padrão (nível de expectativa) preestabelecido e admitido como válido pela comunidade 
dos educadores e especialistas dos conteúdos que estejam sendo trabalhados; 
 
• a partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre as condutas docentes e 
discentes a serem seguidas, tendo em vista: 
 
- a reorientação imediata da aprendizagem, caso sua qualidade se mostre 
insatisfatória e o conteúdo, habilidade ou hábito, que esteja sendo ensinado e 
aprendido, seja efetivamente essencial para a formação do educando; 
 
- o encaminhamento dos educandos para passos subseqüentes da aprendizagem, caso 
se considere que, qualitativamente, atingiram um nível da satisfatoriedade no que 
estava sendo trabalhado. 
 
Assim, o objetivo primeiro da aferição do aproveitamento escolar não será a aprovação 
ou reprovação do educando, mas o direcionamento da aprendizagem e seu 
conseqüente desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
77 
PADRÃO MÍNIMO DE CONDUTA 
 
Para que se utilize corretamente a avaliação no processo ensino-aprendizagem, no 
contexto escolar, importa estabelecer um padrão mínimo de conhecimentos*, 
habilidades e hábitos que o educando deverá adquirir; um padrão mínimo de 
conhecimentos, habilidades e hábitos e não uma média mínima de notas, como ocorre 
hoje na prática escolar. 
 
A média mínima de notas é enganosa do ponto de vista de ter ciência daquilo que o 
educando adquiriu. Ela opera no que diz respeito ao aproveitamento escolar, com 
pequena quantidade de elementos -dois, três ou quatro resultados; e a média, em 
número reduzido de casos, cria, como sabemos, uma forte distorção na expressão da 
realidade. 
 
Um aluno, por exemplo, que no primeiro bimestre letivo obtenha nota 10 em 
Matemática, no conteúdo de adição; no segundo bimestre, nota 10, no conteúdo de 
subtração; no terceiro, nota 4, no conteúdo de multiplicação; e no quarto, zero, no 
conteúdo de divisão, terá como média nota 6. 
 
A nota 6 engana quem a lê. Pode levar a crer que o educando chegou a um limiar de 
aprendizagem mínimo necessário nas quatro operações matemáticas com números 
inteiros, cujo mínimo era 5. Todavia, na verdade, ele só obteve aproveitamento 
satisfatório em adição e subtração; em multiplicação foi sofrível e em divisão, nulo. 
Esse aluno estaria carente de conhecimentos relativos à multiplicação e à divisão; no 
entanto, pela média, seria aprovado como se não tivesse essa carência. 
 
De fato, o ideal seria a inexistência do sistema de notas. A aprovação ou reprovação do 
educando deveria dar-se pela efetiva aprendizagem dos conhecimentos mínimos 
necessários, com o conseqüente desenvolvimento de habilidades, hábitos e convicções. 
Entretanto, diante da intensa utilização de notas e conceitos na prática escolar e da 
própria legislação educacional que determina o uso de uma forma de registro dos 
resultados da aprendizagem, não há como, de imediato, eliminar as notas e conceitos 
da vida escolar. 
 
Em função disso, é possível pedagogicamente (não administrativamente) sanar essa 
dificuldade pelo estabelecimento de conhecimentos, habilidades e hábitos mínimos a serem 
adquiridos pelos educandos e pelo encaminhamento do ensino a partir dessa definição. 
 
Teríamos de trabalhar com o mínimo necessário de aprendizagem e a esse mínimo 
atribuiríamos uma qualidade "minimamente satisfatória", que poderia ser expressa 
pela nota 7, por exemplo. Nessa perspectiva: 
 
• todo educando, em todos os conteúdos, deveria obter no mínimo 7; para isso, 
ter-se-ia de estabelecer uma definição no planejamento de quais conteúdos e 
aprendizagens seriam necessários para se obter a menção 7, sem o que seria 
impossível fazer a atribuição; 
 
• a aprendizagem abaixo desse nível seria considerada insatisfatória; por isso, o 
educando deveria ser reorientado, até atingir o mínimo necessário; 
 
• o educando que obtivesse rendimento acima desse nível mínimo necessário 
receberia notas superiores a 7, chegando ao máximo de 10. 
 
 
 
* Sobre padrão mínimo de conhecimento, ver. Adinoel MOTTA, "Como Eu Avalio a Aprendizagem dos Meus Alunos", 
revista Tecnologia Educacional, n. 57, ABT/Rio de Janeiro. 
 
78 
Neste contexto, poder-se-ia utilizar a média, desde que não distorcesse tanto o 
resultado final da aprendizagem do aluno. Neste caso, o resultado da média estaria 
sempre acima do mínimo necessário de conteúdos a serem aprendidos. 
 
Para exemplificar, retomemos o caso anteriormente citado do aluno de Matemática, 
supondo, agora, que obteve as seguintes notas: 7, 8, 10 e 9. A média seria 8,5. 
 
Observar que essa média seria feita com resultados sempre superiores ao mínimo 
necessário, ou seja, 7 em cada um dos conteúdos. A nota assim obtida, ainda que 
também tenha seu lado enganoso, por dar-se sobre pequena quantidade de casos, 
seria mais verdadeira do ponto de vista da aprendizagem, desde que expressasse que o 
aluno aprendeu o mínimonecessário em cada conteúdo. 
 
Para que esta média possa ocorrer, o professor terá de planejar o que é o mínimo 
necessário e trabalhar com seus alunos para que todos atinjam esse mínimo. 
 
A avaliação, no caso, seria um mecanismo subsidiário pelo qual o professor iria 
detectando os níveis de aprendizagem atingidos pelos alunos e trabalhando para que 
atingissem a qualidade ideal mínima necessária. Só passaria para um conteúdo novo, 
quando os alunos tivessem atingido esse patamar mínimo. 
 
Alguns alunos, devido às diferenças individuais, culturais e sociais, ultrapassarão, 
facilmente ou com certa dose de trabalho, o mínimo necessário; outros, porém, pelo 
menos chegarão ao mínimo. Isso garantiria uma equalização entre os alunos, ao 
menos nas condições mínimas de aprendizagem dos conteúdos escolares. 
 
Esse seria um caminho para garantir a socialização do saber, no contexto da escola, 
pois todos adquiririam o mínimo necessário, e a avaliação estaria a serviço desse 
significativo processo social e político. 
 
Ainda que pareça estar suficientemente claro o que estamos propondo ao falar em 
mínimo necessário, acrescentaremos uma observação: definir o mínimo necessário 
não significa ater-se a ele. O mínimo necessário deverá ser ensinado e aprendido por 
todos, porém não há razão para não ir além dele; ele representa o limite mais baixo a 
ser admitido numa aprendizagem essencial. O que não podemos admitir é que muitos 
educandos fiquem aquém do mínimo necessário de conhecimentos, habilidades e 
hábitos que delineiem as possibilidades do seu desenvolvimento. 
 
Importa ainda observar que o mínimo necessário não é e nem pode ser definido pelos 
professores individualmente. Este mínimo é estabelecido pelo coletivo dos educadores 
que trabalham em um determinado programa escolar, em articulação com o 
desenvolvimento da ciência, com a qual trabalham, no contexto da sociedade 
contemporânea em que vivemos. Caso contrário, cairemos num arbitrarismo sem 
tamanho, com conseqüências negativas para os educandos, que ficarão carentes de 
conteúdos, habilidades, hábitos e convicções. 
 
Em termos de avaliação da aprendizagem, Norman GRONLUND, em seu livro 
Elaboração de Testes de Aproveitamento Escolar (São Paulo, Livraria Pioneira), fala 
de testes referenciados a critério, que trabalhariam a partir dos mínimos necessários, 
e testes referenciados a norma, que trabalhariam a partir dos conteúdos de 
"desenvolvimento", que iriam para além dos mínimos necessários. 
 
 
 
 
 
 
79 
ESTAR INTERESSADO EM QUE O EDUCANDO APRENDA E SE DESENVOLVA* 
 
A prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na medida 
em que se estiver efetivamente interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que 
se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo ensinado. 
 
Parece um contra-senso essa afirmação, na medida em que podemos pensar que quem 
está trabalhando nó ensino está interessado em que os educandos aprendam. 
Todavia, não é o que ocorre 
 
O sistema social não demonstra estar tão interessado em que o educando aprenda, a 
partir do momento que investe pouco na Educação. Os dados estatísticos 
educacionais estão aí para demonstrar o pequeno investimento, tanto do ponto de 
vista financeiro quanto do pedagógico, na efetiva aprendizagem do educando. 
 
No caso da avaliação da aprendizagem, vale lembrar o baixo investimento pedagógico. 
Nós, professores, assim como normalmente os alunos e seus pais, estamos 
interessados na aprovação ou reprovação dos educandos nas séries escolares; porém, 
estamos pouco atentos ao seu efetivo desenvolvimento. A nossa prática educativa 
expressa-se mais ou menos da seguinte forma: "Ensinamos, mas os alunos não 
aprenderam; o que é que vamos fazer. . ?". 
 
De fato, se ensinamos, os alunos não aprenderam e estamos interessados que 
aprendam, há que se ensinar até que aprendam; há que se investir na construção dos 
resultados desejados. 
 
A avaliação só pode funcionar efetivamente num trabalho educativo com estas 
características. Sem esta perspectiva dinâmica de aprendizagem para o desenvolvimento, a 
avaliação não terá espaço; terá espaço, sim, a verificação, desde que ela só dimensione o 
fenômeno sem encaminhar decisões. A avaliação implica a retomada do curso de ação, se 
ele não tiver sido satisfatório, ou a sua reorientação, caso esteja se desviando. 
 
A avaliação é um diagnóstico da qualidade dos resultados intermediários ou finais; a 
verificação é uma configuração dos resultados parciais ou finais. A primeira é 
dinâmica, a segunda, estática. 
 
RIGOR CIENTÍFICO E METODOLÓGICO 
 
Para que a avaliação se tome um instrumento subsidiário significativo da prática 
educativa, é importante que tanto a prática educativa como a avaliação sejam 
conduzidas com um determinado rigor científico e técnico. A ciência pedagógica, hoje, 
está suficientemente amadurecida para oferecer subsídios à condução de uma prática 
educativa capaz de levar ã construção de resultados significativos da aprendizagem, 
que se manifestem em prol do desenvolvimento do educando. 
 
Não caberia tratar desta questão neste texto; todavia, não poderíamos deixar de 
menciona-la, pois sem ela a avaliação não alcançará seu papel significativo na 
produção de um ensino-aprendizagem satisfatório*.* 
 
 
 
* Escrevi um texto para o V Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, realizado em Belo Horizonte, em 
outubro de 1988, que se intitula "Por uma Prática Docente Crítica e Construtiva", onde trato mais largamente deste 
princípio. 
 
* Sobre princípios da ciência pedagógica e da prática docente, ver o texto mencionado na nota anterior ("Por uma 
Prática Docente Crítica e Construtiva'), assim como o livro de M. A. DANILOV & M. N. SKATKIN, Didática de la 
Escuela Média, Editorial Pueblo y Educación, Havana. 
 
 
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16/10/2016 Interação e interatividade em educação | EducarBrasil
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Interação e interatividade em educação
Falar  em  educação  hoje  nos  remete  a  alguns  conceitos  próprios  de  um
novo  contexto:  tecnologia,  conteúdos  digitais,  aprendizagem  on­line,
interação/interatividade, sendo estes dois últimos os focos da análise deste
texto. 
Quando  nos  referimos  à  educação,  seja  ela  em  qualquer  modalidade,
consequentemente  estamos  falando  de  interação.  Tal  prática,  que  é
inerente  às  relações  sociais,  sempre  se  fez  presente  nos  processos
educacionais.  Quando  nos  referimos  às  relações  professor/aluno  e
aluno/aluno,  por  exemplo,  temos  presente  a  interação,  que  ocorre  de
maneiras  distintas.  Vygotsky,  Piaget  e  Paulo  Freire  já  percebiam  a
importância  das  interações  fundamentais  para  o  desenvolvimento  e  a
aprendizagem dos sujeitos.
Porém um outro termo – interatividade – surgiu no século 20 e fez com que
uma  confusão  conceitual  fosse  criada.  Este  conceito  é  amplamente
utilizado no campo das novas Tecnologias da  Informação e Comunicação
(TICs) e, não diferentemente, na educação. Modismo ou não, sabemos que
o conceito vem sendo utilizado em discussões acerca do papel das novas
TICs  na  relação  ensino/aprendizagem.  Muitos  estudiosos  analisam  os
termos  interação  e  interatividade,  diferenciando­os  ou  utilizando­os  como
sinônimos.  De  uma  forma  geral,  entretanto,  o  que  predomina  é  uma
diferenciação básica: a interação envolve trocas entre os sujeitos, enquanto
que a interatividade envolve um contato com as tecnologias atuais.
Fato é que ambos os conceitos constantemente são utilizados em debates
e  estudos  na  área  de  educação.  Como,  então,  podemos  analisar  como
interação e interatividade se relacionam com a aprendizagem?
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16/10/2016 Interação e interatividade em educação | EducarBrasil
http://www.educarbrasil.org.br/publicacoes/interacao­e­interatividade­em­educacao/ 2/2
Sabemos que as interações podem ocorrer de diversas formas. Na própriasala  de  aula,  com  toda  a  sua  dinâmica,  percebemos  o  quanto  tais
interações assumem diferentes perfis. Um deles diz respeito às práticas em
que  a  tecnologia  atua  como  mediadora  do  processo  educacional,  o  que
acontece na educação a distância e no próprio ensino presencial, em que
diversos  recursos  digitais  contribuem  para  o  ensino/aprendizagem. Neste
cenário,  percebemos  níveis  de  interatividade,  antes  não  existentes,
facilitadas pelas novas tecnologias.
Assim, um grande desafio é colocado para as escolas, visto que a cultura
interativa  demanda  uma  nova  forma  de  apreensão  do  conhecimento.  De
simples  receptor  de  informações,  temos  atualmente  um  usuário  que
interage com o conteúdo, sendo chamado, muitas vezes, de interagente. E
tal modalidade  de  comunicação  estende­se  à  área  de  educação. Nossos
alunos,  hoje,  desejam  dialogar,  participar,  intervir.  Tais  processos  podem
acontecer  com  a  mediação  do  computador  ou  de  outras  ferramentas
tecnológicas e  cabe à escola,  portanto,  facilitar  a  interatividade, para que
tenhamos  alunos  capazes  de  intervir  de  forma  significativa  em  várias
situações. A tradição do “ditar e copiar”, há tempos, precisa ser substituída
por  uma  prática  que  considere  a  não­linearidade  dos  conteúdos,  o  que
possibilitaria  ao  aluno  navegar,  explorar,  selecionar,  problematizar  e,
sobretudo,  participar  ativamente  da  construção  do  seu  próprio
conhecimento.
Mariluce Salles
Pedagoga e Especialista em Produção em Mídias Digitais
Analista Pedagógica da EducarBrasil
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005.
Vide Lei n o 9.394, de 1996 Regulamenta o art. 80 da Lei n
o 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV
e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o que dispõem os arts. 8o, § 1o, e 80 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996,
 DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade
educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem
ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
 § 1o A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares,
para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para:
 I - avaliações de estudantes;
 II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
 III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente; e
 IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.
 Art. 2o A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades
educacionais:
 I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto;
 II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 
1996;
 III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;
 IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:
 a) técnicos, de nível médio; e
 b) tecnológicos, de nível superior;
 V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:
 a) seqüenciais;
 b) de graduação;
 c) de especialização;
 d) de mestrado; e
 e) de doutorado.
 Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e programas a distância
deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os
respectivos níveis e modalidades da educação nacional.
 § 1o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados com a mesma duração
definida para os respectivos cursos na modalidade presencial.
 § 2o Os cursos e programas a distância poderão aceitar transferência e aproveitar estudos
realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as
certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a distância poderão ser aceitas em
outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação
em vigor.
 Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de
estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante:
 I - cumprimento das atividades programadas; e
 II - realização de exames presenciais.
 § 1o Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria instituição de ensino
credenciada, segundo procedimentos e critérios definidos no projeto pedagógico do curso ou
programa.
 § 2o Os resultados dos exames citados no inciso II deverão prevalecer sobre os demais
resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância.
 Art. 5o Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância, expedidos por
instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão validade nacional.
 Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e programas a distância
deverão ser realizados conforme legislação educacional pertinente.
 Art. 6o Os convênios e os acordos de cooperação celebrados para fins de oferta de cursos ou
programas a distância entre instituições de ensino brasileiras, devidamente credenciadas, e suas
similares estrangeiras, deverão ser previamente submetidos à análise e homologação pelo órgão
normativo do respectivo sistema de ensino, para que os diplomas e certificados emitidos tenham
validade nacional.
 Art. 7o Compete ao Ministério da Educação, mediante articulação entre seus órgãos,
organizar, em regime de colaboração, nos termos dos arts. 8o, 9o, 10 e 11 da Lei n o 9.394, de 1996 ,
a cooperação e integração entre os sistemas de ensino, objetivando a padronização de normas e
procedimentos para, em atendimento ao disposto no art. 80 daquela Lei:
 I - credenciamento e renovação de credenciamento de instituições para oferta de educação a
distância; e
 II - autorização, renovação de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento
dos cursos ou programas a distância.
 Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos incisos I e II, deverão ser pautados
pelos Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, definidos pelo Ministério da
Educação, em colaboração com os sistemas de ensino.
 Art. 8o Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, organizarão e manterão sistemas
de informação abertos ao público com os dados de:
 I - credenciamento e renovação de credenciamento institucional;
 II - autorização e renovação de autorização de cursos ou programas a distância;
 III - reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos ou programas a distância; e
 IV - resultados dos processos de supervisão e de avaliação.
 Parágrafo único. O Ministério da Educação deverá organizar e manter sistema de informação,
aberto ao público, disponibilizando os dados nacionais referentes à educação a distancia. 
CAPÍTULO II
DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES PARA OFERTA DE CURSOS E
PROGRAMAS NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
 Art. 9o O ato de credenciamento para a oferta de cursos e programas na modalidade a
distância destina-se às instituições de ensino, públicas ou privadas.
 Parágrafo único. As instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, de
comprovada excelência e de relevante produção em pesquisa, poderão solicitar credenciamento
institucional, para a oferta de cursos ou programas a distância de:
 I - especialização;II - mestrado;
 III - doutorado; e
 IV - educação profissional tecnológica de pós-graduação.
 Art. 10. Compete ao Ministério da Educação promover os atos de credenciamento de
instituições para oferta de cursos e programas a distância para educação superior.
 Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito Federal
promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a distância no nível
básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas modalidades de:
 I - educação de jovens e adultos;
 II - educação especial; e
 III - educação profissional.
 § 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a instituição deverá
solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação.
 § 2o O credenciamento institucional previsto no § 1o será realizado em regime de colaboração
e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino envolvidos.
 § 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da Educação, no
prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste Decreto, coordenar os demais órgãos
do Ministério e dos sistemas de ensino para editar as normas complementares a este Decreto, para
a implementação do disposto nos §§ 1o e 2o.
 Art. 12. O pedido de credenciamento da instituição deverá ser formalizado junto ao órgão
responsável, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos:
 I - habilitação jurídica, regularidade fiscal e capacidade econômico-financeira, conforme dispõe
a legislação em vigor;
 II - histórico de funcionamento da instituição de ensino, quando for o caso;
 III - plano de desenvolvimento escolar, para as instituições de educação básica, que
contemple a oferta, a distância, de cursos profissionais de nível médio e para jovens e adultos;
 IV - plano de desenvolvimento institucional, para as instituições de educação superior, que
contemple a oferta de cursos e programas a distância;
 V - estatuto da universidade ou centro universitário, ou regimento da instituição isolada de
educação superior;
 VI - projeto pedagógico para os cursos e programas que serão ofertados na modalidade a
distância;
 VII - garantia de corpo técnico e administrativo qualificado;
 VIII - apresentar corpo docente com as qualificações exigidas na legislação em vigor e,
preferencialmente, com formação para o trabalho com educação a distância;
 IX - apresentar, quando for o caso, os termos de convênios e de acordos de cooperação
celebrados entre instituições brasileiras e suas co-signatárias estrangeiras, para oferta de cursos
ou programas a distância;
 X - descrição detalhada dos serviços de suporte e infra-estrutura adequados à realização do
projeto pedagógico, relativamente a:
 a) instalações físicas e infra-estrutura tecnológica de suporte e atendimento remoto aos
estudantes e professores;
 b) laboratórios científicos, quando for o caso;
 c) pólos de educação a distância, entendidos como unidades operativas, no País ou no
exterior, que poderão ser organizados em conjunto com outras instituições, para a execução
descentralizada de funções pedagógico-administrativas do curso, quando for o caso;
 d) bibliotecas adequadas, inclusive com acervo eletrônico remoto e acesso por meio de redes
de comunicação e sistemas de informação, com regime de funcionamento e atendimento
adequados aos estudantes de educação a distância.
 § 1o A solicitação de credenciamento da instituição deve vir acompanhada de projeto
pedagógico de pelo menos um curso ou programa a distância.
 § 2o No caso de instituições de ensino que estejam em funcionamento regular, poderá haver
dispensa integral ou parcial dos requisitos citados no inciso I.
 Art. 13. Para os fins de que trata este Decreto, os projetos pedagógicos de cursos e
programas na modalidade a distância deverão: 
 I - obedecer às diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Ministério da Educação
para os respectivos níveis e modalidades educacionais;
 II - prever atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais;
 III - explicitar a concepção pedagógica dos cursos e programas a distância, com apresentação
de:
 a) os respectivos currículos;
 b) o número de vagas proposto;
 c) o sistema de avaliação do estudante, prevendo avaliações presenciais e avaliações a
distância; e
 d) descrição das atividades presenciais obrigatórias, tais como estágios curriculares, defesa
presencial de trabalho de conclusão de curso e das atividades em laboratórios científicos, bem
como o sistema de controle de freqüência dos estudantes nessas atividades, quando for o caso.
 Art. 14. O credenciamento de instituição para a oferta dos cursos ou programas a distância
terá prazo de validade de até cinco anos, podendo ser renovado mediante novo processo de
avaliação.
 § 1o A instituição credenciada deverá iniciar o curso autorizado no prazo de até doze meses, a
partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada, nesse período, a transferência dos
cursos e da instituição para outra mantenedora.
 § 2o Caso a implementação de cursos autorizados não ocorra no prazo definido no § 1o, os
atos de credenciamento e autorização de cursos serão automaticamente tornados sem efeitos.
 § 3o As renovações de credenciamento de instituições deverão ser solicitadas no período
definido pela legislação em vigor e serão concedidas por prazo limitado, não superior a cinco anos.
 § 4o Os resultados do sistema de avaliação mencionado no art. 16 deverão ser considerados
para os procedimentos de renovação de credenciamento.
 Art. 15. O ato de credenciamento de instituições para oferta de cursos ou programas a
distância definirá a abrangência de sua atuação no território nacional, a partir da capacidade
institucional para oferta de cursos ou programas, considerando as normas dos respectivos
sistemas de ensino.
 § 1o A solicitação de ampliação da área de abrangência da instituição credenciada para oferta
de cursos superiores a distância deverá ser feita ao órgão responsável do Ministério da Educação.
 § 2o As manifestações emitidas sobre credenciamento e renovação de credenciamento de
que trata este artigo são passíveis de recurso ao órgão normativo do respectivo sistema de ensino.
 Art. 16. O sistema de avaliação da educação superior, nos termos da Lei n o 10.861, de 14 de 
abril de 2004, aplica-se integralmente à educação superior a distância.
 Art. 17. Identificadas deficiências, irregularidades ou descumprimento das condições
originalmente estabelecidas, mediante ações de supervisão ou de avaliação de cursos ou
instituições credenciadas para educação a distância, o órgão competente do respectivo sistema de
ensino determinará, em ato próprio, observado o contraditório e ampla defesa:
 I - instalação de diligência, sindicância ou processo administrativo;
 II - suspensão do reconhecimento de cursos superiores ou da renovação de autorização de
cursos da educação básica ou profissional;
 III - intervenção;
 IV - desativação de cursos; ou
 V - descredenciamento da instituição para educação a distância.
 § 1o A instituição ou curso que obtiver desempenho insatisfatório na avaliação de que trata a
Lei n o 10.861, de 2004 , ficará sujeita ao disposto nos incisos I a IV, conforme o caso.
 § 2o As determinações de que trata o caput são passíveis de recurso ao órgão normativo do
respectivo sistema de ensino.
CAPÍTULO III
DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, EDUCAÇÃO ESPECIAL E 
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, NA EDUCAÇÃO BÁSICA
 Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente poderão ser
implementados paraoferta após autorização dos órgãos competentes dos respectivos sistemas de
ensino.
 Art. 19. A matrícula em cursos a distância para educação básica de jovens e adultos poderá
ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade mínima e mediante
avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa adequada, conforme normas do
respectivo sistema de ensino.
CAPÍTULO IV
DA OFERTA DE CURSOS SUPERIORES, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
 Art. 20. As instituições que detêm prerrogativa de autonomia universitária credenciadas para
oferta de educação superior a distância poderão criar, organizar e extinguir cursos ou programas de
educação superior nessa modalidade, conforme disposto no inciso I do art. 53 da Lei n o 9.394, de 
1996.
 § 1o Os cursos ou programas criados conforme o caput somente poderão ser ofertados nos
limites da abrangência definida no ato de credenciamento da instituição.
 § 2o Os atos mencionados no caput deverão ser comunicados à Secretaria de Educação
Superior do Ministério da Educação.
 § 3o O número de vagas ou sua alteração será fixado pela instituição detentora de
prerrogativas de autonomia universitária, a qual deverá observar capacidade institucional,
tecnológica e operacional próprias para oferecer cursos ou programas a distância.
 Art. 21. Instituições credenciadas que não detêm prerrogativa de autonomia universitária
deverão solicitar, junto ao órgão competente do respectivo sistema de ensino, autorização para
abertura de oferta de cursos e programas de educação superior a distância.
 § 1o Nos atos de autorização de cursos superiores a distância, será definido o número de
vagas a serem ofertadas, mediante processo de avaliação externa a ser realizada pelo Ministério
da Educação.
 § 2o Os cursos ou programas das instituições citadas no caput que venham a acompanhar a
solicitação de credenciamento para a oferta de educação a distância, nos termos do § 1o do art. 12,
também deverão ser submetidos ao processo de autorização tratado neste artigo.
 Art. 22. Os processos de reconhecimento e renovação do reconhecimento dos cursos
superiores a distância deverão ser solicitados conforme legislação educacional em vigor.
 Parágrafo único. Nos atos citados no caput, deverão estar explicitados:
 I - o prazo de reconhecimento; e
 II - o número de vagas a serem ofertadas, em caso de instituição de ensino superior não
detentora de autonomia universitária.
 Art. 23. A criação e autorização de cursos de graduação a distância deverão ser submetidas,
previamente, à manifestação do:
 I - Conselho Nacional de Saúde, no caso dos cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia;
ou
 II - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no caso dos cursos de Direito.
 Parágrafo único. A manifestação dos conselhos citados nos incisos I e II, consideradas as
especificidades da modalidade de educação a distância, terá procedimento análogo ao utilizado
para os cursos ou programas presenciais nessas áreas, nos termos da legislação vigente.
CAPÍTULO V
DA OFERTA DE CURSOS E PROGRAMAS DE PÓS-GRADUÇÃO A DISTÂNCIA
 Art. 24. A oferta de cursos de especialização a distância, por instituição devidamente
credenciada, deverá cumprir, além do disposto neste Decreto, os demais dispositivos da legislação
e normatização pertinentes à educação, em geral, quanto:
 I - à titulação do corpo docente;
 II - aos exames presenciais; e
 III - à apresentação presencial de trabalho de conclusão de curso ou de monografia.
 Parágrafo único. As instituições credenciadas que ofereçam cursos de especialização a
distância deverão informar ao Ministério da Educação os dados referentes aos seus cursos,
quando de sua criação.
 Art. 25. Os cursos e programas de mestrado e doutorado a distância estarão sujeitos às
exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento previstas na legislação
específica em vigor.
 § 1o Os atos de autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento citados no
caput serão concedidos por prazo determinado conforme regulamentação.
 § 2o Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
editar as normas complementares a este Decreto, para a implementação do que dispõe o caput,
no prazo de cento e oitenta dias, contados da data de sua publicação.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 Art. 26. As instituições credenciadas para oferta de cursos e programas a distância poderão
estabelecer vínculos para fazê-lo em bases territoriais múltiplas, mediante a formação de
consórcios, parcerias, celebração de convênios, acordos, contratos ou outros instrumentos
similares, desde que observadas as seguintes condições:
 I - comprovação, por meio de ato do Ministério da Educação, após avaliação de comissão de
especialistas, de que as instituições vinculadas podem realizar as atividades específicas que lhes
forem atribuídas no projeto de educação a distância;
 II - comprovação de que o trabalho em parceria está devidamente previsto e explicitado no:
 a) plano de desenvolvimento institucional; 
 b) plano de desenvolvimento escolar; ou
 c) projeto pedagógico, quando for o caso, das instituições parceiras; 
 III - celebração do respectivo termo de compromisso, acordo ou convênio; e 
 IV - indicação das responsabilidades pela oferta dos cursos ou programas a distância, no que
diz respeito a:
 a) implantação de pólos de educação a distância, quando for o caso;
 b) seleção e capacitação dos professores e tutores;
 c) matrícula, formação, acompanhamento e avaliação dos estudantes;
 d) emissão e registro dos correspondentes diplomas ou certificados.
 Art. 27. Os diplomas de cursos ou programas superiores de graduação e similares, a
distância, emitidos por instituição estrangeira, inclusive os ofertados em convênios com instituições
sediadas no Brasil, deverão ser submetidos para revalidação em universidade pública brasileira,
conforme a legislação vigente.
 § 1o Para os fins de revalidação de diploma de curso ou programa de graduação, a
universidade poderá exigir que o portador do diploma estrangeiro se submeta a complementação
de estudos, provas ou exames destinados a suprir ou aferir conhecimentos, competências e
habilidades na área de diplomação.
 § 2o Deverão ser respeitados os acordos internacionais de reciprocidade e equiparação de
cursos.
 Art. 28. Os diplomas de especialização, mestrado e doutorado realizados na modalidade a
distância em instituições estrangeiras deverão ser submetidos para reconhecimento em
universidade que possua curso ou programa reconhecido pela CAPES, em mesmo nível ou em
nível superior e na mesma área ou equivalente, preferencialmente com a oferta correspondente em
educação a distância.
 Art. 29. A padronização de normas e procedimentos para credenciamento de instituições,
autorização e reconhecimento de cursos ou programas a distância será efetivada em regime de
colaboração coordenado pelo Ministério da Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados
da data de publicação deste Decreto.
 Art. 30. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância poderão solicitar
autorização, junto aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, para oferecer os
ensinos fundamental e médio a distância, conforme § 4 o do art. 32 da Lei n o 9.394, de 1996 ,
exclusivamente para:
 I - a complementação de aprendizagem; ou
 II - em situações emergenciais.
 Parágrafo único. A oferta de educação básica nos termos do caput contemplará a situação
de cidadãos que:
 I - estejam impedidos, por motivo de saúde, de acompanhar ensino presencial;
 II - sejam portadores de necessidades especiais e requeiram serviços especializadosde
atendimento;
 III - se encontram no exterior, por qualquer motivo;
 IV - vivam em localidades que não contem com rede regular de atendimento escolar
presencial; 
 V - compulsoriamente sejam transferidos para regiões de difícil acesso, incluindo missões
localizadas em regiões de fronteira; ou 
 VI - estejam em situação de cárcere.
 Art. 31. Os cursos a distância para a educação básica de jovens e adultos que foram
autorizados excepcionalmente com duração inferior a dois anos no ensino fundamental e um ano e
meio no ensino médio deverão inscrever seus alunos em exames de certificação, para fins de
conclusão do respectivo nível de ensino.
 § 1o Os exames citados no caput serão realizados pelo órgão executivo do respectivo
sistema de ensino ou por instituições por ele credenciadas.
 § 2o Poderão ser credenciadas para realizar os exames de que trata este artigo instituições
que tenham competência reconhecida em avaliação de aprendizagem e não estejam sob
sindicância ou respondendo a processo administrativo ou judicial, nem tenham, no mesmo período,
estudantes inscritos nos exames de certificação citados no caput.
 Art. 32. Nos termos do que dispõe o art. 81 da Lei n o 9.394, de 1996 , é permitida a
organização de cursos ou instituições de ensino experimentais para oferta da modalidade de
educação a distância.
 Parágrafo único. O credenciamento institucional e a autorização de cursos ou programas de
que trata o caput serão concedidos por prazo determinado.
 Art. 33. As instituições credenciadas para a oferta de educação a distância deverão fazer
constar, em todos os seus documentos institucionais, bem como nos materiais de divulgação,
referência aos correspondentes atos de credenciamento, autorização e reconhecimento de seus
cursos e programas.
 § 1o Os documentos a que se refere o caput também deverão conter informações a respeito
das condições de avaliação, de certificação de estudos e de parceria com outras instituições.
 § 2o Comprovadas, mediante processo administrativo, deficiências ou irregularidades, o Poder
Executivo sustará a tramitação de pleitos de interesse da instituição no respectivo sistema de
ensino, podendo ainda aplicar, em ato próprio, as sanções previstas no art. 17, bem como na
legislação específica em vigor.
 Art. 34. As instituições credenciadas para ministrar cursos e programas a distância,
autorizados em datas anteriores à da publicação deste Decreto, terão até trezentos e sessenta dias
corridos para se adequarem aos termos deste Decreto, a partir da data de sua publicação.
 § 1o As instituições de ensino superior credenciadas exclusivamente para a oferta de cursos
de pós-graduação lato sensu deverão solicitar ao Ministério da Educação a revisão do ato de
credenciamento, para adequação aos termos deste Decreto, estando submetidas aos
procedimentos de supervisão do órgão responsável pela educação superior daquele Ministério.
 § 2o Ficam preservados os direitos dos estudantes de cursos ou programas a distância
matriculados antes da data de publicação deste Decreto.
 Art. 35. As instituições de ensino, cujos cursos e programas superiores tenham completado,
na data de publicação deste Decreto, mais da metade do prazo concedido no ato de autorização,
deverão solicitar, em no máximo cento e oitenta dias, o respectivo reconhecimento.
 Art. 36. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
 Art. 37. Ficam revogados o Decreto n o 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 , e o Decreto no
2.561, de 27 de abril de 1998.
 Brasília, 19 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
Publicado no DOU de 20.12.2005
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03/10/2016 Decreto nº 6303
http://www2.mec.gov.br/sapiens/portarias/dec6303.htm 1/5
 
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 6.303, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2007.
 
Altera  dispositivos  dos  Decretos  nos  5.622,  de  19  de
dezembro  de  2005,  que  estabelece  as  diretrizes  e  bases
da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que
dispõe  sobre  o  exercício  das  funções  de  regulação,
supervisão  e  avaliação  de  instituições  de  educação
superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais
no sistema federal de ensino.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e
tendo em vista o disposto nos arts. 9o, incisos VI, VIII e IX, e 46 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e na Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004,
DECRETA:
Art. 1o  Os arts. 10, 12, 14, 15 e 25 do Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 2005, passam a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 10  ..............................................................................
§  1o    O  ato  de  credenciamento  referido  no  caput  considerará  como  abrangência  para
atuação da instituição de ensino superior na modalidade de educação a distância, para fim
de realização das atividades presenciais obrigatórias, a sede da instituição acrescida dos
endereços  dos  pólos  de  apoio  presencial,  mediante  avaliação  in  loco,  aplicando­se  os
instrumentos de avaliação pertinentes e as disposições da Lei no 10.870, de 19 de maio de
2004.
§ 2o  As atividades presenciais obrigatórias, compreendendo avaliação, estágios, defesa de
trabalhos ou prática em laboratório, conforme o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede da
instituição ou nos pólos de apoio presencial, devidamente credenciados.
§ 3o   A  instituição poderá requerer a ampliação da abrangência de atuação, por meio do
aumento  do  número  de  pólos  de  apoio  presencial,  na  forma  de  aditamento  ao  ato  de
credenciamento.
§ 4o  O pedido de aditamento será instruído com documentos que comprovem a existência
de estrutura  física  e  recursos  humanos  necessários  e  adequados  ao  funcionamento  dos
pólos, observados os referenciais de qualidade, comprovados em avaliação in loco.
§  5o    No  caso  do  pedido  de  aditamento  visando  ao  funcionamento  de  pólo  de  apoio
presencial no exterior, o valor da taxa será complementado pela instituição com a diferença
do  custo  de  viagem  e  diárias  dos  avaliadores  no  exterior,  conforme  cálculo  do  Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ­ INEP.
§ 6o   O pedido de ampliação da abrangência de atuação, nos  termos deste artigo, somente
poderá ser efetuado após o reconhecimento do primeiro curso a distância da instituição, exceto
na hipótese de credenciamento para educação a distância limitado à oferta de pós­graduação
lato sensu.
§  7o    As  instituições  de  educação  superior  integrantes  dos  sistemas  estaduais  que
pretenderem oferecer cursos superiores a distância devem ser previamente credenciadas
pelo sistema federal, informando os pólos de apoio presencial que integrarão sua estrutura,
com  a  demonstração  de  suficiência  da  estrutura  física,  tecnológica  e  de  recursos
humanos.” (NR)
“Art. 12.  ..........................................................................
.....................................................................................................
X ­ ....................................................................................
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.....................................................................................................
c) pólo de apoio presencial é a unidade operacional, no País ou no exterior, para o
desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos
cursos e programas ofertados a distância;
.........................................................................................................
§  1o    O  pedido  de  credenciamento  da  instituiçãopara  educação  a  distância  deve  vir
acompanhado de pedido de autorização de pelo menos um curso na modalidade.
§  2o    O  credenciamento  para  educação  a  distância  que  tenha  por  base  curso  de  pós­
graduação lato sensu ficará limitado a esse nível.
§ 3o  A instituição credenciada exclusivamente para a oferta de pós­graduação lato sensu a
distância poderá requerer a ampliação da abrangência acadêmica, na forma de aditamento
ao ato de credenciamento.” (NR)
“Art.  14.    O  credenciamento  de  instituição  para  a  oferta  dos  cursos  ou  programas  a
distância terá prazo de validade condicionado ao ciclo avaliativo, observado o Decreto no
5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da Educação.
§  1o   A  instituição  credenciada  deverá  iniciar  o  curso  autorizado  no  prazo  de  até  doze
meses, a partir da data da publicação do respectivo ato, ficando vedada a transferência de
cursos para outra instituição.
.........................................................................................................
§  3o    Os  pedidos  de  credenciamento  e  recredenciamento  para  educação  a  distância
observarão  a  disciplina  processual  aplicável  aos  processos  regulatórios  da  educação
superior, nos termos do Decreto no 5.773, de 2006, e normas expedidas pelo Ministério da
Educação.
............................................................................................” (NR)
“Art. 15.  Os pedidos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de
cursos superiores a distância de instituições integrantes do sistema federal devem tramitar
perante os órgãos próprios do Ministério da Educação.
§  1o    Os  pedidos  de  autorização,  reconhecimento  e  renovação  de  reconhecimento  de
cursos  superiores  a  distância  oferecidos  por  instituições  integrantes  dos  sistemas
estaduais  devem  tramitar  perante  os  órgãos  estaduais  competentes,  a  quem  caberá  a
respectiva supervisão.
§  2o    Os  cursos  das  instituições  integrantes  dos  sistemas  estaduais  cujas  atividades
presenciais  obrigatórias  forem  realizados  em  pólos  de  apoio  presencial  fora  do  Estado
sujeitam­se  a  autorização,  reconhecimento  e  renovação  de  reconhecimento  pelas
autoridades competentes do sistema federal.
§ 3o  A oferta de curso reconhecido na modalidade presencial, ainda que análogo ao curso
a distância proposto, não dispensa a instituição do requerimento específico de autorização,
quando  for  o  caso,  e  reconhecimento para  cada um dos  cursos,  perante  as  autoridades
competente.” (NR)
“Art. 25.  ..............................................................................
......................................................................................................
§ 2o  Caberá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ­ CAPES
editar as normas complementares a este Decreto, no âmbito da pós­graduação stricto sensu.”
(NR)
Art. 2o   Os arts. 5o, 10, 17, 19, 25, 34, 35, 36, 59, 60, 61 e 68 do Decreto no  5.773, de 9 de maio de 2006,
passam a vigorar com a seguintes redação:
“Art. 5o  ...............................................................................
.....................................................................................................
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§ 4o  ......................................................................................
I  ­  instruir  e  exarar  parecer  nos  processos  de  credenciamento  e  recredenciamento  de
instituições  específico  para  oferta  de  educação  superior  a  distância,  promovendo  as
diligências necessárias;
II ­ instruir e decidir os processos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento de cursos superiores a distância, promovendo as diligências necessárias;
.........................................................................................................
V  ­ exercer a supervisão dos cursos de graduação e seqüenciais a distância, no que  se
refere a sua área de atuação.” (NR)
“Art. 10.  ................................................................................
........................................................................................................
§ 7º  Os atos autorizativos são válidos até o ciclo avaliativo seguinte.
........................................................................................................
§ 10.  Os pedidos de ato autorizativo serão decididos tendo por base o relatório de
avaliação e o conjunto de elementos de instrução apresentados pelas entidades
interessadas no processo ou solicitados pela Secretaria em sua atividade instrutória.” (NR)
“Art. 17.  ...............................................................................
........................................................................................................
§ 4º  A Secretaria competente emitirá parecer, ao final da instrução, tendo como referencial
básico  o  relatório  de  avaliação  do  INEP  e  considerando  o  conjunto  de  elementos  que
compõem o processo.” (NR)
“Art. 19.  O processo será restituído ao Ministro de Estado da Educação para homologação
do parecer do CNE.
............................................................................................” (NR)
“Art. 25.  ..............................................................................
§ 1o   O  novo mantenedor  deve  apresentar  os  documentos  referidos  no  art.  15,  inciso  I,
além do instrumento jurídico que dá base à transferência de mantença.
.........................................................................................................
§ 5o  No exercício da atividade instrutória, poderá a Secretaria solicitar a apresentação de
documentos  que  informem  sobre  as  condições  econômicas  da  entidade  que  cede  a
mantença,  tais como certidões de regularidade fiscal e outros, visando obter  informações
circunstanciadas  sobre as  condições de autofinanciamento da  instituição,  nos  termos  do
art. 7o, inciso III, da Lei no 9.394, de 1996, no intuito de preservar a atividade educacional e
o interesse dos estudantes.” (NR)
“Art. 34.  ..............................................................................
Parágrafo único.  O reconhecimento de curso na sede não se estende às unidades fora de
sede, para registro do diploma ou qualquer outro fim.” (NR)
“Art. 35.  A instituição deverá protocolar pedido de reconhecimento de curso, no período
entre metade do prazo previsto para a integralização de sua carga horária e setenta e
cinco por cento desse prazo.
.............................................................................................” (NR)
“Art. 36.  ...............................................................................
§  1o   O  prazo  para manifestação  prevista  no  caput  é  de  sessenta  dias,  prorrogável  por
igual período.
§ 2o   Nos processos de  reconhecimento  dos  cursos  de  licenciatura  e  normal  superior,  o
Conselho  Técnico  Científico  da  Educação  Básica,  da  Fundação  Coordenação  de
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Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ­ CAPES, poderá se manifestar, aplicando­
se,  no  que  couber,  as  disposições  procedimentais  que  regem  a  manifestação  dos
conselhos de regulamentação profissional.” (NR)
“Art. 59.  ...............................................................................
.......................................................................................................
§ 3o  A avaliação, como referencial básico para a regulação de instituições e cursos,
resultará na atribuição de conceitos, conforme uma escala de cinco níveis.” (NR)
“Art. 60.  .................................................................................
Parágrafo único.   Caberá, a critério da  instituição,  recurso administrativo para  revisão  de
conceito,previamente  à  celebração  de  protocolo  de  compromisso,  conforme  normas
expedidas pelo Ministério da Educação.” (NR)
“Art. 61.  ...............................................................................
.......................................................................................................
§ 1o  A celebração de protocolo de compromisso suspende o fluxo do processo regulatório,
até  a  realização  da  avaliação  que  ateste  o  cumprimento  das  exigências  contidas  no
protocolo.
............................................................................................” (NR)
“Art. 68.  ..............................................................................
§  1o    Nos  casos  de  caducidade  do  ato  autorizativo  e  de  decisão  final  desfavorável  em
processo de credenciamento de instituição de educação superior, inclusive de campus fora
de sede, e de autorização de curso superior, os interessados só poderão apresentar nova
solicitação  relativa  ao  mesmo  pedido  após  decorridos  dois  anos  contados  do  ato  que
encerrar o processo.
§  2o    Considera­se  início  de  funcionamento  do  curso,  para  efeito  do  prazo  referido  no
caput, a oferta efetiva de aulas.” (NR)
Art. 3o  A Subseção III da Seção II do Capítulo II e o art. 24 do Decreto no 5.773, de 2006, passam a vigorar com
a seguinte redação:
“Subseção III
Do Credenciamento de Campus Fora de Sede
Art.  24.    As  universidades  poderão  pedir  credenciamento  de  campus  fora  de  sede  em
Município  diverso  da abrangência  geográfica  do ato  de  credenciamento  em vigor,  desde
que no mesmo Estado.
§  1o    O  campus  fora  de  sede  integrará  o  conjunto  da  universidade  e  não  gozará  de
prerrogativas de autonomia.
§  2o      O  pedido  de  credenciamento  de  campus  fora  de  sede  processar­se­á  como
aditamento  ao  ato  de  credenciamento,  aplicando­se,  no  que  couber,  as  disposições
processuais que regem o pedido de credenciamento.
§ 3o  É vedada a oferta de curso em unidade fora da sede sem o prévio credenciamento do
campus fora de sede e autorização específica do curso, na forma deste Decreto.” (NR)
Art. 4o  A Subseção IV da Seção III do Capítulo II e os arts. 42 e 44 do Decreto no 5.773, de 2006, passam a
vigorar com a seguinte redação:
“Subseção IV
Da Autorização, Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de Cursos Superiores de Tecnologia
Art. 42.  A autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de cursos
superiores de tecnologia terão por base o catálogo de denominações de cursos publicado
pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica.” (NR)
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http://www2.mec.gov.br/sapiens/portarias/dec6303.htm 5/5
“Art. 44.  O Secretário, nos processos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento de cursos superiores de tecnologia, poderá, em cumprimento das normas
gerais da educação nacional:
.......................................................................................................
Parágrafo único.  Aplicam­se à autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento
de cursos superiores de tecnologia as disposições previstas nas Subseções II e III.” (NR)
Art. 5o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6o  Revogam­se o art. 34 do Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 2005, e os §§ 1o e 2o do art. 59 do
Decreto no 5.773, de 9 de maio de 2006.
Brasília, 12 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Fernando Haddad
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.12.2007
 
 
 
 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 1/28
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
(Vide Adin 3324­7, de 2005)
(Vide Decreto nº 3.860, de 2001)
(Vide Lei nº 10.870, de 2004)
(Vide Lei nº 12.061, de 2009)
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Da Educação
Art.  1º  A  educação  abrange  os  processos  formativos  que  se  desenvolvem  na  vida  familiar,  na  convivência
humana, no  trabalho, nas  instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade
civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em
instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular­se ao mundo do trabalho e à prática social.
TÍTULO II
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art.  2º  A  educação,  dever  da  família  e  do  Estado,  inspirada  nos  princípios  de  liberdade  e  nos  ideais  de
solidariedade humana,  tem por  finalidade  o  pleno  desenvolvimento  do  educando,  seu  preparo  para  o  exercício  da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I ­ igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II ­ liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III ­ pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV ­ respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V ­ coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI ­ gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII ­ valorização do profissional da educação escolar;
VIII ­ gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX ­ garantia de padrão de qualidade;
X ­ valorização da experiência extra­escolar;
XI ­ vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII ­ consideração com a diversidade étnico­racial.  (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
TÍTULO III
Do Direito à Educação e do Dever de Educar
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3324&processo=3324
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.870.htm#art3§5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 2/28
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I ­ ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
II ­ progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
II ­ universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
III  ­  atendimento  educacional  especializado  gratuito  aos  educandos  com  necessidades  especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV ­ atendimento gratuito em creches e pré­escolas às crianças de zero a seis anos de idade;
I ­ educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte
forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré­escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II ­ educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
III ­ atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV ­ acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade
própria;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
V ­ acesso aos níveismais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
cada um;
VI ­ oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII ­ oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas
às  suas  necessidades  e  disponibilidades,  garantindo­se  aos  que  forem  trabalhadores  as  condições  de  acesso  e
permanência na escola;
VIII  ­  atendimento  ao  educando,  no  ensino  fundamental  público,  por  meio  de  programas  suplementares  de
material didático­escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 
VIII ­ atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares
de material didático­escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IX ­ padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino­aprendizagem.
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda
criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
Art.  5º  O  acesso  ao  ensino  fundamental  é  direito  público  subjetivo,  podendo  qualquer  cidadão,  grupo  de
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda,
o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi­lo.
§ 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com a assistência da União:
I  ­  recensear a população em  idade escolar para o ensino  fundamental, e os  jovens e adultos que a ele não
tiveram acesso;
Art. 5o  O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra  legalmente constituída e, ainda, o
Ministério Público, acionar o poder público para exigi­lo.   (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1o  O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
I ­ recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os  jovens e adultos que não
concluíram a educação básica;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
II ­ fazer­lhes a chamada pública;
III ­ zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11700.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
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§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro  lugar o acesso ao ensino
obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme
as prioridades constitucionais e legais.
§  3º  Qualquer  das  partes  mencionadas  no  caput  deste  artigo  tem  legitimidade  para  peticionar  no  Poder
Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de  rito sumário a ação  judicial
correspondente.
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório,
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de
acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos sete anos de idade, no
ensino fundamental.
Art. 6o É dever dos pais ou  responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de  idade, no
ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
Art. 6o   É  dever  dos  pais  ou  responsáveis  efetuar  a matrícula  das  crianças  na  educação  básica  a  partir  dos  4
(quatro) anos de idade.  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I ­ cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
II ­ autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III ­ capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal.
TÍTULO IV
Da Organização da Educação Nacional
Art.  8º  A União,  os  Estados,  o Distrito  Federal  e  os Municípios  organizarão,  em  regime  de  colaboração,  os
respectivos sistemas de ensino.
§  1º  Caberá  à  União  a  coordenação  da  política  nacional  de  educação,  articulando  os  diferentes  níveis  e
sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei.
Art. 9º A União incumbir­se­á de:       (Regulamento)
I ­ elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II  ­  organizar,  manter  e  desenvolver  os  órgãos  e  instituições  oficiais  do  sistema  federal  de  ensino  e  o  dos
Territórios;
III  ­  prestar  assistência  técnica  e  financeira  aos  Estados,  ao  Distrito  Federal  e  aos  Municípios  para  o
desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua
função redistributiva e supletiva;
IV ­ estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes
para  a  educação  infantil,  o  ensino  fundamental  e  o  ensino  médio,  que  nortearão  os  currículos  e  seus  conteúdos
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;
IV­A ­ estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos
para  identificação,  cadastramento  e  atendimento,  na  educação  básica  e  na  educação  superior,  de  alunos  com  altas
habilidades ou superdotação;         (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
V ­ coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
 VI ­ assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior,
em  colaboração  com os  sistemas  de  ensino,  objetivando  a  definição  de  prioridades  e  a melhoria  da  qualidade  do
ensino;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art208§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11114.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art213
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13234.htm#art2
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VII ­ baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós­graduação;
 VIII ­ assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos
sistemas que tiverem responsabilidadesobre este nível de ensino;
IX  ­  autorizar,  reconhecer,  credenciar,  supervisionar e avaliar,  respectivamente, os  cursos das  instituições de
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino.       (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
§  1º  Na  estrutura  educacional,  haverá  um  Conselho  Nacional  de  Educação,  com  funções  normativas  e  de
supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações
necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais.
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que
mantenham instituições de educação superior.
 Art. 10. Os Estados incumbir­se­ão de:
I ­ organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
II  ­  definir,  com  os  Municípios,  formas  de  colaboração  na  oferta  do  ensino  fundamental,  as  quais  devem
assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;
III ­ elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais
de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios;
IV  ­  autorizar,  reconhecer,  credenciar,  supervisionar e avaliar,  respectivamente, os  cursos das  instituições de
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V ­ baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
VI ­ assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio.
VI  ­  assegurar  o  ensino  fundamental  e  oferecer,  com  prioridade,  o  ensino médio  a  todos  que  o  demandarem,
respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
VII ­ assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar­se­ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios.
Art. 11. Os Municípios incumbir­se­ão de:
I ­ organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando­os
às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;
II ­ exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III ­ baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV ­ autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V ­ oferecer a educação infantil em creches e pré­escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a
atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área
de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento do ensino.
VI ­ assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.          (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor
com ele um sistema único de educação básica.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
incumbência de:
I ­ elaborar e executar sua proposta pedagógica;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.870.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art1art10vii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art2art11vi
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II ­ administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III ­ assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas­aula estabelecidas;
IV ­ velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V ­ prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI ­ articular­se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII  ­  informar  os  pais  e  responsáveis  sobre  a  freqüência  e  o  rendimento  dos  alunos,  bem  como  sobre  a
execução de sua proposta pedagógica.
VII ­ informar pai e mãe, conviventes ou não com seus  filhos, e, se  for o caso, os  responsáveis  legais, sobre a
frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;           (Redação
dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante
do Ministério Público a  relação dos alunos que apresentem quantidade de  faltas acima de  cinqüenta por  cento do
percentual permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)
Art. 13. Os docentes incumbir­se­ão de:
I ­ participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II ­ elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III ­ zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV ­ estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V  ­  ministrar  os  dias  letivos  e  horas­aula  estabelecidos,  além  de  participar  integralmente  dos  períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI ­ colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Art.  14. Os  sistemas  de  ensino  definirão  as  normas  da  gestão  democrática  do  ensino  público  na  educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I ­ participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II ­ participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Art.  15.  Os  sistemas  de  ensino  assegurarão  às  unidades  escolares  públicas  de  educação  básica  que  os
integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas
gerais de direito financeiro público.
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende:        (Regulamento)
I ­ as instituições de ensino mantidas pela União;
II ­ as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada;
III ­ os órgãos federais de educação.
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem:
I ­ as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal;
II ­ as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal;
III ­ as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela iniciativa privada;
IV ­ os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.
Parágrafo  único.  No  Distrito  Federal,  as  instituições  de  educação  infantil,  criadas  e  mantidas  pela  iniciativa
privada, integram seu sistema de ensino.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12013.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10287.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2306.htm
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Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
I ­ as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal;
II ­ as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;
III – os órgãos municipais de educação.
Art.  19.  As  instituições  de  ensino  dos  diferentes  níveis  classificam­se  nas  seguintes  categorias
administrativas:       (Regulamento)        (Regulamento)
I ­ públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público;
II ­ privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintescategorias:       (Regulamento)       
(Regulamento)
I ­ particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas
físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características dos incisos abaixo;
II  ­ comunitárias, assim entendidas as que são  instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais
pessoas  jurídicas,  inclusive  cooperativas  de  professores  e  alunos  que  incluam  na  sua  entidade  mantenedora
representantes da comunidade;
                II  –  comunitárias,  assim entendidas as que  são  instituídas por  grupos de pessoas  físicas ou por  uma ou mais
pessoas  jurídicas,  inclusive  cooperativas  de  pais,  professores  e  alunos,  que  incluam  em  sua  entidade  mantenedora
representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 11.183, de 2005)
II  ­  comunitárias,  assim  entendidas  as  que  são  instituídas  por  grupos  de  pessoas  físicas  ou  por  uma  ou mais
pessoas  jurídicas,  inclusive cooperativas educacionais, sem  fins  lucrativos, que  incluam na sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)
III ­ confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais
pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;
IV ­ filantrópicas, na forma da lei.
TÍTULO V
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
CAPÍTULO I
Da Composição dos Níveis Escolares
Art. 21. A educação escolar compõe­se de:
I ­ educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
II ­ educação superior.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Seção I
Das Disposições Gerais
Art.  22.  A  educação  básica  tem  por  finalidades  desenvolver  o  educando,  assegurar­lhe  a  formação  comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer­lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art.  23.  A  educação  básica  poderá  organizar­se  em  séries  anuais,  períodos  semestrais,  ciclos,  alternância
regular de períodos de estudos, grupos não­seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou
por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2207.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2207.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11183.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12020.htm#art1
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§  1º  A  escola  poderá  reclassificar  os  alunos,  inclusive  quando  se  tratar  de  transferências  entre
estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
§  2º  O  calendário  escolar  deverá  adequar­se  às  peculiaridades  locais,  inclusive  climáticas  e  econômicas,  a
critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art.  24.  A  educação  básica,  nos  níveis  fundamental  e médio,  será  organizada  de  acordo  com  as  seguintes
regras comuns:
I  ­  a  carga horária mínima anual  será  de oitocentas  horas,  distribuídas por  um mínimo de duzentos  dias  de
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II ­ a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c)  independentemente  de  escolarização anterior, mediante  avaliação  feita  pela  escola,  que  defina  o  grau  de
desenvolvimento  e  experiência  do  candidato  e  permita  sua  inscrição  na  série  ou  etapa  adequada,  conforme
regulamentação do respectivo sistema de ensino;
III ­ nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas
de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema
de ensino;
IV  ­  poderão  organizar­se  classes,  ou  turmas,  com  alunos  de  séries  distintas,  com  níveis  equivalentes  de
adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V ­ a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e)  obrigatoriedade de  estudos  de  recuperação,  de  preferência  paralelos  ao  período  letivo,  para  os  casos  de
baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
VI ­ o controle de freqüência  fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do
respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
aprovação;
VII  ­  cabe  a  cada  instituição  de  ensino  expedir  históricos  escolares,  declarações  de  conclusão  de  série  e
diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.
 Parágrafo único.   A carga horária mínima anual de que  trata o  inciso  I  do caput deverá  ser  progressivamente
ampliada, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, observadas as normas do respectivo sistema de ensino e de
acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas e as estratégias de implementação estabelecidos no Plano Nacional de
Educação.   (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de
alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características
regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
Art.  26.  Os  currículos  do  ensino  fundamental  e  médio  devem  ter  uma  base  nacional  comum,  a  ser
complementada,  em cada  sistema de ensino e estabelecimento escolar,  por  uma parte  diversificada,  exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Art. 26.   Os currículos da educação  infantil, do ensino  fundamental e do ensino médio devem ter base nacional
comum,  a  ser  complementada,  em  cada  sistema  de  ensino  e  em  cada  estabelecimento  escolar,  por  uma  parte
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03/10/2016 L9394
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diversificada,  exigida  pelas  características  regionais  e  locais  da  sociedade,  da  cultura,  da  economia  e  dos
educandos.           (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
 § 1º  Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente da República
Federativa do Brasil, observado, na educação infantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental, o disposto no art. 32,
e no ensino médio,o disposto no art. 36.   (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de
forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
§  2o    O  ensino  da  arte,  especialmente  em  suas  expressões  regionais,  constituirá  componente  curricular
obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.        
(Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010)
 § 2º  O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório
da educação infantil e do ensino fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.   (Redação
dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§  3º  A  educação  física,  integrada  à  proposta  pedagógica  da  escola,  é  componente  curricular  da  Educação
Básica, ajustando­se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.
§  3o  A  educação  física,  integrada  à  proposta  pedagógica  da  escola,  é  componente  curricular  obrigatório  da
Educação  Básica,  ajustando­se  às  faixas  etárias  e  às  condições  da  população  escolar,  sendo  facultativa  nos  cursos
noturnos.            (Redação dada pela Lei nº 10.328, de 12.12.2001)
§  3o  A  educação  física,  integrada  à  proposta  pedagógica  da  escola,  é  componente  curricular  obrigatório  da
educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:         (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
  §  3º    A  educação  física,  integrada  à  proposta  pedagógica  da  escola,  é  componente  curricular  obrigatório  da
educação  infantil  e  do  ensino  fundamental,  sendo  sua  prática  facultativa  ao  aluno:      (Redação  dada  pela  Medida
Provisória nº 746, de 2016)
I  –  que  cumpra  jornada  de  trabalho  igual  ou  superior  a  seis  horas;                    (Incluído  pela  Lei  nº  10.793,  de
1º.12.2003)
II – maior de trinta anos de idade;         (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação
física;         (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
IV – amparado pelo Decreto­Lei no  1.044,  de  21 de outubro  de  1969;                    (Incluído  pela  Lei  nº  10.793,  de
1º.12.2003)
V – (VETADO)          (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
VI – que tenha prole.        (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
§ 4º O ensino da História do Brasil  levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a
formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo
menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades
da instituição.
 § 5º  No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do sexto ano.  (Redação dada
pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 6o  A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o
deste artigo.           (Incluído pela Lei nº 11.769, de 2008)
§ 6o  As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de
que trata o § 2o deste artigo.        (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016)
§  7o   Os  currículos  do  ensino  fundamental  e médio  devem  incluir  os  princípios  da  proteção  e  defesa  civil  e  a
educação ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios.         (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12287.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10328.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1044.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/2003/Mv07-03.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm#art26§3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv746.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm#art29
03/10/2016 L9394
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 §  7º    A Base Nacional Comum Curricular  disporá  sobre  os  temas  transversais  que  poderão  ser  incluídos  nos
currículos de que trata o caput.   (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§  8º  A  exibição  de  filmes  de  produção  nacional  constituirá  componente  curricular  complementar  integrado  à
proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais.        (Incluído
pela Lei nº 13.006, de 2014)
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o
adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo
como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de  julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e
distribuição de material didático adequado.          (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
 § 10.  A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular
dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação,
ouvidos o Conselho Nacional de Secretários de Educação  ­ Consed e a União Nacional de Dirigentes de Educação  ­
Undime.  (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
Art.  26­A.  Nos  estabelecimentos  de  ensino  fundamental  e  médio,  oficiais  e  particulares,  torna­se  obrigatório  o
ensino sobre História e Cultura Afro­Brasileira.          (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos
Africanos,  a  luta  dos  negros  no  Brasil,  a  cultura  negra  brasileira  e  o  negro  na  formação  da  sociedade  nacional,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.               
(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro­Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.              (Incluído pela Lei nº
10.639, de 9.1.2003)
§ 3o (VETADO)            (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Art.  26­A.    Nos  estabelecimentos  de  ensino  fundamental  e  de  ensino  médio,  públicos  e  privados,  torna­se
obrigatório o estudo da história e cultura afro­brasileira e indígena.        (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
§ 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história
da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas

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